ATIVIDADE 2 1 Ensino Medio
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EDUCAÇÃO FÍSICA
Prof. Mylena Felipe
Email:[email protected]
Noiva casando de tênis, meias de cano longo como tendência fashion nas páginas das
redes sociais das famosas, a legging que virou segunda pele no dia a dia das mulheres e
sobreposições de roupas de ginástica nos editoriais de revistas e nas passarelas. A
chamada moda fitness, elaborada e pensada para proporcionar conforto e melhor
performance aos praticantes das ginásticas de academias e nas práticas esportivas, chega
às ruas, aos parques, restaurantes e escolas. Atualmente, o tema desperta tanto interesse
que estava prevista para maio de 2020 a exposição de mais de 100 manequins com
peças esportivas femininas do ano de 1800 até 1960, no FIDM Museum em Los
Angeles, EUA. Mas o interesse vai além do conforto. O Serviço Brasileiro de Apoio às
Micro e Pequenas Empresas (SEBRAE), entidade privada sem fins lucrativos que
promove capacitação e promoção ao empreendedorismo, realizou em 2019 uma
pesquisa de comportamento nas redes sociais intitulada de “#MODA FITNESS:
Tendência além das academias”. A pesquisa, baseada em um monitoramento das redes
sociais, no período de 6 a 13 de setembro de 2019, teve como objetivo identificar
relações de interesse, mercados impactados, comportamentos e tendências e, dessa
forma, traçar estratégias para quem já atua ou deseja atuar nesse mercado financeiro.
Entre as conclusões, o material apresenta a mulher como principal consumidora no
Brasil; moda fitness feminina, além de empresas e marcas como assuntos mais falados
nas redes sociais; a expectativa das pessoas quanto ao conforto e rendimento, mas sem
perder a beleza; e, seu uso fora das academias, amplamente relacionado a momentos de
lazer, compras, viagens e até mesmo ao trabalho. Essa pesquisa, que permite uma
análise de como as redes sociais e as mídias também influenciam nas escolhas de roupas
para a realização da ginástica, nos remete à análise de outros discursos e dilemas sobre o
tema como, por exemplo, o consumo; meios de comunicação e publicidade; evolução
das roupas para obtenção de performance; e, vestimentas religiosas na ginástica e no
esporte. Quem nunca viu uma propaganda em uma revista, na televisão, nas redes
sociais ou em um outdoor sobre roupas de ginástica apertadas e curtas em belos atletas
com corpos musculosos e definidos? É como se aquela marca tivesse dito ao leitor que,
ao utilizar aquela determinada roupa, ele conseguirá um corpo igual. Mas, as pessoas
não praticam ginástica para garantir um corpo saudável? Sendo assim, se não atendo a
esses estereótipos, não posso usar uma legging? E o que dizer de culturas de países
como o Iraque e Israel, em que as mulheres não podem mostrar o corpo e precisam de
vestimentas adequadas para as práticas de ginástica? Um exemplo disso é a atleta de
basquetebol da seleção de Israel Naama Shafir que, em 2011, solicitou à FIBA
(Federação Internacional de Basquete) para usar uma camisa por baixo da roupa de sua
seleção por conta da sua religião, que a obriga a cobrir os ombros em público. A atleta
não foi atendida. Em 2019, a empresa de roupas fitness Decathlon foi criticada na
França por tentar colocar no país a venda do hijab esportivo, um lenço que cobre o
cabelo, mas deixa o rosto livre e que é vendido em outros países como o Marrocos. Mas
não se pode negar a evolução das roupas próprias para as práticas esportivas, é a
tecnologia que através de seus novos tecidos colaboram não apenas na execução dos
movimentos solicitados, mas que facilitam a circulação sanguínea, faz com que o suor
evapore rapidamente; são mais frescas e leves. As empresas de roupas e calçados
esportivos criaram laboratórios de testes e investem cada vez mais em tecnologia
conquistando avanços no conforto e qualidade de desempenho de roupas, calçados e
acessórios esportivos. As roupas e calçados esportivos evoluíram com o tempo; muitas
vezes não percebemos tal evolução, mas o conforto dessa vestimenta fez com que
migrasse do momento da prática esportiva para o uso cotidiano. Texto produzido
especialmente para este material.