Relatório Parcial

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ESTÁGIO BÁSICO II

RELATÓRIO PARCIAL DE ESTÁGIO

1 IDENTIFICAÇÃO

Autores: Caio Vidal Staniszewski Barbosa, Matheus P. de Souza, Nathan Roiko,


Ramon Santa` Ana Ferreira
Professor e Psicólogo Supervisor: João Matheus de Souza, CRP 08/38529
Campo de Estágio: Projeto Humaniza - São Mateus do Sul
Motivo do documento: Relatório parcial oriundo das observações e registros de
campo, discussões de grupo e supervisões de Estágio Básico II, que tem por
objetivo: explanar o trabalho realizado em campo de estágio no período
correspondente entre 29 de agosto de 2023 a 12 de setembro de 2023; oferecer
informações sobre as atividades realizadas durante o estágio e a sobre a
continuidade do referido estágio básico; atender aos critérios avaliativos do Estágio
Básico II.
Assunto: Relatório parcial das atividades realizadas no Estágio Básico II.

2 DESCRIÇÃO

O presente relatório solicitado pelo professor supervisor João Matheus de


Souza tem como objetivo delinear o trabalho realizado no Estágio Básico II, oferecer
informações sobre a continuidade das atividades em campo e atender aos critérios
avaliativos do Estágio Básico II.

3 PROCEDIMENTO

Durante a observação, por sugestão das coordenadoras do grupo


psicoterapêutico, os observadores não realizavam anotações, entretanto após o final
da uma hora de observação, os 4 estagiários discutiam os pontos abordados e
faziam um registro cursivo no Google Docs assim que chegavam em casa. No total,
o grupo foi 3 vezes a campo, sendo todas na terça-feira e com os 4 integrantes, de
forma consecutiva, no Projeto Humaniza, grupo das famílias. Total de 3 vezes ao
campo.
4 ANÁLISE

O grupo que acontece no Projeto Humaniza tem como foco a saúde mental
em um contexto social, logo são abordadas emoções tais como amor, nojo, tristeza,
raiva, etc. E de uma forma tranquila e descontraída as emoções são explicadas aos
integrantes, dando sentido a acontecimentos passados e formas de lidar com
acontecimentos futuros.

No primeiro encontro do grupo não houveram participantes e a não adesão a


grupos psicológicos pode ser influenciada por uma variedade de fatores pessoais,
contextuais e psicológicos. Grupos psicológicos, como terapias em grupo,
programas de apoio emocional ou grupos de autoajuda, oferecem um ambiente
onde os participantes podem compartilhar experiências, aprender um com o outro e
receber apoio emocional. No entanto, nem todos optam por participar ou
permanecer nesses grupos.

Essa não adesão pode ser causada por alguns fatores como, vergonha,
privacidade, confidencialidade, preferência por ajuda individual, falta de identificação
com o grupo, resistência a mudança, desconfiança, etc. Porém é bom lembrar que a
não adesão não significa que a pessoa não precisa de ajuda psicológica ou não está
buscando, ela pode apenas se encaixar em um dos fatores citados.

“Ainda há questões relacionadas ao


encerramento de um grupo, à privacidade,
ao relacionamento entre os pares, bem
como aquelas advindas de se trabalhar com
a diversidade quando se coordena um
grupo”. (RODRIGUES, 2022).

A partir do segundo encontro começaram apareceram participantes e na fase


inicial do grupo os participantes ainda não possuem um papel definido dentro do
grupo, sendo assim o papel do terapeuta se faz ainda mais importante, pois é ele
quem irá conduzir e abrir espaço para as primeiras interações e falas no ambiente.
Para que logo adiante se faça possível cada um entender como e quando se
expressar, e gradualmente sentindo uma maior liberdade.
Ainda se tratando da fase inicial do grupo De acordo com Tschuschke (1996)
pacientes que se envolvem de forma mais intensa na fase inicial do tratamento
tendem a experimentar benefícios significativos da terapia e a alcançar melhores
resultados no tratamento. Portanto cabe ao terapeuta ouvir com atenção e
sensibilidade toda forma de expressão, acolhendo da melhor forma possível, assim
gerando vínculo e segurança entre o grupo.

"Uma das tarefas importantes nas primeiras


sessões é auxiliar a criar o ambiente
terapêutico e a cultura do grupo,
estabelecendo de forma explícita e implícita
as normas, os valores, as funções dos
participantes e objetivos, que proporcionam
a estrutura para o seu desenvolvimento".
(MUNICH, 1993).

Comumente no início de cada encontro os participantes se juntam para


escutam uma música e o uso da música como técnica de emparelhamento de
estímulos na psicologia grupal tem suas raízes em diversas teorias e abordagens
psicológicas. Esta abordagem se baseia em princípios do condicionamento
clássico, onde a música, inicialmente um estímulo neutro, é emparelhada
repetidamente com estímulos emocionais ou cognitivos, criando uma associação
que permite evocar respostas específicas. (Rescorla, 1967).

Já para a Gestalt, é enfatizada a importância da percepção e da experiência


holística (Pearls, 1976). A música pode ser vista como um estímulo que influencia a
forma como as pessoas percebem e interpretam uma situação grupal. Ela pode
moldar a experiência emocional e cognitiva de um grupo, criando um contexto para
a interação.

Nos dois primeiros grupos, foram propostos duas atividades para serem
realizadas que era a pintura, e o recorte. Que de acordo com Ciornai (2004), “as
pessoas podem ser agentes da própria saúde e de seus processos de crescimento,
encontrando em seus trabalhos e criações, sentidos que sejam pessoalmente
relevantes e significativos”. As duas atividades propostas, tinham o objetivo de os
participantes, se expressem através de pintura e recorte, além de socializar mais
com os integrantes do grupo.

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Primeiramente, deve-se atentar ao fato de que o grupo ainda se encontra em


fase inicial; sendo assim, o presente documento representa parcialmente o relatório
completo que virá futuramente. Assim sendo, o grupo analisado está por se
estabelecer, ficando evidente a importância do profissional o qual conduz o mesmo,
pois é ele quem irá ceder o espaço para as interações dos participantes, e assim
mais adiante adquiram liberdade e segurança para falar livremente. A presente
observação é de grande valia, estar em contato com as adversidades e conquistas
da instituição é sem dúvida uma experiência enriquecedora.
REFERÊNCIAS

DANNA, Marilda Fernandes; MATOS, Maria Amélia. Aprendendo a observar. 3 São


Paulo: Edicon, 2015, 176 p.

RODRIGUES, M. B. et al. Processos grupais. Porto Alegre: SAGAH, 2022.

MUNICH, R.L. Group dynamics. In: KAPLAN, H.I.; SADOCK, B.J. (Organizadores).
Comprehensive Group Psychotherapy. 3rd ed. Baltimore: Williams & Wilkins, 1993.
p. 21-32.

Tschuschke V, Mackenzie KR, Haaser B, Janke G. Self-disclosure, feedback, and


outcome in long-term inpatient psychotherapy. J Psychother Pract Res 1996; 5:35-44

PEARLS, Frederick S. (1976). Gestalt-terapia explicada. Summus Editorial.

RESCORLA, R. A. (1967). Pavlovian conditioning and its proper control procedures.


Psychological Review.

Revista da Abordagem Gestáltica: Phenomenological Studies, vol. XIX, núm. 1,


2013, pp. 21-30.

União da Vitória, ____ de _________ de 2023


_____________________
Matheus Przyvitowski de Souza
126.916.719-76
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Ramon Santa Ana Ferreira
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111.344.369.39
Caio Vidal Staniszewski Barbosa
131.675.979-25
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João Matheus de Souza
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Psicólogo – CRP 08/38529
Nathan Ferreira Roiko
Supervisor de Estágio
090.040.059-51
Centro Universitário Ugv

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