Ensino Quinto - Exorcismos e Oração de Libertação

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SUBSÍDIO PARA O ATENDIMENTO DE ORAÇÃO POR

CURA E LIBERTAÇÃO – APOSTILA 2


QUINTO ENSINO – EXORCISMO E ORAÇÃO DE LIBERTAÇÃO

I – INTRODUÇÃO

- Pedir Oração

1 – Apresentação do Formador

2 – Motivação

- Objetivo desse ensino é nos dá uma visão geral do ministério sobre a


diferença entre a oração de libertação e o exorcismo maior.

3 – Apresentação do Ensino
a) Tema: EXORCISMO E ORAÇÃO DE LIBERTAÇÃO
b) Itens:
b.1) Diabo e demônio nas Sagradas Escrituras
b.2) Jesus Exorcista
b.3) Cristo confere ao Magistério da Igreja o poder de exorcizar
b.4) O maligno segundo a Tradição Cristã
b.5) Ensinamento do Magistério recente sobre o Maligno
b.6) Exorcismo

II – DESENVOLVIMENTO

1 – DIABO E DEMÔNIO NAS SAGRADAS ESCRITURAS

a) Fundamentação

- Mc 16,15-18.

- A missão prioritária do MOCL é o atendimento individual e não o


coletivo.

b) Ação preternatural1
1
Fenômenos Preternaturais: São aqueles realizados através da ampliação de algumas leis da
natureza. “Preternatural é a atuação que vai para além da ação da natureza do universo material.
O que é fruto da atuação de uma natureza angélica ou demoníaca é pretenatural. A palavra
provém de praeter nuturam = Para além da natureza.” ”.Pe. Antonio Fortea, Summa
Daemonica, p. 45. Para aprofundamento cito o livro: Fenômenos Preternaturais: Sobre as ações
dos anjos e dos demônios. Pe. Pedro Paulo Alexandre (Org.) Sacerdote Exorcista.
- O Senhor tem nos chamado a desvendar esse mundo preternatural 2
(sobre as ações dos Anjos e dos demônios) esclarecendo a ação do
mal e dissipando o medo que as pessoas tem de satanás.

- A ação do maligno é no sentido de afastar as pessoas de Deus e fazê-


la perder a fé.

- Nada acontece em nossas vidas sem a permissão de Deus até mesmo


a possessão diabólica.

- São João Crisóstomo “Não é para mim nenhum prazer de falar do


diabo, mas a doutrina sugere que esta questão será para vós
muito útil3”. Homilia II, 1 p.49, 257-258 – O diabo tentador.

c) Diabo e demônios nas Sagradas Escrituras

- O inimigo é denominado Satã/satanás/diabo (acusador).

d) Nomes dos anjos decaídos na Escritura

- Exorcismos: Reflexões teológicas e orientações pastorais:

 Satan4 em hebraico (stn) significa “incomodar, adversário de


modo geral, homem ou espírito, um ser espiritual sobre-
humano) cujo papel é acusar e contrariar, de modo obstinado e
impiedoso os humanos no tribunal de Deus. Jó 2,7-10; Zc 3,1-
2.

 Diábolos5 é a palavra proferida pela Septuaginta para traduzir


o hebraico satan. A palavra “diabo” vem do grego diabolôs

2
Os fenômenos Preternaturais, pois esses estão intimamente ligados á obra redentora de Jesus que vem
para mos libertar, Ele vem para destruir as obras do demononio (1 Jo 3,8). Eixistem de três tipos de
fenômenos: Fenômenos Naturais, Fenômenos Preternaturais e Fenômenos Sobrenuturais. Para um maior
aprofundamento de forma sintética e esquemática, sendo um auxílio pastoral para todos aqueles que
desejam ter uma visão geral sobre o tema da Angeologia e da Demonologia e as suas mais variadas
implicações, cito o livro Fenômenos Preternaturais: Sobre as ações dos anjos e dos demônios. Pe.
Pedro Paulo Alexandre (Org.) Sacerdote Exorcista, pág. 471
3
De diabolo Tentatore”, Homil. II, 1; PG 49,257-258.
4
Na tradução da Bíblia aos cuidados da Conferencia Episcopal Italiana, esta expressão está presente em
14 versículos do AT e m 33 NT, entre os quais Zc 3,1; Jó 6,1; 1 Cr 21,1; Mt 12,26; Mc 1,13; Lc 22,31; Jo
13,27.
5
Na tradução da Bíblia aos cuidados da Conferencia Episcopal Italiana, esta expressão está presente em
Sb 2,24; e em 32 vesrsículos do NT, entre os quais Mt 25,41; Lc 4,2; Jo 8,44; 1 Tm 3,6; 1 Jo 3,8; Hb
2,14; 1 Pd 5,8; Tg 4,7; Jd 1,9; Ap 2,10.
que significa “caluniador”, semeador de discórdia, adversário
na relação de Deus com os seres humanos. Sb 2,23-24.

 Lúcifer (desde São Jerônimo) o nome Lúcifer tem se


estabelecido como o nome próprio da satanás em razão da
tradução de Is 14,12.

e) Antigo Testamento

- Na Sagrada Escritura a denominação de Demônio 6 é algo


indeterminado e pouco preciso7.

- Não exista uma palavra hebraica que corresponda a demônio.

- No livro de Tobias aparece como um espirito de desgraça, concebido


com características pessoais. Tb 3,8-18.

f) Novo Testamento

- Jesus:

 Jesus não revela a natureza secreta dos espíritos malignos.

 Anuncia que Deus assume nossa luta contra o mal em todas as


formas.

 Jesus com sua obediência e morte de cruz venceu


definitivamente satanás.

- São Paulo:

 Paulo para falar das forças espirituais utiliza os termos


(principados, potestades, poderes, autoridades.

 1 Cor 15,24-25; Ef 3,10; Cl 2,9-15.

g) Tipos de ações diabólica8

6
Na tradução da Bíblia aos cuidados da Conferencia Episcopal Italiana, esta expressão está presente em 4
versículos do AT em 39 do NT, entre os quais Dt 32,17; Br 4,7; Mt 7,22; 10,8; Mc 3,22; Lc 8,2; Tg 2,19.
7
Para um maior aprofundamento no campo bíblico-exegético, cito o livro “Existe o diabo? Respondem os
teólogos. J. E. Marins Terra, SJ – Editora Loyola.
8
A ação demoníaca, segundo o entendimento comum da teologia sistemática, é classificada em ação
ordinária e extraordinária.
- Ação direta (ordinária)9 = Tentação.

 As tentações ocorrem de forma oculta e acontece na vida de


todos.

 O pecado gera consequências malignas em nossas vidas.

- Ação indireta (extraordinária)10 = vexação, obsessão, infestação e


possessão.

2 – JESUS EXORCISTA

a) Jesus é o exorcista por excelência.

b) Jesus Cristo trás a todos a libertação do Reino de Deus.

c) Jesus tem um ensinamento no dado com autoridade. Mc 1,27.

d) Jesus realiza exorcismos que sinalizam o Reino de Deus e seu


domínio sobre satanás.

e) No exorcismo há resistência, combate e ação decidida de Jesus.

- A libertação precisa atingir corpo, mente e espirito.

- Distúrbios físicos, psíquicos ou espirituais abalam a pessoa como um


todo.

- Devemos pedir a Deus a cura integral das áreas que estão


desintegradas por ação do pecado11.

3 – CRISTO CONFERE AO MAGISTÉRIO DA IGREJA O PODER


DE EXORCIZAR

a) Criação dos anjos

9
Ação Ordinária: São aquelas ações mais comuns que o Diabo realiza em nosso meio, as que são mais
frequentes no dia a dia. s particulares (de diversa gravidade e natureza)
10
Ação Extraordinária: É uma intervenção do demônio sobre a matéria: É aquela na qual o demônio causa
distúrbios particulares (de diversa gravidade e natureza). Elas atingem pessoas, locais, objetos e animais:
11
Diretrizes para o Ministério do Exorcismo à luz do Ritual vigente da Associação internacional dos
Exorcistas, parág. 057 “os fenômenos diabólicos extraordinários da possessão, da obsessão, da
vexação e da infestação (...) provocam grandes sofrimentos, mas, per se, não afastam de Deus e não
tem a gravidade do pecado.”.
- Criou todas as coisas, as visíveis e a invisíveis (o céu e a terra, os
anjos e os seres humanos ... tudo o que existe)

- Deus criou os anjos e os humanos dotados de liberdade capazes de


escolher entre o bem e o mal.
b) Jesus nos dá nossa libertação

- Jesus proclama a nossa libertação antes de sua morte.

- Em sua paixão, morte e ressurreição Jesus venceu o poder do mal.

- Quando Jesus foi levantado na cruz pela sua morte e ressurreição


fomos libertos de todo o poder do mal.

c) As consequências do pecado em nossas vidas

- Condições para que haja pecado

 Se requer três condições: Matéria grave, plena consciência e


deliberado consentimento.

- Consequências do pecado

 Destrói a caridade;

 Priva-nos da graça santificante e conduz-nos à morte eterna do


inferno se não nos arrependermos.

- Perdão dos pecados

 Ordinariamente pelo Sacramento do Batismo e da Penitencia ou


da Reconciliação.

 Quando se está em pecado procurar o sacerdote

- Orientações ao Ministro de Oração por Cura e Libertação

 Encaminhar as pessoas para o sacramento da confissão.

= A confissão é o maior exorcismo.

 Quando alguém vem para o atendimento com um pecado mortal


não adianta falar com o ministro de oração por cura e libertação.
= Acolher a pessoa e encaminha-la ao sacerdote

= Em algumas situações explicar para a pessoa a importância da


confissão.

- Jesus confere o poder aos apóstolos

 Mc 9,18

 O Senhor nos aconselha a orar e jejuar diante dos casos mais


resistentes. Mc 9,29.

 Nosso remédio é a fé, a oração e o jejum.

- Com vencer as tentações

 Palavra de Deus;

 Vigilância e o bom senso;

 Não consentir ao pecado (Somos livres para consentir ou não à


tentação, ao diabo e ao pecado).

 Na maioria dos casos se está ocorrendo a ação do maligno na vida


de uma pessoa é porque o pecado entro e abriu brecha para
satanás e seus demônios atuarem.

 Segundo a tradição litúrgica da Igreja admite-se a existência do


diabo a que se deve renunciar.

 O cristão batizado precisa ter uma postura de constante


discernimento diante do mal.

4 – O MALIGNO SEGUNDO A TRADIÇÃO CRISTÃ

a) Santo Agostinho (tratado sobre a queda do diabo)

 “ a soberba derrubou o diabo a ponto de perverter sua


natureza boa por sua vontade depravada. Uma razão clara
mostra que isso aconteceu antes que o homem fosse criado,
e que, por essa razão, passou a invejar o homem”. (De
Genesi ad litteran, lib. XI, Cap. XVI, 21. Comentário ao
Genesis, pág. 403).

b) Deus não criou os anjos bons e os demônios maus.

c) IV Conc. De Latrão (1215)

 “o diabo e outros demônios foram criados por Deus


naturalmente bons, mas por si mesmos se transformaram
em maus”. Compendio dos Simbolos, definições e
declarações de fé e moral, 2007, p. 283 – DEZENGER-
HUNERMANN.

d) A ação do maligno

 A ação do maligno manifesta-se sobretudo na tentação.

 São Tomás de Aquino “ a profissão do diabo é tentar”.


Summa Theologie, q. 144, a.2.

5 – ENSINAMENTO DO MAGISTÉRIO RECENTE SOBRE O


MALIGNO

a) Criado em santidade o homem foi seduzido pelo maligno

 Concílio Vat. II, Const. Pastoral Gaudium et spes, n. 22, 37.

b) A influencia de demônio no mundo.

 João Paulo II. Audiência geral, 13 ago. 198612

“A ação de Satanás consiste em tentar os seres humanos,


agindo sobre sua imaginação, sua memoria, seu intelecto e
sua vontade, com o objetivo de leva-lo em uma direção
contrário à vontade de Deus [...]”.

c) Poder de satanás não é infinito

 CIgC, 395

12
São João Paulo II em oito audiências nas quartas feiras reafirma a fé tradicional nos demônios. Quinta
Catequese trata sobre A QUEDA DOS ANJOS REBELDES. Audiência do dia 13 de agosto de 1986.
Publicada no L`OSSERVATORE ROMANO, ed. port., no dia 17 de agosto de 1986.
 Sua ação é permitida pela divina providencia.

 A permissão divina da atividade diabólica é um grande


mistério.

d) Obras do demônio

 CIgC, 285

 Papa Francisco três critérios para enfrentarmos os desafios da


presença do diabo no mundo:

a) Primeiro critério: A certeza de que Jesus luta contra o


pecado e contra o diabo.

b) Segundo critério: A constatação de que quem não está com


Jesus está contra ele.

c) Terceiro critério: A necessidade de vigilância13

6 – EXORCISMO

a) Conceito

- Exorcismo do grego “exorkzô” que significa conjurar.

- Ex = fora + korkos = juramento.

b) Conceito específico

- Exorcismo que dizer expulsar um demônio, conjurando-o em nome


de Deus.

c) As formas de exorcismos

- Deprecativa e imperativa14.

a) Deprecativa se realiza pelas orações dirigidas a Deus para afastar


um mal, personificado ou não.

13
L’Osservatore Romano, ed. Em Português, nº 41 2013.,
14
Para aprofundamento: Cap. IX – Exorcismos, Orações de Libertação e de Cura, parag. 154-175.
Diretrizes para o Ministério do Exorcismo à luz do Ritual vigente da Associação internacional dos
Exorcista
 Ocorre na Liturgia Batismal sobre os catecúmenos.

 Os exorcismos menores estão previstos no Rito de Iniciação


Cristã de Adultos

b) Imperativa contém ordens diretas de mando no demônio.

 É realizado quando por permissão de Deus ocorrem casos de


especial tormento ou de possessão diabólica15.

 O exorcismo maior denominado de “exorcismo solene” que é


uma ação liturgia e faz parte dos sacramentais da Igreja16.

c) Ritual de Exorcismos

 Em 2005 foi publicado a tradução portuguesa para o Brasil


com o título: Ritual de exorcismos e outras súplicas.

 Finalidade: Livrar o fiel de força desagregadora do adversário


que sempre tem a mesma intenção: afastar o cristão de Cristo.

d) A tentação na vida do cristão.

 Insinua e aguarda a resposta da alma;

 Se a resposta for positiva ele faz a proposição direta do pecado


convencendo que aquilo não é pecado.

 Quando a pessoa hesita o demônio intensifica a tentação e


atormenta ate obter o consentimento voluntario.

e) Com vencer a tentação

 Proclamando a verdade de Jesus e não aceitando o pecado.

f) Possessão demoníaca

 Ritual de exorcismos e outras súplicas, nº 14, p. 17. “Não creia


facilmente que alguém esteja possesso do demônio, pois pode
ser tratar de outra doença, sobretudo psíquica”.

15
Ritual de exorcismos e outras súplicas, São Paulo: Paulus. 2005, nº 9, p. 16.
16
CIgC, 1673
 Os sinais são mencionados no Ritual de exorcismos e outras
súplicas, n. 16, p. 16 tanto o de 1614 e de 1998.

= Falar muitas palavras em uma língua desconhecida ou


entender alguém que a fala;

= Manifestar coisas distantes e ocultas;

= Demonstrar forças superiores á idade ou à s condições


físicas.

 Os estudos de Psicologia e de outras ciências sobre o


fenômeno que denominamos possessão diabólica remetem
necessidade de uma analise interdisciplinar.

 A possessão demoníaca se esclarece e ser resolve no âmbito da


fé cristã.

g) Instrução sobre o Exorcismo

Quem pode exorcizar

 O cânon, 1172 do Código de Direito Canônico declara “que


ninguém é licito proferir exorcismo sobre pessoas possessão, a
não ser que o Ordinário do lugar17 tenha concedido peculiar e
explicita licença para tanto”.

 Determina também que essa licença só pode ser concedida


pelo Ordinário do lugar a um presbítero dotado de piedade,
sabedoria, prudência e integridade de vida. CIgC, 1172.

 Exorcismo do Sumo Pontífice leão XIII18


17
Segundo o Código de Direito Canônico, Ordinário do lugar são o Romano Pontífice, os Bispos
diocesanos, o prelado territorial ou pessoal, o abade territorial, o vigário apostólico, o prefeito apostólico,
o administrador apostólico, o vigário geral e os vigários episcopais.
18
Em 1922, o Papa Leão XIII havia composto um “pequeno exorcismo” que poderia ser recitado por
leigos ou simples fieis. Seu objetivo era o de torná-lo disponível, sobretudo no caso em que pudessem
supor que se tratava de qualquer ação demoníaca, manifestada, seja, pela maldade dos homens, seja pelas
tentações, doenças, tempestades, calamidades de todas as origens. Entretanto, o recente magistério pediu
aos fieis que não utilizassem esta oração de Leão XIII nas “reuniões de oração visando a obtenção da
libertação da influência dos demônios, mesmo em se tratando de exorcismos propriamente ditos: essas
reuniões se desenvolvem sob a condução de leigos, mesmo diante da presença de um sacerdote”. Carta
da Congregação para a doutrina da fé, 29 de setembro de 1985; Congregação para a Doutrina da Fé,
Instrução sobre as orações para se obter a cura de Deus, disposições disciplinares, artigo 9, (14 de
setembro de 2000); Papa João Paulo II, na Exortação apostólica Pastoris gregis § 39
= Não é licito aos fieis cristãos utilizar a forma de exorcismo
contra satanás e os anjos apóstatas contida no rito.

= Não é licito aplicar o texto inteiro desse exorcismo.

 Observação:

= Nos casos que pareçam revelar algum influxo do diabo, com


exclusão da autentica possessão diabólica – pessoas não
devidamente autorizadas não orientem reuniões nos quais se
façam orações para obter a expulsão do demônio, orações que
diretamente interpelem os demônios ou manifestam o anseio
de conhecer a identidade deles.

h) Oração de libertação

 Os fiéis batizados devem ser exortados a reconhecer a força


dos sacramentos e da oração para se libertarem das forças do
maligno.

= Atenção aos Sacramento da penitencia e a Unção dos


Enfermos (sacramentos de cura) em casos de saúde física e
ou/a psíquica.

= Invocação a Virgem Maria e dos Santos, Oração, Jejum.

 Instrução sobre o exorcismo da Congregação para Doutrina da


Fé, 198519.

19
SAGRADA CONGREGAÇÃO PARA A DOUTRINA DA FÉ
INSTRUÇÃO SOBRE O EXORCISMO
24 de Setembro de 1985
Excelentíssimo Senhor,
Há alguns anos, certos grupos eclesiais multiplicam reuniões para orar no intuito de obter a libertação do
influxo dos demônios, embora não se trate de exorcismo propriamente dito. Tais reuniões são efetuadas
sob a direção de leigos, mesmo quando está presente um sacerdote.
Visto que a Congregação para a Doutrina da Fé foi interrogada a respeito do que pensar diante de tais
fatos, este Dicastério julga necessário transmitir a todos os Ordinários a seguinte resposta:
1. O cânon 1172 do Código de Direito Canônico declara que a ninguém é lícito proferir exorcismo sobre
pessoas possessas, a não ser que o Ordinário do lugar tenha concedido peculiar e explícita licença para
tanto (1º). Determina também que esta licença só pode ser concedida pelo Ordinário do lugar a um
presbítero dotado de piedade, sabedoria, prudência e integridade de vida (2º). Por conseguinte, os srs.
Bispos são convidados a urgir a observância de tais preceitos.
2. Destas prescrições, segue-se que não é lícito aos fiéis cristãos utilizar a fórmula de exorcismo contra
Satanás e os anjos apóstatas, contida no Rito que foi publicado por ordem do Sumo Pontífice Leão XIII;
muito menos lhes é lícito aplicar o texto inteiro deste exorcismo. Os srs. Bispos tratem de admoestar os
fiéis a propósito, desde que haja necessidade.
= A Instrução sobre o exorcismo desta normas que limitam a
realização de exorcismos e de nenhum modo devem
desaconselhar os fiéis a rezar para que como Jesus nos ensinou
sejam livres do mal. Mt 6,13.

 O Ritual de Exorcismos e outras súplicas apresenta nos


apêndices algumas súplicas que podem ser usadas em
circunstâncias especiais pela Igreja20.

i) A experiência da RCC para o Brasil

 O Senhor tem suscita na Igreja pessoas com destemor e


coragem para enfrentar o mal.

= A nossa parte é vigiar e orar sem cessar.

= Orar com o Sl 67,1-7, 90, Magnificat.

= Se ocorrer manifestação no atendimento não fixar o olhar


para a reação das pessoas e sim para Jesus.

= Orar em línguas, rezar o terço, a salve –Rainha, um salmo.

= No primeiro momento não encaminhar para o exorcista.

= Encaminhar para os exercícios espirituais, sacramento da


reconciliação, adoração eucarística, Santa missa.

 Se continuar as manifestações encaminha para os exorcistas


que iniciará um processo investigativo.

3. Por fim, pelas mesmas razões, os srs. Bispos são solicitados a que vigiem para que - mesmo nos casos
que pareçam revelar algum influxo do diabo, com exclusão da autêntica possessão diabólica - pessoas não
devidamente autorizadas não orientem reuniões nas quais se façam orações para obter a expulsão do
demônio, orações que diretamente interpelem os demônios ou manifestem o anseio de conhecer a
identidade dos mesmos.
A formulação destas normas de modo nenhum deve dissuadir os fiéis de rezar para que, como Jesus nos
ensinou, sejam livres do mal (cf. Mt 6,13). Além disso, os Pastores poderão valer-se desta oportunidade
para lembrar o que a Tradição da Igreja ensina a rrespeito da função própria dos Sacramentos e a
propósito da intercessão da Bem-Aventurada Virgem Maria, dos Anjos e dos Santos na luta espiritual dos
cristãos contra os espíritos malignos.
Aproveito o ensejo para exprimir a Vossa Excelência meus sentimentos de estima, enquanto lhe fico
sendo dedicado no Senhor.
Joseph Card. Ratzinger
Prefeito

20
Ritual de Exorcismos e outras súplicas, p. 77
 Após os dados obtidos e o diagnostico de não é nada psíquico
se fará o exorcismo.

j) O que é a Oração de Libertação

 A oração de libertação é deprecativa e não deve interpelar o


diabo com ordem direta e sim dirigir-se a Deus em forma
de prece pedindo que liberte o irmão de toda ação de
satanás.

 O Padre exorcista não pode fazer exorcismo fora de sua


Diocese somente com a permissão do Bispo de outra
Diocese.

 Se na Diocese não tem um exorcista levar o caso ao Bispo.

k) O que rezar na oração de libertação

 Súplicas a Deus;
 Ler orações privadas;
 Cânticos religiosos;
 Orar em línguas;
 Rezar o rosário;
 Ler e orar um Salmo (Sl 34, 67; 90)
 Proclamar as Sagradas Escrituras (Magnificat, Benedictus;
Ef 6,10-18; 2 Cor 10,4-5)
 Rezar o Pai-Nosso;
 Ladainhas (de todos os Santos)
 Oração de Libertação;
 Oração em silencio para discernir;
 Orações espontâneas
 Ofício Divino
 Etc...

III – CONCLUSÃO
1 – RESUMO
a) Recapitulação
a.1) Diabo e demônio nas Sagradas Escrituras
a.2) Jesus Exorcista
a.3) Cristo confere ao Magistério da Igreja o poder de exorcizar
a.4) O maligno segundo a Tradição Cristã
a.5) Ensinamento do Magistério recente sobre o Maligno
a.6) Exorcismo

b) Avaliação (sanar dúvidas, complementação, etc...)

c) Fecho (Fixar-Síntese);

- É importante que entendamos como acontece a ação extraordinária


do demônio na vida dos filhos de Deus.

- A Palavra de Deus nos alerta sobre o envolvimento com as obras do


maligno.

- Dt 18,9-14 (Proclamar se for oportuno)

- Muitas pessoas tem se envolvidos no campo da ação extraordinária


do maligno pelo Ocultismo, pela magia, pela superstição, pelas
práticas de adivinhação, pelo espiritismo e pelos grupos de sitas
satânicas os quais se organizam em reuniões satânicas e missas
negras.

2 – CHAMAR À AÇÃO

- Se quisermos enfrentar o mal é importante acolher o Evangelho,


dedicar-se á oração, ao jejum e ter uma vivencia sacramental como
autentico discípulo de Jesus que não abandona seus fiéis que
suplicam diariamente: “Livrai-nos do mal”.

3 – ORAÇÃO FINAL

Amém. Muito obrigado. Deus abençoe!

ELABORAÇÃO E ORGANIZAÇÃO DOS ROTEIROS


Tarcísio Augusto, NSDN
Grupo de Oração da Família – Fonte de Misericórdia

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