Discursiva - Psicologia Hospitalar

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Nome da Aluna: Larissa Pavaneli Nalão RA: 192629311713

Curso: Psicologia - 7º Semestre


Disciplina: Psicologia Hospitalar
Atividade Discursiva
A problemática da morte e o morrer é bastante trabalhada no contexto hospitalar e suscita questões
de ordem ética que permeiam a prática do psicólogo hospitalar. Uma importante psiquiatra e
estudiosa na área, Elizabeth Kübler-Ross propôs em seu livro “Sobre a Morte e o Morrer” sua
compreensão acerca dos estágios emocionais pelos quais passam os pacientes em terminalidade.
Realize uma explanação sobre as principais ideias de Kübler-Ross, descrevendo as características
de cada fase, exemplificando-as, bem como explicitando a maneira como estas ideias podem ser
utilizadas na assistência psicológica hospitalar.

As fases descritas por Kubler-Ross são, segundo Ronick (2017, p. 156):


1. A fase da negação é caracterizada por um afastamento da gravidade do
diagnóstico: os pacientes (ou familiares) não acreditam, levando assim, a não
ter consciência da necessidade de aceitação do diagnóstico para seguir em
frente.
2. Na fase da raiva, são esperados sentimentos com forte carga de ambivalência
afetiva, sendo assim deferedia à equipe que não cuida adequadamente, ou a
Deus, ou a familiares, entre demais situações e/ou pessoas.
3. Na fase da barganha, é comum a busca por métodos mágicos de cura, apelos
dramáticos, pactos e promessas com Deus ou entidades. Buscam-se acordos
reais ou imaginários com figuras que representam, no sistema de crenças e
valores de cada um, um ideal de onipotência e supremacia, que pode intervir na
situação, essas figuras podem estar encarnadas em profissionais da equipe ou
com apelo religioso-espiritual.
4. Após um processo de elaboração psíquica, que aproxima o sujeito da verdade
inexorável, ou a percepção de que o quadro clínico não apresenta melhoras,
pode-se instaurar a fase da depressão, na qual a angústia e a introspecção
aumentam junto à piora do quadro clínico. Portanto, essa fase é caracterizada
pela dor psíquica, é comum a manifestação de sentimento de culpa,
insegurança, tristeza e pesar.
5. A fase da aceitação pode ser observada pela equipe como um estágio de
quietude e isolamento, é relatada uma necessidade de descanso, e a vontade
de lutar diminui gradualmente. A aceitação não significa perder a esperança,
mas não mais temer ou se angustiar imensamente ao entrar em contato com a
possibilidade de morte, necessária para elaborar a perda e a separação que
estão por vir.
Sabe-se que o luto é a dor emocional ou agonia que se sente quando se
perde, por separação ou afastamento, um objeto que lhe dê significado. O
enlutamento é definido como um processo psicológico a partir de uma perda e que
leva comumente à renúncia do objeto amado. (Ronick, 2017, p. 152)
Diante disso, existe a capacidade de explicar que a Psicologia Hospitalar
necessita da compreensão das fases do luto para melhor trabalhar seus respectivos
pacientes inseridos nesse processo. É através do trabalho em conjunto, paciente e
psicoterapeuta, dentro das fases explanadas por Kubler-Ross que torna-se possível
compreender a dor do paciente enlutado e contribuir para o progresso de fases até
a quinta fase que é a fase de aceitação.

Referencia Bibliográfica

RONICK, P. V. Psicologia Hospitalar. Londrina. 2017.

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