Exame CG
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Contabilidade
de Gestão II
2º Ano – 1º Semestre
Beatriz Domingues
Revisões de termos da cadeira de Contabilidade de Gestão I
Critérios valorimétricos:
Forma como se procede a valorização quer das entradas quer das saídas, dos activos e passivos.
FIFO – inventários mensurados pelos preços mais antigos, ficando, em armazém, inventários
mensurados pelos preços mais recentes.
LIFO - inventários mensurados pelos preços mais recentes, ficando, em armazém, inventários
mensurados pelos preços mais antigos.
Custo médio ponderado – inventários mensurados a um preço unitário determinado pela média
ponderada do preço de compra pela quantidade em armazém.
CINI = 0 CIPA = CV + CF
Subprodutos e Resíduos:
CC (CNI) = CD + CA + CF
Custo comercial em sentido lato (CC) CD – Custos de distribuição ou custos comerciais em sentido
OU restrito.– distribuição, publicidade, vendedores.
Custos não industriais (CNI) CA - Gastos administrativos.
CF – Gastos de financiamento.
𝐂𝐈𝐏𝐀
CIPA (unitário) = 𝐐𝐮𝐚𝐧𝐭𝐢𝐝𝐚𝐝𝐞 𝐏𝐫𝐨𝐝𝐮𝐳𝐢𝐝𝐚 / 𝐑𝐞𝐚𝐥
Taxa Teórica de imputação TTI = Total Encargos Sociais Previstos Ano / Total
Ordenados Previstos
Funções de Gestão:
Essa planificação implica a existência de um processo de gestão onde estejam presentes as
principais funções de gestão:
→ Planeamento:
Visa a fixação dos objetivos estratégicos num horizonte de longo prazo, concretizado em
medidas e ações a desenvolver a médio e curto prazo.
→ Organização:
Avalia e determina quais os meios materiais e humanos necessários para atingir os
objetivos pretendidos. Define a estrutura.
→ Motivação e coordenação:
Mobiliza os diferentes agentes envolvidos na prossecução dos objetivos e a
descentralização e delegação de poderes.
→ Controlo:
Compara as realizações com os objetivos com o propósito de se tomarem medidas
corretivas, após determinados e analisados os desvios.
Orçamento Anual:
Trata-se de um instrumento de planeamento de curto prazo que permitirá a quantificação dos
objetivos a atingir em termos de rendimentos e gastos bem como a afetação dos recursos
necessários ao cumprimento daqueles objetivos.
Programas:
Elaborados em quantidades (unidades físicas).
Estimam um conjunto de váriaveis que traduzem os objectivos definidos em termos de vendas,
produção, compras e tempos de trabalho.
Orçamentos:
Previsão de Rendimentos e Gastos relacionados, de forma direta ou indireta, com o
desenvolvimento da atividade da empresa.
São a tradução em unidades monetárias dos Programas.
o Programa de Vendas:
Regista-se as quantidades a vender dos vários produtos ao longo do ano e pelos períodos
considerados relevantes.
+
+
-
=
+
+
-
-
=
o Programa de Compras:
A determinação das quantidades a comprar de matérias vai depender de matérias dos consumos
previstos para o ano e da política de stocks que a empresa pretenda prosseguir.
2º Secções auxiliares:
Resultado da previsão de reembolsos que as respetivas secções realizarão.
Caraterísticas:
→ Interdependentes e Articulados;
→ Coerentes e Compatíveis.
Orçamentos de Exploração:
o Orçamento de Vendas:
Resulta do Programa de Vendas e dos pressupostos de preços unitários de venda;
É elaborado por produto;
Traduz o valor de faturação a clientes (Inclui IVA);
Serve de suporte à previsão de recebimento das vendas no Orçamento de Tesouraria.
Orçamento de vendas
Orçamento de compras
Este orçamento permite conhecer, no final de cada mês, as obrigações da empresa quanto a
empréstimos contraídos, bem como o montante das aplicações financeiras, o que facilita a
previsão dos juros a pagar e a receber ao longo do exercício, bem como dos que terão se der
repercutidos nos resultados (gastos e rendimentos financeiros).
→ Ativos não correntes: Deve incluir o montante dos ativos não correntes iniciais
corrigidos dos investimentos e desinvestimentos que se preveêm efetuar e deduzidas as
depreciações consideradas nos orçamentos dos custos das secções e de gastos gerais.
→ Inventários: Resulta dos orçamentos de stocks de matérias e de produtos acabados e
semiacabados.
→ Créditos: Os valores a receber posteriormente ao final do exercício estão referidos, no
orçamento de tesouraria, como valores para balanço respeitantes a rendimentos não
recebidos no ano. Também terão de ser evidenciados os juros a receber calculados a partir
da informação quanto a aplicações financeiras de acordo com o orçamento financeiro.
→ Disponibilidades e aplicações financeiras: Estes valores constam do orçamento
financeiro correspondendo às disponibilidades finais ao ano e ao valor em carteira de
aplicações financeiras, independentemente do momento em que foram adquiridas.
→ Capital próprio: Para além do capital próprio refletivo no respetivo balanço, inclui-se
também o resultado do exercício calculado na demonstração de resultados previsional.
→ Passivo: O passivo deve ser discriminado por médio e longo prazo e curto prazo, de
acordo com as características das obrigações. A informação necessária será retirada do
orçamento de tesouraria quanto a valores para balanço decorrentes de despesas ou gastos
que não se prevêem regularizar no ano e do orçamento financeiro, no que se refere aos
empréstimos contraídos e juros a pagar.
Custos Reais:
o Considera-se quantidades de matérias-primas efetivamente consumidas e a atividade
realmente verificada, valorizadas a preços reais e a custos efetivamente verificados no
período;
o Custos determinados a posteriori.
Custos Básicos:
o São Custos Teóricos;
o Custos determinados a priori;
o Para valorizar e movimentar inventários.
o Para valorizar prestações internas.
→ Controlo de Gestão
A Comparação entre os custos reais e os custos básicos permite apurar desvios evidenciando o
desempenho e o cumprimento de objetivos;
Potencia a tomada de decisões corretivas
→ Isolamento de responsabilidades:
Na avaliação de desempenho de cada segmento organizacional (Secção Homogénea), pretende-
se que o desempenho de um centro não influencie a avaliação de desempenho de outro ou outros.
Secção auxiliar:
- Com atividade definida:
Ar x UOb
Ar – Atividade Real
UOb – Unidade de obra básica
- Sem atividade definida: Para cada mês: 1/12 x reembolso anual previsto.
Há uma faixa em que os desvios se consideram normais. Fora dessa faixa (portanto, dentro do
intervalo de controlo) devem os desvios ser analisados e devem ser tomadas medidas corretivas.
Desvios Contabilísticos:
→ Desvio de Compras;
→ Desvio de secções;
→ Desvio de fabricação.
Desvio de Preços: Diferença entre os preços reais e previstos de aquisição das matérias ao
exterior.
Sem AMP: Qr x (Pr - Pb)
Com AMP: Qr x (Pr*- Pb*)
sendo Pr* = Preço de Aquisição mais UIb AMP
Pb* = Custo Unitário de Compras Orçamentado
Desvio de Compras: Se AMP imputado em função do valor de compras, o desvio pode ser
decomposto em desvio de custos externos e internos:
Desvio de compras = Qr x [(Pr – Pb) + (Pr- Pb) x UIb]
Qr x (Pr – Pb) – Custos de aquisição ao exterior.
Qr x [(Pr x UIb) – (Pb x UIb)] – Custos internos imputados.
Orçamento ajustado de uma secção - Go: Respeita ao ajustamento do valor dos consumos
unitários previstos no orçamento anual à atividade real do mês.
Orçamento ajustado de uma secção = Go = Ar x CV/Ab + CFb/12
Go = cvb x Ar + CFb/12
Ar – Atividade Real;
CVb – Custos Variáveis anuais previstos para a secção;
Ab – Atividade anual prevista;
CFb – Custos Fixos anuais previstos.
cvb – Custo variável médio orçamentado por unidade de obra
Gr* - Gastos reais de uma secção apurados pelo sistema de custeio básico/orçamentado
Go – Orçamento ajustado
cvb – Custo variável médio orçamentado por unidade de obra
Ar – Atividade real da secção
qb – Unidade de obra prevista
Qr – Quantidade real consumida
cvb = CVb/Ab
cvb = qb x Pb
CVb – Custos variáveis anuais previstos
Ab – Atividade Anual Prevista
qb – consumo previsto por unidade de obra
Pb – preço previsto do input
Desvio de Fabricação:
Desvio de Fabricação (Df) = Qr x (CIPA unit. r* - CIPA unit. b)
Desvio de Fabricação = Qr x Pb x (Cons. Unit. r – Cons. Unit. b)
CIPA unit. r* - Custos da produção acabada unitários calculados no mapa do custo da produção
(em sistema de custeio básico/orçamentado);
CIPA unit. b - Custos da produção acabada unitários calculados no orçamento do custo da
produção;
Qr – Quantidade real produzida.
Desvios Extracontabilísticos:
→ Desvio de vendas;
→ Desvio de custo de vendas;
→ Desvio de gastos comerciais variáveis;
→ Desvio de margem de contribuição.
Se o Desvio de vendas > 0 então o desvio é favorável, pois significa que vendemos mais
quantidade de produto e, ou vendemos a preço superior ao previsto no orçamento.
No entanto, o que faz sentido é interpretar este Desvio simultaneamente com o Desvio de Vendas
(Dv), pois como é um desvio que resulta das quantidades vendidas, não faz sentido ser
desfavorável se vendermos mais quantidades.
Custos Padrão:
→ São custos básicos que se caracterizam pela determinação à priori da quantidade e/ou
valor de cada recurso utilizado para a fabricação dos produtos.
→ Implica a definição apriorística do custo industrial dos produtos, não se determinando o
custo real de cada produto. O custo real é apenas determinado para a totalidade dos
produtos.
Quem adota?
São adotados por empresas com produção muito diversificada e que concluem que não é
economicamente viável determinar em cada período o custo real de cada produto obtido.
Exemplo: Indústria cerâmica decorativa, Produção de parafusos e válvulas, pastelaria, etc.
Desvio de Fabricação:
Df = (Qr x Pb + Ar x UOb) – QrPA x CPI
Desvio de Fabricação = CIPA r* - CPI x Qr
Qr – Quantidade real de matérias consumidas.
Pb – Preço orçamentado das matérias diretas.
Ar – Atividade real das secções.
UOb – Custos Orçamentado unitário das secções.
QrPA – Quantidade real produzida de PA.
CPI – Custo Padrão Industrial.
Logo:
Df = (Qr x Pr + Ar x UOr) – QrPA x CPI
Centralização vs Descentralização:
A descentralização identifica-se com o grau de autonomia que um determinado gestor detém para
tomar decisões dentro da organização.
Centros de responsabilidade:
→ Centros de Custos: Gestor é responsável pelos gastos em que incorre. Geralmente,
unidades funcionais onde são utilizados os recursos.
→ Centros de Rendimentos: Gestor é apenas responsável pelos rendimentos gerados.
→ Centros de Resultados: Gestor é responsável pelos gastos e rendimentos.
→ Centros de Investimentos: Gestor é responsável pelos resultados e pelas decisões de
investimento e desinvestimento.
Geralmente, em estruturas descentralizadas, são adotadas “divisões” ou “unidades de negócios”
com características de centros de resultados e centros de investimento (embora não seja condição
necessária e suficiente).
A adoção dos preços de mercado é a solução que se apresenta mais adequada uma vez que estes
funcionam como custos de oportunidade, quer para o segmento cedente quer para o segmento
recetor.
Conceito de Desempenho:
Em termos genéricos, é o resultante de uma ação, num determinado período de tempo. “Output”.
Quanto aos objetos de análise de desempenho, estes não podem estar dissociados dos graus de
descentralização, de responsabilização e dos diferentes níveis de autonomia no processo de
tomada de decisão na organização.
→ Resultado Residual – RI
Para ultrapassar os inconvenientes do ROI podemos utilizar o RI.
Tende a ser utilizado mais frequentemente.
Atende ao capital investido e à remuneração do capital.
Permite a congruência de objetivos dentro da organização.
Fórmula:
Em que:
RO – Resultado Operacional;
t – taxa de impostos sobre o rendimentos
CMPC – Custo médio ponderado do capital
CI – Capital investido
Análise comparativa:
Para análise do desempenho global, ROI, RI e EVA são mais apropriadas, por considerarem
tanto os resultados obtidos como o investimento efetuado.
RI e EVA ultrapassam problemas relacionados com a congruência organizacional levantados
pelo ROI.
EVA considera explicitamente efeito fiscal.
RI é mais fácil de calcular e conduz a conclusões semelhantes ao EVA.
Se crescimento das vendas é limitado e os níveis de investimento são idênticos, ROS apresenta-
se como indicador privilegiado.
Para períodos superiores a um exercício evidencia-se a vantagem da utilização das medidas RI e
EVA.
Para ultrapassar alguns dos pontos anteriores têm sido propostas como alternativas:
Rolling Budgeting:
A abordagem tradicional passa por, no final do ano, realizar o orçamento para um ano
seguinte dividindo-o em meses.
Vantagens Desvantagens
- Pode adaptar-se a mudanças de curto prazo - A constante mudança das previsões pode
no mercado; criar um sentimento de incerteza;
Atividade das secções principais Quant. a produzir x tempo trabalho para produzir uma unidade
de produto
𝐂𝐈𝐏𝐀
CIPA (unitário) =
𝐐𝐮𝐚𝐧𝐭𝐢𝐝𝐚𝐝𝐞 𝐏𝐫𝐨𝐝𝐮𝐳𝐢𝐝𝐚 / 𝐑𝐞𝐚𝐥
Custos variáveis das secções (Somatório do Consumo unitário x Atividade das secções por
semestre) x Custo unitário
Da = Go – Gi
Desvio de Atividade
(Da) Se Ab/12 < Ar: Desvio Favorável (sobre-imputação de CF)
Se Ab/12 > Ar: Desvio Desfavorável (sub-imputação de CF)
Desvio de Eficiência
(De) De = (Ar – Ap x QrPA) x UOb
Df = CIPA r* - CPI x Qr
Desvio da Margem de Contribuição DMgc = (Qr – Qp) x [Pb – CIPA unit. b – CCb] + Qr x (Pr- Pb) – Qr x
(DMgc) (CCr – CCb)
Do = Gr* - Go
(Qr – Q’b) x Pb
Desvio de Quantidades
(Dq) (Qr – Qp) x Pb
Desvio de Rendimento
(Dr) Dr = (Qr – Qp x QrPA) x Pb
Desvio Total das Secções Desvio Total da Secção = Desvio de orçamento (Do) + Desvio de
(Ds) atividade (Da)
Desvio de Vendas Dv = Qr x Pr - Qr x Pb + Qr x Pb – Qp x Pb
(Dv)
Dv = (Qr – Qp) x Pb + (Pr – Pb) x Qr
Go = Ar x CV/Ab + CFb/12
Orçamento ajustado de uma secção
(Go) Go = cvb x Ar + CFb/12
Resultado Bruto
(RB) O sinal do CINI na equação depende se os desvios contabilísticos
registados no mês são favoráveis ou desfavoráveis.