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Docente: Rúben Silva Barros

Contabilidade
de Gestão II
2º Ano – 1º Semestre

Beatriz Domingues
Revisões de termos da cadeira de Contabilidade de Gestão I

Critérios valorimétricos:
Forma como se procede a valorização quer das entradas quer das saídas, dos activos e passivos.
FIFO – inventários mensurados pelos preços mais antigos, ficando, em armazém, inventários
mensurados pelos preços mais recentes.
LIFO - inventários mensurados pelos preços mais recentes, ficando, em armazém, inventários
mensurados pelos preços mais antigos.
Custo médio ponderado – inventários mensurados a um preço unitário determinado pela média
ponderada do preço de compra pela quantidade em armazém.

Tipos de inventários nas empresas industriais e de serviços:


o Matérias-primas (MP) ou Materiais diretos (MD): são os bens que não se destinam à
venda e são incorporados nos produtos e nas atividades subjacentes aos serviços
prestados. Representam uma parte significativa do custo dos produtos e serviços.
As matérias-primas nunca são vendidas.
Por exemplo, se uma fábrica de pão comprar farinha e depois vendê-la assim como está:
ou é uma empresa comercial ou um produto intermédio.

o Matérias subsidiárias (MS): são bens complementares às matérias primas. Não


representam uma parte significativa do custo dos produtos e dos serviços prestados.

o Produtos acabados ou terminados (PA): são os produtos obtidos no fim do processo


produtivo.
Exemplo: automóveis numa empresa de fabrico de automóveis.

o Produtos semi-acabados (ou intermédios): são os produtos obtidos numa fase


intermédia do processo produtivo.
Por exemplo, uma fábrica de produção de pão que produz a farinha para o processo
produtivo do pão. A farinha é produto intermédio.

o Produtos em vias de fabrico (PVF) e trabalhos em curso: são os produtos que se


encontram numa fase intermédia do processo produtivo, bem como os trabalhos que se
encontram em curso numa empresa de serviços, sem que possam ser vendidos no estado
em que se encontram.
Exemplo: automóvel numa fase intermédia de pintura.

Tipos de gastos por funções:


o Gastos de Aprovisionamento: respeitam ao funcionamento dos armazéns de matérias e
de produtos acabados e semi-acabados.
o Gastos de Produção ou Industriais: identificam-se com a valorização dos recursos
utilizados na fabricação dos produtos ou prestação dos serviços.
o Gastos na Distribuição: estão relacionados com o funcionamento da estrutura
Comercial.

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o Gastos Administrativos: resultam do funcionamento da estrutura Administrativa.
o Gastos de Investigação e Desenvolvimento: respeitam as atividades relacionadas com
a pesquisa de novos produtos, serviços, tecnologias e métodos.
o Gastos Financeiros: não correspondem ao funcionamento de qualquer estrutura da
empresa, identificando-se com o custo associado à utilização de capitais alheiros.

Classificação dos Sistemas de Custeio:

CINI = 0 CIPA = CV + CF

CINI = (1-(Pr/Pn))*CF CIPA = CV + %CF

CINI = CF CIPA = CV % - capacidade utilizada – Pr/Pn


(1-(Pr/Pn)) – capacidade não utilizada

De acordo com a sua importância relativa (preço


de venda), os produtos conjuntos podem ser:

Subprodutos e Resíduos:

Classificação das Secções Homogéneas:


As secções homogéneas podem ser:
Principais:
os custos concorrem para o aprovisionamento, produção e vendas;
contribuem diretamente para a fabricação dos produtos.
Auxiliares:
os custos concorrem para os custos das secções principais ou outras secções auxiliares;
são as que prestam serviços a outras secções.

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Mapa dos Custos das Secções:
O Mapa dos Custos das Secções inclui:
Custos Diretos – Correspondem à aquisição de bens e serviços ao exterior, subdivididos,
sempre que possível, em custos variáveis e custos fixos.
Reembolsos – rubrica destinada a distribuir os custos das secções auxiliares pelas principais.
Custo total = Custos diretos + Reembolsos
U.O. = Custo Total / Atividade
U.I = Custo Total / Base de imputação

Mapa dos Custos da Produção:


O Mapa dos Custos das Secções tem como objetivo permitir imputar os custos dos vários
centros de custos aos produtos, através do Mapa dos Custos de Produção.
O Mapa dos Custos de Produção permite determinar o CIPA unitário de cada produto:
CIP = MP consumidas + Custos Transformação (S. Principais)
CIPA = (Inv I PVF + CIP – Inv F PVF) – subproduto
CIPA unitário = CIPA /Qts produzidas

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Unidade de Obra:
O custo unitário da secção, designado por unidade de obra (U.O.), utiliza-se para imputar e
controlar custos:
U.O. = Custos diretos + reembolsos / Atividade da Secção
= Custo Total Secção / Atividade da secção
Se a medida utilizada para imputar custos é diferente da medida utilizada para controlar custos,
então a secção não tem unidade de obra.
Neste caso, a secção tem uma unidade de imputação (U.I.) para imputar custos aos
produtos/serviços (obras) e uma unidade de custeio (U.C.) para controlar os custos das secções.
Os custos unitários das secções são determinados como segue:
U.O. = Custo total / Atividade total
U.I. = Custo total / Base de imputação
U.C. = Custo total / Número de dias do mês

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FORMULÁRIO DE CONTABILIDADE DE GESTÃO I

Nome da fórmula Fórmula

Compras Líquidas Compras Líquidas = Compras – Devoluções – Descontos


Comerciais + Despesas de compra

CC (CNI) = CD + CA + CF
Custo comercial em sentido lato (CC) CD – Custos de distribuição ou custos comerciais em sentido
OU restrito.– distribuição, publicidade, vendedores.
Custos não industriais (CNI) CA - Gastos administrativos.
CF – Gastos de financiamento.

Custo complexivo (CC’)


corresponde a todos os custos que afetam o resultado de CC´ = CIPV (CV) + CC (CNI)
um determinado período

Em sistema de Custeio Total Completo (SCTC):


CINI = 0

Em sistema de Custeio Total Racional (SCTR):


Custos fixos industriais não incorporados CINI = CF industriais do mês – CF industriais
(CINI) incorporados no CIPA
OU
CINI = (1 – Produção real / produção nominal) x Custo
Fixo industrial

Em sistema de Custeio Variável (SCV):


CINI = Totalidade dos Custos Fixos Industriais do
período

CIP = Consumo de Matérias-Primas + Mão de obra


CIP Direta + Gastos Gerais de Fabrico
Custo industrial da produção do mês
Custo industrial da produção global CIP = Custo Primo + Gastos Gerais de Fabrico
Custo industrial do período
CIP = Matérias Primas + Custos de Transformação

𝐂𝐈𝐏𝐀
CIPA (unitário) = 𝐐𝐮𝐚𝐧𝐭𝐢𝐝𝐚𝐝𝐞 𝐏𝐫𝐨𝐝𝐮𝐳𝐢𝐝𝐚 / 𝐑𝐞𝐚𝐥

CIPA unitário 𝐂𝐮𝐬𝐭𝐨 𝐝𝐚 𝐟𝐮𝐧çã𝐨 𝐢𝐧𝐝𝐮𝐬𝐭𝐫𝐢𝐚𝐥


custo do produto CIPA (unitário) = 𝐐𝐮𝐚𝐧𝐭𝐢𝐝𝐚𝐝𝐞 𝐏𝐫𝐨𝐝𝐮𝐳𝐢𝐝𝐚
(Quando não há PVF nem no início nem no fim do período)

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CIPA = CIP+ Inv. Iniciais PVF – Inv. Finais PVF
OU
CIPA = CIPA (unitário) x Quantidade Produzida

CIPA Em sistema de Custeio Total Completo (SCTC):


Custo industrial da produção acabada CIPA = Custo Variável industriais + CF industriais
OU Em sistema de Custeio Total Racional (SCTR):
Custo industrial da produção fabricada CIPA = CV Industrial + CF Industrial x (Pr/Pn)
Em sistema de Custeio Variável (SCV):
CIPA = CV Industrial

Podemos em vês de usar o


CV industrial = CV industrial unitário x Pr

CIPA = Custo Conjunto + Custo específico industrial

CIPA = Valor de venda potencial – custos específicos

CIPV CIPV (CV) = CIPA + Inv. Iniciais PA – Inv. Finais PA


Custo industrial dos produtos vendidos CIPV = CIP + PA + PVF
OU CIPV = CIPA unitário x Qt. Vendida (só se não existir
Custo das Vendas Inventários iniciais de PA ou quando temos LIFO)

Em empresas comerciais: Custo das Mercadorias Vendidas


CMV = Compras Líquidas + Inv. I Merc. – Inv. F Merc.
Inv. I Merc. – Inventário Inicial de Mercadorias
Inv. F Merc - Inventário Final de Mercadorias
Em empresas industriais: Custo das Matérias Consumidas
(Primas e subsidiárias caso estas sejam inventários):
CMC = Compras Líquidas + Inv. I MP– Inv. F MP
CMVMC Inv. I MP. – Inventário Inicial de Matérias Primas
Custo das mercadorias vendidas e das matérias Inv. F MP - Inventário Final de Matérias Primas
consumidas
Em empresas simultaneamente comerciais e industriais o
gasto a inscrever na Demonstração dos Resultados é a
soma de ambos os custos.

Custo Primo (CP) Custo Primo (CP) = Consumo de Matérias-primas + Mão


Custos diretos do produto de obra direta

Custo de Transformação (CT)


custo industrial em que é necessário incorrer para Custo de Transformação (CT) = Mão de obra direta +
transformar as matérias em produto acabado. Gastos Gerais de Fabrico

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Soma de:
Mão de obra indireta (MOI);
Consumos de água, eletricidade e combustível;
Gastos Gerais de Fabrico Consumo de matérias subsidiárias;
Amortizações de edificíos e equipamentos;
Seguros (excepto os que respeitam a pessoal);
Rendas;
Depreciações do exercício;

Mão de Obra Direta (MOD)


custos associados à remuneração dos trabalhadores MOD = Nº de horas x Custo horário x (1 + taxa teórica)

Produção Produção = Vendas – Inv.Inicial PA + Inv. Final PA

Pr = CIPA / CIPA unitário


Produção real Pr = Produção vendida + Variação de inventários de PA

Resultado bruto Resultado Bruto = Vendas – CIPV


Quantos mais custos fixos se inclui na DR, menor
será o RB. Quanto menor o RB, menor será a RB = vendas líquidas – custo das vendas ou CIPV - CINI
valorização dos inventários finais.

Se P > V, não havendo inventários iniciais e Pr/Pn < 1:


RCTC > RCR > RCV

Se P = V, não havendo inventários iniciais e Pr/Pn < 1:


RCTC = RCR = RCV
Relação entre os resultados dos sistemas de custeio
Se P < V, havendo inventários iniciais, mas adotando a
empresa o LIFO e Pr/Pn < 1:
RCTC < RCR < RCV

Nota: quando Pr = Pn: RCTC = RCTR

RO = resultado bruto – gastos de distribuição,


Resultado operacional (antes de gastos de administrativos e de investigação e desenvolvimento
financiamento e impostos) (gastos não industriais)
(RO) OU
RO = Vendas líquidas – CIPV - G.Distribuição –
G.Administração

Taxa Teórica de imputação TTI = Total Encargos Sociais Previstos Ano / Total
Ordenados Previstos

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Unidade de Imputação UI = Custo Total / Base de imputação

Unidade de custeio UC = Custo Total / Número de dias do mês

UO = Custos diretos + reembolsos / Atividades da secção

Unidade de Obra UO = Custo Total Secção / Atividade da secção

Variação nos inventários da produção


Inclui a variação de produtos em vias de fabrico, Inventário da Produção = Inv. Finais – Inv. Iniciais
intermédios e acabados

Vendas Líquidas Vendas Líquidas = Vendas – Devoluções – Descontos


Comerciais sobre vendas + Despesas

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Capítulo 1: Gestão Orçamental e as Funções de Gestão

Gestão orçamental: Caracteriza-se pela:


→ Planificação sistemática das atividades a desenvolver;
→ Fixação dos objetivos a atingir;
→ Verificação da medida em que as realizações correspondem aos objetivos.

Funções de Gestão:
Essa planificação implica a existência de um processo de gestão onde estejam presentes as
principais funções de gestão:
→ Planeamento:
Visa a fixação dos objetivos estratégicos num horizonte de longo prazo, concretizado em
medidas e ações a desenvolver a médio e curto prazo.
→ Organização:
Avalia e determina quais os meios materiais e humanos necessários para atingir os
objetivos pretendidos. Define a estrutura.
→ Motivação e coordenação:
Mobiliza os diferentes agentes envolvidos na prossecução dos objetivos e a
descentralização e delegação de poderes.
→ Controlo:
Compara as realizações com os objetivos com o propósito de se tomarem medidas
corretivas, após determinados e analisados os desvios.

Processo de Gestão Orçamental:


A essência da gestão orçamental reside na
articulação entre a função de planeamento, o
orçamento anual e o controlo orçamental.

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Implementação do Sistema:
→ Definição do âmbito e objetivos de cada centro de responsabilidade, entendido este como um
segmento ou unidade organizacional.
→ Deve ser coerente com os restantes sistemas de informação existentes, quer em termos de
previsões, de registos e de controlo, para assegurar fiabilidade e relevância.
Um gestor não pode ser avaliado por custos que não controla.

Dificuldades a ultrapassar na implementação:


→ Encontrar a estrutura orgânica mais adequada;
→ Implementar uma cultura de planeamento permanente e formação apropriada dos recursos
humanos;
→ Relevar aspetos comportamentais e ajustar a gestão dos recursos humanos às necessidades
emergentes, focalizando a gestão participativa por objetivos (GPO).

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Capítulo 2: Orçamento Anual

Orçamento Anual:
Trata-se de um instrumento de planeamento de curto prazo que permitirá a quantificação dos
objetivos a atingir em termos de rendimentos e gastos bem como a afetação dos recursos
necessários ao cumprimento daqueles objetivos.

Assenta na elaboração de um conjunto de PROGRAMAS e de ORÇAMENTOS.

Programas:
Elaborados em quantidades (unidades físicas).
Estimam um conjunto de váriaveis que traduzem os objectivos definidos em termos de vendas,
produção, compras e tempos de trabalho.

Orçamentos:
Previsão de Rendimentos e Gastos relacionados, de forma direta ou indireta, com o
desenvolvimento da atividade da empresa.
São a tradução em unidades monetárias dos Programas.

Fases na Elaboração do Orçamento Anual:


→ Elaboração dos programas:
o Programa de Vendas;
o Programa de Produção;
o Programa de Compras;
o Programa de Atividade das Secções.
→ Elaboração dos orçamentos.

o Programa de Vendas:
Regista-se as quantidades a vender dos vários produtos ao longo do ano e pelos períodos
considerados relevantes.

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o Programa de Produção:
A previsão de produtos realiza-se tanto para os produtos acabados como para os produtos
semiacabados, embora de forma distinta.

Previsão de vendas + Política de stocks de produtos acabados:


→ Quantidades a produzir de cada produto
Produção PA = Vendas + Inv. Finais PA – Inv. Iniciais PA

Produção de PA + Políticas de Stocks semiprodutos:


Produção = Consumo + Inv. Finais – Inv. Iniciais
Produção = Vendas + Consumo + Inv. Finais – Inv. Iniciais

+
+
-
=

+
+
-
-
=

o Programa de Compras:
A determinação das quantidades a comprar de matérias vai depender de matérias dos consumos
previstos para o ano e da política de stocks que a empresa pretenda prosseguir.

Se for política de stocks definida em função dos +


+
consumos por período, as compras irão oscilar ao longo -
do tempo. =

Para as matérias subsidiárias, as previsões são


semelhantes, atendendo a que os consumos serão em
função da atividade prevista das secções.

Consumos Previstos + Política de Stocks Matérias:


→ Quantidades de matérias a comprar
Compras = Consumo + Inv. Finais – Inv.Iniciais

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o Programa de Atividade das Secções:
Para todas as secções que tenham atividade definida, que normalmente correspondem às secções
industriais.
1º Secções principais:
Quant. a produzir x tempo trabalho para produzir uma unidade de produto.

2º Secções auxiliares:
Resultado da previsão de reembolsos que as respetivas secções realizarão.

Elaboração dos orçamentos:


Consiste na previsão dos gastos e rendimentos relacionados, direta e indiretamente, com o
desenvolvimento da empresa.

Caraterísticas:
→ Interdependentes e Articulados;
→ Coerentes e Compatíveis.

Como assegurar a articulação e interdependência?


“As vendas e a política de stocks determinam a produção.”

A Produção vai determinar:


- Os consumos de matérias (o que implica compras).
- A atividade das secções (o que implica capacidade de produção disponível).

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Todas as previsões de rendimentos e de gastos ou despesas devem mencionar a respetiva taxa do
IVA, de modo a que se possa proceder ao apuramento do imposto, bem como à previsão da
respetiva regularização (pagamento ou recuperação do imposto).

Orçamentos de Exploração:
o Orçamento de Vendas:
Resulta do Programa de Vendas e dos pressupostos de preços unitários de venda;
É elaborado por produto;
Traduz o valor de faturação a clientes (Inclui IVA);
Serve de suporte à previsão de recebimento das vendas no Orçamento de Tesouraria.

IVA = quantidade x preço x taxa de IVA

o Orçamento de Gastos Comerciais Variáveis:


Resulta da política comercial da empresa;
Decorre da previsão de vendas - quantidade (Programa de Vendas) e, valor (Orçamento de
Vendas);
Serve de suporte para:
Os pagamentos a incluir no Orçamento de Tesouraria;
E, gastos comerciais variáveis a incluir na Demonstração de Resultados previsional.

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o Orçamento de Compras:
Resulta do Programa de Compras e dos Pressupostos de preços unitários de Aquisição.
É elaborado por Matéria.
Traduz o valor de faturação de fornecedores (inclui IVA).
Serve de suporte à previsão de Pagamento de Compras no Orçamento de Tesouraria.

o Orçamento dos Custos das Secções:


Resulta dos pressupostos de custos das secções.
- Custos variáveis indexados à atividade prevista;
- Custos fixos que serão estimados por mês.
Orçamentam-se as Secções Auxiliares, às Restantes Secções.
Serve de suporte à elaboração do Orçamento de Custos de Produção.
Também se pode chamar “Orçamento do custo de transformação".
Valor da Seccção = Custo Unitário x Consumo Unitário x Atividade da Secção
(“Programa de Atividade das Secções”)
Valor da Seccção = Consumo Unitário x Atividade da Secção (“Programa de Atividade
das Secções”)
As secções auxiliares não têm valor da secção.

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o Orçamento do Custo das Compras:
Resulta do programa de compras e do AMP:
- Se UI do AMP for f(compras);
- Traduz Custos Externos (de Aquisição) + os Custos Internos (do AMP);
Serve para valorizar os Consumos de Matérias no Orçamento de Custo de Produção e para
valorizar Inventários de Matérias.

Orçamento das secções.


Custo de aquisição previsto
no orçamento de compras. Se for em função das compras.

o Orçamento de Custos de Produção:


Resulta dos pressupostos de custos e consumos unitários e do programa de produção;
Valorização de Matérias Consumidas:
- Do Orçamento Custo das Compras e do programa de consumo de Matérias;
Valorização dos C. Transformação:
- do Orçamento das Secções;
É elaborado em f (programa de produção);
Serve para valorizar Inventários e CIPV.

Orçamento do custo das compras ou Orçamento de compras

Orçamento do custo das secções (UO/UI)

Critério do lucro nulo

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o Orçamento de Stocks de Produtos Acabados e Semiacabados:
Resulta das quantidades previstas de inventários finais de produtos acabados e semiacabados;
Balanço Previsional – Inventários.

o Orçamento de Stocks de Matérias:


Resulta das quantidades previstas de inventários finais de matérias no Programa de Compras;
Custo unitário será o custo de aquisição ou o custo de compra do Orçamento de Custos de
Compra;
Balanço Previsional – Inventários.

o Orçamento de C. Variáveis das Secções:


Resulta dos pressupostos de custos das secções e do programa de atividade das secções;
É elaborado por rubrica de custos por natureza;
Serve para valorizar Pagamentos no Orçamento de Tesouraria.

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o Orçamento do IVA:
Resulta do Orçamento de Vendas (IVA liquidado) + Orçamento de Compras (IVA
dedutível);
Serve para valorizar Pagamentos ao Estado no Orçamento de Tesouraria.

Orçamento de vendas

Orçamento de compras

o Orçamento dos custos com pessoal:


Resulta dos pressupostos de Custos com Pessoal (Ordenados, Encargos, Subsídios etc.);
É elaborado por rubrica de Custos por natureza;
Serve para valorizar Pagamentos no Orçamento de Tesouraria.

Orçamentos de carácter financeiro:


A segunda etapa da elaboração do orçamento corresponde à previsão da situação da tesouraria a
partir da estimativa de recebimentos e de pagamentos, do seu equilíbrio a partir dos recursos
financeiros de que se disponha (internos e externos), bem como da aproximação aos gastos e
rendimentos de carácter financeiro para o exercício.

Elaboram-se, portanto, os denominados orçamentos de carácter financeiro, ou seja:


Orçamento de Tesouraria (OT).
Orçamento Financeiro (OF).

Por último, elaboram-se as peças finais do orçamento, isto é, a Demonstração de Resultados


Previsional e Balanço Previsional.

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Orçamento de Tesouraria:
→ Objetivo: conhecer a previsão de Recebimentos, de Pagamentos e o Saldo destas
rubricas, ao longo do ano.
→ Os Recebimentos resultam do Orçamento de Vendas e dos PMR considerados (e de
outros orçamentos de Rendimentos a existirem).
→ Também se consideram aqui as Retenções relativas às remunerações pagas aos
trabalhadores (IRS e Seg. Social).
→ Os Pagamentos resultam dos diversos Orçamento de Despesas de Exploração e dos
PMP ali considerados (Compras, Secções, Pessoal, IVA).

Na sua elaboração, registamos os recebimentos e pagamentos relativos a Operações do Ano


Anterior (regularização de valores do Balanço inicial), bem como aqueles que resultam das
Operações do Ano.
Segue a periodicidade em que se encontra repartido o Orçamento Anual (Mês, Trimestre,
Semestre, etc.) e contempla uma coluna final de Valores para Balanço, para cada rubrica
considerada.

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Orçamento Financeiro:
→ Compreende as rubricas de Origens de Fundos (Entradas) e Aplicações de Fundos
(saídas).
→ Procura-se aqui o equilíbrio financeiro, ou seja, que o Saldo seja nulo
(Origens=Aplicações).
→ Segue a periodicidade em que se encontra repartido o Orçamento Anual (Mês, Trimestre,
Semestre, etc).

Na sua elaboração seguimos o seguinte:


→ Registar Disponibilidades Iniciais (nas Origens) e Disponibilidades Finais pretendidas
(nas Aplicações);
→ Transcrever os Saldos de Tesouraria do OT (positivos nas Origens, negativos nas
Aplicações);
→ Registar o Serviço da Dívida existente (Reembolsos e Juros);
→ Registar Investimentos (Aplicações) e Desinvestimentos (Origens);
→ Equilibrar o OF, com novas Origens ou novas Aplicações.

Este orçamento permite conhecer, no final de cada mês, as obrigações da empresa quanto a
empréstimos contraídos, bem como o montante das aplicações financeiras, o que facilita a
previsão dos juros a pagar e a receber ao longo do exercício, bem como dos que terão se der
repercutidos nos resultados (gastos e rendimentos financeiros).

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Demonstração de Resultados Previsional:
Resulta dos orçamentos anteriores e segue o traçado da DR por funções e por produto.
Pretende-se fazer uma estimativa do resultado mensal ou anual de acordo com as previsões
efetuadas.

→ Vendas: Os réditos de vendas foram estimados no orçamento de vendas.


→ Custo das vendas: Resulta da multiplicação da quantidade que se previu vender no
programa de vendas pelo custo industrial unitário, apurado no orçamento dos custos de
produção.
→ Custos industriais não incorporados: No caso da empresa efetuar o orçamento por
um sistema de custeio que não o custeio total completo, nesta rubrica registar-se-á a
previsão de custos fixos industriais que não foram incluídos no apuramento do custo
industrial da produção.
→ Gastos de distribuição: A componente variável destes gastos é retirada do orçamento
dos gastos comerciais variáveis, enquanto parte fixa correspondente aos gastos de
funcionamento da estrutura comercial, cujo valor foi previsto no orçamento de gastos
gerais.
→ Gastos administrativos: Os valores a inscrever nesta rubrica correspondem aos gastos
de funcionamento da estrutura administrativa, os quais foram estimados no orçamento
de gastos gerais.
→ Rendimentos e gastos financeiros: A previsão destas componentes é feita a partir dos
elementos registados no orçamento financeiro, tendo em atenção que no apuramento de
resultados devem registados os gastos e rendimentos, associados ao período a que
reporta o orçamento.

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Balanço Previsional:
Resulta do Balanço inicial e dos diversos orçamentos que compreendem o Orçamento Anual,
nomeadamente:
→ Orçamento de Stocks ou Inventários (de Matérias e Produtos);
→ Orçamento de Tesouraria (coluna Valores p/ Balanço);
→ Orçamento Financeiro;
→ DR previsional.

→ Ativos não correntes: Deve incluir o montante dos ativos não correntes iniciais
corrigidos dos investimentos e desinvestimentos que se preveêm efetuar e deduzidas as
depreciações consideradas nos orçamentos dos custos das secções e de gastos gerais.
→ Inventários: Resulta dos orçamentos de stocks de matérias e de produtos acabados e
semiacabados.
→ Créditos: Os valores a receber posteriormente ao final do exercício estão referidos, no
orçamento de tesouraria, como valores para balanço respeitantes a rendimentos não
recebidos no ano. Também terão de ser evidenciados os juros a receber calculados a partir
da informação quanto a aplicações financeiras de acordo com o orçamento financeiro.
→ Disponibilidades e aplicações financeiras: Estes valores constam do orçamento
financeiro correspondendo às disponibilidades finais ao ano e ao valor em carteira de
aplicações financeiras, independentemente do momento em que foram adquiridas.
→ Capital próprio: Para além do capital próprio refletivo no respetivo balanço, inclui-se
também o resultado do exercício calculado na demonstração de resultados previsional.
→ Passivo: O passivo deve ser discriminado por médio e longo prazo e curto prazo, de
acordo com as características das obrigações. A informação necessária será retirada do
orçamento de tesouraria quanto a valores para balanço decorrentes de despesas ou gastos
que não se prevêem regularizar no ano e do orçamento financeiro, no que se refere aos
empréstimos contraídos e juros a pagar.

Beatriz Domingues - Página 22


Capítulo 3: Sistema de Custeio Básico/Orçamentado

Custos Reais:
o Considera-se quantidades de matérias-primas efetivamente consumidas e a atividade
realmente verificada, valorizadas a preços reais e a custos efetivamente verificados no
período;
o Custos determinados a posteriori.

Custos Básicos:
o São Custos Teóricos;
o Custos determinados a priori;
o Para valorizar e movimentar inventários.
o Para valorizar prestações internas.

Objetivos dos Custos Básicos:


Usualmente são identificados três grandes objetivos para a utilização de custos básicos:
→ Controlo de Gestão;
→ Isolamento das responsabilidades;
→ Simplificação do trabalho contabilístico.

→ Controlo de Gestão
A Comparação entre os custos reais e os custos básicos permite apurar desvios evidenciando o
desempenho e o cumprimento de objetivos;
Potencia a tomada de decisões corretivas

→ Isolamento de responsabilidades:
Na avaliação de desempenho de cada segmento organizacional (Secção Homogénea), pretende-
se que o desempenho de um centro não influencie a avaliação de desempenho de outro ou outros.

→ Simplificação do trabalho contabilístico:


Não necessitamos de conhecer os custos reais para valorizar transferências internas nem
valorizar movimentos de inventários.
Os custos estão pré-definidos (teóricos).

Beatriz Domingues - Página 23


Tipos de Custos Básicos:
• Custos orçamentados: Custos obtidos quando se elabora o orçamento anual;
• Custos-padrão: Custos definidos a partir de normas técnicas conhecidas na empresa ou
no sector de atividade;
• Preços de mercado;
• Custos históricos: Custos registados em períodos anteriores;

Sistema de Custeio Básico/Orçamentado:


Método de apuramento do custo dos produtos/serviços utilizando custos básicos/orçamentados
para valorizar as prestações internas.
Permite a comparação entre os custos verificados em dado período e os custos previstos;
Pode ser utilizado adotando:
Custeio total
Custeio variável

Registo de movimentos de Compras:


Tomando como exemplo o Sistema de Custeio Total Orçamentado.
As compras são registadas a custos unitários reais x quantidades reais, mas são transferidas
para Inventário a custos unitários orçamentados. Portanto sem AMP:

Desvio de Compras = Qr (Pr – Pb)


Desvio de Compras = Qr x Pr – Qr x Pb
Qr – quantidade efetivamente comprada
Pr – Custo real de aquisição
Pb ou Po – Custo de aquisição previsto
Favorável (F): Desvio < 0 → Pr < Pb
Desfavorável (D): Desvio > 0 → Pr > Pb

Se AMP imputado em função das quantidades compradas:


Desvio de Compras = Qr (Pr* – Pb)

Desvio de Compras = Qr x Pr* – Qr x Pb


Pr* – Custo real de aquisição + prestações internas a custos básicos/orçamentados

O Desvio de Compras é um Desvio de Preços. Informa a Gestão se estamos a comprar abaixo ou


acima do preço previsto no orçamento.

Beatriz Domingues - Página 24


Mapa do Custo das Secções:

Secção auxiliar:
- Com atividade definida:
Ar x UOb
Ar – Atividade Real
UOb – Unidade de obra básica
- Sem atividade definida: Para cada mês: 1/12 x reembolso anual previsto.

Desvio total da secção = Ds = Gr* - Gi


Desvio total da secção = Ds = Ar (UOr* - UOb)
Gr* - Total de Gastos Reais do mês ou Gastos Apurados
Gi – Gastos Imputados
Ar – Atividade Real
UOr* - Custo Unitário de cada secção ou unidade de obra/unidade de imputação real
UOb - Unidade de obra básica
Este desvio mede o desempenho da secção principal relativamente ao previsto no orçamento.
Favorável (F): Desvio < 0 → UOr* < UOb
Desfavorável (D): Desvio > 0 → UOr* > UOb

Beatriz Domingues - Página 25


Custo Total = Gr*= Ar x UOr*
Em sistema de custeio básico: Custo Total = Gr* = ∑ 𝐐r const. x Pb + ∑ 𝐀r x UOb
Pb – Preço previsto do input

Gastos Imputados = Gi = Ar x UOb


Em sistema de custeio básico: Gastos Imputados = Gi = CIPA unit. b x Qr

Em sistema de custeio básico: CIPA unit. r* = CIPA r* / Qr

Registo e movimento nas Contas de Fabricação:


→ Mapa dos custos de Produção:

Desvio Fabricação (Df) = Gr* - Gi


Desvio de Fabricação (Df) = Qr (CIPA unit. r* - CIPA unit. b)
CIPA unit. r* - Custos da produção acabada unitários calculados no mapa do custo da produção
(em sistema de custeio básico/orçamentado);
CIPA unit. b - Custos da produção acabada unitários calculados no orçamento do custo da
produção;
Qr – Quantidade real produzida.

Beatriz Domingues - Página 26


Este desvio informa da eficiência (Rendimento) na utilização das Matérias e da eficiência na
utilização das Secções.
Favorável (F): Desvio < 0 → CIPA unit. r* < CIPA unit. b
Desfavorável (D): Desvio > 0 → CIPA unit. r* > CIPA unit. b

Resultado Bruto = Vendas – Custo de Vendas (+/-) CINI


O sinal do CINI na equação depende se os desvios contabilísticos registados no mês são
favoráveis ou desfavoráveis.

Beatriz Domingues - Página 27


Capítulo 4: Controlo Orçamental

Periódica e sistematicamente, compara-se os dados reais com as previsões que constam no


orçamento anual, determinando-se os desvios.

Há uma faixa em que os desvios se consideram normais. Fora dessa faixa (portanto, dentro do
intervalo de controlo) devem os desvios ser analisados e devem ser tomadas medidas corretivas.

Gestão por exceção

Desvios Contabilísticos:
→ Desvio de Compras;
→ Desvio de secções;
→ Desvio de fabricação.

Desvio de Preços: Diferença entre os preços reais e previstos de aquisição das matérias ao
exterior.
Sem AMP: Qr x (Pr - Pb)
Com AMP: Qr x (Pr*- Pb*)
sendo Pr* = Preço de Aquisição mais UIb AMP
Pb* = Custo Unitário de Compras Orçamentado

Desvio de Compras: Se AMP imputado em função do valor de compras, o desvio pode ser
decomposto em desvio de custos externos e internos:
Desvio de compras = Qr x [(Pr – Pb) + (Pr- Pb) x UIb]
Qr x (Pr – Pb) – Custos de aquisição ao exterior.
Qr x [(Pr x UIb) – (Pb x UIb)] – Custos internos imputados.

Desvio Total da Secção:


Desvio Total da Secção (Ds) = Gr* - Gi
Gr* - Gastos reais apurados no mapa mensal do custo das secções pelo sistema de custeio
básico/orçamentado;
Gi – gastos imputados.

Beatriz Domingues - Página 28


Desvio Total da Secção = Desvio de orçamento (Do) + Desvio de atividade (Da)
Desvio Total da Secção = (Gr*- Go) + (Go - Gi)

Se secção com atividade definida:


Desvio Total da Secção = Ds = Ar (UOr* - UOb)
Se secção sem atividade definida:
Desvio Total da Secção = Ds = Gr* - 1/12 x C. Orçamentados

Orçamento ajustado de uma secção - Go: Respeita ao ajustamento do valor dos consumos
unitários previstos no orçamento anual à atividade real do mês.
Orçamento ajustado de uma secção = Go = Ar x CV/Ab + CFb/12
Go = cvb x Ar + CFb/12
Ar – Atividade Real;
CVb – Custos Variáveis anuais previstos para a secção;
Ab – Atividade anual prevista;
CFb – Custos Fixos anuais previstos.
cvb – Custo variável médio orçamentado por unidade de obra

Desvio de orçamento - Do:


Do = Gr* - Go
Do = (Qr x Pr) – (cvb x Ar)
Do = (Qr x Pr) – (qb x Pb x Ar)
Do = (Qr x Pr) – (Q’b x Pb)
Do = (Qr – Q’b) x Pb + (Pr – Pb) x Qr

Desvio de quantidades Desvio de preços ou de orçamento

Gr* - Gastos reais de uma secção apurados pelo sistema de custeio básico/orçamentado
Go – Orçamento ajustado
cvb – Custo variável médio orçamentado por unidade de obra
Ar – Atividade real da secção
qb – Unidade de obra prevista
Qr – Quantidade real consumida

Beatriz Domingues - Página 29


Q’b = qb x Ar = produto do consumo por unidade de obra previsto (qb) pela Atividade real da
secção (Ar)
Pr – Preço real
Pb – Preço previsto

cvb = CVb/Ab
cvb = qb x Pb
CVb – Custos variáveis anuais previstos
Ab – Atividade Anual Prevista
qb – consumo previsto por unidade de obra
Pb – preço previsto do input

Desvio de atividade - Da: respeita exclusivamente a custos fixos.


Da = cfb x (Ab/12 – Ar)
Da = Go – Gi
Go – Orçamento ajustado da secção
Gi – Gastos imputados da secção
cfb – Custo fixo médio orçamentado por unidade de obra;
Ar – Atividade real;
Ab – Atividade prevista.

Se Ab/12 < Ar: Desvio Favorável (sobre-imputação de CF)


Se Ab/12 > Ar: Desvio Desfavorável (sub-imputação de CF)

Desvio de Fabricação:
Desvio de Fabricação (Df) = Qr x (CIPA unit. r* - CIPA unit. b)
Desvio de Fabricação = Qr x Pb x (Cons. Unit. r – Cons. Unit. b)
CIPA unit. r* - Custos da produção acabada unitários calculados no mapa do custo da produção
(em sistema de custeio básico/orçamentado);
CIPA unit. b - Custos da produção acabada unitários calculados no orçamento do custo da
produção;
Qr – Quantidade real produzida.

Beatriz Domingues - Página 30


CIPA unit. r* = Cons. Unit. r x Pb
CIPA unit. b = Cons. Unit. b x Pb
Cons. Unit. b – Consumos unitários previstos de matérias e de atividades das secções
Pb – custo unitário previsto no orçamento anual

Desvios Extracontabilísticos:
→ Desvio de vendas;
→ Desvio de custo de vendas;
→ Desvio de gastos comerciais variáveis;
→ Desvio de margem de contribuição.

Desvio de vendas - Dv:


Desvio total de Vendas (Dv) = Qr x Pr – Qp x Pb
Desvio total de Vendas (Dv) = Qr x Pr - Qr x Pb + Qr x Pb – Qp x Pb
Desvio total de Vendas = (Qr – Qp) x Pb + (Pr – Pb) x Qr

Desvio de Desvio de preços de venda


quantidades vendidas
Qr – Quantidades reais vendidas do mês;
Pr – Preço real praticado;
Qp - Quantidades previstas de vendas;
Pb – Preço previsto de vendas.

Se o Desvio de vendas > 0 então o desvio é favorável, pois significa que vendemos mais
quantidade de produto e, ou vendemos a preço superior ao previsto no orçamento.

Desvio do Custo de Vendas - Dcv:


Desvio de Custo de Vendas (Dcv) = CIPA unit. b x (Qr – Qp)

Se Dcv > 0 ⇢ Desvio é desfavorável


Se Dcv < 0 ⇢ Desvio é favorável

No entanto, o que faz sentido é interpretar este Desvio simultaneamente com o Desvio de Vendas
(Dv), pois como é um desvio que resulta das quantidades vendidas, não faz sentido ser
desfavorável se vendermos mais quantidades.

Beatriz Domingues - Página 31


Desvio de Custos Comerciais Variáveis (Dccv):
D. Custos Com. Variáveis (Dccv) = (Qr – Qp) x CCb + (CCr – CCb) x Qr

Desvio de quantidades Desvio de preços ou de


(Dq) orçamento ajustado (Dp)
Qr – quantidade de vendas reais;
Qp – Quantidade de vendas previstas;
CCr – Custos comerciais unitários reais;
CCb – Custos comerciais unitários previstos;
Se Dccv > 0 ⇢ Desvio é Desfavorável
Se Dccv < 0 ⇢ Desvio é Favorável

Dp (Custos) = Qr x (CCr – CCb)


porque os custos comerciais variáveis unitários reais, são diferentes dos custos comerciais
variáveis unitários orçamentados.
Dq = CCb x (Qr - Qb)
porque as quantidades reais vendidas, são diferentes das quantidades previstas no orçamento.

Desvio da Margem de Contribuição - DMgc:


Dado pela diferença entre o desvio de vendas e a soma dos desvios de custos de vendas e gastos
comerciais variáveis.
DMgc = Desvio de vendas – (D. Custo das Vendas + D. Custos Comerciais Variáveis)
DMgc = (Qr – Qp) x [Pb – CIPA unit. b – CCb] + Qr x (Pr- Pb) – Qr x (CCr – CCb)

Desvio de quantidades Desvio de orçamento

Se DMgc >0 ⇢ Desvio é Favorável


Se DMgc <0 ⇢ Desvio é Desfavorável

Resulta do ajustamento das previsões de preços, custos e resultados a volumes reais.

Beatriz Domingues - Página 32


Capítulo 5: Custos Padrão

Custos Padrão:
→ São custos básicos que se caracterizam pela determinação à priori da quantidade e/ou
valor de cada recurso utilizado para a fabricação dos produtos.
→ Implica a definição apriorística do custo industrial dos produtos, não se determinando o
custo real de cada produto. O custo real é apenas determinado para a totalidade dos
produtos.

Quem adota?
São adotados por empresas com produção muito diversificada e que concluem que não é
economicamente viável determinar em cada período o custo real de cada produto obtido.
Exemplo: Indústria cerâmica decorativa, Produção de parafusos e válvulas, pastelaria, etc.

Como se determina o Custo Padrão Industrial de cada produto?


Duas fases:
1. Definição de quantidades padrão de cada recurso:
Matérias diretas: Por experiência passada e pela tecnologia adotada;
Atividade das secções: Medição de tempos em amostras significativas ou por experiência
passada.
2. Valorização das quantidades padrão:
Utiliza-se preços básicos/orçamentados.

Ficha de Custo Padrão

Beatriz Domingues - Página 33


Custos Padrão – Desvios de Fabricação:

Desvio de Fabricação:
Df = (Qr x Pb + Ar x UOb) – QrPA x CPI
Desvio de Fabricação = CIPA r* - CPI x Qr
Qr – Quantidade real de matérias consumidas.
Pb – Preço orçamentado das matérias diretas.
Ar – Atividade real das secções.
UOb – Custos Orçamentado unitário das secções.
QrPA – Quantidade real produzida de PA.
CPI – Custo Padrão Industrial.

Podemos decompor este desvio em:


Desvio de rendimento: Dr = (Qr – Qp x QrPA) x Pb
Compara a quantidade real de matérias diretas consumidas e as quantidades que deviam ter sido
consumidas de acordo com as quantidades padrão.
Desvio de eficiência: De = (Ar – Ap x QrPA) x UOb
Compara a atividade real consumida de atividade das secções e a quantidade total de atividade
que devia ter sido consumida de acordo com as quantidades padrão definidas.
Qp – Quantidade-padrão de matérias diretas
Ap – Actividade padrão das secções

Beatriz Domingues - Página 34


Custos Padrão – Desvios de Fabricação e sistemas de custeio real:

Logo:
Df = (Qr x Pr + Ar x UOr) – QrPA x CPI

Podemos decompor este desvio em:


Desvio de rendimento: Dr = (Qr – Qp x QrPA) x Pb
Desvio de eficiência: De = (Ar – Ap x QrPA) x UOb
Desvio de Preços: Dp = (Pr – Pb) x Qr + (UOr – UOb) x Ar

Beatriz Domingues - Página 35


Capítulo 6: Preços de Tranferência Interna

Centralização vs Descentralização:
A descentralização identifica-se com o grau de autonomia que um determinado gestor detém para
tomar decisões dentro da organização.

O que é um centro de responsabilidade?


Toda a unidade organizacional com objetivos próprios e com um responsável que tem poder de
decisão sobre os meios necessários à realização dos seus objetivos.

Centros de responsabilidade:
→ Centros de Custos: Gestor é responsável pelos gastos em que incorre. Geralmente,
unidades funcionais onde são utilizados os recursos.
→ Centros de Rendimentos: Gestor é apenas responsável pelos rendimentos gerados.
→ Centros de Resultados: Gestor é responsável pelos gastos e rendimentos.
→ Centros de Investimentos: Gestor é responsável pelos resultados e pelas decisões de
investimento e desinvestimento.
Geralmente, em estruturas descentralizadas, são adotadas “divisões” ou “unidades de negócios”
com características de centros de resultados e centros de investimento (embora não seja condição
necessária e suficiente).

Preços de Transferência Interna (PTI):


PTI são os preços de cedência de produtos ou serviços de um segmento organizacional a outro.
Os PTI são o mecanismo de controlo de gestão que se adota para conseguir os objetivos de medir
o desempenho dos diferentes segmentos organizacionais, de repartir adequadamente os custos,
proveitos e resultados e de incentivar o alinhamento das decisões de cada segmento com os
objetivos globais da organização.

Beatriz Domingues - Página 36


Tipologias de PTI:
→ Baseados no preço de mercado:
Devem ser utilizados quando os produtos ou serviços tenham mercado conhecido.
E quando os segmentos/divisões funcionem em concorrência perfeita.
→ Baseados no custo:
Devem ser usados na ausência de mercado ou quando este não reflete condições normais
de funcionamento.
→ Resultantes de negociação interna:
Devem ser usados quando não se considerem adequados nenhum dos outros critérios;
Neste caso a fixação dos PTI depende da capacidade negocial de cada gestor.

A adoção dos preços de mercado é a solução que se apresenta mais adequada uma vez que estes
funcionam como custos de oportunidade, quer para o segmento cedente quer para o segmento
recetor.

Beatriz Domingues - Página 37


Capítulo 7: Medidas Financeiras de Avaliação de Desempenho

Conceito de Desempenho:
Em termos genéricos, é o resultante de uma ação, num determinado período de tempo. “Output”.

Pode ser definido por referência a diferentes objetos de análise de Desempenho:


- Organização;
- Segmento Organizacional;
- Função;
- Atividade;
- Indivíduo;
- Entre outros.

Quanto aos objetos de análise de desempenho, estes não podem estar dissociados dos graus de
descentralização, de responsabilização e dos diferentes níveis de autonomia no processo de
tomada de decisão na organização.

Assim, genericamente, consideramos os seguintes centros de responsabilidade para efeitos


de avaliação de desempenho:
- Centros de Custos;
- Centros de Resultados (ver PTI);
- Centros de Investimento (ver medidas financeiras aplicáveis);

Em termos objetivos procura responder aos conceitos de:


- Eficácia
- Eficiência
Quando se avalia a eficácia e/ou a eficiência temos de ter por referência um determinado padrão
(objetivo; histórico; standard;…).
A Avaliação de Desempenho consiste, pois, na medida das realizações e na comparação com o
padrão tomado por referência.

Beatriz Domingues - Página 38


Tendo por referência o âmbito do controlo de gestão, poderemos considerar a Avaliação de
Desempenho:
→ ao nível estratégico:
O desempenho é genérico, abarca períodos longos e foca-se na globalidade da
organização.
→ ao nível tático:
O desempenho é menos genérico, pode abranger áreas ou segmentos organizacionais
(Secções, por exemplo) e períodos menos longos.
→ ao nível operacional:
O desempenho abarca atividades, processos, e operações para além dos segmentos
organizacionais propriamente ditos (Secções, por exemplo).
Geralmente está englobado e é inerente ao controlo orçamental.

Medidas de avaliação de Desempenho:


- Qualitativas;
- Quantitativas:
- Não Financeiras;
- Financeiras;

As Medidas Financeiras de Avaliação de Desempenho mais conhecidas são:


→ Retorno sobre o Investimento – ROI
Medida bastante generalizada.
Já atende ao capital investido.
Não atende à remuneração do capital.
Fórmula:

Quando ROI é usado para avaliar o desempenho, os gestores procuram incrementá-lo:


Aumentando as vendas;
Reduzindo custos;
Reduzindo Investimentos em ativos de exploração.

Beatriz Domingues - Página 39


Vantagens Desvantagens

- Motiva os gestores a estarem atentos às - Privilegia comportamentos de curto prazo;


relações entre rendimentos, gastos e
investimentos; - Desencoraja a aceitação de projetos que
diminuem o ROI da divisão, ainda que
- Motiva a eficiência de gastos; incremente o ROI da organização;

- Motiva o incremento das vendas; - Pode levar a um foco excessivo na redução


de custos e de valores ativos podendo
- Desencoraja investimentos excessivos. comprometer a renovação da capacidade
competitiva da empresa a médio e longo
prazo.

→ Resultado Residual – RI
Para ultrapassar os inconvenientes do ROI podemos utilizar o RI.
Tende a ser utilizado mais frequentemente.
Atende ao capital investido e à remuneração do capital.
Permite a congruência de objetivos dentro da organização.
Fórmula:

→ Valor Económico Acrescentado – EVA.


É uma variação do RI que:
- Resulta do desenvolvimento do conceito de Economic Profit de “Alfred Marshall”.
- Tende a ser bastante aplicada, embora de mais difícil operacionalização. Implica o
conhecimento pormenorizado dos objetos de avaliação e da sua informação financeira.
Fórmula:

Em que:
RO – Resultado Operacional;
t – taxa de impostos sobre o rendimentos
CMPC – Custo médio ponderado do capital
CI – Capital investido

Beatriz Domingues - Página 40


Tendo em conta o cálculo do Resultado Residual, há que notar algumas correções e
nuances:
O resultado operacional é considerado depois impostos;
A taxa de retorno pretendida é substituída pelo custo médio ponderado do capital
(CMPC);
O Ativo de exploração é corrigido e deduzido dos passivos correntes.

→ Rendibilidade das vendas – ROS.


Fácil aplicação.
Não atende ao capital investido.
Fórmula:

Análise comparativa:
Para análise do desempenho global, ROI, RI e EVA são mais apropriadas, por considerarem
tanto os resultados obtidos como o investimento efetuado.
RI e EVA ultrapassam problemas relacionados com a congruência organizacional levantados
pelo ROI.
EVA considera explicitamente efeito fiscal.
RI é mais fácil de calcular e conduz a conclusões semelhantes ao EVA.
Se crescimento das vendas é limitado e os níveis de investimento são idênticos, ROS apresenta-
se como indicador privilegiado.
Para períodos superiores a um exercício evidencia-se a vantagem da utilização das medidas RI e
EVA.

Beatriz Domingues - Página 41


Capítulo 8: Orçamento Anual
Desenvolvimentos ao processo tradicional de orçamentação

Processo Tradicional de Orçamentação:


Entre os grandes propósitos do orçamento anual constam:
→ Foco na previsão e planeamento das operações anuais;
→ Canal de comunicação e coordenação;
→ Motivação dos gestores;
→ Veículo para a avaliação do desempenho e controlo.

No entanto, aponta-se como principal crítica ao orçamento anual tradicional a dificuldade


deste em responder às necessidades do atual ambiente competitivo das empresas.

Critícas ao processo tradicional de orçamentação:


Drury (2019: 391-392), baseando-se nos trabalhos de Ekholm e Wallin (2000) e Dugdale e Lyne
(2006) aponta mais algumas críticas ao processo tradicional de orçamentação:
→ Encoraja um planeamento rígido e um pensamento incremental;
→ É um processo demorado;
→ Ignora drivers de valor importantes (qualitativos), focando-se numa lógica financeira
de curto prazo;
→ Ritual anual rígido;
→ “Amarra-se” a organização a um compromisso de 12 meses;
→ Gestores podem ser tentados a procurar alcançar o previsto mesmo que isso resulte em
ações que não contribuem para os objetivos globais da organização.

Para ultrapassar alguns dos pontos anteriores têm sido propostas como alternativas:
Rolling Budgeting:
A abordagem tradicional passa por, no final do ano, realizar o orçamento para um ano
seguinte dividindo-o em meses.

Beatriz Domingues - Página 42


Consiste em:
Dividir o orçamento anual em meses para o primeiro trimestre do ano e por
trimestres para os restantes meses do ano;
Durante o primeiro trimestre, as previsões mensais para o segundo trimestre são
preparadas e assim sucessivamente;
Também se adicionam previsões trimestrais no futuro à medida que o ano vai
avançando. Exemplo no primeiro trimestre prepara-se o orçamento para o
quinto trimestre.

Vantagens Desvantagens

- Pode adaptar-se a mudanças de curto prazo - A constante mudança das previsões pode
no mercado; criar um sentimento de incerteza;

- Assegura-se que está sempre disponível um - Os gestores podem sentir-se desmotivados


orçamento para um período de 12 meses; porque estão constantemente a trabalhar na
revisão dos orçamentos;
- Assegura-se que o planeamento não ocorre
apenas uma vez no ano por altura da - Pode consumir muito tempo.
preparação do orçamento anual;

- Gestores são encorajados a rever os seus


planos e a estar continuamente a pensar no
futuro;

- As realizações são comparadas com metas


mais realistas.

Zero-based Budgeting (ZBB):


Surge como uma forma de ultrapassar as limitações dos orçamentos incrementais;
Assim:
Com o ZBB parte-se do zero e não do orçamento do ano passado;
Gestores tem de justificar as previsões de gastos e não apenas as alterações face
ao ano passado.

Beatriz Domingues - Página 43


Vantagens Desvantagens

- É baseado no ambiente corrente ao invés do - ZBB é dispendioso e consome muito tempo


que aconteceu no passado; (principal razão apontada para a sua falta de
Sucesso);
- ZBB aloca os recursos com base nas
necessidades ou benefícios; - A justificação de cada item pode ser difícil
quando não há produtos envolvidos;
- Ao contrário da abordagem tradicional, o
ZBB não toma por garantido os valores - Requer mais formação para os gestores.
orçamentados de anos anteriores;

- ZBB fomenta uma postura mais crítica não


se assumindo que a atual prática garante
‘value for money’;

- Melhora a comunicação e coordenação;

- Encoraja a análise de oportunidades de


outsourcing;

- Encoraja a eliminação de atividades


desnecessárias.

Beatriz Domingues - Página 44


FORMULÁRIO DE CONTABILIDADE DE GESTÃO II

Nome da fórmula Fórmula

Atividade das secções principais Quant. a produzir x tempo trabalho para produzir uma unidade
de produto

CINI Somatório dos desvios contabilísticos (Compras, Secções e


Fabricações)

CIPA = CIP+ Inv. Iniciais PVF – Inv. Finais PVF


OU
CIPA = CIPA (unitário) x Quantidade Produzida

Em sistema de Custeio Total Completo (SCTC):


CIPA = Custo Variável industriais + CF industriais

CIPA Em sistema de Custeio Total Racional (SCTR):


CIPA = CV Industrial + CF Industrial x (Pr/Pn)

Em sistema de Custeio Variável (SCV):


CIPA = CV Industrial

Podemos em vês de usar o


CV industrial = CV industrial unitário x Pr

CIPA = Custo Conjunto + Custo específico industrial

CIPA = Valor de venda potencial – custos específicos

𝐂𝐈𝐏𝐀
CIPA (unitário) =
𝐐𝐮𝐚𝐧𝐭𝐢𝐝𝐚𝐝𝐞 𝐏𝐫𝐨𝐝𝐮𝐳𝐢𝐝𝐚 / 𝐑𝐞𝐚𝐥

CIPA Unitário 𝐂𝐮𝐬𝐭𝐨 𝐝𝐚 𝐟𝐮𝐧çã𝐨 𝐢𝐧𝐝𝐮𝐬𝐭𝐫𝐢𝐚𝐥


CIPA (unitário) = 𝐐𝐮𝐚𝐧𝐭𝐢𝐝𝐚𝐝𝐞 𝐏𝐫𝐨𝐝𝐮𝐳𝐢𝐝𝐚
(Quando não há PVF nem no início nem no fim do período)

CIPA unit. b CIPA unit. b = Cons. Unit. b x Pb

Em sistema de custeio básico:


CIPA unit. r* CIPA unit. r* = CIPA r* / Qr

CIPA unit. r* = Cons. Unit. r x Pb

Compras Compras = Consumo + Inv. Finais – Inv.Iniciais

Beatriz Domingues - Página 45


Custo Total = Gr*= Ar x UOr*
Custo Total
(Gr*) Em sistema de custeio básico:
Custo Total = Gr* = ∑ 𝐐r const. x Pb + ∑ 𝐀r x UOb

Custo das Vendas Vendas reais x CIPA unit. b

Custo variável médio orçamentado por unidade cvb = CVb/Ab


de obra
(cvb) cvb = qb x Pb

Custos variáveis das secções (Somatório do Consumo unitário x Atividade das secções por
semestre) x Custo unitário

Da = cfb x (Ab/12 – Ar)

Da = Go – Gi
Desvio de Atividade
(Da) Se Ab/12 < Ar: Desvio Favorável (sobre-imputação de CF)
Se Ab/12 > Ar: Desvio Desfavorável (sub-imputação de CF)

Desvio de Compras = Qr (Pr – Pb)


Desvio de Compras = Qr x Pr – Qr x Pb

Favorável (F): Desvio < 0 → Pr < Pb


Desfavorável (D): Desvio > 0 → Pr > Pb

Se AMP imputado em função das quantidades compradas:


Desvios de Compras Desvio de Compras = Qr (Pr* – Pb)
(Dc)
Desvio de Compras = Qr x Pr* – Qr x Pb

Desvio de compras = Qr x [(Pr – Pb) + (Pr- Pb) x UIb]

Qr x (Pr – Pb) – Custos de aquisição ao exterior.


Qr x [(Pr x UIb) – (Pb x UIb)] – Custos internos imputados.

D. Custos Com. Variáveis (Dccv) = (Qr – Qp) x CCb + (CCr –


CCb) x Qr
Desvio de quantidades (Dq): (Qr – Qp) x CCb
Desvio de Custos Comerciais Variáveis
Desvio de preços ou de orçamento ajustado (Dp): (CCr – CCb) x
(Dccv)
Qr

Se Dccv > 0 ⇢ Desvio é Desfavorável


Se Dccv < 0 ⇢ Desvio é Favorável

Beatriz Domingues - Página 46


Dcv = CIPA unit. b x (Qr – Qp)

Desvio do Custo de Vendas


(Dcv) Se Dcv > 0 ⇢ Desvio é desfavorável
Se Dcv < 0 ⇢ Desvio é favorável

Desvio de Eficiência
(De) De = (Ar – Ap x QrPA) x UOb

Desvio Fabricação (Df) = Gr* - Gi

Desvio de Fabricação (Df) = Qr (CIPA unit. r* - CIPA unit. b)

Desvio de Fabricação Desvio de Fabricação = Qr x Pb x (Cons. Unit. r – Cons. Unit. b)


(Df)
Df = (Qr x Pb + Ar x UOb) – QrPA x CPI

Df = CIPA r* - CPI x Qr

Favorável (F): Desvio < 0 → CIPA unit. r* < CIPA unit. b


Desfavorável (D): Desvio > 0 → CIPA unit. r* > CIPA unit. b

DMgc = Desvio de vendas – (D. Custo das Vendas + D. Custos


Comerciais Variáveis)

Desvio da Margem de Contribuição DMgc = (Qr – Qp) x [Pb – CIPA unit. b – CCb] + Qr x (Pr- Pb) – Qr x
(DMgc) (CCr – CCb)

Se DMgc >0 ⇢ Desvio é Favorável


Se DMgc <0 ⇢ Desvio é Desfavorável

Do = Gr* - Go

Do = (Qr x Pr) – (cvb x Ar)

Do = (Qr x Pr) – (qb x Pb x Ar)

Do = (Qr x Pr) – (Q’b x Pb)


Desvio de Orçamentos
(Do) Do = (Qr – Q’b) x Pb + (Pr – Pb) x Qr

Desvio de quantidades: (Qr – Q’b) x Pb


Desvio de preços: (Pr – Pb) x Qr

Beatriz Domingues - Página 47


Sem AMP: Qr x (Pr - Pb)
Com AMP: Qr x (Pr*- Pb*)

Porque os custos comerciais variáveis unitários reais, são diferentes


Desvio de Preços dos custos comerciais variáveis unitários orçamentados: (CCr –
(Dp) CCb) x Qr

Dp = (Pr – Pb) x Qr + (UOr – UOb) x Ar

(Qr – Q’b) x Pb
Desvio de Quantidades
(Dq) (Qr – Qp) x Pb

Porque as quantidades reais vendidas, são diferentes das quantidades


previstas no orçamento: (Qr – Qp) x CCb

Desvio de Rendimento
(Dr) Dr = (Qr – Qp x QrPA) x Pb

Desvio total da secção = Ds = Gr* - Gi

Desvio total da secção = Ds = Ar (UOr* - UOb)

Favorável (F): Desvio < 0 → UOr* < UOb


Desfavorável (D): Desvio > 0 → UOr* > UOb

Desvio Total das Secções Desvio Total da Secção = Desvio de orçamento (Do) + Desvio de
(Ds) atividade (Da)

Desvio Total da Secção = (Gr*- Go) + (Go - Gi)

Se secção com atividade definida:


Desvio Total da Secção = Ds = Ar (UOr* - UOb)
Se secção sem atividade definida:
Desvio Total da Secção = Ds = Gr* - 1/12 x C. Orçamentados

Beatriz Domingues - Página 48


Desvio total de Vendas (Dv) = Qr x Pr – Qp x Pb

Desvio de Vendas Dv = Qr x Pr - Qr x Pb + Qr x Pb – Qp x Pb
(Dv)
Dv = (Qr – Qp) x Pb + (Pr – Pb) x Qr

Desvio de quantidades vendidas (Dq): (Qr – Qp) x Pb


Desvio de preços ou de orçamento ajustado (Dp): (Pr – Pb) x Qr

Se o Desvio de vendas > 0 então o desvio é favorável, pois significa


que vendemos mais quantidade de produto e, ou vendemos a
preço superior ao previsto no orçamento.

Gastos Imputados = Gi = Ar x UOb


Gastos Imputados
(Gi) Em sistema de custeio básico:
Gastos Imputados = Gi = CIPA unit. b x Qr

Produção = Consumo + Inv. Finais – Inv. Iniciais


Produção
Produção = Vendas + Consumo + Inv. Finais – Inv. Iniciais

Produção de Produtos Acabados Produção PA = Vendas + Inv. Finais PA – Inv. Iniciais PA

Total de ordenados x Taxa de encargos teórica = Subsídios +


Equivalência da taxa de encargos teórica Enc. Entidade Patronal + Outros encargos

IVA apuramento Iva apuramento = IVA liquidado - IVA dedutível

Go = Ar x CV/Ab + CFb/12
Orçamento ajustado de uma secção
(Go) Go = cvb x Ar + CFb/12

Resultado Bruto = Vendas – Custo de Vendas (+/-) CINI

Resultado Bruto
(RB) O sinal do CINI na equação depende se os desvios contabilísticos
registados no mês são favoráveis ou desfavoráveis.

Resultado Residual RI = RO – (Tx. de retorno pretendida x Investimento)


(RI)

Beatriz Domingues - Página 49


𝑹𝒆𝒔𝒖𝒍𝒕𝒂𝒅𝒐𝒔 𝑶𝒑𝒆𝒓𝒂𝒄𝒊𝒐𝒏𝒂𝒊𝒔 (𝑹𝑶)
𝑹𝑶𝑰 =
𝑨𝒕𝒊𝒗𝒐 𝒅𝒆 𝑬𝒙𝒑𝒍𝒐𝒓𝒂çã𝒐 (𝑨𝑬)

Retorno sobre o Investimento 𝑹𝒆𝒔𝒖𝒍𝒕𝒂𝒅𝒐𝒔 𝑶𝒑𝒆𝒓𝒂𝒄𝒊𝒐𝒏𝒂𝒊𝒔 (𝑹𝑶) 𝑽𝒆𝒏𝒅𝒂𝒔


(ROI) = 𝒙
𝑽𝒆𝒏𝒅𝒂𝒔 𝑨𝒕𝒊𝒗𝒐𝒔 𝒅𝒆 𝑬𝒙𝒑𝒍𝒐𝒓𝒂çã𝒐

= Margem x Rotação do Ativo

Rentabilidade das Vendas 𝑹𝒆𝒔𝒖𝒍𝒕𝒂𝒅𝒐𝒔 𝑶𝒑𝒆𝒓𝒂𝒄𝒊𝒐𝒏𝒂𝒊𝒔 (𝑹𝑶)


(ROS) 𝑹𝑶𝑺 =
𝑽𝒆𝒏𝒅𝒂𝒔

Valor da Seccção = Custo Unitário x Consumo Unitário x


Atividade da Secção (“Programa de Atividade das Secções”)
Valor da Secção
Valor da Seccção = Consumo Unitário x Atividade da Secção
(“Programa de Atividade das Secções”)

Valor Económico Acrescentado EVA = RO X (1-t) – CPMC x CI


(EVA)

Beatriz Domingues - Página 50


Ab → Atividade anual prevista.
Ap → Actividade padrão das secções
Ar → Atividade Real.
CCr → Custos comerciais unitários reais.
CCb → Custos comerciais unitários previstos.
CFb → Custos Fixos anuais previstos.
CI → Capital investido
CIPA unit. r* → Custos da produção acabada unitários calculados no mapa do custo da produção
(em sistema de custeio básico/orçamentado).
CIPA unit. b → Custos da produção acabada unitários calculados no orçamento do custo da
produção.
CMPC → Custo médio ponderado do capital
CPI → Custo Padrão Industrial
Cons. Unit. b → Consumos unitários previstos de matérias e de atividades das secções.
CV → Custo variável.
CVb → Custos Variáveis anuais previstos para a secção.
cvb → Custo variável médio orçamentado por unidade de obra.
Da → Desvio de atividade.
Dc → Desvio de Compras.
Dccv → Desvio de Custos Comerciais Variáveis.
Dcv → Desvio do Custo de Vendas.
Df → Desvio de Fabricação.
DMgc → Desvio da Margem de Contribuição.
Dp → Desvio de preços.
Dq → Desvio de quantidades.
Ds → Desvio Total das Secções.
Dv → Desvio de vendas.
EVA → Valor Económico Acrescentado.
Gi → Gastos Imputados.
Go → Orçamento ajustado da secção.
Gr* → Total de Gastos Reais do mês ou Gastos Apurados.

Pb → Custo de aquisição previsto.


Pb* → Custo Unitário de Compras Orçamentado.

Beatriz Domingues - Página 51


Pr → Custo real de aquisição.
Pr* → Custo real de aquisição + prestações internas a custos básicos/orçamentados.
qb → Unidade de obra prevista.
Q’b → qb x Ar → produto do consumo por unidade de obra previsto (qb) pela Atividade real da
secção (Ar).
Qp → Quantidades previstas de vendas. → Quantidade-padrão de matérias diretas.

Qr → Quantidade efetivamente comprada → Quantidade real produzida.


QrPA → Quantidade real produzida de Produtos Acabados
RB → Resultado Bruto.
RI → Resultado Residual
RO → Resultado Operacional.
ROI → Retorno sobre o Investimento.
ROS → Rentabilidade das Vendas.
t → taxa de impostos sobre o rendimentos.
UIb → Unidade de imputação básica.
UOb → Unidade de obra básica.
UOr* → Custo Unitário de cada secção ou unidade de obra/unidade de imputação real.
ZBB → Zero-based Budgeting.

Beatriz Domingues - Página 52

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