Plano Diretor Estrela

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LEI Nº 4314, DE 10 DE OUTUBRO DE 2006

Cria o Plano Diretor de


Desenvolvimento Integrado do
Município e revoga o Plano Diretor - Lei
Municipal 1.620, de 28 de dezembro de
1979.

O PREFEITO MUNICIPAL DE ESTRELA, Estado do Rio Grande do Sul, no uso de suas


atribuições legais, que lhe são conferidas pela Lei Orgânica Municipal vigente, FAÇO SABER
que a Câmara Municipal de Vereadores aprovou e eu sanciono a seguinte Lei:

PLANO DIRETOR
DE DESENVOLVIMENTO INTEGRADO

TÍTULO I
DOS PRINCÍPIOS

Art. 1º Para promover o pleno desenvolvimento das funções sociais da cidade e garantir o
bem-estar dos seus habitantes, fica instituído o presente Plano Diretor do Desenvolvimento
Integrado.

§ 1º A propriedade urbana cumpre sua função social quando atende as exigências


fundamentais de ordenação da cidade expressas no Plano Diretor de Desenvolvimento
Integrado.

§ 2º As complementações e especificações da presente Lei serão propostas pela


Secretaria Municipal do Planejamento e, uma vez aprovadas pelo Conselho Municipal de
Desenvolvimento Urbano Rural e Ambiental (CODURAE) serão regulamentadas por legislação
específica.

Art. 2º O desenvolvimento urbano instrumentado pelo presente plano, terá por base:

I - Promover o crescimento na busca de uma constante qualidade da vida, integrando os


aspectos sociais, econômicos, culturais, de preservação ecológica e paisagística.

II - Distribuir os benefícios e encargos do processo de desenvolvimento, inibindo a


especulação imobiliária, os vazios e a excessiva concentração urbana.

III - Promover o uso e ocupação garantindo a racionalização e otimização da infra-

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estrutura básica e dos equipamentos sociais.

IV - Atender as necessidades básicas da população.

V - Promover a recuperação e a integração dos aglomerados de menor renda, incluindo


sua regularização fundiária e articulação com a malha viária.

VI - Impedir agressões ao meio ambiente, estimulando as ações preventivas e corretivas.

VII - Promover a definição e a realização da função social da propriedade urbana.

VIII - Assegurar a participação das entidades comunitárias e representativas da


sociedade civil organizada, legalmente constituídas.

Art. 3ºO Plano Diretor do Desenvolvimento Intergrado, depois de aprovado e publicado,


somente poderá ser modificado pelo voto da maioria absoluta dos vereadores, em 2(duas)
sessões consecutivas especialmente convocadas.

Parágrafo único. As propostas de modificações à presente lei serão encaminhadas com


parecer de grupo técnico da Secretaria Municipal do Planejamento e aprovadas pelo Conselho
Municipal de Desenvolvimento Urbano Rural e Ambiental (CODURAE) - criado pela LEI
Nº 4060, DE 12 DE AGOSTO DE 2005)

Art. 4º Integra o Plano Diretor do Desenvolvimento Integrado:

I - A Lei do Plano Diretor do Desenvolvimento Integrado:

a) Anexos do PDDI
b) Mapa dos Distritos
c) Mapa das Macro-zonas
d) Mapa do Zoneamento do Distrito Sede
e) Mapa do Zoneamento dos Distritos
d) Mapa das Áreas Verdes
e) Mapa do Saneamento Básico
f) Mapa dos Equipamentos Urbanos

II - A Lei do Sistema Viário

a) Anexos do Sistema Viário


b) Mapa do Sistema Viário

III - O Código de Edificações, LEI Nº 1622 de 28 de dezembro de 1979.

IV - A Lei de Loteamento, LEI Nº 1621 de 28 de dezembro de 1979.

TÍTULO II

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DAS DEFINIÇÕES GERAIS

Art. 5º Para efeito da presente lei entende-se:

I - Por área urbana, a área interna ao perímetro urbano definido em lei.

II - Por área rural, a área restante dos distritos.

III - Por índices urbanísticos:

a) IA - Índice de aproveitamento, como a relação entre a área do lote e área máxima de


construção permitida sobre o mesmo.
b) TO - Taxa de ocupação, como a percentagem da área do lote ocupada pela projeção
horizontal máxima da construção sobre este.

IV - Por equipamento comunitário, o equipamento público de educação, cultura, saúde,


lazer e similar.

V - Por equipamento urbano, o equipamento público de energia elétrica, de


abastecimento d`água, vias de circulação pavimentadas ou não, serviços de esgoto, de coleta
de águas pluviais, de rede telefônica e, quando houver, de gás canalizado.

VI - Por uso residencial ou uso não residencial (comercial, prestação de serviços, etc.), as
edificações que tiverem pelo menos 60% de sua área construída destinada ao respectivo uso.

VII - Por pavimento base a parte das edificações constituída de pavimento térreo,
segundo e/ou,no máximo, terceiro pavimento.

VIII - Por perfil viário transversal, a largura total da via, composta pela largura dos
passeios públicos, canteiros centrais mais a caixa de rolamento.

X - Por Atividade o uso de um prédio ou de um espaço físico para moradia, negócios,


industria etc.

IX - Por parcelamento, a subdivisão de gleba em lotes destinados a construção, podendo


ser feito por loteamento ou desmembramento, definidos na Lei Federal nº 6766, de 19 de
dezembro de 1979 e alterações.

TÍTULO III
DOS INSTRUMENTOS

Art. 6º Para aplicação do presente Plano Diretor, o município utilizará os seguintes


instrumentos técnico-urbanísticos de intervenção:

I - Normas de uso e ocupação do solo.

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II - Transferência de potencial construtivo.

III - Tributação da propriedade imobiliária.

IV - Solo Criado

V - Projetos Especiais.

VI - Operação Concertada.

CAPÍTULO I
DO USO E OCUPAÇÃO DO SOLO

Art. 7º O uso e a ocupação do solo do distrito-sede e distritos é definido em função de


normas relativas as Macrozonas, no que se refere aos índices urbanísticos, ao regime de
atividades e usos especiais, aos dispositivos de controle das edificações e dos parcelamentos
e ao sistema viário.

Parágrafo único. O uso e a ocupação do solo podem ser redefinidos em Áreas Especiais,
em função dos respectivos projetos.

CAPÍTULO II
DA TRANSFERÊNCIA DO DIREITO DE CONSTRUIR

Art. 8ºA transferência do direito de construir significa a possibilidade de o Município transferir


o direito que corresponde à capacidade construtiva de áreas atingidas pelo sistema viário
projetado, pela instalação de equipamentos públicos, na preservação de bens tombados e na
preservação ambiental como forma de pagamento em desapropriação ou outra forma de
aquisição, desde que haja concordância do expropriado.

§ 1º O potencial construtivo a transferir corresponde ao Índice de Aproveitamento relativo


à parte atingida pela desapropriação ou pelo tombamento, observando-se a manutenção do
equilíbrio entre os valores do terreno permutado e do terreno no qual será aplicado o potencial
construtivo, de acordo com avaliação dos órgãos técnicos municipais competentes, com base
na planta de coeficientes de equivalência a ser publicada anualmente.

§ 2º Nas áreas de proteção ambiental e/ou patrimônio natural, na inexistência de


potencial construtivo para fins de permuta ou desapropriação, será considerado o coeficiente
de 50% (cinqüenta por cento) do índice do entorno.

§ 3º A transferência de potencial construtivo poderá ocorrer apenas internamente à


Macrozona de Ocupação Prioritária e sua utilização não poderá ultrapassar em 1/3 os metros
quadrados de construção permitidos no lote.

Art. 9ºPor solicitação do proprietário, o Poder Público poderá emitir uma ou mais Cartas de
Crédito de Áreas, contendo o número total de metros quadrados (m²) acordados.

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§ 1º A Carta de Crédito de Áreas será documento oficial que o proprietário poderá utilizar
ou negociar livremente para acréscimo construtivo em qualquer terreno da Zona de Uso
estabelecida previamente na DM (Diretrizes Municipais), e terá validade por 4 anos.

§ 2º O potencial construtivo transferido será Averbado nas Matrículas dos Terrenos


(cedente e receptor), junto ao Registro de Imóveis.

CAPÍTULO III
DA TRIBUTAÇÃO

Art. 10 A utilização dos instrumentos tributários deverá ser voltada ao desenvolvimento


urbano e ao cumprimento da função social da cidade e da propriedade, mediante Lei
específica.

CAPÍTULO IV
DO SOLO CRIADO

Art. 11 É o Instrumento Urbanístico que regula o uso do solo e possibilita a um empreendedor


construir acima do coeficiente (índice construtivo privado) que lhe é assegurado por lei,
adquirindo-o do Município.

Art. 12 Com a venda de Solo Criado, o Poder Público monitora a cidade para que seus
espaços sejam preenchidos de forma organizada e controlada, promovendo uma melhor
distribuição da renda urbana, uma vez que os recursos obtidos serão canalizados para o
Fundo Municipal de Desenvolvimento (FMD) e destinados, em sua maior parte, à produção de
habitações de caráter social.

Art. 13 Os índices só poderão ser utilizados em locais pré-determinados pelo Município e


atenderão a alguns critérios, como a existência de infra-estrutura implantada.

Art. 14 Os valores do metro quadrado de Solo Criado serão definidos por quarteirões (QRT) .

Art. 15 Os tipos de índices e a Planta de Valores serão definidos por Lei Complementar.

CAPÍTULO V
DAS ÁREAS ESPECIAIS

Art. 16As Áreas Especiais são aquelas que exigem regime urbanístico específico, face às
suas peculiaridades locais, forma de ocupação e valores ambientais, situadas em qualquer
Macrozona do Município.

§ 1º A iniciativa de proposição de uma Área Especial partirá de Associações Comunitárias


ou do Poder Público;

§ 2º Uma vez homologada pela Sistema de Planejamento Urbano, cada Área Especial

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será objeto de plano específico, que detalhará ou complementará as propostas gerais do


Plano Diretor do Desenvolvimento Integrado.

§ 3º As propostas específicas para cada Área Especial, após aprovadas pelo Conselho
Municipal de Desenvolvimento Urbano Rural e Ambiental (CODURAE) e Câmara Municipal,
serão integradas ao Plano Diretor do Desenvolvimento Integrado nos termos do Art. 3º deste
Plano.

§ 4º As áreas pertencentes ao Município fazem parte do Conjunto das Áreas Especiais,as


praças e áreas verdes enquadradas como AIEAs (Áreas Especiais de Interesse Ambiental) e
as que receberam equipamentos urbanos com AIEIs (Áreas Especiais de Interesse
Institucional)

Art. 17 As Áreas Especiais serão objeto de projeto de urbanização próprio, que analisará e
redefinirá, quando couber e no âmbito do seu espaço, as condições, restrições e dispositivos
de uso e ocupação do solo, bem como os respectivos instrumentos de intervenção.

§ 1º -Os projetos que estiverem sujeitos ao licenciamento Ambiental definidos pala


legislação vigente, deverão ser submetidos à liberação dos órgãos ambientais
competentes,antes da aprovação pelo Poder Público Municipal.

§ 2º A critério da SMMASB(Secretaria Municipal do Meio Ambiente e Saneamento


Básico) poderão ser exigidas medidas especiais de proteção ambiental ou prévio Relatório de
Impacto sobre o Meio Ambiente.

§ 3º A Sistema de Planejamento Urbano avaliará o impacto seu uso sobre a estrutura


urbana e, se for o caso, promoverá Operações Concertadas para sua minimização.

Art. 18 As Áreas Especiais dividem-se em:

I - Áreas Especiais de Interesse Institucional (AEII) serão áreas públicas ou privadas


destinadas a fins comunitários e administrativos que, pelo seu caráter cultural, histórico e
paisagístico, atenderão a normas específicas definidas por regimes urbanísticos, programas,
projetos e ações, destinadas a valorizar as suas peculiaridades, características e inter-
relações.

a) Área Especial de Interesse Institucional 1-AEII 1,,(ÁREA OCUPADA PELA POLAR);


b) Área Especial de Interesse Institucional 2-AEII 2,(AERÓDROMO MUNICIPAL), criado
pela LEI Nº
c) Área Especial de Interesse Institucional 3-AEII 3,(DISTRITO INDUSTRIAL), criado pela
LEI Nº
d) Área Especial de Interesse Institucional 4-AEII 4,(UNIDADE DE TRATAMENTO DE
RESÍDUOS), criado pela LEI Nº

II - Áreas Especiais de Interesse Social (AEIS) serão aquelas destinadas à produção e


manutenção de habitações de interesse social, com destinação específica e normas próprias

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de uso e ocupação.

§ 1º As Áreas Especiais de Interesse Social (AEIS) compreendem situações de


assentamentos auto-produzidos por população de baixa renda em áreas públicas ou privadas,
loteamentos irregulares, públicos, privados ou clandestinos e imóveis não edificados ou sub-
utilizados, localizados na Macro-zona de Ocupação Prioritária, que venham a ser destinados à
implantação de habitação de interesse social, com intervenção do poder público.

§ 2º Ficam identificadas, entre outras, as seguintes Áreas:

a) Área Especial de Interesse Social 1-AEIS 1,("LOTEAMENTO MARMIT")


b) Área Especial de Interesse Social 2-AEIS 2, ("CHACARA DA PREFEITURA");
c) Área Especial de Interesse Social 3-AEIS 3, ("LOEAMENTO POPULAR 1 E 2");
d) Área Especial de Interesse Social 4-AEIS 4, ("VILA TEREZA");
e) Área Especial de Interesse Social 5-AEIS 5, ("ASSENTAMENTO IDÍGENA");

III - Áreas Especiais de Interesse Ambiental (AEIA) serão porções do Território com
características culturais ou naturais diferenciados, que estruturarão a paisagem ou que
constituirão ecossistemas importantes, atribuindo-lhes identidade com repercussões em nível
Macro da cidade.

a) Área Especial de Interesse Ambiental 1-AEIA 1,(BACIA DO ARROIO ESTRELA);


b) Área Especial de Interesse Ambiental 2-AEIA 2,(BACIA DO ARROIO BOA VISTA;
c) Área Especial de Interesse Ambiental 3-AEIA 3,(BAIRRO SÃO JOSÉ);
d) Área Especial de Interesse Ambiental 4- AEIA 4,(ÁREA PORTUÁRIA);
e) Área Especial de Interesse Ambiental 5-AEIA 5,(MARGEM DO TIO TAQUARI NO
BAIRRO MOINHOS);
f) Área Especial de Interesse Ambiental 6-AEIA 6,(PARTE DO BAIRRO ORIENTAL
LOCALIZADO ENTRE O ARROIO ESTRELA E O RIO TAQUARI);
g) Área Especial de Interesse Ambiental 7-AEIA 7,(PARTE DO CENTRO JUNTO À
MARGEM DO RIO TAQUARI E ARROIO ESTRELA);
h) Área Especial de Interesse Ambiental 8-AEIA 8,("BURACO DOS CACHORROS");

III - Áreas Especiais de Produção Agrícola e de Extração Mineral (AEPAG), serão áreas
públicas ou privadas destinadas a promover atividades agrícolas e de extração mineral,
implementadas por meio de lei, dos Planos Regionais ou de lei específica.

§ 1º Os imóveis localizados nas Áreas Especiais de Produção Agrícola e de Extração


Mineral - AEPAG, não serão enquadrados como urbanos enquanto forem utilizados para fins
de produção agrícola e de extração mineral, desde que comprovados por órgão competente.

a) Área Especial de Produção Agrícola e de Extração Mineral 1-AEPAG 1, (LINHA


SANTA RITA)criada pela LEI Nº 3.951 de 28 de dezembro de 2004 e alterada pela LEI
Nº 4021 de 06 de junho de 2005
b) Área Especial de Produção Agrícola e de Extração Mineral 2-AEPAG 2,(LINHA
DELFINA)criada pela LEI Nº 3.951 de 28 de dezembro de 2004

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CAPÍTULO VI
DOS PROJETOS ESPECIAIS

Art. 19 Projeto Especial é aquele que exige uma análise diferenciada, devendo observar
acordos e condicionantes específicos.

§ 1º Os Projetos Especiais, conforme a iniciativa, classificam-se em:

I - Projeto Especial de Realização Necessária é aquele que o Município compromete-se a


implementar para o desenvolvimento de áreas de interesse prioritário, podendo, para a sua
realização, concorrer à iniciativa privada;

II - Projeto Especial de Realização Voluntária é aquele originado a partir de uma iniciativa


externa ao Poder Público Municipal, podendo, entretanto, este concorrer para a sua
realização.

Art. 20 Os Projetos Especiais serão objeto de Estudo de Viabilidade Urbanística (EVU), com
vistas à análise de suas características diferenciadas e à verificação da necessidade de
realização de Estudos de Impacto Ambiental, conforme regulamentação a ser estabelecida
pelo Sistema de Planejamento Urbano.

Art. 21 O Estudo de Viabilidade Urbanística de Empreendimento Pontual será analisado, em


especial, quanto à:

I - adequação do uso na zona de implantação do empreendimento;

II - melhor adequação da edificação ao sítio de implantação que tenha características


excepcionais relativas à forma e à estrutura geológica do solo;

III - manutenção e valorização do patrimônio ambiental - natural e cultural;

IV - adequação à estrutura urbana, em especial quanto ao sistema viário, fluxos,


segurança, sossego e saúde dos habitantes e equipamentos públicos comunitários;

V - adequação ao ambiente, em especial quanto à poluição;

VI - adequação à infra-estrutura urbana.

§ 1º O regime volumétrico poderá ser alterado na hipótese dos incisos II e III, desde que
compatibilizado com o entorno urbano.

§ 2º Os Projetos Especiais de Empreendimento Pontual serão aprovados pelo Poder


Executivo Municipal, mediante prévia aprovação do Conselho Municipal de Desenvolvimento
Urbano Rural e Ambiental (CODURAE).

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CAPÍTULO VII
DAS OPERAÇÕES CONCERTADAS

Art. 22 Operação Concertada é o processo pelo qual se estabelecem as condições e


compromissos entre o Município e a iniciativa privada, firmados em Termos de Ajustamento, e
necessários para à implementação:

I - De edificações e parcelamentos que possuem características especiais.

II - Do desenvolvimento de áreas da Macrozona de Ocupação Prioritária que necessitem


acordos programáticos.

III - Da superação de efeitos negativos sobre o espaço urbano, decorrentes de


investimentos privados.

Parágrafo único. As condições e os compromissos deverão estar adequados aos Artigos


1º e 2º do Título I e aprovados pela Câmara Municipal de acordo com o Artigo 3º deste Plano.

TÍTULO IV
DO ORDENAMENTO ESPACIAL

Art. 23 Para efeito de aplicação da presente lei, o Município fica dividido em área urbana e
área rural.

§ 1º Os loteamentos urbanos implantados até a data de publicação desta Lei e que


estejam fora dos limites da área urbana, inclusive as sedes distritais, têm sua área interna
considerada urbana para efeito de registro, tributação e edificação e sua ocupação regrada
pelo que é prescrito para cada Zona.

§ 2º Cabe à Secretaria Municipal do Planejamento, pelo Sistema de Planejamento


Urbano, relacionar os loteamentos implantados.

Art. 24 A área urbana fica dividida nas seguintes Macrozonas, diferenciadas para efeito de
uso e ocupação do solo:

I - Macrozona de Ocupação Prioritária;

II - Macrozona de Expansão Urbana;

III - Macrozona de Preservação Ambiental.

Art. 25A área rural fica dividida nas seguintes Macrozonas, diferenciadas para efeito de uso e
ocupação do solo:

I - Macrozona de Ocupação dos Distritos;

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II - Macrozona de Expansão Urbana dos Distritos;

III - Macrozona de Preservação Ambiental.

IV - Macrozona Rural.

Art. 26 Nos projetos de construção será exigido, dos proprietários, prévia solicitação das
Diretrizes Municipais (DM) ou Estudo de Viabilidade Urbanística (EVU),conforme o caso, a
serem seguidas.

§ 1º A solicitação deverá ser feita em formulário padrão a ser fornecido pelo Secretaria
Municipal de Planejamento, com os seguintes documentos anexos:

a) Planta de Situação também em formato digital "dwg" ou "dxf" do lote ou gleba, em


escala 1: 200, identificando a distância à esquina mais próxima à área do lote ou gleba, o
comprimento das divisas, o nome e a largura da via para a qual faz frente e elementos
naturais existentes neste lote ou gleba.
b) matrícula do Registro de Imóveis.
c) Licenciamento ambiental,conforme o caso requerer.

§ 2º As demolições de prédios existentes somente poderão ocorrer mediante autorização


da Secretaria Municipal do Planejamento e parecer do Secretaria Municipal de Educação,
Cultura e Turismo.

§ 3º Nas áreas inundáveis, somente serão permitidas construções novas em terrenos


aterrados até a cota 26(vinte e seis metros), respeitando as diretrizes do Código do Meio
Ambiente do Município.

§ 4º As construções existentes nas áreas inundáveis, enquadradas nas atividades


permitidas ou permissíveis, somente poderão efetuar melhorias, reformas ou reconstruções,
desde que estejam acima da cota 24m (vinte e quatro metros) e estas serão sobre pilotis,
permitida a TO (taxa de ocupação) de 30% (trinta por cento) no nível térreo, permanecendo o
restante da área aberta ou coberta, elevando-se acima da cota 26m (vinte e seis metros).

CAPÍTULO I
DAS MACROZONA DE OCUPAÇÃO PRIORITÁRIA E DISTRITOS

Art. 27 A Macrozona de Ocupação Prioritária é composta pelas seguintes Zonas:

I - Pólo Central(PC),centro antigo da cidade

II - Pólo Comercial 1(PC1),ao longo da Av Rio Branco,iniciando na rua Nilo Peçanha até a
BR 386.

III - Pólo Comercial 2(PC 2),ao longo das vias arterias:

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a) Rua Coronel Brito,iniciando na Coronel Müssnich até a BR 386.


b) Rua Coronel Müssnich,iniciando na Rua Bruno Schwertner até a Av Rio Branco.
c) Rua Bruno Schwertner,iniciando na Júlio de Castilhos até a rua Coronel Müssnich.
d) Rua Geraldo Pereira,iniciando na Estrada Municipal Antônio Barth até a RS/T 129.
e) Rua Júlio de Castilhos,iniciando na rua Bruno Schwertner até a RS 129.
f) Rua João Lino Braun,iniciando na RS 453 até a 60,00m(sessenta metros) após a rua
Miguel R. Sulzbach .
g) Rua Alfredo Mathias Arenhart, iniciando na rua Corronel Brito até a BR 386.

IV - Corredor Comercial e Serviços(CCS),ao longo da BR 386, iniciando no limite sul do


perímetro urbano, até a ponte sobre o rio Taquarí e RS/T 129, inicinado na estrada das
acácias até a BR 386.

IV - Corredor Comercial e Industrial(CCI), ao longo da RS 453 iniciando no


entroncamento da rua João Lino Braun e BR 386 a Estrada Municipal Pedro Lenz

V - Zona Residencial 1(ZR1)

VI - Zona Residencial 2(ZR2)

VII - Zona Residencial 3(ZR3)

VIII - Zona Industrial 1(ZI 1),no bairro das indústrias

Art. 28 A Macrozona dos Ocupação dos Distritos é composta pelas Seguintes Zonas:

I - Pólo Principal do Distrito de Costão(PP1)

II - Pólo Principal do Distrito de Delfina(PP2)

III - Pólo Principal do Distrito de Glória(PP3)

VI - Pólo Principal do Distrito de Novo Paraíso(PP4)

Art. 29 Nas Zonas, o lado da via de articulação que limitar com a Macrozona de Expansão
Urbana ou Macrozona de Preservação Ambiental, terá os respectivos lotes regulamentados
pelo que for indicado para estas macrozonas.

Seção I
Do Regime Das Atividades

Art. 30 O Anexo 4 define as restrições em cada Zona de Uso, assim como condições relativas
ao porte máximo das edificações nas quais sejam instaladas.

§ 1º O porte é definido pelo somatório das áreas computáveis das economias no imóvel e

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será considerado por matrícula no Registro Imobiliário.

§ 2º Os aumentos de porte serão objeto de análise caso a caso, observando as


condições definidas pelo Sistema de Planejamento Urbano(SPU).

Art. 31 O Anexo 1 define o grupamento das atividades mediante sua classificação em:

I - atividades inócuas.

II - atividades de interferência ambiental 1.

III - atividades de interferência ambiental 2.

IV - atividades de interferência ambiental 3.

V - atividades especiais.

§ 1º Atividade inócua é aquela que não causa incômodo e nem impacto significativo ao
ambiente, à estrutura e à infra-estrutura urbanas.

§ 2º Atividades de interferência ambiental 1, 2 e 3 são aquelas que têm o potencial de


causar incômodo e impacto significativo ao ambiente, à estrutura e à infra-estrutura urbanas,
em face dos níveis de repercussão relacionados à conceituação das Zonas de Uso, além de
critérios de diversidade e porte. São considerados atividades geradoras de incômodo:

a) potencialmente geradoras de ruídos.


b) potencialmente geradoras de poluição atmosférica.
c) que envolvem riscos de segurança, danos à saúde e ao meio Ambiente.
d) potencialmente geradoras de resíduos líquidos e sólidos com exigências sanitárias.
e) potencialmente geradoras de vibração.
f) potencialmente geradoras de tráfego.

§ 3º A implantação das atividades relacionadas no Anexo 2 é condicionada a Estudo de


Viabilidade Urbanística obrigatório.

§ 4º Atividades especiais são aquelas que, por suas características excepcionais, terão
sua localização submetida a análise pelo Sistema de Planejamento Urbano (SPU).

Art. 32As atividades e os prédios regulares, na vigência da Lei nº 1620, de 28 de dezembro


de 1979, são considerados conformes ou desconformes, nos termos das normas de uso e
ocupação do solo referentes à respectiva zona de uso, e seu enquadramento será feito pelo
Sistema de Planejamento Urbano (SPU), nos termos estabelecidos no Anexo 3.

Art. 33 Deverão ser mantidas distâncias mínimas entre diferentes usos.

§ 1º Entre o uso residencial, depósitos de materiais inflamáveis, corrosivos, tóxicos,

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radioativos e fábrica de produtos químicos deverá ser mantida uma distância mínima de 100
metros. Para os postos de revendas/distribuidores de gás, deverão ser respeitadas as
distâncias contidas no Anexo 6.

§ 2º Entre o uso residencial e clube social/recreativo, comércio de aves/canil, jogos


eletrônicos, música ao vivo/bailão, salão de baile e motel, deverá ser mantida distância
mínima de 50 metros.

§ 4º É vedada a implantação de novas creches, grupos escolares e escolas de 1º e 2º


Graus nas vias de articulação e nas Rodovias Estaduais e Federais.

§ 5º A comprovação de existência das distâncias exigidas deverá ser feita através de


declaração subscrita pelo requerente bem como pelo responsável técnico e anexada ao
pedido de aprovação do projeto de construção.

§ 6º Para usos localizados ao longo das Vias de Articulação Urbana, Avenida e rodovias,
fica dispensado o distanciamento requerido no § 2º.

§ 7º As distâncias solicitadas e o número de usos subordinados às mesmas poderá ser


alterado por ato normativo do Conselho Municipal De Desenvolvimento Urbano Rural e
Ambiental(CODURAE), face à solicitação da Secretaria Municipal de Meio Ambiente e
Saneamento Básico(SMMASB) ou da Secretaria Municipal do Planejamento e remetida à
Câmara Municipal.

Seção II
Dos Dispositivos de Controle Das Edificações

Art. 34 A edificação, visando a sua adequação às características da zona de implantação, é


regulada pelos seguintes dispositivos de controle:

I - Índice de Aproveitamento (IA) e Solo Criado (SC);

II - Taxa de Ocupação;

III - Altura das Edificações

VI - Recuos para Ajardinamento e Viário;

V - Garagens e Estacionamentos.

§ 1º São isentas do cômputo no índice de aproveitamento (IA):

I - As áreas cobertas para lazer e recreação.

II - As áreas de estacionamento de até 03(três) vagas por unidade comercial ou

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residencial.

a) exceção para prédios com exclusivo fim de estacionamento, com finalidade comercial,
quando computarão todas as vagas.

III - Portaria e apartamento de zelador.

IV - As áreas de reservatórios, casa de bombas, casa de máquinas de elevadores,


geradores, transformadores, medidores, central de gás, central de ar condicionado.

V - Escada, rampas e poço de elevador.

VI - Sacadas.

§ 2º Para o cálculo do Índice de Aproveitamento(IA) e da Taxa de Ocupação(TO) poderá


ser incluída a área do terreno exigida para o recuo viário.

Seção III
Dos Recuos

Art. 35 Os recuos para ajardinamento serão observados toda vez que for feita nova
construção ou substancial reforma na estrutura da antiga, devendo observar as seguintes
regras de aplicação:

Parágrafo único. O Pólo Central(PC) será isento do recuo para ajardinamento.

I - os recuos para ajardinamento terão dimensão mínima de 4,00m (quatro metros), com
tratamento paisagístico obrigatório em 50% de sua área;

II - os recuos para ajardinamento serão sempre contados da parte mais avançada da


construção;

III - nos terrenos de esquina ou com mais de uma frente para as vias públicas admitir-se-
á o recuo por apenas uma frente, a critério do Sistema de Planejamento Urbano(SPU);

IV - é assegurada, em todos os lotes, uma faixa mínima edificável de 10m (dez metros),
conforme figura 2, devendo, entretanto, a edificação atender aos recuos para alargamento do
sistema viário.

V - todos os terrenos de esquina deverão observar o recuo de 3,00m(três metros) ao


longo das duas frentes, formando um triângulo,conforme figura 1.

VI - os muros construídos no alinhamento também deverão obedecer aos recuos

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conforme disposto neste artigo.

Art. 36 No recuo para ajardinamento obrigatório serão admitidas:

I - nos terrenos que possuam um declive mínimo de 2,00m (dois metros) em relação ao
passeio, em toda à frente, medido numa faixa de 4,00m (quatro metros) paralela ao
alinhamento, edificações com cobertura na forma de terraço, no nível do passeio (figura 3);

II - nos terrenos com passeio em desnível, que a edificação referida no inciso I deste
artigo e a de muros laterais e acessos aflore, no máximo, 1,20m (um metro e vinte
centímetros) em relação ao nível do passeio (figura 4);

III - nos terrenos que possuam um aclive mínimo de 2,00m (dois metros) em toda a
testada em relação ao passeio, medido numa faixa de 4,00m (quatro metros) paralela ao
alinhamento, a edificação com cobertura na forma de terraço com peitoril, com pé direito
máximo de 2,60m (dois metros e sessenta centímetros) e altura máxima de 4,00m (quatro
metros) (figura 5);

IV - guaritas construídas com materiais leves, pré-fabricadas ou erigidas no local


adequadamente integradas às vedações referidas no inciso X deste artigo, com área fechada
igual ou inferior a 5,00m² (cinco metros quadrados), correspondente a, no máximo, 5% (cinco
por cento) da área do recuo para ajardinamento, garantido um mínimo de 2,00m² (dois metros
quadrados).

V - toldos, acessos cobertos, marquises, beirais e abas, de acordo com o Código de


Edificações e da legislação de proteção contra incêndios.

VI - piscinas com altura máxima de 60cm (sessenta centímetros) em relação ao Perfil


Natural do Terreno (PNT).

VII - medidores de luz, junto às divisas laterais do terreno, conforme normas da


Distribuidora de Energia.

VIII - coberturas independentes da edificação, nos projetos que promovam qualificação e


integração do espaço público com o privado, mediante análise do Sistema de Planejamento
Urbano (SPU).

IX - muros de arrimo decorrentes dos desníveis naturais dos terrenos;

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X - vedações nos alinhamentos, desde que utilizados elementos construtivos onde


predominem os espaços vazios;

XI - muros laterais e de fundos com até 3,00m (três metros) em relação ao Perfil Natural
do Terreno (PNT), estendido até o alinhamento.

XII - muros no alinhamento, escadarias ou rampas de acesso, quando necessários pela


conformação do terreno, até 60cm (sessenta centímetros) acima do Perfil Natural do
Terreno(PNT), frontal e lateral.

§ 1º Na hipótese do inciso III deste artigo, fica proibida qualquer projeção sobre o
logradouro público e, nos casos de passeio em desnível fica garantido o disposto no inciso II
deste artigo.

§ 2º Na hipótese do inciso VIII deste artigo, o muro não caracteriza direito adquirido para
construções futuras.

Art. 37 Quando os recuos para ajardinamento forem absorvidos por alargamentos viários, o
Município poderá eliminá-los total ou parcialmente mediante proposta do Sistema de
Planejamento Urbano (SPU).

Art. 38 Os recuos viários previstos para as Vias Arteriais,previstas pela Lei do Sistema Viário
e as faixas de domínio das Vias de Estruturação deverão observar o disposto no Anexo 5.

Parágrafo único. Para as Vias de Estruturação,Estaduais e Federais será necessário


apresentação de Alinhamento expedido Pelo Poder Público ou Concessionária.

Art. 39 As alturas máximas de construção nas divisas dos lotes estão definidas no Anexo 5.

§ 1º As alturas a que se refere o "caput" é medida do Perfil Natural do Terreno (PNT) e o


forro do pavimento base.

§ 2º Os prédios construídos nas divisas deverão possuir recuos de iluminação e


ventilação.

Art. 40 Os prédios que ultrapassarem os limites máximos previstos para construção nas
divisas, deverão manter recuo ao longo de todas as divisas, não inferiores a 1/6 da altura,
assegurando um mínimo de 3,00m(três metros), medidos do forro do pavimento base ao forro
do último pavimento.

§ 1º Nos terrenos com declividade acentuada, o recuo será a partir do piso do primeiro
pavimento de uso residencial ou não residencial, exceto garagens, independente do nível do
passeio público.

Art. 41 Nos Corredores de Comércio e Serviço e Corredores de Comércio e Industrias e nas

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edificações de Uso Especial, não será permitida construção nas divisas.

Seção IV
Das Garagens

Art. 42Garagens e estacionamentos são, respectivamente, edificações e áreas cobertas ou


descobertas destinadas à guarda de veículos, com atendimento ao disposto no Anexo 7.

§ 1º Garagens e estacionamentos comerciais são os prédios e áreas destinadas


predominantemente à prestação de serviços de guarda de veículos, sem prejuízo dos serviços
afins.

§ 2º Garagens e estacionamentos gerais são prédios e áreas destinadas à guarda de


veículos, tais como lotação, microônibus e ônibus.

§ 3º Nas edificações multifamiliares, de comércio, serviço e de atividades especiais, as


garagens e estacionamentos são os espaços destinados à guarda de veículos com função
complementar à atividade.

§ 4º Excetuando-se os prédios residenciais, todas as garagens e estacionamentos,


incluindo os de via pública, deverão prever espaços com localização privilegiada para veículos
automotores de pessoas portadoras de deficiência física.

Art. 43 A previsão de vagas para guarda de veículos, estabelecida no Anexo 7, poderá ser
atendida em outro local, distante no máximo 150,00m (cento e cinqüenta metros) da
edificação, conforme regulamentação específica que garanta a vinculação entre as duas
edificações.

Art. 44 Os postos de abastecimento são atividades de impacto, conforme disposto no Anexo


1, devendo observar o disposto no Anexo 7.

Art. 45As edificações em terrenos com testada igual ou superior a 11,00m (onze metros)
devem prever vagas para guarda de veículos, conforme padrões estabelecidos no Anexo 7.

§ 1º As edificações que utilizarem Solo Criado devem observar a proporção mínima


estabelecida no Anexo 7, independente da dimensão da testada.

§ 2º O disposto no § 1º não se aplica às edificações que utilizarem Solo Criado para


ajustes de projeto.

Art. 46 O Sistema de Planejamento Urbano(SPU) poderá ajustar os padrões estabelecidos no


artigo anterior e no Anexo 7 em função da especificidade de atividades.

Art. 47As áreas para guarda de veículos podem ser condominiais, sendo obrigatória a
demarcação de espaço de acumulação na proporção estabelecida no Anexo 7.

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Art. 48 Nas edificações do Pólo Central, dos Pólos Comerciais 1 e 2,Corredores Comerciais e
Industriais e das vias de articulação urbana, é obrigatória a previsão, no lote, de vagas em
garagens ou estacionamentos.

Parágrafo único. Em todos os prédios para uso residencial, comercial, serviços ou


industrial, deverá ser prevista uma vaga para deficiente físico a cada 30(trinta)vagas de
estacionamento, reservando-se, sempre, o mínimo de 1(uma) vaga para deficientes físicos,
exceto para prédios residenciais.

CAPÍTULO II
DA MACROZONA DE EXPANSÃO URBANA

Art. 49 Na Macrozona de Expansão Urbana (MEU) poderão ser localizadas:

I - Atividades de Lazer e Recreação.

II - Atividades Turísticas.

III - Atividades de Exploração e Produção Agrícola de cunho familiar.

IV - Habitação Unifamiliar.

V - Equipamentos Urbanos e Comunitários.

VI - Comércio de abastecimento e Varejista de pequeno porte.

VII - Atividades Inócuos.

VIII - Atividade e Comércio de Artesanatos.

IX - Atividade de produção, Exploração e Comercialização Extrativista.

X - Chácaras de recreios e condomínios.

Parágrafo único. A inclusão de usos não especificados no artigo acima será analisada,
caso a caso, pelo Conselho Municipal de Desenvolvimento Urbano Rural e Ambiental
(CODURAE), mediante parecer do Sistema de Planejamento Urbano(SPU) e Secretaria
Municipal do Meio Ambiente e Saneamento(SMMASB).

Art. 50A incorporação de parcelas da Macrozona de Expansão Urbana a Macrozona de


Ocupação Prioritária poderá ocorrer quando:

I - As áreas a serem incorporadas são contíguas à Macrozona de Ocupação Prioritária;

II - As áreas a serem incorporadas estiverem sofrendo intensa pressão para

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parcelamento, detectada pelo Sistema de Planejamento Urbano (SPU).

CAPÍTULO III
DA MACROZONA DE PRESERVAÇÃO AMBIENTAL

Art. 51 A Macrozona de Preservação Ambiental terá o uso e a ocupação compatibilizados


com as características que lhe conferem peculiaridades.

§ 1º Nos núcleos urbanizados com ou sem edificações estarão subordinados à


necessidade de considerar o ambiente natural, por tratar-se de territórios extremamente
frágeis.

§ 2º A preservação não elimina a possibilidade de uso, dá condições diferenciadas de


acordo com a função ambiental pretendida:

a) proteção de mananciais, parques e reservas florestais, áreas de proteção ambiental


(APAs),
b) área de produção agrícola ou áreas de conservação e recuperação.

Art. 52 É constituída pelo conjunto de espaços significativos ajardinados e arborizados, de


propriedade pública ou privada, necessários à manutenção da qualidade ambiental urbana
tendo por objetivo a preservação, proteção, recuperação e ampliação desses espaços.

Art. 53 Poderão ser instaladas atividades de educação ambiental, de lazer, de recreação, de


habitação e de produção primária, desde que tais atividades não comprometam os elementos
naturais e da paisagem, assegurando manejo indispensável para o equilíbrio, recuperação ou
perpetuação do ambiente, definidas pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente e
Saneamento Básico(SMMASB).

Art. 54 Em zonas de relevante interesse ecológico, paisagístico, hidrológico ou outro, serão


criadas Áreas Especiais de Interesse Ambiental.

Art. 55 Por lei ou solicitação do proprietário, propriedades particulares poderão ser


transformadas em Áreas Especiais de Interesse Ambiental.

Art. 56 O estímulo à preservação da vegetação nas áreas particulares transformadas em


Áreas Especiais de Interesse Ambiental poderá se dar por meio da Transferência do Direito de
Construir, conforme artigos 8º e 9º, e por incentivos fiscais diferenciados de acordo com as
características de cada área.

Art. 57 Nos espaços livres de arruamento e áreas verdes públicas, existentes e futuras,
integrantes Áreas Especiais de Interesse Ambiental poderão ser implantadas instalações de
lazer e recreação de uso coletivo, obedecendo-se os parâmetros urbanísticos especificados
Anexo 5.1

CAPÍTULO III

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DA MACROZONA RURAL

Art. 58Macrozona Rural são áreas de baixa ocupação populacional composta por unidades
de solos destinadas a produção agrícola, pecuária, exploração mineral e vegetal, voltadas a
proporcionar um planejamento de ecoeficiência produtiva que evitem impactos negativos nos
recursos naturais.

§ 1º Não serão admitidos na Macrozona Rural os usos residenciais que caracterizem


loteamento, chácara de recreio e condomínios.

§ 2º Os usos e atividades na Macrozona Rural também deverão ser submetidos ao


Estudo de Viabilidade Urbanística (EVU) e ao Conselho Municipal da Agricultura, com vistas à
análise de suas características diferenciadas e impactos ambientais.

CAPÍTULO IV
DOS USOS ESPECIAIS

Art. 59 Entende-se por Usos Especiais as atividades sujeitas às condições especiais (de
construção e de desempenho), buscando preservar e melhorar as condições ambientais para
a vida urbana, requeridas pela política de desenvolvimento urbano.

Art. 60 A viabilidade de localização dos usos especiais será autorizada quando:

I - Atendidas às Condições Especiais de construção pelo respectivo Projeto de


Construção;

II - Assinado o Termo de Compromisso relativo às Condições Especiais de desempenho


por ocasião da expedição do Alvará de Localização ou Habite-se;

III - Constatada a existência de distância obrigatória entre usos especiais.

§ 1º A existência da distância obrigatória entre usos, segundo requer o Art.33º, é


condição prévia para a aprovação do Projeto de Construção.

§ 2º Os usos especiais que comportarem mais de uma atividade no mesmo local, deverão
satisfazer as Condições Especiais de cada atividade;

§ 3º O conjunto das atividades que compõem os usos especiais estão definidos no Anexo
1.

§ 4º As Licenças Especiais, previstas nas Condições Especiais a serem solicitadas pela


SMMASB, são as expedidas por órgãos municipais, estaduais e/ou federais com vistas a
preservar o meio ambiente e garantir a saúde e a segurança pública;

§ 5º Por solicitação conjunta da Secretaria Municipal do Planejamento e SMMASB, o


Poder Executivo poderá propor modificações no elenco dos usos especiais e nas suas

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condições de construção e de desempenho.

Art. 61 O não cumprimento das Condições Especiais a que a atividade estiver sujeita poderá
resultar em, progressivamente:

I - Multas;

II - Suspensão temporária da atividade;

III - Suspensão definitiva.

TÍTULO VI
DOS VAZIOS URBANOS

Art. 62 Entende-se por vazio urbano gleba localizada na Macrozona de Ocupação Prioritária
que se encontra não edificada, subtilizada ou não utilizada, com área acima mais de 5.000, 00
m2

Parágrafo único. Os proprietários de vazios urbanos deverão promover o cumprimento da


função social da propriedade, de acordo com o Artigo 182 da Constituição Federal.

Art. 63 Para exigir o adequado aproveitamento dos vazios urbanos, o Poder Público
promoverá:

I - A delimitação de área específica interna a Macrozona de Ocupação Prioritária;

II - A definição do tamanho das glebas para efeito de incidência, respectivamente, a


edificação compulsória e o parcelamento;

III - A definição dos respectivos prazos para cumprimento das exigências;

IV - A fixação das correspondentes penas para o não cumprimento, segundo o Artigo


182,§ 4º, da Constituição Federal.

Parágrafo único. Em caso de multas, de incidência progressiva sobre o IPTU ou de outras


penas pecuniárias.

TÍTULO VII
DO SISTEMA DE PLANEJAMENTO URBANO

Art. 64Fica criado o Sistema de Planejamento Urbano - SPU - como um processo contínuo,
dinâmico e flexível, composto por Equipe Técnica Administrativa Municipal e
CODURAE(CONSELHO MUNICIPAL DE DESENVOLVIMENTO URBANO RURAL E
AMBIENTAL) que tem como objetivos:

I - criar canais de participação da sociedade na gestão municipal;

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II - garantir o gerenciamento eficaz direcionado à melhoria da qualidade de vida;

III - instituir um processo permanente e sistematizado de atualização do PDDI.

Art. 65 O Sistema de Planejamento Urbano (SPU) atua nos seguintes níveis:

I - nível de formulação de estratégias, das políticas e de atualização permanente do


PDDI;

II - nível de gerenciamento do Plano, de formulação e aprovação dos programas e


projetos para a sua implementação;

III - nível de monitoramento e controle dos instrumentos de aplicação e dos programas e


projetos aprovados.

CAPÍTULO I
DA SUPERVISÃO DO PLANEJAMENTO URBANO

Art. 66 Entende-se por Sistema Supervisão do Planejamento Urbano ¬SSPU, um sistema


contínuo de análise sobre informações registradas em Banco de Dados e cartografias,
visando:

I - Detectar, especificar e localizar tendências de transformação do espaço urbano;

II - Predizer situações relativas à necessidade de expansão dos serviços públicos e


implantação ou ampliação dos equipamentos comunitários e urbanos;

III - Avaliar a implantação de atividades de impacto e de projetos especiais,


especialmente em Áreas Especiais;

IV - Indicar a oportunidade e a necessidade de complementações e modificações no


Plano Diretor do Desenvolvimento Integrado.

Parágrafo único. A Secretaria Municipal do Planejamento promoverá condições técnicas


e administrativas necessárias à implantação do SSPU.

Art. Os dados do SSPU serão fornecidos por órgãos governamentais e não


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governamentais, na forma e na estrutura a serem indicadas, em pelo menos duas bases:

I - Base cartográfica, localizando-os em mapa da área urbana contendo as zonas de


análise, a serem definidas;

II - Base descritiva, registrando-os de forma analítica em Banco de Dados.

§ 1º Os órgãos municipais integrantes do SSPU são os órgãos de atividades fim do

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Poder Executivo;

§ 2º Periodicamente, a Secretaria Municipal do Planejamento publicará as análises dos


dados do SSPU, relativo às transformações da cidade.

CAPÍTULO II
DO PLANEJAMENTO URBANO

Art. 68 O Planejamento Urbano é gerenciado pela Secretaria de Planejamento Municipal, à


qual compete:

I - estabelecer as diretrizes do desenvolvimento urbano ambiental, planejar e ordenar o


uso e ocupação do solo do Município de Estrela, através da elaboração, monitoramento e
revisão de planos, programas e projetos, visando a sua permanente atualização;

II - consolidar e organizar as informações essenciais ao processo de desenvolvimento do


Município;

III - gerenciar a normatização necessária ao planejamento urbano;

IV - articular políticas e ações com os demais órgãos municipais e com outros


organismos governamentais e não-governamentais, estabelecendo formas de integração entre
os participantes do SSPU e a Central de Captação de Recursos;

V - implementar programas e projetos através da aplicação dos instrumentos de


ordenação do solo urbano e da promoção de convênios ou acordos públicos e/ou privados;

VI - elaborar os planos de distribuição dos estoques construtivos do Solo Criado;

VII - definir os valores semestrais do Solo Criado.

VIII - Instituir Programa Prioritário de obras de acordo com o PDDI e incluí-las na Lei de
diretrizes Orçamentárias (LDO) e Plano Plurianual.(o orçamento anual deverá contemplar,
discriminadamente, o programa prioritário de obras).

Art. 69 Para dar suporte à decisão técnico-administrativa serão criadas Comissões Técnicas
vinculadas à estrutura do SPU, com características diferenciadas segundo seu objeto:

I - Comissões Específicas, de caráter permanente, integradas por diversos órgãos da


Administração Municipal, tendo por atribuições o exame e deliberação de matérias relativas
aos empreendimentos objeto de Projetos Especiais que não envolvam Operações
Concertadas, nos termos dos art. 22º e seguintes desta Lei;

II - Comissões de Análise Urbanística e Gerenciamento, integradas por órgãos da


Administração Municipal e entidades externas, com a atribuição de analisar os Projetos
Especiais objeto de Operações Concertadas.

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Parágrafo único. Qualquer deliberação das Comissões de que trata o inciso I admite
recurso pelo empreendedor ao Conselho Municipal de Desenvolvimento Urbano Ambiental.

Seção I
Do Conselho Municipal de Desenvolvimento Urbano Rural e Ambiental - Codurae

Art. 70 O órgão de integração do Sistema de Planejamento Urbano(SPU) é o Conselho


Municipal de Desenvolvimento Urbano Rural e Ambiental - CODURAE -, criado pela Lei 4060
de 12 de agosto de 2005.

TÍTULO VIII
DAS PROPOSIÇÕES

Art. 71 A partir da implementação do Planejamento Urbano a Secretaria de Planejamento


Municipal, propõem:

I - Propor novo Código de Edificações e nova Lei de Parcelamento do Solo, adequado ás


disposições e regras constantes nesta lei, no prazo de 180 dias.

II - Regulamentar procedimentos padronizados para emissão das Diretrizes


Municipais(DM) e Estudos de Viabilidade Urbanística (EVU),no prazo de 30 dias.

III - Complementação do levantamento altimétrico detalhado do restante do território até


2006.

IV - Criar a Planta de Valores por quarteirões para aplicação dos instrumentos do solo
criado e transferência do potencial construtivo,até 2006.

V - Definir o sistema de tratamento de esgoto a ser adotado na Macrozona de Ocupação


Prioritária até 2008.

VI - Propor estudo de viabilidade para transferência do terminal de ônibus intermunicipal,


até 2007

VII - propor as soluções dos pontos críticos do sistema mapeados no Plano Viário Básico
do Município (Av Rio Branco e Cel Müssnich até 2006 e projetar as vias Paisagísticas até
2008.

VIII - Definir o Programa de Reurbanização das Áreas Especiais de Interesse Social,até


2007.

IX - Complementar o Sistema de Mobilidade Urbana propondo a criação de


ciclovias,padronização de passeios e desenho do Mobiliário Urbano até 2008.

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X - Criar o cadastro de imóveis de interesse histórico e cultural, até 2008.

XI - Viabilizar a implementação do Área Especial de Interesse Institucional 3 (Distrito


Industrial ),até 2008.

XII - Viabilizar a requalificação da Área Especial de Interesse Institucional 1 (ÁREA


OCUPADA PELA POLAR),até 2008

XIII - Propor o Plano Diretor do Aeródromo,até 2008

XIV - Rrevisar e demarcar as divisas dos distritos,até 2008

TÍTULO VIII
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS

Art. 72 Para atendimento do disposto no artigo anterior, em especial, e desta lei em geral,
deverá o Poder Executivo promover ampla divulgação do conteúdo da mesma.

Art. 73Revogam-se as disposições em contrário, em especial a Lei 1.620, de 28 de dezembro


de 1979 e suas alterações.

Art. 74 Esta Lei entrará em vigor 30 dias após sua publicação.

GABINETE DO PREFEITO, 10 de outubro de 2006.

Celso Brönstrup
Prefeito Municipal de Estrela

Carlos Beraldo Pietschmann


Secretário Municipal da Administração e Recursos Humanos

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