Plano Diretor Estrela
Plano Diretor Estrela
Plano Diretor Estrela
PLANO DIRETOR
DE DESENVOLVIMENTO INTEGRADO
TÍTULO I
DOS PRINCÍPIOS
Art. 1º Para promover o pleno desenvolvimento das funções sociais da cidade e garantir o
bem-estar dos seus habitantes, fica instituído o presente Plano Diretor do Desenvolvimento
Integrado.
Art. 2º O desenvolvimento urbano instrumentado pelo presente plano, terá por base:
a) Anexos do PDDI
b) Mapa dos Distritos
c) Mapa das Macro-zonas
d) Mapa do Zoneamento do Distrito Sede
e) Mapa do Zoneamento dos Distritos
d) Mapa das Áreas Verdes
e) Mapa do Saneamento Básico
f) Mapa dos Equipamentos Urbanos
TÍTULO II
VI - Por uso residencial ou uso não residencial (comercial, prestação de serviços, etc.), as
edificações que tiverem pelo menos 60% de sua área construída destinada ao respectivo uso.
VII - Por pavimento base a parte das edificações constituída de pavimento térreo,
segundo e/ou,no máximo, terceiro pavimento.
VIII - Por perfil viário transversal, a largura total da via, composta pela largura dos
passeios públicos, canteiros centrais mais a caixa de rolamento.
TÍTULO III
DOS INSTRUMENTOS
IV - Solo Criado
V - Projetos Especiais.
VI - Operação Concertada.
CAPÍTULO I
DO USO E OCUPAÇÃO DO SOLO
Parágrafo único. O uso e a ocupação do solo podem ser redefinidos em Áreas Especiais,
em função dos respectivos projetos.
CAPÍTULO II
DA TRANSFERÊNCIA DO DIREITO DE CONSTRUIR
Art. 9ºPor solicitação do proprietário, o Poder Público poderá emitir uma ou mais Cartas de
Crédito de Áreas, contendo o número total de metros quadrados (m²) acordados.
§ 1º A Carta de Crédito de Áreas será documento oficial que o proprietário poderá utilizar
ou negociar livremente para acréscimo construtivo em qualquer terreno da Zona de Uso
estabelecida previamente na DM (Diretrizes Municipais), e terá validade por 4 anos.
CAPÍTULO III
DA TRIBUTAÇÃO
CAPÍTULO IV
DO SOLO CRIADO
Art. 12 Com a venda de Solo Criado, o Poder Público monitora a cidade para que seus
espaços sejam preenchidos de forma organizada e controlada, promovendo uma melhor
distribuição da renda urbana, uma vez que os recursos obtidos serão canalizados para o
Fundo Municipal de Desenvolvimento (FMD) e destinados, em sua maior parte, à produção de
habitações de caráter social.
Art. 14 Os valores do metro quadrado de Solo Criado serão definidos por quarteirões (QRT) .
Art. 15 Os tipos de índices e a Planta de Valores serão definidos por Lei Complementar.
CAPÍTULO V
DAS ÁREAS ESPECIAIS
Art. 16As Áreas Especiais são aquelas que exigem regime urbanístico específico, face às
suas peculiaridades locais, forma de ocupação e valores ambientais, situadas em qualquer
Macrozona do Município.
§ 2º Uma vez homologada pela Sistema de Planejamento Urbano, cada Área Especial
§ 3º As propostas específicas para cada Área Especial, após aprovadas pelo Conselho
Municipal de Desenvolvimento Urbano Rural e Ambiental (CODURAE) e Câmara Municipal,
serão integradas ao Plano Diretor do Desenvolvimento Integrado nos termos do Art. 3º deste
Plano.
Art. 17 As Áreas Especiais serão objeto de projeto de urbanização próprio, que analisará e
redefinirá, quando couber e no âmbito do seu espaço, as condições, restrições e dispositivos
de uso e ocupação do solo, bem como os respectivos instrumentos de intervenção.
de uso e ocupação.
III - Áreas Especiais de Interesse Ambiental (AEIA) serão porções do Território com
características culturais ou naturais diferenciados, que estruturarão a paisagem ou que
constituirão ecossistemas importantes, atribuindo-lhes identidade com repercussões em nível
Macro da cidade.
III - Áreas Especiais de Produção Agrícola e de Extração Mineral (AEPAG), serão áreas
públicas ou privadas destinadas a promover atividades agrícolas e de extração mineral,
implementadas por meio de lei, dos Planos Regionais ou de lei específica.
CAPÍTULO VI
DOS PROJETOS ESPECIAIS
Art. 19 Projeto Especial é aquele que exige uma análise diferenciada, devendo observar
acordos e condicionantes específicos.
Art. 20 Os Projetos Especiais serão objeto de Estudo de Viabilidade Urbanística (EVU), com
vistas à análise de suas características diferenciadas e à verificação da necessidade de
realização de Estudos de Impacto Ambiental, conforme regulamentação a ser estabelecida
pelo Sistema de Planejamento Urbano.
§ 1º O regime volumétrico poderá ser alterado na hipótese dos incisos II e III, desde que
compatibilizado com o entorno urbano.
CAPÍTULO VII
DAS OPERAÇÕES CONCERTADAS
TÍTULO IV
DO ORDENAMENTO ESPACIAL
Art. 23 Para efeito de aplicação da presente lei, o Município fica dividido em área urbana e
área rural.
Art. 24 A área urbana fica dividida nas seguintes Macrozonas, diferenciadas para efeito de
uso e ocupação do solo:
Art. 25A área rural fica dividida nas seguintes Macrozonas, diferenciadas para efeito de uso e
ocupação do solo:
IV - Macrozona Rural.
Art. 26 Nos projetos de construção será exigido, dos proprietários, prévia solicitação das
Diretrizes Municipais (DM) ou Estudo de Viabilidade Urbanística (EVU),conforme o caso, a
serem seguidas.
§ 1º A solicitação deverá ser feita em formulário padrão a ser fornecido pelo Secretaria
Municipal de Planejamento, com os seguintes documentos anexos:
CAPÍTULO I
DAS MACROZONA DE OCUPAÇÃO PRIORITÁRIA E DISTRITOS
II - Pólo Comercial 1(PC1),ao longo da Av Rio Branco,iniciando na rua Nilo Peçanha até a
BR 386.
Art. 28 A Macrozona dos Ocupação dos Distritos é composta pelas Seguintes Zonas:
Art. 29 Nas Zonas, o lado da via de articulação que limitar com a Macrozona de Expansão
Urbana ou Macrozona de Preservação Ambiental, terá os respectivos lotes regulamentados
pelo que for indicado para estas macrozonas.
Seção I
Do Regime Das Atividades
Art. 30 O Anexo 4 define as restrições em cada Zona de Uso, assim como condições relativas
ao porte máximo das edificações nas quais sejam instaladas.
§ 1º O porte é definido pelo somatório das áreas computáveis das economias no imóvel e
Art. 31 O Anexo 1 define o grupamento das atividades mediante sua classificação em:
I - atividades inócuas.
V - atividades especiais.
§ 1º Atividade inócua é aquela que não causa incômodo e nem impacto significativo ao
ambiente, à estrutura e à infra-estrutura urbanas.
§ 4º Atividades especiais são aquelas que, por suas características excepcionais, terão
sua localização submetida a análise pelo Sistema de Planejamento Urbano (SPU).
radioativos e fábrica de produtos químicos deverá ser mantida uma distância mínima de 100
metros. Para os postos de revendas/distribuidores de gás, deverão ser respeitadas as
distâncias contidas no Anexo 6.
§ 6º Para usos localizados ao longo das Vias de Articulação Urbana, Avenida e rodovias,
fica dispensado o distanciamento requerido no § 2º.
Seção II
Dos Dispositivos de Controle Das Edificações
II - Taxa de Ocupação;
V - Garagens e Estacionamentos.
residencial.
a) exceção para prédios com exclusivo fim de estacionamento, com finalidade comercial,
quando computarão todas as vagas.
VI - Sacadas.
Seção III
Dos Recuos
Art. 35 Os recuos para ajardinamento serão observados toda vez que for feita nova
construção ou substancial reforma na estrutura da antiga, devendo observar as seguintes
regras de aplicação:
I - os recuos para ajardinamento terão dimensão mínima de 4,00m (quatro metros), com
tratamento paisagístico obrigatório em 50% de sua área;
III - nos terrenos de esquina ou com mais de uma frente para as vias públicas admitir-se-
á o recuo por apenas uma frente, a critério do Sistema de Planejamento Urbano(SPU);
IV - é assegurada, em todos os lotes, uma faixa mínima edificável de 10m (dez metros),
conforme figura 2, devendo, entretanto, a edificação atender aos recuos para alargamento do
sistema viário.
I - nos terrenos que possuam um declive mínimo de 2,00m (dois metros) em relação ao
passeio, em toda à frente, medido numa faixa de 4,00m (quatro metros) paralela ao
alinhamento, edificações com cobertura na forma de terraço, no nível do passeio (figura 3);
II - nos terrenos com passeio em desnível, que a edificação referida no inciso I deste
artigo e a de muros laterais e acessos aflore, no máximo, 1,20m (um metro e vinte
centímetros) em relação ao nível do passeio (figura 4);
III - nos terrenos que possuam um aclive mínimo de 2,00m (dois metros) em toda a
testada em relação ao passeio, medido numa faixa de 4,00m (quatro metros) paralela ao
alinhamento, a edificação com cobertura na forma de terraço com peitoril, com pé direito
máximo de 2,60m (dois metros e sessenta centímetros) e altura máxima de 4,00m (quatro
metros) (figura 5);
XI - muros laterais e de fundos com até 3,00m (três metros) em relação ao Perfil Natural
do Terreno (PNT), estendido até o alinhamento.
§ 1º Na hipótese do inciso III deste artigo, fica proibida qualquer projeção sobre o
logradouro público e, nos casos de passeio em desnível fica garantido o disposto no inciso II
deste artigo.
§ 2º Na hipótese do inciso VIII deste artigo, o muro não caracteriza direito adquirido para
construções futuras.
Art. 37 Quando os recuos para ajardinamento forem absorvidos por alargamentos viários, o
Município poderá eliminá-los total ou parcialmente mediante proposta do Sistema de
Planejamento Urbano (SPU).
Art. 38 Os recuos viários previstos para as Vias Arteriais,previstas pela Lei do Sistema Viário
e as faixas de domínio das Vias de Estruturação deverão observar o disposto no Anexo 5.
Art. 39 As alturas máximas de construção nas divisas dos lotes estão definidas no Anexo 5.
Art. 40 Os prédios que ultrapassarem os limites máximos previstos para construção nas
divisas, deverão manter recuo ao longo de todas as divisas, não inferiores a 1/6 da altura,
assegurando um mínimo de 3,00m(três metros), medidos do forro do pavimento base ao forro
do último pavimento.
§ 1º Nos terrenos com declividade acentuada, o recuo será a partir do piso do primeiro
pavimento de uso residencial ou não residencial, exceto garagens, independente do nível do
passeio público.
Seção IV
Das Garagens
Art. 43 A previsão de vagas para guarda de veículos, estabelecida no Anexo 7, poderá ser
atendida em outro local, distante no máximo 150,00m (cento e cinqüenta metros) da
edificação, conforme regulamentação específica que garanta a vinculação entre as duas
edificações.
Art. 45As edificações em terrenos com testada igual ou superior a 11,00m (onze metros)
devem prever vagas para guarda de veículos, conforme padrões estabelecidos no Anexo 7.
Art. 47As áreas para guarda de veículos podem ser condominiais, sendo obrigatória a
demarcação de espaço de acumulação na proporção estabelecida no Anexo 7.
Art. 48 Nas edificações do Pólo Central, dos Pólos Comerciais 1 e 2,Corredores Comerciais e
Industriais e das vias de articulação urbana, é obrigatória a previsão, no lote, de vagas em
garagens ou estacionamentos.
CAPÍTULO II
DA MACROZONA DE EXPANSÃO URBANA
II - Atividades Turísticas.
IV - Habitação Unifamiliar.
Parágrafo único. A inclusão de usos não especificados no artigo acima será analisada,
caso a caso, pelo Conselho Municipal de Desenvolvimento Urbano Rural e Ambiental
(CODURAE), mediante parecer do Sistema de Planejamento Urbano(SPU) e Secretaria
Municipal do Meio Ambiente e Saneamento(SMMASB).
CAPÍTULO III
DA MACROZONA DE PRESERVAÇÃO AMBIENTAL
Art. 57 Nos espaços livres de arruamento e áreas verdes públicas, existentes e futuras,
integrantes Áreas Especiais de Interesse Ambiental poderão ser implantadas instalações de
lazer e recreação de uso coletivo, obedecendo-se os parâmetros urbanísticos especificados
Anexo 5.1
CAPÍTULO III
DA MACROZONA RURAL
Art. 58Macrozona Rural são áreas de baixa ocupação populacional composta por unidades
de solos destinadas a produção agrícola, pecuária, exploração mineral e vegetal, voltadas a
proporcionar um planejamento de ecoeficiência produtiva que evitem impactos negativos nos
recursos naturais.
CAPÍTULO IV
DOS USOS ESPECIAIS
Art. 59 Entende-se por Usos Especiais as atividades sujeitas às condições especiais (de
construção e de desempenho), buscando preservar e melhorar as condições ambientais para
a vida urbana, requeridas pela política de desenvolvimento urbano.
§ 2º Os usos especiais que comportarem mais de uma atividade no mesmo local, deverão
satisfazer as Condições Especiais de cada atividade;
§ 3º O conjunto das atividades que compõem os usos especiais estão definidos no Anexo
1.
Art. 61 O não cumprimento das Condições Especiais a que a atividade estiver sujeita poderá
resultar em, progressivamente:
I - Multas;
TÍTULO VI
DOS VAZIOS URBANOS
Art. 62 Entende-se por vazio urbano gleba localizada na Macrozona de Ocupação Prioritária
que se encontra não edificada, subtilizada ou não utilizada, com área acima mais de 5.000, 00
m2
Art. 63 Para exigir o adequado aproveitamento dos vazios urbanos, o Poder Público
promoverá:
TÍTULO VII
DO SISTEMA DE PLANEJAMENTO URBANO
Art. 64Fica criado o Sistema de Planejamento Urbano - SPU - como um processo contínuo,
dinâmico e flexível, composto por Equipe Técnica Administrativa Municipal e
CODURAE(CONSELHO MUNICIPAL DE DESENVOLVIMENTO URBANO RURAL E
AMBIENTAL) que tem como objetivos:
CAPÍTULO I
DA SUPERVISÃO DO PLANEJAMENTO URBANO
Poder Executivo;
CAPÍTULO II
DO PLANEJAMENTO URBANO
VIII - Instituir Programa Prioritário de obras de acordo com o PDDI e incluí-las na Lei de
diretrizes Orçamentárias (LDO) e Plano Plurianual.(o orçamento anual deverá contemplar,
discriminadamente, o programa prioritário de obras).
Art. 69 Para dar suporte à decisão técnico-administrativa serão criadas Comissões Técnicas
vinculadas à estrutura do SPU, com características diferenciadas segundo seu objeto:
Parágrafo único. Qualquer deliberação das Comissões de que trata o inciso I admite
recurso pelo empreendedor ao Conselho Municipal de Desenvolvimento Urbano Ambiental.
Seção I
Do Conselho Municipal de Desenvolvimento Urbano Rural e Ambiental - Codurae
TÍTULO VIII
DAS PROPOSIÇÕES
IV - Criar a Planta de Valores por quarteirões para aplicação dos instrumentos do solo
criado e transferência do potencial construtivo,até 2006.
VII - propor as soluções dos pontos críticos do sistema mapeados no Plano Viário Básico
do Município (Av Rio Branco e Cel Müssnich até 2006 e projetar as vias Paisagísticas até
2008.
TÍTULO VIII
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS
Art. 72 Para atendimento do disposto no artigo anterior, em especial, e desta lei em geral,
deverá o Poder Executivo promover ampla divulgação do conteúdo da mesma.
Celso Brönstrup
Prefeito Municipal de Estrela