Física Experimental III Caderno 2015
Física Experimental III Caderno 2015
Física Experimental III Caderno 2015
Anteparo
Laboratório Didático
Niterói/RJ - BRASIL
JANEIRO DE 2015.
Conteúdo 6.5 Folha de Manipulação -
Transformção de um gás em
1 Revisão: teoria de erros 2 temperatura constante . . . . . . 11
1.1 Folha de manipulação -
Teoria de erros . . . . . . . . . . 2 7 Equivalente mecânico
1.2 Objetivo . . . . . . . . . . . . . . 2 do calor 12
1.3 Material utilizado . . . . . . . . . 2 7.1 Objetivo . . . . . . . . . . . . . . 12
1.4 Procedimentos e resultados . . . 2 7.2 Material utilizado . . . . . . . . . 12
7.3 Teoria . . . . . . . . . . . . . . . 12
2 Revisão: gráficos 3 7.4 Folha de manipulação -
2.1 Folha de manipulação - Equivalente mecânico do calor . . 14
Gráficos . . . . . . . . . . . . . . 3
8 Ondas estacionárias
2.2 Objetivo . . . . . . . . . . . . . . 3 em cordas 15
2.3 Material utilizado . . . . . . . . . 3 8.1 Objetivo . . . . . . . . . . . . . . 15
2.4 Procedimentos e resultados . . . 3 8.2 Material utilizado . . . . . . . . . 15
8.3 Teoria . . . . . . . . . . . . . . . 15
3 Princı́pio de Arquimedes 4 8.4 Procedimento experimental . . . 15
3.1 Objetivo . . . . . . . . . . . . . . 4 8.5 Folha de manipulação -
3.2 Material utilizado . . . . . . . . . 4 Ondas estacionárias em cordas . 16
3.3 Teoria . . . . . . . . . . . . . . . 4
3.4 Procedimento experimental . . . 4 9 Reflexão e refração da luz 17
3.4.1 Utilizando um di- 9.1 Objetivo . . . . . . . . . . . . . . 17
namômetro . . . . . . . . 4 9.2 Material utilizado . . . . . . . . . 17
3.4.2 Utilizando uma balança . 4 9.3 Teoria . . . . . . . . . . . . . . . 17
3.5 Folha de manipulação - 9.4 Folha de manipulação -
Arquimedes . . . . . . . . . . . . 5 Leis da reflexão e refração . . . . 18
10 Interferência e difração 20
4 Flutuação 6
10.1 Objetivo . . . . . . . . . . . . . . 20
4.1 Objetivo . . . . . . . . . . . . . . 6
10.2 Material utilizado . . . . . . . . . 20
4.2 Material utilizado . . . . . . . . . 6 10.3 Teoria . . . . . . . . . . . . . . . 20
4.3 Procedimento . . . . . . . . . . . 6 10.4 Folha de manipulação -
4.4 Teoria . . . . . . . . . . . . . . . 6 Interferência e difração . . . . . 22
4.5 Folha de manipulação -
Flutuação . . . . . . . . . . . . . 7 11 Polarização da luz 24
11.1 Objetivo . . . . . . . . . . . . . . 24
5 Dinâmica de fluidos 8 11.2 Material utilizado . . . . . . . . . 24
5.1 Objetivo . . . . . . . . . . . . . . 8 11.3 Teoria . . . . . . . . . . . . . . . 24
5.2 Material utilizado . . . . . . . . . 8 11.4 Fotodetector (LDR) . . . . . . . 25
5.3 Teoria . . . . . . . . . . . . . . . 8 11.5 Folha de manipulação -
5.4 Folha de Manipulação - Polarização da luz . . . . . . . . 26
Dinâmica de fluidos . . . . . . . 9
12 Apêndice I: Teoria de erros e
6 Transformação de um gás em tem- gráficos 28
peratura constante 10
13 Apêndice II: Gráficos e método
6.1 Objetivo . . . . . . . . . . . . . . 10 dos mı́nimos quadrados 39
6.2 Material utilizado . . . . . . . . . 10 13.1 Construção de gráficos . . . . . . 39
6.3 Teoria . . . . . . . . . . . . . . . 10 13.2 Análise de gráficos: ajuste linear 40
6.4 Procedimento experimental . . . 10
1
1 Revisão: teoria de erros 2. Meça a altura hp e o diâmetro dp do ci-
lindro utilizando o paquı́metro. Calcule
1.1 Folha de manipulação - então sua área Ap de seção transversal.
Teoria de erros
hp = . . . . . . ± . . . . . . .
Data: . . . . . . . . . . . . Turma:. . . . . . . . . . . .
dp = . . . . . . ± . . . . . . .
Grupo Ap = . . . . . . ± . . . . . . .
Nome:. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
Nome:. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3. Calcule o volume Vr do objeto (obtido
Nome:. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . com a régua) e o volume Vp do objeto
Nome:. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . (obtido com o paquı́metro).
Vr = . . . . . . ± . . . . . . .
1.2 Objetivo
Vp = . . . . . . ± . . . . . . .
Revisar os conceitos de medidas, incertezas
e propagação de erros. 4. Meça a massa do objeto e calcule sua
densidade ⇢r (obtida com a régua) e ⇢p
(obtida com o paquı́metro).
1.3 Material utilizado
M = ...... ± .......
• Régua;
⇢r = . . . . . . ± . . . . . . .
• Paquı́metro; ⇢p = . . . . . . ± . . . . . . .
• Objeto cilı́ndrico;
• Balança.
hr = . . . . . . ± . . . . . . .
dr = . . . . . . ± . . . . . . .
Ar = . . . . . . ± . . . . . . .
2
2 Revisão: gráficos 2. Utilizando o método da triangulação
(com a análise das retas máxima e
2.1 Folha de manipulação - mı́nima), calcule os coeficientes linear a
Gráficos e angular b da reta intermediária para
Data: . . . . . . . . . . . . Turma:. . . . . . . . . . . . os dados da tabela 1. Não esqueça
das unidades de medida de a e b.
Grupo a = ...... ± .......
Nome:. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
Nome:. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . b = ...... ± .......
Nome:. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
3. Utilizando o método dos mı́nimos qua-
Nome:. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
drados (MMQ), preencha o restante da
2.2 Objetivo tabela 1 e calcule os coeficientes linear a
e angular b da reta que melhor se ajusta
Revisar a construção de gráficos e os aos dados. Não esqueça das unida-
métodos de ajuste linear. des de medida de a e b.
3
3 Princı́pio de Arquimedes 3.4.1 Utilizando um dinamômetro
Neste primeiro procedimento, serão reali-
3.1 Objetivo
zadas duas medidas de força com a uti-
Determinar experimentalmente o empuxo lização de um dinamômetro (veja a Figura
de um fluido sobre um objeto submerso e 1). Primeiramente, mede-se o peso de um
usar o princı́pio de Arquimedes para obter corpo, como mostra a Figura 1.(a). A se-
a densidade de um sólido. guir, determina-se o peso aparente do ob-
jeto, após este estar totalmente submerso
em água. A diferença entre essas duas me-
3.2 Material utilizado didas é o empuxo exercido sobre o objeto.
Atenção : Não deixe a parte interior do
• Béquer;
dinamômetro molhar.
• Dinamômetro;
3.4.2 Utilizando uma balança
• Paquı́metro;
Inicialmente determina-se, com a utilização
de uma balança, a massa de um béquer
• Balança;
contendo água, conforme mostra a Figura
• Cilindros metálicos; 2.(a). A seguir, determina-se a massa apa-
rente do béquer com água ao mergulhar to-
• Corpo sólido com forma irregular. talmente um objeto nele, como mostra a Fi-
gura 2.(b). As massas obtidas podem ser
utilizadas para determinar o peso real e o
3.3 Teoria peso aparente do béquer com água, cuja di-
ferença é igual ao empuxo.
Consideremos fluidos em repouso, ou
seja, em equilı́brio hidrostático. Nessas
condições, o princı́pio de Arquimedes esta-
belece que quando um corpo é total ou par-
cialmente mergulhado no fluido (lı́quido ou
gás), ele recebe do fluido uma força de em-
puxo de mesma intensidade mas oposta ao
peso da porção de fluido que foi deslocada
pelo corpo. Assim, sabendo que o módulo
E da força de empuxo é igual ao módulo do Figura 1 Figura 2
peso Pf do fluido deslocado, podemos escre-
ver
E = Pf = ⇢f Vf g, (1) Obs: A condução do experimento será
feita de acordo com os passos listados na
onde ⇢f é a densidade do fluido, Vf é o vo- folha de manipulação .
lume de fluido deslocado e g é a aceleração
da gravidade.
4
3.5 Folha de manipulação - Atenção : Não esqueça da propagação de
Arquimedes erros.
5
4 Flutuação É importante observar que o equilı́brio do
cilindro é imprescindı́vel para realizar me-
4.1 Objetivo didas precisas da altura submersa h. O
equilı́brio, com o eixo do cilindro na posição
Analisar experimentalmente a flutuação de vertical, deverá ser obtido por meio da dis-
um corpo um lı́quido, medindo a densidade tribuição mais uniforme possı́vel da areia no
do lı́quido. fundo deste corpo flutuante.
4.4 Teoria
4.2 Material utilizado
Para discutirmos teoricamente o sistema da
• Béquer de 1000 ml; Figura 1, precisamos considerar dois fatos
fundamentais:
• Copo cilı́ndrico de PVC;
1. O corpo flutuante está em equilı́brio,
portanto a força resultante é nula.
• Copo com areia e copinho de café;
2. São duas as forças agindo sobre o corpo
• Paquı́metro; flutuante: o peso e o empuxo.
Desenvolvimento: Sabendo que o módulo
• Balança. da força peso deverá ser igual ao módulo do
empuxo, obtem-se, utilizando o Princı́pio
de Arquimedes, uma relação entre a altura
4.3 Procedimento submersa h e a massa m do corpo flutuante:
Nosso objetivo é relacionar experimental- 1
mente a altura submersa h com a massa m h= m, (2)
⇢Liq A
de um corpo flutuante cilı́ndrico, conforme
a Figura 1. A variação da massa do corpo onde ⇢Liq é a densidade do lı́quido).
cilı́ndrico é feita colocando diferentes quan-
tidades de areia no seu interior (cilindro de
PVC), o qual é colocado a flutuar em água
em um béquer de 1000 ml.
6
4.5 Folha de manipulação - 5. Utilizando a lei do empuxo para cor-
Flutuação pos flutuantes, demonstre que, para um
corpo de seção reta constante de área A
Data: . . . . . . . . . . . . Turma:. . . . . . . . . . . . (como é o caso do copo de areia), vale
Grupo a relação
Nome:. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
Nome:. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . h= 1
m,
⇢Liq A
Nome:. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
Nome:. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . onde ⇢Liq é a densidade do lı́quido.
6. Utilizando o método dos mı́nimos qua-
1. Acrescente pouco a pouco areia no in- drados (MMQ) – veja, se necessário, o
terior do copo cilı́ndrico, colocando-o apêndice – obtenha a reta que melhor
para flutuar em um béquer contendo ajusta a estes dados (Y 0 = a+bX). Em
água, medindo a cada vez a massa to- seguida, trace essa reta no gráfico.
tal m do corpo flutuante e a altura sub-
mersa h. Preencha a Tabela 2 abaixo.
7. Determine, a partir do coeficiente an-
2. Usando um paquı́metro, meça o gular b obtido via MMQ, a densidade
diâmetro externo do cilindro de PVC: da água:
7
5 Dinâmica de fluidos no nı́vel superior da água (lado esquerdo da
equação ) e o outro na saida do jato (lado
EXPERIÊNCIA I direito da equação ). Obtemos assim
5.1 Objetivo 1
p0 + ⇢gH = p0 + ⇢v 2 + Wdis , (4)
2
Verificar experimentalmente a validade da
equação de Bernoulli e investigar efeitos de onde ⇢ é a densidade da água, p0 é a pressão
dissipação em dinâmica de fluidos. atmosférica e H é a altura do nı́vel superior
da água. Observe que tomamos o cuidado
adicional de introduzir o termo Wdis para
5.2 Material utilizado
modelar a dissipação de energia devido ao
Uma garrafa PET cilı́ndrica sem tampa e escoamento não-ideal do fluido. Esse termo
com um furo lateral, uma régua, água e uma de dissipação pode ser escrito como1
cuba.
1
Wdis = k ⇢v 2 + ⇢gH0 , (5)
2
5.3 Teoria
onde os parâmetros k e H0 são quantidades
Na figura abaixo é mostrada a montagem que dependem do fluido bem como do apa-
experimental utilizada, ou seja, uma garrafa rato experimental utilizado. Substituindo
PET modificada, com furo lateral por onde a equação (5) na equação (4) e juntando o
flui a água. resultado com a equação (3), obtemos
X 2 = b(H H0 ), (6)
8
5.4 Folha de Manipulação - 5. Determine H0 a partir dos dos valores
Dinâmica de fluidos obtidos para a e b:
Data: . . . . . . . . . Turma:. . . . . . . . . . . . H0 = . . . . . . ± . . . . . .
Grupo
Nome:. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Compare o valor de H0 com H0exp . Esses
Nome:. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . valores concordam dentro das margens
Nome:. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . de incerteza do experimento?
Nome:. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
a =. . . . . . ± . . . . . .
b =. . . . . . ± . . . . . .
9
6 Transformação de um gás onde p e V são, respectivamente, a
em temperatura constante pressão à qual o gás está submetido e o
seu volume. Se representarmos por ı́ndices
6.1 Objetivo 1, 2, 3, ..., n, os estados do gás, tem-se:
10
6.5 Folha de Manipulação - 4. Faça o gráfico VS vs 1/p. Levando-se
Transformção de um gás em tem- em consideração a equação de estado
peratura constante dos gases ideais (P V = nRT ), por que
é esperado que esse gráfico resulte em
Data: . . . . . . . . . Turma:. . . . . . . . . . . . uma linha reta?
Grupo
.......................................
Nome:. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
.......................................
Nome:. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
.......................................
Nome:. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
Nome:. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
5. Utilize um termômetro para medir a
temperatura ambiente do ar, expres-
1. Abra a válvula do manômetro e eleve sando seu valor em Kelvin:
o êmbolo da seringa até que seja al-
cançado o volume inicial de 5,0 ml. T = ...... ± .......
Logo em seguida, feche a válvula de
modo que o ar no interior da seringa 6. Utilizando o método dos mı́nimos qua-
e da mangueira fique confinado. Verifi- drados, obtenha os coeficientes angular
que se não há vazamento de ar. e linear da reta que se ajusta aos da-
dos de VS em função de 1/p, colocando-
2. Desloque o êmbolo comprimindo o ar os na tabela abaixo. A partir deles
de modo o volume VS de ar na seringa e da temperatura ambiente do ar, de-
diminua em intervalos regulares. Com- termine o volume V0 de ar na man-
plete a Tabela 4 sabendo que: p = gueira+manômetro, o número n de
pman + p0 , onde pman é a pressão afe- mols de ar no sistema e a massa to-
rida no manômetro e p0 é a pressão at- tal M de ar confinado. Dados: Massa
mosférica quando a válvula está aberta. molar do ar = 28,8 g / mol, R =
Considere p0 = 760 mmHg. 8, 314 J / mol K.
3. O produto pVS deve permanecer cons-
tante? Por que? Dica: Observe que VS V0 = . . . . . . ± . . . . . . .
é o volume contido apenas na seringa. n = ...... ± .......
....................................... M = ...... ± .......
.......................................
....................................... 7. Utilize os valores obtidos acima para es-
timar a densidade do ar no laboratório,
⇢ = ...... ± .......
a =. . . . . . ± . . . . . .
b =. . . . . . ± . . . . . .
11
7 Equivalente mecânico energia levou à procura de uma relação en-
do calor tre a caloria e a unidade mecânica de ener-
gia, que é o Joule no SI, ou seja, procurou-se
7.1 Objetivo determinar o valor da razão conhecida como
equivalente mecânico do calor ou constante
Verificar a conversão entre transferências de Joule Z. Essa razão é expressa pela
de energia na forma de trabalho e calor, equação :
bem como determinar experimentalmente a W
equivalência Joule-Caloria. Z= (8)
Q
Em 1868 Joule determinou experimental-
7.2 Material utilizado mente o equivalente mecânico de calor em-
• Calorı́metro (Phywe); pregando um dispositivo mecânico contendo
paletas. As paletas foram submersas em
• Béquer de 500 ml; água num calorı́metro e colocadas em mo-
vimento por pesos. Calculando o trabalho
• Balança; mecânico e a variação de temperatura da
água, Joule determinou a constante Z. A
• Fonte de tensão (Phywe);
constante Z depende do sistema de unidade.
• Termômetro; Se o trabalho (W) for medido em Joules e a
quantidade de calor (Q) for medida em calo-
• Cronômetro digital. rias, temos que: Z = 4.18 Joule/cal. O va-
lor atualmente aceito é Z = 4, 1868 J/Cal
7.3 Teoria (estabelecido pelo Bureau Internacional de
Pesos e Medidas).
Quando um sistema termodinâmico se en- Imagine o caso onde o trabalho é forne-
contra isolado, sua evolução em direção ao cido por uma resistência elétrica de acordo
equilı́brio térmico ocorrerá através de trans- com a montagem mostrada na Figura 4.
ferência de calor apenas entre as diferentes Neste caso, a energia transferida para a
partes do sistema. Dessa forma, o balanço água eleva a temperatura inicial Ti para um
de energia após todas as trocas de calor Qi valor final Tf e a quantidade de calor rece-
em um sistema composto de n partes impli- bida pelo sistema é dada por:
cará em ⌃n1 Qi = Q1 +Q2 +...+Qn = 0. Por-
tanto, se um corpo quente é colocado num Q = (ma c + Ccal )(Tf Ti ), (9)
em contato térmico com água fria, sabemos
que o corpo resfria e a água aquece, até que onde ma é a massa da água em [gramas],
ambos atinjam a mesma temperatura. Di- Ccal é a capacidade térmica do calorı́metro
zemos que isto é resultado da transferência em [cal/0 C] e c é o calor especı́fico da água
de energia do corpo para a água. Assim (1,0 cal/g0 C). Já a potência ( dissipada pela
podemos definir calor como sendo a energia resistência, desconsiderando as perdas resis-
transferida entre sistemas com temperatu- tivas dos fios e contatos e considerando os
ras diferentes e sua unidade conhecida como valores rms, é:
caloria. Uma caloria é definida como a ener- P = V I, (10)
gia necessária para elevar a temperatura de
1g de água entre as temperaturas 14,50 C e onde V é a diferença de potencial entre
15,50 C, pois nesse intervalo de temperatura os terminais da resistência (aquecedor) em
o calor especı́fico da água se mantém prati- [Volts] e I é a corrente que passa pela re-
camente constante. Durante o século XIX sistência (aquecedor) em [Ampères]. OBS:
a identificação do calor como uma forma de os instrumentos amperı́metro e voltı́metro
12
Portanto, na experiência que será reali-
zada no laboratório, precisa-se determinar
a massa da água que será inserida no ca-
lorı́metro. Depois, é fornecida uma quan-
tidade de energia conhecida para se aque-
cer a água. Sabendo a energia fornecida e
a correspondente variação de temperatura,
determina-se o equivalente mecânico (aqui
o equivalente elétrico) da caloria.
W = P t. (11)
W VI t
Z= = , (12)
Q [(ma c + Ccal ) T ]
13
7.4 Folha de manipulação - • Somente se pode acionar a fonte
Equivalente mecânico do calor quando o resistor estiver total-
mente submerso na água.
Data: . . . . . . . . . . . . Turma:. . . . . . . . . . . . . . .
Grupo
Nome:. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . • O termômetro não deve ser
Nome:. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . retirado do calorı́metro durante o
Nome:. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . experimento.
Nome:. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
• O circuito deve ser ligado à fonte
Atenção : Jamais ligue o aquecedor fora com 8V AC.
dágua. Isso danificará o aparelho.
Determinação da razão Z.
1. Meça a massa do béquer vazio. Constantes fornecidas
• V = ( 7,5 ± 0,2 ) Volts.
mBequerV azio = . . . . . . ± . . . . . .
Z= . . . . . . ± . . . . . .
14
s
8 Ondas estacionárias T
v= , (14)
em cordas µ
8.1 Objetivo
onde T é a força que traciona a corda (fio)
Estudar a formação de ondas estacionárias e µ é a densidade linear da corda (fio). A
transversais em uma corda e determinar as Figura 5 abaixo representa os modos de vi-
freqüências de ressonâncias correspondentes bração de uma corda de comprimento L,
aos quatro primeiros harmônicos. fixa em ambas as extremidades.
8.3 Teoria
Ondas a propagarem-se num espaço confi-
nado, como por exemplo, as ondas numa
corda de piano ou guitarra, sofrem reflexões
em ambas as extremidades da corda. As-
sim, formam-se ondas que se movimentam 8.4 Procedimento experimental
na mesma direção e em sentidos opostos. Para atingir os objetivos desta experiência,
Estas ondas combinam-se de acordo com será utilizada uma experiência conforme
o princı́pio da superposição . Para cada o esquema represenado na Figura 6. As
corda, existem freqüências (chamadas de freqüências de ressonâncias serão determi-
freqüências de ressonância) nas quais a so- nadas variando lentamente a freqüência no
breposição conduz a uma configuração de gerador de sinais e obsevando o movimento
vibração estacionária, denominada onda es- do corda.
tacionária.
Uma corda (ou fio), fixa em suas extremi-
Figura 6: Esquema experimental.
dades, entra em ressonância nas seguintes eeeeee
freqüências: ee
v
fn = n, n = 1, 2, 3, 4, ..., (13)
2L Gerador
de Sinais 110 V
15
8.5 Folha de manipulação - 5. Meça na balança a massa presa na ex-
Ondas estacionárias em cordas tremidade da corda. Determine então
a tração na corda, escrevendo-a como:.
Data: . . . . . . . . . Turma:. . . . . . . . . . . . . . .
Grupo T = ...... ± .......
Nome:. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
Nome:. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6. A partir dos valores de T e v, obtenha
Nome:. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . a densidade linear da corda:
Nome:. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
µ1 = . . . . . . ± . . . . . . .
1. Observe a formação de ondas es-
tacionárias no fio e determine
7. A densidade linear da corda também
a frequência de ressonância dos
pode ser obtida diretamente a partir
harmônicos correspondentes, pre-
dos valores do comprimento e da massa
enchendo a Tabela 6 abaixo. A
da corda. Meça com uma trena o com-
ressonância pode ser encontrada
primento da corda e com a balança
variando-se lentamente a frequência de
sua massa. Determine então a densi-
vibração da corda no gerador de sinais.
dade linear da corda: OBS: Não pre-
2. Meça o comprimento entre os nós ex- cisa utilizar a corda utilizada na ex-
ternos da corda: periência, basta utilizar uma corda feita
do mesmo material!
L = ...... ± .......
µ2 = . . . . . . ± . . . . . . .
3. Faça um gráfico de f em função de n.
Por que é esperado que esse gráfico te- 8. Ao produzirmos um dado harmônico n
nha um comportamento linear? na corda, que efeito tem um aumento
....................................... da tensão na corda sobre a frequência
....................................... de ressonância desse harmônico? e
sobre o comprimento de onda desse
harmônico?
4. A partir da Tabela 6 acima e do valor de
.......................................
L, use o método dos mı́nimos quadra-
.......................................
dos para calcular a velocidade de pro-
.......................................
pagação da onda:
v = ...... ± .......
16
9 Reflexão e refração da luz As leis da reflexão e da refração são as
seguintes:
9.1 Objetivo
Constatar as leis da reflexão e da refração • Os raios refletido e refratado estão con-
da luz, bem como determinar o ı́ndice de tidos no plano formado pelo raio in-
refração de um material e o ângulo limite. cidente com a normal à superfı́cie no
ponto de incidência;
9.2 Material utilizado
Banco óptico; Tábua de ângulos; • reflexão: ✓1 = ✓10 ; e
Tela de fendas; Lente cilı́ndrica; Tela
opaca; Fonte de luz; Base para as telas; • refração : n1 sin ✓1 = n2 sin ✓2 .
Máscara; Lente convergente.
Quando o meio 1 é mais refringente de que
9.3 Teoria
o meio 2 (n1 > n2 ), o ângulo de refração é
Quando um feixe de luz incide sobre a su- maior que o de incidência. À medida que
perfı́cie de separação entre dois meios, parte ✓1 aumenta, o raio refratado afasta-se da
dele é refletida e a outra parte é desviada normal, até sair tangente à superfı́cie (✓2 =
(refratada) ao penetrar no segundo meio 90o ), e temos
(Fig. 7). Onde
n1 sin ✓L = n2 , (15)
Figura 7: Reflexão e refração da luz
onde ✓L é o ângulo limite. A partir deste
ângulo somente ocorre reflexão.
!1 !’1 Complete o desenho mostrando abaixo
desenhando o que ocorre com os raios inci-
n1 dentes, refletido e refratado, no caso em que
a luz incide pela parte reta (Figura 8.(a)) e
n2 pela parte curva (Figura 8.(b)) de uma lente
cilindrica.
!2
Figura 8: Reflexão e refração da luz
(A)
• ✓2 = ângulo de refração e
• ✓10 = ângulo de reflexão.
17
9.4 Folha de manipulação - 2. Fazendo a luz incidir na superfı́cie
Leis da reflexão e refração plana da lente e sem perturbar o ali-
nhamento da mesma, gire o goniômetro
Data: . . . . . . . . . Turma:. . . . . . . . . . . . a fim de observar o raio refratado para
Grupo vários ângulos do raio incidente.
Nome:. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
Nome:. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
Nome:. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3. Complete na tabela os ângulos de re-
Nome:. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . flexão e refração , correspondentes aos
ângulos de incidência indicados.
Vamos dividir esta experiência em duas ✓1 ( o ) ✓2 ( o ) sen✓1 sen✓2 sen✓1 sen✓2
partes, 1a PARTE: constatação das leis da 0
reflexão e refração e a determinação do 10
ı́ndice de refração da lente; e 2a PARTE: 20
determinação do ângulo limite. 30
40
1a P ART E : Reflexão e refração da 50
luz 60
70
1. Monte o equipamento conforme mos- 80
trado na Figura 9. Alinhe a superfı́cie
plana da lente cilı́ndrica com a linha ✓1 = . . . . . . ✓2 = . . . . . .
rotulada component. A lente estará
alinhada quando as linhas radiais da Obs: Durante as medidas faça uso da
tábua de ângulos (goniômetro) ficarem lei de reflexão da luz para conferir o ali-
perpendiculares à superfı́cie curva da nhamento da lente.
lente. Ajuste o sistema de tal modo
que um único raio de luz passe direta-
mente através do centro do goniômetro. 4. Faça um gráfico sen✓1 vs sen✓2 em papel
Nesta situação o raio luminoso emerge milimetrado. Por que é esperado que
perpendicularmente à superfı́cie curva esse gráfico tenha um comportamento
da lente. linear?
.......................................
Figura 9: Reflexão e refração da luz .......................................
.......................................
Lente
Convergente Goniômetr
Fonte de o
l- f -I
5. Considere o ı́ndice de refração do ar
Fenda Lente cilíndrica
igual a 1, 00 e a partir dos dados na
Component
Ângulo Tabela 7, use o método dos mı́nimos
Incidencia quadrados para encontrar o ı́ndice de
Ângulo de refração da lente cilindrica (nL ).
refração
Normal
nL = . . . . . . ± . . . . . . .
18
2a P ART E: Reflexão total da luz 9. Calcule o ı́ndice de refração da lente
cilı́ndrica a partir de ✓L encontrado
acima. OBS: faça a propagação de er-
6. Sem perturbar o alinhamento feito an- ros e encontre esse resultado como:
teriormente, posicione a lente cilı́ndrica
de modo que a superfı́cie curva da nL = . . . . . . ± . . . . . . .
mesma esteja voltada para o feixe in-
cidente. 10. Pode existir reflexão total quando a luz
7. Procure a situação em que ocorre re- passa de um meio menos refringente
flexão total da luz e meça o ângulo li- para um meio mais refringente (n1 <
mite ✓L . n2 )? Justifique.
.......................................
8. O que você entende por ângulo limite?
.......................................
....................................... .......................................
.......................................
.......................................
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11. Observe que ✓L não é o mesmo para
....................................... cada cor do raio refratado. Explique.
.......................................
.......................................
.......................................
19
10 Interferência e difração posições sobre o anteparo em que a intensi-
dade da luz será zero (mı́nimos de difração)
10.1 Objetivo estão associadas à condição:
• Observar os fenômenos de difração e in- sen↵ = 0 =) ↵ = m⇡, (18)
terferência da luz;
• Determinar experimentalmente a lar- com m = ±1, ±2, ±3, ... . Esta mesma
gura de uma fenda usando o padrão de condição pode ser expressa como:
difração;
a sen✓ = m (m = ±1, ±2, ±3, ...) (19)
• Determinar experimentalmente a
distância entre fendas usando o padrão A Figura 10 ilustra a distribuição de in-
de interferência; tensidade de luz sobre um anteparo (fi-
gura de difração) quando atravessamos uma
• Estimar a espessura de um fio fino (fio única fenda com a luz laser.
de cabelo).
10.3 Teoria
Figura 10: (a) Padrão de difração para fenda
PARTE I: Difração : única.
Difração é a denominação genérica dada
aos fenômenos associados a desvios da pro-
pagação da luz em relação ao previsto pela PARTE II: Interferência:
ótica geométrica. Nesse contexto, suponha Se incidirmos o laser em múltiplas fendas,
uma fenda de largura a, iluminada por um produziremos o fenômeno de interferência.
feixe de luz de fonte monocromática de com- Quando usamos, em um mesmo slide, N
primento de onda . Pode ser demonstrado fendas (N = 1, 2, 3, ...), separadas por uma
que a distribuição da intensidade da luz so- distância d, a intensidade da luz será dada
bre um ponto do anteparo, localizado pelo por:
ângulo ✓, é dada por: ✓ ◆2 !2
sen↵ senN
✓ ◆2 I = I0 (20)
sen↵ ↵ sen
I = I0 , (16)
↵
onde onde
⇡a ⇡d
↵= sen✓. (17) = sen✓. (21)
20
Observe que as posições sobre o ante-
paro com intensidades máximas e mı́nimas
da luz podem ser obtidas diretamente das
Eqs. (20) e (21) . Tomando N = 2, os
mı́nimos de interferência serão dados pela
condição
sen2
= 0 ) cos = 0, (22)
sen
a qual implica em
✓ ◆
1
d sen✓ = m + (m = 0, ±1, ±2, · · ·).
2
(23)
Podemos notar ainda na Figura 11 que o
padrão de interferência é modulado espa-
cialmente, ou seja, os máximos de inter-
ferência possuem intensidades variáveis. De
fato, se a largura das fendas não é desprezi-
vel quando comparada com a distância en-
tre as fendas, esse padrão de interferencia
é modulado espacialmente pelo padrão de
difração da fenda. Essa modulação espacial
pode ser representada como uma envoltória
Figura 11: Padrões de difração para N = 2. As nas franjas, conhecida como envoltória de
larguras das fendas estão indicadas no texto. difração.
21
10.4 Folha de manipulação - os dois primeiros mı́nimos de di-
Interferência e difração fração em torno do máximo cen-
tral, os quais correspondem a to-
Data: . . . . . . . . . Turma:. . . . . . . . . . . .
mar m = 1 na Eq. (19):
Grupo
Nome:. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . y10 = . . . . . . . . .±. . . . . . . . . (m = ....)
Nome:. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
Nome:. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . y20 = . . . . . . . . .±. . . . . . . . . (m = ....)
Nome:. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
3. O valor de y será então dado por
Atenção : Nunca olhe diretamente y = y 0 /2, o qual resulta em
para o feixe de laser, ele pode ferir
sua retina e deixar uma região cega. y1 = . . . . . . . . . ± . . . . . . . . .
• Difração por uma fenda estreita y2 = . . . . . . . . . ± . . . . . . . . .
Observe, contra a luz, os dois slides dis-
ponı́veis com fenda única. As larguras 4. Usando agora a Eq. (19), obtenha
nominais das fendas são 0, 1 mm 0, 2 a largura a da fenda:
mm. Ilumine com laser cada uma des-
sas fendas e observe o padrão gerado, a1 = . . . . . . . . . ± . . . . . . . . .
ou seja, a figura formada no anteparo.
Observe o que ocorre com o padrão, em a2 = . . . . . . . . . ± . . . . . . . . .
função da largura da fenda, iluminando
estas fendas uma a uma. Escolha um • Interferência por duas fendas
dos slides e, a partir das medidas rela- (slide U14101)
tivas ao padrão gerado, determine a lar- Observe, contra a luz, o slide de fenda
gura da fenda usando a Eq. (19) para dupla U14101. Encontre no slide a
os mı́nimos de difração. Para fazer isso, configuração com distância nominal en-
considere a aproximação tre as fendas dadas por g = 0, 25 mm
y e largura nominal de fenda dada por
sen✓ ⇡ tan✓ = , b = 0, 15 mm. Observe então a figura
D
de interferência produzida no anteparo
com y denotando a distância entre o e tente enxergar também as envoltórias
máximo central e um mı́nimo de di- de difração.
fração e D a distância da fenda ao an-
teparo. Perceba que essa aproximação Usando uma metodologia similar ao
é boa para ✓ pequeno, ou seja, para que foi feito no experimento anterior
D y. da fenda única, mas agora usando a
Eq. (23), meça D e y, obtendo então
1. Meça D com uma trena: a distância d entre as fendas.
22
• Difração por um fio de cabelo
Pode-se usar a difração para estimar
a espessura de um fio de cabelo. De
fato, é possı́vel mostrar que o padrão
de difração produzido por um dado
obstáculo e essencialmente o mesmo
que aquele produzido por uma aber-
tura da mesma forma. Esse resul-
tado é conhecido como Princı́pio de Ba-
binet. Usando novamente o procedi-
mento adotado no experimento de di-
fração com fenda única, obtenha uma
estimativa para a espessura a de um fio
de cabelo.
1. D = ............ ± ............
2. y 0 = ............ ± ............ (m = ....)
3. y = ............ ± ............
4. a = ............ ± ............
23
11 Polarização da luz ~ Este
representado na figura pelo vetor E.
vetor pode ser decomposto em duas compo-
11.1 Objetivo nentes:
Investigar a polarização da luz, discutir a E~x = E~ sin ✓î (24)
lei de Malus e obter a curva caracterı́stica e
da resistência elétrica em função da inten- E~y = E~ cos ✓ĵ. (25)
sidade luminosa em um fotodetector LDR.
y
11.2 Material utilizado
"
E
• Trilho ótico "
!
Ey
• Fonte de Luz " x
Ex
• 2 polarizadores
• 2 bases para polarizador
Figura 12: Vetor campo elétrico incidente num
• 1 máscara. dado instante.
• 1 multı́metro.
• 1 fotodetector (LDR)
• 1 base para fotodetector
11.3 Teoria
As ondas eletromagéticas emitidas por uma
fonte de luz como o Sol ou por uma lâmpada Figura 13: Polarização da luz utilizando dois
incandescente não são polarizadas. Isso polarizadores.
quer dizer que a direção do campo elétrico
da onda emitida muda aleatoriamente com Portanto, somente a componente E~y será
o tempo, embora se mantenha ortogonal à transmitida, uma vez que o polarizador ab-
direção de propagação da onda. A técnica sorverá a componente E~x . Se colocarmos
mais comum para se obter luz polarizada é um segundo polarizador, de tal forma que
através da utilização de placas polarizado- a luz, depois de incidir sobre o primeiro,
ras. Quando fazemos um feixe de luz inci- atinja também o segundo polarizador (Fi-
dir sobre uma destas placas, as ondas cu- gura 13), poderemos observar o seguinte:
jos vetores campo elétrico vibram em um
eixo paralelo a uma certa direção (eixo de 1. Sendo Em a amplitude da luz plano-
transmissão da placa) são transmitidas e as polarizada que atinge P2 , a amplitude
ondas, cujos vetores campo elétrico vibram da luz que o atravessará será Em cos ✓,
em outras direções , são absorvidas. Na onde ✓ é o ângulo entre os eixos de
Figura 12, a placa polarizadora (ou pola- transmissão dos dois polarizadores.
rizador) está contida no plano da página 2. Como a intensidade I de um feixe lu-
e a direção de propagação da onda é or- minoso é proporcional ao quadrado da
togonal a este plano. A onda incidente, amplitude da onda, podemos escrever:
não-polarizada, tem seu campos elétrico vi-
2
brando em um plano de modo arbitrário, I = kEm (cos ✓)2 . (26)
24
Nesta equação , k é uma constante de
proporcionalidade. Assim, temos:
25
11.5 Folha de manipulação - dida da resistência R1 .
Polarização da luz R1 = . . . . . . ± . . . . . . .
Data: . . . . . . . . . . . . Turma:. . . . . . . . . . . .
6. Coloque mais um polarizador entre a
Grupo
fonte luminosa e o LDR, conforme a fi-
Nome:. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
gura 6). Alinhe o eixo de polarização
Nome:. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
de ambos de maneira que o multı́metro
Nome:. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
registre a menor resistência possı́vel.
Nome:. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
Note que a menor resistência corres-
ponde à maior intensidade de luz (0o
1. Monte fonte de luz, com a máscara cen- entre os eixos de polarização ).
trada no orifı́cio da fonte, e o fotodetec-
tor separados por uma distância de 20
cm no trilho ótico, como na figura 1.
26
x = log(I/I0 ), onde usamos que I/I0 = 13. Considere agora a situação em que a
cos2 ✓ (Lei de Malus). Preencha então luz não-polarizada, cuja intensidade de-
a Tabela 9 abaixo. notamos como Inp (resistência R0 no
LDR), passa pelo primeiro polarizador,
Tabela 9: log(R/R2 ) vs log(I/I0 ). resultando em uma intensidade Ip (re-
x± x y± y sistência R1 no LDR). Com o valor de
calculado acima e usando os valores
de R0 e R1 , obtenha a razão Ip /Inp .
Ip
= ...... ± .......
Inp
b = ...... ± .......
= ...... ± .......
27
12 Apêndice I: Teoria de erros e gráficos
28
grandeza unidade símbolo
comprimento metro m
massa quilograma kg
tempo segundo s
intensidade de corrente elétrica Ampère A
temperatura termodinâmica Kelvin K
quantidade de matéria mol mol
intensidade luminosa candela cd
29
Margem de Erro
30
Exemplos: soma dos erros relativos quadráticos de cada
termo (obs: usando que o logaritmo do produto
3,550 x 4,21 = 14,9455 = 14,9 é a soma dos logaritmos esta regra é na verdade
3,550 x 4,33 = 15,3715 = 15,4 derivada da anterior):
3,550 x 6,41 = 22,7555 = 22,8
3,550 x 7,00 = 24,8500 = 24,8 2 2
" Δz % " Δx % " Δy %
$ ' = $ ' +$ '
# z & # x & # y &
Considerando que a margem de erro de
uma medida representa um intervalo no qual
Exemplos:
pode ser encontrado o “valor real” da grandeza
física, ao se utilizar esses valores para obter
L1 = (2,5± 0,5) cm, L2 = (4,5± 0,5) cm
medidas indiretas de outras grandezas, o
A = L1 x L2 = (11± 3) cm2
resultado terá conseqüentemente uma
incerteza. Também as margens de erro devem
L1 = (2,5± 0,5) cm, L2 = (4,52± 0,01) cm
ser consideradas no cálculo e a incerteza
A = L1 x L2 = (11± 2) cm2
propagada. Para o caso da soma de duas
medidas (x ± Δx) e (y ± Δy) um critério
Para calcular o erro propagado de uma
comumente aceito é de que o erro da soma z =
função qualquer F(x, y) que depende das
(x + y) será dado por
variáveis medidas calcula-se a derivada total
dessa função:
2 2
Δz = (Δx ) + (Δy)
∂F ∂F
dF= dx+ dy
∂x ∂y
Exemplos:
2 2
Para medidas indiretas provenientes de # ∂F & # ∂F &
ΔF = % ( Δx 2 + % ( Δy 2 ,
multiplicação ou divisão o erro relativo (Δz/z) $ ∂x ' $ ∂y '
do resultado será dado pela raiz quadrada da
31
onde Δx é a incerteza da medida de x e Δy é a " Δx %
erro relativo = $ '
incerteza da medida de y. A partir do erro # x &
relativo de uma medida, ou seja, o erro
dividido pelo valor medido, pode ser útil " Δx %
erro percentual = $ ' ×100
calcular o erro percentual, expresso em # x &
porcentagem:
Fontes de Erro
Erros sistemáticos numa medição acontecem modelo teórico podem acarretar erros
em função de um instrumento mal calibrado sistemáticos. Este tipo de erro faz com que as
(uma balança que não parte do zero, por medidas fiquem todas acima ou abaixo do
exemplo) ou de técnicas erradas de medição valor real, piorando a exatidão ou acurácia dos
(como uma medição de comprimento feita a resultados. Em geral as fontes de erro
partir da extremidade da régua e não do início sistemático têm como ser identificadas e o erro
da marcação). Também simplificações do eliminado.
Erros aleatórios que geram flutuações podem ser eliminados. Esses erros, em geral,
nas medidas podem ter origem em diversos obedecem a uma distribuição simples,
fatores, como condições de temperatura, flutuando em torno de um valor mais provável,
pressão, iluminação, etc. Esse tipo de erro e podem portanto ser tratados de forma
também pode ter origem no método de estatística. Ao repetir a mesma medida um
observação, como por exemplo se a precisão do determinado número de vezes parte dos
instrumento for superestimada ao se interpolar resultados deverá estar acima do valor real e
a menor divisão da escala. Os erros aleatórios parte abaixo, já que as fontes de erro que regem
afetam a precisão das medidas e nem sempre essas flutuações são aleatórias.
32
Modelo teórico X Experimento
33
Representação gráfica dos dados experimentais
Num experimento, quando se deseja funcional que pode ser representada por uma
variar uma determinada condição para que se equação matemática. Além disso, o gráfico
possa medir o efeito dessa variação numa permite muitas vezes a interpolação ou a
outra quantidade, a representação gráfica dos extrapolação dos resultados. Para tanto, é
dados é muito útil. O gráfico permite a preciso que ele seja construído de forma
visualização dessa relação de causa e efeito, adequada.
possibilita a identificação de um padrão de Na representação gráfica, a variável
comportamento dos dados, discriminando os independente é descrita pelo eixo horizontal e
pontos duvidosos evidenciando uma relação a variável dependente pelo eixo vertical.
x=x (t )
30
25
20
15
x(t)
10
0
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
t
34
Cada eixo representa uma grandeza da precisão. O fator de escala deve ser
Física, portanto o símbolo que representa essa escolhido com atenção. Não devemos
grandeza deve constar do gráfico, bem como fracionar a divisão de centímetro, devemos
a unidade utilizada. A orientação do papel sim escolher a escala inteira imediatamente
deve ser escolhida em função do número de superior ou inferior, conforme o caso. No
unidades de cada grandeza a ser representado exemplo citado, se vamos representar valores
nos eixos. que vão de 540 a 547 no eixo de 25 cm
As divisões do papel representarão teremos:
unidades da grandeza a ser medida e a escala 25/7 = 3.6
deve ser escolhida de forma conveniente. É Se dividíssemos a escala em 4 cm
importante perceber que escolhida a escala, para cada unidade precisaríamos de 28 cm
os valores representados no papel terão sua para que todos os pontos estivessem no
precisão limitada à menor divisão do mesmo. gráfico. Dividindo a escala de forma
Por essa razão, devemos usar a maior área adequada, marcamos então alguns valores da
possível do papel e tomar limites que mesma para relacionar as posições no eixo
abranjam todos os valores da tabela e que com os valores correspondentes da grandeza
estes fiquem o mais espalhados possível. Por medida. Apenas esses valores devem estar
exemplo, se temos na tabela valores que vão marcados nos eixos e apenas eles vão
de 540 a 547 não devemos incluir o valor permitir a leitura dos valores dos pontos
zero entre os valores marcados na escala. experimentais e pontos interpolados ou
Nesse caso, devemos tomar o eixo com no extrapolados na reta.
máximo 10 unidades da grandeza medida (de Jamais devem ser marcados nos
540 a 550, por exemplo). Isso vai depender eixos os valores experimentais obtidos. Estes
também de se desejarmos extrapolar a função serão marcados no ponto correspondente do
até algum valor de interesse. Se desejarmos valor (x,y). Devem ser ilustradas com cada
conhecer o valor que a função teria na ponto suas respectivas barras de erro
posição 570 será conveniente dividir o eixo (verticais e horizontais)
em 30 unidades (de 540 a 570) em detrimento
35
30
25
20
x(t)
15
10
5
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
t
36
30
25
20
x(t)
15
10
5
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
t
Obtida a reta que determina o padrão que tenham fácil leitura. Outro detalhe
de comportamento dos pontos experimentais, relevante é que a divisão deve ser feita entre
queremos calcular sua inclinação. Para isso os valores das grandezas e com suas
vamos tomar qualquer intervalo de posição e respectivas unidades, valores em centímetros
seu intervalo correspondente de tempo. É da escala fornecem apenas o ângulo de
importante notar que esses valores são tirados inclinação da reta, não trazem informação da
da reta traçada, não são valores escala utilizada.
experimentais. Devemos escolher dois pontos
37
30
25
20 10,3 =2,1
23,9-13,6=10,3
5,0
x(t)
15
10
8-3=5
5
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
t
38
13 Apêndice II: Gráficos e
-1
Gráfico: V vs p
método dos mı́nimos qua- 28
drados 26
V ( mL )
mais, de dados experimentais numa fi- 20
gura. O gráfico objetiva mostrar visual-
18
mente a dependência entre uma grandeza
e um parâmetro medidos simultaneamente. 16
• v (cm/s) ou v (cm s 1 )
• t (s)
39
Estética
Um gráfico é uma figura, portanto, Gráfico: F em função de L
deve ser bem proporcionado e esteti- 60
F ( mN )
das dependências matemáticas. Uma 30
F
ilustração de um gráfico construı́do de
20
forma a satisfazer as regras descritas
nessa seção é dado na Fig 18. 10
L
a
0
0 20 40 60 80 100 120
L ( mm )
40
distância entre os valores experimen-
Tabela 11: Resultado dos ajustes lineares pelos
tais de Y e os valores calculados como
métodos da triangulação e dos mı́nimos qua-
Y 0 = a + bX. drados.
O coeficiente linear a e o coeficiente an-
MMQ Triangulação
gular b são fornecidos pelas equações
a ( mN ) 1, 0 ± 0, 7 1
P P 2 P P b ( Nm 1 ) 0, 52 ± 0, 01 0,53
Y X X XY
a= P 2 P ; (32)
N X ( X)2
P P P
N XY X Y A aplicação das fórmulas acima leva aos
b = P 2 P (33) valores dos coeficientes da reta e suas
N X ( X)2
incertezas mostrados na Tabela 11. A
As incertezas de a e b são, respectiva- Tabela 11 mostra também os resultados
mente, obtidos com o método da triangulação.
Notamos que ambos os métodos con-
r
2
P cordam dentro da incerteza calculada.
X2
a = P P 2 ,
N X2 ( X)
r
2
b = P N2 P ,
N X ( X)2
onde
P
2 ( Y )2
= N 2
,
Y =Y (a + bX).
X Y X2 XY (a + bX) Y2
n L(mm) F (mN)
1 12,5 8,0 156,25 100 7,5 0,25
2 25,0 14,0 625 350 14 0,00
3 50,0 26,2 2500 1310 27 0,64
4 100 53,6 10000 5360 53 0,36
P
187,5 101,8 13281,25 7120 1,26
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