Unidade 8 Auditoria Governamental1611093818
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Unidade 8 Auditoria Governamental1611093818
GINEAD
Moreno, Fernanda Gualda; Pereira, Beatriz da Silva
SST Unidade 8 - Auditoria governamental /
Fernanda Gualda Moreno;
Beatriz da Silva Pereira
Ano: 2020
nº de p.: 16
Objetivos específicos
• Compreender os objetivos e a aplicação da auditoria na esfera governamen-
tal.
• Discutir as normas de auditoria em outras instituições de controle vinculadas
ao governo.
Apresentando a unidade
Bem-vindo à última unidade da nossa disciplina! Nesta etapa do estudo, você
conhecerá o funcionamento da auditoria governamental, as diferenças em relação
ao modelo de auditoria empresarial, além dos demais fundamentos relacionados ao
assunto.
Introdução à auditoria
governamental: estrutura de
comunicação interna do setor público
Para começar a falar sobre a auditoria governamental, o primeiro passo é conhecer
a sua origem. Não existe uma data especifica, mas alguns marcos podem ser
citados como relevantes para seu desenvolvimento. Um deles refere-se ao
período referente ao Império Romano, quando já era comum que os imperadores
nomeassem altos funcionários para a supervisão de todas as operações financeiras
das províncias em poder do império e que, posteriormente, prestassem contas de
forma verbal. Foi nessa época que se acredita ter surgido o termo auditoria, do
latim, audire, que significa “ouvir” (CREPALDI, 2009).
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No século XIII, na Inglaterra, o rei Henrique promulgou uma lei aprovada no
Parlamento, que permitia aos barões nomearem seus representantes oficiais.
Esses representantes tinham como obrigação elaborar um relatório das atividades
desempenhadas. Esse relatório pode ser considerado um dos primeiros relatórios
de auditoria. Já no século XIV, surgiram os primeiros órgãos de controle
governamental, em 1318, na França, e em 1314, na Inglaterra.
Figura 8.1: A Revolução Industrial pode ser considerada o berço da auditoria governamental
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Como você já sabe, a auditoria consiste “[...] no exame de documentos, livros e
registros, inspeções, obtenção e informações e confirmações internas e externas,
obedecendo às normas apropriadas de procedimentos” (SANTOS; GOMES,
2006, p. 20). O intuito desses exames é verificar a veracidade das informações
apresentadas, visando determinar se elas estão de acordo com os princípios
contábeis vigentes.
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Figura 8.2: Sistema accountability
Conforme a imagem, você pode concluir que o poder legislativo é responsável pela
representação dos interesses dos cidadãos que compõem a sociedade. Como
exercer controle sobre as ações dos órgãos públicos?
De maneira geral, não existe uma forma única de exercer controle, na verdade,
existem vários mecanismos para isso, mas, na administração pública, essa área é
um pouco mais específica, voltando-se para a fiscalização e para a correção das
ações de todos os órgãos.
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É, essencialmente, um controle de legalidade efetuado pelo Poder
Controle Judiciário sobre os poderes e órgãos da administração pública. Ocorre
sempre a posteriori. A lei, como principal forma de indicação do
judicial interesse público, é tomada aqui no seu sentido genérico, abrangendo
toda a forma de regramento, seja constitucional, legal ou regulamentar.
Após essa breve introdução sobre a auditoria nos órgãos públicos, no próximo
tópico, você conhecerá os fundamentos da auditoria governamental.
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Saiba mais
Você quer saber ainda mais sobre o funcionamento da
auditoria governamental? Acesse o link a seguir: <https://www.
portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/biologia/conceito-de-
auditoria-governamental/43740> e leia o artigo.
Fundamentos da auditoria
governamental
De acordo com o Instituto Rui Barbosa (2010, p. 13), a auditoria governamental
pode ser conceituada como:
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O auditor governamental deve ter conhecimentos sobre Administração, Atuariais,
Contabilidade, Direito, Economia, Engenharia, Estatística, Pedagogia, Saúde
e Sociologia, bem como conhecimentos sobre a auditoria de forma geral e
habilidades necessárias para o cumprimento das atividades.
Outros aspectos que devem ser observados pelo auditor governamental são as
relações humanas e a comunicação. Nesse sentido, a
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Condição é a situação encontrada pelo profissional de
auditoria governamental e documentada, constituindo-se no
Condição fato ocorrido ou na própria existência do achado. Os achados
ocorrem quando a condição verificada não se encontra
aderente ao critério preestabelecido.
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No planejamento de auditoria governamental, ocorre a determinação da estratégia
e da programação que serão seguidas pela equipe de auditoria, deliberando a
natureza, a oportunidade e a extensão dos exames, os prazos, as equipes de
profissionais e outros recursos necessários para que o trabalho seja feito da melhor
forma possível, prezando pela qualidade e pela realização no menor tempo e com o
menor custo possível (INSTITUTO RUI BARBOSA, 2010).
O planejamento é, sem dúvida, uma das principais etapas da auditoria. Ele irá definir
como serão os próximos estágios, dessa forma, se for feito de maneira incorreta,
existe grande possibilidade de que os próximos estágios reflitam esse erro. O
correto planejamento pode ser a garantia de uma execução de qualidade e de
menor custos e tempo.
A execução é a fase de coleta e exame das informações que serão evidência, com
o intuito de embasar os comentários e opiniões. Nesse estágio, são examinados
os documentos, bem como analisados os sistemas orçamentários, financeiros,
patrimoniais e operacionais, para determinar se são confiáveis e se estão de acordo
com os princípios seguidos pela auditoria e com o desempenho de gestão e os
resultados das políticas, programas e projetos públicos auferidos (INSTITUTO RUI
BARBOSA, 2010).
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Por fim, é preciso que os gestores estejam dispostos a ouvir as recomendações
destacadas pelos auditores, com a finalidade de eliminar as deficiências
apontadas no relatório. No próximo tópico, você conhecerá um pouco mais sobre o
funcionamento da auditoria do Tribunal de Contas da União e da Controladoria Geral
da União.
Reflita
Você já parou para pensar que a sociedade também exerce uma
espécie de controle semelhante ao da auditoria?
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atividades governamentais, com a finalidade de avaliar o seu
desempenho e de promover o aperfeiçoamento da gestão pública.
Mas a auditoria feita pelas suas próprias equipes não é a única forma de auditoria
adotada pelo TCU, que também adota uma espécie de fiscalização, denominada
Fiscalização de Orientação Centralizada (FOC), com a participação de diversas
unidades técnicas, para avaliar, de modo organizado, as áreas que são objetos do
controle, em qualquer âmbito, para propor melhorias na gestão pública e no próprio
sistema de controle utilizado (TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO, 2011).
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Saiba mais
Uma Fiscalização de Orientação Centralizada pode ser conceituada
como a fiscalização, ou um conjunto de fiscalizações, que envolve
uma preparação centralizada, execução descentralizada e
consolidação dos resultados.
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• Auditoria operacional
• Auditoria especial
• Auditoria de tomada de contas especial
• Análise de processos de pessoal
• Avaliação das unidades de auditoria interna
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Referências
BRASIL. Ministério da Fazenda. Secretaria Federal de Controle Interno. Manual
do Sistema de Controle Interno do Poder Executivo Federal. Anexo à Instrução
Normativa nº 01, de 6 de abril de 2001. Disponível em: <http://www.cgu.gov.br/
sobre/legislacao/arquivos/instrucoes-normativas/in01_06abr2001.pdf/view>.
Acesso em: 27 jan. 2018.
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