1a Av LP1Era Medieval

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ –UFPA

CAMPUS UNIVERSITÁRIO DO MARAJÓ-BREVES


FACULDADE DE LETRAS

PROFESSOR: ESEQUIEL
DISCENTE: WERLLEY GABRIEL DOS S. MENDES
TURMA:LETRAS 2019 PERÍODO:2021.1
DISCIPLINA: LITERATURA PORTUGUESA I: ERA MEDIEVAL

RESUMO
A soldadeira na língua dos jograis e dos trovadores

A apresentação das jogralesas se dar desde a alta idade média, onde se apresentavam
dançando e cantando na frente das igrejas e em festas religiosas, o que devia incomodar bastante
o clero, graças ao incômodo foi possível obter informações das jogralesas dessa época através
de fontes indiretas como textos dos sermões dos membros da igreja falando sobre elas. Somente
ao final do século XII com o movimento trovadoresco, surgiram os primeiros registros sobre a
arte das jogralesas que ao relacionar com as cantigas galego portuguesa se transformaram em
soldadeiras pois recebiam um “soldo” como pagamento dai o nome. O registro mais antigo que
se tem dos cancioneiros galego português data do final do século XIII nas iluminuras de “O
cancioneiro da ajuda”.
As jogralesas na Península Ibérica eram artistas que cantavam, dançavam e tocavam seu
instrumento, pertenciam a diversas etnias e religiões, apresentavam peças do cancioneiro
profano como também cantigas religiosas, embora do ponto de vista dos trovadores nas cantigas
sátiras eram vistas como licenciosas, as iluminuras do cancioneiro da ajuda mostra a
importância das soldadeiras na lírica galego portuguesa.
É provável que as jogralesas levavam uma vida com dificuldade pois em suas cantigas
e em outros textos eram abordados sua situação económica, de maneira que algumas soldadeiras
“vendiam o corpo” para sobreviver, esse fato virou motivo de piada e se tornou temas de muitas
cantigas de escárnio e mal dizer dos trovadores, criando uma imagem negativa sobre as
soldadeiras.
No corpus das cantigas galego portuguesas de caráter sátirico uma soldadeira conhecida
como Maria Balteira se destacou como protagonista de varias cantigas de escárnio e mal dizer
dos célebres poetas da corte de Afonso X, como Pero da Ponte, Pero de Ambroa, Pero Amigo
de Sevilla, as cantigas abordavam temas variáveis desde assuntos obscenos, as cruzadas, crítica
ao clero, vício em jogo de dados e a decadência de Maria Balteira.
O apogeu das soldadeiras coincidiu com o período mais importante da escola dos
trovadores galego portugueses que aconteceu durante os séculos XIII a XIV, e em 1330 os
registros não falava mais de soldadeiras, se tornaram cantoras, desse período das soldadeiras
ou jogralesas somente foi possível traçar a biografia de Maria Peres Balteira, uma soldadeira
símbolo de mulher que superou o seu tempo.

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