Teoria Dos Juizos - Kant

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Unidade Escolar Marcos Parente Série – 2º ANO

Componente Curricular: FILOSOFIA


Professor: Gilmário

TEORIA DOS JUÍZOS DE KANT

Kant inverte a questão tradicional da metafísica (como se dá o conhecimento). Em vez


de procurar conhecer as coisas, é preciso examinar antes o próprio conhecimento e suas
possibilidades.
De maneira análoga, assim como Nicolau Copérnico concebeu o Heliocentrismo,
invertendo o Geocentrismo, Kant inverteu a questão tradicional da Metafísica (como se
dá o conhecimento) e por isso ele diz que fez sua “Revolução Copernicana” no
conhecimento. Ele supera o empirismo e o racionalismo, correntes que se digladiaram
durante 300 anos.

Segundo Kant, o conhecimento formula-se por juízos. Uma proposição tipo: um


triângulo é uma figura de três ângulos é um juízo a priori, pois não depende de
nenhuma experiência. Basta analisar a própria definição desse termo para dizê-lo.
Trata-se de um juízo analítico, cujo predicado está contido no sujeito. Não
acrescentando nada ao conhecimento.
Os juízos sintéticos, ao contrário, ampliam o conhecimento, pois realizam sínteses, isto
é, a composição de vários elementos. Assim o juízo do tipo: esta for é vermelha em que
se acrescentam um predicado (vermelha) ao sujeito (flor), que este não continha. Nesse
exemplo, o juízo sintético depende da experiência sensível e é, portanto, a posteriori.
Trata-se de um conhecimento que nada tem de necessário (pois sem que a flor poderia
não ser vermelha) nem universal (pois todas as flores não são vermelhas).

Kant investiga se não haveria juízos que fossem universais, como os juízos analíticos, e
que também ampliassem o conhecimento, como os juízos sintéticos. Tais juízos só
poderiam ser juízos sintéticos a priori.

Kant esclarece que embora todo nosso conhecimento comece com a experiência, nem
por isso todo ele se origina da experiência. É necessário o sujeito. Que tem as
faculdades que possibilitam a experiência e o próprio conhecimento. A primeira
faculdade é a sensibilidade, que se compõem de espaço e tempo.
Não é possível, segundo Kant, intuir um objeto a não ser representando-o no espaço,
exterior ao sujeito. O espaço é condição a priori de possibilidade da instituição
empírica.
Um juízo consiste na conexão de dois conceitos, dos quais um (A) sempre cumpre
função de sujeito e o outro (B) a de predicado.

Vejamos novamente quais são os juízos, segundo a Crítica da Razão Pura de Kant:

- Juízos Analíticos: são juízos em que o predicado (B) pode estar contido no sujeito (A)
e, por isso, ser extraído por pura análise. Isto significa que o predicado nada mais faz do
que explicar ou explicitar o sujeito. Ex.: “Todo triângulo tem três lados”;

- Juízos Sintéticos a posteriori: são aqueles em que o predicado não está contido no
sujeito, mas relaciona-se a ele por uma síntese. Esta, porém, é sempre particular ou
empírica, não sendo universal e necessária, portanto, não servem para a ciência. Ex.:
“Aquela casa é verde”.

- Juízos Sintéticos a priori: são juízos em que também o predicado não é extraído do
sujeito, mas que pela experiência forma-se como algo novo, construído. No entanto,
essa construção deve permitir ou antever a possibilidade da repetição da experiência,
isto é, a aprioridade, entendida como a possibilidade formal de construção fenomênica,
que permite a universalidade e a necessidade dos juízos.

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