Teoria Dos Juizos - Kant
Teoria Dos Juizos - Kant
Teoria Dos Juizos - Kant
Kant investiga se não haveria juízos que fossem universais, como os juízos analíticos, e
que também ampliassem o conhecimento, como os juízos sintéticos. Tais juízos só
poderiam ser juízos sintéticos a priori.
Kant esclarece que embora todo nosso conhecimento comece com a experiência, nem
por isso todo ele se origina da experiência. É necessário o sujeito. Que tem as
faculdades que possibilitam a experiência e o próprio conhecimento. A primeira
faculdade é a sensibilidade, que se compõem de espaço e tempo.
Não é possível, segundo Kant, intuir um objeto a não ser representando-o no espaço,
exterior ao sujeito. O espaço é condição a priori de possibilidade da instituição
empírica.
Um juízo consiste na conexão de dois conceitos, dos quais um (A) sempre cumpre
função de sujeito e o outro (B) a de predicado.
Vejamos novamente quais são os juízos, segundo a Crítica da Razão Pura de Kant:
- Juízos Analíticos: são juízos em que o predicado (B) pode estar contido no sujeito (A)
e, por isso, ser extraído por pura análise. Isto significa que o predicado nada mais faz do
que explicar ou explicitar o sujeito. Ex.: “Todo triângulo tem três lados”;
- Juízos Sintéticos a posteriori: são aqueles em que o predicado não está contido no
sujeito, mas relaciona-se a ele por uma síntese. Esta, porém, é sempre particular ou
empírica, não sendo universal e necessária, portanto, não servem para a ciência. Ex.:
“Aquela casa é verde”.
- Juízos Sintéticos a priori: são juízos em que também o predicado não é extraído do
sujeito, mas que pela experiência forma-se como algo novo, construído. No entanto,
essa construção deve permitir ou antever a possibilidade da repetição da experiência,
isto é, a aprioridade, entendida como a possibilidade formal de construção fenomênica,
que permite a universalidade e a necessidade dos juízos.