Resumo Ap1
Resumo Ap1
Resumo Ap1
ANO/SEMESTRE: 2023-01
Na Pessoa do Paciente:
A clínica de hoje difere substancialmente daquela de um século atrás. Quase não
mais encontramos as clássicas neuroses “puras” (histéricas, fóbicas...) e, em
contrapartida, surgiram e predominam as neuroses “mistas”, assim como “novas
patologias”. Dentre essas últimas, tem crescido a demanda de pacientes psicóticos,
borderline, psicossomatizadores, transtornos alimentares, drogadictos, perversões,
transtornos de conduta, e especialmente daquelas pessoas portadoras de
transtornos narcisistas da personalidade, com problemas de auto-estima e
indefinição do sentimento de identidade.
Na Pessoa do Analista:
Da mesma forma como ocorreu com o paciente, também o perfil do analista da
atualidade mudou substancialmente em relação ao dos pioneiros do passado. O
analista atual não é mais alguém “acima dos mortais”, mas exige que tenha ainda
várias qualidades específicas. Dentre elas, devem ser destacados aqueles que
aludem a uma capacidade de empatia, continência, paciência, intuição,amor às
verdades e à liberdade, respeito à autonomia do outro, capacidade para suportar dor
mental, frustrações e decepções, prazer da criação e, muito particularmente, a de
possuir um talento especial para a prática da ciência e arte psicanalítica.
No Processo Analítico:
Número de Sessões: Um dos critérios que a maioria dos autores que abordou este
assunto costumava destacar para diferenciar a psicanálise da psicoterapia consistia
justamente no número de sessões semanais, porquanto a primeira delas exigiria
um setting com um mínimo de quatro sessões, com o propósito de propiciar a
formação de uma neurose de transferência, que seria a única condição compatível
com uma análise de verdade, enquanto a psicoterapia não deveria ultrapassar a
duas sessões, pela razão contrária, isto é, a de não permitir a instalação da referida
neurose de transferência.
O Uso do Divã: O divã constitui-se em um importante instrumento da prática
psicanalítica.
Análise do Consciente: Antes focada no inconsciente, na atualidade, a psicanálise,
indo além do paradigma celebrado por Freud de “tornar consciente aquilo que for
inconsciente”, amplia-se com a noção de que mais importante é a maneira de como
“o consciente e o inconsciente do paciente comunicam-se entre si”.
Interpretação e a Pessoa Real do Analista: Durante longas décadas, até
recentemente, as interpretações do psicanalista formuladas no “aquiagora-comigo”,
de forma sistemática e sempre na “neurose de transferência”, constituíam-se como
um instrumento por excelência e exclusivo da psicanálise e, por conseguinte, como
o grande fator de distinção com a psicoterapia analítica. Na atualidade, com o
tratamento analítico bastante praticado com pessoas muito regredidas, como
psicóticos, borderline, etc., cresceu intensamente a importância da “atitude
psicanalítica interna” do terapeuta, a qual tem muito a ver com os atributos dele
como pessoa real e não unicamente como objeto transferencial.
CRISE NA PSICANÁLISE
RECALCAMENTO
OS 4 TEMPOS DO INCONSCIENTE
O essencial da lógica do funcionamento psíquico, considerado do ponto de vista
da circulação da energia, resume-se, pois, em quatro tempos:
• Primeiro tempo: excitação contínua da fonte e movimentação da energia à
procura de uma descarga completa, nunca atingida.
• Segundo tempo: a barreira do recalcamento opõe-se à movimentação da
energia.
• Terceiro tempo: a parcela de energia que não transpõe abarreira resta
confinada no inconsciente e retroage para a fonte de excitação.
• Quarto tempo: a parcela de energia que transpõe a barreirado recalcamento
exterioriza-se sob a forma do prazer parcial inerente às formações do inconsciente.
Quatro tempos, portanto: a pressão constante do inconsciente, o obstáculo que
se opõe a ele, a energia que resta e a energia que passa.
Nasceu em Viena, em 1882, em uma família pobre, como a quarta filha de um pai
que então já tinha mais de 50 anos, e ela morreu em Londres, em 1960, com a idade
de 78 anos. Seu pai era médico, um judeu ortodoxo que, a exemplo do pai de Freud,
também era um estudioso do Talmud. A mãe de Melanie era uma mulher bonita e
corajosa, tendo aberto uma loja para ajudar no provento da família. M. Klein sofreu
uma sucessão de severas e traumáticas perdas ao longo de sua vida: quando tinha 5
anos, falece sua irmã Sidonie que lhe ensinava aritmética e assim sempre foi
carinhosamente lembrada por Melanie. Tomara a decisão de ser médica, talvez
influenciada pela vontade de ajudar a seu irmão Emmanuel que sofria de uma
cardiopatia. Quando ela completou 17 anos, tendo em vista projeto de casamento,
ela desistiu do curso pré-médico que começara a cursar e estudou Arte e História,
em Viena. Quando ela tinha 20 anos, morre, com 25 anos, o irmão Emmanuel, que
era pianista e dedicava-se às artes. Com 21 anos, Melanie casou-se com Artur Klein,
um químico, com quem teve três filhos, e de quem veio a separar-se. Em 1934,
morre o seu filho Hans, vitimado por um acidente de alpinismo. Outra perda
importante foi a de uma ruptura pública que a sua filha Mellita, psicanalista, moveu
contra M. Klein, com ataques violentos e que tornaram irreconciliável o afastamento
entre elas.
Este período se caracteriza pela abertura de correntes de pensamento
psicanalítico diversas daquela preconizada por Freud. Essas correntes, embora
estruturadas a partir de fundamentos originados na proposta freudiana, incorporam
novas visões e interpretações que ampliam de forma significativa o saber
psicanalítico. A Escola dos Teóricos das Relações Objetais, com Melanie Klein como
um dos seus maiores representantes, se transforma no berço de uma nova visão da
práxis psicanalítica, ao desenvolver formas diferentes de interpretação dos conceitos
enunciados por Freud, abrindo espaço para a formulação de novas propostas de
trabalho.
A escola kleiniana valoriza fortemente, a existência de um ego primitivo já desde o
nascimento, a fim de que este mobilizasse defesas arcaicas – dissociações,
projeções, negação onipotente, idealização, etc. – para contra-restar às terríveis
ansiedades primitivas advindas da inata pulsão de morte, isto é, da inveja primária,
com as respectivas fantasias inconscientes. M. Klein conservou o complexo de Édipo
como o eixo central da psicanálise, porém o fez recuar para os primórdios da vida,
assim descaracterizando o enfoque triangular edípico, medular da obra freudiana. A
observação dos adultos e o emprego da técnica psicanalítica a induziram a investigar
os estágios iniciais do desenvolvimento infantil. O trabalho dela, tomando como base
a teoria psicanalítica de Freud, foi criar a técnica de brincar com as crianças e,
através do brinquedo, compreendê-las.
Freud desenvolveu sua teoria psicanalítica a partir da observação de adultos,
enquanto Melanie Klein elabora seu pensamento através da observação de crianças.
Melanie Klein considerou, como ponto de partida para o estudo do processo de
desenvolvimento da criança os primeiros três ou quatro meses de vida, enquanto
Freud, considerava esse ponto a partir dos 4 anos. Para Klein a relação objetal é
iniciada com a presença da mãe e a amamentação do bebê, sendo esse um dos
pilares de sua teoria.
Melanie Klein foi pioneira das seguintes concepções originais:
Criou uma técnica própria de psicanálise com crianças e introduziu o
entendimento simbólico contido nos brinquedos e jogos.
Postulou a existência de um inato ego rudimentar, já no recém-nascido.
A pulsão de morte também é inata e presente desde o início da vida sob a
forma de ataques invejosos e sádico-destrutivos contra o seio alimentador da
mãe.
Essas pulsões de morte, agindo dentro da mente, promovem uma terrível
angústia de aniquilamento.
Para contra-restar tais angústias terríveis, o incipiente ego do bebe lança mão
de mecanismos de defesa primitivos, como são a negação onipotente,
dissociação, identificação projetiva, identificação introjetiva; idealização e
denegrimento.
Concebeu a mente como um universo de objetos internos relacionados entre
si através de fantasias inconscientes, constituindo a realidade psíquica.
Além dos objetos totais, ela estabeleceu os objetos parciais (figuras parentais
representadas unicamente por um mamilo, seio, pênis, etc.)
Postulou uma constante clivagem ente os objetos (bons x maus; idealizados x
persecutórios) e entre as pulsões (as construtivas, de vida, versus as
destrutivas, de morte).
Concebeu a noção de posição – conceitualmente diferente de fase evolutiva
– e descreveu as agora clássicas posições esquizo-paranóide e a depressiva.
Suas concepções acerca dos mecanismos arcaicos do desenvolvimento
emocional primitivo permitiram a análise com crianças, com psicóticos e com
pacientes regressivos em geral.
Para não ficar descompassada com os princípios ditados por Freud,
conservou as concepções relativas ao complexo de Édipo e ao superego,
porém as realocou em etapas bastantes mais primitivas do desenvolvimento
da criança.
Juntamente com os ataques sádico-destrutivos da criança, com as
respectivas culpas e conseqüentes medos de retaliadores ataques
persecutórios, postulou a necessidade de a criança, ou o paciente adulto na
situação analítica, desenvolver uma imprescindível capacidade para fazer
reparações.
Deu extraordinária ênfase à importância da inveja primária, como expressão
direta da pulsão de morte.
Como decorrência dessas concepções, promoveu uma significativa mudança
na prática analítica no sentido de que as interpretações fossem
sistematicamente transferenciais, mais dirigidas aos objetos parciais, aos
sentimentos e defesas arcaicas do paciente, e com uma ênfase na prioridade
de um analista trabalhar na transferência negativa.
6- Escola Winnicotiana.
7- Escola de Bion.
Wilfred Ruprecht Bion nasceu em 1897, na Índia (pela circunstância de que seu
pai lá executava, então, um serviço de engenharia de irrigação a mando do Governo
Inglês), onde viveu até os 7 anos e foi sozinho para Londres, a fim de iniciar a sua
formação escolar. Em Londres, ele completou a sua titulação acadêmica tendo-se
formado em medicina e posteriormente fez a sua formação psiquiátrica e
psicanalítica. W. R. Bion morreu com 82 anos, em 08 de novembro de 1979 na
cidade de Oxford, na Inglaterra de leucemia mielóide aguda.
Bion é considerado como sendo um dos poucos gênios da psicanálise. Foi
analisando e discípulo de Klein.
Como esquema didático, podemos dividir a obra de Bion em quatro décadas
distintas:
a de 40, dedicada aos seus experimentos com grupos;
a de 50, trabalhou intensamente com pacientes em estados psicóticos, com
os quais se interessou, sobretudo ,pelos distúrbios da linguagem,
pensamento, conhecimento e comunicação;
nos anos 60 ele aprofundou esses últimos estudos, de modo que essa
década, reconhecida como a mais rica, original e produtiva, pode ser
chamada como a epistemológica;
na década de 70, por sua vez, é considerada a de predominância mística.
Nesses 40 anos, Bion produziu em torno de 40 títulos importantes, além de
participações em conferências e a coordenação de seminários clínicos.
Das contribuições de Bion, merecem um destaque especial as seguintes:
Elementos de psicanálise. Bion preconizava a necessidade de substituir o
excesso de teorias que impregnam a psicanálise e substituí-las por “modelos”
e, da mesma maneira, ele propôs uma simplificação por “elementos da
psicanálise”, que, segundo ele, comportam-se de forma análoga às sete
notas musicais simples, ou aos algarismos de 0 a 9, ou ainda às letras do
alfabeto. Os seis elementos psicanalíticos por ele propostos são:
1- Uma permanente interação entre a “posição esquizoparanóide” (PS) e
“depressiva” (D);
2- A identificação projetiva na relação “continente”-“conteúdo”;
3- Os “vínculos” de amor (L), ódio (H) e “conhecimento” (K);
4- As “transformações”;
5- A relação entre idéia (I) e razão (R);
6- A “dor psíquica”.
Estado da mente do psicanalista: Bion enfatizou que toda a análise é um
processo de natureza vincular entre duas pessoas que vão enfrentar muitas
angústias diante dessas verdades, e isso impõe que o analista possua o que
Bion denomina como condições necessárias mínimas:
1- Um permanente estado de “descobrimento”.
2- Uma capacidade de ser “continente”, aliado a uma “função-alfa”.
3- Uma “capacidade negativa”(ou seja, uma condição de suportar, dentro de
si, sentimentos negativos, como é, por exemplo, o de um “não saber”
4- Uma “capacidade de intuição“.
5- Um “estado de “paciência” e de “empatia”“.
6- A necessidade de que, na situação analítica, a mente do analista não
esteja saturada por memória, desejo e ânsia de compreensão imediata.
7- O reconhecimento de que o analista também é importante como “pessoa
real” e que ele serve como um novo modelo de identificação para o
analisando
Bion promoveu importantes mudanças na clínica psicanalítica, em especial
com o conceito de atividade interpretativa, que não fica restrita à
decodificação e interpretação da conflitiva inconsciente, mas, sim, adquire um
caráter de promover sucessivas transformações, sempre em direção às
verdades originais, levando o analisando a ser um questionador de si mesmo,
a confrontar uma parte sua com uma outra oposta ou contraditória e assim
por diante.
Bion evita empregar o termo “cura analítica” – até mesmo porque nunca
existe uma “cura” completa, além de que essa expressão está impregnada
com os critérios da medicina.
PARADIGMAS DA PSICANÁLISE
REPERCUSSÕES NA TÉCNICA
Função continente
Parte psicótica da personalidade
Pacientes de difícil acesso
Pacientes com cápsula autista
Comunicação não-verbal
Significações (Lacan)
Funções do ego - capacidade de pensar
Multidimensões do psiquismo
Negatividade – coisa e não coisa
8- Condições Essenciais do Psicoterapeuta de Crianças e Adolescentes – 15 de
abril
Como se forma um psicoterapeuta de crianças e adolescentes? O que ele deve ter?
Como deve ser?
É a ação desses três elementos, o tratamento pessoal, a supervisão e a teoria, que
surgirão os atributos essenciais para tratarmos desses pacientes. Segundo os
preceitos teóricos da psicanálise, é o que possibilita estarmos mais
instrumentalizados para atender a pacientes em psicoterapia.
Existem atributos que devem ser inerentes aos profissionais que atendem
especificamente crianças e adolescentes e peculiaridades próprias da técnica desse
atendimento.
Ainda que seja certo que o inconsciente é atemporal e habita com a mesma
qualidade a mente de um menino de 5 anos, um rapaz de 15 e um homem de 50
anos, existem diferenças que conferem inegavelmente características diversas na
dinâmica, na técnica e no olhar lançado e, então, nos atributos que o psicoterapeuta
de crianças e adolescentes deve ter.
MAPEAMENTO DO QUE PRECISA PARA A FORMAÇÃO:
Tratamento pessoal;
Autorização pessoal, indicando que está em condições de se tornar um
psicoterapeuta;
Formação específica que garanta conhecimento sobre o “mundo infantil”,
sobre os meandros do desenvolvimento emocional e psicossexual, a
formação da personalidade, o que é esperado para cada idade e a
psicopatologia da infância.
Conhecer a dinâmica do processo adolescente;
Ler os autores clássicos e os contemporâneos e estar sempre se atualizando.
Aprender e internalizar os conceitos de tal modo que a prática seja
espontânea e natural.
Supervisione sempre, até o momento em que tiver segurança de que não
ficará cegado por conflitos ainda não resolvidos;
Disponibilidade emocional, interna e temporalmente para estar de fato com as
crianças e os adolescentes;
Estabelecer um bom vínculo e uma firme aliança terapêutica com o paciente.
Ser espontâneo ao brincar, ter disponibilidade afetiva e prazer com a
atividade.
Produzir a capacidade de regredir e de voltar ao normal várias vezes durante
uma mesma sessão, brincando e ao mesmo tempo, entender e trabalhar com
o paciente.
Trabalhe com o simbólico e o imaginário. A interpretação se dá no próprio
brinquedo;
Compreenda as modalidades de comunicação não-verbais, paralelas ao uso
das palavras;
Preserve a capacidade de tolerar o ataque dos pacientes e sobreviva a ele;
Seja verdadeiro e honesto. Tenha tranquilidade para tratar de assuntos que
podem ser considerados tabus;
Prepare seu consultório para receber a demanda de pacientes;
Seja tolerante para suportar que o consultório fique sujo ou bagunçado
durante a sessão psicoterápica;
Tenha o mesmo desprendimento para situações como ter de limpar uma
criança que urinou ou outra que defecou;
Avalie sua disposição física;
Distribua seus pacientes em horários que lhe sejam absolutamente
confortáveis;
Seja mais compreensivo e maleável ao avaliar situações da realidade de cada
família;
Dê-se liberdade para ter atitudes mais ativas quando julgar necessário;
Mantenha a mesma liberdade e flexibilidade para manejar situações
inusitadas;
Esteja atualizado nos programas jovens e infantis;
Preveja a participação mais direta de terceiros no setting;
Conceba uma psicoterapia de crianças e adolescentes somente com a
participação dos pais;
Tenha um olhar individual e ao mesmo tempo, mais amplo no contato com a
família;
Conserve a capacidade de ser empático e paciente com a família que está
envolvida, preocupada e, muitas vezes, fazendo um uso inconsciente dessa
criança como um sintoma;
Permaneça em uma posição de escuta aberta e receptiva;
Fique atento para a manutenção da neutralidade, resista ao impulso de ser
maternal, super-protetor e professoral;
Passe pela vivência do método de observação da relação mamãe-bebê,
aprendendo a aceitar e a tolerar que a família encontre suas próprias
soluções. Não entre em competição com eles
Aceite que não vamos conseguir tratar e ajudar a todos aqueles que nos
buscam;
Identifique o tipo e a severidade da psicopatologia dos pais;
Esteja pronto para denunciar casos de abuso e maltrato;
Suporte situações em que o paciente seja retirado da psicoterapia pelos pais
que não podem ou não querem mais pagar, ou porque acham que
exatamente aquilo que avaliamos como uma melhora ou evolução é uma
piora.
Trabalhe com os pais a responsabilidade pela condução que eles decidam
dar para a vida do seu filho e as consequências de atos como uma
interrupção, até o limite que eles permitirem. Necessitamos de muita
tolerância para lidar com as resistências da família em relação a melhora do
filho;
Reflita sobre os processos de identificação e contra identificação, com os
aspectos transferenciais e contratransferências;
Leve em conta que tratar de crianças e adolescentes exige mais do que o
horário de consultório;
Informe-se sobre medicações psiquiátricas, que podem ser de grande ajuda,
quando bem avaliados, indicados e acompanhados, mas também, pode ser
um veneno, se todos esses cuidados não forem tomados.
O trabalho com crianças e adolescentes é muito mais complexo e difícil.
Nessa prática, temos a possibilidade de ver o desabrochar de muitas
potencialidades quando diminuem os sintomas e quando, mesmo com
crianças muito pequenas eles retomam a vertente saudável de suas vidas.
Tornamo-nos psicoterapeutas de crianças e adolescentes aos poucos e,
talvez, nunca terminemos a nossa formação, de modo que possivelmente
sejamos para sempre um vir a ser.