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Cálculo Diferencial e Integral III

1 Semestre 2021/2022
o
¯

Curso: LEEC

Ficha de Problemas nº 1
Equações Diferenciais Lineares de 1ª ordem

1 Exercı́cios Resolvidos
1. Determine a ordem da EDO, verifique que a função apresentada é solução da equação
diferencial, determine a solução particular para as condições iniciais e faça um esboço da
solução
(a) y 0 = 1 + 4y 2 , y = 21 tg(2x + c), y(0) = 0
(b) y 00 + π 2 y = 0, y(x) = a cos(πx) + b sen(πx), y(0) = 1, y 0 (1/2) = 0

(a) Trata-se de uma equação diferencial ordinária de primeira ordem (não linear). Para
verificar que a função dada é solução, vamos substituir e verificar que se obtém uma
proposição verdadeira. Assim
1 0 1 2 1
tg(2x + c) = 1 + 4 tg(2x + c) ⇔ 2
= 1 + tg2 (2x + c)
2 2 cos (2x + c)

Atendendo a que para todo θ ∈ R se tem que cos12 θ = 1 + tg2 θ a afirmação é verdadeira
para todo x e c ∈ R e assim y(x) é solução da equação. Para calcular c de modo a que
y(0) = 0, substituimos na solução x e y por 0, obtendo
1
0= tg c ⇔ c=0
2
pelo que a solução da equação que verifica a condição dada é y(x) = 12 tg(2x).
(b) Trata-se de uma equação diferencial ordinária de segunda ordem (linear) Para verificar
que a função dada é solução, vamos substituir e verificar que se obtém uma proposição
verdadeira. Assim
00
a cos(πx) + b sen(πx) + π 2 a cos(πx) + b sen(πx) = 0


ou seja
−π 2 a cos(πx) − π 2 b sen(πx)) + π 2 a cos(πx) + π 2 b sen(πx) = 0
A afirmação é verdadeira para todo x, a e b ∈ R e assim y(x) é solução da equação.
Para calcular as constantes a e b de modo a que y(0) = 1, y 0 (0) = 0, substituimos na
solução e na sua derivada x por 0, y por 1 e para x = 0 substituimos y 0 por 0, obtendo
 
y(0) = 1 a=1
0 ⇔
y (0) = 0 b=0

pelo que a solução da equação que verifica as condições dadas é y(x) = cos(πx).

2. Determine as soluções das seguintes equações diferenciais:

(a) y 0 = − sen(πx)
2 /2
(b) y 0 = xex com y(1) = 2.

Resolução:

(a) Primitivando ambos os membros da equação


Z Z
0 1
y (x)dx = − sen(πx)dx ⇔ y(x) = cos(πx) + c
π
em que c ∈ R.
(b) Primitivando ambos os membros da equação
Z Z
0 2 2
y (x)dx = xex /2 dx ⇔ y(x) = ex /2 + c, com c ∈ R.

Usando a condição inicial, 2 = y(1) = e1/2 + c, pelo que c = 2 − e1/2 . A solução do


problema de valor inicial é, pois:
2 /2
y(x) = ex − e1/2 + 2.

3. Determine todas as soluções das seguintes equações diferenciais ordinárias lineares


dy
a) + y = 2 + 2x b) ψ 0 = ψ − t
dx
dy dx
c) x + 2y = (x − 2)ex d) (1 + y 2 ) = arctg y − x
dx dy
Resolução:

2
(a) Trata-se de uma equação linear em y que admite um factor integrante, µ(x), dado
pela equação
µ0 = µ ⇔ µ(x) = ex
Multiplicando ambos os membros da equação por µ, obtemos
dy d x 
ex + ex y = (2 + 2x)ex ⇔ e y = (2 + 2x)ex
dx dx
Z
⇔ e y = (2 + 2x)ex dx + c
x

⇔ ex y = 2xex + c

⇔ y(x) = 2x + ce−x
em que c ∈ R.
(b) A equação é equivalente a
ψ 0 − ψ = −t (1)
Esta equação admite um factor integrante, µ(t) dado por
µ0
µ0 = −µ ⇔ = −1 ⇔ log µ = −t ⇔ µ = e−t
µ
Multiplicando ambos os membros da equação (1) por µ obtemos
Z
d −t −t −t −t t

−t −t

(e ψ) = −te ⇔ e ψ = − te dt + c ⇔ ψ(t) = e te + e + c
dt
⇔ ψ(t) = t + 1 + cet
em que c ∈ R.
(c) Para x 6= 0, a equação pode ser escrita na forma
2 (x − 2) x
y0 + y= e (2)
x x
Trata-se de uma equação linear, e admite um factor integrante, µ(x) dado por
2 R 2 2
µ0 = µ ⇔ µ = e x dx = e2 log x == elog x = x2
x
Multiplicando ambos os membros da equação (2) por µ obtemos
Z
d 2
(x y) = (x − 2x)e ⇔ x y = (x2 − 2x)ex dx + c
2 x 2
dx
1 
⇔ y(x) = 2 (x2 − 4x + 4)ex + c
x
1 
⇔ y(x) = 2 (x − 2)2 ex + c
x

3
em que c ∈ R.
(d) A equação é equivalente a

dx 1 1
+ x = arctg y (3)
dy 1 + y 2 1 + y2

Esta equação admite um factor integrante, µ(y) dado por


1 R 1
dy
µ0 = µ ⇔ log µ = e 1+y 2 = earctg y
1 + y2

Multiplicando ambos os membros da equação (3) por µ obtemos


Z
d arctg y 1 arctg y arctg y 1
(e x) = 2
arctg y e ⇔ e x = arctg y earctg y dy
dy 1+y 1 + y2

⇔ earctg y x = arctg y earctg y − earctg y + c

⇔ x(y) = arctg y − 1 + ce− arctg y

em que c ∈ R. Note que a primitiva foi calculado usando a substituição u = arctg y,


du 1
dy
= 1+y 2.

4. Determine as soluções dos seguintes problemas de valor inicial

a) xy 0 = 2y + x3 ex , y(1) = 0.
dv 2u 1
b) + 2
v− = 0, v(0) = 1.
du 1 + u 1 + u2
c) xy 0 = y + x2 sen x, y(π) = 0

Resolução:

(a) Para x 6= 0, a equação é equivalente a


2
y 0 − y = x2 e x
x
Trata-se de uma equação linear em y que admite como factor integrante
R
− x2 dx 1
µ(x) = e =
x2

4
Tem-se então que
1 0 1 x d1 
y − y = e ⇔ y = ex
x2 x dx x2
y
⇔ 2 = ex + c
x

⇔ y(x) = x2 (ex + c)

Dado que y(1) = 0, teremos

0=e+c ⇔ c = −e

e a solução do PVI é
y(x) = x2 (ex − e)
(b) A equação é equivalente a

dv 2u 1
+ 2
v= (4)
du 1 + u 1 + u2
que é uma equação linear em v e admite um factor integrante, µ(u), dado pela equação

2u µ0 2u
µ0 = µ ⇔ = ⇔ log µ = log(1 + u2 ) ⇔ µ = 1 + u2
1 + u2 µ 1 + u2

Multiplicando ambos os membros da equação (4) por µ obtemos


 dv d  
1 + u2 + 2u v = 1 ⇔ 1 + u2 v = 1
du du
⇔ 1 + u2 v = u + c


u+c
⇔ v(u) =
1 + u2
Dado que
1 = v(0) = c,
a solução do PVI é
u+1
v(u) =
u2 + 1
(c) Para x 6= 0 a equação pode ser escrita na forma
1
y 0 − y = x sen x
x

5
que é uma equação linear em y e admite um factor integrante, µ(x), dado pela equação
1 1
µ0 = − µ ⇔ µ(x) =
x x
Multiplicando ambos os membros da equação por µ obtemos
1 0 1 1 0  1 0
y − 2 y = sen x ⇔ y + y = sen x
x x x x
 1 0
⇔ y = sen x
x
y
⇔ = − cos x + c
x
⇔ y(x) = −x cos x + cx

Dado que y(π) = 0 tem-se

0 = π + cπ ⇔ c = −1,

pelo que a solução do PVI é


y(x) = −x cos x − x

5. De acordo com a lei de arrefecimento de Newton, a taxa de arrefecimento de uma


substância numa corrente de ar, é proporcional à diferença entre a temperatura da
substância e a do ar. Assumindo que a temperatura do ar é 30o C e que a substância
arrefece de 100o C para 70o C em 15m, determine o tempo que a substância demora a
atingir a temperatura de 40o .
Resolução:

Aplicando a lei do arrefecimento de Newton ao nosso caso:


dT
= −k(T − 30),
dt
onde t é medido em minutos, k > 0 é o módulo da constante de arrefecimento e T (t)
é a função que representa a temperatura da substância no instante t. Resulta pois que
T (t) é a solução do problema de valor inicial:

dT
+ kT = 30k, T (0) = 100
dt

6
Trata-se de uma equação linear não homogenea, que admite como factor integrante
R
k dt
µ(t) = e = ekt

Multiplicando todos os termos da equação por µ(t)

d  kt 
e T = 30kekt ⇔ ekt T = 30ekt + c ⇔ T (t) = 30 + ce−kt , com c ∈ R.
dt
Como T (0) = 100, concluimos que

T (t) = 30 + 70e−kt

Atendendo também a que T (15) = 70, resulta que

4 log(7/4) log 7 − log 4


70 = 30 + 70e−15k ⇔ e−15k = ⇔ k= = ≈ 0, 0373
7 15 15
Pretende-se determinar o instante em que a temperatura da substância é de 40o C, isto é,

T (t) = 40 ⇔ 30 + 70e−kt = 40 ⇔ −kt = log 1/7 = − log 7

log 7
⇔ t = ≈ 52, 2
k
Conclui-se que a temperatura da substância deverá atingir o valor de 40o C ao fim de,
aproximadamente, 52 minutos.

6. O corpo de uma vı́tima de assassinato foi descoberta. O perito da policia chegou à


1:00h da madrugada e, imediatamente, mediu a temperatura do cadáver, que era de 34,8
C. Uma hora mais tarde a temperatura era 34,1o C. A temperatura do quarto onde se
encontrava a vı́tima manteve-se constante a 20o C. Estime a hora a que se deu o crime,
admitindo que a temperatura normal de uma pessoa viva é de 36,5o C.
Resolução:

Sendo T (t) a temperatura do corpo no instante t, o modelo matemático para a lei de


arrefecimento de Newton é:
dT
= −k(T − Ta )
dt
onde Ta é a temperatura ambiente e −k < 0 é a constante de proporcionalidade (do
arrefecimento do corpo). Temos pois, como no problema anterior, que
 0
T 0 + kT = 20k ⇔ ekt T = 20kekt ⇔ T (t) = 20 + ce−kt

7
Tomendo t0 = 0 o instante em que a primeira medição de temperatura foi feita, temos
que
T (0) = 34.8 ⇔ c = 14.8
e assim
T (t) = 20 + 14.8 e−kt
Para determinar a taxa de arrefecimento, k, usamos a outra medição:
14.1
T (1) = 34.1 ⇔ 34.1 = 20 + 14.8 e−kt ⇔ k = − log ≈ 0.0485
14.8
e então
T (t) = 20 + 14.8 e−0,0485 t
Para saber quando o crime foi cometido, pretende-se saber a que horas a temperatura do
corpo era de 36.5 C, queremos determinar t tal que
16.5
−0,0485 t log 14.8
T (t) = 36.5 ⇔ 36.5 = 20 + 14.8 e ⇔ t=− ≈ −2.24
0.0485
Conclui-se que o crime foi cometido por volta das 22h 45min.

7. No instante t = 0 a quantidade de um certo material radioativo armazenado é x0 . A


equação para x(t), a quantidade de material radioativo é dx
dt
= −ax, onde a > 0 é uma
constante.
(a) Encontre a solução x(t)
(b) Calcule a “meia-vida”, ou seja o tempo necessário para que a concentração inicial x0
se reduza a metade. Note que a “meia-vida” não depende da concentração inicial.
Resolução:

(a) Sendo a equação do decaimento radioactivo linear homogénea, tem-se que

dx
= −ax ⇔ x(t) = ce−at
dt
e dado que x(0) = x0 , a solução do problema é x(t) = x0 e−at .
(b) Pretende-se saber o instante T em que se obtém a meia vida, isto é, o instante em
que a quantidade de substância radioactiva é metade da quantidade inicial. Ou seja
x0 x0 log 2
x(T ) = ⇔ x0 e−aT = ⇔ T =
2 2 a

8
8. Considere a equação diferencial
dy
+ 2xy 5 − y = 0
2x
dx
(a) Determine a solução geral da equação efectuando a mudança de variável v = y −4 .
(b) Determine a solução que verifica y(1) = 1, indicando o seu intervalo máximo de
existência.
Resolução:

 −4
(a) Seguindo a sugestão, fazemos v(x) = y(x) pelo que

dv dy
= −4y −5 .
dx dx
Multiplicando ambos os membros da equação diferencial por −4y −5 , obtém-se:

−5 dy
 
+ 2x − 4 y −5 y 5 + 4 y −5 y = 0,

2x −4y
| {z dx} | {z } |{z}
k k
k v
dv 1
dx

ou seja,
dv
2x− 8x + 4v = 0
dx
Dividindo por 2x e rearranjando os termos, obtém-se a equação linear não homogénea:
dv 2
+ v = 4 (5)
dx x
O seu factor integrante é dado por
2
R
dx
µ(x) = e x = x2

Multiplicando todos os termos da equação (5) por µ(x)

2dv 2 d 2  2 2 4x3 4x c
x + 2x v = 4x ⇔ x v = 4x ⇔ x v = + c ⇔ v(x) = + 2
dx dx 3 3 x
Finalmente, desfazendo a mudança de variável,
s r
4x c 1 3x2
y −4 (x) =
4
+ 2 ⇔ y(x) = ± 4 4x c =±
3 x 3
+ x2
4x3 + c

onde c ∈ R.

9
(b) Dado que y(1) = 1, conclui-se que y(x) é positivo e c = −1. Como tal a solução do
PVI é dada por r
4 3x2
y(x) = .
4x3 − 1
O domı́nio de diferenciabilidade da função y(x) é
n 3x2 o ip h
D = x ∈ R : 4x3 − 1 6= 0 e > 0 = 3
1/4, +∞
4x3 − 1
o intervalo máximo de solução será o maior intervalo I ⊂ D, tal que 1 ∈ I, ou seja:
ip h
3
I = 1/4, +∞

9. Encontre as soluções da equação y 0 sen t + y cos t = 1 no intervalo ]0, π[. Mostre que só
há uma solução tal que lim y(t) é finito e indique um problema de valor inicial que tenha
t→0
essa solução.
Resolução:

É de notar que (sen t)0 = cos t e, como tal, a equação pode ser escrita na forma
 0
y 0 sen t + y(sen t)0 = 1 ⇔ y sen t = 1 ⇔ y sen t = t + C com C ∈ R.

Dado que para t ∈ ]0, π[ a função sen t não se anula, resulta que a solução geral da
equação (definida nesse intervalo) é dada por
t+C
y(t) = ,
sen t
com C ∈ R. Como para C 6= 0
t 1 1
lim y(x) = lim + C lim = 1 + C lim = 1 ± ∞ = ±∞
t→0 t→0 sen t t→0 sen t t→0 sen t

então o limite da solução quando t → 0 só é finito quando C = 0; nesse caso,


t
y(t) = e lim y(x) = 1.
sen t t→0

A condição inicial a acrescentar a equação diferencial pode ser a seguinte:


π  π
π
y = 2π = .
2 sen 2 2

10
10. Obtenha a solução y : R → R da seguinte equação:
Z t
y(t) = 1 + sy(s) ds. (6)
1

Resolução:

Derivando ambos os membros da equação integral (6) em ordem a t e aplicando o teorema


fundamental do cálculo, obtém-se:
Z t 0
0
y (t) = sf (s) ds ⇔ y 0 (t) = ty(t)
1

Desta forma, y(t) é solução da equação linear homogenea


t2
R
y 0 = ty ⇔ y(t) = Ke t dt
= Ke 2

onde K ∈ R. Atendendo a que, pela mesma equação (6), y(1) = 1 tem-se que Ke1/2 =
1, ou seja, K = e−1/2 . Assim, a solução da equação integral é
t2 −1
y(t) = e 2

e está definida para t ∈ R.

2 Exercı́cios Propostos
1. Diga qual das seguintes equações é uma equação linear

(a) x − y 0 = xy (b) y 0 + xy = x
1 1
(c) y 0 = + (d) x sen x = x2 − y 0
x y

2. Determine todas as soluções das seguintes equações diferenciais ordinárias lineares


dy dy sen t
(a) = −yet (b) y 0 = x3 − 2xy (c) t2 + 3ty = , t<0
dt dt t
dy dy
(d) + y = 2 + 2x (e) xy 0 + y = 3x cos(2x) (f) t + 2y = et , t > 0
dx dt
dy dy dy 1 
(g) − 3y = e3x sen x (h) − y tg x = 1 (i) =y − tg t + t cos t
dx dx dt t

3. Determine as soluções dos seguintes problemas de Cauchy:

11
dy dy
(a) (x2 + 1) + 3x(y − 1) = 0, y(0) = 1 (b) + 4t3 y = t3 , y(0) = 1
dx dt
dy dy 2 cos t
(c) + y = sen t, y(π) = 1 (d) + y = 2 , y(π) = 0, t > 0
dt dt t t
dy dy 1 
(e) cos2 x + y − 1 = 0, y(0) = 5 (f) =y − tg t + t cos t, y(π) = 0
dx dt t
( (
x0 + h(t)x − t = 0 0 se t < 0
(g) tomando-se h(t) =
x(−1) = 2 t se t ≥ 0

4. Determine a intensidade da corrente, I(t), como uma função de t (em segundos), sabendo
que I verifica a equação diferencial
dI
L + RI = sen(2t)
dt
onde R e L são constantes não nulas.
5. Quando deixamos cair uma pedra, assumindo que a resistência do ar é desprezável, a ace-
2
leração do movimento, ddt2y = y 00 é constante, igual a −g, sendo g = 9, 8m/s2 a aceleração
da gravidade na superfı́cie terrestre. Escreva uma equação diferencial para y, onde y é a
altura da pedra no instante t. Se a pedra estava na posição y0 , com velocidade inicial v0 ,
no instante t = 0, mostre que a solução da equação é y = −gt2 /2 + v0 t + y0 . Quanto
tempo demora uma queda de 100 metros de uma pedra largada com velocidade nula? E
uma queda de 200 metros?
6. Considere o seguinte problema de valor inicial:
 
2 dy 2 π
x cos y = 2x sen y − 1 y =
dx 3 6
Determine a solução geral, na forma implı́cita, da equação diferencial e resolva o problema.
Sugestão: Efectue a mudança de variável v = sen y.
7. Considere a equação diferencial
dy
t2 + 2ty − y 3 = 0
dt
(a) Determine a solução geral da equação efectuando a mudança de variável v = y −2 .
(b) Determine a solução que verifica y(1) = 1, indicando o seu intervalo máximo de
existência.
(c) No caso geral, considere a equação diferencial de Bernoulli
dx
= α(t)x + β(t)xn
dt
onde α e β são funções definidads e contı́nuas em I ⊂ R. Mostre que a mudança de
variável y(t) = (x(t))1−n transforma a equação numa equação linear.

12
8. Resolva os seguintes problemas de valor inicial, envolvendo equações de Bernoulli:
y √
(a) y 0 + 3x2 y = x2 y 3 , y(0) = 1 (b) y0 += x y, y(1) = 1
x
4x 1 2 y3
(c) y 0 = 5y − , y(0) = − (d) y 0 + y = 2 , y(1) = −1
y 5 x x
9. Obtenha a solução da equação
y
y0 = − 2y 2
t
com condição inicial y(t1 ) = y1 > 0 para algum t1 > 0. Mostre que limt→∞ y(t) = 0.

10. Considere a equação de Ricati escalar


dx 1
= − x − x2 (7)
dt t
(a) Mostre que a função ϕ(t) = 1t + ψ(t) é solução da equação de Ricati sse ψ é solução
de uma certa equação de Bernoulli.
(b) Determine a solução da equação (7).

11. (a) Mostre que a substituição z = P transforma a equação logistica

P
P 0 = kP (1 − )
M
na equação linear
k
z 0 + kz =
M
(b) Resolva a equação diferencial para obter uma expressão para P (t),

3 Soluções de 1.2

1. (a), (b) e (d) sim; (c) não

2.
t 2 x2
(a) y(t) = ce−e (b) y(x) = ce−x + 2
+ 1
2
(c) y(t) = c−cos t
t3
et (t−1)+c
(d) y(j) = 2x + ce−x (e) y(x) = c
x
+ 32 sen(2x) + 3
4x
cos(2x) (f ) y(t) = t2

(g) y(j) = e3x (− cos x + c) (h) y(t) = sen x+c


cos x
(i) y(t) = (t2 + ct) cos t

com c ∈ R, em todas as alı́neas.

13
 
4
3. (a) y(x) = 0 (b) y(t) = 14 (1 + 3e−t ) (c) y(t) = 1
2
sen t − cos t + eπ−t
(d) y(t) = (sen t
t2
(e) y(j) = 1 + 4e− tg x (f) y(t) = (t2 − πt) cos t
2
t +3
2
se t≤0
(g) x(t) = 2
e−t /2
1+ 2 se t>0
  R
4. I(t) = 4L21+R2 R sen(2t) − 2L cos(2t) + Ce− L t

5. Aproximadamente 4.5s e 6.4s


2 1
 na forma1implı́cita é sen y = cx + 3x , onde c ∈ R. A solução do P.V.I.
6. A solução geral
1
é y(j) = 3x , para x ∈] 3 , +∞[.
q q q i h
5t 5t 5t
7. (a) y(t) = 2+5ct 5 ou y(t) = − 2+5ct 5 (b) y(t) = 2+3t5 e IMax = 0, ∞
q  2 √
3 x2 4 20x+2−e10x
8. (a) y(j) = 1+2e2x3
(b) y(j) = 5
+ √
5 x
(c) y(x) = − 5
(d)
 4 −1/2
y(x) = − 3x5 2
+ 5x

y1 t
9. y(t) =
y1 t2 + t1 − y1 t21
 
dϕ 1 2 dψ 2
10. (a) dt
= t
− ϕ − ϕ é equivalente à equação dt
− t
+ 1 ψ = −ψ 2
1 1 e−t
(b) ϕ(t) = t
+ ψ(t) = t
+ R 
e−t
t2 dt+C
t2

14

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