Eduardo PT5 Relatorio Exp8

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Relatório de física experimental

Experimento 8 – Deformação Inelástica e Processo Irreversível


Aluno: Eduardo Phillipe Marçal Braga Matrícula: 2018015944 Turma: PT5

Introdução

Esse experimento consiste basicamente no exemplo de uma gominha de borracha sendo


esticada por uma determinada força peso, a partir de certo ponto temos um sistema que deixa
de possuir as características de linearidade e reversibilidade do comportamento elástico do
material.

A partir disso, a dependência entre a força e a variação do comprimento da gominha não


possui uma expressão indefinida e só pode ser definido experimentalmente. Isso se deve a
modificação estruturais dado à força excessiva que estica a gominha, havendo perda de
energia, e fazendo com esse processo de alongamento se torne irreversível.

Apesar de não haver uma equação definida para a relação entre a força e a deformação, ao
coletar os dados experimentalmente podemos criar um gráfico Força x Deformação, e com isso
determinamos o trabalho (W) através da área sob a curva.

Esse processo é feito primeiro adicionando cargas, e depois retirando as cargas.

Método

Para realizar o experimento usamos uma gominha pendurada na haste de sustentação, com
um suporte para colocar os pesos na extremidade de baixo. Uma régua milimetrada é utilizada
para medir a deformação.
Primeiramente, aplica-se uma força constante P, e, uma vez que a gominha é esticada e atinge
o equilíbrio são realizadas medições das deformações em função do tempo. Nessa parte
obtivemos os seguintes dados:
Tempo (s) 0 21 50 88 110 140 240 300
Posição (mm) 65 69 72 74 75 75 76 76

Os dados da primeira parte do experimento dão usados para termos uma estimativa do tempo
necessário para que a deformação atinja um valor constante. Esse valor foi de 240 segundos.
Posteriormente, no processo de adicionar as cargas, após cada adição o valor da deformação
foi medido após 240 segundos, e no processo de descarga foi feito o mesmo que no de carga
esperando 240 segundos para realizar a medição da deformação, só que ao invés de adicionar
fomos retirando as cargas, e obtivemos os seguintes dados:

Número de discos
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14
Posição (mm)
(CARGA) 170 178 183 188 194 201 209 218 228 239 247 255 265 275 285
Posição (mm)
(DESCARGA) 180 185 192 198 206 217 227 237 247 258 264 272 278 282 285
Sabemos que:

Massa do suporte = 29,01 ± 0,05 g Massa de um disco = 50,0 ± 0,5 g

Resultados

A partir dos dados obtidos na parte de carga e descarga geramos essa tabela em unidades
internacionais:

carga descarga
PESO (N) DEFORMAÇÃO (m) DEFORMAÇÃO (m)
0 0 0,01
0,4905 0,008 0,015
0,981 0,013 0,022
1,4715 0,018 0,028
1,962 0,024 0,036
2,4525 0,031 0,047
2,943 0,039 0,057
3,4335 0,048 0,067
3,924 0,058 0,077
4,4145 0,069 0,088
4,905 0,077 0,094
5,3955 0,085 0,102
5,886 0,095 0,108
6,3765 0,105 0,112
6,867 0,115 0,115

Com ela podemos gerar o gráfico Força x Deformação e estimar o trabalho realizado pela área
sob a curva.
Com os valores de área que nos dão o trabalho, obtidos no próprio Scidavis, os resultados
foram:

Área de carga = 0,356839 J

Área de descarga = 0,449053 J

Saldo = W = 0,092214 J

Como todas as incertezas estavam em torno de 1% a incerteza do resultado final tbm será
nessa faixa logo:

W = 0,0922 +/- 0,0009 J

Conclusão

O fato do trabalho total realizado no ciclo ter sido diferente de 0 se deve à ruptura de ligações
químicas nas cadeias das moléculas da gominha, e ao fazer a descarga essas ligações não
foram refeitas, sendo um processo irreversível.

Sabemos que a energia necessária para romper uma dessas ligações é igual:

E = 0,5 * k * T

Em que:

k = 1,38 x 10E-23 J/K e T é a temperatura de fusão da gominha = 400 K

E = 276 x 10E-23

Com isso podemos estimar um número de ligações (n) que foram rompidas nesse processo:

n = W / E = 3,34 x 10^19

Comparando com o número de Avogadro = 6,02 x 10^23 temos que:

Número de mols de ligações rompidas = 3,34 * 10^19 / 6,02* 10^23 = 5,55 x 10^-5

Portando foram rompidos aproximadamente 5,55 x 10^-5 mols de ligações.

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