Farmacoepidemiologia e Seguranca Na Utilizacao Dos Medicamentos Unidade II
Farmacoepidemiologia e Seguranca Na Utilizacao Dos Medicamentos Unidade II
Farmacoepidemiologia e Seguranca Na Utilizacao Dos Medicamentos Unidade II
E SEGURANÇA NA
UTILIZAÇÃO DE
MEDICAMENTOS
UNIDADE II
MEDICAMENTOS E A SAÚDE
PÚBLICA
Elaboração
Juliana Meira Guedes
Produção
Equipe Técnica de Avaliação, Revisão Linguística e Editoração
SUMÁRIO
MEDICAMENTOS E A SAÚDE PÚBLICA.........................................................................................1
UNIDADE II
MEDICAMENTOS E A SAÚDE PÚBLICA.........................................................................................5
CAPÍTULO 1
FARMACOEPIDEMIOLOGIA................................................................................................... 5
CAPÍTULO 2
OUTROS ESTUDOS DE FARMACOEPIDEMIOLOGIA.............................................................. 23
REFERÊNCIAS.........................................................................................................................25
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MEDICAMENTOS E A
SAÚDE PÚBLICA
UNIDADE II
Capítulo 1
FARMACOEPIDEMIOLOGIA
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/relacao_medicamentos_rename_2020.
pdf.
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» características farmacocinéticas;
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A farmacologia é uma disciplina que estuda os efeitos dos fármacos, suas aplicações,
seus benefícios e a nova utilização em seres humanos por meio da Farmacologia Clínica,
sendo em grupos ou em pacientes individuais.
Podemos dizer que se trata de uma área de Ciências de Saúde, que tem como
objetivo principal atingir o uso racional de medicamentos. É uma disciplina de extrema
importância para o uso racional de medicamentos e consequentemente para a saúde
pública.
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Por outro lado, aspectos dos medicamentos reconhecidos desde a antiguidade até
os dias de hoje passaram a merecer maior consideração. Cada vez mais as agências
reguladoras estão alinhadas no mundo todo, e o desenvolvimento de um medicamento
e a colocação dele no mercado passam por uma série de requisitos de cumprimento,
por meio das farmacopeias, e esses são mais que necessários.
Com um mercado tão amplo, ainda vale recordar que muitos fármacos são utilizados
comunitariamente fora do contexto para o qual foram desenvolvidos, e é esse ponto
que ainda deve ganhar força.
Aqui vamos abrir um parêntesis e falar da pandemia que nos acometeu em 2019,
a Covid-19 (SARS-CoV-2), que desencadeou várias hipóteses sobre o uso de
medicamentos específicos e o risco de infecção, assim como nos desafiou em relação
ao prognóstico e ao futuro da humanidade. Nessa época única, que vivemos, respostas
rápidas foram necessárias, entretanto o desenho e a condução adequados de estudos
farmacoepidemiológicos ainda são necessários para gerar evidências válidas e confiáveis.
A análise dessa prática deve buscar demonstrar como os padrões de condutas individuais
e coletivas se comportam e como são construídas perante esse grande mercado
farmacêutico.
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Objetivos da EUM:
Aspectos médicos:
» risco – efeitos adversos a curto e longo prazos; fatores especiais de risco com
provável determinação genética, doença e ambiente, nutrição, idade, sexo, gravidez,
amamentação etc.;
Aspectos econômicos:
Aspectos sociais:
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Por isso, entender que saúde pública nos dias de hoje enxerga muito mais do que
doenças infectocontagiosas é muito importante. O uso racional de medicamentos deve
ser considerado nos âmbitos privados e públicos.
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Para o desenvolvimento desses estudos, existe uma metodologia comum, com base em
uma classificação de medicamentos e no reconhecimento da existência de diferentes
técnicas para a quantificação e qualificação de consumo.
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Para esse estudo, utilizam-se fontes sobre as vendas privadas e para instituições como
hospitais, sanatórios e entidades públicas.
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os medicamentos ou fármacos na sua dose ideal, indicada por literatura científica de seu
laboratório fabricante. Assim, a DDD é uma unidade técnica que permite as comparações
nesse tipo de estudo.
Não interfere nesse estudo os preços de cada medicamento, que pode variar, por
exemplo, em cada país.
» avaliar o efeito de uma intervenção que tenha sido desenhada para mudar
práticas de prescrição.
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rapidamente, especialmente nas faixas etárias entre 5 e 34 anos. Depois de 1967, essas
taxas começaram a declinar, aproximando-se dos níveis pré-epidêmicos nos anos 1970
(STOLLEY, 1992).
Os estudos deste tipo são viáveis onde existem redes regionalizadas de atenção primária
organizada. A fonte de dados pode ser tanto os registros institucionais quanto um
instrumento de detecção de casos aplicado a uma amostra ou à totalidade dos usuários
do serviço em um período definido de tempo.
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Todas essas questões, quando investigadas, geram dados estatísticos em tipo de estudo.
Esses dados poderão ser utilizados para a organização do nosso sistema de saúde e
da assistência farmacêutica e, quando exemplificados, permitem conhecer melhor os
determinantes e o padrão de consumo de medicamentos na população. Desse modo,
podem contribuir significativamente tanto para o planejamento e organização das
ações de saúde quanto para reorientar as práticas assistenciais na perspectiva de uma
utilização mais racional dos medicamentos em nosso país.
O desenho deste tipo de estudo possibilita a comparação entre dois grupos de pessoas.
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Fonte: http://eagaspar.com.br/mcguido/conceitos.htm.
Tantos estudos do tipo caso-controle ou de coorte podem ser usados para obter
informações sobre o perfil de segurança do medicamento.
Em geral, este tipo de estudo conduz avaliações do uso de medicamentos para produtos
farmacêuticos que estão associados ao risco de eventos adversos, as quais são de alto
custo ou de grande volume.
Por exemplo, é necessário monitorar uma coorte com mais de 8 mil pessoas para garantir
um poder estatístico de 80% na detecção de um evento (RAM) que ocorre uma vez a
cada 5 mil pacientes expostos a um determinado medicamento.
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No estudo de coorte, um grupo de pacientes vai ser estudado com base na utilização
de um medicamento. Os participantes devem constituir um grupo o mais homogêneo
possível quanto às características de faixa etária, local de residência ou de trabalho,
atividade ocupacional etc.
Essa análise requer medidas de associação que serão comparadas: risco relativo (razão
de incidências) e o risco atribuível (diferença de incidências). Os dados dos estudos serão
comparados e também suas proporções entre indivíduos que desenvolvem a doença/
evento no período de estudo, entre expostos e não expostos, permitindo o cálculo de
medidas de incidência e de estimativas de risco.
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Fonte: http://200.145.142.234/Metodologia/f-aula_6/01-estudos_de_coorte.htm.
a eficácia de um medicamento para uma indicação para a qual a droga não foi
originalmente aprovada.
É o desenho de estudo experimental utilizado para analisar uma nova forma terapêutica
ou preventiva. A população participante do estudo é distribuída aleatoriamente em
dois grupos denominados grupo de tratamento e grupo controle. Os participantes
do grupo de tratamento são expostos a uma determinada intervenção e os do grupo
controle não sofrem essa exposição. A intervenção estudada pode ser uma nova droga
ou conduta médica.
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Além disso, uma precisa definição das medidas de resultado, a padronização de técnicas
de mensuração e o teste e calibração visando garantir a reprodutibilidade da mensuração
são estratégias para minimizar o erro aleatório nesse tipo de estudo.
Esses tipos de estudos enfrentam problemas éticos e logísticos não mencionados nos
outros estudos, além de serem caros. Hoje em dia, existem comissões de éticas que
regulamentam esse tipo de estudo.
1.2.7. População-alvo
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Essa população reflete a cultura sanitária e a qualidade do sistema de saúde local, por
exemplo: acesso do usuário ao sistema de saúde, suas noções de quais serviços deve
procurar, disponibilidade técnica de diagnóstico, entre outros.
Em cada caso, a tomada de decisão envolve a ponderação dos custos e riscos da terapia
e seus benefícios. Os principais custos são obviamente os destinados ao desenvolvimento
do estudo. Entre os riscos de desenvolver um estudo farmacoepidemiológico, estão as
possibilidades de identificar uma reação adversa associada ao medicamento, quando de
fato isso não ocorre, ou prover falsas garantias quanto à segurança do medicamento.
Esses riscos podem ser minimizados pelo desenho apropriado do estudo, por
pesquisadores capacitados e por uma interpretação dos resultados obtidos.
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Capítulo 2
OUTROS ESTUDOS DE FARMACOEPIDEMIOLOGIA
O sistema permite investigar o uso de drogas a fim de melhorar a qualidade do seu uso.
Um componente disso é a apresentação e a comparação de estatísticas de consumo de
drogas em âmbito internacional.
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» grupo anatômico;
» grupo terapêutico;
» grupo farmacológico;
» grupo químico;
» às preparações associadas ou àquelas que a DDD não pode ser expressa pela
unidade do princípio ativo é atribuído o uso de uma Unidade de Dose (UD) de
acordo com a forma farmacêutica;
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REFERÊNCIAS
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arttext&pid=S0102-311X2004000100017.http://200.145.142.234/Metodologia/f-aula_6/01-estudos_
de_coorte.htm.
http://eagaspar.com.br/mcguido/conceitos.htm.https://www.gov.br/anvisa/pt-br.https://docplayer.com.
br/46713792-Universidade-federal-do-ceara-departamento-de-fisiologia-e-farmacologia-programa-de-
pos-graduacao-em-farmacologia.html.https://www.actamedicaportuguesa.com/revista/index.php/amp/
article/viewFile/1752/1329.
http://www.conselho.saude.gov.br/ultimas_noticias/2005/medicamentos.htm.https://pt.slideshare.net/
Love_Pharmacy/farmacoepidemiologia-basica.https://www.slideshare.net/marcosdiego/apostila-md-
farmacoepidemiologia.https://azdoc.tips/documents/farmacovigilancia-livro-digital-5c183f9794a26.
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