Lei N.º 17-19 Iva

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Terça-feira, 13 de Agosto de 2019 I Série – N.

º 104

DIÁRIO DA REPÚBLICA
ÓRGÃO OFICIAL DA REPÚBLICA DE ANGOLA
Preço deste número - Kz: 220,00
Toda a correspondência, quer oficial, quer ASSINATURA O preço de cada linha publicada nos Diários
relativa a anúncio e assinaturas do «Diário . Ano da República 1.ª e 2.ª série é de Kz: 75.00 e para
da República», deve ser dirigida à Imprensa
As três séries . . .. . .. . .. . .. . .. . .. Kz: 734 159.40 a 3.ª série Kz: 95.00, acrescido do respectivo
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«Imprensa». A 3.ª série . . .. . .. . .. . .. . .. . .. Kz: 180 133.20 da Imprensa Nacional - E. P.

SUMÁRIO e eficaz organização das infra-estruturas tecnológicas e


institucionais dos principais destinatários, pelo que urge
Assembleia Nacional proceder-se à alteração da referida Lei, com vista à criação
Lei n.º 17/19: de condições para a sua integral implementação.
Altera os artigos 3.º, 5.º, 6.º e 9.º da Lei n.º 7/19, de 24 de Abril, que A Assembleia Nacional aprova, por mandato do povo,
Aprova o Código do Imposto Sobre o Valor Acrescentado, e os arti-
gos 5.º, 10.º, 12.º, 14.º, 18.º, 21.º, 22.º, 23.º, e o 31.º do Código do nos termos das disposições combinadas da alínea o) do n.º 1
Imposto Sobre o Valor Acrescentado. do artigo 165.º e da alínea d) do n.º 2 do artigo 166.º, ambos
Lei n.º 18/19: da Constituição da República de Angola, a seguinte:
Altera os artigos 1.º, 10.º, 11.º, 12.º e 15.º da Lei n.º 8/19, de 24 de Abril,
que Aprova o Código do Imposto Especial de Consumo.
Tribunal de Contas LEI QUE ALTERA A LEI QUE APROVA
Resolução n.º 3/19: O CÓDIGO DO IMPOSTO SOBRE O VALOR
Aprova o Regulamento Interno do Funcionamento da 2.ª Câmara do ACRESCENTADO
Tribunal de Contas. — Revoga a Resolução n.º 3/11, de 2 de Fevereiro.
Tribunal Supremo ARTIGO 1.º
(Alteração da Lei n.º 7/19, de 24 de Abril, que Aprova o Código
Despacho n.º 1/19: do Imposto Sobre o Valor Acrescentando)
Nomeia José Janota Sumbo André para o cargo de Assessor do Gabinete
do Juiz Conselheiro João Pedro Kinkani Fuantoni. São alterados os artigos 3.º, 5.º, 6.º, 9.º da Lei n.º 7/19,
Ministérios das Finanças e da Acção Social, de 24 de Abril, que Aprova o Código do Imposto Sobre o
Família e Promoção da Mulher Valor Acrescentando, que passam a ter a seguinte redacção:
Despacho Conjunto n.º 30/19: «ARTIGO 3.º
Determina que a Instrução para a Realização da Execução das Despesas (Entrada em vigor)
para a Implementação das Acções inscritas pelos Municípios no 1. A presente Lei entra em vigor a 1 de Outubro
Programa Integrado de Desenvolvimento Local e Combate à Pobreza
(PIDLCP) devem ser realizadas no Projecto constante do OGE 2019.
de 2019.
2. (...)
Ministério das Finanças
3. (...)
Despacho n.º 31/19:
Fixa em Kz: 900.000,00 o Fundo Permanente da Unidade de Gestão da 4. (...)
Dívida Pública, para o exercício económico de 2019, e nomeia a sua «ARTIGO 5.º
Comissão Administrativa, coordenada por Ana Carla Rodrigues Cardoso. (Apuramento e pagamento do imposto)
1. (...)
ASSEMBLEIA NACIONAL 2. O Imposto Sobre o Valor Acrescentado a que se
refere o número anterior é apurado mediante aplicação
Lei n.º 17/19 da taxa de 3% sobre o volume de negócios respeitante
de 13 de Agosto aos três meses anteriores, com direito à dedução, até ao
A aplicação da Lei n.º 7/19, de 24 de Abril, Lei que limite de 4% do imposto suportado nas suas aquisições
Aprova o Código do Imposto Sobre o Valor Acrescentado, de bens e serviços que constem do mapa de fornecedo-
necessita, nos termos e prazos previstos, de uma adequada res a que se refere o n.º 4 do artigo anterior.
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3. (...) «ARTIGO 10.º


(Local das prestações de serviços)
4. (...)
5. Os sujeitos passivos do regime transitório apu- 1. (...)
2. (...)
ram, ainda, Imposto Sobre o Valor Acrescentado,
3. (...)
quando adquiram serviços a prestadores não residentes.
4. (...)
6. Para efeitos do número anterior, o Imposto é
5. As prestações de serviços a que se refere o n.º 2
apurado mediante aplicação da taxa de 3% sobre os não são tributáveis, quando realizadas fora do territó-
serviços efectivamente pagos. rio nacional.
7. (...) «ARTIGO 12.º
«ARTIGO 6.º (Transmissões de bens e prestações de serviço isentas)
(Actualização do cadastro)
1. (...)
1. Os sujeitos passivos do Imposto sobre o Valor a) (...)
Acrescentado devem apresentar, obrigatoriamente, b) (...)
por transmissão electrónica de dados, a declaração de c) (...)
início de actividade, no prazo de 30 dias após a publi- d) (...)
cação da presente Lei. e) (...)
2. (...) f) (...)
3. (...) g) (...)
4. (...) h) (...)
«ARTIGO 9.º i) (...)
(Imposto de Consumo incorporado
nas mercadorias adquiridas) j) O seguro de saúde, bem como a prestação de ser-
viços de seguros e resseguros do ramo vida;
1. (...)
k) (...)
2. O Imposto de Consumo suportado nas aquisi-
l) As prestações de serviços que tenham por
ções de bens é deduzido na totalidade na colecta do
objecto o ensino, efectuadas por estabele-
Imposto sobre o Rendimento, enquanto titular, no
exercício económico em que efectuar a transmissão cimentos integrados conforme definidos
dos bens. na Lei de Bases do Sistema de Educação
3. A recuperação do Imposto de Consumo prevista e Ensino, bem como por estabelecimentos
no presente artigo só pode ser feita até ao exercício de de Ensino Superior devidamente reconhe-
2022.» cidos pelo Ministério de Tutela;
m) As prestações de serviço médico sanitário,
ARTIGO 2.º
(Alteração ao Código do Imposto Sobre o Valor Acrescentado) efectuadas por estabelecimentos hospitala-
São alterados os artigos 5.º, 10.º, 12.º, 14.º, 18.º, 21.º, res, clínicas, dispensários e similares;
22.º, 23.º e o 31.º do Código do Imposto Sobre o Valor n) O transporte de doentes ou feridos em ambu-
Acrescentando, que passam a ter a seguinte redacção: lâncias ou outros veículos apropriados
efectuados por organismos devidamente
«ARTIGO 5.º
(Transmissão de bens) autorizados;
1. (...) o) Os equipamentos médicos para exercício da
2. (...) actividade dos estabelecimentos de saúde.
3. (...) 2. (...)
4. (...) «ARTIGO 14.º
(Importações isentas)
5. (...)
6. (...) 1. Estão isentas de imposto:
7. (...) a) (...)
8. A exclusão a que se refere o número anterior é b) (...)
também aplicável às quebras de existências devida- c) (...)
mente justificadas, bem como as transmissões de bens d) (...)
destinadas a ofertas para atenuar os efeitos das calami- e) A importação de moeda estrangeira efectuada
dades naturais, tais como cheias, tempestades, secas, pelas instituições financeiras bancárias,
ciclones, sismos, terramotos e outros de idêntica natu- nos termos definidos pelo Banco Nacional
reza, desde que devidamente autorizado pelo Titular de Angola.
do Poder Executivo. 2. (...)
I SÉRIE — N.º 104 — DE 13 DE AGOSTO DE 2019 5065

«ARTIGO 18.º pelos fornecedores de bens e serviços, devendo o


(Valor tributável nas importações)
mesmo constar da declaração do período em que foram
1. O valor tributável dos bens importados é o valor emitidas as facturas ou documentos equivalentes.
aduaneiro, determinado nos termos da legislação em «ARTIGO 23.º
vigor. (Condições para o exercício do direito à dedução)
2. [Revogado] 1. (...)
3. (...) 2. A dedução deve ser efectuada na declaração
«ARTIGO 21.º desse período ou do período seguinte àquele em que
(Imposto cativo)
se tiver verificado a emissão das facturas, documentos
1. (...) equivalentes ou documento de cobrança da declaração
2. (...) de importação.
3. (...) 3. (...)
4. (...) 4. (...)
5. Excluem-se do disposto no presente artigo as
«ARTIGO 31.º
seguintes operações: (Pagamento do imposto cativo)
a) Transmissões de bens efectuadas por super-
1. (...)
mercados;
2. (...)
b) Serviços prestados por bancos comerciais;
3. As Sociedades Investidoras Petrolíferas apenas
c) Consumo de água e energia; são obrigadas a entregar o montante do imposto cativo
d) Serviços de hotelaria e outras actividades a si das operações que não conferem direito à dedução, nos
conexas ou similares; termos dos artigos 24.º e 25.º, simultaneamente com a
e) Serviços adquiridos em caixas de pagamento declaração periódica, através dos meios de pagamento
automático; legalmente permitidos, no prazo previsto no n.º 1 do
f) As indemnizações de seguro que resultem em artigo 44.º
reembolso efectuadas pelas seguradoras 4. (...)
aos segurados. 5. (...)
6. O disposto no número anterior não se aplica às enti- 6. (...)»
dades previstas no n.º 1, com excepção das Sociedades
ARTIGO 3.º
Investidoras Petrolíferas. (Dúvidas e omissões)
«ARTIGO 22.º As dúvidas e as omissões resultantes da interpretação e
(Âmbito do direito à dedução)
da aplicação da presente Lei são resolvidas pela Assembleia
1. (...) Nacional.
2. (...)
ARTIGO 4.º
3. (...) (Entrada em vigor)
4. Pode ainda deduzir-se o imposto que tenha inci-
A presente Lei entra em vigor a 1 de Outubro de 2019.
dido sobre bens ou serviços adquiridos, importados ou
Vista e aprovada pela Assembleia Nacional, em Luanda,
utilizados pelo sujeito passivo, para realização de acti-
aos 18 de Julho de 2019.
vidades económicas, ainda que não estejam a praticar
O Presidente da Assembleia Nacional, Fernando da
operações tributáveis nos termos do artigo 3.º, desde
Piedade Dias dos Santos.
que as mesmas não respeitem as operações isentas pre-
Promulgada, aos 6 de Agosto de 2019.
vistas nas alíneas b) a o) do artigo 12.º
5. (...) Publique-se.
6. O imposto cativo pelas entidades referidas no O Presidente da República, João Manuel Gonçalves
artigo 21.º é deduzido ao valor do imposto liquidado Lourenço.

ANEXO I — A que refere a alínea a) do n.º 1 do artigo 12.º


Classificação Pautal Designação

Leite não Concentrado

0401.10.10 Leite para crianças

0401.10.90 Outros (excepto para crianças)

0401.20.00 Com um teor, em peso, de matérias gordas, superior a 1 %, mas não superior a 6 %

0401.40.00 Com um teor, em peso, de matérias gordas, superior a 6 %, mas não superior a 10%

0401.50.00 Com um teor, em peso, de matérias gordas, superior a 10 %


5066 DIÁRIO DA REPÚBLICA

Classificação Pautal Designação

Leite em Pó

0402.10.00 Em pó, grânulos ou outras formas sólidas, com um teor, em peso, de matérias gordas, não superior a 1,5 %

0402.21.00 Sem adição de açúcar ou de outros edulcorantes (com um teor, em peso, de matérias gordas, superior a 1,5 %)

0402.29.00 Outros (com adição de açúcar ou de outros edulcorantes, com um teor, em peso, de matérias gordas, superior a 1,5 %)

Feijão

0713.31.00 Feijões das espécies Vigna mungo (L.) Hepper ou Vigna radiata (L.) Wilczek

0713.32.00 Feijão-adzuki (Phaseolus ou Vigna angularis)

0713.33.00 Feijão comum (Phaseolus vulgaris)

0713.34.00 Feijão-bambara (Vigna subterranea ou Voandzeia subterranea)

0713.35.00 Feijão-fradinho (Vigna unguiculata)

0713.39.00 Outros

Arroz

1006.20.00 Arroz descascado (arroz cargo ou castanho)

1006.30.00 Arroz semi-branqueado ou branqueado, mesmo polido ou glaceado

1006.40.00 Arroz partido (Trincas de arroz)

Farinha de Trigo

1101.00.10 Farinha de trigo

Farinha de Milho (Fuba de Milho)

1102.20.00 Farinha de milho

Farinha de Mandioca (Fuba de Bombó)

1106.20.10 Farinha de mandioca

Óleo Alimentar

1507.90.00 Outros (Óleo de Soja)

1508.90.00 Outros (Óleo de Amendoim)

1511.90.00 Outros (Óleo de Palma)

1512.19.00 Outros (Óleo de Girassol ou de Cártamo)

Açúcares de Cana

1701.91.10 Açúcares de cana (Adicionados de Aromatizantes ou de Corantes)

1701.99.10 Açúcares de cana (sem Adição de Aromatizantes ou de Corantes)

Sabão

3401.19.10 Sabão em barra de peso igual ou superior a 1 kg

O Presidente da República, João Manuel Gonçalves Lourenço.

Lei n.º 18/19 fásico, incidindo sobre bens específicos, aplicando-se uma
de 13 de Agosto única vez e numa só fase do circuito económico, isto é, ou na
No âmbito da primeira avaliação do Programa de produção ou na importação e por ter finalidades extrafiscais
Financiamento Ampliado acordado entre o Governo da que consistem em agravar o consumo de bens supérfluos,
República de Angola e o Fundo Monetário Internacional bens de luxo ou nocivos à saúde pública.
(FMI) e para efeitos dos ajustes orçamentais recentemente Havendo a necessidade de introduzir ajustamentos ao
aprovados pela Assembleia Nacional foram ponderadas Regime do Imposto Especial de Consumo, aprovado pela
algumas medidas legislativas de potenciação da receita fis- Lei n.º 8/19, de 24 de Abril;
cal não petrolífera no curto prazo. A Assembleia Nacional aprova, por mandato do povo,
O Imposto Especial de Consumo representa um impor- nos termos das disposições combinadas da alínea o) do n.º 1
tante instrumento de racionalização de consumos e ao mesmo do artigo 165.º e da alínea d) do n.º 2 do artigo 166.º, ambos
tempo de arrecadação de receitas, por ter um carácter mono- da Constituição da República de Angola, a seguinte:

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