Farmacologia Aula 5

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FARMACOLOGIA Docente: Adriana Salustiano

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ANALGÉSICOS E ANTIBIÓTICOS
ANALGÉSICOS: DOR
A dor é definida como uma experiência sensorial e emocional
desagradável, associada a lesão aos tecidos orgânicos confirmada ou
potencial.

Todas as pessoas vivenciam a dor em algum momento de duas vidas, seja


uma dor de dente, dor de cabeça, infecções, lesão durante a prática de
esporte ou após cirurgias.

A dor pode ser tratada de várias maneiras, sendo a mais comum o uso de
analgésicos.
ANALGÉSICOS
Os analgésicos são medicamentos com função de aliviar a dor.

O alívio causado por esses medicamentos pode ocorrer por meio do


bloqueio dos estímulos dolorosos antes de chegarem ao cérebro ou pela
interferência na forma como o cérebro interpreta esses estímulos.

Em linhas gerais, existem três classes de analgésicos: os comuns (não-


narcóticos), como dipirona e paracetamol; os anti-inflamatórios, como
aspirina, ibuprofeno e diclofenaco; e os opioides (narcóticos), como
morfina, codeína e tramadol. No entanto, várias substâncias podem ser
utilizadas para o alívio da dor:
o Os anti-inflamatórios não esteroides (AINEs) agem sobre substâncias no
corpo que podem causar inflamação, dor e febre;

o Os corticosteroides exercem poderosos efeitos anti-inflamatórios. Eles são


frequentemente administrados como injeção no local das lesões musculo
esqueléticas, mas também podem ser tomados por via oral para aliviar a
dor de origem inflamatória;

o O acetaminofeno, também conhecido por paracetamol, aumenta o limiar


de dor do corpo, mas tem pouco efeito na inflamação;

o Os opioides, também conhecidos como analgésicos narcóticos, modificam a


forma como o cérebro interpreta as mensagens de dor;
o Relaxantes musculares reduzem a dor de grupos musculares tensos,
provavelmente através de ação sedativa no sistema nervoso central;

o Os medicamentos contra ansiedade trabalham a dor de três maneiras:


reduzem a ansiedade, relaxam os músculos e ajudam os pacientes a lidar
com o desconforto;

o Alguns antidepressivos, particularmente os tricíclicos, podem reduzir a


transmissão da dor através da medula espinhal;

o Alguns medicamentos anticonvulsivantes também aliviam a dor das


neuropatias, possivelmente estabilizando as células nervosas.
ANALGÉSICOS NÃO-NARCÓTICOS
Os medicamentos não-opióides ou não narcóticos controlam a dor leve a
moderada.

o Acetaminofeno
o Dipirona
ACETAMINOFENO
Paracetamol é um medicamento indicado para o tratamento de febre e
também colabora com auxílio temporário a dores leves e moderadas.

Pode ser utilizado na redução de dores relacionadas à resfriados, como


dor de cabeça e dor de garganta. Ainda é efetivo para reduzir o
desconforto da dor de dente.

Ainda é efetivo no combate a dores musculares, dores relacionadas a


artrite e cólicas menstruais.
APRESENTAÇÃO
o Comprimido efervescente: embalagem com 12 envelopes e cada envelope
tem 2 comprimidos de 500mg cada.

o Comprimido revestido: caixa com 20 comprimidos de 500mg ou 750mg cada.

o Suspensão oral: frasco com 60ml. Contendo 32mg de paracetamol.

o Comprimido mastigável: caixa com 18 comprimidos, contendo 160mg de


paracetamol.

o Gotas: frasco com 15ml, contendo 200mg de paracetamol.


QUANDO DEVEMOS TOMAR?
O paracetamol deve ser usado somente para aliviar temporariamente os
sintomas (leves a moderados) a seguir:

o Dor muscular;
o Dor nas costas;
o Dor de dente;
o Gripe;
o Dor na articulação;
o Dor de cabeça;
o Cólica menstrual;
o Febre.
COMO DEVEMOS USAR?
o Comprimido revestido:
• Paracetamol 500 mg: A dose usual é de 1 a 3 comprimidos, 3 a 4 vezes ao
dia.
• Paracetamol 750 mg: A dose usual é de 1 comprimido 3 a 5 vezes ao dia.

A dose diária total recomendada de paracetamol é de 4000 mg (8


comprimidos de Paracetamol 500mg ou 5 comprimidos de Paracetamol
750 mg) administrados em doses fracionadas, não excedendo 1000
mg/dose (2 comprimidos de Paracetamol 500 mg ou 1 comprimido de
Paracetamol 750 mg), em intervalos de 4 a 6 horas, em um período de 24
horas.
o Comprimido efervescente:
• O paciente pode tomar 1 a 2 comprimidos efervescentes de Paracetamol,
dissolvidos em pelo menos meio copo com água (100 ml), a cada 4 ou 6
horas.
• Não ultrapassar a dose máxima diária recomendada, que é de 8
comprimidos efervescentes deste medicamento a cada 24 horas, e
respeitar o intervalo mínimo entre doses, que é de 4 horas.

o Comprimido mastigável:
• A dose vai de acordo com o peso, pessoas com 22-31 kg deve tomar 2
comprimidos, de 32-42 kg deve tomar 3 comprimidos e pessoas com 43 kg
ou mais deve tomar 4 comprimidos, no intervalo de 4 a 6 h. a dosagem
diária nunca deve exceder a 4g.
o Suspensão oral:
• A dose recomendada de paracetamol varia de 10 a 15 mg/kg/dose, com
intervalos de 4-6 horas entre cada administração. Não exceda 5
administrações (aproximadamente 50-75 mg/kg), em um período de 24
horas. Para crianças abaixo de 11 kg ou 2 anos, consulte o médico antes
do uso.

o Gotas:
 Criança abaixo de 12 anos:
• 1 gota/kg até a dosagem máxima de 35 gotas por dose.

 Adultos e crianças acima de 12 anos:


• 35 a 55 gotas,3 a 5 vezes ao dia.
A dose diária máxima de paracetamol é de 4000 mg (275 gotas)
administrados em doses fracionadas, não excedendo a dose de 1000
mg/dose (55 gotas) com intervalos de 4 a 6 horas, no período de 24 horas.
COMO FUNCIONA
O paracetamol possui excelente farmacocinética, ou seja,
independentemente da apresentação, ele é rapidamente absorvido e
distribuído pelos tecidos, até que chega a seu alvo, efetua sua ação, se
transforma em um produto excretável (metabolização), termina sua
tarefa e sai do corpo pela via renal.

Quanto à farmacodinâmica, ou mecanismo de ação, ele age bloqueando os


processos orgânicos que causam a dor e a febre.

Geralmente, seu efeito se inicia entre 15 a 30 minutos após a ingestão,


sendo que o pico do efeito se dará em 30 minutos e até 2 horas. duração
desse efeito é de cerca de 3 a 4 horas.
CONTRA INDICAÇÃO
o Pacientes alérgicos;
o Paciente que faz uso de AAS (asma);
o “Pacientes diabéticos”
Indivíduos que se encaixem em algumas das condições abaixo também
devem evitar o fármaco. Confira:
o Pacientes com insuficiência renal ou hepática;
o Etilistas crônicos;
o Tabagistas.
EFEITOS ADVERSOS E COLATERAIS
Quando ocorre o uso inadequado do medicamento, há risco de
hepatotoxicidade. os principais e raros efeitos colaterais conhecidos são:

o Alergia;
oDistúrbios do sistema imunológico;
oHipersensibilidade;
oDistúrbios da pele e tecidos subcutâneos: urticária, erupção cutânea
pruriginosa.
DIPIRONA
A dipirona é um medicamento analgésico, antipirético e espasmolítico,
muito utilizado no tratamento de dores e febre.

A dipirona pode ser comprada nas farmácias convencionais com o nome


comercial de Novalgina, Anador, Baralgin, Magnopyrol ou Nofebrin, sob a
forma de gotas, comprimidos, supositório ou como solução injetável.
APRESENTAÇÃO
o Dipirona comprimido simples: envelope com 10 comprimido,
contendo 500mg cada.
o Dipirona efervescente: caixa com 10 comprimidos, contendo 1g cada.
o Solução oral: frasco com 10ml, contendo 50mg de dipirona.
o Dipirona gotas: frasco com 20ml, contendo 500mg de dipirona.
o Supositório: embalagem com 5 supositórios, contendo 300mg cada.
o Dipirona injetável: caixa com 50 ou 200 ampolas de 2 ml, contendo
500mg ou 1g de dipirona.
INDICAÇÃO

A Dipirona está indicada para o


tratamento da dor e da febre.

Os efeitos analgésico e antipirético podem


ser esperados em 30 a 60 minutos após a
administração e geralmente duram cerca
de 4 horas.
COMO TOMAR?
A posologia depende da forma farmacêutica que é utilizada:

o Comprimido simples: A dose recomendada para adultos e


adolescentes acima de 15 anos é de 1 a 2 comprimidos de 500 mg ou 1
comprimido de 1000 mg até 4 vezes ao dia.

o Comprimido efervescente: O comprimido deve ser dissolvido em meio


copo de água e deve-se beber imediatamente após o término da
dissolução. A dose recomendada é de 1 comprimido até 4 vezes ao dia.
o Solução oral 500 mg/mL: A dose recomendada para adultos e
adolescentes acima de 15 anos é de 20 a 40 gotas em dose única ou até o
máximo de 40 gotas, 4 vezes ao dia. Para crianças, a dose deve-se adaptar
ao peso e idade.

o Solução oral 50 mg/mL: A dose recomendada para adultos e


adolescentes acima de 15 anos é de 10 a 20 mL, em dose única ou até o
máximo de 20 mL, 4 vezes ao dia. Para crianças, a dose deve ser
administrada conforme peso e idade.

o Supositório: A dose recomendada é de 1 supositório, até 4 vezes ao dia.


Se o efeito de uma única dose for insuficiente ou após o efeito analgésico
ter diminuído, a dose pode ser repetida respeitando-se a posologia e a
dose máxima diária.
POSSÍVEIS EFEITOS COLATERAIS
Os efeitos colaterais da Dipirona incluem urticária, pressão baixa,
distúrbios renais e urinários, distúrbios vasculares e reação alérgica
grave.
ANALGÉSICOS NARCÓTICOS
Esses medicamentos são analgésicos fortes, sendo usados no tratamento
da dor crônica e intensa.

Os opióides são medicamentos que atuam no cérebro ligando-se a


receptores de opióides.
Alguns medicamentos narcóticos são:

o Cloridato de morfina
o Cloridato de tramadol
o Cloridato de metadona
CLORIDATO DE FORMAL
A morfina é um remédio analgésico da classe dos opioides, que tem um
potente efeito no tratamento da dor crônica ou aguda muito intensa, como
dor pós-cirúrgica, dor causada por queimaduras ou por doenças graves,
como câncer e osteoartrose avançada, por exemplo.

Este medicamento pode ser comprado nas farmácias convencionais, com o


nome comercial de Dimorf.
APRESENTAÇÃO
o Comprimidos de 10mg e 30mg.

o Cápsulas de 30mg, 60mg, 100mg.

o Ampolas de 1ml com 0,2mg, 2ml com 2mg, 1ml com 10mg, 10ml com
5mg e 10mg, 2ml com 1mg.
MECANISMO DE AÇÃO

Exerce efeito primário no SNC e


musculatura lisa.
A morfina, como outros opióides,
age como um antagonista que se
liga a sítios receptores
estéreoespecíficos e saturáveis no
cérebro, medula espinhal e outros
tecidos.
COMO TOMAR
O modo de uso da morfina varia de acordo com o tipo de dor do paciente e,
por isso, a dosagem deve ser sempre orientada pelo médico que receitou o
medicamento.

Geralmente, o seu efeito dura cerca de 4h, podendo durar até 12h caso o
comprimido seja de liberação prolongada, e caso a substância demore
para ser eliminada, principalmente pela ação dos rins.
CONTRAINDICAÇÃO
A morfina é contra indicada nas seguintes situações:

Hipertensão craniana, meningite e tumor cerebral; Gravidez;


Insuficiência renal; Insuficiência hepática; Hipotireoidismo;
Hipersensibilidade às drogas; Pressão arterial baixa; Doença de Addison
(ou outra desordem da glândula adrenérgica); Problemas na tireóide;
Problemas respiratórios, asma, ou DPOC; Reações alérgicas a
medicamentos narcóticos, como a codeína, metadona, vincodin.
REAÇÕES ADVERÇAS
o SNC: tontura, sedação, euforia, delírio, insônia, agitação, ansiedade,
medo, alucinação, desorientação, sonolência, letargia, coma, mudança no
humor, fraqueza, cefaléia, tremor, convulsão, diminuição do reflexo da
tosse.

o VISÃO: distúrbio visual, miose.

o Rubor facial, colapso na circulação periférica, taquicardia, braquicardia,


arritmia, palpitação, hipertensão, hipotensão postural, hipotensão,
síncope.
o SGI: náusea, vômito, boca seca, anorexia, constipação, espasmo no trato
biliar.

o SGU: espasmo uretral e do esfíncter vesical, retenção urinaria, oliguria,


efeito antidiurético, diminui a libido ou potência.

o PELE: prurido, urticária, edema.

o OUTROS: depressão respiratória, apnéia, depressão circulatória,


parada respiratória e cardíaca, choque, irritação no local da injeção,
sudorese, dependência física e psicológica.
ANTI-INFLAMATÓRIOS
A inflamação é uma resposta do sistema imunológico a uma infecção ou
lesão dos tecidos. Por esse processo, o fluxo sanguíneo para a região
atingida aumenta, transportando células do sistema imunológico para
combater o agente agressor.

Os anti-inflamatórios são medicamentos que impedem ou amenizam essa


reação e minimizam sintomas comuns da inflamação, como calor, rubor e
dor.
Esses medicamentos também apresentam ação antipirética (redução da
febre), e como a inflamação pode causar dor, eles acabam apresentando
ação analgésica (diminuição da dor). São divididos em dois grupos:

o Esteroides, também chamados de corticosteroides, que inibem a ação da


enzima fosfolipase A2, o que resulta em redução da expressão de
prostaglandinas e proteínas ligadas ao processo inflamatório;
o Não-esteroides, que inibem a enzima ciclo-oxigenase relacionadas à
formação de prostaglandina e tromboxanos, substiancias com papel
essencial no processo inflamatório e da dor.
ANTI-INFLAMATÓRIO ESTEROIDES
Os anti-inflamatórios esteroides costumam ser indicados para doenças
como asma e doenças inflamatórias autoimunes como o lúpus. Como
também têm ação imunossupressora, também são usados em alguns
casos de rinite e conjuntivite alérgica, mas devem ser usados por períodos
curtos e a retirada da medicação deve ser gradual, segundo orientação
médica. Entre os medicamentos mais conhecidos desse tipo estão a
cortisona e a prednisona.
CORTISONA
A cortisona, também conhecida por corticosteroide, é um hormônio
produzido pelas glândulas supra-renais, que exerce ação anti-
inflamatória, sendo, por isso, muito utilizada no tratamento de problemas
crônicos como asma, alergias, artrite reumatoide, lúpus, casos de
transplante de rim ou problemas dermatológicos, por exemplo.
TIPOS DE CORTICOIDES
o Corticoides tópicos;
o Corticoides orais em comprimido;
o Corticoides injetáveis;
o Corticoides inalatórios;
o Corticoides em spray nasal;
o Corticoides em colírio.
o Corticoides tópicos:
• Os corticoides tópicos podem ser encontrados em creme, pomada, gel ou
loção, e são geralmente utilizados para tratar reações alérgicas ou
doenças na pele, como dermatite seborreica, dermatite atópica, urticária
ou eczema.
• Medicamentos: alguns exemplos de corticoides utilizados na pele, são a
hidrocortisona, betametasona, mometasona ou dexametasona.

o Corticoides orais em comprimido:


• Os comprimidos ou soluções orais são geralmente utilizadas no
tratamento de várias doenças endócrinas, osteomusculares, reumáticas,
do colágeno, dermatológicas, alérgicas, oftálmicas, respiratórias,
hematológicas, neoplásicas e outras.
• Medicamento: alguns exemplos de medicamentos disponíveis em
comprimido são a prednisona ou o deflazacorte.
o Corticoides injetáveis:
• Os corticoides injetáveis estão indicados para o tratamento de casos de
alterações osteomusculares, condições alérgicas e dermatológicas, doenças
do colágeno, tratamento paliativo de tumores malignos, entre outros.
• Medicamentos: alguns exemplos de medicamentos injetáveis são a
dexametasona e a betametasona.

o Corticoides inalatórios:
• Os corticoides usados por inalação são dispositivos usados no tratamento
de asma, doença pulmonar obstrutiva crônica e outras alergias
respiratórias.
• Medicamentos: alguns exemplos de corticoides inalatórios são a
fluticasona e a budesonida.
o Corticoides em spray nasal:
• Os corticoides em spray servem para tratar a rinite e congestão nasal
intensa.
• Medicamentos: Alguns exemplos de medicamentos para tratar a rinite
e congestão nasal são a fluticasona, mometasona.

o Corticoides em colírio:
• Os corticoides em colírio devem ser aplicados no olho, no tratamento de
problemas oftálmicos, como conjuntivite ou uveíte, por exemplo,
reduzindo a inflamação, irritação e vermelhidão.
• Medicamentos: Alguns exemplos de corticoide em colírio são a
prednisolona ou a dexametasona.
ANTI-INFLAMATÓRIOS NÃO-ESTERÓIS (AINE’S)
Os anti-inflamatórios não-esteroides em geral são mais usados para
tratar problemas mais simples, como artrite reumatoide, artrose, gota,
bursite, cólicas menstruais, traumas e contusões. Entre os princípios
ativos mais conhecidos estão o ácido acetilsalicílico, a dipirona
sódica e o ibuprofeno.
REAÇÕES ADVERSAS
O uso indiscriminado de anti-inflamatórios pode causar efeitos colaterais
graves, como toxicidade para as células do fígado e dos rins, gastrite e
úlcera, entre outros.

Eles dó devem ser utilizados sob prescrição e com acompanhamento


médico.
ANTIBIÓTICOS
BACTÉRIAS
o As bactérias são seres unicelulares e procariontes, que fazem parte do
Reino Monera.

o As bactérias podem viver no ar, na água, no solo, dentro de outros seres


vivos, e até em locais de altas pressões e condições completamente
inóspitas à maioria dos seres vivos.

o As bactérias podem apresentar diferentes formas: esféricas, de


bastões, espiraladas, de vírgula, entre outras.
MORFOLOGIA BACTERIANA
o Cocos: são esféricos ou arredondados;
o Bacilos: são alongados e cilíndricos;
o Espirilos: são longos, espiralados e deslocam-se por meio de flagelos;
o Espiroquetas: são espiralados e deslocam-se com movimentos
ondulatórios;
o Vibriões: apresentam aspecto de vírgula.
COLORAÇÃO DE GRAN
Hans Christian Gram, um bacteriologista dinamarquês, estudou e definiu
a técnica para corar bactérias, a coloração Gram, em 1884.

As bactérias contidas no esfregaço podem ser classificadas como Gram-


positivas (aproximadamente de cor roxa) ou Gram-negativas
(aproximadamente de cor vermelha).

Isto dependerá da parede celular da bactéria. Se for estruturalmente


simples a coloração será positiva, se for estruturalmente complexa a
coloração será então negativa.
BACTÉRIAS GRAM-NEGATIVAS
As proteobactérias compôem a maior parte das bactérias gram negativas.
As principais são:

o Escherichia coli
o Salmonella
o Shigella
BACTÉRIAS GRAM-POSITIVAS
Filo Firmicutes (Bacilos, Estreptococos, Estafilococos, Enterococos,
Actinobacteria, Listeria, etc).
ANTIBIÓTICOS
Antibióticos são compostos naturais ou sintéticos capazes de inibir o
crescimento ou causar a morte de fungos ou bactérias. Podem ser
classificados como bactericidas, quando causam a morte da bactéria, ou
bacteriostáticos, quando promovem a inibição do crescimento microbiano.

Este tipo de medicamento é ineficaz contra infecções virais, fúngicas e


demais infecções.
TIPOS DE ANTIBIÓTICOS
Os antibióticos são divididos em grupos ou classes, segundo a sua
estrutura química de base. Assim, cada antibiótico é eficaz apenas contra
determinadas bactérias.

Os tipos de antibióticos naturais ou semi-sintéticos são:

o Lactâmicos: são a primeira classe de derivados de produtos naturais


utilizados no tratamento de infecções bacterianas. Este grupo contém os
agentes mais comumente utilizados. São medicamentos de amplo
espectro de atividade antibacteriana, eficácia clínica e excelente perfil de
segurança. Exemplos: penicilinas, cefalosporinas, carbapeninas,
oxapeninas e monobactamas. (ITU)
o Tetraciclinas: são antibióticos bacteriostáticos, ou seja, que inibem o
crescimento bacteriano, de amplo espectro e bastante eficazes frente a
diversas bactérias aeróbicas e anaeróbicas. Seu uso não é recomendado
em crianças e mulheres grávidas, uma vez que podem danificar dentes e
ossos em formação. Houve aumento de resistência de bactérias frente às
tetraciclinas, por isso, seu uso tem diminuído. Exemplos:
clortetraciclina e tigeciclina. (infecções de pele e tecidos moles)

o Aminoglicosídeos: o uso contínuo de antibióticos aminoglicosídeos


deve ser controlado, devido aos efeitos tóxicos no ouvido e nos rins, pois
podem causar diminuição da função renal. São medicamentos mais
efetivos contra bactérias Gram-negativo aeróbicas. Além disso, são de uso
injetável. Exemplo: estreptomicina. (tuberculose e infecções urinarias).
o Macrolídeos: os macrolídeos são agentes bacteriostáticos, que são
usados em infecções respiratórias como pneumonia, exacerbação
bacteriana aguda de bronquite crônica, sinusite aguda, otite média,
tonsilites e faringite. A eritromicina, um antibiótico macrolídeo, é segura
para uso clínico e pode ser utilizada em crianças. Entretanto, pode
provocar efeitos colaterais como influência na motilidade gastrointestinal,
ações pró-arrítmicas e inibição do metabolismo de fármacos. Outros
compostos do grupo possuem menos efeitos colaterais. Exemplos:
eritromicina, roxitromicina, claritromicina e azitromicina.

o Glicopeptídeos: este grupo tem sido utilizado para tratar infecções por
bactérias Gram-positivo com resistência a diversos antibióticos. O
desenvolvimento de resistência à esta classe é mais lento, porém,
algumas bactérias hospitalares já se apresentam resistentes. Exemplos:
vancomicina e teicoplanina. ( staphylococcus resistentes a oxacilina,
enterococus resistentes a ampicilina e streptococcus resistente a
penicilina)
o Lipodepsipeptídeos: esta classe de antibióticos é utilizada para
tratamento de infecções por bactérias Gram-positivo. Seu mecanismo de
ação envolve desorganização de múltiplas funções da membrana celular
bacteriana. Exemplo: daptomicina. (infecção de pele e endocardites)

o Estreptograminas: são antibióticos de uso oral e intravenoso, que


combatem bactérias Gram-positivo. Exemplo: pritinamicina,
quinupristina e dalfopristina. (infecções cutâneas)

o Lincosamidas: possuem propriedades antibacterianas semelhantes aos


macrolídeos. São geralmente de uso oral, escolhido para o tratamento de
infecções periféricas causadas por bactérias resistentes à penicilina.
Também pode ser usado topicamente para tratamento de acne. Exemplo:
lincomicina e seu derivado semi-sintético clindamicina.

o Entre outros: Cloranfenicol e Rifamicinas (utilizado no tratamento


para tuberculose).
De origem sintética, existem os seguintes antibióticos:

o Sulfonamidas: as sulfonamidas são também conhecidas como sulfas e são


agentes bacteriostáticos. Foram utilizadas para tratamento de pacientes com
infecções no trato urinário e também em portadores do vírus HIV que
apresentam infecções bacterianas. Exemplos: sulfametoxazol e trimetoprim.

o Quinolonas e fluoroquinolonas: estes fármacos são comumente utilizados


para tratamentos de infecções do trato urinário e contra bactérias resistentes a
outros antibióticos comuns. O derivado ciprofloxacina, por exemplo, atua em
infecções do trato urinário, respiratório e gastrointestinal, além de infecções de
pele, ossos e articulações. Exemplos: enoxacina e ciprofloxacina.

o Oxazolidinonas: trata-se de um agente bacteriostático que apresenta um


amplo espectro de ação frente a bactérias resistentes a outros antibióticos. A
linezolida apresenta boa atividade contra bactérias Gram-positivo, pode ser
administrada por via oral, porém, apresenta efeitos colaterais. Exemplo:
linezolida. (infecções hospitalares)
FORMA CORRETA DE FAZER O TRATAMENTO
o

oÉ preciso tomar o remédio até o fim;


o Siga sempre o mesmo horário;
o O que fazer se esquecer uma dose?
PRINCIPAIS PREOCUPAÇÕES DURANTE O
TRATAMENTO COM ANTIBIÓTICO
o Não se automedique;
o Siga rigorosamente a prescrição médica;
o Respeite os horários das doses;
o Não reutilize antibióticos;
o Na dúvida, questione.
RESISTÊNCIA A ANTIBIÓTICOS
O principal fator para o surgimento de bactérias resistentes aos
medicamentos é o mau uso dos antibióticos. Se o paciente encerra o
tratamento antes do período estipulado pelo médico, as bactérias
presentes no organismo sobrevivem e podem sofrer mudanças estruturais
que lhes conferem imunidade ao remédio. Assim, com o passar do tempo,
podem surgir novas gerações de bactérias resistentes.

As principais causas da resistência microbiana incluem:

o Uso indevido de antibiótico, sem necessidade ou por um período


diferente do recomendado;
o Falhas no controle de infecções em hospitais e clínicas;
o Capacitação insuficiente de alguns profissionais de saúde para a
prescrição correta de antibióticos para os pacientes internados ou nos
ambulatórios;

o Falhas nas medidas de prevenção e controle de infecções em hospitais e


clínicas, principalmente a higiene das mãos pelos profissionais de saúde;

o Má higiene, como a falta de lavagem de mãos após o uso do banheiro e


antes das refeições.
CONSEQUÊNCIAS DA RESISTÊNCIA BACTERIANA
A alta presença dessas bactérias resistentes em ambientes hospitalares
tem sido uma grande causa de mortes por infecções. Uma bactéria
frequente nestes locais, e que já foi encontrada no Brasil, é a Klebsiella
pneumoniae (KCP), principal causadora de infecções na corrente
sanguínea, no trato urinário e de pneumonia em pacientes internados em
Unidades de Terapia Intensiva (UTI).

Entre os sintomas causados pela KCP estão:

o Febre ou hipotermia;
o Piora do quadro respiratório;
o Taquicardia;
o Em casos mais graves, falência múltipla de órgãos.

Além disso, o ritmo do aumento da resistência a antibióticos por bactérias


tem agravado problemas de saúde pública e ainda pode causar:

o Mais doenças graves;


o Tratamentos prolongados;
o Hospitalizações mais frequentes e por maior período;
o Mais visitas ao médico;
o Tratamentos mais caros.
REAÇÕES ADVERSAS
Os antibióticos podem alterar o funcionamento dos rins, do fígado, da
medula óssea e de outros órgãos de forma mais ou menos intensa. As
reações adversas mais comuns desses medicamentos incluem:

o Dor de estômago;
o Diarreia (colites);
o Vaginites por fungos;
o Alergias em pessoas com hipersensibilidade à substância ou composição
de um antibiótico;
o Rubor;
o Dor de cabeça;
o Náusea e vômito;
o Batimento cardíaco acelerado;
o Aumento da pressão sanguínea.

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