Estudo de Proteção SE 69kV
Estudo de Proteção SE 69kV
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Dados Internacionais de Catalogação na Publicação
Universidade Federal do Ceará
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Palavras Chave: Subestação 69kV, Proteção, Coordenação, Seletividade, Ajustes dos relés.
ABSTRACT
1 INTRODUÇÃO ............................................................................................................... 1
1.1 Justificativa ................................................................................................................ 2
1.2 Objetivos .................................................................................................................... 3
1.3 Metodologia aplicada ................................................................................................. 3
1.4 Estrutura do trabalho .................................................................................................. 3
2 ASPECTOS DA PROTEÇÃO DE SISTEMAS ELÉTRICOS ....................................... 5
2.1 Introdução .................................................................................................................. 5
2.2 Conceitos e requisitos básicos de um sistema de proteção ........................................ 5
2.3 Equipamentos de proteção ......................................................................................... 7
2.3.1 Religadores .......................................................................................................... 7
2.3.2 Transformadores de Instrumento ........................................................................ 9
Transformadores de Corrente (TC) ............................................................. 10
Transformadores de Potencial (TP)............................................................. 14
2.3.3 Relés .................................................................................................................. 17
Relés Eletromecânicos ................................................................................ 18
Relés Estáticos............................................................................................. 19
Relés Microprocessados (IEDs) .................................................................. 20
Características de atuação e temporização .................................................. 22
Relé SEL 751 .............................................................................................. 25
Relé SEL 751 A........................................................................................... 26
Relé SEL 787 .............................................................................................. 26
2.3.4 Disjuntores ........................................................................................................ 27
Características construtivas ......................................................................... 27
Características elétricas ............................................................................... 30
2.3.5 Chave Fusível .................................................................................................... 31
2.3.6 Seccionadores .................................................................................................... 33
2.4 Conclusões do capítulo ............................................................................................ 35
3 CRITÉRIOS DE PROJETO E PROTEÇÃO DA SUBESTAÇÃO DE 69kV .............. 36
3.1 Introdução ................................................................................................................ 36
3.2 Projeto de Subestação .............................................................................................. 36
3.2.1 Projeto Civil ...................................................................................................... 37
Instalações provisórias ................................................................................ 37
Movimento de terra ..................................................................................... 37
Drenagem e pavimentação .......................................................................... 38
Edificação .................................................................................................... 38
Bases e fundações para postes ..................................................................... 39
Caixas, eletrodutos e canaletas .................................................................... 39
3.2.2 Projeto Eletromecânico ..................................................................................... 39
Malha de aterramento .................................................................................. 39
Condutores e barramentos ........................................................................... 40
Equipamentos a instalar na subestação ....................................................... 40
3.2.3 Projeto de Proteção............................................................................................ 40
Proteção de sobrecorrente ........................................................................... 41
Proteção de sobrecorrente de sequência negativa ....................................... 42
Proteção diferencial ..................................................................................... 43
3.3 Conclusões do capítulo ............................................................................................ 45
4 AJUSTES DA PROTEÇÃO DA SUBESTAÇÃO DE 69kV DO CAMPUS DO PICI 47
4.1 Introdução ................................................................................................................ 47
4.2 Subestação Campus do Pici ..................................................................................... 47
4.3 Diagrama de impedâncias e estudo de curto-circuito .............................................. 51
4.3.1 Impedância reduzida do sistema ....................................................................... 52
4.3.2 Impedância do transformador............................................................................ 52
4.3.3 Impedância na barra de 69kV............................................................................ 52
4.3.4 Impedância na barra de 13,8kV......................................................................... 52
4.3.5 Curto-Circuito na barra de 69kV....................................................................... 53
4.3.6 Curto-Circuito na barra de 13,8kV.................................................................... 53
4.4 Metodologia e dimensionamento dos TC’s de proteção .......................................... 53
4.4.1 Metodologia ...................................................................................................... 53
Curto-Circuito ............................................................................................. 53
Carga Imposta ao TC................................................................................... 54
4.4.2 Dimensionamento dos TC’s da subestação ....................................................... 55
TC 69 kV- TC de Proteção da Barra de 69 kV ........................................... 55
TC 13,8 kV- TC de Proteção da Barra de 13,8 kV ..................................... 57
TC Alimentadores- TC de Proteção dos Alimentadores 1, 2 e 3 ................ 59
4.5 Metodologia e ajustes das funções de proteção ....................................................... 61
4.5.1 Metodologia ...................................................................................................... 61
4.5.1.1 Ajuste da função 51 e 51N ............................................................................. 62
Ajuste da função 50 e 50N .......................................................................... 64
Ajuste da função 51Q .................................................................................. 65
Ajuste da função 51G .................................................................................. 65
Ajuste da função 87 ..................................................................................... 66
4.5.2 Ajustes das funções de proteção........................................................................ 68
Ajuste do relé de 69kV ................................................................................ 68
Ajuste do relé de 13,8kV ............................................................................. 72
Ajuste do relé de 13,8kV do alimentador 1 (1500kVA) ............................. 74
Ajuste do relé de 13,8kV do alimentador 2 (1150kVA) ............................. 77
Ajuste do relé de 13,8kV do alimentador 3 (1010kVA) ............................. 80
Ajuste da unidade sobrecorrente de terra (51G – Lado de 13,8kV) ............ 83
Ajuste da proteção diferencial transformador 5 MVA (relé SEL 787) ....... 84
4.6 Diagramas unifilar geral e diagramas de tempo da subestação ............................... 86
4.7 Ajustes paramétricos dos relés ................................................................................. 87
4.7.1 Ajuste do relé SEL 751 do barramento de 69kV .............................................. 87
4.7.2 Ajuste do relé SEL 751A do barramento de 13,8kV......................................... 88
4.7.3 Ajuste do relé SEL 751A dos alimentadores 1, 2 e 3........................................ 89
4.7.4 Ajuste do relé SEL 787 do transformador de potência ..................................... 90
4.8 Software PTW (Power Tools for Windows)............................................................ 92
4.8.1 Coordenogramas................................................................................................ 93
Coordenograma de fase ............................................................................... 93
Coordenograma de Neutro .......................................................................... 94
Coordenograma de sequência negativa ....................................................... 95
5 CONCLUSÃO ............................................................................................................... 97
BIBLIOGRAFIA .................................................................................................................. 99
1
1 INTRODUÇÃO
1.1 Justificativa
trabalho é o PTW (Power Tools for Windows), que auxilia na elaboração de estudos do sistema
elétrico de potência, como por exemplo o estudo de curto-circuito e de coordenação da proteção.
1.2 Objetivos
2.1 Introdução
Neste capítulo será apresentado uma visão geral do sistema de proteção e alguns
conceitos vinculados ao estudo de proteção de sistemas elétricos. Dentre estes conceitos se
destacam as propriedades fundamentais pertencentes ao projeto de proteção para que este
obtenha um bom desempenho de atuação. Serão apresentados os principais equipamentos
destinados a proteção de sistemas bem como uma descrição sobre os mesmos, incluindo os relés
que serão utilizados no projeto de proteção e seletividade da subestação.
retaguarda é aquele que atua quando ocorre falha na proteção principal. E o auxiliar é
constituído de funções auxiliares de proteção, cujo objetivo é a sinalização, alarme,
temporização, intertravamento, etc (ALMEIDA, 2000).
Velocidade de proteção é a capacidade do dispositivo efetuar o desligamento no
menor tempo possível. Propiciando as seguintes condições: reduz ou elimina os danos causado
ao sistema e reduz o tempo de afundamento das tensões durante as ocorrências (MAMEDE
FILHO & MAMEDE, 2011).
Sensibilidade do sistema de proteção é a habilidade que um sistema tem de
detectar o limiar em que a proteção deve atuar. Possuindo a menor margem possível entre a
atuação e não atuação do dispositivo (COTOSCK, 2007).
Confiabilidade do sistema de proteção é a probabilidade que o sistema de
proteção possui de funcionar corretamente e com segurança quando houver a necessidade de
sua atuação (COTOSCK, 2007).
Automação do dispositivo de proteção é a capacidade do dispositivo de atuar
automaticamente quando é solicitado e de retornar, se for conveniente, a operação normal após
o fim da ocorrência (MAMEDE FILHO & MAMEDE, 2011).
2.3.1 Religadores
Semelhante a ele existe o TC tipo vários enrolamentos secundários, que possui vários
enrolamentos secundários e um único núcleo envolvido pelo enrolamento primário (FILHO J.
M., 2005).
O TC do tipo com vários núcleos secundários é aquele que é constituído de dois
ou mais enrolamentos secundários montados isoladamente. Cada enrolamento possui seu
núcleo individualmente, formando um só conjunto juntamente com o enrolamento primário.
Vale destacar que a seção do condutor primário, para este caso, deve ser dimensionada levando
em consideração a maior relação de transformação dos núcleos considerados (FILHO J. M.,
2005).
Por último, tem-se o TC tipo derivação no secundário. Este tipo possui um núcleo
que é envolvido pelos enrolamentos primários e secundários. Mas, diferente dos outros, o
enrolamento secundário pode ser provido de uma ou mais derivações (FILHO J. M., 2005).
2.3.3 Relés
Os relés são dispositivos que monitoram determinadas grandezas (que pode ser
tensão, corrente, frequência, etc) e a partir dos valores monitorados eles determinam se os
equipamentos que eles comandam devem atuar. Geralmente os relés enviam comandos para
acionar equipamentos de disjunção, como religadores e disjuntores.
Os parâmetros mais adequados para detectar a ocorrência de faltas são as tensões e
correntes no circuito o qual se deseja proteger. Com isso o relé deve processar sinais a fim de
determinar a existência de anormalidades e então acionar o dispositivo de disjunção. Além
dessas funções o relés de proteção atuais incorporam funções de identificar o tipo de defeito e
registrar as informações, como grandezas analógicas e registros oscilográficos para que se possa
fazer análises futuras (FILHO, 2010).
A classificação dos relés pode ser feita de acordo com a grandeza de atuação
(corrente, tensão, frequência, entre outros), forma de conexão com o circuito, forma construtiva,
tipo de curva de atuação e função de atuação (MADERGAN, 2012).
Quanto a grandeza de atuação eles podem ser classificados para atuar a partir das
grandezas de tensão, corrente e frequência.
Na forma de conexão do circuito eles podem ser do tipo primário ou secundário. O
do tipo primário é aquele que é conectado ao sistema sem a utilização de transformadores de
instrumento. Isso dificulta a manutenção e a manipulação do equipamento. Geralmente são
utilizados em sistemas com tensão até 13,8kV. O do tipo secundário é utilizado em sistemas
de tensão mais elevada, por exemplo em 69kV, e utilizam transformadores de instrumento para
fazer a conexão. Eles são conectados ao secundário de transformadores de corrente, o que
garante mais segurança e facilita a operação e manutenção do equipamento (SOUZA, 2010).
Quanto a função de atuação, eles são classificados de acordo com a função que
desempenham. A norma ANSI C37.2-2008 fornece códigos para cada função. Por exemplo o
relé diferencial de corrente é a 87, o rele de sobrecorrente temporizada é a 50, o rele de
sobrecorrente instantânea é a 51. No APÊNDICE A estão determinados todos os códigos de
proteção conforme a norma. Os relés de sobrecorrente são os mais utilizados e será o principal
componente da proteção da subestação do Campus do Pici, além dele será utilizado um relé de
proteção diferencial para o transformador de potência da subestação.
Para se estudar a classificação quanto à forma construtiva do relé será feito um
estudo da evolução do relé ao longo do tempo.
18
Relés Eletromecânicos
Atualmente são tidos como verdadeiras peças de relojoaria. Isso ocorre pelas
características de seus mecanismos de operação. São dotados de bobinas, discos de indução,
molas e contatos. São de fácil manutenção e de fácil ajuste dos parâmetros.
São dispositivos de que possuem elevada vida útil e geralmente são substituídos
quando é feita alguma reforma no sistema elétrico. Apesar de estarem ultrapassados
tecnologicamente eles podem ser utilizados de forma didática para explicar as funções de
proteção do sistema (MAMEDE FILHO & MAMEDE, 2011).
A Figura 2.5 apresenta um relé do tipo de sobrecorrente de indução.
O relé é composto por uma bobina, uma parte mecânica, mola de restrição e um
contato normalmente aberto pertencente ao circuito de acionamento do disjuntor. Quando há
uma corrente suficientemente grande no secundário do TC, esta produz um campo magnético
19
que vence a força da mola e faz com que o contato normalmente aberto de acionamento do
disjuntor feche (SOUZA, 2010).
Relés Estáticos
A tecnologia dos relés eletromecânicos foi sucedida pelo relés estáticos. Ele opera
com base em circuitos lógicos eletrônico, por isso também podem ser chamados de relés
eletrônicos. Eles são aplicados da mesma maneira que os reles eletromecânicos, só que as
funções que antes eram representadas por peças mecânicas e tecnologia de indução magnética
foram substituídas por circuitos impressos (MARTINS, 2012).
Eles possuem elevada velocidade de operação permitindo uma melhor atuação dos
sistemas de proteção desenvolvendo-se esquemas de proteção mais avançados e sofisticados.
Na Figura 2.6, pode-se ver um exemplo de relé estático. A sinalização operacional
é do tipo LED e os ajustes são realizados através de diais fixados no painel frontal (FILHO J.
M., 2005).
Para isso, ajusta-se um valor de tempo (ta) de atuação, a corrente mínima de atuação (Iat). Na
Figura 2.9 está mostrado um exemplo de curva de atuação de tempo definido.
Figura 2.9- Curva de atuação por tempo definido
Na atuação instantânea ajusta-se uma corrente de atuação e o relé irá atuar de acordo
com o seu tempo mínimo de atuação. Pode-se observar isso na Figura 2.10.
Figura 2.10- Curva de atuação instantânea
Já na atuação temporizada o relé segue uma curva na qual quanto maior o valor da
corrente menor é o tempo de atuação do dispositivo. Para correntes maiores que o valor ajustado
de atuação, o relé atua em um intervalo de tempo determinado pela curva de atuação. Um
exemplo de curva pode ser visto na Figura 2.11.
24
K
t = (2.1)
M α −1
Onde:
t: é o tempo de atuação.
M: é o múltiplo da corrente de ajuste.
K e α: são valores padronizados pela norma IEC, nesse estudo será utilizado a curva muito
inversa (cuja sigla é M.I. ou V.I.), apresentada na Tabela 2.2.
No padrão IEC existem 3 tipos de curvas principais de temporização: a curva NI
(Normalmente inversa), a curva MI (muito inversa) e a curva extremamente inversa (EI). Estas
curvas são regidas pelos valores de k e α aplicadas na equação 2.1. Na Tabela 2.2 estão
mostrados os valores temporização padrão IEC juntamente com os valores das constantes que
devem ser aplicados em (2.1).
25
Visto os tipos de relés e suas curvas de atuação, a seguir serão tratados as principais
características dos relés que serão utilizados no projeto de proteção da subestação do Campus
do Pici da Universidade Federal do Ceará, essas características foram baseadas no manual
disponibilizado pelo fabricante.
2.3.4 Disjuntores
Características construtivas
tem uma característica de rapidez de operação e possui um meio de extinção não inflamável se
comparado com o óleo. Eles necessitam de um sistema de alimentação e compressão de ar.
Porém o sistema de geração de ar comprimido possui um elevado custo aliados com a constante
manutenção (Itajubá, 2013).
O ar utilizado tem que ser puro e com total ausência de umidade. Devido a esse fato
é necessário a instalação de filtros e desumidificadores.
c) Disjuntor a SF6
Esses disjuntores representam a tendência atual na área de alta tensão. Ele utiliza o
gás SF6, que possui excelência na extinção de arco devido a sus propriedades físicas e químicas.
Durante o tempo, foram desenvolvidas várias técnicas de interrupção de corrente
utilizando esse gás.
A primeira delas, praticamente não são mais fabricados na atualidade, é a dupla
pressão. Essa técnica consiste em utilizar dois vasos de pressão durante o funcionamento do
disjuntor que dirigem o gás sobre a região de contato do disjuntor (FERREIRA, 2013).
Outra técnica é a de auto compressão, ela utiliza um único vazo de pressão que
devido ao deslocamento de um embolo é criada uma diferença de pressão que faz com que o
gás circule e entre em contato com os contatos dos disjuntores (FERREIRA, 2013).
A terceira técnica é a do arco girante. Ela consiste em utilizar o campo magnético
induzido pelo arco para acelerar o resfriamento do arco elétrico dentro da câmara de SF6
(FERREIRA, 2013).
A Figura 2.12 apresenta um disjuntor de alta tensão a SF6 instalado dentro de uma
subestação.
29
d) Disjuntor a vácuo
Indicados para utilização em instalações onde a frequência de manobra é intensa,
estes dispositivos possuem uma câmara de vácuo como elemento de extinção de arco. Eles
podem realizar até dez mil manobras em corrente alternada e permanecer dez anos em operação
sem necessidade de inspeção. São constituídos de três polos instalados através de isoladores em
uma caixa de manobra dotada de todos os mecanismos para operação do equipamento (FILHO
J. M., 2005).
que ao ser destravada libera a energia mecânica armazenada fazendo com que haja o
deslocamento de uma haste ligada ao contato móvel do disjuntor (FILHO J. M., 2005).
O sistema de solenoide é constituído por uma solenoide e é utilizado no
carregamento da mola de abertura do disjuntor. Possui uma utilização limitada por causa da
pouca energia armazenada que consegue transferir para o carregamento da mola de abertura.
O sistema de ar comprimido é utilizado nos disjuntores que possuem o sistema de
extinção de arco como sendo a ar comprimido. Nesse caso o ar comprimido é utilizado tanto
como extintor do arco como acionador do mecanismo de disparo do disjuntor.
Características elétricas
2.3.6 Seccionadores
g) Tempo de reinicialização
O tempo necessário para que a contagem retorne a zero deve ser uma das
especificações do dispositivo.
3.1 Introdução
Neste capítulo será apresentado os principais critérios definidos pela COELCE que
deve conter um projeto de subestação de 69kV dando-se ênfase ao projeto de proteção que é o
foco de estudo desse trabalho. Com relação aos projetos, em geral, serão abordados os itens que
compõem os projetos civil, eletromecânico e de proteção. Já em relação ao projeto de proteção,
especificamente, serão abordado as principais funções de proteção que devem constituir a
proteção da entrada da subestação, do transformador de potência e a dos alimentadores de média
tensão. Todo o capítulo, quando não mencionado, será baseado na norma NT 004/2011
COELCE e no critério de projeto CP 011/2003 COELCE da distribuidora de energia local.
Para que seja feito o projeto de uma subestação de 69kV é necessário, primeiro, que
haja um planejamento adequado. Esse planejamento deve ser feito de forma a permitir um
desenvolvimento progressivo da demanda dentro da expectativa de crescimento do local que
será atendido pela subestação.
Após o planejamento adequado é necessário determinar a classificação e realizar o
projeto da subestação. As subestações se classificam em dois tipo: as de grande porte e as de
pequeno porte. As subestações de grande porte apresentam valores de demanda atendendo as
seguintes potencias: 10/12,5/15 MVA; 2x10/12,5/15 MVA; 20/26,66/33,2 MVA. As
subestações de pequeno porte apresentam valores de demanda atendendo as seguintes
potencias: 5/6,25 MVA; 5/6,25/7,5 MVA; 2x5/6,25/7,5 MVA. No caso em estudo a subestação
é classificada como de pequeno porte pois apresenta uma potência de 5/6,26 MVA.
Para realizar o projeto é necessário alguns dados preliminares:
a) Escolha do terreno
Deve-se escolher um local adequando para a SE.
b) Levantamento topográfico
Tem por finalidade determinar a dimensão, o contorno e a posição do terreno da
SE.
c) Estudo da resistividade do solo
37
Instalações provisórias
Movimento de terra
Quando houver escavação e reaterro, o projeto deve indicar as dimensões das cavas
e valas e como serão feitas as escavações (de forma manual ou mecânica).
Drenagem e pavimentação
Edificação
registro geral para cada ambiente atendido pelo projeto. E deve-se evitar a proximidade das
tubulações com os eletrodutos de cabos de controle.
Deve ser projetada uma rede de eletrodutos para os circuitos de controle, devendo-
se definir a profundidade (depois da terraplanagem) a qual os eletrodutos serão instalado,
adotando-se uma proteção compatível com as sobrecargas em trechos onde houver circulação
de veículos. Todas as caixas e canaletas devem ser drenadas e ligas a rede de drenagem da
subestação. O nível superior das tampas das caixas de passagem e canaletas devem estar 10cm
acima do nível da brita.
Malha de aterramento
Condutores e barramentos
Proteção de sobrecorrente
uma corrente superior a corrente de carga. A sobrecorrente de terra ocorre quando há curto-
circuito entre fase e terra no sistema.
Os relés responsáveis por implementar a função de proteção de sobrecorrente é o
rele de sobrecorrente. Como foi dito anteriormente o relé de sobrecorrente pode ter dois tipos
de atuação, a temporizada (cuja função de atuação é a 51) e a atuação instantânea (cuja função
de atuação é a 50). Na atuação temporizadas eles atuam seguindo uma curva de tempo x
corrente. Na atuação instantânea quando a corrente ultrapassa o valor pré determinado o relé
atua em um tempo definido.
Quando essas funções de proteção de sobrecorrente são implementadas para
proteção do condutor neutro ela recebem a nome de função de sobrecorrente de neutro
(50/51N). Na proteção de sobrecorrente de terra do transformado a função de atuação é a 51G
(MARTINS, 2012).
Os relés em estudo podem operar seguindo algumas condições do sistema. Dentre
essas condições estão a condição de operação normal, a de curto-circuito trifásico e a de curto-
circuito fase-terra.
Quando o sistema está operando normalmente as correntes de fase estão
equilibradas e com isso a corrente de neutro tende a zero. Como o sistema está operando em
condições nominais de carga, a corrente vista pelo relé nessa condição tem que estar abaixo do
valor ajustado para proteção. Com essa condição estabelecida o relé permanece sem atuar para
condições normais do sistema (MARTINS, 2012).
Quando ocorre um curto-circuito trifásico as correntes nas três fases apresentam
valores muito elevados fazendo com que os relés atuem através da função 50 e 51. Como não
há corrente no neutro as funções 50N e 51N não são ativadas.
Quando ocorre um curto-circuito fase terra há um desequilíbrio à terra e com isso o
retorno de corrente se dará através do neutro do sistema, nessa condição há a atuação da função
50 e 51 N.
Proteção diferencial
Quando a corrente vista pelo relé ultrapassa os valores definidos pela curva da
Figura 3.3, o relé atua seccionando o sistema dependendo da operação (se é operação
condicionada ou operação incondicional). Quando o valor está na região de operação
condicionada o relé pode atuar dependendo de outras condições do sistema. Quando o valor
está na região de operação incondicional o relé atua instantaneamente seccionando o sistema.
Quando o valor está abaixo da curva o relé não atua (MARTINS, 2012).
4.1 Introdução
Onde:
PC: é o ponto de conexão.
A: é a área exclusiva da COELCE.
M: é a medição.
PE: é o ponto de entrega.
Ao chegar na subestação, a tensão de 69kV que alimenta o barramento de 72,5kV
será transformada para 13,8kV através de um transformador de potência de 5/6,25 MVA. A
saída do transformador será ligada em um barramento de 15kV a partir do qual sairão os
alimentadores da rede elétrica do Campus do Pici.
A partir do barramento, com tensão de alimentação de 13,8kV, sairão três
alimentadores para suprir a necessidade do Campus.
O alimentador 1 é composto por cargas de blocos didáticos (iluminação e
climatização), laboratórios, bibliotecas e iluminação das vias de acesso correspondentes aos
departamentos de agronomia e parte do centro de tecnologia. Sua potência será de 1500 kVA.
O alimentador 2 é composto por cargas de blocos didáticos (iluminação e
climatização), laboratórios, bibliotecas e iluminação das vias de acesso correspondentes a parte
do centro de tecnologia, núcleo de processamento de dados, biblioteca central e acesso
principal. Sua potência será de 1150 kVA.
O alimentador 3 é composto por cargas de blocos didáticos (iluminação e
climatização), laboratórios, bibliotecas, restaurantes e iluminação das vias de acesso
correspondentes a parte do centro de ciências, restaurante universitário. Sua potência será de
1010 kVA.
A configuração da subestação pode ser observada na Figura 4.2.
49
RELÉ 69kV
TRECHO 0 2
BARRA TRAFO 01
RELÉ DIFERENCIAL 01
TRANSFORMADOR 69/13,8 kV
S
RELÉ DIFERENCIAL 02
BARRA TRAFO 02
TRECHO 0 3
RELÉ 13,8kV
Como pode ser observado na Figura 4.2, a subestação é composta por um relé da
barra de 69kV, o relé 69kV. Esse relé será responsável pela proteção no lado de 69kV da
subestação. Nele serão implementados as funções 50/51, 50/51N e 51Q.
Após o relé de 69kV, há a proteção dos relés diferencias do transformador (relé
diferencia 1 e relé diferencial 2). Nele será implementado a função 51G e 87.
Após a proteção diferencial do transformador há a proteção do barramento de
13,8kV da subestação. O relé 13,8kV será o responsável pela proteção do barramento e nele
será implementada a função 50/51 e 50/51N.
Ligados ao barramento de 13,8kV existem os três alimentadores da subestação,
cada alimentador possui um relé de proteção chamado alimentador 1, alimentador 2 e
alimentador 3. Nestes relés serão implementados as funções 50/51 e 50/51N.
A subestação do Campus do Pici será construída no local indicado na Figura 4.3.
SE CHESF 230kV
SE Campus do Pici
1
4 2
Para que seja feito o projeto de proteção é necessário determinar o nível de curto-
circuito no terminais dos elementos de proteção.
O nível de curto-circuito nos terminais dos dispositivos será calculado baseando-se
na metodologia apresentada em (KINDERMANN, 2007). Para seguir a metodologia
apresentada é necessário determinar a impedância do sistema elétrico em estudo. A Figura 4.4
apresenta o diagrama de impedâncias do sistema em estudo.
Como os trechos dos circuitos dentro da subestação são curtos, eles possuem uma
impedância pequena em relação as apresentadas na Figura 4.4. Com isso elas foram
desconsideradas no estudo.
A seguir serão apresentados os valores de impedância do sistema em estudo. Os
valores de impedância estão determinados em p.u. utilizando uma potência de base de 100
MVA e uma tensão de base de 69kV.
4.4.1 Metodologia
Curto-Circuito
I CC −max
I Primaria _ TC ≥ (4.1)
FS
Onde:
Iprimaria_TC: é a corrente primária do TC.
Icc-max: é a corrente de curto-circuito máxima no ponto de instalação do TC.
FS: é fator de saturação do TC, igual a 20.
Carga Imposta ao TC
Onde:
ZCARGA_TC: é a carga imposta no secundário do TC.
ZFIAÇÃO: é a impedância dos cabos de ligação do TC.
ZRELE: é a impedância do relé.
ZTC: é a impedância imposta pelo secundário do TC.
Para se calcular a impedância do relé utiliza-se a equação (4.3):
S
Z RELE = (4.3)
I2
Onde:
S: é a potência consumida pelo relé
I: é a corrente nominal do relé, igual a 5 A.
Para se calcular a impedância imposta pelo secundário do TC adota-se 20% da
impedância de carga do TC (MADERGAN, 2012). A impedância de carga é obtida a partir da
equação (4.4).
55
Vsat
Z CARGA = (4.4)
( 20 × I )
Onde:
ZCARGA: é a impedância de carga.
Vsat: é a tensão de saturação do relé.
I: é a corrente nominal do relé, igual a 5 A.
I
VSECUNDARIO _ TC = Z CARGA _ TC × CC − max (4.5)
RTC
Onde:
VSECUNDARIO_TC: é a tensão que surge no secundário do TC.
ZCARGA_TC: é a carga imposta no secundário do TC.
Icc-max: é a máxima corrente de curto-circuito no ponto de instalação do TC.
RTC: é a relação de transformação do TC.
A partir da metodologia apresentada anteriormente, pode-se fazer o
dimensionamento dos TC’s da subestação.
Com base no manual do fabricante do relé utilizado, a potência consumida pelo relé
para uma corrente nominal de 5 A é igual a 0,1 VA, assim, utilizando a equação (4.3) tem-se:
S 0,1 0,1
Z RELE = = = (4.7)
I 2 52 25
400
Z CARGA = =4 (4.9)
( 20 × 5)
Considerando que o TC é de baixa impedância, é adotado um valor equivalente a
20% da impedância da carga nominal, assim:
13249
VSECUNDARIO _ TC = 0, 903 × (4.12)
160
VSECUNDARIO _ TC = 74, 77V < 400V (4.13)
I CC −max 2941,9
I Primaria _ TC ≥ ∴ I Primaria _ TC ≥ ∴ I Primaria _ TC ≥ 147, 09 A (4.14)
FS 20
Com base no manual do fabricante do relé utilizado, a potência consumida pelo relé
para uma corrente nominal de 5 A é igual a 0,1 VA, assim temos que:
S 0,1 0,1
Z RELE = = = (4.15)
I 2 52 25
Z RELE = 0, 004 (4.16)
200
Z CARGA = =2 (4.17)
( 20 × 5)
Considerando que o TC é de baixa impedância, é adotado um valor equivalente a
20% da impedância da carga nominal, assim:
2941, 9
VSECUNDARIO _ TC = 0,503 × (4.20)
80
VSECUNDARIO _ TC = 18, 49V < 200V (4.21)
I CC −max 2941,9
I Primaria _ TC ≥ ∴ I Primaria _ TC ≥ ∴ I Primaria _ TC ≥ 147, 09 A (4.22)
FS 20
Portanto, devido ao nível de curto-circuito no local da instalação do TC, a relação
de transformação de 200/5 é satisfatória para o nível de curto-circuito no local da instalação do
TC.
Com base no manual do fabricante do relé utilizado, a potência consumida pelo relé
para uma corrente nominal de 5 A é igual a 0,1 VA, assim temos que:
S 0,1 0,1
Z RELE = = = (4.23)
I 2 52 25
200
Z CARGA = =2 (4.25)
( 20 × 5)
Considerando que o TC é de baixa impedância, é adotado um valor equivalente a
20% da impedância da carga nominal, assim:
2941, 9
VSECUNDARIO _ TC = 0,503 × (4.28)
40
VSECUNDARIO _ TC = 37V < 200V (4.29)
4.5.1 Metodologia
Primeiramente é necessário calcular o valor dos tapes dos relés. O tape de fase é
calculado seguindo a equação (4.30).
FS × I N
TAPEF ≥ (4.30)
RTC
Onde:
TAPEF: é o tape de fase.
FS: é o fator de segurança, para fase será utilizado 1,1.
IN: é a corrente nominal do circuito.
RTC: é a relação de transformação do TC.
Já o tape de neutro é calculado seguindo a equação (4.31).
FS × I N
TAPEN ≥ (4.31)
RTC
Onde:
TAPEN: é o tape de neutro.
FS: é o fator de segurança, para neutro será utilizado 0,2.
IN: é a corrente nominal do circuito.
RTC: é a relação de transformação do TC.
Após o cálculo do tape é feito o ajuste da corrente de pick-up do relé, que será a
corrente a partir da qual o relé irá atuar. O ajuste da corrente de pick-up de fase e de neutro
segue a equação (4.32).
Onde:
IPICKUP: é a corrente de pick-up de fase ou de neutro, depende de qual se está calculando.
TAPE: é o tape de fase ou de neutro, depende de qual corrente de pick-up está sendo calculada.
RTC: é a relação de transformação do TC.
63
I CC 3ϕ
M= (4.33)
I PICKUP _ FASE
Onde:
M: é o múltiplo da corrente de ajuste.
ICC3ϕ: é a corrente de curto-circuito trifásico no ponto de instalação do relé.
IPICKUP_FASE: é a corrente de pick-up de fase.
Para o ajuste do múltiplo de neutro segue-se a equação (4.34).
I CC1ϕ
M= (4.34)
I PICKUP _ NEUTRO
Onde:
M: é o múltiplo da corrente de ajuste.
ICC1ϕ: é a corrente de curto-circuito fase terra no ponto de instalação do relé.
IPICKUP_NEUTRO: é a corrente de pick-up de neutro.
Com o os dados obtidos calcula-se e adota-se um dial de tempo definido pela
equação (4.35).
α
t × ( M ) − 1
dt = (4.35)
K
Onde:
dt: é o dial de tempo.
t: é o tempo de atuação.
M: é o múltiplo da corrente de ajuste.
K e α: são valores padronizados pela norma IEC, nesse estudo será utilizado a curva muito
inversa (cuja sigla é M.I. ou V.I.), apresentada na Tabela 2.2.
64
K × dt
t = (4.36)
M α −1
Onde:
dt: é o dial de tempo.
t: é o tempo de atuação.
M: é o múltiplo da corrente de ajuste.
K e α: são valores padronizados pela norma IEC, nesse estudo será utilizado a curva muito
inversa (cuja sigla é M.I. ou V.I.), apresentada na Tabela 2.2.
I MAG I
< I INST _ FASE < CC 2ϕ (4.37)
RTC RTC
Onde:
IMAG: é a corrente de magnetização do transformador.
IINST_FASE: é a corrente de ajuste de fase instantânea do relé.
ICC2ϕ: é a corrente de curto-circuito bifásica no ponto de alocação do relé.
RTC: é a relação de transformação do TC.
Já o ajuste da função 50N, deve levar em consideração a corrente de curto-circuito
fase terra mínima no ponto de alocação do relé, já que se o relé atua para a corrente de curto-
65
circuito fase terra mínima ele irá atuar para o curto-circuito fase terra. Para que o ajuste seja
feito corretamente, o ajuste da função 50N tem que seguir a condição estabelecida pela equação
(4.38).
I CC1ϕ min
I INST _ NEUTRO < (4.38)
RTC
Onde:
ICC1ϕmin: é a corrente de curto-circuito fase terra mínima no ponto de alocação do relé.
IINST_NEUTRO: é a corrente de ajuste de neutro instantânea do relé.
RTC: é a relação de transformação do TC.
I ajuste
I PICKUP = (4.39)
RTC
Onde:
IPICKUP: é a corrente de pick-up de ajuste da função 51Q.
Iajuste: é a corrente de ajuste vista pelo primário do TC.
RTC: é a relação de transformação do TC.
Onde:
TAPE51G: é o tape de ajuste da função 51G.
In: é a corrente do secundário do TC, ou seja, 5 A.
Ajuste da função 87
Pn
In = (4.41)
3 × Vn
Onde:
In: é a corrente nominal do transformador.
Pn: é a potência nominal do transformador.
Vn: é a tensão nominal do transformador.
Utilizando a equação (4.41) calcula-se as correntes no lado de alta tensão levando-
se em consideração a tensão do tape máximo, médio e mínimo do transformador.
A partir dessas correntes define-se a relação de transformação dos transformadores
de corrente do lado de média e de alta tensão.
Para o lado de alta tensão o RTC é determinado pela equação (4.42).
I ami
RTC = (4.42)
In
Onde:
RTC: é a relação de transformação do relé.
Iami: é a corrente nominal do transformador no tape mínimo.
In: é a corrente nominal do secundário de relé.
Para o lado de média tensão o RTC é determinado pela equação (4.43).
I tcb
RTC = (4.43)
In
Onde:
67
I tcb = 3 × In (4.44)
Onde:
In: é a corrente nominal do secundário de transformador.
Itcb: é a vista pelo transformador de corrente ligado em delta.
Determinada a relação de transformação do TC que serão utilizados na proteção
diferencial calcula-se a corrente vista pelo relé no lado de média tensão e no lado de alta tensão
(neste caso para o tape máximo, mínimo e médio).
Após o cálculo dessas corrente obtêm-se os valores de corrente diferencial máxima
e mínima. A corrente diferencial máxima pode ser obtida pela equação (4.45).
I ma
Emax = × 100 (4.48)
I t max
Onde:
Emax: é o erro máximo.
Ima: é a corrente diferencial máxima calculada anteriormente.
Itmax: é a corrente vista pelo relé para o tape máximo.
O erro percentual na relação de transformação pode ser obtido pela equação (4.49).
I rtcb − I tame
Er = × 100 (4.49)
1
× ( I rtcb + I tame )
2
Onde:
Er: é o erro máximo na relação de transformação.
Irtcb: é a corrente nominal vista pelo relé na média tensão.
Irame: é a corrente nominal vista pelo relé na alta tensão para o tape médio do transformador.
Com a metodologia exposta pode-se ajustar as funções de proteção dos relés da SE
do Campus do Pici.
Fabricante: SEL
Modelo: SEL 751
69
1,1× 41,83
TAPEF ≥ ∴ TAPEF ≥ 0, 28 (4.50)
160
0, 2 × 41,83
TAPEN ≥ ∴ TAPEN ≥ 0,05 (4.53)
160
TAPEN = 0,5 (4.54)
De acordo com a equação (4.32) calcula-se o IPICKUP_NEUTRO:
13249 A
M= = 165, 61 (4.56)
160
Calculando o dial de fase a partir da equação (4.35) tem-se:
70
1
0, 043 × (165, 61) − 1
dt FASE = = 0,52 (4.57)
13,5
Com isso adota-se um dial de fase igual a 0,53. Com esse dial adotado o tempo de
atuação do relé será dado de acordo com a equação (4.36):
13,5 × 0,53
t FASE = = 0, 043s (4.58)
165, 611 − 1
Para calcular o dial de neutro, calcula-se primeiro o múltiplo de acordo com a
equação (4.34). Adotando-se um tempo de atuação de neutro de 0,15s tem-se:
4029,95 A
M= = 50,37 (4.59)
80
Calculando o dial de neutro a partir da equação (4.35) tem-se:
1
0,150 × ( 50,37 ) − 1
dt NEUTRO = = 0,56 s (4.60)
13,5
Com isso adota-se um dial de neutro igual a 0,6. Com esse dial adotado o tempo de
atuação do relé será dado de acordo com a equação (4.36):
13,5 × 0, 6
t NEUTRO = = 0,164s (4.61)
50,371 − 1
80
I PICKUP = = 0,5 (4.62)
160
Será adotada a curva muito inversa, com dial de tempo de 0,35s.
71
502, 04 11473
< I INST _ FASE < ∴ 3,13 < I INST _ FASE < 71, 7 (4.64)
160 160
I INST _ FASE = 10 A (4.65)
A partir dos valores calculados obtém-se na Tabela 4.1 os ajustes para o relé de
69kV.
Fabricante: SEL
Modelo: SEL 751A
1,1× 209,18
TAPEF ≥ ∴ TAPEF ≥ 2,87 (4.68)
80
TAPEF = 3 (4.69)
De acordo com a equação (4.32) calcula-se o IPICKUP_FASE:
0, 2 × 209,18
TAPEN ≥ ∴ TAPEN ≥ 0,522 (4.71)
80
TAPEN = 0, 75 (4.72)
De acordo com a equação (4.32) calcula-se o IPICKUP_NEUTRO:
2859,39 A
M= = 11,91 (4.74)
240
Calculando o dial de fase a partir da equação (4.35) tem-se:
1
0, 4 × (11,914 ) − 1
dt FASE = = 0,323 (4.75)
13,5
Com isso adota-se um dial de fase igual a 0,35s. Com esse dial adotado o tempo de
atuação do relé será dado de acordo com a equação (4.36):
13,5 × 0,35
t FASE = = 0, 432s (4.76)
11,9141 − 1
Para calcular o dial de neutro, calcula-se primeiro o múltiplo de acordo com a
equação (4.34). Adotando-se um tempo de atuação de neutro de 0,3s tem-se:
2941, 9 A
M= = 49, 031 (4.77)
60
Calculando o dial de neutro a partir da equação (4.35) tem-se:
1
0,3 × ( 49, 031) − 1
dt NEUTRO = = 1, 067 s (4.78)
13,5
Com isso adota-se um dial de neutro igual a 1,1s. Com esse dial adotado o tempo
de atuação do relé será dado de acordo com a equação (4.36):
13,5 × 1,1
t NEUTRO = = 0,309seg (4.79)
49, 031 − 1
2476,3
I INST _ FASE < ∴ I INST _ FASE < 30,95 (4.80)
80
I INST _ FASE = 24 A (4.81)
225,54
I INST _ NEUTRO < ∴ I INST _ NEUTRO < 2,81 (4.82)
80
A partir dos valores calculados obtém-se na Tabela 4.2 os ajustes para o relé de
13,8kV.
Fabricante: SEL
Modelo: SEL 751A
1,1× 62, 75
TAPEF ≥ ∴ TAPEF ≥ 1, 72 (4.84)
40
TAPEF = 2 (4.85)
De acordo com a equação (4.32) calcula-se o IPICKUP_FASE:
0, 2 × 62, 75
TAPEN ≥ ∴ TAPEN ≥ 0,3137 (4.87)
40
TAPEN = 0,5 (4.88)
De acordo com a equação (4.32) calcula-se o IPICKUP_NEUTRO:
2859,39 A
M= = 35, 74 (4.80)
80
Calculando o dial de fase a partir da equação (4.35) tem-se:
1
0,13 × ( 35, 74 ) − 1
dt FASE = = 0,33s (4.81)
13,5
Com isso adota-se um dial de fase igual a 0,35s. Com esse dial adotado o tempo de
atuação do relé será dado de acordo com a equação (4.36):
76
13,5 × 0,35
t FASE = = 0,13s (4.82)
35, 741 − 1
Para calcular o dial de neutro, calcula-se primeiro o múltiplo de acordo com a
equação (4.34). Adotando-se um tempo de atuação de neutro de 0,3s tem-se:
2941,9 A
M= = 147, 095 (4.83)
20
Calculando o dial de neutro a partir da equação (4.35) tem-se:
1
0,3 × (147, 095 ) − 1
dt NEUTRO = = 3, 24s (4.84)
13,5
Com isso adota-se um dial de neutro igual a 3,25s. Com esse dial adotado o tempo
de atuação do relé será dado de acordo com a equação (4.36):
13,5 × 3, 25
t NEUTRO = = 0,3s (4.85)
147, 0951 − 1
2476,3
I INST _ FASE < ∴ I INST _ FASE < 61,90 (4.86)
40
I INST _ FASE = 12, 26 A (4.87)
75, 7
I INST _ NEUTRO < ∴ I INST _ NEUTRO < 1,89 (4.88)
40
I INST _ NEUTRO = 1,8 A (4.89)
A partir dos valores calculados obtém-se na Tabela 4.3 os ajustes para o relé do
alimentador 1.
Fabricante: SEL
Modelo: SEL 751A
1,1× 48,11
TAPEF ≥ ∴ TAPEF ≥ 1,32 (4.90)
40
TAPEF = 2 (4.91)
De acordo com a equação (4.32) calcula-se o IPICKUP_FASE:
0, 2 × 62, 75
TAPEN ≥ ∴ TAPEN ≥ 0, 24 (4.93)
40
TAPEN = 0,5 (4.94)
De acordo com a equação (4.32) calcula-se o IPICKUP_NEUTRO:
2859,39 A
M= = 35, 74 (4.96)
80
Calculando o dial de fase a partir da equação (4.35) tem-se:
1
0,13 × ( 35, 74 ) − 1
dt FASE = = 0,33s (4.97)
13,5
Com isso adota-se um dial de fase igual a 0,35s. Com esse dial adotado o tempo de
atuação do relé será dado de acordo com a equação (4.36):
13,5 × 0,35
t FASE = = 0,13s (4.98)
35, 741 − 1
Para calcular o dial de neutro, calcula-se primeiro o múltiplo de acordo com a
equação (4.34). Adotando-se um tempo de atuação de neutro de 0,3s tem-se:
2941,9 A
M= = 147, 095 (4.99)
20
Calculando o dial de neutro a partir da equação (4.35) tem-se:
79
1
0,3 × (147, 095 ) − 1
dt NEUTRO = = 3, 24s (4.100)
13,5
Com isso adota-se um dial de neutro igual a 3,25s. Com esse dial adotado o tempo
de atuação do relé será dado de acordo com a equação (4.36):
13,5 × 3, 25
t NEUTRO = = 0,3s (4.101)
147, 0951 − 1
2476,3
I INST _ FASE < ∴ I INST _ FASE < 61,90 (4.102)
40
I INST _ FASE = 12, 26 A (4.103)
75, 7
I INST _ NEUTRO < ∴ I INST _ NEUTRO < 1,89 (4.104)
40
I INST _ NEUTRO = 1,8 A (4.105)
A partir dos valores calculados obtém-se na Tabela 4.4 os ajustes para o relé do
alimentador 2.
80
Fabricante: SEL
Modelo: SEL 751A
1,1× 42, 25
TAPEF ≥ ∴ TAPEF ≥ 1,16 (4.106)
40
TAPEF = 2 (4.107)
De acordo com a equação (4.32) calcula-se o IPICKUP_FASE:
0, 2 × 42, 25
TAPEN ≥ ∴ TAPEN ≥ 0, 21 (4.109)
40
TAPEN = 0,5 (4.110)
81
2859,39 A
M= = 35, 74 (4.112)
80
Calculando o dial de fase a partir da equação (4.35) tem-se:
1
0,13 × ( 35, 74 ) − 1
dt FASE = = 0,33s (4.113)
13,5
Com isso adota-se um dial de fase igual a 0,35s. Com esse dial adotado o tempo de
atuação do relé será dado de acordo com a equação (4.36):
13,5 × 0,35
t FASE = = 0,13s (4.114)
35, 741 − 1
Para calcular o dial de neutro, calcula-se primeiro o múltiplo de acordo com a
equação (4.34). Adotando-se um tempo de atuação de neutro de 0,3s tem-se:
2941,9 A
M= = 147, 095 (4.115)
20
Calculando o dial de neutro a partir da equação (4.35) tem-se:
1
0,3 × (147, 095 ) − 1
dt NEUTRO = = 3, 24s (4.116)
13,5
Com isso adota-se um dial de neutro igual a 3,25s. Com esse dial adotado o tempo
de atuação do relé será dado de acordo com a equação (4.36):
82
13,5 × 3, 25
t NEUTRO = = 0,3s (4.117)
147, 0951 − 1
2476,3
I INST _ FASE < ∴ I INST _ FASE < 61,90 (4.118)
40
I INST _ FASE = 12, 26 A (4.119)
75, 7
I INST _ NEUTRO < ∴ I INST _ NEUTRO < 1,89 (4.120)
40
I INST _ NEUTRO = 1,8 A (4.121)
A partir dos valores calculados obtém-se na Tabela 4.5 os ajustes para o relé do
alimentador 3.
Tabela 4.5- Ajuste relé alimentador 3
ORDEM DE AJUSTE DE PROTEÇÃO
EQUIPAMENTO CORRENTE AJUSTES DE PROTEÇÃO
TENSÃO RTC CÓDIGO TEMPORI-
OU LT DE GRADUAÇÃO
(kV) (A) ANSI PROT. TIPO ZAÇÃO
PROTEGIDO PICK-UP (A) TAPE CURVA INST(A)
I>3 = 12,26
SEL
13,8 200-5 80 50/51 FASE I>1 =2 0,35 t= 0,01 V.I
751A
ALIMENTADOR seg.
3 IN1>3 =1,8
13,8 200-5 20 50/51N NEUTRO SEL 751A IN1>1 = 0,5 3,25 t= 0,0 V.I
seg.
2941, 9
M= = 22,98 (4.124)
128
Calculando o dial de fase a partir da equação (4.35) tem-se:
1
0,3 × ( 22,98 ) − 1
dt FASE = = 0, 48 s (4.125)
13,5
Com isso adota-se um dial de fase igual a 0,48s. Com esse dial adotado o tempo de
atuação do relé será dado de acordo com a equação (4.36):
13,5 × 0, 48
t FASE = = 0, 294 s (4.126)
22,981 − 1
A partir dos valores calculados obtém-se na Tabela 4.6 o ajuste da unidade de
sobrecorrente de terra.
84
Iref,N = 0,32 x IN
TRAFO PRINCIPAL 13,8 400-5 128 51G FASE SEL 787 0,48 V.I.
IN = 5
Pn 5 × 106
In = = = 41,83 A (4.127)
3 × Vn 3 × 69000
Para o lado de média tensão tem-se:
Pn 5 × 106
In = = = 209,18 A (4.128)
3 × Vn 3 × 13800
Utilizando a equação (4.41) calcula-se as correntes no lado de alta tensão levando-
se em consideração a tensão do tape máximo, médio e mínimo do transformador. A corrente do
tape médio é a mesma calculada na equação (4.127).
A corrente do tampe máximo é dada pela equação (4.129).
Pn 5 × 106
I ama = = = 39,81A (4.129)
3 × Vnma 3 × 72500
A corrente do tape mínimo é dado pela equação (4.130).
Pn 5 × 106
I ami = = = 42,95 A (4.130)
3 × Vnmi 3 × 67200
Adotando-se um TC de 50/5 para o lado de alta tensão e 400/5 para o lado de média
tensão (os dois 10B200), calcula-se a relação de transformação.
Para o lado de alta tensão utiliza-se a equação (4.42):
85
50
RTC = = 10 (4.131)
5
Para o lado de média tensão utiliza-se a equação (4.43):
400
RTC = = 80 (4.132)
5
Com a relação de transformação calcula-se a corrente vista pelo relé no lado de alta
tensão dividindo-se a corrente pelo RTC.
Para o tape médio tem-se:
I ame 41,83
I tame = = = 4,183 A (4.133)
RTC 10
Para o tape máximo tem-se:
I ama 39,81
I tama = = = 3,981A (4.134)
RTC 10
Para o tape mínimo tem-se:
I ami 42,95
I tami = = = 4, 295 A (4.135)
RTC 10
Com a relação de transformação calcula-se a corrente vista pelo relé no lado de
média tensão dividindo-se a corrente pelo RTC.
I tcb 362,31
I rtcb = = = 4,52 A (4.136)
RTC 80
A partir do exposto calcula-se a corrente diferencial máxima e mínima de acordo
com a equação (4.45) e (4.46), respectivamente.
0, 202
Emax = ×100 = 5% (4.139)
3,981
Depois, calcula-se o erro percentual de acordo com a equação (4.49)
4,52 − 4,183
Er = × 100 = 7, 7% (4.140)
1
× (4,52 + 4,183)
2
O erro gerado pelo TC é de 10%. Com isso calcula-se o erro total, a partir da
equação (4.47).
Nesta seção será apresentado os ajustes paramétricos dos relés de proteção baseado
no manual disponibilizado pelo fabricante.
Time-Dial 51N1TD=1,1
Negative Sequence Overcurrent
Trip Pickup (amps sec.) 50Q1P=OFF
Negative Sequence TOC
Trip Pickup (amps sec.) 51QP=OFF
Demand metering EDEM=THM
Minimum trip duration time TDURD=15.00
TRIP TR= 51P1T OR 50P1T OR 51N1T
OR 50N1T
Unlatch ULTR= NOT (51P1P OR 51N1P)
Output Contact OUT403=TRIP
Output Contact OUT404=TRIP
Event report ER= /51P+/51N
Setting Group Change Delay TGR=0,3 S
Power System Configuration Frequency NFREQ=60
Power System Configuration Phase Rotation PHROT=ABC
Date Format MDY
Front-Panel Display Operation FP_TO=15
Display Update rate SCROLD=2
Front Panel Neutral/Ground Display IN
Length of even report LER=30
Prefault in even report PRE=4
Sequential event recorder SER1=51P1T,51N1T
Fonte: próprio autor.
A Tabela 4.10 apresenta os ajustes do relé SEL 751A dos alimentadores 1,2 e 3.
4.8.1 Coordenogramas
Coordenograma de fase
Figura 4.5- Coordenograma de fase
Coordenograma de Neutro
5 CONCLUSÃO
dificuldade foi encontrar a bibliografia necessária para ajustar todos os parâmetros solicitados
pela concessionária, mas com uma pesquisa mais aprofundada foi possível reverter esse quadro.
Como sugestões de trabalhos futuros, podem ser realizados estudos da integração
de um grupo gerador à subestação e estudo de ampliação de potência da subestação. Outro
estudo que pode ser feito é de proteção e seletividade dos disjuntores de média tensão utilizados
na alimentação dos departamentos de ensino do campus, baseado nos ajustes definidos neste
trabalho.
99
BIBLIOGRAFIA
ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas NBR 5410 - Instalações elétricas de baixa
tensão - 2008.
ALMEIDA, Marcos A. Dias de. Apostila de Proteção de Sistemas Elétricos. Natal, 2000.
133 p.
IEEE, C37.2 - Standard for Electrical Power System Device Function Numbers, Acronyms,
and Contact Designations – 2008.
MAMEDE FILHO, João. Manual de Equipamentos Elétricos. 3. Ed. Rio de Janeiro: LTC,
2005.
NOBRE, Francisca Wiglla de Moura. Estudo Para a Definição dos Grupos de Ajuste da
Proteção da Rede de Distribuição Aquiraz. 2013. 119 f. Trabalho de Conclusão de Curso
(Graduação em Engenharia Elétrica) - Centro de Tecnologia, Universidade Federal do Ceará,
Fortaleza, 2013.
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Diagrama de Tempo - Fase
UFC
BARRA
ALIMENTADOR 1
13,8 kV Icc3 = 2.859 A
50/51
Barra BARRA BARRA
0,35 VI
69kV TRAFO 1 TRAFO 2 200-5 80 A
Icc3 = 13.249 A Icc3 = 13.249 A Icc3 = 2.859 A 10B200 SEL 751A
52.3
I >= 80A
CURVA VI
t > 0,35
ENTREGA I >> 490
50 51 t>> 0,01 s
50N 51N
ALIM. 1 -> 0,13 segundos.
(I)=490 A t=0,01 s
ALIMENTADOR 2
50/51 50/51
50/51
0,5 VI 5 /6,5 MVA 0,35 VI
Z = 7% 240 A 0,35 VI
800-5 80 A 50-5 400-5 400-5 200-5 80 A
10B400 10B200 10B200 10B200 10B200 SEL 751A
52.1 52.2 52.4
I >= 80A
CURVA VI
t > 0,35
I >> 490
50 51 87 50 51 50 51 t>> 0,01 s
50N 51N 50N 51N 50N 51N
51G ALIM. 1 -> 0,13 segundos.
51Q SEL 787 SEL 751A (I)=490 A t=0,01 s
I >= 240A ALIMENTADOR 3
SEL 751 SLOPE: 30% CURVA VI
I >= 80A SENS. =1,25 t > 0,35
CURVA VI I >> 1920A 50/51
t > 0,5 t>> 0,01 s 0,35 VI
I >> 1600A
t>>0,01 s 200-5 80 A
BARRA 13,8kV -> 0,43 segundos. SEL 751A
10B200 52.5
(I)=1920 A t=0,01 s I >= 80A
BARRA 69kV -> 0,04 segundos.
CURVA VI
(I)=1600A t=0,01 s t > 0,35
I >> 490
50 51 t>> 0,01 s
50N 51N
ALIM. 1 -> 0,13 segundos.
(I)=490 A t=0,01 s
Diagrama de Tempo - Neutro
UFC
BARRA ALIMENTADOR 1
13,8 kV Icc1 = 2.942 A
50/51
Barra BARRA BARRA 3,25 VI
69kV TRAFO 1 TRAFO 2 200-5 20 A
Icc1 = 4.030 A Icc1 = 4.030 A Icc1 = 2.942 A 10B200 52.3 SEL 751A
I >= 20A
CURVA VI
ENTREGA
t > 3,25
50 51
I >> 72
t>> 0,01 s
50N 51N
ALIM. 1 -> 0,3 segundos.
(I)=72 A t=0,01 s
51 G ALIMENTADOR 2
0,48 VI
128 A 50/51
50/51 50/51
5 /6,5 MVA 0,35 VI
0,5 VI 60 A 3,25 VI
800-5 80 A 50-5 Z = 7% 400-5 400-5 200-5 20 A
10B400 10B200 10B200 10B200 10B200
52.1 52.2 52.4 SEL 751A
I >= 20A
CURVA VI
400-5 t > 3,25
10B200 I >> 72
50 51 50 51 50 51
t>> 0,01 s
50N 51N 87 50N 51N 50N 51N
ALIM. 1 -> 0,3 segundos.
51Q 51G SEL751A (I)=72 A t=0,01 s
SEL 787 I >= 60A ALIMENTADOR 3
SEL 751 CURVA VI
SLOPE: 30% t > 0,35
I >= 80A SENS. =1,25 I >>200A
CURVA VI 50/51
t > 0,6 CURVA VI t>> 0,01 s 3,25 VI
t > 0,48
I >> 320A 200-5 20 A
BARRA 13,8kV -> 0,31 segundos.
t>>0,01 s Iref,N = 0,32 x In (In=5A) 10B200 SEL 751A
(I)=200 A t=0,01 s 52.5
TRAFO 51G -> 0,294 segundos. I >= 20A
BARRA 69kV -> 0,16 segundos. CURVA VI
(I)=320A t=0,01 s t > 3,25
50 51
I >> 72
t>> 0,01 s
50N 51N
ALIM. 1 -> 0,3 segundos.
(I)=72 A t=0,01 s
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