Plano Diretor Anps
Plano Diretor Anps
Plano Diretor Anps
TÍTULO I
DA REVISÃO DO PLANO DIRETOR DE ANÁPOLIS
Art. 1ºEsta Lei Complementar dispõe sobre o Plano Diretor Participativo de Anápolis,
orientando as ações futuras de adequação da estrutura urbana e rural.
Capítulo I
DOS OBJETIVOS
Capítulo II
DA ABRANGÊNCIA DO PLANO DIRETOR
V - vazios urbanos;
X - instrumentos jurídico-urbanísticos;
estratégico;
TÍTULO II
DAS ESTRATÉGIAS DE DESENVOLVIMENTO TERRITORIAL
Capítulo I
DA ESTRUTURAÇÃO TERRITORIAL
VI - induzir a ocupação das áreas não edificadas, não utilizadas ou subutilizadas, dotadas
de infraestrutura e equipamentos públicos, fazendo cumprir a função social da propriedade
e da cidade;
§ 2º O Poder Público Municipal deverá editar no prazo de 6 (seis) meses lei específica para
regular os incentivos, desonerações e índices construtivos referidos no inciso IX deste
artigo.
SEÇÃO I
DO MACROZONEAMENTO
§ 2º As Zonas são subdivisões das Macrozonas que servem como referencial para a
definição de parâmetros específicos de uso e ocupação do solo, estabelecendo áreas onde
Art. 10A Macrozona do Ribeirão João Leite, localizada na região oeste do Município, é
caracterizada por uma área de preservação ambiental onde se insere a Região de
Planejamento do Ribeirão João Leite, compreendida pelas seguintes Zonas e Áreas
Especiais:
institucionais e comunitários.
Parágrafo único. A Macrozona do Rio das Antas é compreendida pelas seguintes Zonas e
Áreas Especiais:
caput a Unidade de Conservação do Rio Piancó, para garantir a conservação dos recursos
naturais e o desenvolvimento sustentável da região.
Art. 13A Macrozona do Rio Padre Souza, localizada na região noroeste do Município, é a
região com maior cobertura de formações vegetais nativas que deverão ser preservadas.
Parágrafo único. A Macrozona do Rio Padre Souza é compreendida pelas seguintes Zonas
e Áreas Especiais:
SEÇÃO II
DO ZONEAMENTO
Art. 15 Sobre o Zoneamento incidem regras que definem quais atividades podem ser
instaladas e de que forma as edificações devem ser implantadas com usos e
características próprias, conforme o Mapa de Zoneamento (Anexo XIII):
I - Souzânia;
II - Interlândia;
III - Goialândia;
IV - Joanápolis.
Art. 17A Zona de Desenvolvimento Econômico - ZDE é uma porção da Zona Urbana com
incentivo à implantação de atividades econômicas, logísticas, industriais, empresariais e de
desenvolvimento tecnológico.
Art. 18A Zona Linear de Desenvolvimento Econômico - ZLDE é uma porção do território
paralela às rodovias Estaduais e Federais, destinada ao desenvolvimento de atividades
econômicas multifuncionais, diversificadas e multiformes.
I - uso industrial;
II - uso comercial;
IV - uso institucional.
Art. 20A Zona Linear do Eixo Brasil Norte - ZLBN é aquela onde será incentivado o uso
misto, observado os critérios de uso e ocupação e do nível de incomodidade.
Art. 21 A Zona Linear do Eixo Brasil Sul - ZLBS é aquela onde será incentivado o uso
misto, observado os critérios de uso e ocupação e do nível de incomodidade.
Art. 22A Zona Linear do Eixo Brasil Centro - ZLBC é aquela onde será incentivado o uso
misto, com restrições de densidade e do nível de incomodidade.
I - Zona Urbana Mista 01 - ZUM 01: área em que as condições do meio físico, a
disponibilidade de infraestrutura e a necessidade de diversificação de uso possibilitem um
maior adensamento, conforme aplicação da outorga onerosa máxima constante na Tabela
de Usos da Hierarquia Viária - Anexo IV;
II - Zona Urbana Mista 02 - ZUM 02: área em que as condições do meio físico, a
disponibilidade de infraestrutura e a necessidade de diversificação de uso possibilitem um
adensamento médio ou baixo, conforme aplicação da outorga onerosa máxima constante
na Tabela de Usos da Hierarquia Viária - Anexo IV.
Art. 24 A Zona Central é a porção do tecido urbano caracterizada pelo núcleo original,
histórico e funcional da cidade, onde se desenvolve predominantemente atividades
comerciais e de serviços.
Art. 25A Zona Rural é a porção do território do Município formada por espaços não
urbanizados destinados à prática das atividades previstas na Tabela de Incomodidade e
Licenciamento Ambiental (Anexo V).
IV - preservação de nascentes;
IX - reserva legal.
Art. 27A disciplina do uso e ocupação do solo na Zona Rural visa estimular as atividades
primárias, preservar as características socioeconômicas do meio rural e promover a
melhoria da qualidade de vida de seus habitantes, evitando a implantação de atividades
que induzam às formas de ocupação urbana.
SEÇÃO III
DAS ÁREAS ESPECIAIS
Art. 29As Áreas Especiais são recortes espaciais específicos do território que, por suas
características, têm importância relevante para a promoção dos interesses estratégicos do
Município, em sua totalidade conforme o Mapa de Áreas Especiais (Anexo XIV), às quais
serão atribuídos Programas de Ação de Interesse Estratégico visando promover
transformações estruturais de caráter urbanístico, social, econômico e ambiental, que
reger-se-ão por regimes especiais, nos termos da legislação, classificadas em:
SUBSEÇÃO I
DAS ÁREAS ESPECIAIS
Art. 31Os imóveis localizados nas Áreas Especiais descritas nos incisos V ao IX do artigo
29 serão regidos pelas normas e parâmetros estabelecidos nesta Lei Complementar até a
edição de normas específicas.
III - Áreas Especiais de Interesse Social III - AEIS III, correspondentes às áreas sujeitas à
incidência de políticas habitacionais do Município, visando garantir acesso a moradia à
população de baixa renda.
Art. 35Na delimitação das Áreas Especiais de Interesse Urbanístico deverá ser observada
a área de abrangência dos seguintes pontos referenciais:
I - Centro Pioneiro;
Art. 37As Áreas Especiais de Interesse Econômico estão delimitadas nas áreas de
abrangência dos seguintes pontos referenciais:
I - Entorno do CEASA;
Parágrafo único. Nas áreas a que se refere o caput serão implantadas as atividades
comerciais, industriais, de prestação de serviços, logística e usos residenciais, com caráter
sustentável, por meio da modalidade de parcelamento de solo em núcleos fechados.
Parágrafo único. As áreas a que se refere o caput deverão ser objeto de constante
monitoramento pelo órgão municipal competente, conforme evento natural a ser mitigado.
SEÇÃO IV
DO PARCELAMENTO
SUBSEÇÃO I
DO PARCELAMENTO DO SOLO URBANO
Art. 42 O parcelamento do solo para fins urbanos será admitido nas áreas e glebas
inseridas no perímetro urbano, nas Zonas Lineares de Desenvolvimento Econômico - ZLDE
e nas Áreas Especiais de Interesse Estratégico - AEIET.
Desenvolvimento Econômico.
SUBSEÇÃO II
DOS PROJETOS DIFERENCIADOS DE URBANIZAÇÃO
Art. 45 Para efeito desta Lei Complementar, entende-se por Projeto Diferenciado de
Urbanização - PDU aquele que visa promover a ocupação dos vazios urbanos, com ou sem
ocorrência de seu parcelamento, observada a localização de cada área em que se situa.
III - quanto à dimensão, possuir área igual ou superior 5.000,00m² (cinco mil metros
quadrados) não sendo computada a área de APP:
IV - via pública consolidada de acesso ao PDU com caixa mínima de 15,00m (quinze
metros).
V - frente mínima pela via pública igual ou superior a 45,00m (quarenta e cinco metros);
VI - destinação de 15% (quinze por cento) da área como Área Pública Municipal contígua e
externa ao empreendimento ou em outra localidade a ser autorizada pelo NGPPD;
§ 1º Poderá ser exigida reserva de área para a adequação do sistema viário do entorno,
com a finalidade de atendimento do mínimo exigido, ou, ainda, determinar sua
compatibilização à tipologia de ocupação a ser instalada, excluída do cômputo do
percentual das Áreas Institucionais.
III - levantamento planialtimétrico e cadastral da área, na escala 1:1.000 (um para mil)
impressa e em meio digital (arquivo em extensão ".dwg"), com curvas de nível de metro em
IV - Licença Ambiental;
§ 1º Quando o vazio urbano situar-se às margens de rodovias seu acesso deverá ser
autorizado pelo órgão competente.
§ 3º Acessos internos para circulação de pedestres com um mínimo de 1,50m (um metro e
cinquenta centímetros) de largura, livre de qualquer obstáculo e atendidas às demais
exigências referentes à acessibilidade.
§ 4º Mínimo de 7,00m (sete metros) de largura da pista de rolamento e para vias sem saída
deverá ser projetado retorno com raio mínimo de 7,50m (sete metros e cinquenta
centímetros) excluída a dimensão destinada aos acessos internos para circulação de
pedestres.
seus moradores.
SEÇÃO V
DO USO E OCUPAÇÃO DE SOLO
Art. 55 Para efeito de controle das atividades urbanas ficam estabelecidos o uso
residencial, uso não residencial e uso misto como categorias predominantes.
SUBSEÇÃO I
DO USO RESIDENCIAL, NÃO RESIDENCIAL E MISTO
I - uso residencial:
a) habitação singular;
b) habitação seriada;
c) habitação seriada em condomínio;
d) habitação coletiva;
e) habitação coletiva quitinete;
f) múltiplos pavimentos ou unidades.
a) uso comercial;
b) uso prestacional;
c) uso institucional;
d) uso industrial/logístico/tecnológico;
e) uso rural;
f) múltiplos pavimentos ou unidades.
§ 2º Os usos que excederem a altura de 10,00m (dez metros) serão classificados como
Múltiplos Pavimentos ou Unidades.
§ 4º As construções que ocupem no máximo 10% (dez por cento) da laje de cobertura, cuja
área total não ultrapasse 60,00m² (sessenta metros quadrados), poderão exceder o limite
máximo de altura em até 2,50m (dois metros e cinquenta centímetros).
§ 5º O corredor externo, entre o muro de divisa e a edificação sem abertura, deverá possuir
largura mínima de 0,80m (oitenta centímetros).
SUBSEÇÃO II
DO USO RESIDENCIAL
Art. 58 O uso residencial é aquele que se destina à moradia, sendo subdividido em:
a) deverá atender à fração ideal mínima de 200,00m² (duzentos metros quadrados) por
unidade residencial, localizada em lote/quadra urbana oriunda de parcelamento aprovado e
inserido no perímetro Urbano do Município,
b) fração ideal mínima equivale à área privativa de terreno, não podendo ser computadas
as áreas de uso comum;
c) a abertura de vias de acesso às moradias deverá obedecer aos seguintes critérios:
1. mínimo de 7,00m (sete metros) de largura da pista de rolamento e para vias sem saída
deverá ser projetado cul-de-sac com raio mínimo de 7,50m (sete metros e cinquenta
centímetros);
2. calçada com largura mínima de 1,50m (um metro e cinquenta centímetros);
3. cada unidade deverá ter acesso independente, através de via de acesso de uso interno;
4. áreas destinadas às vagas descobertas poderão ser localizadas no recuo frontal em
relação às vias de acesso às moradias.
d) o perímetro externo deverá receber fechamento em toda sua extensão;
e) acima de 10 (dez) unidades habitacionais, deverá destinar o mínimo de 7,5% (sete e
meio por cento) da área do terreno para recreação e lazer, coberta ou não e de uso
comum;
f) quando houver modificação de projeto com acréscimo de área construída das unidades
habitacionais já licenciadas, os índices urbanísticos incidirão sobre a área privativa de
terreno de uso exclusivo da unidade habitacional.
Art. 59
SUBSEÇÃO III
DOS PARÂMETROS URBANÍSTICOS DO USO RESIDENCIAL
I - habitação singular:
II - habitação seriada:
IV - habitação coletiva:
a) recuo frontal: 5,00m (cinco metros); acima de 20 (vinte) pavimentos será acrescentado
0,50m (cinquenta centímetros) para os recuos de frente para cada pavimento;
b) recuo lateral: será definido pela relação matemática: R= NP/2 (recuo é igual ao número
de pavimentos dividido por dois, partindo de 1,50m (um metro e cinquenta centímetros);
c) recuo de fundo: será definido pela relação matemática: R = NP/2 (recuo é igual ao
número de pavimentos dividido por dois), partindo de 1,50m (um metro e cinquenta
centímetros);
d) quando os recuos laterais e de fundo atingirem 8,00m (oito metros) será permitido que a
edificação atinja o número máximo de 20 (vinte) pavimentos; acima de 20 (vinte)
pavimentos será acrescentado 1,00m (um metro) para os recuos laterais e de fundo a cada
pavimento;
e) recuo entre blocos: serão somados os afastamentos entre os blocos obtidos pela relação
matemática: NP = 2R (Número de Pavimentos é igual a duas vezes o Recuo); para mais de
20 (vinte) pavimentos o recuo será fixado em 16,00m (dezesseis metros);
f) a Outorga Onerosa Máxima será determinada em função do zoneamento e da categoria
da via conforme Tabela de Usos da Hierarquia Viária - Anexo IV.
SUBSEÇÃO IV
DO USO NÃO RESIDENCIAL
Art. 61O uso não residencial é aquele destinado ao exercício de atividade econômica,
sendo subdividido em:
III - uso institucional: é aquele que se destina a atividades de cultura, assistência social,
cultos religiosos e serviços públicos;
I - ao nível de incomodidade;
Art. 63 Os usos não residenciais serão deferidos de acordo com a Tabela de Usos da
Hierarquia Viária (Anexo IV), o Mapa de Hierarquia Viária (Anexo XII) e os níveis de
incomodidade previstos pela Tabela de Incomodidade e Licenciamento Ambiental (Anexo
V), parte integrante desta Lei Complementar.
III - os usos previstos como rural e solicitados em área urbana e os previstos em zona
urbana solicitados em zona rural.
Parágrafo único. Em caso de deferimento, tal empreendimento terá o uso não residencial
restrito a fins cadastrais sem atendimento ao público, sem a existência de depósito de
mercadorias e sem a utilização da via pública para fins de carga e descarga.
Art. 67 Serão indeferidos os empreendimentos cujo uso não obedecer aos critérios
estabelecidos quanto à sua localização e nível de incomodidade.
Art. 70 Para os usos desconformes não poderá ser liberado o Alvará de Ampliação.
Art. 73O uso não residencial que tenha redução de porte terá a área máxima da atividade
definida pela Tabela Dimensão da Hierarquia Viária (Anexo IV).
SUBSEÇÃO V
DOS PARÂMETROS URBANÍSTICOS DO USO NÃO RESIDENCIAL
II - recuo lateral: 1,50m (um metro e cinquenta centímetros) para paredes com abertura;
III - recuo de fundo: 1,50m (um metro e cinquenta centímetros) para paredes com abertura.
As edificações destinadas aos usos não residenciais com altura superior a 10,00m
Art. 75
(dez metros) serão classificadas como uso de múltiplos pavimentos e/ou unidades e
atenderão aos seguintes parâmetros urbanísticos:
I - recuo frontal: 5,00m (cinco metros) sem fechamento; acima de 20 (vinte) pavimentos
será acrescentado 0,50m (cinquenta centímetros) para os recuos de frente a cada
pavimento;
II - recuo lateral: será definido pela relação matemática: R= NP/2 (recuo é igual ao número
de pavimentos dividido por dois), partindo de 1,50m (um metro e cinquenta centímetros);
III - recuo de fundo: será definido pela relação matemática: R= NP/2 (recuo é igual ao
número de pavimentos dividido por dois), partindo de 1,50m (um metro e cinquenta
centímetros);
IV - quando os recuos laterais e de fundo atingirem 8,00m (oito metros) será permitido que
a edificação atinja o número máximo de 20 (vinte) pavimentos; acima de 20 (vinte)
pavimentos será acrescentado 0,50m (cinquenta centímetros) para os recuos laterais e de
fundos a cada pavimento;
V - recuo entre blocos: serão somados os afastamentos entre os blocos obtidos pela
relação matemática: NP=2R (Número de Pavimentos é igual a duas vezes o Recuo); para
mais de 20 (vinte) pavimentos o recuo será de, no mínimo, 16,00m (dezesseis metros);
SUBSEÇÃO VI
DO USO MISTO
Art. 77 Nos empreendimentos imobiliários de uso misto localizados na Zona Linear do Eixo
Brasil Norte, Zona Linear do Eixo Brasil Sul, na Zona Linear do Eixo Brasil Centro e na
Zona Central não terão computadas as áreas destinadas ao Uso Residencial para a
aplicação da Outorga Onerosa do Direito de Construir.
Art. 78Os usos mistos serão permitidos segundo as diretrizes e critérios estabelecidos
para a Zona em que se pretende instalar a edificação, conforme estabelecido na Tabela de
Usos Residenciais, Não Residenciais e Mistos (Anexo III).
SUBSEÇÃO VII
DOS PARÂMETROS URBANÍSTICOS DO USO MISTO
b) recuo lateral: 1,50m (um metro e cinquenta centímetros) para paredes com abertura;
c) recuo de fundo: 1,50m (um metro e cinquenta centímetros) para paredes com abertura;
d) gabarito máximo: até 10,00m (dez metros) de altura.
a) recuo frontal: 5,00m (cinco metros) sem fechamento; acima de 20 (vinte) pavimentos
será acrescentado 0,50m (cinquenta centímetros) para os recuos de frente a cada
pavimento;
b) recuo lateral: será definido pela relação matemática: R= NP/2 (recuos é igual ao número
de pavimentos dividido por dois), partindo de 1,50m (um metro e cinquenta centímetros);
c) recuo de fundo: será definido pela relação matemática R= NP/2 (recuos é igual ao
número de pavimentos dividido por dois), partindo de 1,50m (um metro e cinquenta
centímetros);
d) quando os recuos laterais e de fundo atingirem 8,00m (oito metros) será permitido que a
edificação atinja o número máximo de 20 (vinte) pavimentos; acima de 20 (vinte)
pavimentos será acrescentado 1,00m para os recuos laterais e de fundos a cada
pavimento;
e) recuo entre blocos: serão somados os afastamentos entre os blocos obtidos pela relação
matemática NP=2R (Número de Pavimentos é igual a duas vezes o Recuo); para mais de
20 (vinte) pavimentos o recuo será de, no mínimo, 16,00m (dezesseis metros);
f) a Outorga Onerosa Máxima será determinada em função do zoneamento e da categoria
da via conforme Tabela de Usos da Hierarquia Viária - Anexo IV.
§ 1º SUPRIMIDO
SUBSEÇÃO VIII
DOS PARÂMETROS URBANÍSTICOS DOS USOS INDUSTRIAIS, LOGÍSTICOS E
TECNOLÓGICOS
II - recuo lateral: mínimo de 3,00m (três metros); a soma das duas laterais deverá ser de
8,00m (oito metros);
I - recuo frontal: faixa de domínio + faixa verde de 10,00m (dez metros) + 10,00m (dez
metros);
Parágrafo único. Sobre a faixa verde prevista no recuo frontal poderão ser implantados
acessos aos módulos.
Art. 82 O uso industrial, logístico e tecnológico localizado na Zona Urbana Mista - ZUM
ficará submetido aos seguintes parâmetros urbanísticos:
II - recuo lateral: 1,50m (um metro e cinquenta centímetros) para paredes com abertura;
III - recuo de fundo: 1,50m (um metro e cinquenta centímetros) para paredes com abertura.
SUBSEÇÃO IX
DAS PRESCRIÇÕES URBANÍSTICAS ADICIONAIS
I - Índice de Ocupação;
II - Índice de Aproveitamento;
Parágrafo único. Não serão computados para efeito de ocupação os pergolados, beirais e
marquises em balanço.
Art. 85 O Índice de Aproveitamento é obtido dividindo a área construída pela área do lote.
§ 1º Não será computada a área da garagem, desde que não exceda 25% (vinte e cinco
por cento) da área total construída do empreendimento.
§ 4º Quando o subsolo for destinado exclusivamente para estacionamento sua área não
será computada como área construída para efeito do índice de aproveitamento.
Art. 87Todo e qualquer empreendimento com área construída igual ou superior a 80,00m²
(oitenta metros quadrados) deverá destinar, além da área permeável mínima exigida
conforme a Tabela de Índices Urbanísticos Adicionais - Zonas (Anexo I) e a Tabela de
Índices Urbanísticos Adicionais - Áreas Especiais (Anexo II), Poço de Recarga/Detenção
com capacidade suficiente de dreno calculado sobre área impermeabilizada do terreno.
II - a escolha do dispositivo a que se refere o caput deste artigo deverá estar fundamentada
em ensaios de percolação e sondagem com a devida Anotação de Responsabilidade
Técnica - ART, comprovando o atendimento ao disposto no inciso anterior e a capacidade
de recarga/detenção, que deve ser definida com a aplicação da seguinte fórmula:
V = 0,2 x AT x C x T
Em que:
§ 1º Deverá ser instalado um sistema que conduza toda água captada por telhados,
coberturas, terraços e pavimentos impermeabilizados em geral ao(s) dispositivo(s) de
recarga/detenção das águas pluviais, de modo que a água precipitada não seja lançada
diretamente para ruas e sarjetas.
§ 2º O volume que exceder a capacidade dos dispositivos deverá ser despejado por
gravidade na rede pública de drenagem através das sarjetas.
profissional habilitado com a devida ART e/ou RRT, conforme exigir cada caso, a fim de
serem aprovados pelo órgão municipal competente, estando sua implantação condicionada
à emissão de "Habite-se" ou "Ocupação".
SUBSEÇÃO X
DO SUBSOLO
Art. 89Serão consideradas construções em subsolo aquelas com altura máxima de 1,25m
(um metro e vinte e cinco centímetros), tomando-se o ponto médio do meio-fio da rua de
nível mais baixo.
A ocupação para o subsolo poderá atingir 100% (cem por cento) do terreno, desde
Art. 90
que executado poços de recarga na forma dessa Lei Complementar.
SUBSEÇÃO XI
DA RESERVA TÉCNICA DE VAGAS DE ESTACIONAMENTO
Para efeito de aplicação desta Lei Complementar, entende-se por reserva técnica o
Art. 92
número mínimo de vagas para estacionamento de veículos exigido para atender à
demanda gerada pela atividade.
Em que:
VE = AC CV
a) VE = Vagas de Estacionamento
b) AC = Área Computável é o produto da Área Construída, excluídas as áreas pré-
estabelecidas conforme o § 2º deste artigo;
c) CV = Coeficiente de Vagas disposto na Tabela de Reserva Técnica de Vagas de
Estacionamento (Anexo VI).
§ 1º O resultado do cálculo para definir a reserva técnica de que trata o caput deverá
obedecer aos critérios aritméticos de arredondamento para o próximo número inteiro
superior.
§ 2º Entende-se por área computável, para efeito de cálculo de reserva técnica de vagas de
estacionamento, aquela área construída no lote utilizada para o desenvolvimento das
§ 4º Não será permitida a disponibilidade da reserva técnica mínima das vagas em gaveta,
caracterizada como aquela que se utiliza do acesso por outra vaga, salvo os casos de
destinação de número de vagas superior ao previsto neste artigo.
II - a largura mínima para faixa de circulação e manobra será de 5,00m (cinco metros), bem
como para as rampas de acesso;
III - o projeto deverá ser cotado e as vagas enumeradas, sendo também apresentado o
sentido das faixas de circulação;
V - a área de embarque e desembarque, bem como a área de carga e descarga, devem ser
obrigatoriamente internas ao lote; permite-se marquise para proteção da mesma, no recuo
frontal obrigatório, com área máxima de 50% (cinquenta por cento) da área do recuo em
questão;
poderão ter acréscimo de sua reserva técnica definida após o desenvolvimento dos estudos
exigidos.
I - futuras edificações;
II - reforma com ampliação, sendo utilizada para o cálculo somente a área a ser ampliada;
III - ampliação, sendo utilizada para o cálculo somente a área a ser ampliada.
Art. 97 Poderá ser admitida a reserva técnica de vagas de estacionamento externa ao lote
para os casos de edificações existentes anteriores à data de publicação desta Lei
Complementar, onde haja ampliação ou alteração de uso, devendo ser provisionada
através de convênios com estacionamento de veículos ou áreas compatíveis com esta
finalidade, estando sujeitas aos seguintes critérios:
SEÇÃO VI
DOS EMPREENDIMENTOS GERADORES DE IMPACTO
SUBSEÇÃO I
DOS EMPREENDIMENTOS DE IMPACTO DE VIZINHANÇA
I - casa de evento, boate, bar com área construída superior a 300,00m² (trezentos metros
quadrados);
Art. 102Cabe ao Núcleo Gestor de Planejamento do Plano Diretor - NGPPD decidir pela
exigência de Estudo de Impacto de Vizinhança - EIV e Relatório de Impacto de Vizinhança -
RIV em casos omissos ou que demonstrem potencial de impacto à vizinhança.
Art. 104 O Núcleo Gestor de Planejamento do Plano Diretor - NGPPD deverá elaborar
parecer técnico para análise do estudo apresentado pelo empreendedor, indicando as
exigências a serem impostas para que, às suas expensas, realize obras ou adote medidas
para mitigar, compensar ou neutralizar o impacto previsível.
Parágrafo único. Para aprovação do EIV/RIV deverão ser juntados documentos expedidos
por órgãos específicos, conforme a natureza do empreendimento exigir, tais como, por
exemplo, licença ambiental, alvará sanitário, RIT/EIT, projeto de drenagem, comprovação
de esgoto sanitário etc.
§ 4º Após a aprovação e análise do projeto dentro dos critérios de uso e ocupação do solo
descritos nesta Lei o empreendimento que, por meio de ações mitigadoras do EIV,
apresentar decréscimo em sua área construída poderá descontar o valor da área suprimida
nas contrapartidas exigidas pela Prefeitura.
MM = AC x CUB x i
a) MM - Valor da Mitigação/Compensação
b) AC - Área total a ser construída
c) CUB - Custo Unitário Básico de Construção Vigente e atualizado pela tabela do
Sinduscon-GO
d) i - índice construtivo (Anexo XVII) desta Lei Complementar
profissional habilitado.
SUBSEÇÃO II
DOS EMPREENDIMENTOS GERADORES DE IMPACTO DE TRÂNSITO
I - não residenciais com área construída superior a 5.000,00m² (cinco mil metros
quadrados);
Art. 114 O conteúdo mínimo exigido para o Relatório de Impacto de Trânsito - RIT está
estipulado no Termo de Referência do Relatório de Impacto de Trânsito - RIT (Anexo VIII)
desta Lei Complementar.
Art. 115 Para eventos ou empreendimentos temporários de Impacto, cuja duração não
ultrapasse 30 (trinta) dias, as ações mitigadoras devem limitar-se à contrapartida financeira
das despesas referentes ao custo operacional com a guarda e a sinalização necessárias
para a demanda gerada pelo fluxo.
Parágrafo único. O valor referente aos custos operacionais com a guarda e sinalização
deverá ser recolhido aos cofres públicos em rubrica específica com, no mínimo, 5 (cinco)
dias úteis anteriores à data de realização do evento, conforme Portaria a ser expedida pela
entidade municipal de trânsito e transportes.
Art. 117É indispensável para o fornecimento do Alvará de Construção que seja entregue o
Relatório de Impacto de Trânsito - RIT aprovado pela entidade municipal de trânsito e
transportes, e apresentadas as medidas mitigadoras.
MM = AC x CUB x i
a) MM - Valor da Mitigação/Compensação
b) AC - Área total a ser construída
c) CUB - Custo Unitário Básico de Construção Vigente e atualizado pela tabela do
Sinduscon-GO
d) i - índice construtivo (Anexo XVII) desta Lei Complementar
Parágrafo único. Após a aprovação e análise do projeto dentro dos critérios de uso e
ocupação do solo descritos nesta Lei o empreendimento que, por meio de ações
mitigadoras do RIT, apresentar decréscimo em sua área construída poderá descontar o
valor da área suprimida nas contrapartidas exigidas pela Prefeitura.
Art. 125
Art. 125 Os casos omissos serão objeto de análise da entidade municipal de trânsito e
transportes que poderá solicitar Estudo de Impacto de Trânsito - EIT.
SEÇÃO VII
DOS USOS ESPECIAIS
SUBSEÇÃO I
DOS POSTOS DE COMBUSTÍVEIS
III - com comprimento mínimo para via principal de 15,00m (quinze metros);
VII - instalados a uma distância mínima de 200,00m (duzentos metros) de corpos hídricos,
nascentes ou cursos d`água;
VIII - atendida a distância mínima de 100,00m (cem metros) entre dois postos de
combustíveis, medidos entre os pontos mais próximos dos dois terrenos;
§ 3º As entradas e saídas deverão ter identificação física, com rebaixamento da guia (meio
fio) da calçada, deixando uma rampa com declividade suficiente à livre circulação de
pedestres ou portadores de deficiência.
§ 4º Nas quinas do rebaixamento serão aplicados zebrados nas cores preta e amarela, de
modo a indicar claramente o passeio público.
§ 7º Os efluentes líquidos, resultantes das atividades dos postos, deverão receber pré-
tratamento antes de seu lançamento final.
SUBSEÇÃO II
DAS ESTAÇÕES DE RÁDIO BASE E SERVIÇOS DE TELECOMUNICAÇÃO
I - não haver, num raio de 500,00m (quinhentos metros) a partir da base da torre, nenhuma
outra Estação de Rádio Base - ERB já instalada;
III - não haver num raio de 100,00m (cem metros), a partir do centro da base da torre, posto
de combustível, escola, creche, asilo, hospital, clínica, centro de saúde ou maternidade;
IV - ter uma distância mínima de 10,00m (dez metros) entre o centro da base da torre e os
imóveis circunvizinhos;
Parágrafo único. Não obstante as disposições do caput deste artigo ficam ressalvadas as
exceções expressamente previstas em lei.
SUBSEÇÃO III
DAS INSTITUIÇÕES DE ENSINO
Art. 128A instalação de instituição de ensino, que contenha mais de 50 (cinquenta) alunos,
deve se sujeitar às exigências contidas neste Plano Diretor, legislações pertinentes e nos
requisitos a seguir enumerados:
§ 1º Não estão sujeitas aos requisitos previstos nos incisos I e II desse artigo, as atividades
classificadas como Outras Atividades de Ensino constantes na Tabela de Incomodidade e
Licença Ambiental - Anexo V desta Lei Complementar.
SEÇÃO VIII
DA ESTRUTURAÇÃO DO SISTEMA VIÁRIO
VII - a adoção de novas tecnologias para reduzir a emissão de gases, resíduos e poluição
sonora;
VIII - os estacionamentos de uso público e privado, com e sem pagamento pela utilização;
Art. 130O Poder Público Municipal deverá identificar as regiões urbanas separadas por
obstáculos urbanísticos naturais ou construídos e promover sua completa integração ao
Sistema Viário, priorizando o transporte público coletivo e a acessibilidade universal.
Art. 131 As vias e corredores da Rede de Transporte Público Coletivo devem receber
tratamento urbanístico adequado, de modo a proporcionar segurança à população e a
preservar o patrimônio histórico, ambiental, cultural, paisagístico, urbanístico e
arquitetônico da cidade.
Capítulo II
DA MOBILIDADE URBANA
VII - facilitar o deslocamento no Município por meio de uma rede integrada de vias, de
estrutura cicloviária e ruas exclusivas de pedestres, com segurança, autonomia e conforto;
XII - estimular a adoção de novas tecnologias que visem à redução de poluentes, resíduos
e de poluição sonora, priorizando a adoção de fontes de energia renováveis;
XIII - promover estudos para o estabelecimento de políticas públicas que visem à redução
do uso do transporte motorizado privado e individual, condicionada à adoção de veículos
menos poluentes ou não poluentes e a integração com o sistema de transporte público;
SEÇÃO I
DOS INSTRUMENTOS DE GESTÃO DA MOBILIDADE URBANA E DO SISTEMA DE
TRANSPORTE
Art. 133 Para subsidiar a Política Municipal de Mobilidade Urbana, que tem por objetivo
facilitar os deslocamentos e a circulação de pessoas e bens no Município, quando for de
interesse público e compatível com as diretrizes deste Plano Diretor, poderão ser adotados
os seguintes instrumentos, sem prejuízo dos demais previstos na lei federal que institui a
Política Nacional de Mobilidade Urbana:
III - dedicar espaço exclusivo nas vias e espaços públicos para os serviços de transporte
público coletivo e modos de transporte não motorizados;
SEÇÃO II
DO TRANSPORTE PÚBLICO COLETIVO URBANO
VII - adotar modais de transporte e tecnologias apropriadas para baixa, média e alta
capacidade, de acordo com as necessidades de cada demanda;
XII - articular junto aos governos Federal e Estadual a obtenção de subsídios ou meios de
desoneração, objetivando a redução da tarifa do transporte coletivo;
SEÇÃO III
DO TRANSPORTE INDIVIDUAL
SEÇÃO IV
PLANO CICLOVIÁRIO
III - criar "vias verdes" ou ciclovias para fazer a interligação entre AEIA`s e parques da
cidade;
VII - estabelecer vias prioritárias para implantação das Ciclovias, por meio de mapeamento;
SEÇÃO V
DA ACESSIBILIDADE E QUALIFICAÇÃO DE CALÇADAS
III - definir, por meio dos manuais do Plano de Mobilidade, padrões de calçadas com
características acessíveis (regulares, firmes, estáveis e antiderrapantes), buscando o
SEÇÃO VI
DO TRANSPORTE E USO DE CARGAS
VII - promover medidas reguladoras para o uso de veículos de tração humana e tração
animal;
SEÇÃO VII
DO ESTACIONAMENTO
Art. 141O Poder Público Municipal deverá adotar medidas de restrição e supressão de
estacionamentos nas seguintes situações:
SEÇÃO VIII
DOS SISTEMAS VIÁRIO, DE CIRCULAÇÃO E DE TRÂNSITO
Art. 142
Art. 142 São diretrizes da Política Municipal dos Sistemas Viário, de Circulação e Trânsito:
III - assegurar a reserva das áreas de lotes atingidos por diretrizes de arruamento por novo
alinhamento predial definido em projetos de rua e em projetos de via local, possibilitando a
transferência não onerosa do domínio ao Município mediante a aplicação de instrumentos
legais, como parcelamento do solo, transferência de potencial construtivo e outorga
onerosa do direito de construir;
IV - promover maior integração do sistema viário das regiões separadas por barreiras
urbanísticas naturais com um mínimo de impacto ambiental;
V - promover maior integração do sistema viário das regiões separadas por obstáculos
urbanísticos construídos, priorizando o transporte público coletivo e a acessibilidade
universal;
Art. 143-A Poderá ser autorizada a restrição à circulação em ruas sem saída, ficando
limitada a circulação apenas a seus moradores e visitantes, conforme regulamentação do
Poder Executivo Municipal.
Capítulo III
DO PATRIMÔNIO AMBIENTAL
XII - articular uma ação integrada da gestão dos recursos hídricos e dos mananciais da
região com os municípios vizinhos;
XIII - criar um Plano de Arborização das Áreas Urbanas, contemplando as técnicas mais
atualizadas e apropriadas, tanto pela perspectiva estética quanto do ponto de vista
funcional e de acessibilidade;
XXVI - fiscalizar com rigor a deposição de lixo nas Áreas de Proteção Permanentes - APPs,
identificando e responsabilizando os infratores, nos termos e sob os rigores da lei.
SEÇÃO I
DAS ÁREAS DE PRESERVAÇÃO PERMANENTE
Art. 147 Considera-se Área de Preservação Permanente - APP a área protegida, coberta
ou não por vegetação nativa, com a função ambiental de preservar os recursos hídricos, a
paisagem, a estabilidade geológica e a biodiversidade, facilitar o fluxo gênico de fauna e
flora, proteger o solo e assegurar o bem-estar das populações humanas, compreendendo:
a) 30,00m (trinta metros) para os cursos d`água de menos de 10,00m (dez metros) de
largura;
b) 50,00m (cinquenta) metros para os cursos d`água que tenham mais de 10,00m (dez) de
largura.
II - as áreas no entorno dos lagos e lagoas naturais, em faixa com largura mínima de:
a) 100 (cem) metros, em zonas rurais, exceto para o corpo d`água natural com até 20
(vinte) hectares de superfície, cuja faixa marginal será de 50 (cinquenta) metros;
b) 30 (trinta) metros, em zonas urbanas;
III - as áreas no entorno dos reservatórios d`água artificiais, na faixa definida na licença
§ 5º Nas encostas ou parte destas, com declividade superior a 40º (quarenta graus),
equivalente a 100% (cem por cento) na linha de maior declive;
§ 7º todas as áreas recobertas por florestas nativas, bem como Cerrado e remanescente
de Mata Atlântica.
Art. 148 Nos reservatórios artificiais de água que não decorram de barramento ou
represamento no curso d`água natural e, ainda, nas acumulações naturais ou artificiais de
água com superfície inferior a 1 (um) hectare de lâmina d`água, será definida uma faixa
mínima de 15 metros, com finalidade de permeabilidade e recuperação ambiental, sendo
permitidas a instalação de equipamentos destinados a lazer, como pistas de caminhada,
pergolados, estações de ginástica, mobiliário urbano, devendo o projeto ser aprovado pelo
órgão ambiental competente.
Parágrafo único. Todos os materiais utilizados na faixa mencionada pelo caput, deverão
promover uma permeabilidade mínima de 50% (cinquenta por cento).
I - nas faixas marginais de todos os cursos d`água, considerando a partir seu nível mais
alto, em largura mínima de 100,00m (cem metros) de cada lado;
II - nas nascentes, ainda que intermitentes e nos chamados "olhos d`água", qualquer que
seja a sua situação topográfica, num raio mínimo de 200,00m (duzentos) metros, em
projeção horizontal.
Art. 150
Art. 150 As Áreas de Preservação Permanentes - APPs situadas nas Bacias Hidrográficas
do Rio Caldas e no Rio Piancó seguirão as restrições impostas nessa lei, até que sejam
instituídas Unidades de Conservação - UCs com seus respectivos Planos de Manejo.
Art. 151As Áreas de Preservação Permanentes - APPs situadas na APA do João Leite,
assim como as normas de uso e ocupação da mesma, devem ser definidas de acordo com
o respectivo Plano de Manejo.
Art. 152 Resta proibida a execução de vias marginais localizadas nas APPs e a
canalização de cursos hídricos, exceto nos trechos de cursos d`água na área já urbanizada
e antropizada, e desde que expressamente recomendado por estudos técnicos com
Anotação de Responsabilidade Técnica - ART e/ou Registro de Responsabilidade Técnica -
RRT, na eventualidade de inexistir ou ser inviável a adoção de métodos sustentáveis.
Parágrafo único. A exceção de que trata o caput desse artigo somente poderá ocorrer se
constatada e declarada a Utilidade Pública.
SEÇÃO II
DAS ÁREAS DE ESPECIAL INTERESSE AMBIENTAL
Art. 153 Área Especial de Interesse Ambiental - AEIA correspondem aos ecossistemas
aquáticos e florestais, as reservas legais e as de interesse paisagístico, parques, reservas
florestais, bosques, mananciais, matas e florestas nativas cujas características do meio
físico restringem o uso e a ocupação, visando a proteção, a manutenção e a recuperação
dos aspectos paisagísticos, históricos, arqueológicos e científicos.
I - Área de Especial Interesse Ambiental - AEIA - Tipo 01: área específica a ser preservada,
sem restrições urbanísticas em seu entorno, sendo vedada a supressão vegetal de modo a
garantir a sua integridade e a qualidade do ecossistema local.
II - Área Especial de Interesse Ambiental - AEIA - Tipo 02: Preservação da área específica,
com estabelecimento de restrições urbanísticas em seu entorno, sendo vedada a
supressão vegetal de modo a garantir a sua integridade e a qualidade do ecossistema
local.
§ 1º Perímetro da Área Especial de Interesse Ambiental: Limite que define a Área Especial
de Interesse Ambiental traçado na base cartográfica utilizada pelo Município, conforme o
Mapa de Áreas Especiais (Anexo XIV).
Art. 154As áreas de influência das Áreas de Especial Interesse Ambiental - AEIAs ficam
definidas numa faixa marginal contada a partir do seu perímetro, conforme Mapa de Áreas
Especiais (Anexo XIV).
Parágrafo único. Caso a área de influência da Área Especial de Interesse Ambiental - AEIA
contemple espaços estabelecidos em outros programas municipais, como os programas de
mobilidade urbana ou programas de habitação de interesse social, a demarcação de sua
área de influencia levará em consideração o estabelecido em cada programa, desde que
constatados utilidade pública ou interesse social.
I - taxa de ocupação máxima: 60% (sessenta por cento) da área de cada terreno;
II - a altura máxima das edificações: 30,00m (trinta metros) partindo do piso térreo até a
face superior da última laje;
III - taxa de Permeabilidade Mínima: 30% (trinta por cento) da área do terreno, com uso de
poços de recarga/detenção, estabelecidos nesta Lei Complementar.
Art. 156 A ação ou omissão das pessoas físicas ou jurídicas que importem na
inobservância aos preceitos desta lei complementar e a seus regulamentos ou resultem em
dano ao meio ambiente, aos recursos naturais, ao solo bem como às águas subterrâneas,
localizados nas Áreas de Especial Interesse Ambiental - AEIAs, caracterizam em infração
ambiental e sujeitam os infratores às sanções a serem regulamentadas em lei municipal
SEÇÃO III
DO LICENCIAMENTO AMBIENTAL
§ 3º A licença ambiental será exigida para os usos residenciais, usos não residenciais e
usos mistos que se enquadrarem em pelo menos um dos itens abaixo:
III - 750,00m² (setecentos e cinquenta metros quadrados) ou mais de área total construída.
SEÇÃO IV
DO PLANO DE RECUPERAÇÃO DE ÁREAS DEGRADADAS
Art. 160 O Plano de Recuperação de Áreas Degradadas - PRAD tem como objetivo
garantir a segurança e a saúde pública por meio da reabilitação das áreas degradadas por
ação antrópica, de modo a restabelecer as condições desejáveis e necessárias à
implantação de um uso pós-degradação.
I - metodologia;
SEÇÃO V
DA POLÍTICA MITIGADORA E COMPENSATÓRIA DAS ATIVIDADES DE IMPACTO
AMBIENTAL
Art. 162Além das medidas previstas nos incisos I e II do artigo anterior, o Poder Público
Municipal deverá empreender uma política tridimensional de obtenção de compensações
pelo passivo ambiental, perante o Estado de Goiás e a União, para:
Capítulo IV
DA HABITAÇÃO
Art. 164 A Política de Habitação tem por objetivo compatibilizar e integrar as políticas
habitacionais federal, estadual, municipal e da iniciativa privada, bem como das demais
políticas setoriais de desenvolvimento urbano, ambientais e de inclusão social garantindo o
direito social da moradia à população.
Parágrafo único. Para efeitos desta Lei Complementar, entende-se por direito social à
moradia o acesso a habitação que atenda a parâmetros mínimos de qualidade e garantia
da segurança jurídica, servida de infraestrutura adequada, equipamentos e serviços
públicos, e disponível por custo acessível.
I - regular o uso do solo urbano para promover a moradia digna como direito fundamental e
vetor de inclusão social;
III - garantir que a propriedade urbana cumpra sua função social coibindo com firmeza a
especulação imobiliária, e assegurar o acesso à terra urbana e ao pleno desenvolvimento
das funções sociais da cidade e da propriedade;
SEÇÃO ÚNICA
DA HABITAÇÃO DE INTERESSE SOCIAL
Art. 166 A política de habitação de interesse social tem por objetivo integrar e
compatibilizar as ações da União, Estado, Município e da iniciativa privada em um
planejamento harmonioso, propiciando a otimização dos recursos aplicados em projetos,
garantindo o direito social à moradia para população de baixa renda.
IX - promover estudos para viabilizar o acesso à habitação de interesse social aos mais
diversos segmentos da população;
XI - promover assistência técnica e jurídica gratuita para a população de baixa renda, nos
termos da legislação;
Art. 168 Fica estabelecida a Cota de Habitação de Interesse Social, entendida como a
contrapartida obrigatória exigida nos empreendimentos geradores de impacto de que trata
esta Lei Complementar para a produção de habitação de interesse social.
Art. 169
II - transferência não onerosa em favor do Município de imóvel em áreas próximas para fins
exclusivos para Habitação de Interesse Social;
Art. 170 Lei municipal específica, com base nas diretrizes e nos princípios deste Plano
Diretor, deverá regulamentar a Cota de Habitação de Interesse Social.
TÍTULO III
DA ESTRATÉGIA DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL E ECONÔMICO
Capítulo I
DO DESENVOLVIMENTO SOCIAL
III - otimização de recursos locais e do uso dos equipamentos sociais e adoção de ações
intersetoriais continuadas;
I - assistência social;
II - cultura;
III - educação;
IV - esporte e lazer;
V - saúde.
SEÇÃO I
DA ASSISTÊNCIA SOCIAL
Art. 174A Política Municipal de Assistência Social visa garantir o acesso da população de
baixa renda à informação e aos programas sociais, contribuindo para o desenvolvimento
humano, e tem como diretrizes:
II - prover a inclusão nos programas sociais dos cidadãos de baixa renda, ampliando o
acesso aos bens e serviços sociais e assistenciais;
móveis.
SEÇÃO II
DA CULTURA
Art. 175A Política Municipal da Cultura tem por objetivo consolidar a dimensão cultural
como instrumento para a promoção e inclusão social e o pleno exercício da cidadania.
II - valorização das manifestações culturais tradicionais e populares, assim como das ações
culturais de base comunitária, como estratégia de desenvolvimento humano, social e
econômico;
SEÇÃO III
DA EDUCAÇÃO
ensino ofertadas;
X - articular e desenvolver parcerias com o Estado e com a União para a oferta de cursos
técnicos profissionalizantes de nível médio;
SEÇÃO IV
DO ESPORTE, LAZER E JUVENTUDE
Art. 180 A Política Municipal do Esporte, Lazer e Juventude tem como fundamento
desenvolver e gerenciar ações que possibilitem práticas esportivas, de lazer, protagonismo
juvenil, promoção da saúde e inclusão da pessoa com deficiência por meio de atividades
físicas e de sociabilização, com os seguintes objetivos:
III - contribuir para a formação integral do jovem, articulando ações para o fortalecimento do
protagonismo juvenil;
V - incluir as pessoas com necessidades especiais nas diversas ações de esporte, lazer e
cultura;
SEÇÃO V
DA SAÚDE
Art. 182A Política Municipal de Saúde visa à promoção da saúde da população de forma
articulada com todas as demais políticas públicas, por meio da gestão, regulação e
auditoria dos serviços próprios e conveniados ou por termo de cooperação ao Sistema
Único de Saúde - SUS, ampliação do acesso aos serviços, monitoramento da morbidade e
da mortalidade, vigilância em saúde, integradas às políticas sociais, de controle da
qualidade ambiental, do ar, das águas, do solo, do subsolo e da correta destinação dos
resíduos orgânicos e inorgânicos, tendo como objetivos:
enfoque nos determinantes da saúde, contribuindo com as ações voltadas para a redução
de riscos e agravos à saúde da população;
I - atenção à saúde, que visa a organização das redes de atenção à saúde com foco na
ampliação do acesso, humanização, equidade, integralidade, qualidade e resolubilidade
das ações e serviços do SUS;
Capítulo II
DO DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO
Art. 184A Política Municipal de Desenvolvimento Econômico tem como objetivo contribuir
para o desenvolvimento sustentável das atividades econômicas e para a competitividade
do Município, alinhada ao desenvolvimento social e ao meio ambiente, com a contínua
melhoria da qualidade de vida e bem-estar da população, com os seguintes objetivos:
I - articular e integrar iniciativas de promoção econômica com Estado e com a União, sem
prejuízo à soberania do Município;
cultura empreendedora;
XIII - instituir, com base no Plano Diretor, o Plano Setorial de Desenvolvimento Econômico,
considerando a diversidade e potencialidade econômica das diversas regiões da cidade e
do Município, e o Plano de Inovação e Design;
TÍTULO IV
DA GESTÃO PÚBLICA
Capítulo I
DA INTEGRAÇÃO DA GESTÃO PÚBLICA MUNICIPAL
Art. 186
Art. 186A Política Municipal de Integração da Gestão Pública tem por objetivo articular a
integração, convergência e compartilhamento dos dados, informações, programas, projetos
e ações de planejamento das diversas secretarias da Administração Municipal.
X - rever, atualizar e aperfeiçoar as leis que regulamentam o uso e ocupação do solo para
sua melhor adequação à cidade que se deseja construir, com base nas disposições desta
Lei Complementar;
Capítulo II
Art. 188 A Política Municipal do Patrimônio Imobiliário tem por objetivo a identificação,
inventário e registro dos imóveis públicos municipais, e a disponibilização dos dados para a
gestão e o uso mais apropriado.
III - inventariar os edifícios públicos municipais locados "a terceiros" e "de terceiros";
TÍTULO V
DA DEFESA SOCIAL
Capítulo I
DA SEGURANÇA CIDADÃ
III - estabelecer a gestão de Políticas Integradas de Segurança junto aos governos Federal
e Estadual, com vistas a colaborar com o enfrentamento eficaz da criminalidade e da
violência;
VII - promover ações conjuntas com os municípios limítrofes para a prevenção à violência e
enfrentamento à criminalidade;
XVIII - VETADO.
Capítulo II
DA PROTEÇÃO E DA DEFESA CIVIL
III - sensibilizar a população e educá-la para práticas e atitudes de prevenção, como fator
essencial à sua própria proteção e defesa;
TÍTULO VI
DOS INSTRUMENTOS DE POLÍTICA URBANA
Capítulo I
DOS INSTRUMENTOS EM GERAL
a) Desapropriação;
b) Servidão Administrativa;
c) Limitações Administrativas;
d) Tombamento de Imóveis, de Mobiliário Urbano e de Sítios Urbanos e Rurais;
e) Instituição de Unidades de Conservação;
f) Instituição de Áreas Especiais de Interesse Social;
g) Instituição de Áreas de Interesse Urbanístico Ambiental;
h) Instituição de Áreas de Interesse Industrial e Empresarial;
i) Concessão de Direito Real de Uso;
j) Concessão de Uso Especial para Fim de Moradia;
k) Parcelamento, Edificação ou Utilização Compulsório, com aplicação do IPTU progressivo
no tempo;
l) Consórcios Imobiliários;
m) Direito de Superfície;
n) Usucapião Especial de Imóvel Urbano;
o) Direito de Preempção;
p) Outorga Onerosa do Direito de Construir;
q) Outorga Onerosa de Alteração de Uso do Solo;
r) Transferência do Direito de Construir;
s) Operações Urbanas Consorciadas;
t) Regularização Fundiária e Urbanística;
u) Assistência Técnica e Jurídica gratuita para as comunidades e grupos sociais menos
favorecidos;
v) Referendo Popular e Plebiscito;
w) Estudo de Impacto Ambiental - EIA, Relatório de Impacto Ambiental - RIMA, Plano de
Gestão Ambiental - PGA, Plano de Controle Ambiental - PCA, Estudo Prévio de Impacto de
Vizinhança - EIV, Estudo de Impacto de Trânsito - EIT e Relatório de Impacto de Trânsito -
RIT.
Capítulo II
DA CONCESSÃO URBANÍSTICA
Faculta-se ao Poder Público Municipal com fundamento no art. 2º, incisos III e X,
Art. 200
da Lei Federal nº 10.257 de 2001 (Estatuto da Cidade), a aplicação do instrumento
concessão urbanística.
Art. 201 O instrumento da Concessão Urbanística de que trata esta lei complementar
consiste na transferência a particulares, mediante contrato de concessão precedido por
licitação pública, da execução de planos, programas e projetos de urbanização e
renovação urbana, elaborados pela municipalidade.
Art. 202A instituição do instrumento de Concessão Urbanística deverá ser objeto de lei
própria que definirá sua abrangência e condições de aplicação, conforme interesse público
devidamente motivado e atestado.
Capítulo III
DO PARCELAMENTO, EDIFICAÇÃO OU UTILIZAÇÃO COMPULSÓRIOS
Art. 204O Poder Executivo, na forma da Lei Federal nº 10.257/2001 (Estatuto da Cidade),
d a Lei Orgânica do Município de Anápolis e desta lei complementar, poderá exigir do
proprietário do solo urbano não edificado, subutilizado ou não utilizado, que promova seu
adequado aproveitamento, pena de, sucessivamente, as seguintes providências:
Art. 205Lei municipal com conteúdo específico indicará a área e estabelecerá os critérios
para definição de subutilização ou não utilização de imóvel assim como fixará prazos para
efeitos de aplicação dos instrumentos previstos neste Capítulo.
Parágrafo único. O Mapa de Vazios Urbanos (Anexo XV) define a localização das áreas
sujeitas a aplicação do IPTU progressivo.
Capítulo IV
DO DIREITO DE PREEMPÇÃO
Art. 207
Art. 208O Direito de Preempção será exercido sempre que o Poder Público Municipal
necessitar de áreas para:
I - Regularização fundiária;
Art. 209Os imóveis colocados à venda nas áreas de incidência do direito de preempção
deverão ser necessariamente oferecidos ao Município, que terá preferência para a
aquisição pelo prazo de cinco anos.
Art. 210 Para o exercício do Direito de Preempção o Município editará lei específica que
delimitará as áreas em que incidirá o direito de preempção e fixará prazo de vigência, não
superior a 5 (cinco) anos, renovável a partir de um ano após o decurso do prazo inicial da
vigência.
Art. 211O Município deverá notificar o proprietário do imóvel localizado em área delimitada
para o exercício do direito de preempção, dentro do prazo de 30 (trinta) dias a partir da
vigência da lei que a delimitou.
III - Certidão de inteiro teor da matrícula do imóvel, recente, expedida pelo Cartório de
Registro de Imóveis;
IV - Declaração assinada pelo proprietário, nos termos e sob os rigores da lei, de que não
incidem quaisquer encargos e ônus sobre o imóvel, inclusive os de natureza real, tributária
ou executória.
Art. 214 Recebida a notificação a que se refere o artigo anterior, o Município poderá
manifestar, por escrito, dentro do prazo legal, o interesse em exercer a preferência para
aquisição do imóvel.
Capítulo V
DA OUTORGA ONEROSA DO DIREITO DE CONSTRUIR
Art. 218 As áreas passíveis de Outorga Onerosa do Direito de Construir são aquelas onde
o direito de construir poderá ser exercido acima do permitido pela aplicação do índice de
aproveitamento não oneroso.
Art. 221 A Outorga Onerosa será concedida desde que atendidos os parâmetros
urbanísticos estabelecidos nessa lei complementar.
Parágrafo único. Caso o monitoramento a que se refere este artigo, revele que a tendência
de ocupação de determinada área promoverá sua saturação no período de um ano, a
concessão da Outorga Onerosa do Direto de Construir deverá ser suspensa no prazo de
180 (cento e oitenta) dias após a publicação do ato do Chefe do Poder Executivo.
Em que:
§ 1º Deverá ser feito o alinhamento dos padrões construtivos utilizados entre a Tabela para
Composição de Variáveis e a Tabela do CUB.
Art. 228 Para efeito de aplicação da outorga onerosa o valor do empreendimento será
obtido tendo como base de cálculo o Custo Unitário Básico - CUB, divulgado mensalmente
pelo Sindicato da Indústria da Construção do Estado de Goiás.
Art. 229 Os recursos financeiros auferidos pela outorga onerosa do direito de construir
serão transferidos para o Fundo Municipal de Desenvolvimento Urbano - FMDU.
Capítulo VI
DA OUTORGA ONEROSA DE ALTERAÇÃO DO USO DO SOLO
Art. 234 A aplicação da Outorga Onerosa de Alteração de Uso do Solo ficará condicionada
à oferta, pelo beneficiário, da contrapartida financeira pelo direito a que passou a ter.
Art. 235As permissões para aplicação deste instituto jurídico serão precedidas de análise
técnica do órgão municipal de planejamento, NGPPD, com posterior procedimento de
cálculo do valor da contrapartida.
Art. 237Em observação ao previsto pelo artigo anterior quanto ao atendimento de acesso
consolidado às áreas e lotes objeto da alteração de uso, poderá o NGPPD solicitar reserva
de área para a adequação da rede viária do entorno com a finalidade de atendimento do
mínimo exigido, ou, ainda, sua compatibilização à tipologia de ocupação a ser instalada,
para os casos de previsão de adequação do Sistema Viário, devendo esta ser incorporada
ao Patrimônio Público Municipal.
Art. 238 A aplicação da alteração de uso consiste na autorização formal pelo órgão
municipal de planejamento para alteração de parâmetros urbanísticos, originalmente
previstos nesta lei complementar.
Art. 239 A aplicação deste Instituto será concedida em contrapartida ao benefício direto
para o titular do direito, mediante o pagamento de preço público calculado com a aplicação
da seguinte fórmula:
Em que:
Art. 241O valor correspondente a Outorga Onerosa de Alteração do Uso do Solo poderá
ser pago e parcelado, após a emissão do Alvará de Construção, devendo estar quitado, até
o momento anterior à emissão da Carta de Habite-se/Ocupação.
Art. 244A integralidade dos recursos auferidos com a adoção da alteração de uso onerosa
integrará o Fundo Municipal de Desenvolvimento Urbano - FMDU e deverão ser aplicados
para atendimento das seguintes finalidades, previstas no art. 31, da Lei nº 10.257/01:
Art. 245 Entende-se por recursos auferidos o total de importâncias e de bens e direitos de
caráter patrimonial, ou aqueles necessários ao atendimento de interesses coletivos, que
contabilizem o montante das contrapartidas devidas pelos beneficiários pelos atos
administrativos de outorga do direito de alteração do uso do solo.
Capítulo VII
DA TRANSFERÊNCIA DO DIREITO DE CONSTRUIR
Parágrafo único. A mesma faculdade poderá ser concedida, ao proprietário que doar ao
Poder Público seu imóvel, ou parte dele, para os fins previstos nos incisos de I a IV deste
artigo.
Art. 247 O Município fornecerá certidão do crédito de índice construtivo, nos termos de
legislação específica, que poderá ser transferido a outro imóvel, por inteiro ou fracionado.
Art. 251A transferência do direito de construir poderá ser utilizada em substituição total ou
parcial do instituto da outorga onerosa do direito de construir, em imóveis urbanos,
excetuados os imóveis situados nas Zonas Urbanas Descontínuas dos Distritos, na Zona
Rural e nas Áreas de Especial Interesse Ambiental.
Art. 252 A transferência do direito de construir fica limitada ao gabarito máximo previsto
para a via, estabelecido na Tabela de Usos da Hierarquia Viária (Anexo IV).
Art. 254Fica facultada a aplicação da TDC sobre a área objeto de intervenções nos
passeios públicos.
Capítulo VIII
DAS OPERAÇÕES URBANAS CONSORCIADAS
Art. 257 Cada operação urbana consorciada deverá ser aprovada por lei específica, que
conterá, no mínimo:
II - Finalidade da operação;
VII - Garantia de preservação dos imóveis e espaços urbanos de especial valor histórico,
cultural, arquitetônico, paisagístico e ambiental, protegidos por tombamento ou lei;
operação;
Parágrafo único. Os recursos obtidos pelo Poder Público na forma do inciso IX deste artigo
serão aplicados exclusivamente no programa de intervenções, definido na lei de criação da
Operação Urbana Consorciada, devendo o COMCIDADE, acompanhar a fiscalização do
recebimento e aplicação dos recursos.
Art. 259 Os Planos Regionais que incidirem em áreas localizadas no interior dos
perímetros de Operações Urbanas Consorciadas deverão observar o disposto na
respectiva lei.
Capítulo IX
DOS INSTRUMENTOS JURÍDICOS DE REGULARIZAÇÃO FUNDIÁRIA
Art. 260 O Chefe do Poder Executivo, com base nas atribuições previstas no inciso VIII do
art. 30 da Constituição Federal, na Lei Federal nº 10.257/2001 (Estatuto da Cidade) e na
legislação municipal, deverá reconhecer os assentamentos precários, as posses urbanas, e
os parcelamentos do solo irregulares, ilegais ou clandestinos existentes até a data da
publicação desta Lei Complementar, prioritariamente das Áreas de Especial Interesse
Social, visando sua regularização fundiária e urbanística:
IV - O direito de preempção;
V - O direito de superfície, a ser utilizado de forma similar à CDRU e nos termos do art. 21 e
seguintes da Lei Federal nº 10.257/2001 e lei municipal específica;
VII - A inclusão no cadastro dos Programas de Habitação de Interesse Social dar- se-á
após a comprovação por parte da família interessada dos requisitos previstos em lei
específica.
Art. 262Os casos de ocupações novas ou que não se enquadrarem dentro dos requisitos
exigidos, poderá ser usado o direito real, em sua formula tradicional aplicada pelas regras
do Decreto-Lei nº 271/1967, como forma de garantir o direito de uso enquanto direito
subjetivo.
Art. 263 É permitida a Concessão de Uso Especial para Fins de Moradia de maneira
coletiva, nos termos do art. 2º da Medida Provisória nº 2.220/2001, sempre que nos
terrenos ocupados por populações de baixa renda, até o prazo legal de 30 de junho de
2001, já houver posse por cinco anos, ininterruptamente e sem oposição e não for possível
identificar os terrenos ocupados por cada possuidor.
Parágrafo único. O possuidor é autorizado a somar sua posse à do antecessor, nos termos
do § 3º do artigo 1º da Medida Provisória nº 2.220, de 04 de setembro de 2001.
TÍTULO VII
DO SISTEMA DE PLANEJAMENTO E DA GESTÃO DEMOCRÁTICA DA CIDADE
Capítulo I
DAS ESTRATÉGIAS, OBJETIVOS E DIRETRIZES
Art. 264 A estratégia do Sistema de Planejamento e Gestão Municipal tem por fim ordenar
o crescimento da cidade, mediante estabelecimento de prioridades de investimentos e de
diretrizes de uso e ocupação do solo e aplicação de instrumentos da Política Urbana,
garantindo o desenvolvimento sustentável associado à oferta de serviços públicos com
qualidade.
Art. 265
III - buscar articulação e integração das políticas públicas municipais com as regionais;
II - formular diretrizes de ordenação territorial, com base neste Plano Diretor e nos demais
instrumentos de sua implementação;
V - instituir mecanismos para uma gestão mais democrática e induzir a efetiva participação
da população, mediante a divulgação de informações de interesse da sociedade,
possibilitando o acompanhamento da implementação deste Plano Diretor Participativo e a
formulação das diretrizes que deverão orientar sua próxima revisão;
VII - zelar pela adequação das diretrizes setoriais, inclusive aquelas formuladas por
concessionárias de serviços públicos, às normas estabelecidas nesta lei complementar;
Capítulo II
DOS ÓRGÃOS DO SISTEMA DE PLANEJAMENTO
Art. 267 O Sistema de Planejamento e Gestão Urbana será composto da seguinte maneira:
Art. 268O Núcleo Gestor de Planejamento do Plano Diretor - NGPPD será composto de
uma equipe multidisciplinar de servidores públicos das áreas de ciências sociais, ciências
geográficas, ciências econômicas, ciências ambientais, arquitetura, direito, engenharia,
transportes, postura e vigilância sanitária que será nomeada através de Decreto do Chefe
do Poder Executivo.
§ 2º A remuneração dos profissionais previstos no caput desse artigo se dará por meio de
gratificação de JETON, pela participação por reunião, cujo valor será definido por Lei
Municipal Específica.
Art. 269 O Núcleo Gestor de Planejamento do Plano Diretor - NGPPD terá as seguintes
atribuições:
III - emitir pareceres técnicos no que tange à aplicação desta lei complementar;
nacionais e internacionais.
Art. 272O Núcleo de Fiscalização do Plano Diretor - NFPD será composto por uma equipe
de 06 (seis) fiscais com atribuição para fiscalização pertinente ao Plano Diretor, conforme
legislação vigente.
Art. 273 O Núcleo de Fiscalização do Plano Diretor - NFPD terá as seguintes atribuições:
II - emitir laudos de vistoria e pareceres que subsidiem as decisões proferidas pelo NGPPD
e CAPS;
III - sem prejuízo de demais instrumentos notificar, intimar, autuar, embargar e interditar
empreendimentos que infrinjam o previsto nesta lei complementar;
Art. 274Ao Conselho Municipal da Cidade - COMCIDADE, além das atribuições previstas
na lei municipal que o instituiu, competirá:
III - analisar e emitir parecer sobre as propostas contidas em planos e projetos setoriais;
V - analisar e emitir parecer sobre as propostas de alteração do Plano Diretor antes de seu
encaminhamento à Câmara Municipal.
Art. 275 Qualquer proposta de alteração do Plano Diretor Participativo deve contar com
ampla e democrática participação da população, das instituições da sociedade civil
organizada e do COMCIDADE, que também deverá apreciar as propostas de Planos
Setoriais, manifestando-se pela aprovação ou não.
Capítulo III
DA IMPLANTAÇÃO, MONITORAMENTO E AVALIAÇÃO DO PLANO DIRETOR
PARTICIPATIVO
Art. 277 Constituem ações para implantação, monitoramento e avaliação do Plano Diretor
Participativo:
III - atualizar, revisar e editar a legislação urbanística complementar a esse Plano Diretor
Participativo.
Capítulo IV
DA INTEGRAÇÃO DOS ÓRGÃOS ADMINISTRATIVOS
Art. 278 Constituem ações para promoção da integração dos órgãos administrativos:
SEÇÃO I
DA OTIMIZAÇÃO DOS SERVIÇOS PÚBLICOS
Art. 279 A otimização dos serviços públicos dar-se-á por meio das seguintes ações:
SEÇÃO II
DA ARTICULAÇÃO COM OUTRAS INSTÂNCIAS GOVERNAMENTAIS
Art. 281 A gestão urbana assegurará meios de permanente consulta aos órgãos estaduais
e federais com influência no espaço urbano e aos municípios limítrofes, assegurando o
direito de acesso e voz dos representantes de cada instância mencionada no COMCIDADE,
em reunião convocada para esta finalidade.
Capítulo V
DA GESTÃO DEMOCRÁTICA DA CIDADE
VIII - direito à informação, à transparência e ao controle social nas ações públicas, com uso
de linguagem simples e objetiva, consideradas as características e o idioma da população
a que se dirige;
SEÇÃO I
DA PARTICIPAÇÃO POPULAR
Art. 286 O Poder Público Municipal poderá estimular a criação de outros espaços de
participação popular para discussão de questões inerentes ao desenvolvimento urbano
sustentável.
Art. 288Os processos de revisão deste Plano Diretor, de elaboração ou revisão dos
Planos Setoriais, dos Planos Estratégicos, coordenados pelo órgão competente do Poder
Público Municipal, contarão com a plena participação popular em todas as etapas.
SEÇÃO II
DAS AUDIÊNCIAS E DOS DEBATES PÚBLICOS
III - publicação e divulgação dos resultados dos debates e das propostas extraídas em
todas as etapas do processo.
TÍTULO VIII
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS FINAIS E TRANSITÓRIAS
Art. 291 Deverão ser encaminhados à Câmara Municipal de Anápolis os projetos de lei de
que tratem do planejamento territorial compatíveis com as políticas, princípios, objetivos e
diretrizes previstas nesta lei complementar.
Art. 293Caso haja conflito entre os usos permitidos para cada zoneamento e as restrições
ambientais impostas pelo macrozoneamento, a prevenção ambiental prevalece, salvo
quando se tratar de casos de utilidade pública, interesse social ou baixo impacto ambiental
definidos pela legislação pertinente.
X - Glossário;
XI - Mapa de Macrozoneamento;
Parágrafo único. As tabelas e os mapas anexos são parte integrante desta lei
complementar para todos os fins, compõem o rol de normas nela estabelecidas e somente
poderão ser alterados observando os mesmos critérios para a mudança desta lei
complementar.
Art. 296 Lei Complementar Municipal específica definirá a área do Perímetro Urbano.
Art. 297No prazo de 3 (três), anos contados a partir da vigência desta lei Complementar,
deverão ser revistos os Planos Setoriais, garantida plena e democrática participação
popular em sua elaboração, nos termos desta Lei Complementar.
Art. 298O Poder Executivo Municipal deverá regulamentar esta lei complementar, no que
couber, no prazo de 18 (dezoito) meses, contados da data de sua entrada em vigor.
de 2006.
Art. 300 Esta Lei Complementar entra em vigor na data de sua publicação.
Edmar Silva
Procurador Geral do Município