Apontamentos Ciências - 7º Ano
Apontamentos Ciências - 7º Ano
Apontamentos Ciências - 7º Ano
1.1. ROCHAS
1.2. MINERAIS
Rochas Magmáticas:
CIÊNCIAS 7º ANO
São as mais abundantes na natureza;
Resultam da consolidação do magma, à superfície ou em profundidade
Classificam-se em:
Rochas magmáticas vulcânicas ou extrusivas – quando o magma ascende à
superfície (basalto)
Rochas plutónicas ou intrusivas – quando o magma arrefece em profundidade
(granito).
3
Minerais do basalto Anortite, olivina, piroxena
Minerais do granito Quartzo, feldspato (ortóclase), moscovite, biotite
Apesar de não chegarem a fundir, os seus minerais deixam de ser estáveis nessas novas
condições e sofrem alterações na sua composição, estrutura e posição na rocha.
Uma rocha metamórfica resulta de modificações na textura e composição mineralógica
de uma rocha pré-existente, por alteração das condições de temperatura e pressão, no
estado sólido – metamorfismo; Estas alterações ocorrem em profundidade.
O metamorfismo é causado por 2 fatores: temperatura e pressão.
Metamorfismo de contacto – fator: temperatura (ex. magma) – sem foliação
(textura granoblástica, com grãos) – os minerais não estão alinhados (corneana,
quartzito, mármore)
Exemplos: Calcário Mármore;
Arenito Quartzito
CIÊNCIAS 7º ANO
Metamorfismo regional – fator: pressão (placas litosféricas – limites
convergentes) – têm foliação (textura foliada) ou xistosidade (alinhamento dos
minerais) Ardósia, Filito, Xisto, Gnaisse
Exemplos: Granito Gnaisse (bandas de cor clara e escura);
Argilito Xisto (textura foliada, parece que a rocha
é formada por folhas)
6
1.6. CICLO DAS ROCHAS
7
1.7. PAISAGENS GEOLÓGICAS
Argumentos paleoclimáticos
Os paleoclimas (climas do passado) deixaram vestígios nas rochas, no relevo e nos
fósseis dos estratos rochosos;
Ao encontrar vestígios de glaciares da mesma idade em lugares actualmente com
clima quente, Wegener admitiu que no passado essas regiões ocupariam outra
região do planeta, mais próxima dos pólos.
Argumentos geológicos
Existência de rochas com a mesma origem e idade de ambos os lados do Oceano
Atlântico. Acontece o mesmo com as cadeias montanhosas.
Para Wegener, a correspondência entre as rochas presentes em continentes
afastados indica que, no passado, estes estiveram unidos.
Argumentos paleontológicos
Fósseis do final da Era Paleozóica e da Era Mesozóica foram encontrados em
continentes agora separados por oceanos.
9
Críticas à hipótese da deriva dos continentes
Não conseguiu explicar que forças faziam mexer os continentes.
Wegener propôs 2 tipos de forças responsáveis pela deriva dos continentes:
Movimento de rotação da Terra;
Força de atração exercida pelo Sol e pela Lua.
Contudo, para a comunidade científica, estas forças não eram suficientes para originar o
movimento dos continentes.
(Ver imagem)
10
11
13
Falhas: As
rochas
fracturam (partem); passa-se o limite da
resitência, o comportamento é frágil. Acontece
mais perto da superfície, nas zonas frias
(litosfera). Podem ser de 3 tipos:
CIÊNCIAS 7º ANO
Falhas normais – Resultam de forças distensivas. São frequentes nas
zonas de rifte. Ângulo menor sobe.
Falhas inversas – Resultam de forças compressivas. São frequentes nas
zonas de colisão de placas. Ângulo menor desce.
Falhas de desligamento – resultam de forças de cisalhamento. São
frequentes nas zonas das dorsais oceânicas e correspondem aos limites
conservativos.
Formação de montanhas
Inclui a formação de dobras e falhas
Esquema da origem dos Andes (convergência Esquema da formação dos Himalaias
entre uma placa oceânica e uma placa continental) (colisão de duas placas litosféricas)
14
Mamíferos
Marsupiais placentários
Mamíferos
placentários
Marsupiais
Marsupiais
Marsupiais
CIÊNCIAS 7º ANO
Já na Era Cenozóica deu-se a união da América do Norte com a do Sul. Ocorreu então a
migração de marsupiais da América do Sul para a América do Norte e a migração de mamíferos
placentários no sentido inverso.
Tipos de vulcões:
Submarinos;
Fissural (os materiais são expelidos através de fendas);
Quase sem cone;
Tipo central (com um cone grande).
16
3. Lavas em almofada ou
1. Lava Encordoada - fluida lavas – consolidadas no
pillow
2. Lavas escoriáceas - muito viscosas
fundo do mar
Sólidos – piroclastos. São materiais arrancados das paredes da chaminé vulcânica pela
passagem do magma ou que resultam da consolidação do magma durante a viagem no
ar. Por ordem crescente de dimensões dos piroclastos:
cinzas - < 2 mm;
lappili - diâmetro entre 2 – 64 mm);
bombas – diâmetro > 64 mm
blocos – diâmetro > 25 cm.
CIÊNCIAS 7º ANO
TIPOS DE ATIVIDADE VULCÂNICA
O tipo de actividade vulcânica depende da viscosidade da lava (resistência da lava em fluir),
que por sua vez depende de 2 fatores:
Composição química do magma;
Temperatura do magma.
ATIVIDADE EXPLOSIVA
Projecção de grandes quantidades de materiais sólidos;
Os magmas são viscosos e os gases libertam-se de forma violenta;
Em algumas situações formam-se nuvens ardentes – formadas por gases,
piroclastos e lava a temperaturas muito elevadas;
Cones de piroclastos, em geral altos e com vertentes íngremes.
Exemplo: Vulcão Monte de Santa Helena – EUA
ATIVIDADE EFUSIVA
Emissão lenta de lavas em forma de escoadas (formam-se rios ou torrentes de
lava);
17
Os magmas são essencialmente fluidos e os gases libertam-se suavemente.
Cones em geral baixos e de vertentes suaves, formados essencialmente por lava
solidificada.
Exemplo: Vulcão Mauma Loa
ATIVIDADE MISTA
Alternância de períodos efusivos e explosivos.
Os cones vulcânicos são formados por camadas alternadas de piroclastos e de
lava.
Exemplo: Vulcão dos Capelinhos, Faial – Açores
CIÊNCIAS 7º ANO
Características da ATIVIDADE
atividade vulcânica EFUSIVA MISTA EXPLOSIVA
Viscosidade da lava Baixa Moderada Alta
Teor em gases da lava Baixo Moderado Alto
Teor em água da lava Alto Moderado Baixo
Correntes de lava Abundantes Moderadas Raras
Lapilli, Lapilli, bombas e
Piroclastos Inexistentes bombas e cinzas. Formação
cinzas de nuvens ardentes.
Baixo e de base Elevado, de base
larga, formado estreita e formado
exclusivamente por por lava e
Tipo de cone vulcânico Intermédio
lava. Pode reduzir-se piroclastos
a uma simples variados. Formação
fissura. de domas/ agulhas
VULCANISMO SECUNDÁRIO OU RESIDUAL
Manifestações de actividade vulcânica de modo menos violento que as erupções;
Nascentes termais – emissão contínua de águas quentes, ricas em sais minerais
(tratamentos médicos);
Fumarolas – emissões de vapor de água e outros gases a temperaturas elevadas
(Podem atingir os 900º C). Podem ser sulfataras (emissão de gases ricos em
enxofre) ou mofetas (emissão de gases tóxicos).
18
Géiseres – jatos intermitentes de água e de vapor de água a altas temperaturas
através de fraturas. Podem atingir vários metros de altura.
A água emitida pelas diferentes formas de vulcanismo secundário vem sobretudo da chuva.
Esta água, acumulada em reservatórios subterrâneos, aquece por estar próximo da câmara
magmática e ascende à superfície, rica em sais minerais, no estado líquido ou gasoso.
ESTRUTURAS VULCÂNICAS
19
BENEFÍCIOS DA ATIVIDADE VULCÂNICA
Solos férteis (devido às cinzas);
Materiais valiosos (ouro, ferro, enxofre, diamantes…);
Informações sobre a composição do interior da Terra (investigação científica);
Atração turística (paisagem, vegetação);
Produção de energia eléctrica (conversão de energia geotérmica);
Bem para a saúde (termas…)
VIGILÂNCIA DE VULCÕES
A vigilância permite prever uma erupção
Medidas:
Medição da inclinação do cone vulcânico, com clinómetros;
Instalação de sismógrafos nas imediações do vulcão;
Medição da temperatura com sondas inseridas no cone vulcânico, ou através de
sensores que também detetam ruídos subterrâneos;
Recolha de amostras de gases junto à cratera;
20
Ondas sísmicas – energia libertada bruscamente durante um sismo, em todas as direcções, sob
a forma de ondas. Estas ondas fazem vibrar os terrenos por onde passam até atingirem a
superfície terrestre, perdendo energia à medida que se afastam do local do origem.
Hipocentro ou foco – zona do
interior da Terra onde o sismo
tem origem.
Epicentro – local à superfície da
Terra situado na vertical do
Hipocentro. É o local de maior
intensidade sísmica.
Tsunami ou maremoto –
quando o epicentro de um sismo
se situa no mar, formando ondas
gigantes.
Geralmente, os sismos são precedidos e seguidos de abalos menos violentos:
21
Abalos premonitórios – anteriores ao grande sismo;
Réplicas – seguintes ao grande sismo.
Sismógrafos – aparelhos que registam as ondas sísmicas;
Sismograma – registo produzido pelo sismógrafo (gráfico)
Sismicidade em Portugal
CIÊNCIAS 7º ANO
Portugal está 200 km a norte da placa euro-asiática e da placa africana.
Riscos de um sismo
Diretos:
Destruição de edifícios, pontes, infraestruturas, linhas de comunicação;
Desmoronamento de terras;
Liquefação de terrenos;
tsunamis;
Perda de vidas humanas.
Indiretos:
Propagação de incêndios por explosão de combustíveis
Doenças
Durante um sismo…
Dentro de casa…
Dirigir-se para um canto interior da sala ou quarto, proteger-se debaixo das ombreiras das
portas ou de algum móvel sólido, como mesas ou camas.
Manter-se afastado de janelas, espelhos e outros objectos que possam cair.
Num grande edifício, não te precipites nas saídas. Nunca usar elevadores.
Na rua…
Mantém-te afastado de edifícios altos, postes de eletricidade e de outros objetos que te
possam cair para cima, como chaminés ou antenas. Dirige-te para um local aberto.
24
Dentro do carro, parar longe de edifícios, muros, encostas, poste e cabos de alta tensão e
permanecer dentro da viatura.
Em locais com muitas pessoas, seguir as ordens das pessoas responsáveis. Não te precipites
para as saídas.
Depois de um sismo…
Manter a calma, podem ocorrer réplicas.
Não acender fósforos nem isqueiros, pode haver fugas de gás.
Cortar o gás, a eletricidade e a água.
Sai de casa, sem usar elevadores.
Afasta-te de praias, depois de um sismo pode vir um tsunami.
Soltar os animais, eles tratam de si próprios.
Se estiveres na rua não vás para casa.
CIÊNCIAS 7º ANO
Métodos diretos:
Vulcões
Explorações de minas 25
Sondagens
Métodos indirectos:
Sismos;
Planetologia (meteoritos);
Geotermia (temperatura)
2 Modelos…
Químico (3 camadas):
Crosta
Crosta continental (essencialmente granitos) – mais espessa, tem em
média 35 km de espessura, podendo atingir os 70 km em zonas de cadeias
de montanhas.
CIÊNCIAS 7º ANO
Crosta oceânica (essencialmente basaltos) – tem 8 km de espessura.
Manto – desde a base da crosta atá aos 2900 km de profundidade. É formada
por rochas muito densas, ricas em ferro e magnésio, como o peridotito.
Núcleo – É a zona central da Terra. Estende-se até ao centro da Terra, a0s 6370
km de profundidade. Formado por ferro e níquel.
Físico (5 camadas):
Litosfera – estado sólido
Astenosfera – plástica e deformável porque uma pequena parte está no estado
líquido
Mesosfera – estado sólido
Endosfera externa – estado líquido
Endosfera interna – estado sólido (devido às elevadas pressões)
26
CIÊNCIAS 7º ANO
Processos de fossilização:
Moldagem – o organismo deixa um molde nos sedimentos onde está inserido;
posteriormente o organismo por desaparecer completamente, mas a sua forma fica
gravada na rocha.
Os moldes podem ser internos, externos ou contramoles. Ex: moldes de conchas, de
esqueletos, folhas, penas, etc.
Mineralização – as partes duras do ser vivo vão sendo substituídas por minerais que se
encontram nos fluidos que circulam nas rochas. A forma e o tamanho original dos
organismo mantém-se. Ex: ossos, dentes, troncos de árvores, etc.
Conservação ou mumificação – preservação do ser vivo na sua totalidade numa dada
substância, como o gelo ou o âmbar (resina primitiva). Ex: mamutes em gelo e insetos
em âmbar.
CIÊNCIAS 7º ANO
Marcas – o que é preservado não é o ser vivo ou parte dele, mas vestígios da sua
atividade, como pegadas, dejetos ou ninhos com ovos.
31
Barragens – barreiras, construídas pelo Homem, que impedem o fluxo natural de água num rio,
levando à acumulação de grandes massas de água e à formação de grandes lagos artificiais –
albufeiras.
A construção de barragens:
Benefícios:
Produção de energia renovável;
Reserva de água para eventuais períodos de seca.
32
Consequências:
Alteração do regime natural de erosão e deposição de sedimentos;
Retira energia transportadora à água do rio;
O menor transporte e deposição de sedimentos intensifica a erosão do litoral.