Resenha Seu Nome É Jonas
Resenha Seu Nome É Jonas
Resenha Seu Nome É Jonas
Resenha
Filme: E seu nome é Jonas. Direção: Richard Michaels. Local: ORION PICTURES
CORPORATION, 1979.
O filme ‘e seu nome é Jonas’ dirigido por Richard Benjamin e lançado em 1979
nos EUA conta a história de Jonas, um garoto surdo que recebeu o diagnóstico errado de
retardo mental e por isso, concomitante aos preconceitos e desinformações acerca das
necessidades de comunicação do surdo, acaba sendo privado da língua de sinais durante
muito tempo.
Neste momento quase final, é apresentada uma ideia importante no filme, que
Audrei também traz em seu texto, a de que o surdo tem identidade e cultura próprias. O
surdo possui traços culturais que influenciam sua perspectiva, percepção e interação com
a sociedade. Além disso, há o surdo oralizado, o surdo preto, surdo cego, etc, como mostra
na cena do clube dos surdos, e não uma singularidade. O filme encerra de maneira
emocionante, com o garoto finalmente feliz, com acesso à educação e participação social.
Portanto, apesar de ser um filme do século passado, algumas questões
apresentadas continuam sendo contemporâneas. No Brasil, a Língua de Sinais só teve sua
legitimação em 2002, com a Lei n. 10.436, que colocou a LIBRAS como primeira língua
dos surdos e a Língua Portuguesa como segunda. De fato, existem muitas rupturas com o
passado. A Lei, o direito à assistência de intérpretes nas faculdades, a inclusão da Libras
em alguns currículos, etc. Mas também tem continuidades, há muitos desafios a serem
encarados para que se garanta a real igualdade de oportunidades e o pleno reconhecimento
dos direitos dos surdos, não somente no Brasil, mas em todo o mundo. Há, ainda, muitas
barreiras culturais e atitudinais que dificultam a prática daquilo que já é garantido por lei,
incluindo preconceitos e estereótipos. É preciso romper com o passado discriminatório e
caminhar cada vez mais em direção à igualdade.