ICM - Projeto Aprendiz - Caxias - Curso de Violão - Apostila 2018-1

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2018

ICM - Projeto Aprendiz - Área Caxias Curso de Violão

Ensino de

Violão
Nível Básico
Apostila teórica de ensino de conceitos básicos musicais e
práticos do instrumento

Professores: Leonardo Felipe


Elisangela Souza
João Pedro
Marcionílio Vieira
Leonardo Gomes
Kelly Buarque
Andrey Souza

Distribuição Interna
Edição – 2018
ICM - Projeto Aprendiz - Área Caxias Curso de Violão

Apresentação

Esta apostila reúne uma compilação de estudos embasados nas devidas referências
bibliográficas, notações complementares e exercícios práticos criados. Tem por objetivo auxiliar
no aprendizado musical e aperfeiçoamento do louvor. Os exercícios aplicados são suportados
pela aplicação prática dos louvores executados na Igreja Cristã Maranata.
É de distribuição interna, sem fins lucrativos, e para fins educativos; se submeterá à
revisão e reedição sempre que houver necessidade.

Nota: Todo o trabalho foi realizado de forma voluntária.

Duque de Caxias, RJ

“E cantavam o cântico de Moisés, servo de Deus, e o cântico do Cordeiro, dizendo: Grandes e


maravilhosas são as tuas obras, Senhor, Deus Todo-poderoso! Justos e verdadeiros são os teus
caminhos, ó Rei dos santos!

Apocalipse 15:3
ICM - Projeto Aprendiz - Área Caxias Curso de Violão

Igreja Cristã Maranata


Projeto Aprendiz
Duque de Caxias/RJ
MARANATA! O Senhor Jesus Vem!

SUMÁRIO
MÓDULO 01- Introdução ............................................................................. 8
Definição ........................................................................................ 8
Partes do Violão .............................................................................. 8
Casas ............................................................................................ 8
Afinação ......................................................................................... 8
Tipos de Violão................................................................................ 9
Violão Clássico: ............................................................................... 9
Violão de Aço: ................................................................................. 9
Folk ou Dreadnought: .................................................................... 10
Jumbo: ........................................................................................ 10
Postura no Violão .......................................................................... 11
Posição sentada: ........................................................................... 11
Posição de pé: .............................................................................. 11
Posicionamento do braço da escala: ................................................. 11
Posicionamento do polegar da mão esquerda: ................................... 11
Convenção dos dedos: ................................................................... 11
O que é Música? ............................................................................ 12
Os elementos constituintes da Música .............................................. 12
Acostumando os dedos no Violão ..................................................... 13
Notas Musicais .............................................................................. 13
Primeiros Acordes .......................................................................... 14
MÓDULO 02 – Notas Musicais no Braço do Violão ..................................... 15
Acidentes ..................................................................................... 15
Notas musicais no braço do Violão ................................................... 15
Como utilizar o Metrônomo ............................................................. 16
Acostumando a mão do ritmo.......................................................... 17
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Leitura de Tablatura....................................................................... 17
.................................................................................................. 17
Como ler tablatura? ....................................................................... 18
Independência ou fortalecimento dos dedos ...................................... 19
Forma correta de segurar a palheta: ................................................ 20
.................................................................................................. 20
Como ler Cifras ............................................................................. 20
Acordes Maiores ............................................................................ 21
Acordes Menores ........................................................................... 21
.................................................................................................. 21
MÓDULO 03 – Acordes e Ritmos I ............................................................. 22
Ritmos ou Batidas ......................................................................... 22
Introdução ................................................................................... 22
Ritmo Country .............................................................................. 23
.................................................................................................. 23
Ritmo Valsa .................................................................................. 24
Ritmo Guarânia ............................................................................. 25
Ritmo Toada ................................................................................. 26
Ritmo Novo .................................................................................. 27
Ritmo Fox..................................................................................... 28
Ritmo Fox Abafado ........................................................................ 30
Ritmo Canção ............................................................................... 31
MÓDULO 04 – Escalas, Acordes e Ritmos II .............................................. 33
A escala maior natural (TSTTTS) ..................................................... 33
Estrutura .........................................................................................................................33
A escala menor natural (TSTTSTT) ................................................... 35
O ciclo da Quintas ......................................................................... 36
Ritmo Básico................................................................................. 38
Ritmo Básico II ............................................................................. 40
Ritmo Blues .................................................................................. 42
Ritmo Balada ................................................................................ 44
Ritmo Valseado ............................................................................. 46
Ritmo Marcha ............................................................................... 48
Ritmo Marcha Marcial ..................................................................... 50
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Ritmo Repique .............................................................................. 52


Arpejos ou Dedilhados ................................................................... 54
................................................................................................................. 55
MÓDULO 05 – Como montar acordes ........................................................ 56
Formação de Acordes I ............................................................................. 56
Os Acordes em Tríades Maior .......................................................... 57
O sistema CAGED ........................................................................................................58
Formação de Acordes II ........................................................................... 60
Os Acordes em Tríades Menor ......................................................... 60
As formas básicas ........................................................................................................61
Os Acordes em Tríades Diminuta ..................................................... 63
As formas básicas .......................................................................... 63
Formação de Acordes III .......................................................................... 65
Os Acordes com Sétima Maior (7M).................................................. 65
Os Acordes com Sétima Menor (7) ................................................... 66
Tétrades ...................................................................................... 66
Tétrades Maiores com Sétima Maior: ...................................................................66
Tétrades Maiores com Sétima Menor: .................................................................67
Tétrades Menores com Sétima Menor: ................................................................67
Tétrades Menores com Sétima Maior: .................................................................68
Tétrades Maiores com Sétima Maior e Quinta Diminuta: .............................69
Tétrades Maiores com Sétima Maior e Quinta Aumentada: .........................69
Tétrades Maiores com Sétima Menor e Quinta Diminuta: ............................70
Tétrades Maiores com Sétima Menor e Quinta Aumentada: .......................70
Formação de Acordes IV ........................................................................... 71
Acordes Maiores com Nona: ....................................................................................71
Acordes Menores com Nona: ...................................................................................71
Acordes com Sexta:....................................................................................................72
...........................................................................................................................................72
Acordes com Tétrades Diminutas: ........................................................................72
Acordes com Sétima e outros Acréscimos: ........................................................72
Acordes com Quarta, Sétima e outros Acréscimos:........................................73
Formação de Acordes V ............................................................................ 73
1ª Inversão: Terça no baixo ....................................................................................73
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2ª Inversão: Quinta no baixo..................................................................................74


3ª Inversão: Sétima no baixo .................................................................................75
MÓDULO 06 – Harmonia ........................................................................... 76
Definição ...................................................................................... 76
Campo Harmônico da Escala Maior Natural ....................................... 76
Campo Harmônico de Dó maior – Tríades..........................................................76
Exercícios – Campo Harmônico maior – Tríades ..............................................80
Campo Harmônico de Dó maior – Tétrades .......................................................82
Exercícios – Campo Harmônico maior – Tétrades ...........................................83
Funções Harmônicas ................................................................................. 85
As Funções Harmônicas .................................................................. 85
GRAUS DA ESCALA E SUAS FUNÇÕES HARMÔNICAS .......................... 86
CADÊNCIA .................................................................................... 88
Exercícios – Analisando a Harmonia .....................................................................89
Intensidade e Dinâmica ............................................................................ 90
O Conceito de Dinâmica ................................................................. 91
A Dinâmica na Execução Musical...................................................... 91
Dinâmica x Ritmo .......................................................................... 92
Escalas Alternativas ................................................................................. 92
Escala Pentatônica Menor ............................................................... 93
Escala de Blues (PENTA-BLUES) ...................................................... 95
Aprendendo a tocar em grupo .................................................................. 96
Cuidados no Preparo ...................................................................... 96
Timbres ....................................................................................... 96
O Baixo e Bumbo........................................................................... 97
A Importância do Estudo ................................................................ 97
A Coesão do Grupo ........................................................................ 97
Respostas..................................................................................... 98
Bibliografia Recomendada ............................................................... 99
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MÓDULO 01- Introdução

Definição

O violão é instrumento de cordas dedilháveis, com caixa de ressonância (corpo) em formato


semelhante a um oito, com seis ou mais cordas, de diferentes materiais. É dividido por parte e
cada uma delas tem um nome específico.

Partes do Violão

Casas

Você já viu que no braço do violão há vários trastes na madeira? Então, para tocar, nós vamos
apertar as cordas entre esses trastes, e esse espaço entre os trastes é chamado de “casa”. As
casas são contadas no sentido da mão do violão para o corpo:

Afinação

Muitas afinações diferentes são possíveis dependendo da variedade do instrumento. A mais


comum para instrumentos de 6 cordas é a “Afinação Padrão ou Standard Tuning” Mi, Si, Sol, Re,
La e Mi novamente, (EBGDAE). Note que o violão é um instrumento transpositor. As notas soam
uma oitava abaixo do que são escritas. As notas abaixo correspondem à nota produzida pela
corda solta:

As cordas são inumeradas de baixo para cima (da mais fina para a mais grossa). Para afinar o
violão sugerimos que baixe um aplicativo1 para o celular explicaremos em sala como utiliza-lo.

1
Aplicativo sugerido: gStrings

Módulo 01 - Estudo Teórico e Prático Página 8


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Tipos de Violão

Existem variados tipos de Violão, cada tipo possui características diferentes. Sabemos que
escolher seu violão não é uma tarefa muito fácil, já que atualmente temos no mercado muitas
marcas, modelos, cores, desenhos, tipos de madeira etc. Essa variedade torna nossa escolha
muito mais difícil. Afinal, aquele violão lindo que você encontrou pode não ser o melhor para
você. Pensando nisso, vamos destacar dois dos principais modelos e diferenças entre eles.

Violão Clássico:

É o modelo mais vendido no mundo, como sugere o nome. Nesse modelo são usadas cordas de
nylon. É um violão de baixo custo, mais leve e macio, sendo ideal para iniciantes. Além disso,
as cordas de nylon machucam menos os dedos com a prática. É muito utilizado para música
clássica, valsa, novo e outros estilos musicais.

Violão de Aço:

O braço desse modelo é um pouco mais fino e nele são utilizadas cordas de aço, que são mais
tensas e podem dificultar um pouco o desenvolvimento da mão esquerda (caso pratique como
destro)

Módulo 01 - Estudo Teórico e Prático Página 9


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Folk ou Dreadnought:

Esse modelo possui um corpo maior que o normal e são levemente acentuados. Possuem uma
caixa maior, o que deixa o timbre mais encorpado, ideal para sons mais graves. Os ritmos mais
utilizados são básicos, fox, country entre outros.

Jumbo:

É parecido com o modelo clássico, porém seu corpo é maior e mais largo. Possui um som mais
grave, envolvente e equilibrado. É muito utilizado para blues, pop, rock, entre outros.

Módulo 01 - Estudo Teórico e Prático Página 10


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Postura no Violão

Posição sentada:

Coluna reta, porém relaxada o instrumento ficará apoiado verticalmente sobre a perna.

As costas devem estar


um pouco encostadas
para ficarem retas e
relaxadas.
O braço do violão deve
estar quase paralelo ao
chão.

É bom que as pernas não


estejam cruzadas.
Homens - Pernas devem
estar no ângulo de 45o;
Mulheres - Pernas devem
estar juntas.

Posição de pé:

Com instrumento pendurado no ombro por uma correia muito utilizado em evangelização de
rua.

Posicionamento do braço da escala:

O braço não deve ficar encostado ao corpo

Posicionamento do polegar da mão esquerda:

O polegar deve servir de apoio atrás do


braço do instrumento

Convenção dos dedos:

Módulo 01 - Estudo Teórico e Prático Página 11


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O que é Música?

A música (do grego μουσική τέχνη ‐ musiké téchne, a arte das musas) constitui-se basicamente
de uma sucessão de sons e silêncio organizada ao longo do tempo. É essencialmente uma prática
cultural e humana. Atualmente não se conhece nenhuma civilização ou agrupamento que não
possua manifestações musicais próprias. Embora nem sempre seja feita com esse objetivo, a
música pode ser considerada uma forma de arte.
A música, sob a forma de louvor a Deus, é executada desde os primórdios da existência do povo
escolhido do Senhor. Davi, que fora rei de Israel e servo de Deus, era músico e usava este dom
para agradar ao Senhor.

“Dize, pois, senhor nosso, a teus servos que estão na tua presença, que busquem um homem
que saiba tocar harpa; e quando o espírito maligno da parte do Senhor vier sobre ti, ele tocará
com a sua mão, e te sentirás melhor. Então disse Saul aos seus servos: Buscai-me, pois, um
homem que toque bem, e trazei-mo. Respondeu um dos mancebos: Eis que tenho visto um
filho de Jessé, o belemita, que sabe tocar bem, e é forte e destemido, homem de guerra,
prudente em palavras, e de gentil aspecto; e o Senhor é com ele” (1Sm 16.16-18).

É importante a dedicação naquilo que nos propomos a fazer para Deus e por isso, saber tocar
bem o seu instrumento é fundamental para aquele que deseja oferecer ao Senhor aqui que Ele
merece, o melhor possível.

Definição para Som - O som é o resultado da vibração dos corpos, que provoca uma onda
mecânica e longitudinal. Ela se propaga de forma circuncêntrica (em todas as direções) em
meios com massa e elasticidade, sejam eles meios sólidos, líquidos ou gasosos.

Música: É a arte de combinar os sons simultânea e sucessivamente, com ordem, equilíbrio e


proporção, dentro do tempo. É a arte de manifestar os diversos afetos de nossa alma mediante
o som.

Os elementos constituintes da Música

As principais partes que constituem a MÚSICA são:

Melodia – É o som principal de uma composição, que é uma sucessão de notas que geram um
“sentido” para a música, geralmente por uma voz ou um instrumento principal. É a concepção
horizontal da Música.

Harmonia – É uma sobreposição e combinação de sons simultâneos que servem de base para
a música. É a concepção vertical da Música.

Contraponto – É o conjunto de melodias dispostas em ordem simultânea. É a concepção ao


mesmo tempo horizontal e vertical da Música.

Ritmo – Pode ser definido com sons, sem altura definida, que acontece com certa regularidade
e padrões estabelecidos com duração e acentuação. O ritmo que traz a sensação de andamento
e pulsação para a música. É a combinação dos valores de tempo e silencio.

Módulo 01 - Estudo Teórico e Prático Página 12


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Acostumando os dedos no Violão

No início vai doer um pouco as pontas dos dedos, mas após os exercícios irá calejar.

O dedo sempre no meio entre um traste e outro

Ex.01: Com o dedo 1 pressione a 6ª corda na 1ª casa até a 5ª casa, fazer em todas as cordas.
E depois com os demais dedos (2,3 e 4);

Ex.02: Com e dedo 1 na pressione a 6ª corda na 1ª casa, dedo 2 na 2ª casa, dedo 3 na 3ª casa
e dedo 4 na 4ª casa e toque a corda a cada alteração de dedo. Realizar o mesmo movimento
em todas as cordas.

Transcrição do exercício 2

Notas Musicais
É um termo empregado para designar o elemento mínimo de um som, formado por um único
modo de vibração do ar.

São 7 notas musicais:

Dó – Ré – Mi – Fá – Sol – Lá – Si

Cada nota musical pode ser também designada através das sete primeiras letras do alfabeto, da
seguinte forma:

Módulo 01 - Estudo Teórico e Prático Página 13


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Primeiros Acordes

Acordes são o somatório de três ou mais notas tocadas simultaneamente.

Como por exemplo no acorde de C (Dó maior) temos as notas Dó-Mi-Sol, que são todas tocadas
simultaneamente.
Nossos primeiros acordes serão o D (Ré maior), Em (Mi menor) e A (Lá maior). Nesse
momento não abordaremos tanto a parte teórica dos acordes, veremos isso mais à frente, pois
o foco agora será em desenvolver a prática sobre os acordes e a habilidade de fazer a mudança
entre eles.

Para treina-los:

Ex03: Pratique individualmente, acostumando os dedos nas posições de cada acorde;

Ex04: Pratique com exercícios de fazer e desfazer cada o acorde um de cada vez e repita
várias vezes para que seus dedos se acostumem a montar o acorde com agilidade memorizando
os mesmos;

Ex05: Pratique a mudança de um acorde para o outro na sequência D, Em e A.

Módulo 01 - Estudo Teórico e Prático Página 14


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MÓDULO 02 – Notas Musicais no Braço do Violão

Acidentes

Acidentes ou alterações são símbolos utilizados na notação musical para modificar a altura da
nota imediatamente à sua direita e de todas as notas na mesma posição da pauta até o final do
compasso corrente, tornando-as meio tom mais graves ou meio tom mais agudas.
São representadas pelo símbolo ♯ (sustenido) ou ♭ (bemol) sendo que o sustenido
representa o aumento da nota em um semitom e o bemol a diminuição da mesma. Esses
símbolos, na partitura musical, aparecem ao lado esquerdo da nota a ser alterada.

Os acidentes podem também ser dobrados. O dobrado bemol ♭♭ reduz um Tom da nota, e o
dobrado sustenido ## aumenta um Tom da nota. A seguir, as suas notações na pauta musical:

Notas musicais no braço do Violão

Ex06: Falar os nomes de cada uma das notas (Cromáticas);

Ex07: Falar os nomes e tocar cada uma das notas.

Obs: Exercitar em cada corda.

Módulo 02 – Notas Musicais – Acordes Maiores e Menores Página 15


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Como utilizar o Metrônomo

O metrônomo é um relógio que mede o tempo andamento musical. Produzindo pulsos de


duração regular, ele pode ser utilizado para fins de estudo ou interpretação musical.
O metrônomo mecânico consiste num pêndulo oscilante cujas oscilações, reguladas pela
distância de um peso na haste do pêndulo, podem ser mais lentas ou mais rápidas, sendo que
a cada oscilação corresponde um tempo do compasso. Há também metrônomos eletrônicos,
em que cada tempo do compasso é indicado pelo piscar de um LED (light-emitting diode) e por
um som eletrônico. Baixar o aplicativo Metronome Beats

Utilização

Os músicos utilizam metrônomos para manter


um tempo padrão, ou seja, um pulso regular ao
longo de toda a composição ou uma de suas
seções. Mesmo em peças que não possuem
marcação rígida de tempo ²rubato, um
metrônomo pode ser usado para indicar o
tempo em torno do qual as variações serão
realizadas.
Os compositores incluem marcações de
metrônomo no início e no fim da partitura. Uma
vez que alterações no tempo e no andamento
podem ocorrer durante uma peça, é necessário
estar atento a ambos para que erros de
execução sejam evitados e a velocidade Andamento em 120 bpm:
indicada para a peça seja tocada de maneira
efetiva. Normalmente se considera que o
Allegro (andamento) | Allegro pode variar entre Rubato2
120 e 168 batidas por minuto (bpm).

Ex08: Colocar em 60bpm e para cada


batida do metrônomo tocar na 6ª corda (E)

Ex09: Colocar em 70bpm e para cada


batida do metrônomo tocar na 6ª corda (E)

Ex10: Colocar em 80bpm e para cada


batida do metrônomo tocar na 6ª corda (E)

Ex11: Colocar em 90bpm e para cada


batida do metrônomo tocar na 6ª corda (E)

Ex12: Colocar em 100bpm e para cada


batida do metrônomo tocar na 6ª corda (E)

Obs: Trabalhar de forma gradativa.

2
Em música, tempo rubato ou apenas rubato é acelerar ou desacelerar ligeiramente o tempo de uma peça à discrição do solista ou do maestro. O
termo nasce do fato de que o intérprete "rouba" um pouco do tempo de algumas notas e o compensa em outras.

Módulo 02 – Notas Musicais – Acordes Maiores e Menores Página 16


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Acostumando a mão do ritmo

Após ter visto como funciona o metrônomo iremos exercitar a mão do ritmo junto com o mesmo.

Ex13: Com o metrônomo a 60bpm e com a batida da mão direta para e baixo e para cima a
cada pulsar do metrônomo, enquanto isso a mão esquerda irá segurar todas as cordas abafando-
as. E sempre prestando atenção na pulsação para tocar junto.

Transcrição do exercício 13

Obs: Aumente gradativamente para 70, 80, 90 e 100bpm.

Leitura de Tablatura

Tablatura é um método usado para transcrever música que pode ser tocada
em instrumentos de corda como violões, guitarras e baixos, e também em
outros instrumentos como gaita e bateria.

Ao contrário das partituras que exigem maior conhecimento de música e bastante treino,
as tablaturas são voltadas para o músico iniciante ou prático.
Uma partitura indica quais notas devem ser tocadas, a duração de cada nota, a velocidade
com que deve ser tocada e etc. Exigem muita prática e um conhecimento apurado de música.
Indicando a nota que deve ser tocada a partitura não diz onde esta nota se localiza no braço do
instrumento. A partitura serve para transcrever músicas para qualquer instrumento, seja de
sopro, de cordas, de percussão, etc. Outra vantagem das partituras é que permitem que o
músico que nunca tenha ouvido a música a toque exatamente como previsto (desde que saiba
ler fluentemente partituras, o que obviamente exige geralmente anos de treino).
Já uma tablatura, método de transcrição que serve apenas para instrumentos de corda
como violões, baixos e guitarras, não indica diretamente a nota que deve ser tocada e sim qual
corda deve ser ferida e em qual traste. Obviamente torna-se assim muito mais útil ao músico
iniciante ou prático. Por outro lado, a tablatura tem a grande desvantagem de exigir que o
músico conheça a música que deseja tocar visto que a mesma indica geralmente apenas as
notas e não a duração de cada uma ou o tempo da música.

Módulo 02 – Notas Musicais – Acordes Maiores e Menores Página 17


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Além das notas a serem feridas a tablatura irá indicar quando devem ser usadas técnicas
como bends, slides, hammer-ons, pull-offs, harmônicos e vibrato.

Como ler tablatura?

O conceito básico da tablatura é apresentar no papel um conjunto de linhas que


representam as cordas do instrumento. Sendo assim para uma guitarra ou violão comum você
terá seis linhas, para um baixo de quatro cordas terá quatro linhas, para um baixo de cinco
cordas cinco linhas, para uma guitarra de sete cordas sete linhas e assim por diante.

Uma tablatura vazia de guitarra ou violão apresenta-se da seguinte forma:

A linha de baixo representa a corda mais grossa (mi mais grossa) e a linha de cima
representa a corda mais fina (mi mais fina). De cima para baixo as linhas representam as cordas
mi, si, sol, ré, lá, mi.
Números escritos nas linhas indicam em que traste as respectivas cordas devem ser
apertadas ao serem feridas. Número 0 indica corda solta. As notas devem ser lidas da esquerda
para a direita.

O exemplo acima indica as seguintes notas (uma de cada vez) na ordem:


- Corda mais grossa deve ser tocada solta (0)
- Depois a mesma corda deve ser tocada no primeiro traste (1)
- Depois a mesma corda deve ser tocada no segundo traste (2)
- Depois a mesma corda deve ser tocada no terceiro traste (3)
No exemplo acima as notas são tocadas uma de cada vez. Quando duas ou mais notas
(obviamente em duas ou mais cordas) devem ser tocadas de uma só vez (formando um acorde)
a indicação é conforme abaixo:

Note que este é um acorde G (Sol Maior). Note que estando na mesma coluna as notas devem
ser tocadas todas de uma só vez indicando um acorde.

Módulo 02 – Notas Musicais – Acordes Maiores e Menores Página 18


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Apenas devem ser tocadas as cordas marcadas (no exemplo acima todas). Uma linha vazia
indica que a corda não deve ser tocada. Um número zero indica que a corda deve ser tocada
solta.
Embora possam indicar acordes, o mais comum é que as tablaturas sejam usadas para
solos ou riffs enquanto os acordes são indicados por cifras.
Embora de maneira geral as tablaturas não indiquem o tempo de duração das notas e o
intervalo entre elas, porém quando associadas a partitura temos todas estas indicações. No
exemplo abaixo tratam-se do início do louvor Vem Visita (571).

Independência ou fortalecimento dos dedos

Ex14: Agora vamos praticar um exercício de independência dos dedos. Vimos anteriormente um
similar no “Ex02 na pág.13”. Executaremos com palhetada alternada ou dedilhado i m.

Transcrição do exercício 14
Obs: Executar com o metrônomo a 60, 70, 80, 90 e 100bpm.

Módulo 02 – Notas Musicais – Acordes Maiores e Menores Página 19


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Forma correta de segurar a palheta:


Entre o indicador dobrado e o polegar;

Técnica de palhetada alternada:


Atacar uma nota para baixo, outra nota para cima e
assim por diante;
O símbolo indica que o sentido da palhetada deve
ser para cima.
O símbolo indica que o sentido da palhetada deve
ser para baixo.
A numeração das casas do braço do violão aumenta
na medida em que vamos caminhando da
extremidade do braço para o corpo do instrumento.

Como ler Cifras

Vamos utilizar o exemplo ao lado (um acorde de


Dó maior) para explicar uma das formas de se
representar um acorde no violão.
A figura ao lado é o desenho de uma parte do
braço do instrumento, onde:
• A letra C é a cifra do acorde que está sendo
representado. Neste caso, indica que se trata
de um acorde de Dó maior;
• As linhas verticais são as cordas do
instrumento. Da esquerda (corda 6 - mais
grossa) para a direita (corda 1 – mais fina);
• As linhas horizontais dividem as casas do
braço. O número “3”, desenhado fora do
braço é opcional e, indica que estão
representadas da casa 1 à casa 3 (de cima
para baixo);

• O símbolo “X” indica que determinada corda não deve ser tocada. No caso aplicado à corda
6;
• O símbolo “ ” indica que determinada corda deve ser tocada solta (sem que seja
pressionada em nenhuma casa). Neste caso está sendo aplicado às cordas 1 e 3;
• Os círculos negros ao longo do braço indicam as casas e as cordas que devem ser
pressionadas. Os números dentro dos círculos indicam quais dedos da mão da digitação
devem ser utilizados. Neste caso:
• A corda 2 deve ser pressionada com o dedo 1 (indicador) na casa 1 (nota C);
• A corda 4 deve ser pressionada com o dedo 2 (médio) na casa 2 e (nota E);
• A corda 5 deve ser pressionada com o dedo 3 (anular) na casa 3 (nota C).

Módulo 02 – Notas Musicais – Acordes Maiores e Menores Página 20


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Acordes Maiores

Acordes Menores

Módulo 02 – Notas Musicais – Acordes Maiores e Menores Página 21


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MÓDULO 03 – Acordes e Ritmos I

Ritmos ou Batidas

Introdução

É normal no início do aprendizado ter dificuldades para fazer batidas e ritmos no violão ao treinar
os primeiros louvores. Por isso, separamos algumas dicas simples que vão te ajudar a obter
bons resultados quando estiver treinando.
Um bom ritmo de violão é um dos principais responsáveis por uma boa sonoridade. Se
você deseja melhorar seu aprendizado no violão e tocar cada vez melhor, com uma boa
sonoridade, ainda que esteja no nível básico, deve atentar para os grandes responsáveis por
uma boa sonoridade, que são sem dúvidas as batidas e ritmos de violão.
Mesmo com acordes básicos, um bom ritmo pode soar muito bem aos ouvidos enquanto
que mesmo com uma sequência de acordes perfeitos, mas com um ritmo ruim, o som não será
agradável. Confira então, algumas dicas para aprimorar batidas e ritmos no violão.

1º. Antes de aprender a fazer uma batida devemos primeiramente conhecer bem cada
movimento que vai ser executado: como fazer os movimentos e quanto tempo dura cada um
deles. É importante fazer isto porque inicialmente precisamos memorizar o ritmo para depois
tentar executá-lo no violão, e assim fica mais fácil na hora de treinar.

2º. Cantar as batidas e ritmos antes de tocar também ajudam muito na hora de treinar. Todos
os ritmos de alguma forma são uma pronúncia que pode ser cantada, por isso se você treinar
bem o andamento do ritmo que está cantando antes de tocar, com certeza será mais fácil de
treiná-lo no violão.

3º. Depois, devemos treinar apenas com a mão direita (a mão que irá fazer a batida). Muitos já
tentam fazer os ritmos juntamente com os acordes, mas na maioria dos casos ainda não
conseguem fazer nenhum dos dois corretamente e separadamente. É importante treinar uma
mão de cada vez e posteriormente, quando já estiver conseguindo tocar corretamente, juntar
as duas, fazendo os acordes e o ritmo.

4º. Treine sempre com um metrônomo. Com a marcação do tempo você irá compreender melhor
os tempos de cada ritmo, melhorará sua performance e conseguirá resultados mais rápidos.
Treine inicialmente as batidas e ritmos com uma velocidade reduzida, assim você conseguirá
aprender corretamente e depois ir aumentando a velocidade gradativamente, conforme treino e
progresso.

Essas dicas são simples, mas farão muita diferença quando aplicadas corretamente em seu treino
no violão.

Obs: A “batida” pode ser aplicada de mão livre, com palheta ou mista (palheta e dedos).

Módulo 03 – Acordes e Ritmos I Página 22


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Ritmo Country

O Country é um ritmo que pode ser escrito em compasso binário (2 tempos) ou quaternário (4
tempos). O 1º tempo é forte e os demais, fracos. Há sempre uma acentuação nos contratempos.
Normalmente tem um andamento médio ou rápido e é toca abafando-se as cordas. Depois de
ter visto os primeiros acordes (pág.14) e treinado ambas as mãos é hora de ajuntarmos com os
ritmos.

3
Acentuado – Batida mais forte que as outras e abafada com a mão esquerda.

Outros louvores em ritmo Country:

10 – Vamos lavar as vestes


2290 – Quando Israel saiu do Egito
4443 – O meu amado desceu ao seu jardim
5522 – Cristo vem me buscar
8806 – Se estás cansado
8819 – Manda fogo Senhor
9001 – Jerusalém, cidade do meu Rei
9006 – Vou caminhado Jerusalém
9015 – No expresso viajamos
9024 – Tem bom animo
9027 – Eu vou contar uma história
9923 – Deus forte como Jeová
9952 – Cristo é meu amigo, é meu amigo
9984 – Vem para o meio
9989 – Revelação
Neste dia especial (138)

3
É uma marca que indica que uma nota deverá ser reproduzida com maior intensidade que outras, ou seja, que audivelmente
deverá ser destacada das notas não acentuadas.

Módulo 03 – Acordes e Ritmos I Página 23


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Ritmo Valsa

A Valsa é um ritmo ternário (3 tempos). O 1º tempo é forte e os outros dois são fracos.
Geralmente tem o andamento lento ou moderado, podendo ocasionalmente ser rápido.

Outros louvores em ritmo Valsa:

26 – Seja só o Senhor louvado aqui


2226 – Só o poder de Deus
4403 – Sonda-me, ó Deus
6663 – Que alegria
6664 – Saudai o nome de Jesus
7709 – Cantai ao Senhor um cântico novo
9919 – Eu abri meu coração
9962 – Há uma linda canção de amor

Módulo 03 – Acordes e Ritmos I Página 24


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Ritmo Guarânia

A Guarânia é um ritmo ternário. O 1º tempo é forte e pode ser tocado bem rasqueado; o 3º
tempo tem uma ligeira acentuação. Normalmente tem um andamento lento ou moderado.

Outros louvores em ritmo Guarânia:

41 – Além do véu, eu quero estar


552 – Atende a voz do meu clamor
1119 – Deixou o esplendor de sua glória
1133 – Ao poço de Jacó chegou Jesus
1172 – Queres ir pra glória
2207 – A Minh ‘alma estava longe do
caminho do céu
2278 – Era uma Oliveira
2281 – Tenho uma pedra viva
2292 – Quando Jesus um dia
3301 – Toda a minha dor Jesus levou
3350 – Divino companheiro

Módulo 03 – Acordes e Ritmos I Página 25


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Ritmo Toada

A Toada é um ritmo que pode ser escrito em compasso binário ou quaternário. O 1º tempo é
forte e os demais, fracos. Normalmente tem o andamento lento ou moderado.

Outros louvores em ritmo


Toada:

580 – Envia a Tua luz


1178 – Para quem iremos nós
4424 – Amo ao Senhor

Módulo 03 – Acordes e Ritmos I Página 26


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Ritmo Novo

O ritmo Novo geralmente encontramos em compasso quaternário. Normalmente tem um


andamento lento ou médio, e ocasionalmente rápido. Os acordes com 7 (sétima) e 7M (sétima
maior) caracterizam melhor esta batida.

Outros louvores em
ritmo Novo:

556 – No silêncio da noite


558 – Brilhe sobre mim
2247 – Eu tenho um amigo
3390 – Esforça-te
7796 – Quero andar
8824 – Eu verei
9023 – É tão triste

Módulo 03 – Acordes e Ritmos I Página 27


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Ritmo Fox

O Fox é um ritmo quaternário. O 1º tempo forte e os demais, fracos. Tem frequentemente uma
síncope no 2º ou no 3º tempo e o andamento pode ser lento ou médio.

Módulo 03 – Acordes e Ritmos I Página 28


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Outros louvores em ritmo Fox:

5 – Clamando estou
1107 – Deus enviou seu filho amado
1126 – Abre a porta do teu coração
1128 – Era um pecador, andava sem Jesus
8805 – Cristo é a resposta
9000 – Jesus vê a sua igreja
9002 – Pai estou a Ti clamar
Como Noé
Deus ama você

Módulo 03 – Acordes e Ritmos I Página 29


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Ritmo Fox Abafado

O Fox Abafado é um ritmo quaternário. O 1º tempo forte e os demais, fracos. Tem


frequentemente uma síncope no 2º ou no 3º tempo e um abafamento após a terceira batida. O
andamento pode ser lento ou médio.

Outros louvores em ritmo Fox Abafado:

12 – Há vitória para mim


36 – Crucificado foi meu Jesus
2209 – Perdido foi que Ele me encontrou
2240 – Felicidade é ter Cristo ao meu lado
2283 – Maravilhosa graça
3363 – Firme nas promessas
8800 – Sequência de louvores Nº1
8801 – Sequência de louvores Nº2
8802 – Sequência de louvores Nº3
8808 – Eu tenho um tesouro
8812 – Vencedor serei

Módulo 03 – Acordes e Ritmos I Página 30


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Ritmo Canção

A Canção geralmente é um ritmo quaternário. O 1º tempo forte e os demais, fracos. Tem vários
tipos de dedilhados e batidas, porém só vamos focar em uma. O seu andamento é de lento ou
médio.

Módulo 03 – Acordes e Ritmos I Página 31


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Outros louvores em ritmo Canção:

7757 – Justo és, Senhor


7761 – Estende a tua mão
7765 – Se paz, a mais doce
7804 – Ao Deus de Abraão
7805 – Comigo habita, ó Deus
7808 – Jerusalém excelsa

Módulo 03 – Acordes e Ritmos I Página 32


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MÓDULO 04 – Escalas, Acordes e Ritmos II

A escala maior natural (TSTTTS)

A Escala maior natural, ou simplesmente “escala maior”, é a escala mais importante, e de onde
são formados os acordes maiores. A escala fundamental do modo maior é a escala de Dó maior,
uma vez que a relação de intervalos desse modo pode ser obtida nesta escala sem a necessidade
de nenhuma alteração de altura.
Veja na figura abaixo as notas dessa escala.

A escala de Dó

Estrutura

Conforme se pode observar na escala de dó, no primeiro intervalo (C-D) há um intervalo de tom,
no segundo também. Já no terceiro intervalo (E-F), há um intervalo de semitom. Podemos
analisar caso a caso e observar que a escala está organizada da seguinte forma:

Desta mesma forma, seja em qualquer tonalidade, a sequência de tons e semitons dessa escala
obedece à seguinte ordem, ou “fórmula”:

Escala Maior Natural: Tom - Tom - Semitom - Tom - Tom - Tom - Semitom

Isto significa dizer então, que se tomarmos como exemplo a escala maior de G, se deverá seguir
a mesma fórmula que nos dará então a sua escala:

Módulo 04 – Escalas, Acordes e Ritmos II Página 33


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Note que de Mi para Fá teria somente um semitom, porém como a fórmula de escala maior
determina que nesta posição se tenha um Tom, foi necessário acrescentar um ♯ (sustenido) à
nota Fá.

Cada nota da escala pode ser denominada de grau. Na escala de Sol, o primeiro grau é sol, o
segundo é Lá, o quinto grau (ou simplesmente a quinta de La) é a nota Re. O primeiro grau
também pode ser chamado de Tônica, pois ele é quem determina a “tonalidade” da escala.

EXERCÍCIOS:

1) Utilizando a fórmula, complete as escalas maiores naturais nas


tonalidades:

C ____ ____ ____ ____ ____ ____ / C# ____ ____ ____ ____ ____ ____
D ____ ____ ____ ____ ____ ____ / D# ____ ____ ____ ____ ____ ____
E ____ ____ ____ ____ ____ ____
F ____ ____ ____ ____ ____ ____ / F# ____ ____ ____ ____ ____ ____
G ____ ____ ____ ____ ____ ____ / G# ____ ____ ____ ____ ____ ____
A ____ ____ ____ ____ ____ ____ / A# ____ ____ ____ ____ ____ ____
B ____ ____ ____ ____ ____ ____

2) Complete as seguintes lacunas:

A Quinta de C é a nota: _____ e a Sexta de C é a nota: _____.


A Quinta de D é a nota: _____ e a Sexta de D é a nota: _____.
A Quinta de E é a nota: _____ e a Sexta de E é a nota: _____.
A Quinta de F é a nota: _____ e a Sexta de F é a nota: _____.
A Quinta de G é a nota: _____ e a Sexta de G é a nota: _____.
A Quinta de A é a nota: _____ e a Sexta de A é a nota: _____.
A Quinta de B é a nota: _____ e a Sexta de B é a nota: _____.

Módulo 04 – Escalas, Acordes e Ritmos II Página 34


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A escala menor natural (TSTTSTT)

A Escala menor natural, ou simplesmente “escala menor” é uma escala diatônica cujo terceiro
grau está a um intervalo de terça menor (um tom e um semitom) acima da tônica (primeiro
grau). Os graus 6º e 7º também são menores, em oposição aos graus 6º e 7º da escala maior,
que são graus maiores.

A sua fórmula então será conforme a seguir:

Escala Maior Natural: Tom - Semitom - Tom - Tom - Semitom - Tom – Tom

EXERCÍCIOS:

1) Utilizando a fórmula, complete as escalas menores naturais nas tonalidades:

C ____ ____ ____ ____ ____ ____ / C# ____ ____ ____ ____ ____ ____
D ____ ____ ____ ____ ____ ____ / D# ____ ____ ____ ____ ____ ____
E ____ ____ ____ ____ ____ ____
F ____ ____ ____ ____ ____ ____ / F# ____ ____ ____ ____ ____ ____
G ____ ____ ____ ____ ____ ____ / G# ____ ____ ____ ____ ____ ____
A ____ ____ ____ ____ ____ ____ / A# ____ ____ ____ ____ ____ ____
B ____ ____ ____ ____ ____ ____

2) Complete as seguintes lacunas:

A escala maior de C possui as mesmas notas que a escala menor natural de____.
A escala maior de D possui as mesmas notas que a escala menor natural de____.
A escala maior de E possui as mesmas notas que a escala menor natural de____.
A escala maior de F possui as mesmas notas que a escala menor natural de____.
A escala maior de G possui as mesmas notas que a escala menor natural de____.
A escala maior de A possui as mesmas notas que a escala menor natural de____.
A escala maior de B possui as mesmas notas que a escala menor natural de____.

Escalas maiores e menores que possuem as mesmas notas em sua composição são
chamadas de relativas. Essa relação não é acidental e ocorre entre todas as notas com intervalo
de sexto grau. Toda escala maior natural será sempre igual à escala da nota equivalente ao seu
sexto grau, porém em tonalidade menor. Estas relações são extremamente úteis para
improvisação, pois em todas as vezes que a música estiver em uma tonalidade menor, haverá
uma escala maior correspondente em que o solista pode utilizar para o improviso.

Módulo 04 – Escalas, Acordes e Ritmos II Página 35


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O ciclo da Quintas

O ciclo das quintas nada mais é do que uma sequência de notas distanciadas por intervalos de
quinta justa, que visa dentre outras coisas, facilitar a visualização e enumeração dos acidentes
nas escalas maiores e menores naturais.

Por exemplo, a sequência: C – G – D – A – E – B é formada por intervalos de quinta justa,


portanto, faz parte de um ciclo de quintas. Note como Si está uma quinta acima de Mi, que está
uma quinta acima de Lá, e assim por diante.

O Ciclo das Quintas partindo de C

PARA QUE SERVE O CICLO DAS QUINTAS?

Aprender o ciclo das quintas pode servir para analisar os acidentes das
escalas maiores. Observe:

• A escala de C maior não possui nenhum acidente (nenhuma nota


da escala apresenta sustenidos ou bemóis).

• A nota G está uma quinta acima de C, e a escala de G maior


apresenta um acidente, a nota F#.

• A nota D está uma quinta acima de G, e a escala de D maior


apresenta dois acidentes (as notas F# e C#).

A cada quinta, tem-se um acidente a mais na próxima escala. Isso é útil


principalmente para os tecladistas, pois cada escala maior para eles possui
um desenho diferente, e a quantidade de acidentes vai definir quantas
teclas pretas a escala terá.

Módulo 04 – Escalas, Acordes e Ritmos II Página 36


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EXERCÍCIO:

p
1) Complete as escalas, partindo de C e em seguida a escala da nota correspondente
ao seu quinto grau, e assim sucessivamente.

C ____ ____ ____ ____ ____ ____ / ____ ____ ____ ____ ____ ____ ____
____ ____ ____ ____ ____ ____ ____ / ____ ____ ____ ____ ____ ____ ____
____ ____ ____ ____ ____ ____ ____ / ____ ____ ____ ____ ____ ____ ____
____ ____ ____ ____ ____ ____ ____ / ____ ____ ____ ____ ____ ____ ____

2) Complete a tabela, informando a sua relativa menor, o número de acidentes e


reescreva os acidentes começando pelos que se repetem da linha anterior:

Escala Relativa Nº Acidentes


Menor Acidentes
C

F#

C#

Módulo 04 – Escalas, Acordes e Ritmos II Página 37


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Ritmo Básico

O ritmo Básico geralmente é um ritmo quaternário. O 1º tempo forte e os demais, fracos. Tem
vários tipos de dedilhados e batidas, porém só vamos focar em uma. O seu andamento é de
lento ou médio.

Módulo 04 – Escalas, Acordes e Ritmos II Página 38


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Outros louvores em ritmo Básico:

29 – Transborda-me Senhor
31 – Junto a Ti Suplico, Ó Pai
33 – Eu me prostro em Teu Altar
34 – Quando Buscamos
39 – Jesus, Tu És O Meu Deus
43 – Vou Clamar
45 – Nos Átrios Do Senhor Entramos
49 – Na Hora Em Que Eu Quiser
565 – Vem, Amado Meu
581 – Em Teu Nome
1108 – Deus Amou O Mundo De Tal Maneira
1118 – Somos Teu Povo, Tua Igreja
1124 – Jesus Em Tua Presença
1125 – Eis Que Estou A Porta
1130 – O Sentido De Viver
1131 – Só Jesus Te Pode Dar O Que Procuras
1132 – Entrega O Teu Caminho Ao Senhor
1136 – Quem Beber Da Água Que Eu Lhe Der
1137 – Vou Guiar-Te A Uma Rica Fonte
1145 – Meu Amado Filho
1150 – Por Onde Quer Que Eu Vá
1153 – Se Você Quiser Saber
1156 – A Paz Que Tu Procuras
1159 – Você Não Está Sozinho
1160 – Olhai Para O Alto
1162 – Ele Um Dia Me Chamou
1163 – Não Mais Vivo Eu
1164 – Tudo Se Fez Novo
1165 – Se Tu Estás Tão Longe Do Senhor
2235 – Quero Prosseguir
2249 – Esta Paz Que Sinto Em Minh ‘alma
2250 – Este Mundo Não Tem A Sua Paz
2255 – As Muitas Águas
2260 – Se Não Fosse O Amor
2262 – É Amor De Deus
2268 – Cristo Jesus É O Meu Bom Salvador
3373 – Vencer, vencer
4409 – Eu Só Quero Ser, Senhor
4410 – Quero Ser Fiel Ao Meu Senhor
4417 – Entrei No Tempo De Deus
4419 – Eu Quero Ser, Senhor Amado
4420 – Como Tu Queres
4423 – Jesus, Quero Amar-Te
4426 – Eu Vi O Senhor
7710 – Meditarei Nas Maravilhas Do Senhor

Módulo 04 – Escalas, Acordes e Ritmos II Página 39


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Ritmo Básico II

O ritmo Básico II geralmente é um ritmo ternário. O 1º tempo forte e os demais, fracos. Tem
vários tipos de dedilhados e batidas, porém só vamos focar em uma. O seu andamento é de
lento ou médio.

Módulo 04 – Escalas, Acordes e Ritmos II Página 40


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Outros louvores em ritmo Básico 2:

01 – O Sangue de Jesus tem poder


04 – Quando te prostrares
11 – Reveste, Senhor, teu povo
15 – Clamarei, clamarei
23 – Senhor, ouve a minha oração
32 – O Sangue de Jesus, vertido ali na cruz
35 – A meu Senhor
551 – Em fervente oração
555 – Suba a minha oração
563 – O anjo do Senhor está passeando
569 – Sente Em Tua Face O Roçar
570 – Nesta Noite Feliz
576 – Cada Instante
1114 – Rude Cruz
1129 – Jesus É Melhor, Sim Que Ouro E
Bens
1140 – Ouve A Voz De Jesus
1149 – Eu Desci Para O Vale De Benção E
Paz
1166 – Tu Que Sobre A Amarga Cruz
2208 – Vivi Tão Longe Do Senhor
2213 – A Minha Vida Tão Vazia
2236 – Estou A Caminhar
2276 – Ele É A Rosa De Sarom
3310 – Basta Que Me Toques, Senhor
3317 – Profundos Vales Eu Terei De Passar
3322 – O Que Habita No Abrigo De Deus
3326 – A Vida No Mundo É Cruel
3335 – Se Hoje Escutares
3346 – Deus Cuida De Ti
4400 – Das Profundezas
4413 – Abba Pai
4442 – Ó Pastor De Israel
4448 – És O Pão Da Vida
4449 – Como Cristo Ensinou
4454 – Fluirá Como Um Rio
4456 – Vem Sobre Mim Espírito De Deus
5561 – Além do céu azul
5568 – Ao Lado De Jesus Eu Quero Estar
7758 – Senhor, Tu Me Sondaste E Me
Conheces
7780 – A Ti Que Habitas Entre Os
Querubins
7783 – Todo O Meu Ser Te Ama
8803 – A Vida De Minh ‘alma
8804 – Seu Nome É Jesus
8813 – Vitória Deus Dará A Mim, Eu Sei
9940 – É Somente Teu Meu Coração

Módulo 04 – Escalas, Acordes e Ritmos II Página 41


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Ritmo Blues

Blues é um ritmo quaternário. O 1º tempo forte e os demais, fracos. Tem um andamento que
pode ser lento, médio ou rápido.

Outros louvores em ritmo Blues:


2252 – Há sempre alguém (Louvor)
2252 – Há sempre alguém (Ritmo)
Quando será

Módulo 04 – Escalas, Acordes e Ritmos II Página 42


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Módulo 04 – Escalas, Acordes e Ritmos II Página 43


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Ritmo Balada

O ritmo de Balada pode ser escrito em compasso quaternário ou em compasso composto (6/8
ou 12/8). Usando-se o compasso 6/8, o 1º tempo é forte, e o 4º tempo tem uma ligeira
acentuação. Normalmente tem um andamento lento ou moderado e é tocado na forma de batida
ou dedilhado.

Módulo 04 – Escalas, Acordes e Ritmos II Página 44


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Outros louvores em ritmo Balada:

19 – Teu Povo Clama


37 – Nesta Hora Esqueço O Mundo
38 – Pelo Sangue De Jesus Irei Clamar
46 – Ao Sentir O Teu Perdão
549 – certa Vez Eu Orando
562 – Lá No Cimo Do Monte
571 – Vem, Visita Tua Igreja
1103 – Morri Na Cruz Por Ti
1112 – Deus Enviou Seu Filho Pra Nos
Salvar
1113 – Cortaram O Madeiro
1127 – Onde Está O Cordeiro
1139 – Manso E Suave Jesus Está
Chamando
1146 – Se Esta Noite Deus Pedir Tua Alma
1147 – Já Achei Uma Flor Gloriosa
1151 – Se Em Teu Viver
1157 – Se Dispuseres O Teu Coração
1161 – Meu Coração Engrandece Ao Senhor
1168 – Como Um Bom Pastor
1177 – Quando Jesus Seu Sangue Verteu
1194 – Há Hoje Alguém Esperando
2200 – Buscou-Me Com Ternura
2206 – Maravilhoso e Sublime Pra Mim
2211 – Quando Andava No Mundo
Escravizado
2215 – O Povo Que Andava Em Trevas
2216 – Uma Luz Brilhou Em Meu Caminho
2224 – Ó Senhor, Deus De Israel
2234 –Pela Fé Eu Caminho
2243 – Às Vezes, Alguém Me Pergunta
2251 – Que Doce Voz Tem Meu Senhor
2265 – Um Certa Vez Jesus Cristo
2266 – Jesus Fez A Promessa
4460 – Espírito Santo, ó Consolador

Módulo 04 – Escalas, Acordes e Ritmos II Página 45


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Ritmo Valseado

O Valseado é um ritmo pode ser escrito em compasso ternário ou em compasso composto (9/8).
Usando-se o compasso 6/8, o 1º tempo é forte, e o 4º tempo tem uma ligeira acentuação.
Normalmente tem um andamento lento ou moderado e é tocado na forma de batida ou
dedilhado.

Módulo 04 – Escalas, Acordes e Ritmos II Página 46


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Outros louvores em ritmo Valseado:

573 – Deus Está Presente Entre Pecadores


1106 – Jesus Tomou O Meu Fardo
1117 – Certo Homem Tão Nobre
1121 – Por Amor
1123 – Meu Pecado Resgatado
1138 – Deus Hoje Quer Te Falar
1142 – Tanto Tempo Já Faz Que O Chamado
Divinal
1179 – Jesus Cristo, Rei Dos Reis
2204 – Quem Era Eu Antes De Conhecer
2218 – Este Mundo Jamais Pode Me Separar
2219 – As Riquezas Do Mundo
2221 – Achei Salvação
2233 – Peregrinando Por Sobre Os Montes
2246 – Que Segurança Tenho Em Jesus
2257 – Diante De Ti
2286 – Tu És Fiel, Senhor
2291 – Senhor, Te Amo, Te Amo
3308 – Se A Vida Parece Pesada
3348 – Há Alguém Que Cuida De Ti
3349 – O Mesmo Deus
3360 – Em Nada Ponho A Minha Fé
4414 – Dependo De Ti, Senhor
4416 – Há Uma Luz A Brilhar
4425 – Jesus, O Que Eu Mais Quero No Mundo
4434 – Quero Ser Um Vaso De Benção
4474 – Senhor, Meu Deus, O Que Direi De Ti
5510 – Igreja, Tu Vais Subir
5519 – O Que Há De Vir E Virá
5543 – Não Terei Mais Tristezas
5549 – Lá No Céu Os Anjos Cantam
5573 – Ó Vem Logo, Jesus
6611 – Pai De Amor Gosto Tanto De Ti
6625 – Aleluia! Muitas Vozes De Anjos
6647 – A Deus Demos Glória
6648 – Louvor E Glória
6649 – Ao Deus De Amor E De Imensa Bondade
6662 – Santo É Seu Nome
6667 – Muitos Anjos Louvam
7778 – Na Eternidade
9011 – Um Novo Céu, Uma Nova Terra Se Fará
9018 – Estou Aqui Pra Confessar
9906 – Meu Bom Pastor É Cristo

Módulo 04 – Escalas, Acordes e Ritmos II Página 47


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Ritmo Marcha

A Marcha é um ritmo quaternário. O 1º tempo é forte e os demais, fracos.

Módulo 04 – Escalas, Acordes e Ritmos II Página 48


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Outros louvores em ritmo Marcha:

42 – Senhor, Suplico A Ti Em Oração


2212 – Israel Saiu Do Egito
3307 – Quando A Tristeza Surgir
4461 – Ardendo Em Fogo Minh ‘alma está
4479 – É Tempo, É Tempo
5521 – Jesus Sim Vem, Do Céu Em Glória Ele Vem
5535 – Alerta Povo, Está Chegando A Nossa Hora
5557 – Jerusalém, Jerusalém
6641 – Deus Dos Exércitos De Israel
8809 – Eu Tenho Um Deus Mui, Mui, Mui Grande
8810 – Não Há Deus Tão Grande Como Tu
8818 – Que Calor É Este Em Volta Do Altar?
8820 – Deixa A Glória De Deus Brilhar
8822 – Estou Alegre
8827 – Vamos Buscar Poder
(Como Aconteceu Em Jerusalém)
8828 – Esta Alegria Não Vai Mais Sair
8829 – Nunca Mais, Nunca Mais
9922 – Eu Tudo Posso Naquele Que Me Fortalece
9924 – Cristo É Vitória
9966 – Hoje Eu Não Quero Pedir

Módulo 04 – Escalas, Acordes e Ritmos II Página 49


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Ritmo Marcha Marcial

A Marcha Marcial é um ritmo quaternário. O 1º tempo é forte e os demais, fracos.

Módulo 04 – Escalas, Acordes e Ritmos II Página 50


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Outros louvores em ritmo Marcha


Marcial:

1141 – Eis Mensagem Do Senhor


1174 – Leva Tu Contigo O Nome
2305 – Redentor Onipotente
3313 – O Estandarte Desta Igreja
3314 – Eis o Estandarte
3315 – Os Guerreiros Se Preparam
3355 – Castelo Forte
3393 – Canta Alegremente, Ó Filha De Sião
4428 – Eis Marchamos Para Aquele Bom País
4429 – Um Perdão Real Vos Entregou O Rei
4440 – A Obra Do Senhor É Perfeita
5533 – Breve No Céu Jesus Há De Aparecer
5566 – Oh! Pensai Nesse Lar Do Céu
6626 – A Cristo Coroai
7763 – Deus Dos Antigos
7801 – Cristo Já Ressuscitou
9970 – Nós Receberemos Lá No Céu
96c – Você Sabe Quem Foi João Batista?
97c – Nós Somos Uma Voz
101c – Nas Batalhas Sou Um Vencedor
121c – Somos Cidadãos Do Céu

Módulo 04 – Escalas, Acordes e Ritmos II Página 51


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Ritmo Repique

O Repique é um ritmo quaternário. O 1º tempo é forte e os demais, fracos.

Módulo 04 – Escalas, Acordes e Ritmos II Página 52


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Outros louvores em ritmo Repique:

1109 – Deus o seu Filho enviou


1154 – Se Em Tua Vida Falta Paz
2239 – Sou Feliz Com Jesus
2264 – Cristo é tudo para mim
3305 – Há momentos que as palavras não resolvem
3362 – Deleita-te também no Senhor
4421 – A lei do Senhor é perfeita
9961 – Haveremos de chegar
115c – Senhor Deus, Tu és varão de guerra

Módulo 04 – Escalas, Acordes e Ritmos II Página 53


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Arpejos ou Dedilhados

Arpejo é quando as notas de um determinado acorde são tocadas uma após a outra. Por
exemplo, as notas que formam o acorde de C (Dó maior) são: C, E, G. Quando tocamos essas
3 notas separadamente uma após a outra, formamos o arpejo de Dó, e quando tocamos essas
3 notas ao mesmo tempo, formamos o acorde de Dó.
Todo acorde, por mais complexo que seja, tem um arpejo, pois sempre podemos tocar
nota por nota. Essa técnica pode ser usada para embelezar alguma harmonia ou ainda servir
como trecho de um solo.

Exemplos de Arpejos:

Nº.1

Nº.2

Módulo 04 – Escalas, Acordes e Ritmos II Página 54


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Nº.3

Nº.4

Nº.5

Módulo 04 – Escalas, Acordes e Ritmos II Página 55


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MÓDULO 05 – Como montar acordes

Formação de Acordes I

Acordes são conjuntos harmônicos de notas tocadas simultaneamente. Podem ser constituídos
de três ou mais notas simultaneamente. Acordes de três notas são chamados tríades, enquanto
os acordes de quatro notas são chamados de tétrades, sendo estes dois tipos frequentemente
usados na música moderna ocidental. Em alguns gêneros musicais são adotados acordes de
mais de quatro notas, dando uma maior sofisticação à harmonia, porém tal fato depende da
intenção que se quer dar a música. Para o entendimento da teoria por detrás das formações dos
acordes, primeiro é necessário o conhecimento do conceito de intervalos.

O conceito de intervalos

Intervalo é uma classificação numérica para identificar a relação (ou


Distância) entre duas notas na escala musical de sete notas.

Os intervalos são estão numerados de forma crescente de acordo com a sua posição na escala
em que se deseja tomar como referência. Por exemplo, tomando-se como exemplo a escala
diatônica maior (maior natural) de Dó:

C D E F G A B
1ª 2ª 3ª 4ª 5ª 6ª 7ª

Isto significa afirmar que entre Do e Re há um intervalo de segunda, entre Do e Mi há um


intervalo de terça, e assim sucessivamente.

Após a nota Si, temos novamente a nota Dó, que estará mais agudo que o Do inicial, dizemos
que este Dó está a uma oitava acima.
A partir daí, teremos os intervalos compostos, ou seja, aqueles após a sétima:

C D E F G A B C D E F G A B
1ª 2ª 3ª 4ª 5ª 6ª 7ª 8ª 9ª 10ª 11ª 12ª 13ª 14ª

Isto significa afirmar que entre Dó e o Re que está uma oitava acima há um intervalo de nona,
entre Dó e o Fá que está uma oitava acima há um intervalo de décima primeira, e assim
sucessivamente. Os intervalos compostos mais importantes são os intervalos de 9ª, 11ª e
13ª. Eles aparecem geralmente como notas acrescentadas aos acordes.

Todavia, se analisarmos a escala cromática de C, ou seja, aquela com todos os acidentes


incluídos, veremos que há a necessidade de se nomear os intervalos que não são estes vistos
anteriormente.

Como então nomear o intervalo entre notas como, por exemplo, C e C#, C e F#?

Serão então atribuídos nomes a essas notas intermediárias entre os intervalos de forma que:

Módulo 05 – Como montar Acordes Página 56


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• A Segunda, Terça, Sexta e Sétima serão chamadas menores ou maiores.


• A Quarta será chamada justa ou aumentada.
• A Quinta será chamada diminuta, justa ou aumentada.

Veja o quadro a seguir:

Notas
Intervalo Tons Cifra Numérica
envolvidas
Db 2ª menor 0,5 tom 2- ou (b2)
C
D 2ª maior 1 tom 2
Eb 3ª menor 1,5 tom m ou 3- ou (b3)
C
E 3ª maior 2 tons 3
F 4ª justa 2,5 tons 4 ou 4J
C
F# 4ª aumenta 3 tons 4+ ou (#4) ou (4 aum)
Gb 5ª diminuta 3 tons 5- ou (b5) ou (5 dim)
C G 5ª justa 3,5 tons 5 ou 5J
G# 5ª aumentada 4 tons 5+ ou (#5) ou (5 aum)
Ab 6ª menor 4 tons 6- ou (b6)
C
A 6ª maior 4,5 tons 6
Bb 7ª menor 5 tons 7
C
B 7ª maior 5,5 tons 7M ou 7+
C C 8ª 6 tons 8

Os Acordes em Tríades Maior

Basicamente, os acordes são formados tomando-se intervalos de terças sucessivas. Nos acordes
em tríade maior (ou simplesmente acordes maiores), partindo de uma tonalidade, toma-se um
intervalo de terça maior e obtém-se uma segunda nota. Em seguida, toma-se um intervalo de
terça menor e obtém-se uma terceira nota, que será justamente a quinta da nota inicial.
Exemplo:
C E G

Terça Maior Terça Menor


Quinta Justa

Assim, de maneira simplificada, a definição geral para os acordes maiores é:

Acordes Maiores são acordes em que há um intervalo de terça maior e um


intervalo de quinta justa em relação à tônica, sendo então a sua fórmula dada
por: Tônica – 3ª Maior – 5ª Justa

Ou seja, ao tomarmos de uma escala maior a primeira, terceira e quita notas e tocarmos
simultaneamente estaremos executando um acorde em tríade maior.

Módulo 05 – Como montar Acordes Página 57


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Exemplos:

C Maior A Maior
1ª 3ª Maior 5ª Justa 1ª 3ª Maior 5ª Justa
C E G A C# E

G Maior E Maior
1ª 3ª Maior 5ª Justa 1ª 3ª Maior 5ª Justa
G B D E G# B

D Maior
1ª 3ª Maior 5ª Justa
D F# A

O sistema CAGED

O sistema CAGED é um conjunto de formas para execução dos acordes no braço da guitarra que
permite a execução de todos os acordes maiores. Basicamente, aprendendo as cinco formas de
Dó, Lá, Sol, Mi e Ré, será possível executar todos os demais bastando-se então transportá-las
através do braço do instrumento. São as seguintes formas:

Utilizando a forma de C:

Módulo 05 – Como montar Acordes Página 58


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Utilizando a forma de A:

Utilizando a forma de G:

Utilizando a forma de E:

Utilizando a forma de D:

Módulo 05 – Como montar Acordes Página 59


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Formação de Acordes II

Vimos anteriormente que acordes são conjuntos harmônicos de notas tocadas simultaneamente.
Podem ser tríades ou tétrades, sendo estes dois tipos frequentemente usados na música
moderna ocidental. Vimos também que para entender a formação de acordes é necessário o
entendimento do conceito de intervalos, utilizados para nomear as posições na escala dita
cromática:

Notas
Intervalo Tons Cifra Numérica
envolvidas
Db 2ª menor 0,5 tom 2- ou (b2)
C
D 2ª maior 1 tom 2
Eb 3ª menor 1,5 tom m ou 3- ou (b3)
C
E 3ª maior 2 tons 3
F 4ª justa 2,5 tons 4 ou 4J
C
F# 4ª aumenta 3 tons 4+ ou (#4) ou (4 aum)
Gb 5ª diminuta 3 tons 5- ou (b5) ou (5 dim)
C G 5ª justa 3,5 tons 5 ou 5J
G# 5ª aumentada 4 tons 5+ ou (#5) ou (5 aum)
Ab 6ª menor 4 tons 6- ou (b6)
C
A 6ª maior 4,5 tons 6
Bb 7ª menor 5 tons 7
C
B 7ª maior 5,5 tons 7M ou 7+
C C 8ª 6 tons 8

É recomendado não avançar daqui para a frente caso haja dúvidas com relação a estes
intervalos, devendo o aluno revisão as aulas anteriores para que o conteúdo seja sedimentado.

Os Acordes em Tríades Menor

Assim como os maiores, os acordes menores também são formados tomando-se intervalos de
terças sucessivas. Nos acordes maiores, partindo de uma tonalidade, toma-se um intervalo de
terça maior e obtém-se uma segunda nota. Em seguida, toma-se um intervalo de terça menor
e obtém-se uma terceira nota, que será justamente a quinta da nota inicial. Já nos acordes
menores, o primeiro intervalo será de terça menor, e em seguida um intervalo de terça maior,
a soma destes dois intervalos dará uma quinta justa com relação à tônica.

Exemplo:
C Eb G

Terça Menor Terça Maior


Quinta Justa

Módulo 05 – Como montar Acordes Página 60


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Assim, de maneira simplificada, a única diferença com relação ao acorde maior será na terceira,
que será menor. A quinta será novamente justa, ou seja:

Acordes Menores são acordes em que há um intervalo de terça menor e um


intervalo de quinta justa em relação à tônica, sendo então a sua fórmula dada
por: Tônica – 3ª Menor – 5ª Justa

Ou seja, ao tomarmos de uma escala menor a primeira, terceira e quita notas e tocarmos
simultaneamente estaremos executando um acorde em tríade maior.

Exemplos:

C Menor A Menor
1ª 3ª Maior 5ª Justa 1ª 3ª Maior 5ª Justa
C Eb G A C E

G Menor E Menor
1ª 3ª Maior 5ª Justa 1ª 3ª Maior 5ª Justa
G Bb D E G B

D Menor
1ª 3ª Maior 5ª Justa
D F A

As formas básicas

Assim como sistema CAGED para os acordes maiores, existem formas básicas para os acordes
menores, pelas quais será possível a execução de todos os acordes do mesmo tipo, bastando-
se arrastar essas formas pelo braço do instrumento. São elas:

Módulo 05 – Como montar Acordes Página 61


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Utilizando a forma de Am:

Utilizando a forma de Em:

Utilizando a forma de Dm:

Módulo 05 – Como montar Acordes Página 62


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Os Acordes em Tríades Diminuta

Se tomarmos a partir da tônica um intervalo de terça menor e vamos obter uma segunda nota,
até agora nada de diferente. Se em seguida, ao invés de uma terça maior, tomamos outra terça
menor teremos então uma quinta diminuta com relação à tônica. Teremos então um acorde
menor com a quinta:

C Eb Gb

Terça Menor Terça Menor


Quinta Diminuta

Assim, a única diferença com relação ao acorde menor será na quinta, que será diminuta, ou
seja:

Acordes Menores com Quinta Diminuta: são acordes em que há um intervalo


de terça menor e um intervalo de quinta diminuta em relação à tônica, sendo
então a sua fórmula dada por: Tônica – 3ª Menor – 5ª Diminuta

Exemplos:

Cm5- Am5-
1ª 3ª Maior 5ª Justa 1ª 3ª Maior 5ª Justa
C Eb Gb A C Eb

Gm5- Em5-
1ª 3ª Maior 5ª Justa 1ª 3ª Maior 5ª Justa
G Bb Db E G Bb

Dm5-
1ª 3ª Maior 5ª Justa
D F Ab

As formas básicas

A mudança nas formas básicas será simplesmente atrasar uma casa do dedo que bate na nota
referente à quinta, ou seja:

Módulo 05 – Como montar Acordes Página 63


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Utilizando a forma de Am5-:

Utilizando a forma de Em5-:

Utilizando a forma de Dm5-:

Módulo 05 – Como montar Acordes Página 64


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Formação de Acordes III

Vimos que os acordes são intervalos de terças sucessivas, onde os acordes de tríades são
formados tomando-se dois intervalos de terças (maiores ou menores), tendo um total de três
notas. Por sua vez, adicionando mais um intervalo de terça teremos mais uma nota, totalizando
quatro, temos então os acordes tétrades. Em outras palavras, é uma tríade acrescida de uma
nota que forma o intervalo de sétima com a fundamental do acorde. Assim cada um dos quatro
tipos de tríade pode receber dois tipos de sétima: maior ou menor.

Notas
Intervalo Tons Cifra Numérica
envolvidas
Db 2ª menor 0,5 tom 2- ou (b2)
C
D 2ª maior 1 tom 2
Eb 3ª menor 1,5 tom m ou 3- ou (b3)
C
E 3ª maior 2 tons 3
F 4ª justa 2,5 tons 4 ou 4J
C
F# 4ª aumenta 3 tons 4+ ou (#4) ou (4 aum)
Gb 5ª diminuta 3 tons 5- ou (b5) ou (5 dim)
C G 5ª justa 3,5 tons 5 ou 5J
G# 5ª aumentada 4 tons 5+ ou (#5) ou (5 aum)
Ab 6ª menor 4 tons 6- ou (b6)
C
A 6ª maior 4,5 tons 6
Bb 7ª menor 5 tons 7
C
B 7ª maior 5,5 tons 7M ou 7+
C C 8ª 6 tons 8

Os Acordes com Sétima Maior (7M)

Partindo da acorde última nota de um acorde em tríade, toma-se um intervalo de terça maior,
nos dando então uma sétima maior com relação à tônica:
Exemplo:
C E G B
Terça Maior Terça Maior
Terça Maior
Quinta Justa
Sétima Maior

Assim, de maneira simplificada:

Acordes com Sétima Maior são acordes em que há um intervalo de terça


após a quinta, nos dando a sétima maior, sendo então a sua fórmula dada por:
Tônica – 3ª Menor ou Maior – 5ª Justa – 7ª Maior

Exemplos:

C7M Cm7M
1ª 3ª Maior 5ª Justa 7ª Maior 1ª 3ª Menor 5ª Justa 7ª Maior
C E G B C Eb G B

Módulo 05 – Como montar Acordes Página 65


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Os Acordes com Sétima Menor (7)

Partindo da acorde última nota de um acorde em tríade, toma-se um intervalo de terça menor,
nos dando então uma sétima menor com relação à tônica:
Exemplo:
C E G Bb
Terça Maior Terça Maior
Terça Menor
Quinta Justa
Sétima Maior

Assim, de maneira simplificada:

Acordes com Sétima Menor são acordes em que há um intervalo de terça após a
quinta, nos dando a sétima menor, sendo então a sua fórmula dada por:
Tônica – 3ª Menor ou Maior – 5ª Justa – 7ª Menor

Exemplos:

C7 Cm7
1ª 3ª Maior 5ª Justa 7ªMenor 1ª 3ª Menor 5ª Justa 7ªMenor
C E G Bb C Eb G Bb
Tétrades

Teremos oito tipos de tétrades. A seguir as principais formas para tocar as tétrades por todo o
braço do violão ou da guitarra, com os modelos das formas em cordas soltas, seu deslocamento
e algumas opções de digitações simplificadas. Lembre-se de observar as bolinhas que indicam
as cordas que podem ser tocadas e de não tocar a corda marcada com o X.

Tétrades Maiores com Sétima Maior:

Módulo 05 – Como montar Acordes Página 66


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Tétrades Maiores com Sétima Menor:

Tétrades Menores com Sétima Menor:

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Tétrades Menores com Sétima Maior:

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Tétrades Maiores com Sétima Maior e Quinta Diminuta:

Tétrades Maiores com Sétima Maior e Quinta Aumentada:

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Tétrades Maiores com Sétima Menor e Quinta Diminuta:

Tétrades Maiores com Sétima Menor e Quinta Aumentada:

Módulo 05 – Como montar Acordes Página 70


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Formação de Acordes IV

Podemos acrescentar várias notas em um mesmo acorde, sempre representando na cifra a nota
acrescentada através do algarismo correspondente e, se preciso, um sinal que especifica o tipo
do intervalo. Não há limite. A seguir, alguns exemplos de acordes com notas acrescentadas.

Acordes Maiores com Nona:

Acordes Menores com Nona:

Módulo 05 – Como montar Acordes Página 71


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Acordes com Sexta:

Acordes com Tétrades Diminutas:

Acordes com Sétima e outros Acréscimos:

Módulo 05 – Como montar Acordes Página 72


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Acordes com Quarta, Sétima e outros Acréscimos:

Formação de Acordes V

Normalmente os acordes devem ter como nota mais grave (baixo) a sua nota fundamental,
aquela que dá nome ao acorde. Entretanto, em alguns casos a ordem das notas se inverte e
uma outra nota do acorde aparece como baixo. É o que chamamos “Inversão de baixo” ou
“Acorde Invertido”.

Para representar a inversão na cifra usamos a cifra normal do acorde seguida de uma barra
inclinada (/) e a letra que indica a nota do baixo. Ex.: G/B.

As inversões são divididas em três categorias.

1ª Inversão: Terça no baixo

Na 1ª inversão, é a terça do acorde que aparece como nota mais grave. Veja abaixo os exemplos
de formas para tocar os acordes na 1ª inversão no violão ou guitarra.

As formas podem ser deslocadas pelo braço do instrumento mudando o acorde de acordo com
a necessidade.

• Baixo na 5ª corda:

Módulo 05 – Como montar Acordes Página 73


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• Baixo na 6ª corda:

• Baixo na 4ª corda:

2ª Inversão: Quinta no baixo

Na 2ª inversão, é a quinta do acorde que aparece como nota mais grave.


Veja as principais formas para tocar os acordes na 2ª inversão no violão ou guitarra...

• Baixo na 5ª corda:

Módulo 05 – Como montar Acordes Página 74


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• Baixo na 6ª corda:

• Baixo na 4ª corda:

3ª Inversão: Sétima no baixo

Na 3ª inversão, é a sétima do acorde que aparece como nota mais grave.


Veja as principais formas para tocar os acordes na 3ª inversão no violão ou guitarra...

• Baixo na 5ª corda:

• Baixo na 6ª corda:

• Baixo na 4ª corda:

Módulo 05 – Como montar Acordes Página 75


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MÓDULO 06 – Harmonia

Campo Harmônico

Campo Harmônico é uma importante matéria da área que chamamos de Harmonia, onde
são abordados conhecimentos básicos para compreensão de como podemos combinar e
organizar os sons dando-lhes um sentido musical.
Harmonia é um conceito clássico que se relaciona às ideias de beleza, proporção e ordem e na
música diz respeito à relação entre sons ouvidos simultaneamente, em contraste com o termo
melodia, que se refere aos sons ouvidos sucessivamente. Portanto, ao se propor um estudo
sobre este tema, fazemos um convite para o contato com a teoria musical mais avançada, e
também com a prática criativa, pois aprender sobre harmonia é, sobretudo, adentrar o campo
da estética musical, melhorando sua percepção e desenvolvendo capacidades criativas e
sensoriais.

Definição
Campo Harmônico é um conjunto de acordes formados a partir das notas de uma
mesma escala musical.

Assim, numa escala com sete notas, teremos pelo menos sete acordes diferentes, pois
cada nota da escala será a fundamental de um acorde. Todos esses sete acordes podem
harmonizar muito bem as melodias feitas com esta mesma escala que os originou. Ao
estabelecermos um Campo Harmônico, estamos definindo também uma TONALIDADE. Por
isso, quando dizemos que uma canção está em certa Tonalidade ou Tom, é o mesmo que
identificar o Campo Harmônico sobre o qual a música está estruturada.
Não é preciso decorar o Campo Harmônico de cada tonalidade. O ideal é compreender como os
acordes se formam a partir de uma escala para aplicar esta lógica em qualquer Tom.
Neste contexto da harmonia tonal, o processo usado para a correta formação dos acordes é a
sobreposição de terças, que foi visto nas aulas sobre formação de acordes. Revise a aula
mencionada e as outras aulas teóricas que sentir necessidade para acompanhar melhor o
conteúdo deste capítulo.

Campo Harmônico da Escala Maior Natural

A seguir, veremos como o Campo Harmônico da Escala Maior Natural é formado.


Usaremos o exemplo na tonalidade de Dó maior:

Campo Harmônico de Dó maior – Tríades

DÓ RÉ MI FA SOL LA SI DO
1ª 2ª 3ª 4ª 5ª 6ª 7ª 8ª

T T ST T T T ST

Como sabemos, os acordes são formados por terças sobrepostas que configuram as
tríades: Fundamental, terça e quinta. O tipo de cada intervalo definirá o tipo do acorde – maior,
menor, diminuto, etc. Para formar os acordes sobrepondo as terças corretamente, podemos
pensar de forma bem simples: basta pegar uma nota sim e outra não na sequência natural da
escala.
Por exemplo, no acorde de Dó maior temos o Dó como nota fundamental, a nota Ré
(segunda maior) não entra no acorde, o Mi será a terça do acorde, o Fá (quarta Justa) não entra
e o Sol (terça menor de Mi) é a quinta justa do acorde. Veja de forma mais clara na tabela:

Módulo 06 – Harmonia Página 76


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O primeiro acorde do Campo Harmônico da escala de Dó Maior é um acorde maior cuja


nota fundamental coincide com a tônica, ou primeiro grau (I) da escala: C.

Acompanhe a seguir a continuação deste processo onde cada grau da escala gera um
acorde diferente. Desta forma, vamos descobrir todas as tríades do Campo Harmônico de Dó
Maior.

Então, o segundo grau da escala resultou num acorde menor (IIm).

Módulo 06 – Harmonia Página 77


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Então, o terceiro grau da escala resultou num acorde menor (IIIm).

Então, o quarto grau da escala resultou num acorde maior (IV).

Então, o quinto grau da escala resultou num acorde maior (V).

Módulo 06 – Harmonia Página 78


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Então, o sexto grau da escala resultou num acorde maior (VIm).

Então, o sétimo grau da escala resultou num acorde maior (VIIm5-).

Resumindo, o nosso campo harmônico de C (Dó maior) fica assim:

DÓ RÉ MI FA SOL LA SI DO
1ª 2ª 3ª 4ª 5ª 6ª 7ª 8ª
I IIm IIIm IV V VIm VIIm5- I

T T ST T T T ST

Na tabela acima temos, na segunda linha os acordes tríades do Campo Harmônico e, na


terceira linha os acordes representados de forma genérica como graus (algarismos romanos em
lugar das cifras).
Logo abaixo vemos a relação intervalar entre os graus (tom ou semitom). Essa informação é
importante para que possamos encontrar as notas da escala e os acordes do Campo Harmônico
em qualquer tonalidade. Quer dizer, em qualquer tonalidade, a regra ou modelo DO é a
mesma para encontrarmos o Campo Harmônico da Escala Maior Natural:

• No primeiro grau temos um acorde maior;


• Um tom inteiro à frente temos, no segundo grau, um acorde menor;
• Mais um tom à frente, o acorde do terceiro grau também será menor.
• Apenas meio tom à frente temos, no quarto grau, um acorde maior;
• Um tom à frente está o quinto grau com mais um acorde maior;
• O sexto grau, um tom à frente do quinto, será um acorde menor;
• O sétimo grau, um tom à frente do sexto e apenas meio tom antes da tônica, será um
acorde menor com quinta diminuta.

Pode parecer muita informação, mas, quando exercitamos esta teoria para tirar músicas de
ouvido, ou compor, ou fazer transposições, não demora pra memorizar a regra básica e a lógica
de raciocínio que ajuda a encontrar qualquer Campo Harmônico da Escala Maior.

Agora, para assimilar melhor esta matéria, vamos fazer alguns exercícios!

Módulo 06 – Harmonia Página 79


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Exercícios – Campo Harmônico maior – Tríades

Tendo como referência o modelo abaixo, preencha as tabelas identificando primeiro as


notas da escala na tonalidade indicada e, em seguida, os acordes com suas respectivas
notas.
Não se esqueça de escrever corretamente a cifra do acorde resultante na linha superior
da tabela e tocar toda a sequência de sete acordes no instrumento.
Atenção para o uso dos acidentes (♯ ou♭)! Eles são importantes, pois ajustam as notas da
escala à tonalidade desejada.

Exemplo: Tom de Sol maior


T T ST T T T ST

G Am Bm C D Em F#m5- G
Sol Lá Si Dó Ré Mi Fá# Fund
Si Dó Ré Mi Fá# Sol Lá 3ª
Ré Mi Fá# Sol Lá Si Dó 5ª
Exercício 01 - Tom de Ré maior:

T T ST T T T ST

Fund


Exercício 02 - Tom de La maior:

T T ST T T T ST

Fund


Exercício 03 - Tom de Mi maior:

T T ST T T T ST

Fund

Módulo 06 – Harmonia Página 80


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Exercício 04 - Tom de Si maior:

T T ST T T T ST

Fund


Exercício 05 - Tom de Fá maior:

T T ST T T T ST

Fund


Exercício 06 - Tom de Si bemol maior:

T T ST T T T ST

Fund

Módulo 06 – Harmonia Página 81


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Campo Harmônico de Dó maior – Tétrades

Uma vez que tenhamos compreendido bem como formar o Campo Harmônico da Escala
Maior Natural com tríades, é muito simples se chegar aos acordes tétrades que correspondem à
mesma tonalidade. Basta sobrepor mais uma terça ao acorde, que passa a ser formado por
Fundamental, Terça, Quinta e Sétima. Veja o quadro abaixo.

T T ST T T T ST

C7M Dm7 Em7 F7M G7 Am7 Bm7(5-) C


Dó Ré Mi Fa Sol La Si Fund
Mi Fa Sol La Si Dó Ré 3ª
Sol La Si Dó Ré Mi Fa 5ª
Si Dó Ré Mi Fa Sol La 7ª
Como vemos, no Campo Harmônico da Escala Maior Natural, em qualquer tonalidade, os
acordes menores tem a sétima menor e, nos acordes maiores teremos a sétima maior.
A exceção ficará por conta do acorde do quinto grau que será um acorde maior com a sétima
menor.
Devido a esta diferença na estrutura do acorde do quinto grau ele terá uma função
especial dentro do Campo Harmônico, como veremos mais adiante.

Módulo 06 – Harmonia Página 82


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Exercícios – Campo Harmônico maior – Tétrades

Este próximo exercício, é semelhante ao anterior, porém acrescentando a sétima de cada acorde
e anotando na cifra esta sétima.
Lembre-se que a sétima menor é representada na cifra apenas pelo algarismo sete: 7. Já a
sétima maior é representada pelo algarismo sete acompanhado da letra m maiúsculo: 7M.

Exemplo: Tom de Sol maior


T T ST T T T ST

G7M Am7 Bm7 C7M D7 Em7 F#m7(5-) G


Sol Lá Si Dó Ré Mi Fa# Fund
Si Dó Ré Mi Fa# Sol Lá 3ª
Ré Mi Fa# Sol Lá Si Dó 5ª
Fa# Sol Lá Si Dó Ré Mi 7ª
Exercício 01 - Tom de Fa maior:

T T ST T T T ST

Fund



Exercício 02 - Tom de Si bemol maior:

T T ST T T T ST

Fund



Exercício 03 - Tom de Mi bemol maior:

T T ST T T T ST

Fund


Módulo 06 – Harmonia Página 83


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Exercício 04 - Tom de La bemol maior:

T T ST T T T ST

Fund



Exercício 05 - Tom de Ré bemol maior:

T T ST T T T ST

Fund



Exercício 06 - Tom de Sol bemol maior:

T T ST T T T ST

Fund


Módulo 06 – Harmonia Página 84


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Funções Harmônicas

Vimos anteriormente o conceito de Campo Harmônico como uma importante matéria da


área que chamamos de Harmonia. Mas, como o Campo Harmônico pode ajudar a tirar músicas
de ouvido, a inventar minhas próprias músicas e/ou fazer solos mais coerentes?
Para que se relacione bem esta teoria com a prática musical é preciso levar estes
conhecimentos para o ouvido, ou seja, usar a teoria como uma ferramenta que potencializa a
percepção e a compreensão dos sons, compreendendo as possibilidades, as previsibilidades e
expectativas próprias da música tonal. Nesse sentido, é muito importante entender outro
conceito que chamamos de Funções Harmônicas.

As Funções Harmônicas

Cada acorde proporciona uma sensação auditiva diferente. Os acordes maiores têm um
efeito bem diferente dos menores ou diminutos. Cada tipo específico de acorde terá uma
sonoridade característica que produz efeitos específicos em uma música.
A teoria das Funções Harmônicas nos ajuda a entender o papel que cada acorde
desempenha dentro de uma tonalidade. Quando conseguimos reconhecer estas funções
auditivamente, passamos a reconhecer mais facilmente os acordes específicos que estão sendo
usados para gerar este efeito.

Existem apenas três Funções Harmônicas. São elas:

• Tônica – Esta função é associada à ideia de repouso e estabilidade. Quando ouvimos o


acorde de função Tônica, temos a sensação de que a música chegou a um ponto de
descanso, como se este acorde pudesse ser o acorde final que conclui a música com
clareza. Porém, a Tônica pode aparecer em vários momentos durante uma canção ou
peça instrumental. A tônica corresponde ao primeiro grau do Campo Harmônico e,
muitas vezes é o acorde que conclui a música, embora isto não seja uma obrigatoriedade.

• Dominante – Esta função é associada às ideias de atração, tencionamento e


aproximação. O acorde de função Dominante cria uma expectativa no ouvinte, uma
sensação de que algo acontecerá na música nos próximos compassos para atender a esta
expectativa. A dominante é, normalmente, um acorde maior com sétima menor que tem
o poder de atrair outro acorde. No campo Harmônico, o acorde de quinto grau que
desempenha este papel. Também é comum dizer que a dominante faz uma preparação
para um acorde que vem em seguida.

• Subdominante – Esta função é associada à ideia de afastamento. É como se o acorde


subdominante ampliasse o espaço onde a música acontece, estabelecendo uma sensação
de que, a partir dali, a música pode ir a qualquer direção.

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No gráfico acima a função de DOMINANTE fica numa posição de destaque no vértice mais
alto do triângulo. Isso representa a sua instabilidade tendendo sempre ao movimento de
resolução na tônica. A SUBDOMINANTE fica na base do triângulo, porém, mais distanciada da
função de tônica, ampliando o espaço que a harmonia pode percorrer. A TÔNICA está
representada também na base do triângulo, porém, no vértice mais próximo da DOMINANTE
que está suspensa logo acima, sugerindo o movimento de retorno à função de tônica.
As Funções Harmônicas permitem ao discurso da musica tonal configurar uma relação
temporal de perspectiva, onde o ouvinte é levado a perceber o movimento musical com direção
e profundidade.

MÚSICA MODAL X MÚSICA TONAL

Na música modal ou pré-tonal, praticada na antiguidade e na idade


média, não havia esta sistematização da harmonia e suas funções. Podemos
comparar este tipo de música com a pintura pré-renascentista, em que as
figuras tinham aspecto bidimensional ou uma perspectiva distorcida em que a
relação de profundidade era confusa e imprecisa e os objetos variavam de
tamanho de acordo com a importância que o artista queria lhes dar.
Já a música tonal, com seus acordes estruturados e suas Funções
Harmônicas, se assemelha à pintura produzida a partir do renascimento (Séc.
XIV a séc. XVI) em que a perspectiva passa a ser feita com uma técnica precisa
de representação da profundidade, resultando em imagens tridimensionais
semelhantes à forma como vemos o espaço real.

GRAUS DA ESCALA E SUAS FUNÇÕES HARMÔNICAS

No Campo Harmônico há três acordes principais que exercem cada um uma função
harmônica específica, conforme representado na tabela abaixo, onde usamos o tom de Dó maior
como exemplo.

Principais graus para cada função harmônica


C Dm Em F G Am Bm5- C
I IIm IIIm IV V VIm VIIm5- I

Tônica – O acorde do primeiro grau, ou acorde de tônica, exerce, é claro, a função de


TÔNICA.
Dominante - O acorde do quinto grau é responsável pela função de DOMINANTE. Nesse
acorde é muito comum a presença da sétima, mesmo em músicas onde os outros acordes
aparecem em sua forma tríade. A sétima menor neste acorde cria uma tensão muito
característica, pois se choca com a terça maior do acorde formando um intervalo de
quinta diminuta, conhecido como Trítono. Este intervalo dissonante intensifica a
instabilidade do acorde e fortalece sua função DOMINANTE.
Subdominante - O acorde do quarto grau exerce a função de subdominante
Há um segundo acorde relacionado a cada uma das três Funções Harmônicas dentro
deste Campo Harmônico. Observe a tabela a seguir onde as cores representam a
correspondência entre as Funções e os acordes que as desempenham.

Os outros graus e suas Funções Harmônicas


C Dm Em F G Am Bm5- C
I IIm IIIm IV V VIm VIIm5- I

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Tônica – Além do acorde do primeiro grau, o acorde do sexto grau também pode
funcionar como tônica: Am ou Am7. É a chamada Tônica Relativa. Embora não tenha o
mesmo efeito que o primeiro grau, ela também, possui a capacidade de sugerir repouso
ou relaxamento.
Porém, por ser um acorde menor, resulta num tipo mais inesperado de repouso dentro
do Campo Harmônico maior.
Se analisarmos as notas que formam o Am, veremos que, das três notas envolvidas nesta
tríade, duas são comuns ao acorde do primeiro grau, C. Observe:

Por isso mesmo eles têm algo semelhante em sua sonoridade e acabam
desempenhando a mesma Função Harmônica.

Dominante - Além do acorde de quinto grau, o outro acorde capaz de exercer a função
de DOMINANTE é o acorde do Sétimo grau, que em Dó maior será o Bm5-, ou Bm7(5-),
também chamado de meio diminuto.

Novamente a presença de várias notas em comum faz com que os dois acordes,
V7 e tenham além da estrutura semelhante, a mesma Função Harmônica:
DOMINANTE

Subdominante - Além do acorde do quarto grau, o outro acorde que exerce a função
SUBDOMINANTE é o acorde do segundo grau, que em Dó maior será o Dm ou Dm7.

Observamos que as tríades do quarto e do segundo grau também possuem duas


notas em comum, e compartilham também da mesma função harmônica:
SUBDOMINANTE

ALGUNS DETALHES IMPORTANTES

Entre os sete acordes do Campo Harmônico da Escala Maior Natural, apenas o


acorde do terceiro grau tem sua função harmônica menos definida. Ele pode
funcionar como Tônica ou como Subdominante, dependendo do contexto, ou
seja, da sequência em que está inserido, da melodia que harmoniza e do que
vem antes e depois dele.
Vale lembrar que Função Harmônica é um conceito ligado
à Psicoacústica, quer dizer, trata de sensações e efeitos
psicológicos que certas combinações de sons nos propiciam. Por
isso, procure estudar esta matéria com o ouvido e não apenas
na teoria. Tente ouvir nas músicas como se manifesta esta
funcionalidade dos acordes e veja se, pra você, esta teoria
realmente faz sentido.
É preciso aprender a ouvir com a inteligência e escutar além da camada
mais superficial da música, percebendo e tomando consciência das relações
estruturais e as sensações que a música evoca.
.

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CADÊNCIA

Cadência é um movimento harmônico direcionado onde acontece uma preparação


(expectativa criada) e uma resolução (atendimento da expectativa). A Cadência faz uma espécie
de pontuação nas frases musicais, dando um efeito de conclusão, que pode ser mais ou menos
enfatizada de acordo com o tipo de cadência usada.
A cadência mais simples e fácil de reconhecer é a chamada Cadência Perfeita. Ela é
caracterizada pela sequência harmônica onde temos um acorde dominante seguido do acorde
de Tônica (primeiro grau). Por exemplo:

Cadência perfeita:
| G7 | C || (V7 → I)

A Cadência Perfeita resulta numa pontuação clara do texto musical com forte efeito de
conclusão. Ela aparece normalmente no final da música ou final de uma parte da música.
É muito comum também que numa cadência, se utilize as três funções harmônicas em
sequência: subdominante → dominante → tônica.

Exemplos:
| F | G7 | C || (IV → V7 → I)
ou
| Dm | G7 | C || (IIm → V7 → I)

LINGUAGEM DOS GRAUS NUMÉRICOS

Muitos músicos, ao falar sobre uma cadência


preferem usar a linguagem dos graus numéricos
dizendo “quatro, cinco, um” ou “dois, cinco, um”, ao
invés de dizer os nomes dos acordes.
Desse modo a indicação se aplica em qualquer
tonalidade e fica mais claro o padrão usado como
sequência harmônica.

O Campo Harmônico da Escala Maior Natural é apenas uma das muitas possibilidades de
estrutura base para criação e compreensão da harmonia. Da mesma forma que a Escala Maior
gera um campo harmônico, todos os tipos de escalas, das mais comuns às mais exóticas,
também possuem a qualidade de originar um campo harmônico específico. Assim, são muitos
campos possíveis e, além disso, é bastante comum que em uma mesma música, o compositor
use acordes de diferentes campos harmônicos. Quer dizer, uma música pode mudar de
tonalidade várias vezes ou simplesmente pegar acordes emprestados de vários campos
harmônicos sem necessariamente mudar de tom.
Também existem outras formas de pensar a harmonia que não envolvem a definição de
uma tonalidade e o consequente uso de um campo harmônico. Portanto, não espere poder
explicar todas as músicas através desta teoria, mas, saiba que este é o começo para a exploração
de um terreno muito interessante da teoria e da prática musical, e que é partindo deste contexto
mais simples que se pode chegar a compreender formas mais complexas de estruturação da
harmonia música como um todo.

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Exercícios – Analisando a Harmonia

Toque em seu instrumento as sequências harmônicas abaixo analisando a harmonia e


identificando o Tom de cada sequência e os graus do Campo Harmônico (I, IIm, IIIm, IV...).
Destaque ainda as cadências, sinalizando o movimento dominante → tônica com o uso
de uma seta e nos casos em que houver a subdominante incluída na preparação da cadência,
use um colchete para ligá-la ao quinto grau dominante.
Veja o modelo abaixo e aproveite para tocar esta sequência. Lembre-se, estamos
treinando também a escuta.

a) Sequencia 1 – (Exemplo):

b) Sequencia 2:

c) Sequencia 3:

d) Sequencia 4:

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Continuação...

e) Sequencia 5:

f) Sequencia 6:

Intensidade e Dinâmica

No início de nosso curso, vimos algumas características do som, que nos davam
basicamente quatro qualidades ao mesmo: Altura, Duração, Intensidade, e Timbre.
Abordamos até aqui estudos aonde vimos que alturas de som definem notas. Essas
notas são mapeadas e dispostas em conjunto com outras que possuem certa relação entre si,
formando as escalas. A partir dos intervalos dentro das escalas formamos acordes, que se
tocados de forma sucessiva formam uma Harmonia. Esta harmonia pode ser acompanhada
por uma melodia executada pelo solar de um instrumento ou pelo canto.
Para que seja feita uma música, todo este conjunto deve conter também aspectos
relacionados ao tempo, no qual cada conjunto de acordes e linha melódica deve estar incluído
em “pacotes de tempo” com mesma duração, chamados de compasso, para que assim se tenha
uma sincronia entre tudo o que é tocado.
Como se pode ver, nesses aspectos a música se torna completa através do que chamamos
de Melodia, Harmonia e Ritmo. Agora observe que dentre estes três elementos da música
usou-se somente as qualidades de altura, duração e timbre.

E quanto à intensidade sonora, como podemos usá-la em uma execução musical?

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O Conceito de Dinâmica

A palavra dinâmica é usada em várias áreas de interesse, em geral conotando um


sentido de movimento ao que se deseja definir. Para a ciência, Dinâmica é antônimo de “estático”
ou “parado”. Algo dinâmico não pode ser considerado morto ou inanimado, assim usar este
termo implica em conferir a ideia de que algo possui vida ou energia.
Na música não é diferente, quando necessitamos conferir “vida” a uma harmonia, dando
uma característica de que aquela execução musical possui energia, utilizamos os recursos que a
dinâmica musical pode nos oferecer.
Música sem dinâmica é estática, e assim como um corpo estático para a ciência, ela
também não possui vida ou força alguma que lhe confira esse “movimento”.
Em termos mais abstratos, utilizamos a dinâmica musical para passar uma ideia de
sentimento ou expressão, assim como fazemos quando falamos:

Pense em uma mãe ninando uma criança, em geral o que vemos é


o falar suave, cânticos como verdadeiros sussurros aos ouvidos
daquele que necessita paz e conforto.
De maneira contrária, quando há a necessidade de chamar a
atenção por uma travessura, o inevitável grito de mãe expõe a
relação entre a intensidade sonora e a sua necessidade de
expressar o seu estado de espírito de contrariedade ou até mesmo
fúria naquele momento.
Imagine se seria possível fazer uma criança dormir aos gritos, como
também chamar a sua atenção com sussurros!

Assim como no exemplo anterior, a intensidade sonora deve


ser utilizada na música como um recurso para expressar um sentimento e causar uma reação
desejada no ouvinte, ou seja, isto é a dinâmica musical. Seria inaceitável em um louvor reflexivo,
a música ser executada de forma intensa, ou em um louvor alegre ser executado de maneira
“sussurrada”.

A Dinâmica na Execução Musical

Quando se tem uma partitura, em geral há os símbolos que


norteiam a dinâmica a ser executada. Podendo-se mudar, por
exemplo, de PIANO para FORTÍSSIMO em uma mesma frase. Esta
variação vai atender ao que o compositor ou arranjador pensou
para aquele momento, ou ao próprio momento em si, aonde vai se
expressar um sentimento que se deseja conferir àquela musica.
É justamente a mudança entre momentos fortes e fracos que
vai conferir vida à música, retirando dela a monotonia que seria
ouvir a mesma canção em uma mesma intensidade do início ao fim.

Como também se pode imaginar, não seria possível a


música respeitar uma dinâmica sem que cada músico responsável
pela sua execução não se comprometa com ela. É primordial que
cada um esteja atento à essas variações durante a execução, caso
contrário nunca seria perceptível já que enquanto uns estariam tocando muito baixo, outro
estariam tocando muito alto, mantendo-se sempre uma média de intensidade que perduraria do
início ao fim da canção.
No caso em que há a presença de um regente ou maestro, deve-se sempre estar
atento e respeitar os sinais por ele estipulados, mesmo que a partitura fale o contrário,

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pois o regente irá avaliar o momento na execução musical e não necessariamente respeitará a
dinâmica da partitura por julgar que aquele momento pede uma execução diferente.
Quando não há nada que controle esta dinâmica, como um a partitura ou uma regência,
os músicos deverão estar em comunhão entre si para todos executem na mesma intensidade,
sendo na maioria das vezes necessária uma liderança entre os músicos, que pode ser feita pelo
mais experiente, o qual dará a sua interpretação através de seu instrumento, sendo este
acompanhado pelos outros instrumentistas.

Dinâmica x Ritmo

É comum a confusão entre dinâmica e ritmo em iniciantes, mesmo que saibam a diferença
entre dois aspectos. O que se observa em músicos com esse vício é uma tendência a retardar o
andamento de uma música nos momentos suaves, e de acelerar nos momentos fortes.
Assim é necessário ter a consciência de que uma música pode ser suave sem ser lenta,
desde que você toque de forma rápida, porém a baixo volume (intensidade sonora). De mesma
forma, é possível sim tocar bem forte, porém de forma lenta.
Dinâmica está relacionado à intensidade do som e não à velocidade, e entender
isso é muito importante para que o louvor não tenha o efeito “arrastado” como se observa
acontecer em alguns casos.

Escalas Alternativas

Escala Musical é uma sequência de notas organizadas de acordo com suas frequências. É
como um menu de notas dispostas em ordem crescente, da mais grave a mais aguda. As escalas
tem a função de organizar os sons musicais, assim fica mais fácil de tocar essas notas e usar da
forma que quisermos.
No Violão ou na guitarra, é possível tocar qualquer escala utilizando uma forma padrão
de digitação de mão esquerda, uma espécie de mapa que nos mostra apenas as notas
pertencentes a uma determinada escala, facilitando sua visualização e a aplicação dessas notas
para criar solos e arranjos. A prática destas digitações é essencial para o desenvolvimento da
técnica instrumental, da agilidade e coordenação entre os movimentos das duas mãos e,
consequentemente, da habilidade de solar. Nesta apostila temos cinco digitações diferentes para
cada escala.
Existem vários tipos de escalas e cada uma possui uma sonoridade específica que
caracteriza uma espécie de identidade sonora. Em outras palavras, cada tipo de escala propicia
certa atmosfera musical distinta. Por isso, é importante conhecer vários tipos de escalas para se
ter um repertório variado de possibilidades sonoras e poder realizar solos e arranjos em
diferentes estilos musicais, expressando sentimentos e intenções variadas.

IMPORTANTE:

Para criar solos com a escala, o primeiro passo é saber o Tom em que a música está. A
escala deve ser usada na mesma tonalidade da música ou do trecho musical em questão. Para
isso, é preciso posicionar a digitação da escala colocando a nota tônica (em destaque no
diagrama) na casa que corresponde à nota do Tom da música.
Por exemplo, se a música está no Tom de Ré menor, então vamos usar uma escala
menor com a nota tônica posicionada na quinta casa da corda Lá, ou na décima casa da corda
Mi, ou ainda na décima segunda casa da corda Ré, pois nessas posições temos a nota Ré, que é
o Tom da música.
Desse modo, a digitação da escala deve mudar de posição de acordo com o Tom da
música.

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Escala Pentatônica Menor

A Escala Pentatônica é um tipo primitivo de escala. Sua origem histórica é difícil de


determinar, mas, há registros de sua utilização nas práticas musicais de muitas culturas antigas
como a grega, a africana e a chinesa. Ela é caracterizada por ter apenas cinco notas em sua
estrutura, o que lhe faz muito versátil para improvisações melódicas, uma vez que não possui
intervalos de semitom, responsáveis por gerar as dissonâncias (tensões) nas escalas diatônicas
(escalas de sete notas).
Há vários tipos de Escalas Pentatônicas. Um dos tipos mais utilizados atualmente na
música popular é a escala Pentatônica Menor que possui a seguinte estrutura: tônica, terça
menor, quarta justa, quinta justa e sétima menor. Em outras palavras, ela não possui as notas
que formariam os intervalos de segunda e de sexta com a tônica da escala.
Abaixo, temos duas tabelas. A primeira com a estrutura da Escala Pentatônica Menor e a
segunda mostra a Escala Maior Natural (diatônica), indicando o que muda em comparação com
a Escala Pentatônica Maior.

Escala Pentatônica Menor


Dó Mib Fa Sol Sib Dó
Tônica 3m 4J 5J 7m 8

Esbcala Maior Natural


Dó Re Mib Fa Sol La Sib Dó
Tônica 2 3 4J 5J 6 7 8
Para tocar solos de violão ou guitarra usando esta escala é necessário assimilar as
digitações que possibilitam encontrar as notas da escala em toda a extensão do braço do
instrumento. O sistema mais difundido de formas para tocar a escala no violão ou guitarra é
composto por cinco digitações diferentes e complementares. A este sistema dá-se o nome de
Sistema 5. Ele é derivado do sistema de formas de acordes conhecido como Sistema CAGED.

Na próxima página temos os diagramas com a representação das cinco digitações da


Escala Pentatônica Menor. Pratique separadamente cada digitação, uma por uma, com calma e
concentração. Quando tiver assimilado bem uma delas, passe para a próxima. Depois procure
exercitar as duas de modo a adquirir desenvoltura para transitar entre elas com naturalidade.
Assim, você pode ir acrescentando uma nova digitação de cada vez até dominar as cinco.

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Escala de Blues (PENTA-BLUES)

A escala de Blues é derivada da Pentatônica Menor. A única diferença em sua estrutura


é o acréscimo de mais uma nota que corresponde ao intervalo de quinta diminuta em relação à
nota fundamental ou Tônica da escala. Esta nota especial é chamada de Blue Note, pois sua
sonoridade é característica do blues.

Compare com a ajuda das tabelas abaixo a estrutura de cada escala:

Escala Pentatônica Menor


Dó Mib Fa Sol Sib Dó
Tônica 3m 4J 5J 7m 8

Escala de Blues
Dó Mib Fa Solb Sol Sib Dó
Tônica 3m 4J 5dim 5J 7m 8

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Aprendendo a tocar em grupo

Iremos abordar agora um tema aparentemente simples, mas muito comum de acontecer
em grupos de louvor.
Em todos os casos em que se tocam louvores nas igrejas, em geral se tratam de
execuções ao vivo, e quase sempre aparecem problemas sérios: instrumentos estão mal
timbrados, cada um tocando por si mesmo sem pensar no conjunto, erro de conceito nos
equipamentos, som de muito intenso, ignorância e negligência total à dinâmica, etc.
Assim todo um trabalho acaba sendo prejudicado e não há inspiração que resista a um
tamanho despreparo e desatenção.
Muitos podem acabar usando de frases prontas para justificar este despreparo, como por
exemplo: “É para a glória de Deus”. Porém leia o que diz a palavra:

“Cantai-lhe um cântico novo, tocai bem e com Júbilo”. (Sl 33:3)

Façamos então o excelente ao Senhor, porque Ele merece toda a excelência! Deixemos de lado
o comodismo e façamos o melhor para Deus, que se agrada das coisas bem feitas, pois Ele é
um Deus de ordem!

“Maldito aquele que fizer a obra do Senhor negligentemente” (Jr. 48:10)

Cuidados no Preparo

O primeiro cuidado que temos que ter é nos ensaios. Assim como é inaceitável e
imprudente que se suba num púlpito sem preparo, é também inaceitável participar de uma
ministração de louvor sem saber o que vai ser tocado.
O ensaio é o momento de o músico conferir ou aprender a harmonia da música, aprender
as rítmicas, verificar timbres, etc...
É corrente ver violonistas tocando acordes diferentes do tecladista. Isso não pode
acontecer! O ideal é seguir as partituras e coletâneas oficiais da igreja, para assim todos
seguirem a mesma leitura. Deve-se sempre fazer uma escrita daquilo que o grupo pretende
diferenciar, para que assim não se dependa da memória de cada um em caso de um arranjo
característico de seu grupo ou de sua igreja.

Timbres
Evite o uso, por exemplo, um som de piano para o tecladista junto com um violão de
nylon e mais uma guitarra arpejando os acordes, sob o risco de ninguém compreender
absolutamente nada do som do grupo, caracterizando uma confusão de arpejos onde o resultado
final é nulo.
Causaria melhor efeito o uso, por exemplo, de sons de “cordas” ou um “pad” no teclado,
com o violão arpejando e a guitarra fazendo staccato. Com essas pequenas escolhas se vê um
resultado bem mais harmonioso, através de soluções simples, mas que tornam o som conjunto
bem mais agradável.
Às vezes uma solução pode estar também ligada à região sonora. Muitos instrumentos
tocando na mesma região causa enorme desconforto. Deve ser dada a devida atenção durante
a execução para que enquanto um instrumento está na região aguda, outro fique na região
média, enquanto o contrabaixo fica nas regiões graves, salvo raras exceções em que estes
papeis podem se inverter de maneira planejada e sincronizada.

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O Baixo e Bumbo
O baixo e o bumbo da bateria também são muitas vezes os responsáveis pelo som sair
“embolado” no PA (nas caixas de frente), quando ligados à mesa, ou por aquele efeito
desencontrado na base musical.
Em primeiro lugar mais uma vez estão os timbres, como ambos produzem frequências
parecidas, eles precisam ser timbrados com a maior clareza possível e o som de ambos precisa
ser limpo, definido e seco.
Em detrimento das “pedaleiras” de Contrabaixo, é mais sensato investir em um bom
instrumento e um bom amplificador.
Os excessos de graves no bumbo devem ser evitados, através de equalização e/ou
ajustes na bateria.
Acertado o som, é preciso aprender que em princípio o baixo e o bumbo precisam
trabalhar em cima da mesma linha rítmica, ou conforme o jargão, eles precisam estar “colados”.
Para isso, ambos precisam praticar com metrônomo e estudar um pouco de rítmica (em casa,
não no ensaio!).
A partir daí, as coisas começaram a funcionar melhor.

A Importância do Estudo
Não é necessário dizer sobre importância do estudo musical, isto precisa estar
consolidado na cabeça de cada músico, todos precisam estudar o máximo que puder para melhor
servir a Deus. Porém, depois do estudo individual vem a prática de tocar em grupo, que requer
alguns cuidados.

A Coesão do Grupo
A banda (grupo) precisa ser pensada como se fosse um só instrumento, ou seja, não são
quatro ou cinco instrumentos, mas um único grupo. A doutrina de corpo é um excelente exemplo
para isto, devemos tocar como corpo, não como indivíduos.

Exemplo:
Pense numa orquestra sinfônica onde temos, por
exemplo, em torno de 70 músicos. Se cada um
resolver tocar como um solista, você pode imaginar
a confusão que vai dar?
Mas, como então se consegue que uma
orquestra soe bem? "A orquestra precisa soar como
se fosse um só instrumento na mão de um único
músico que é o maestro".

O maestro é quem faz com que cada músico toque somente a sua parte, de maneira a
combinar com a parte do outro e assim por diante. É ele quem diz o volume que cada um deve
tocar para que a resultado seja equilibrado. Tem muitos momentos em que não tocar é a
melhor solução.
Ouvir é tão importante quanto tocar. Por isso, uma banda deveria agir da mesma forma,
“prestando atenção no que o outro está tocando vai sempre me indicar o que tocar”, e pensando
assim que vamos conseguir fazer o grupo soar bem.

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Respostas

Exercícios – Campo Harmônico


Exercício - Campo Harmônico Maior – Tríades:

1) Campo Harmônico de Ré Maior Natural:


D – Em – F#m – G – A – Bm – C#m5-

2) Campo Harmônico de Lá Maior Natural:


A – Bm – C#m – D – E – F#m – G#m5-

3) Campo Harmônico de Mi Maior Natural:


E – F#m – G#m – A – B – C#m – D#m5-

4) Campo Harmônico de Si Maior Natural:


B – C#m – D#m – E – F# – G#m – A#m5-

5) Campo Harmônico de Fá Maior Natural:


F – Gm – Am – Bb – C – Dm – Em5-

6) Campo Harmônico de Si bemol Maior Natural:


Bb – Cm – Dm – Eb – F – Gm – Am5-

Exercício - Campo Harmônico Maior – Tétrades:

1) Campo Harmônico de Fá Maior Natural:


F7M – Gm7 – Am7 – Bb7M – C7 – Dm7 – Em7(5-)

2) Campo Harmônico de Si bemol Maior Natural:


Bb7M – Cm7 – Dm7 – Eb7M – F7 – Gm7 – Am7(5-)

3) Campo Harmônico de Mi bemol Maior Natural:


Eb7M – Fm7 – Gm7 – Ab7M – Bb7 – Cm7 – Dm7(5-)

4) Campo Harmônico de Lá bemol Maior Natural:


Ab7M – Bbm7 – Cm7 – Db7M – Eb7 – Fm7 – Gm7(5-)

5) Campo Harmônico de Ré bemol Maior Natural:


Db7M – Ebm7 – Fm7 – Gb7M – Ab7 – Bbm7 – Cm7(5-)

6) Campo Harmônico de Sol bemol Maior Natural:


Gb7M – Abm7 – Bbm7 – Cb7M – Db7 – Ebm7 –Fm7(5-)

Exercícios – Funções Harmônicas

Exercício - Analisando Campo Harmônico:

b) – Sequência 2 – tom C
| Dm | G7 | C | Em | Am | Dm | G7 | C | G7 :||
| IIm | V7 | I | IIIm | VIm | IIm | V7 | I | V7 :||

c) – Sequência 3 – tom G
| G | D7 | G | Em | C | Am | D7 | G | D7 :||
| I | V7 | I | VIm | IV | IIm | V7 | I | V7 :||

d) – Sequência 4 – tom A
| D | A | Bm | F#m | D C#m | Bm | E | E7 | A ||
| IV | I | IIm | VIm | IV IIIm | IIm | V | V7 | I ||

e) – Sequência 5 – tom E
| B4 | B7 ||: E F#m | G#m F#m :||
| V4 | V7 ||: I IIm | IIIm IIm :||

f) – Sequência 6 – tom F
| Bb | F | Gm | C7 | F ||
| IV | I | IIm | V7 | I ||

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Bibliografia Recomendada

Este material foi elaborado com base em livros e ampla pesquisa da literatura musical livre e
gratuita disponibilizada na internet, conforme o descrito a seguir:

• CifraClub (2015), "Campo Harmônico da Escala Maior Natural". Site disponível na


internet, <http://www.cifraclub.com.br>;

• CifraClub (2015), "Campo Harmônico”. Site disponível na internet,


<http://cifraclub.tv/v681>;

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