ICM - Projeto Aprendiz - Caxias - Curso de Violão - Apostila 2018-1
ICM - Projeto Aprendiz - Caxias - Curso de Violão - Apostila 2018-1
ICM - Projeto Aprendiz - Caxias - Curso de Violão - Apostila 2018-1
Ensino de
Violão
Nível Básico
Apostila teórica de ensino de conceitos básicos musicais e
práticos do instrumento
Distribuição Interna
Edição – 2018
ICM - Projeto Aprendiz - Área Caxias Curso de Violão
Apresentação
Esta apostila reúne uma compilação de estudos embasados nas devidas referências
bibliográficas, notações complementares e exercícios práticos criados. Tem por objetivo auxiliar
no aprendizado musical e aperfeiçoamento do louvor. Os exercícios aplicados são suportados
pela aplicação prática dos louvores executados na Igreja Cristã Maranata.
É de distribuição interna, sem fins lucrativos, e para fins educativos; se submeterá à
revisão e reedição sempre que houver necessidade.
Duque de Caxias, RJ
Apocalipse 15:3
ICM - Projeto Aprendiz - Área Caxias Curso de Violão
SUMÁRIO
MÓDULO 01- Introdução ............................................................................. 8
Definição ........................................................................................ 8
Partes do Violão .............................................................................. 8
Casas ............................................................................................ 8
Afinação ......................................................................................... 8
Tipos de Violão................................................................................ 9
Violão Clássico: ............................................................................... 9
Violão de Aço: ................................................................................. 9
Folk ou Dreadnought: .................................................................... 10
Jumbo: ........................................................................................ 10
Postura no Violão .......................................................................... 11
Posição sentada: ........................................................................... 11
Posição de pé: .............................................................................. 11
Posicionamento do braço da escala: ................................................. 11
Posicionamento do polegar da mão esquerda: ................................... 11
Convenção dos dedos: ................................................................... 11
O que é Música? ............................................................................ 12
Os elementos constituintes da Música .............................................. 12
Acostumando os dedos no Violão ..................................................... 13
Notas Musicais .............................................................................. 13
Primeiros Acordes .......................................................................... 14
MÓDULO 02 – Notas Musicais no Braço do Violão ..................................... 15
Acidentes ..................................................................................... 15
Notas musicais no braço do Violão ................................................... 15
Como utilizar o Metrônomo ............................................................. 16
Acostumando a mão do ritmo.......................................................... 17
ICM - Projeto Aprendiz - Área Caxias Curso de Violão
Leitura de Tablatura....................................................................... 17
.................................................................................................. 17
Como ler tablatura? ....................................................................... 18
Independência ou fortalecimento dos dedos ...................................... 19
Forma correta de segurar a palheta: ................................................ 20
.................................................................................................. 20
Como ler Cifras ............................................................................. 20
Acordes Maiores ............................................................................ 21
Acordes Menores ........................................................................... 21
.................................................................................................. 21
MÓDULO 03 – Acordes e Ritmos I ............................................................. 22
Ritmos ou Batidas ......................................................................... 22
Introdução ................................................................................... 22
Ritmo Country .............................................................................. 23
.................................................................................................. 23
Ritmo Valsa .................................................................................. 24
Ritmo Guarânia ............................................................................. 25
Ritmo Toada ................................................................................. 26
Ritmo Novo .................................................................................. 27
Ritmo Fox..................................................................................... 28
Ritmo Fox Abafado ........................................................................ 30
Ritmo Canção ............................................................................... 31
MÓDULO 04 – Escalas, Acordes e Ritmos II .............................................. 33
A escala maior natural (TSTTTS) ..................................................... 33
Estrutura .........................................................................................................................33
A escala menor natural (TSTTSTT) ................................................... 35
O ciclo da Quintas ......................................................................... 36
Ritmo Básico................................................................................. 38
Ritmo Básico II ............................................................................. 40
Ritmo Blues .................................................................................. 42
Ritmo Balada ................................................................................ 44
Ritmo Valseado ............................................................................. 46
Ritmo Marcha ............................................................................... 48
Ritmo Marcha Marcial ..................................................................... 50
ICM - Projeto Aprendiz - Área Caxias Curso de Violão
Definição
Partes do Violão
Casas
Você já viu que no braço do violão há vários trastes na madeira? Então, para tocar, nós vamos
apertar as cordas entre esses trastes, e esse espaço entre os trastes é chamado de “casa”. As
casas são contadas no sentido da mão do violão para o corpo:
Afinação
As cordas são inumeradas de baixo para cima (da mais fina para a mais grossa). Para afinar o
violão sugerimos que baixe um aplicativo1 para o celular explicaremos em sala como utiliza-lo.
1
Aplicativo sugerido: gStrings
Tipos de Violão
Existem variados tipos de Violão, cada tipo possui características diferentes. Sabemos que
escolher seu violão não é uma tarefa muito fácil, já que atualmente temos no mercado muitas
marcas, modelos, cores, desenhos, tipos de madeira etc. Essa variedade torna nossa escolha
muito mais difícil. Afinal, aquele violão lindo que você encontrou pode não ser o melhor para
você. Pensando nisso, vamos destacar dois dos principais modelos e diferenças entre eles.
Violão Clássico:
É o modelo mais vendido no mundo, como sugere o nome. Nesse modelo são usadas cordas de
nylon. É um violão de baixo custo, mais leve e macio, sendo ideal para iniciantes. Além disso,
as cordas de nylon machucam menos os dedos com a prática. É muito utilizado para música
clássica, valsa, novo e outros estilos musicais.
Violão de Aço:
O braço desse modelo é um pouco mais fino e nele são utilizadas cordas de aço, que são mais
tensas e podem dificultar um pouco o desenvolvimento da mão esquerda (caso pratique como
destro)
Folk ou Dreadnought:
Esse modelo possui um corpo maior que o normal e são levemente acentuados. Possuem uma
caixa maior, o que deixa o timbre mais encorpado, ideal para sons mais graves. Os ritmos mais
utilizados são básicos, fox, country entre outros.
Jumbo:
É parecido com o modelo clássico, porém seu corpo é maior e mais largo. Possui um som mais
grave, envolvente e equilibrado. É muito utilizado para blues, pop, rock, entre outros.
Postura no Violão
Posição sentada:
Coluna reta, porém relaxada o instrumento ficará apoiado verticalmente sobre a perna.
Posição de pé:
Com instrumento pendurado no ombro por uma correia muito utilizado em evangelização de
rua.
O que é Música?
A música (do grego μουσική τέχνη ‐ musiké téchne, a arte das musas) constitui-se basicamente
de uma sucessão de sons e silêncio organizada ao longo do tempo. É essencialmente uma prática
cultural e humana. Atualmente não se conhece nenhuma civilização ou agrupamento que não
possua manifestações musicais próprias. Embora nem sempre seja feita com esse objetivo, a
música pode ser considerada uma forma de arte.
A música, sob a forma de louvor a Deus, é executada desde os primórdios da existência do povo
escolhido do Senhor. Davi, que fora rei de Israel e servo de Deus, era músico e usava este dom
para agradar ao Senhor.
“Dize, pois, senhor nosso, a teus servos que estão na tua presença, que busquem um homem
que saiba tocar harpa; e quando o espírito maligno da parte do Senhor vier sobre ti, ele tocará
com a sua mão, e te sentirás melhor. Então disse Saul aos seus servos: Buscai-me, pois, um
homem que toque bem, e trazei-mo. Respondeu um dos mancebos: Eis que tenho visto um
filho de Jessé, o belemita, que sabe tocar bem, e é forte e destemido, homem de guerra,
prudente em palavras, e de gentil aspecto; e o Senhor é com ele” (1Sm 16.16-18).
É importante a dedicação naquilo que nos propomos a fazer para Deus e por isso, saber tocar
bem o seu instrumento é fundamental para aquele que deseja oferecer ao Senhor aqui que Ele
merece, o melhor possível.
Definição para Som - O som é o resultado da vibração dos corpos, que provoca uma onda
mecânica e longitudinal. Ela se propaga de forma circuncêntrica (em todas as direções) em
meios com massa e elasticidade, sejam eles meios sólidos, líquidos ou gasosos.
Melodia – É o som principal de uma composição, que é uma sucessão de notas que geram um
“sentido” para a música, geralmente por uma voz ou um instrumento principal. É a concepção
horizontal da Música.
Harmonia – É uma sobreposição e combinação de sons simultâneos que servem de base para
a música. É a concepção vertical da Música.
Ritmo – Pode ser definido com sons, sem altura definida, que acontece com certa regularidade
e padrões estabelecidos com duração e acentuação. O ritmo que traz a sensação de andamento
e pulsação para a música. É a combinação dos valores de tempo e silencio.
No início vai doer um pouco as pontas dos dedos, mas após os exercícios irá calejar.
Ex.01: Com o dedo 1 pressione a 6ª corda na 1ª casa até a 5ª casa, fazer em todas as cordas.
E depois com os demais dedos (2,3 e 4);
Ex.02: Com e dedo 1 na pressione a 6ª corda na 1ª casa, dedo 2 na 2ª casa, dedo 3 na 3ª casa
e dedo 4 na 4ª casa e toque a corda a cada alteração de dedo. Realizar o mesmo movimento
em todas as cordas.
Transcrição do exercício 2
Notas Musicais
É um termo empregado para designar o elemento mínimo de um som, formado por um único
modo de vibração do ar.
Dó – Ré – Mi – Fá – Sol – Lá – Si
Cada nota musical pode ser também designada através das sete primeiras letras do alfabeto, da
seguinte forma:
Primeiros Acordes
Como por exemplo no acorde de C (Dó maior) temos as notas Dó-Mi-Sol, que são todas tocadas
simultaneamente.
Nossos primeiros acordes serão o D (Ré maior), Em (Mi menor) e A (Lá maior). Nesse
momento não abordaremos tanto a parte teórica dos acordes, veremos isso mais à frente, pois
o foco agora será em desenvolver a prática sobre os acordes e a habilidade de fazer a mudança
entre eles.
Para treina-los:
Ex04: Pratique com exercícios de fazer e desfazer cada o acorde um de cada vez e repita
várias vezes para que seus dedos se acostumem a montar o acorde com agilidade memorizando
os mesmos;
Acidentes
Acidentes ou alterações são símbolos utilizados na notação musical para modificar a altura da
nota imediatamente à sua direita e de todas as notas na mesma posição da pauta até o final do
compasso corrente, tornando-as meio tom mais graves ou meio tom mais agudas.
São representadas pelo símbolo ♯ (sustenido) ou ♭ (bemol) sendo que o sustenido
representa o aumento da nota em um semitom e o bemol a diminuição da mesma. Esses
símbolos, na partitura musical, aparecem ao lado esquerdo da nota a ser alterada.
Os acidentes podem também ser dobrados. O dobrado bemol ♭♭ reduz um Tom da nota, e o
dobrado sustenido ## aumenta um Tom da nota. A seguir, as suas notações na pauta musical:
Utilização
2
Em música, tempo rubato ou apenas rubato é acelerar ou desacelerar ligeiramente o tempo de uma peça à discrição do solista ou do maestro. O
termo nasce do fato de que o intérprete "rouba" um pouco do tempo de algumas notas e o compensa em outras.
Após ter visto como funciona o metrônomo iremos exercitar a mão do ritmo junto com o mesmo.
Ex13: Com o metrônomo a 60bpm e com a batida da mão direta para e baixo e para cima a
cada pulsar do metrônomo, enquanto isso a mão esquerda irá segurar todas as cordas abafando-
as. E sempre prestando atenção na pulsação para tocar junto.
Transcrição do exercício 13
Leitura de Tablatura
Tablatura é um método usado para transcrever música que pode ser tocada
em instrumentos de corda como violões, guitarras e baixos, e também em
outros instrumentos como gaita e bateria.
Ao contrário das partituras que exigem maior conhecimento de música e bastante treino,
as tablaturas são voltadas para o músico iniciante ou prático.
Uma partitura indica quais notas devem ser tocadas, a duração de cada nota, a velocidade
com que deve ser tocada e etc. Exigem muita prática e um conhecimento apurado de música.
Indicando a nota que deve ser tocada a partitura não diz onde esta nota se localiza no braço do
instrumento. A partitura serve para transcrever músicas para qualquer instrumento, seja de
sopro, de cordas, de percussão, etc. Outra vantagem das partituras é que permitem que o
músico que nunca tenha ouvido a música a toque exatamente como previsto (desde que saiba
ler fluentemente partituras, o que obviamente exige geralmente anos de treino).
Já uma tablatura, método de transcrição que serve apenas para instrumentos de corda
como violões, baixos e guitarras, não indica diretamente a nota que deve ser tocada e sim qual
corda deve ser ferida e em qual traste. Obviamente torna-se assim muito mais útil ao músico
iniciante ou prático. Por outro lado, a tablatura tem a grande desvantagem de exigir que o
músico conheça a música que deseja tocar visto que a mesma indica geralmente apenas as
notas e não a duração de cada uma ou o tempo da música.
Além das notas a serem feridas a tablatura irá indicar quando devem ser usadas técnicas
como bends, slides, hammer-ons, pull-offs, harmônicos e vibrato.
A linha de baixo representa a corda mais grossa (mi mais grossa) e a linha de cima
representa a corda mais fina (mi mais fina). De cima para baixo as linhas representam as cordas
mi, si, sol, ré, lá, mi.
Números escritos nas linhas indicam em que traste as respectivas cordas devem ser
apertadas ao serem feridas. Número 0 indica corda solta. As notas devem ser lidas da esquerda
para a direita.
Note que este é um acorde G (Sol Maior). Note que estando na mesma coluna as notas devem
ser tocadas todas de uma só vez indicando um acorde.
Apenas devem ser tocadas as cordas marcadas (no exemplo acima todas). Uma linha vazia
indica que a corda não deve ser tocada. Um número zero indica que a corda deve ser tocada
solta.
Embora possam indicar acordes, o mais comum é que as tablaturas sejam usadas para
solos ou riffs enquanto os acordes são indicados por cifras.
Embora de maneira geral as tablaturas não indiquem o tempo de duração das notas e o
intervalo entre elas, porém quando associadas a partitura temos todas estas indicações. No
exemplo abaixo tratam-se do início do louvor Vem Visita (571).
Ex14: Agora vamos praticar um exercício de independência dos dedos. Vimos anteriormente um
similar no “Ex02 na pág.13”. Executaremos com palhetada alternada ou dedilhado i m.
Transcrição do exercício 14
Obs: Executar com o metrônomo a 60, 70, 80, 90 e 100bpm.
• O símbolo “X” indica que determinada corda não deve ser tocada. No caso aplicado à corda
6;
• O símbolo “ ” indica que determinada corda deve ser tocada solta (sem que seja
pressionada em nenhuma casa). Neste caso está sendo aplicado às cordas 1 e 3;
• Os círculos negros ao longo do braço indicam as casas e as cordas que devem ser
pressionadas. Os números dentro dos círculos indicam quais dedos da mão da digitação
devem ser utilizados. Neste caso:
• A corda 2 deve ser pressionada com o dedo 1 (indicador) na casa 1 (nota C);
• A corda 4 deve ser pressionada com o dedo 2 (médio) na casa 2 e (nota E);
• A corda 5 deve ser pressionada com o dedo 3 (anular) na casa 3 (nota C).
Acordes Maiores
Acordes Menores
Ritmos ou Batidas
Introdução
É normal no início do aprendizado ter dificuldades para fazer batidas e ritmos no violão ao treinar
os primeiros louvores. Por isso, separamos algumas dicas simples que vão te ajudar a obter
bons resultados quando estiver treinando.
Um bom ritmo de violão é um dos principais responsáveis por uma boa sonoridade. Se
você deseja melhorar seu aprendizado no violão e tocar cada vez melhor, com uma boa
sonoridade, ainda que esteja no nível básico, deve atentar para os grandes responsáveis por
uma boa sonoridade, que são sem dúvidas as batidas e ritmos de violão.
Mesmo com acordes básicos, um bom ritmo pode soar muito bem aos ouvidos enquanto
que mesmo com uma sequência de acordes perfeitos, mas com um ritmo ruim, o som não será
agradável. Confira então, algumas dicas para aprimorar batidas e ritmos no violão.
1º. Antes de aprender a fazer uma batida devemos primeiramente conhecer bem cada
movimento que vai ser executado: como fazer os movimentos e quanto tempo dura cada um
deles. É importante fazer isto porque inicialmente precisamos memorizar o ritmo para depois
tentar executá-lo no violão, e assim fica mais fácil na hora de treinar.
2º. Cantar as batidas e ritmos antes de tocar também ajudam muito na hora de treinar. Todos
os ritmos de alguma forma são uma pronúncia que pode ser cantada, por isso se você treinar
bem o andamento do ritmo que está cantando antes de tocar, com certeza será mais fácil de
treiná-lo no violão.
3º. Depois, devemos treinar apenas com a mão direita (a mão que irá fazer a batida). Muitos já
tentam fazer os ritmos juntamente com os acordes, mas na maioria dos casos ainda não
conseguem fazer nenhum dos dois corretamente e separadamente. É importante treinar uma
mão de cada vez e posteriormente, quando já estiver conseguindo tocar corretamente, juntar
as duas, fazendo os acordes e o ritmo.
4º. Treine sempre com um metrônomo. Com a marcação do tempo você irá compreender melhor
os tempos de cada ritmo, melhorará sua performance e conseguirá resultados mais rápidos.
Treine inicialmente as batidas e ritmos com uma velocidade reduzida, assim você conseguirá
aprender corretamente e depois ir aumentando a velocidade gradativamente, conforme treino e
progresso.
Essas dicas são simples, mas farão muita diferença quando aplicadas corretamente em seu treino
no violão.
Obs: A “batida” pode ser aplicada de mão livre, com palheta ou mista (palheta e dedos).
Ritmo Country
O Country é um ritmo que pode ser escrito em compasso binário (2 tempos) ou quaternário (4
tempos). O 1º tempo é forte e os demais, fracos. Há sempre uma acentuação nos contratempos.
Normalmente tem um andamento médio ou rápido e é toca abafando-se as cordas. Depois de
ter visto os primeiros acordes (pág.14) e treinado ambas as mãos é hora de ajuntarmos com os
ritmos.
3
Acentuado – Batida mais forte que as outras e abafada com a mão esquerda.
3
É uma marca que indica que uma nota deverá ser reproduzida com maior intensidade que outras, ou seja, que audivelmente
deverá ser destacada das notas não acentuadas.
Ritmo Valsa
A Valsa é um ritmo ternário (3 tempos). O 1º tempo é forte e os outros dois são fracos.
Geralmente tem o andamento lento ou moderado, podendo ocasionalmente ser rápido.
Ritmo Guarânia
A Guarânia é um ritmo ternário. O 1º tempo é forte e pode ser tocado bem rasqueado; o 3º
tempo tem uma ligeira acentuação. Normalmente tem um andamento lento ou moderado.
Ritmo Toada
A Toada é um ritmo que pode ser escrito em compasso binário ou quaternário. O 1º tempo é
forte e os demais, fracos. Normalmente tem o andamento lento ou moderado.
Ritmo Novo
Outros louvores em
ritmo Novo:
Ritmo Fox
O Fox é um ritmo quaternário. O 1º tempo forte e os demais, fracos. Tem frequentemente uma
síncope no 2º ou no 3º tempo e o andamento pode ser lento ou médio.
5 – Clamando estou
1107 – Deus enviou seu filho amado
1126 – Abre a porta do teu coração
1128 – Era um pecador, andava sem Jesus
8805 – Cristo é a resposta
9000 – Jesus vê a sua igreja
9002 – Pai estou a Ti clamar
Como Noé
Deus ama você
Ritmo Canção
A Canção geralmente é um ritmo quaternário. O 1º tempo forte e os demais, fracos. Tem vários
tipos de dedilhados e batidas, porém só vamos focar em uma. O seu andamento é de lento ou
médio.
A Escala maior natural, ou simplesmente “escala maior”, é a escala mais importante, e de onde
são formados os acordes maiores. A escala fundamental do modo maior é a escala de Dó maior,
uma vez que a relação de intervalos desse modo pode ser obtida nesta escala sem a necessidade
de nenhuma alteração de altura.
Veja na figura abaixo as notas dessa escala.
A escala de Dó
Estrutura
Conforme se pode observar na escala de dó, no primeiro intervalo (C-D) há um intervalo de tom,
no segundo também. Já no terceiro intervalo (E-F), há um intervalo de semitom. Podemos
analisar caso a caso e observar que a escala está organizada da seguinte forma:
Desta mesma forma, seja em qualquer tonalidade, a sequência de tons e semitons dessa escala
obedece à seguinte ordem, ou “fórmula”:
Escala Maior Natural: Tom - Tom - Semitom - Tom - Tom - Tom - Semitom
Isto significa dizer então, que se tomarmos como exemplo a escala maior de G, se deverá seguir
a mesma fórmula que nos dará então a sua escala:
Note que de Mi para Fá teria somente um semitom, porém como a fórmula de escala maior
determina que nesta posição se tenha um Tom, foi necessário acrescentar um ♯ (sustenido) à
nota Fá.
Cada nota da escala pode ser denominada de grau. Na escala de Sol, o primeiro grau é sol, o
segundo é Lá, o quinto grau (ou simplesmente a quinta de La) é a nota Re. O primeiro grau
também pode ser chamado de Tônica, pois ele é quem determina a “tonalidade” da escala.
EXERCÍCIOS:
C ____ ____ ____ ____ ____ ____ / C# ____ ____ ____ ____ ____ ____
D ____ ____ ____ ____ ____ ____ / D# ____ ____ ____ ____ ____ ____
E ____ ____ ____ ____ ____ ____
F ____ ____ ____ ____ ____ ____ / F# ____ ____ ____ ____ ____ ____
G ____ ____ ____ ____ ____ ____ / G# ____ ____ ____ ____ ____ ____
A ____ ____ ____ ____ ____ ____ / A# ____ ____ ____ ____ ____ ____
B ____ ____ ____ ____ ____ ____
A Escala menor natural, ou simplesmente “escala menor” é uma escala diatônica cujo terceiro
grau está a um intervalo de terça menor (um tom e um semitom) acima da tônica (primeiro
grau). Os graus 6º e 7º também são menores, em oposição aos graus 6º e 7º da escala maior,
que são graus maiores.
Escala Maior Natural: Tom - Semitom - Tom - Tom - Semitom - Tom – Tom
EXERCÍCIOS:
C ____ ____ ____ ____ ____ ____ / C# ____ ____ ____ ____ ____ ____
D ____ ____ ____ ____ ____ ____ / D# ____ ____ ____ ____ ____ ____
E ____ ____ ____ ____ ____ ____
F ____ ____ ____ ____ ____ ____ / F# ____ ____ ____ ____ ____ ____
G ____ ____ ____ ____ ____ ____ / G# ____ ____ ____ ____ ____ ____
A ____ ____ ____ ____ ____ ____ / A# ____ ____ ____ ____ ____ ____
B ____ ____ ____ ____ ____ ____
A escala maior de C possui as mesmas notas que a escala menor natural de____.
A escala maior de D possui as mesmas notas que a escala menor natural de____.
A escala maior de E possui as mesmas notas que a escala menor natural de____.
A escala maior de F possui as mesmas notas que a escala menor natural de____.
A escala maior de G possui as mesmas notas que a escala menor natural de____.
A escala maior de A possui as mesmas notas que a escala menor natural de____.
A escala maior de B possui as mesmas notas que a escala menor natural de____.
Escalas maiores e menores que possuem as mesmas notas em sua composição são
chamadas de relativas. Essa relação não é acidental e ocorre entre todas as notas com intervalo
de sexto grau. Toda escala maior natural será sempre igual à escala da nota equivalente ao seu
sexto grau, porém em tonalidade menor. Estas relações são extremamente úteis para
improvisação, pois em todas as vezes que a música estiver em uma tonalidade menor, haverá
uma escala maior correspondente em que o solista pode utilizar para o improviso.
O ciclo da Quintas
O ciclo das quintas nada mais é do que uma sequência de notas distanciadas por intervalos de
quinta justa, que visa dentre outras coisas, facilitar a visualização e enumeração dos acidentes
nas escalas maiores e menores naturais.
Aprender o ciclo das quintas pode servir para analisar os acidentes das
escalas maiores. Observe:
EXERCÍCIO:
p
1) Complete as escalas, partindo de C e em seguida a escala da nota correspondente
ao seu quinto grau, e assim sucessivamente.
C ____ ____ ____ ____ ____ ____ / ____ ____ ____ ____ ____ ____ ____
____ ____ ____ ____ ____ ____ ____ / ____ ____ ____ ____ ____ ____ ____
____ ____ ____ ____ ____ ____ ____ / ____ ____ ____ ____ ____ ____ ____
____ ____ ____ ____ ____ ____ ____ / ____ ____ ____ ____ ____ ____ ____
F#
C#
Ritmo Básico
O ritmo Básico geralmente é um ritmo quaternário. O 1º tempo forte e os demais, fracos. Tem
vários tipos de dedilhados e batidas, porém só vamos focar em uma. O seu andamento é de
lento ou médio.
29 – Transborda-me Senhor
31 – Junto a Ti Suplico, Ó Pai
33 – Eu me prostro em Teu Altar
34 – Quando Buscamos
39 – Jesus, Tu És O Meu Deus
43 – Vou Clamar
45 – Nos Átrios Do Senhor Entramos
49 – Na Hora Em Que Eu Quiser
565 – Vem, Amado Meu
581 – Em Teu Nome
1108 – Deus Amou O Mundo De Tal Maneira
1118 – Somos Teu Povo, Tua Igreja
1124 – Jesus Em Tua Presença
1125 – Eis Que Estou A Porta
1130 – O Sentido De Viver
1131 – Só Jesus Te Pode Dar O Que Procuras
1132 – Entrega O Teu Caminho Ao Senhor
1136 – Quem Beber Da Água Que Eu Lhe Der
1137 – Vou Guiar-Te A Uma Rica Fonte
1145 – Meu Amado Filho
1150 – Por Onde Quer Que Eu Vá
1153 – Se Você Quiser Saber
1156 – A Paz Que Tu Procuras
1159 – Você Não Está Sozinho
1160 – Olhai Para O Alto
1162 – Ele Um Dia Me Chamou
1163 – Não Mais Vivo Eu
1164 – Tudo Se Fez Novo
1165 – Se Tu Estás Tão Longe Do Senhor
2235 – Quero Prosseguir
2249 – Esta Paz Que Sinto Em Minh ‘alma
2250 – Este Mundo Não Tem A Sua Paz
2255 – As Muitas Águas
2260 – Se Não Fosse O Amor
2262 – É Amor De Deus
2268 – Cristo Jesus É O Meu Bom Salvador
3373 – Vencer, vencer
4409 – Eu Só Quero Ser, Senhor
4410 – Quero Ser Fiel Ao Meu Senhor
4417 – Entrei No Tempo De Deus
4419 – Eu Quero Ser, Senhor Amado
4420 – Como Tu Queres
4423 – Jesus, Quero Amar-Te
4426 – Eu Vi O Senhor
7710 – Meditarei Nas Maravilhas Do Senhor
Ritmo Básico II
O ritmo Básico II geralmente é um ritmo ternário. O 1º tempo forte e os demais, fracos. Tem
vários tipos de dedilhados e batidas, porém só vamos focar em uma. O seu andamento é de
lento ou médio.
Ritmo Blues
Blues é um ritmo quaternário. O 1º tempo forte e os demais, fracos. Tem um andamento que
pode ser lento, médio ou rápido.
Ritmo Balada
O ritmo de Balada pode ser escrito em compasso quaternário ou em compasso composto (6/8
ou 12/8). Usando-se o compasso 6/8, o 1º tempo é forte, e o 4º tempo tem uma ligeira
acentuação. Normalmente tem um andamento lento ou moderado e é tocado na forma de batida
ou dedilhado.
Ritmo Valseado
O Valseado é um ritmo pode ser escrito em compasso ternário ou em compasso composto (9/8).
Usando-se o compasso 6/8, o 1º tempo é forte, e o 4º tempo tem uma ligeira acentuação.
Normalmente tem um andamento lento ou moderado e é tocado na forma de batida ou
dedilhado.
Ritmo Marcha
Ritmo Repique
Arpejos ou Dedilhados
Arpejo é quando as notas de um determinado acorde são tocadas uma após a outra. Por
exemplo, as notas que formam o acorde de C (Dó maior) são: C, E, G. Quando tocamos essas
3 notas separadamente uma após a outra, formamos o arpejo de Dó, e quando tocamos essas
3 notas ao mesmo tempo, formamos o acorde de Dó.
Todo acorde, por mais complexo que seja, tem um arpejo, pois sempre podemos tocar
nota por nota. Essa técnica pode ser usada para embelezar alguma harmonia ou ainda servir
como trecho de um solo.
Exemplos de Arpejos:
Nº.1
Nº.2
Nº.3
Nº.4
Nº.5
Formação de Acordes I
Acordes são conjuntos harmônicos de notas tocadas simultaneamente. Podem ser constituídos
de três ou mais notas simultaneamente. Acordes de três notas são chamados tríades, enquanto
os acordes de quatro notas são chamados de tétrades, sendo estes dois tipos frequentemente
usados na música moderna ocidental. Em alguns gêneros musicais são adotados acordes de
mais de quatro notas, dando uma maior sofisticação à harmonia, porém tal fato depende da
intenção que se quer dar a música. Para o entendimento da teoria por detrás das formações dos
acordes, primeiro é necessário o conhecimento do conceito de intervalos.
O conceito de intervalos
Os intervalos são estão numerados de forma crescente de acordo com a sua posição na escala
em que se deseja tomar como referência. Por exemplo, tomando-se como exemplo a escala
diatônica maior (maior natural) de Dó:
C D E F G A B
1ª 2ª 3ª 4ª 5ª 6ª 7ª
Após a nota Si, temos novamente a nota Dó, que estará mais agudo que o Do inicial, dizemos
que este Dó está a uma oitava acima.
A partir daí, teremos os intervalos compostos, ou seja, aqueles após a sétima:
C D E F G A B C D E F G A B
1ª 2ª 3ª 4ª 5ª 6ª 7ª 8ª 9ª 10ª 11ª 12ª 13ª 14ª
Isto significa afirmar que entre Dó e o Re que está uma oitava acima há um intervalo de nona,
entre Dó e o Fá que está uma oitava acima há um intervalo de décima primeira, e assim
sucessivamente. Os intervalos compostos mais importantes são os intervalos de 9ª, 11ª e
13ª. Eles aparecem geralmente como notas acrescentadas aos acordes.
Como então nomear o intervalo entre notas como, por exemplo, C e C#, C e F#?
Serão então atribuídos nomes a essas notas intermediárias entre os intervalos de forma que:
Notas
Intervalo Tons Cifra Numérica
envolvidas
Db 2ª menor 0,5 tom 2- ou (b2)
C
D 2ª maior 1 tom 2
Eb 3ª menor 1,5 tom m ou 3- ou (b3)
C
E 3ª maior 2 tons 3
F 4ª justa 2,5 tons 4 ou 4J
C
F# 4ª aumenta 3 tons 4+ ou (#4) ou (4 aum)
Gb 5ª diminuta 3 tons 5- ou (b5) ou (5 dim)
C G 5ª justa 3,5 tons 5 ou 5J
G# 5ª aumentada 4 tons 5+ ou (#5) ou (5 aum)
Ab 6ª menor 4 tons 6- ou (b6)
C
A 6ª maior 4,5 tons 6
Bb 7ª menor 5 tons 7
C
B 7ª maior 5,5 tons 7M ou 7+
C C 8ª 6 tons 8
Basicamente, os acordes são formados tomando-se intervalos de terças sucessivas. Nos acordes
em tríade maior (ou simplesmente acordes maiores), partindo de uma tonalidade, toma-se um
intervalo de terça maior e obtém-se uma segunda nota. Em seguida, toma-se um intervalo de
terça menor e obtém-se uma terceira nota, que será justamente a quinta da nota inicial.
Exemplo:
C E G
Ou seja, ao tomarmos de uma escala maior a primeira, terceira e quita notas e tocarmos
simultaneamente estaremos executando um acorde em tríade maior.
Exemplos:
C Maior A Maior
1ª 3ª Maior 5ª Justa 1ª 3ª Maior 5ª Justa
C E G A C# E
G Maior E Maior
1ª 3ª Maior 5ª Justa 1ª 3ª Maior 5ª Justa
G B D E G# B
D Maior
1ª 3ª Maior 5ª Justa
D F# A
O sistema CAGED
O sistema CAGED é um conjunto de formas para execução dos acordes no braço da guitarra que
permite a execução de todos os acordes maiores. Basicamente, aprendendo as cinco formas de
Dó, Lá, Sol, Mi e Ré, será possível executar todos os demais bastando-se então transportá-las
através do braço do instrumento. São as seguintes formas:
Utilizando a forma de C:
Utilizando a forma de A:
Utilizando a forma de G:
Utilizando a forma de E:
Utilizando a forma de D:
Formação de Acordes II
Vimos anteriormente que acordes são conjuntos harmônicos de notas tocadas simultaneamente.
Podem ser tríades ou tétrades, sendo estes dois tipos frequentemente usados na música
moderna ocidental. Vimos também que para entender a formação de acordes é necessário o
entendimento do conceito de intervalos, utilizados para nomear as posições na escala dita
cromática:
Notas
Intervalo Tons Cifra Numérica
envolvidas
Db 2ª menor 0,5 tom 2- ou (b2)
C
D 2ª maior 1 tom 2
Eb 3ª menor 1,5 tom m ou 3- ou (b3)
C
E 3ª maior 2 tons 3
F 4ª justa 2,5 tons 4 ou 4J
C
F# 4ª aumenta 3 tons 4+ ou (#4) ou (4 aum)
Gb 5ª diminuta 3 tons 5- ou (b5) ou (5 dim)
C G 5ª justa 3,5 tons 5 ou 5J
G# 5ª aumentada 4 tons 5+ ou (#5) ou (5 aum)
Ab 6ª menor 4 tons 6- ou (b6)
C
A 6ª maior 4,5 tons 6
Bb 7ª menor 5 tons 7
C
B 7ª maior 5,5 tons 7M ou 7+
C C 8ª 6 tons 8
É recomendado não avançar daqui para a frente caso haja dúvidas com relação a estes
intervalos, devendo o aluno revisão as aulas anteriores para que o conteúdo seja sedimentado.
Assim como os maiores, os acordes menores também são formados tomando-se intervalos de
terças sucessivas. Nos acordes maiores, partindo de uma tonalidade, toma-se um intervalo de
terça maior e obtém-se uma segunda nota. Em seguida, toma-se um intervalo de terça menor
e obtém-se uma terceira nota, que será justamente a quinta da nota inicial. Já nos acordes
menores, o primeiro intervalo será de terça menor, e em seguida um intervalo de terça maior,
a soma destes dois intervalos dará uma quinta justa com relação à tônica.
Exemplo:
C Eb G
Assim, de maneira simplificada, a única diferença com relação ao acorde maior será na terceira,
que será menor. A quinta será novamente justa, ou seja:
Ou seja, ao tomarmos de uma escala menor a primeira, terceira e quita notas e tocarmos
simultaneamente estaremos executando um acorde em tríade maior.
Exemplos:
C Menor A Menor
1ª 3ª Maior 5ª Justa 1ª 3ª Maior 5ª Justa
C Eb G A C E
G Menor E Menor
1ª 3ª Maior 5ª Justa 1ª 3ª Maior 5ª Justa
G Bb D E G B
D Menor
1ª 3ª Maior 5ª Justa
D F A
As formas básicas
Assim como sistema CAGED para os acordes maiores, existem formas básicas para os acordes
menores, pelas quais será possível a execução de todos os acordes do mesmo tipo, bastando-
se arrastar essas formas pelo braço do instrumento. São elas:
Se tomarmos a partir da tônica um intervalo de terça menor e vamos obter uma segunda nota,
até agora nada de diferente. Se em seguida, ao invés de uma terça maior, tomamos outra terça
menor teremos então uma quinta diminuta com relação à tônica. Teremos então um acorde
menor com a quinta:
C Eb Gb
Assim, a única diferença com relação ao acorde menor será na quinta, que será diminuta, ou
seja:
Exemplos:
Cm5- Am5-
1ª 3ª Maior 5ª Justa 1ª 3ª Maior 5ª Justa
C Eb Gb A C Eb
Gm5- Em5-
1ª 3ª Maior 5ª Justa 1ª 3ª Maior 5ª Justa
G Bb Db E G Bb
Dm5-
1ª 3ª Maior 5ª Justa
D F Ab
As formas básicas
A mudança nas formas básicas será simplesmente atrasar uma casa do dedo que bate na nota
referente à quinta, ou seja:
Vimos que os acordes são intervalos de terças sucessivas, onde os acordes de tríades são
formados tomando-se dois intervalos de terças (maiores ou menores), tendo um total de três
notas. Por sua vez, adicionando mais um intervalo de terça teremos mais uma nota, totalizando
quatro, temos então os acordes tétrades. Em outras palavras, é uma tríade acrescida de uma
nota que forma o intervalo de sétima com a fundamental do acorde. Assim cada um dos quatro
tipos de tríade pode receber dois tipos de sétima: maior ou menor.
Notas
Intervalo Tons Cifra Numérica
envolvidas
Db 2ª menor 0,5 tom 2- ou (b2)
C
D 2ª maior 1 tom 2
Eb 3ª menor 1,5 tom m ou 3- ou (b3)
C
E 3ª maior 2 tons 3
F 4ª justa 2,5 tons 4 ou 4J
C
F# 4ª aumenta 3 tons 4+ ou (#4) ou (4 aum)
Gb 5ª diminuta 3 tons 5- ou (b5) ou (5 dim)
C G 5ª justa 3,5 tons 5 ou 5J
G# 5ª aumentada 4 tons 5+ ou (#5) ou (5 aum)
Ab 6ª menor 4 tons 6- ou (b6)
C
A 6ª maior 4,5 tons 6
Bb 7ª menor 5 tons 7
C
B 7ª maior 5,5 tons 7M ou 7+
C C 8ª 6 tons 8
Partindo da acorde última nota de um acorde em tríade, toma-se um intervalo de terça maior,
nos dando então uma sétima maior com relação à tônica:
Exemplo:
C E G B
Terça Maior Terça Maior
Terça Maior
Quinta Justa
Sétima Maior
Exemplos:
C7M Cm7M
1ª 3ª Maior 5ª Justa 7ª Maior 1ª 3ª Menor 5ª Justa 7ª Maior
C E G B C Eb G B
Partindo da acorde última nota de um acorde em tríade, toma-se um intervalo de terça menor,
nos dando então uma sétima menor com relação à tônica:
Exemplo:
C E G Bb
Terça Maior Terça Maior
Terça Menor
Quinta Justa
Sétima Maior
Acordes com Sétima Menor são acordes em que há um intervalo de terça após a
quinta, nos dando a sétima menor, sendo então a sua fórmula dada por:
Tônica – 3ª Menor ou Maior – 5ª Justa – 7ª Menor
Exemplos:
C7 Cm7
1ª 3ª Maior 5ª Justa 7ªMenor 1ª 3ª Menor 5ª Justa 7ªMenor
C E G Bb C Eb G Bb
Tétrades
Teremos oito tipos de tétrades. A seguir as principais formas para tocar as tétrades por todo o
braço do violão ou da guitarra, com os modelos das formas em cordas soltas, seu deslocamento
e algumas opções de digitações simplificadas. Lembre-se de observar as bolinhas que indicam
as cordas que podem ser tocadas e de não tocar a corda marcada com o X.
Formação de Acordes IV
Podemos acrescentar várias notas em um mesmo acorde, sempre representando na cifra a nota
acrescentada através do algarismo correspondente e, se preciso, um sinal que especifica o tipo
do intervalo. Não há limite. A seguir, alguns exemplos de acordes com notas acrescentadas.
Formação de Acordes V
Normalmente os acordes devem ter como nota mais grave (baixo) a sua nota fundamental,
aquela que dá nome ao acorde. Entretanto, em alguns casos a ordem das notas se inverte e
uma outra nota do acorde aparece como baixo. É o que chamamos “Inversão de baixo” ou
“Acorde Invertido”.
Para representar a inversão na cifra usamos a cifra normal do acorde seguida de uma barra
inclinada (/) e a letra que indica a nota do baixo. Ex.: G/B.
Na 1ª inversão, é a terça do acorde que aparece como nota mais grave. Veja abaixo os exemplos
de formas para tocar os acordes na 1ª inversão no violão ou guitarra.
As formas podem ser deslocadas pelo braço do instrumento mudando o acorde de acordo com
a necessidade.
• Baixo na 5ª corda:
• Baixo na 6ª corda:
• Baixo na 4ª corda:
• Baixo na 5ª corda:
• Baixo na 6ª corda:
• Baixo na 4ª corda:
• Baixo na 5ª corda:
• Baixo na 6ª corda:
• Baixo na 4ª corda:
MÓDULO 06 – Harmonia
Campo Harmônico
Campo Harmônico é uma importante matéria da área que chamamos de Harmonia, onde
são abordados conhecimentos básicos para compreensão de como podemos combinar e
organizar os sons dando-lhes um sentido musical.
Harmonia é um conceito clássico que se relaciona às ideias de beleza, proporção e ordem e na
música diz respeito à relação entre sons ouvidos simultaneamente, em contraste com o termo
melodia, que se refere aos sons ouvidos sucessivamente. Portanto, ao se propor um estudo
sobre este tema, fazemos um convite para o contato com a teoria musical mais avançada, e
também com a prática criativa, pois aprender sobre harmonia é, sobretudo, adentrar o campo
da estética musical, melhorando sua percepção e desenvolvendo capacidades criativas e
sensoriais.
Definição
Campo Harmônico é um conjunto de acordes formados a partir das notas de uma
mesma escala musical.
Assim, numa escala com sete notas, teremos pelo menos sete acordes diferentes, pois
cada nota da escala será a fundamental de um acorde. Todos esses sete acordes podem
harmonizar muito bem as melodias feitas com esta mesma escala que os originou. Ao
estabelecermos um Campo Harmônico, estamos definindo também uma TONALIDADE. Por
isso, quando dizemos que uma canção está em certa Tonalidade ou Tom, é o mesmo que
identificar o Campo Harmônico sobre o qual a música está estruturada.
Não é preciso decorar o Campo Harmônico de cada tonalidade. O ideal é compreender como os
acordes se formam a partir de uma escala para aplicar esta lógica em qualquer Tom.
Neste contexto da harmonia tonal, o processo usado para a correta formação dos acordes é a
sobreposição de terças, que foi visto nas aulas sobre formação de acordes. Revise a aula
mencionada e as outras aulas teóricas que sentir necessidade para acompanhar melhor o
conteúdo deste capítulo.
DÓ RÉ MI FA SOL LA SI DO
1ª 2ª 3ª 4ª 5ª 6ª 7ª 8ª
T T ST T T T ST
Como sabemos, os acordes são formados por terças sobrepostas que configuram as
tríades: Fundamental, terça e quinta. O tipo de cada intervalo definirá o tipo do acorde – maior,
menor, diminuto, etc. Para formar os acordes sobrepondo as terças corretamente, podemos
pensar de forma bem simples: basta pegar uma nota sim e outra não na sequência natural da
escala.
Por exemplo, no acorde de Dó maior temos o Dó como nota fundamental, a nota Ré
(segunda maior) não entra no acorde, o Mi será a terça do acorde, o Fá (quarta Justa) não entra
e o Sol (terça menor de Mi) é a quinta justa do acorde. Veja de forma mais clara na tabela:
Acompanhe a seguir a continuação deste processo onde cada grau da escala gera um
acorde diferente. Desta forma, vamos descobrir todas as tríades do Campo Harmônico de Dó
Maior.
DÓ RÉ MI FA SOL LA SI DO
1ª 2ª 3ª 4ª 5ª 6ª 7ª 8ª
I IIm IIIm IV V VIm VIIm5- I
T T ST T T T ST
Pode parecer muita informação, mas, quando exercitamos esta teoria para tirar músicas de
ouvido, ou compor, ou fazer transposições, não demora pra memorizar a regra básica e a lógica
de raciocínio que ajuda a encontrar qualquer Campo Harmônico da Escala Maior.
Agora, para assimilar melhor esta matéria, vamos fazer alguns exercícios!
G Am Bm C D Em F#m5- G
Sol Lá Si Dó Ré Mi Fá# Fund
Si Dó Ré Mi Fá# Sol Lá 3ª
Ré Mi Fá# Sol Lá Si Dó 5ª
Exercício 01 - Tom de Ré maior:
T T ST T T T ST
Fund
3ª
5ª
Exercício 02 - Tom de La maior:
T T ST T T T ST
Fund
3ª
5ª
Exercício 03 - Tom de Mi maior:
T T ST T T T ST
Fund
3ª
5ª
T T ST T T T ST
Fund
3ª
5ª
Exercício 05 - Tom de Fá maior:
T T ST T T T ST
Fund
3ª
5ª
Exercício 06 - Tom de Si bemol maior:
T T ST T T T ST
Fund
3ª
5ª
Uma vez que tenhamos compreendido bem como formar o Campo Harmônico da Escala
Maior Natural com tríades, é muito simples se chegar aos acordes tétrades que correspondem à
mesma tonalidade. Basta sobrepor mais uma terça ao acorde, que passa a ser formado por
Fundamental, Terça, Quinta e Sétima. Veja o quadro abaixo.
T T ST T T T ST
Este próximo exercício, é semelhante ao anterior, porém acrescentando a sétima de cada acorde
e anotando na cifra esta sétima.
Lembre-se que a sétima menor é representada na cifra apenas pelo algarismo sete: 7. Já a
sétima maior é representada pelo algarismo sete acompanhado da letra m maiúsculo: 7M.
T T ST T T T ST
Fund
3ª
5ª
7ª
Exercício 02 - Tom de Si bemol maior:
T T ST T T T ST
Fund
3ª
5ª
7ª
Exercício 03 - Tom de Mi bemol maior:
T T ST T T T ST
Fund
3ª
5ª
7ª
T T ST T T T ST
Fund
3ª
5ª
7ª
Exercício 05 - Tom de Ré bemol maior:
T T ST T T T ST
Fund
3ª
5ª
7ª
Exercício 06 - Tom de Sol bemol maior:
T T ST T T T ST
Fund
3ª
5ª
7ª
Funções Harmônicas
As Funções Harmônicas
Cada acorde proporciona uma sensação auditiva diferente. Os acordes maiores têm um
efeito bem diferente dos menores ou diminutos. Cada tipo específico de acorde terá uma
sonoridade característica que produz efeitos específicos em uma música.
A teoria das Funções Harmônicas nos ajuda a entender o papel que cada acorde
desempenha dentro de uma tonalidade. Quando conseguimos reconhecer estas funções
auditivamente, passamos a reconhecer mais facilmente os acordes específicos que estão sendo
usados para gerar este efeito.
No gráfico acima a função de DOMINANTE fica numa posição de destaque no vértice mais
alto do triângulo. Isso representa a sua instabilidade tendendo sempre ao movimento de
resolução na tônica. A SUBDOMINANTE fica na base do triângulo, porém, mais distanciada da
função de tônica, ampliando o espaço que a harmonia pode percorrer. A TÔNICA está
representada também na base do triângulo, porém, no vértice mais próximo da DOMINANTE
que está suspensa logo acima, sugerindo o movimento de retorno à função de tônica.
As Funções Harmônicas permitem ao discurso da musica tonal configurar uma relação
temporal de perspectiva, onde o ouvinte é levado a perceber o movimento musical com direção
e profundidade.
No Campo Harmônico há três acordes principais que exercem cada um uma função
harmônica específica, conforme representado na tabela abaixo, onde usamos o tom de Dó maior
como exemplo.
Tônica – Além do acorde do primeiro grau, o acorde do sexto grau também pode
funcionar como tônica: Am ou Am7. É a chamada Tônica Relativa. Embora não tenha o
mesmo efeito que o primeiro grau, ela também, possui a capacidade de sugerir repouso
ou relaxamento.
Porém, por ser um acorde menor, resulta num tipo mais inesperado de repouso dentro
do Campo Harmônico maior.
Se analisarmos as notas que formam o Am, veremos que, das três notas envolvidas nesta
tríade, duas são comuns ao acorde do primeiro grau, C. Observe:
Por isso mesmo eles têm algo semelhante em sua sonoridade e acabam
desempenhando a mesma Função Harmônica.
Dominante - Além do acorde de quinto grau, o outro acorde capaz de exercer a função
de DOMINANTE é o acorde do Sétimo grau, que em Dó maior será o Bm5-, ou Bm7(5-),
também chamado de meio diminuto.
Novamente a presença de várias notas em comum faz com que os dois acordes,
V7 e tenham além da estrutura semelhante, a mesma Função Harmônica:
DOMINANTE
Subdominante - Além do acorde do quarto grau, o outro acorde que exerce a função
SUBDOMINANTE é o acorde do segundo grau, que em Dó maior será o Dm ou Dm7.
CADÊNCIA
Cadência perfeita:
| G7 | C || (V7 → I)
A Cadência Perfeita resulta numa pontuação clara do texto musical com forte efeito de
conclusão. Ela aparece normalmente no final da música ou final de uma parte da música.
É muito comum também que numa cadência, se utilize as três funções harmônicas em
sequência: subdominante → dominante → tônica.
Exemplos:
| F | G7 | C || (IV → V7 → I)
ou
| Dm | G7 | C || (IIm → V7 → I)
O Campo Harmônico da Escala Maior Natural é apenas uma das muitas possibilidades de
estrutura base para criação e compreensão da harmonia. Da mesma forma que a Escala Maior
gera um campo harmônico, todos os tipos de escalas, das mais comuns às mais exóticas,
também possuem a qualidade de originar um campo harmônico específico. Assim, são muitos
campos possíveis e, além disso, é bastante comum que em uma mesma música, o compositor
use acordes de diferentes campos harmônicos. Quer dizer, uma música pode mudar de
tonalidade várias vezes ou simplesmente pegar acordes emprestados de vários campos
harmônicos sem necessariamente mudar de tom.
Também existem outras formas de pensar a harmonia que não envolvem a definição de
uma tonalidade e o consequente uso de um campo harmônico. Portanto, não espere poder
explicar todas as músicas através desta teoria, mas, saiba que este é o começo para a exploração
de um terreno muito interessante da teoria e da prática musical, e que é partindo deste contexto
mais simples que se pode chegar a compreender formas mais complexas de estruturação da
harmonia música como um todo.
a) Sequencia 1 – (Exemplo):
b) Sequencia 2:
c) Sequencia 3:
d) Sequencia 4:
Continuação...
e) Sequencia 5:
f) Sequencia 6:
Intensidade e Dinâmica
No início de nosso curso, vimos algumas características do som, que nos davam
basicamente quatro qualidades ao mesmo: Altura, Duração, Intensidade, e Timbre.
Abordamos até aqui estudos aonde vimos que alturas de som definem notas. Essas
notas são mapeadas e dispostas em conjunto com outras que possuem certa relação entre si,
formando as escalas. A partir dos intervalos dentro das escalas formamos acordes, que se
tocados de forma sucessiva formam uma Harmonia. Esta harmonia pode ser acompanhada
por uma melodia executada pelo solar de um instrumento ou pelo canto.
Para que seja feita uma música, todo este conjunto deve conter também aspectos
relacionados ao tempo, no qual cada conjunto de acordes e linha melódica deve estar incluído
em “pacotes de tempo” com mesma duração, chamados de compasso, para que assim se tenha
uma sincronia entre tudo o que é tocado.
Como se pode ver, nesses aspectos a música se torna completa através do que chamamos
de Melodia, Harmonia e Ritmo. Agora observe que dentre estes três elementos da música
usou-se somente as qualidades de altura, duração e timbre.
O Conceito de Dinâmica
pois o regente irá avaliar o momento na execução musical e não necessariamente respeitará a
dinâmica da partitura por julgar que aquele momento pede uma execução diferente.
Quando não há nada que controle esta dinâmica, como um a partitura ou uma regência,
os músicos deverão estar em comunhão entre si para todos executem na mesma intensidade,
sendo na maioria das vezes necessária uma liderança entre os músicos, que pode ser feita pelo
mais experiente, o qual dará a sua interpretação através de seu instrumento, sendo este
acompanhado pelos outros instrumentistas.
Dinâmica x Ritmo
É comum a confusão entre dinâmica e ritmo em iniciantes, mesmo que saibam a diferença
entre dois aspectos. O que se observa em músicos com esse vício é uma tendência a retardar o
andamento de uma música nos momentos suaves, e de acelerar nos momentos fortes.
Assim é necessário ter a consciência de que uma música pode ser suave sem ser lenta,
desde que você toque de forma rápida, porém a baixo volume (intensidade sonora). De mesma
forma, é possível sim tocar bem forte, porém de forma lenta.
Dinâmica está relacionado à intensidade do som e não à velocidade, e entender
isso é muito importante para que o louvor não tenha o efeito “arrastado” como se observa
acontecer em alguns casos.
Escalas Alternativas
Escala Musical é uma sequência de notas organizadas de acordo com suas frequências. É
como um menu de notas dispostas em ordem crescente, da mais grave a mais aguda. As escalas
tem a função de organizar os sons musicais, assim fica mais fácil de tocar essas notas e usar da
forma que quisermos.
No Violão ou na guitarra, é possível tocar qualquer escala utilizando uma forma padrão
de digitação de mão esquerda, uma espécie de mapa que nos mostra apenas as notas
pertencentes a uma determinada escala, facilitando sua visualização e a aplicação dessas notas
para criar solos e arranjos. A prática destas digitações é essencial para o desenvolvimento da
técnica instrumental, da agilidade e coordenação entre os movimentos das duas mãos e,
consequentemente, da habilidade de solar. Nesta apostila temos cinco digitações diferentes para
cada escala.
Existem vários tipos de escalas e cada uma possui uma sonoridade específica que
caracteriza uma espécie de identidade sonora. Em outras palavras, cada tipo de escala propicia
certa atmosfera musical distinta. Por isso, é importante conhecer vários tipos de escalas para se
ter um repertório variado de possibilidades sonoras e poder realizar solos e arranjos em
diferentes estilos musicais, expressando sentimentos e intenções variadas.
IMPORTANTE:
Para criar solos com a escala, o primeiro passo é saber o Tom em que a música está. A
escala deve ser usada na mesma tonalidade da música ou do trecho musical em questão. Para
isso, é preciso posicionar a digitação da escala colocando a nota tônica (em destaque no
diagrama) na casa que corresponde à nota do Tom da música.
Por exemplo, se a música está no Tom de Ré menor, então vamos usar uma escala
menor com a nota tônica posicionada na quinta casa da corda Lá, ou na décima casa da corda
Mi, ou ainda na décima segunda casa da corda Ré, pois nessas posições temos a nota Ré, que é
o Tom da música.
Desse modo, a digitação da escala deve mudar de posição de acordo com o Tom da
música.
Escala de Blues
Dó Mib Fa Solb Sol Sib Dó
Tônica 3m 4J 5dim 5J 7m 8
Iremos abordar agora um tema aparentemente simples, mas muito comum de acontecer
em grupos de louvor.
Em todos os casos em que se tocam louvores nas igrejas, em geral se tratam de
execuções ao vivo, e quase sempre aparecem problemas sérios: instrumentos estão mal
timbrados, cada um tocando por si mesmo sem pensar no conjunto, erro de conceito nos
equipamentos, som de muito intenso, ignorância e negligência total à dinâmica, etc.
Assim todo um trabalho acaba sendo prejudicado e não há inspiração que resista a um
tamanho despreparo e desatenção.
Muitos podem acabar usando de frases prontas para justificar este despreparo, como por
exemplo: “É para a glória de Deus”. Porém leia o que diz a palavra:
Façamos então o excelente ao Senhor, porque Ele merece toda a excelência! Deixemos de lado
o comodismo e façamos o melhor para Deus, que se agrada das coisas bem feitas, pois Ele é
um Deus de ordem!
Cuidados no Preparo
O primeiro cuidado que temos que ter é nos ensaios. Assim como é inaceitável e
imprudente que se suba num púlpito sem preparo, é também inaceitável participar de uma
ministração de louvor sem saber o que vai ser tocado.
O ensaio é o momento de o músico conferir ou aprender a harmonia da música, aprender
as rítmicas, verificar timbres, etc...
É corrente ver violonistas tocando acordes diferentes do tecladista. Isso não pode
acontecer! O ideal é seguir as partituras e coletâneas oficiais da igreja, para assim todos
seguirem a mesma leitura. Deve-se sempre fazer uma escrita daquilo que o grupo pretende
diferenciar, para que assim não se dependa da memória de cada um em caso de um arranjo
característico de seu grupo ou de sua igreja.
Timbres
Evite o uso, por exemplo, um som de piano para o tecladista junto com um violão de
nylon e mais uma guitarra arpejando os acordes, sob o risco de ninguém compreender
absolutamente nada do som do grupo, caracterizando uma confusão de arpejos onde o resultado
final é nulo.
Causaria melhor efeito o uso, por exemplo, de sons de “cordas” ou um “pad” no teclado,
com o violão arpejando e a guitarra fazendo staccato. Com essas pequenas escolhas se vê um
resultado bem mais harmonioso, através de soluções simples, mas que tornam o som conjunto
bem mais agradável.
Às vezes uma solução pode estar também ligada à região sonora. Muitos instrumentos
tocando na mesma região causa enorme desconforto. Deve ser dada a devida atenção durante
a execução para que enquanto um instrumento está na região aguda, outro fique na região
média, enquanto o contrabaixo fica nas regiões graves, salvo raras exceções em que estes
papeis podem se inverter de maneira planejada e sincronizada.
O Baixo e Bumbo
O baixo e o bumbo da bateria também são muitas vezes os responsáveis pelo som sair
“embolado” no PA (nas caixas de frente), quando ligados à mesa, ou por aquele efeito
desencontrado na base musical.
Em primeiro lugar mais uma vez estão os timbres, como ambos produzem frequências
parecidas, eles precisam ser timbrados com a maior clareza possível e o som de ambos precisa
ser limpo, definido e seco.
Em detrimento das “pedaleiras” de Contrabaixo, é mais sensato investir em um bom
instrumento e um bom amplificador.
Os excessos de graves no bumbo devem ser evitados, através de equalização e/ou
ajustes na bateria.
Acertado o som, é preciso aprender que em princípio o baixo e o bumbo precisam
trabalhar em cima da mesma linha rítmica, ou conforme o jargão, eles precisam estar “colados”.
Para isso, ambos precisam praticar com metrônomo e estudar um pouco de rítmica (em casa,
não no ensaio!).
A partir daí, as coisas começaram a funcionar melhor.
A Importância do Estudo
Não é necessário dizer sobre importância do estudo musical, isto precisa estar
consolidado na cabeça de cada músico, todos precisam estudar o máximo que puder para melhor
servir a Deus. Porém, depois do estudo individual vem a prática de tocar em grupo, que requer
alguns cuidados.
A Coesão do Grupo
A banda (grupo) precisa ser pensada como se fosse um só instrumento, ou seja, não são
quatro ou cinco instrumentos, mas um único grupo. A doutrina de corpo é um excelente exemplo
para isto, devemos tocar como corpo, não como indivíduos.
Exemplo:
Pense numa orquestra sinfônica onde temos, por
exemplo, em torno de 70 músicos. Se cada um
resolver tocar como um solista, você pode imaginar
a confusão que vai dar?
Mas, como então se consegue que uma
orquestra soe bem? "A orquestra precisa soar como
se fosse um só instrumento na mão de um único
músico que é o maestro".
O maestro é quem faz com que cada músico toque somente a sua parte, de maneira a
combinar com a parte do outro e assim por diante. É ele quem diz o volume que cada um deve
tocar para que a resultado seja equilibrado. Tem muitos momentos em que não tocar é a
melhor solução.
Ouvir é tão importante quanto tocar. Por isso, uma banda deveria agir da mesma forma,
“prestando atenção no que o outro está tocando vai sempre me indicar o que tocar”, e pensando
assim que vamos conseguir fazer o grupo soar bem.
Respostas
b) – Sequência 2 – tom C
| Dm | G7 | C | Em | Am | Dm | G7 | C | G7 :||
| IIm | V7 | I | IIIm | VIm | IIm | V7 | I | V7 :||
c) – Sequência 3 – tom G
| G | D7 | G | Em | C | Am | D7 | G | D7 :||
| I | V7 | I | VIm | IV | IIm | V7 | I | V7 :||
d) – Sequência 4 – tom A
| D | A | Bm | F#m | D C#m | Bm | E | E7 | A ||
| IV | I | IIm | VIm | IV IIIm | IIm | V | V7 | I ||
e) – Sequência 5 – tom E
| B4 | B7 ||: E F#m | G#m F#m :||
| V4 | V7 ||: I IIm | IIIm IIm :||
f) – Sequência 6 – tom F
| Bb | F | Gm | C7 | F ||
| IV | I | IIm | V7 | I ||
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ICM - Projeto Aprendiz - Área Caxias Curso de Violão
Bibliografia Recomendada
Este material foi elaborado com base em livros e ampla pesquisa da literatura musical livre e
gratuita disponibilizada na internet, conforme o descrito a seguir:
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