Defesa em Impugnação de Candidatura-Desaprovação de Contas
Defesa em Impugnação de Candidatura-Desaprovação de Contas
Defesa em Impugnação de Candidatura-Desaprovação de Contas
Elaborado em 07.2000.
Processo n.º
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1. DOS FATOS
Alega a Coligação "X", em seu arrazoado, que "A Coligação Y, formada pelo
Partido C e pelo Partido D, requereu perante este Juízo, o Registro da
Candidatura do Senhor F. G. para o cargo de Prefeito do Município de E. – Rn,
cujo pedido foi publicado no dia 06 de Julho de 2000, no fórum local. "
Diante de tais fatos pede a esta Justiça Especializada que declare inelegível o
impugnado e assim, recuse o pedido de registro de candidatura do mesmo.
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2. PRELIMINARMENTE,
De plano, apenas numa análise perfunctória vê-se que a Coligação X não está
devida e legalmente representada nos moldes consubstanciados pelo art. 12,
Inciso IV do Código Processual Civil, devendo ser a presente ação extinta sem
julgamento do mérito acolhendo o que determina o art. 267, VI do Código de
Processo Civil Brasileiro.
Com efeito dispõe o art. 12, VI do CPC:
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E, se dita questão está sob a apreciação do Poder Judiciário, não cabe mais
falar ou pedir a inelegibilidade do ora impugnado.
Com efeito prescreve a Lei Maior, em seu art. 1.º, Parágrafo Único:
" Todo o Poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes
eleitos diretamente ou nos termos desta Constituição. "
Ora, o que bem pretende a coligação que ilegalmente assina a inicial é retirar
do crivo do voto popular, a candidatura do demandado, pois sente na mesma a
representação dos anseios populares de então. Tendo em vista que o
candidato a Prefeito para o pleito que se avizinha é o atual Prefeito Municipal,
que desobedece a Carta Magna, pois, não paga o salário mínimo aos
servidores municipais, limita o número de pessoas doentes que podem ser
atendidas, deixa as ruas públicas entregues ao lixo, e mesmo assim, ainda tem
a coragem de submeter-se ao sufrágio popular.
A ação declaratória que se processa tem o condão de tornar nulos os atos até
então praticados pelos órgãos fiscalizdores, cuja verdade será devidamente
apurada com a realização de perícia técnico-contábil conforme requerido nos
autos ora mencionados.
Ditas acusações constantes na inicial, muitas fruto dos arroubos de quem ainda
não aprendeu a viver num Estado Democrático de Direito, denota a forma
arbitrária e irresponsável que é usada pelo Candidato da Coligação X, pois,
inexiste qualquer SENTENÇA CONDENATÓRIA COM TRÂNSITO EM
JULGADO, que milite em desfavor do demandado.
" Art. 5.º VIII. Ninguém será privado de seus direitos por motivo de crença
religiosa ou e convicção filosófica ou política, salvo se as invocar para eximir-se
de obrigação legal a todos imposta e recusar-se a cumprir prestação alternativa
fixada em lei. "
" Art. 5.º LV. Aos litigantes , em processo judicial ou administrativo, e aos
acusados em geral são assegurados o contraditório, a ampla defesa, com os
meios e recursos a ela inerentes, "
Pode V. Exa., bem observar que nos autos da ata que deliberou pela
desaprovação das contas do impugnado, inexiste qualquer ato da mesa
diretora que importe no cumprimento da necessária intimação do demandado
para comparecer e defender-se das provas contra si produzidas.
Apontamos na peça inicial que acima comentamos que houve por parte do
corpo técnico do Egrégio Tribunal de Contas, um erro crasso na conversão da
moeda o que levou para menos o percentual aplicado na manutenção e
desenvolvimento do ensino e nos gastos com pessoal.
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4. DO DIREITO
" Para que o judiciário bem possa verificar se houve exata aplicação da lei,
forçoso é que examine o mérito da sindicância ou processo administrativo que
encerra o fundamento legal do ato. " (NDA, 27/214).
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5. DA DOUTRINA
" O mérito da ação versará sobre todos os aspectos do julgamento das contas
que implicarem sua rejeição. "
" Advirta-se nesse passo que o momento hábil para o ajuizamento da ação
processual a ser intentada visando afastar a anexação da inelegibilidade será
antes do registro da candidatura. É que apenas terá utilidade para fins
eleitorais, a propositura da ação civil, registrada antes da ação de impugnação
de registro de candidatura, vez que a causa de pedir desta ação eleitoral é
justamente a existência da cominação de inelegibilidade potenciada não
podendo mais ser melindrada por posterior ação civil. "
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6. DA JURISPRUDÊNCIA.
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7. DO PEDIDO
Que lhe seja aplicado os efeitos permissivos da Súmula n.º 1 do TSE, ante o
ajuizamento da ação civil declaratória de nulidade, interposta tempestivamente
na Justiça Comum desta Comarca de Parelhas, cuja ação foi promovida antes
da ação de impugnação de registro de candidatura ora contestada.
Que seja declarado Por este juízo, A SUSPENSÃO DE POSSÍVEL
INELEGIBILIDADE DO CONTESTANTE, que discute a matéria em apreço na
seara judicial.
Que seja o impugnado declarado em condições de elegibilidade, e assim, seja-
lhe permitido o registro de sua candidatura, conforme pedido feito à esta Douta
Justiça Eleitoral, com preenchimento de todos os requisitos constantes na
Resolução n.º 20.561/2000, art. 17/20, cujo edital foi afixado no local de
costume em 06 de Julho de 2000, inclusive sem que nenhuma impugnação
tenha sido realizada pelo Órgão Ministerial.
Pede ainda que seja transladado para os autos REPRESENTAÇÃO N.º
1.40000/000000, formulada pela Câmara Municipal de E./RN.
Translado da Ação Declaratória de Nulidade, cuja peça inicial integra esta
defesa.
Pede ainda a intimação do Ministério Público para intervir no feito.
Protestando ainda pela produção de todos os meios e provas em direito
admitidos, especialmente por perícia contábil-fiscal, prova testemunhal, vistoria,
depoimento pessoal da representante da coligação, produção de documentos
outros se necessário se fizer, tudo em fiel cumprimento a necessidade
imperiosa da JUSTIÇA.
Pede Deferimento.
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DOCUMENTOS ACOSTADOS;