DC Gibi33 Ebook Ensino-Medio
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DoNa CiÊNcIa
gibi
33
apresenta:
No dicionário:
“conhecimento atento
e aprofundado de algo;
conhecimento amplo adquirido
via reflexão ou observação”
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Não sei se você sabe,
mas essas observações
e reflexões começaram
a ser feitas lá na Era
pré-histórica, nos
primórdios da humanidade,
quando o Homo sapiens
(nome científico do ser
humano) examinava tudo
que existia em sua volta.
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A história sobre a Ciência traz muitos pensadores.
Embora uns sejam mais lembrados do que outros, todos
contribuíram muito para o que se conhece sobre Ciência
nos dias atuais. Desde Aristóteles, Galileu e Newton,
muitos estudiosos passaram suas vidas observando obje-
tos, reações e situações, pensando e refletindo sobre
quais leis guiavam esses processos. De seus estudos
resultaram as ideias de como eles poderiam reagir e
como eles poderiam influenciar, tanto a nível local (no
nosso contexto mais próximo), como global (no contex-
to mais amplo, atingindo toda a humanidade e a Terra).
Galileu Aristóteles
Newton
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Uma obra muito importante para a Ciência é o “Discurso do
Método” de René Descartes, um filósofo e matemático
francês que viveu entre 1596-1650. Em 1637, ele elaborou
regras de como fazer Ciência. Ele queria que a Ciência
pudesse ser reprodutível e, para isso, estabeleceu que
deveria ser utilizado um método, palavra que vem do
grego e significa “caminho para chegar a um fim”.
René Descartes
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O método científico observa a natureza e a sociedade,
promove uma reflexão para pensar em ideias e hipóteses,
de maneira que possam ser testadas e, assim, concluir se
elas estavam certas ou erradas. Às vezes é preciso mais
atenção e orientação para chegar a interpretações muito
bem fundamentadas e estruturadas, porque na Ciência
não existe verdade absoluta ou achismos ou adivinhações,
mas sim, existe muito trabalho.
A partir de outros
ensinamentos sobre como
fazer Ciência, os conceitos
foram evoluindo e sendo
Karl R. Popper questionados dentro da
própria Ciência.
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Popper propôs que as teorias científicas só existiriam
se fosse possível necessariamente testá-las como
falsas, ou seja, a possibilidade de ser falsa exigiria que
ela fosse testada de alguma forma. Para ele, o pro-
cesso de pesquisa apresentava 3 momentos:
? ? PrObLeMa:
pensar em um conflito
??
? que precisa ser resolvido.
?
CoNjEcTuRaS:
comprovar através
de experimentos.
X FaLsEaMeNtO: X
provar que a teoria é
científica pelo fato de ela
poder ser falsa.
X
6
Depois, Thomas Khun, um físico e filósofo da Ciência
estadunidense que viveu entre 1922-1996, trouxe o debate
entre Ciência normal e revolução científica, propondo
gerar novas hipóteses (algo que pode ou não acontecer)
para depois serem testadas e, por fim, chegar a uma
nova proposta de explicação. Sua contribuição principal
foi trazer a relação mais profunda entre a História e a
Ciência para além das descrições dos estudos da vida
dos cientistas, mostrando como, ao longo da História, os
caminhos da Ciência foram se moldando.
Thomas Khun
As discussões
não param e existirão para
sempre. Isso é o gratificante da
Ciência: a possibilidade de permitir
mudanças, alterações, evoluções
e reflexões na busca incessante
pelas respostas.
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ToDo eSsE pRoCeSsO é rEaLiZaDo
pOr cIeNtIsTaS e pEsQuIsAdOrEs!
Pode parecer estranho, mas aqui no Brasil os pesquisa-
dores são os cientistas e vice-versa. A profissão de
cientista/pesquisador não é regulamentada em nosso
país, o que pode deixar as pessoas mais confusas ainda.
Quem faz a Ciência aqui é o/a pesquisador(a) e, portanto,
é o(a) cientista. Esse profissional é quem realiza a
pesquisa científica a partir de uma ideia/hipótese, esta-
belece objetivos, cronogramas e uma metodologia (pas-
sos para testar a ideia) a ser seguida, mantendo o seu
foco na resolução de problemas de pesquisa. Além disso,
o conhecimento serve para propor outras hipóteses ou
mesmo concluir a criação de novos paradigmas (um
exemplo que serve como modelo padrão).
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VoCê dEvE eStAr sE pErGuNtAnDo: E cOmO é uM
cIeNtIsTa? SeRá qUe eU pOsSo fAzEr CiênCiA tAmBém?
O cientista é um indivíduo curioso, criativo, dedicado e com
muita resiliência (capacidade de se reestabelecer ou se
adaptar a situações que não saíram como esperado ou às
mudanças), sempre disposto a resolver novos problemas.
Podemos encontrá-los facilmente, pois SIM, eles são pes-
soas comuns como nós. Normalmente, as universidades,
principalmente as públicas, selecionam e contratam pro-
fessores para desempenhar 3 papéis principais:
A ExTeNsÃO:
leva o conhecimento
desenvolvido na universi-
dade para a sociedade,
O EnSiNo: assim como constrói
a Graduação, projetos junto a ela;
que forma
profissionais. A PeSqUiSa:
Ex: enfermeira, fazer Ciência.
professor,
etc;
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Além de pesquisar, é fundamental que os resultados das
pesquisas sejam divulgados para a sociedade (afinal a
Ciência serve para nos orientar sobre todos os processos
que vivenciamos), o que é feito principalmente por meio
de congressos (eventos que são feitos para apresentar as
pesquisas e seus resultados, assim como abrir novas possi-
bilidades de pesquisas futuras) e de publicações científi-
cas*, além de livros. Outras ações buscam aproximar o
material produzido do público geral, ou seja, quem não é
cientista e precisa de um vocabulário e ações práticas
mais fáceis de compreender, a exemplo dos projetos de
extensão e projetos de assistência à população.
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PoR qUê?
cOmO?
PaRa aLeGrIa gErAl,
qUaLqUeR pEsSoA qUe
qUeIrA, pOdE sEr cIeNtIsTa. ê?
o qU
O primeiro passo para saber oNdE?
se você QUER ser é observar
suas características pessoais: qUa NdO?
bIo
s LoG
ExAtA hUmAnAs iCa
S
11
O mOmEnTo dE iNiCiAr
nA CiênCiA vArIa
dE pEsSoA pArA pEsSoA.
12
Outra maneira de iniciar
a carreira na Ciência é por meio da
InIcIação CiEnTífIcA JúnIoR (IcJ),
nome que se dá à etapa de começo na Ciência.
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Outra forma de ingressar na carreira científica
é conversando com um pesquisador de sua escolha
e pedindo por uma oportunidade de estagiar
no laboratório.
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Existem alguns projetos e programas de incentivo ao início
na Ciência. Um dos mais importantes e consolidados é o
Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica
(PIBIC), associado ao Conselho Nacional de Desenvolvimento
Científico e Tecnológico (CNPq). Há ainda o Programa Insti-
tucional de Bolsas de Iniciação em Desenvolvimento Tec-
nológico e Inovação (PIBITI), voltado para projetos de
pesquisa e inovação; e o Programa de Educação Tutorial
(PET), oferecido pelo Governo Federal.
ÃO
EdUcAÇ
CiÊNcIa
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Cada Secretaria Estadual de Educação tem, em sua
página na internet, informações sobre os programas
e projetos relacionados. Geralmente, lá conseguimos
encontrar projetos de aprimoramento de estudos, cursos
de inclusão, aprendizagem de línguas e incentivo a feiras
de Ciências. Já o Governo Federal possui alguns
programas nacionais que prometem cooperar com a
formação acadêmica. O CNPQ, via Ministério de Ciência,
Tecnologia e Inovação, e a CAPES, via Ministério da
Educação, oferecem os principais editais de fomento
à pesquisa e editais de incentivo à formação de pesquisa-
dores por meio das bolsas de estudos. Algumas empresas
privadas possuem seus programas de incentivo, assim
como sociedade acadêmicas e científicas, em que ofere-
cem prêmios e estágios. Para facilitar, eu vou deixar algu-
mas páginas aqui para vocês buscarem as informações:
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Não é fácIl fAzEr eStA tRaJeTórIa cIeNtífIcA.
O caminho é longo, mas é muito gratificante. Ser cientista
requer dedicação, atualização constante e estudo sempre!
Por isso, chamo atenção para que os incentivos e investi-
mentos à pesquisa nacional sejam constantes
e abundantes.
A CiênCiA
tRaNsFoRmA!
ObRiGaDa!
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MATERIAL DE ESCLARECIMENTO
SOBRE A CIÊNCIA NO ENSINO MÉDIO.