Estagio Da Arte em Nampula
Estagio Da Arte em Nampula
Estagio Da Arte em Nampula
Universidade Rovuma
Nampula
2023.
Universidade Rovuma
Nampula
2023.
Índice
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Introdução........................................................................................................................................4
Conclusão......................................................................................................................................11
Bibliografia....................................................................................................................................12
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Introdução
O presente trabalho da disciplina de Estudos contemporâneos da Arte Moçambicana, tem como
tema, Analise do Estágio da arte em Moçambique (Nampula). Assim, no desenvolvimento
deste trabalho, irei abordar em primeira instância, as dificuldades enfrentadas pelos artistas
locais, falta de patrocínio e envolvimento dos artistas nos projetos do governo relacionados a
área, propostas ou apelos feitos para a superação das dificuldades e descrição das novas direções
e novos campos de criação artística.
Portanto, a elaboração do presente trabalho foi efetivada pela leitura e analise de vários
documentos virtuais e paginas da internet, cuja referencia bibliográfica encontra-se na pagina
reservada para o efeito, e, apresenta a seguinte organização estrutural: introdução,
desenvolvimento, conclusão e bibliografia.
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Os artistas estão também preocupados com o facto de os principais clientes serem os cidadãos de
origem estrangeira e acusam os nacionais de não valorizarem a sua própria cultura.
Gilberto Pedro, de 40 anos, é responsável pela Galeria de Artes Maconde, uma das mais antigas
da província de Nampula, criada em 1974, ainda antes da independência de Moçambique.
Em entrevista à DW África, Gilberto Pedro, que é também escultor há mais de 20 anos, lamentou
a fraca adesão dos clientes aos produtos que ele e seus colegas produzem. O escultor diz não
perceber a real causa, uma vez que abrandou o clima de tensão político-militar que era a
justificação dada pelos clientes, na maioria, estrangeiros.
"Desde aquele tempo em que ficámos em guerra [2015], não temos sucesso no negócio. O
movimento dos clientes está muito fraco'', afirma o escultor.
A titular da área, Eldevina Materula, esteve em visita de trabalho no maior círculo eleitoral do
país, e foi num encontro realizado com os artistas que estas queixas vieram à tona, incluindo a
ideia de que apenas artista do centro e sul do país são os que se têm beneficiado.
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O projeto “Arte no Quintal” foi um dos casos bastantes criticado na referida reunião havida na
última sexta-feira (30 de Abril). Esta iniciativa foi lançada em 2020, por forma a alavancar os
artistas dentro do período da pandemia da covid-19 que não permite a atuação destes.
“O que eu fiz referência é que os projectos são bem-vindos nas províncias, tendo em conta a
situação da pandemia da covid-19, onde começamos a fazer o uso das tecnologias de ponta,
sobretudo, a Internet para a divulgação dos nossos trabalhos. Mas, para o caso da província de
Nampula, tal como as outras, temos artistas nos distritos recônditos que não usam telefones com
sistema Android, não usam essas plataformas digitais, como é que será para estes artistas? E nós
como Associação provincial havemos de ser questionados sobre isso. O que diremos? Então,
estávamos a chamar atenção no sentido de se olhar, também, os artistas que estão nas zonas
recônditas, de modo que sejam beneficiários destes projectos”, disse o músico e compositor
Sebastião Damas.
Para sustentar a sua preocupação, Sebastião Damas que, também, é secretário geral da
Associação dos Músicos de Nampula (AMUNA) usa o projecto “Arte no Quintal” que, segundo
ele, “este projecto foi difícil. Nós tentamos concorrer e nenhum de nós conseguiu. Como sabe, o
domínio da Internet alguns começaram agora, pelo menos eu não tenho nome de nenhum artista
daqui de Nampula que tenha conseguido se inscrever no Arte no Quintal, por isso chamo mais
atenção a ministra para que se possa rever a criação e implementação destes projectos”.
Segundo Gilberto, há dias em que não se vende nem uma peça de artesanato, ao contrário do que
acontecia em anos anteriores, quando a galeria recebia diariamente dezenas de apreciadores e
clientes.
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por isso tem prioridade na destruição.”53 Diz que não tinha o sonho de ser escultor mas,
hoje, a escultura é a sua maior realização.54 Não se vê a fazer outra coisa, faz
regularmente exposições em Maputo, recebe convites vindos de diversas partes do
mundo, já mostrou os seus trabalhos em diferentes fora e já integrou exposições
itinerantes como, por exemplo, Africa Remix.
Inovadora na época foi também a proposta de Marcos Bonifácio Muthewuye (n 1972) quando,
então ainda bolseiro em Cuba, veio de férias a Moçambique. Apresentou-se em 1998 no Centro
Cultural Franco-Moçambicano e chamou a atenção com uma performance inspirada no Mapiko
do maconde.56 Procurava um diálogo entre o tradicional e o contemporâneo, ainda hoje muito
presente nos seus trabalhos mais recentes, combinando a sua experiência pessoal e as suas
experiências de formação e reflexão que passavam também pelo que acontecia na Bienal de
Havana. A formação em Cuba “abriu-me asas para o meu crescimento como artista”, disse
recentemente.57Volvidos vários anos, para este professor-artista a performance continua a ser
um meio privilegiado de expressão e lamenta que seja, tal como o vídeo, a instalação e outras
formas de arte contemporânea, ainda tão pouco presente na cena artística moçambicana.
Em actividade desde os anos 90, alguns ex-membros da desaparecida Arte Feliz, decidiram
juntar as suas experiências, formação e práticas diversas para incentivar a prática da arte
contemporânea explorando novos campos de criação, renovando formas de expressão artística
existente, alargando a diversidade da prática artística em Moçambique.59 A primeira exposição
dos artistas do Movimento, foi realizada em 2003. Suscitou interesse e curiosidade por parte do
público que a visitou, maioritariamente jovem ou interessado, mas passou praticamente
despercebida.60 Num contexto em que não havia crítica de arte regular e havia poucos críticos,
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nomes marcantes, alguns fotógrafos têm combinado o trabalho documental e a arte. Apesar desse
facto, pode dizer-se que a interrogação da fotografia como meio e o questionamento dos limites e
das possibilidades da representação fotográfica é uma prática recente. José Cabral (n 1952) é,
neste sentido, uma excepção. Sérgio Santimano (n 1956) e Rui Assubuji (n 1964) têm
participado em diversas exposições. Uma nova geração de que fazem parte, entre outros, Luís
Basto (n 1969), Mauro Pinto (n 1974), Mário Macilau (n 1984), Filipe Branquinho (n 1977) tem
vindo a afirmar-se. A realização dos encontros internacionais de fotografia em Maputo a partir
de 2002 abriu caminhos que alguns, os mais jovens, têm seguido. Participando em exposições
internacionais, integrando projectos colectivos locais, concorrendo com projectos individuais a
diversos prémios (e ganhando-os).
Depois de um período de mais actividade, os artistas do MUVART parecem ter tido necessidade
de se voltar para si, continuar a sua procura individual, consolidar propostas próprias. Realizaram
exposições individuais, Gemuce em 2009 e Jorge Dias em 2010, participam em colectivas e em
projectos especiais, como o das “Ocupações Temporárias”, em projectos com outros artistas, por
exemplo, Gemuce e Ulisses (n 1952) em 2011 ou Gemuce e Félix Mula (n 1979), em 2013.
Alguns artistas parecem mesmo ter dado um tempo, seguir discretamente o seu percurso, como
Vânia Lemos, por exemplo. Jorge Dias divide-se entre múltiplos afazeres. O acompanhamento
de artistas e a curadoria de exposições é alguma coisa que o apaixona, a escrita também. A sua
voz faz falta num contexto onde praticamente não há críticos e onde há algum vazio resultado
das mudanças ocorridas. Também porque, como diz, “o artista deve ser o primeiro a trazer
contributos teóricos e conceptuais sobre o seu trabalho”. Num contexto de fragilidade da
educação artística formal, de ausência dos agentes indispensáveis a um sistema das artes, da
inexistência de uma estrutura institucional de apoio, ainda é cedo para avaliar o impacto das
propostas do movimento de arte contemporânea na cena artística moçambicana. Podemos
interrogar-nos sobre as propostas das suas últimas bienais, mas a sua acção ampliou,
indiscutivelmente, o campo artístico local. Preparou-o para outros projectos, pelo menos na sua
fase de arranque, como foi o caso das Ocupações. O projecto - Ocupações temporárias 20.10 -
uma proposta iniciada por Elisa Santos, uma curadora independente, envolveu na sua 1ª edição
seis artistas: Gonçalo Mabunda, Gemuce, Maimuna Adam, Mauro Pinto, L.Pinto e Celestino
Mudaulane. Pretendendo ocupar, temporariamente, com obras de arte espaços-património da
cidade, até aí não utilizados para esse fim, as ocupações, rapidamente, afirmaram-se como
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Conclusão
As condições de apoio à produção artística estão longe de ser as desejáveis para este tempo novo
que se inicia. É urgente reforçar o sistema de formação, as instituições culturais existentes e
reajustar os modelos e políticas seguidos. Os apoios do Estado reduziram-se drasticamente e são
dispersos e pouco consequentes os restantes. Às coleções existentes falta uma gestão profissional
e uma política de aquisições adequada. Apenas os espaços de exposição parecem corresponder à
atual produção artística.
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Bibliografia
Sitoi Lutxeque (Nampula) 17/06/201717 de junho de 2017
Artistas de Moçambique Olhando para si próprios e para o mundo Alda Costam. Third Text
Africa, Vol. 5, 2018