Memorex OAB - Rodada 1 - Exame XXXVIII
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Nesse material focamos também nos temas mais simples e com mais DECOREBA, pois,
muitas vezes, os deixamos de lado e isso pode custar sua aprovação.
Portanto, utilize o nosso material com todo o seu esforço, estudando e aprofundando cada
uma das dicas.
Se houver qualquer dúvida, você pode entrar em contato conosco enviando suas dúvidas
para: [email protected]
ÍNDICE
ÉTICA ......................................................................................................................................... 4
FILOSOFIA DO DIREITO ............................................................................................... 17
DIREITO CONSTITUCIONAL ....................................................................................... 21
DIREITOS HUMANOS ...................................................................................................... 34
DIREITO INTERNACIONAL .......................................................................................... 37
DIREITO TRIBUTÁRIO ................................................................................................... 40
DIREITO ADMINISTRATIVO ....................................................................................... 46
DIREITO AMBIENTAL ..................................................................................................... 57
DIREITO CIVIL ................................................................................................................... 60
ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE .................................................. 69
CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR ............................................................... 71
PROCESSO CIVIL .............................................................................................................. 75
DIREITO EMPRESARIAL................................................................................................ 92
DIREITO PENAL ................................................................................................................. 98
PROCESSO PENAL........................................................................................................... 112
DIREITO DO TRABALHO ............................................................................................. 124
PROCESSO DO TRABALHO ......................................................................................... 135
DIREITO ELEITORAL ..................................................................................................... 145
DIREITO FINANCEIRO ................................................................................................. 154
DIREITO PREVIDENCIÁRIO...................................................................................... 162
DICA 01
DOS DIREITOS DO ADVOGADO
Atenção! Tema de maior incidência.
O advogado é indispensável para administração da justiça.
Os Direitos e prerrogativas dele, estão ligados às vantagens dadas a ele na função em que
exerce; mesmo em seu ministério privado, desempenha função social, múnus público.
Entre magistrados, membros do Ministério Público e advogados, não há hierarquia e nem
subordinação, devendo o advogado ter tratamento compatível a sua função.
ARQUIVOS E DADOS
É INVIOLÁVEL
CORRESPONDÊNCIAS
COMUNICAÇÕES TELEFÔNICAS,
ELETRONICA E TELEMÁTICA
O advogado poderá ter acesso, sem restrições, aos seguintes locais, serviços ou
situações:
DICA 06
DA COMUNICAÇÃO COM O CLIENTE
O advogado é livre para comunicar-se com seus clientes, sendo pessoalmente e em
ambiente reservado.
Presos;
Detidos;
A prisão mencionada será cautelar, pois se trata de ser anterior a sentença transitada
em julgado.
DICA 09
DO DESAGRAVO PÚBLICO
É um ato formal que objetiva mostrar repúdio a ofensas contra a classe dos advo-
gados.
Mesmo autorizado, ou solicitado, o advogado também é livre para depor ou não como
testemunha.
O advogado também poderá prestar assistência aos seus clientes investigados, durante o
procedimento, apresentando razões e quesitos.
Obs.: Caso não seja respeitada a assistência do advogado ao cliente, todo o procedi-
mento e suas provas poderão ser nulas.
DICA 12
IMUNIDADE PROFISSIONAL
O advogado possui imunidade profissional em qualquer manifestação da sua parte, em
função da sua atividade e no seu exercício, sendo em juízo ou fora dele, respondendo
pelos excessos que cometer perante a OAB.
Injúria;
Difamação;
DICA 13
DAS INSTALAÇÕES AO ADVOGADO
É direito do advogado ter instalações condignas para exercer sua profissão em:
Fóruns,
Tribunais,
Juizados,
Delegacias de polícia,
Presídios,
Entrada em tribu-
nais sem ser sub-
metida a detec-
tor de metal e ------------------- ------------------- -------------------
aparelho raio x.
Período da gravi-
dez.
Reserva de vaga
em garagens dos
------------------- ------------------- -------------------
foros.
Período da gravi-
dez.
Suspensão de Suspensão de
prazos processu- prazos proces-
ais, quando for a suais, quando for
------------------- ------------------- única patrona da a única patrona da
causa, com notifica- causa, com notifi-
ção do cliente. cação do cliente.
Por 30 dias. Por 30 dias.
Prisão do advogado.
A infração desses dispositivos, gera detenção de 2 a 4 anos e multa.
10
Decisão do Conselho Pleno do Conselho Federal da OAB prevê que Advogados (as)
travestis e transexuais poderão usar o nome social no Registro da Ordem dos Advoga-
dos do Brasil, sendo apreciada, no Art. 33, parágrafo único, do Regulamento Geral do EA-
OAB. Esta informação será inserida mediante requerimento do advogado (a).
DICA 17
DA INSCRIÇÃO NA OAB: DOS REQUISITOS PARA INSCRIÇÃO DO ADVOGADO E DO
ESTAGIÁRIO DE DIREITO
Advogado Estagiário
Art. 8º, incisos I ao VII do EAOAB Art. 9º, incisos I e II, §§ 1º ao 4º da EAOAB
11
Não exercer atividade Incompatível Inciso II, §2º - Vedada Inscrição, o Aluno
que exercer atividade incompatível.
Idoneidade Moral *** (próxima dica) Idoneidade Moral *** (próxima dica)
12
DICA 19
DA IDONEIDADE MORAL – SÚMULAS RELEVANTES
SÚMULA 09/2019
Abordou sobre a violência contra as mulheres; que configura ato inidôneo aquele
que a praticar, independente de instancia criminal, cabendo ao Conselho Seccional a
análise do caso.
SÚMULA 10/2019
SÚMULA 11/2019
DICA 20
INSCRIÇÃO PRINCIPAL E SUPLEMENTAR
O advogado pode exercer sua profissão em todo território nacional, com liberdade, tendo
sua inscrição:
Inscrição principal: Realizada no CONSELHO
SECCIONAL em cujo território pretende esta-
belecer DOMICILIO PROFISSIONAL (Art.
10 EAOAB).
INSCRIÇÃO DO
ADVOGADO
Inscrição suplementar: Será feita nos CON-
SELHOS SECCIONAIS em que exercer a pro-
fissão com HABITUALIDADE (Art. 10, §2º).
Todos os direitos reservados. proibida cópia, plágio ou comercialização.
Pensar Concursos.
13
A inscrição do advogado, uma vez cancelada, não será restaurada com numeração
anterior, cabendo então nova inscrição, e, para isso, será preciso verificar e preencher os
requisitos presentes no Art. 8 do EAOAB.
DICA 22
DAS ATIVIDADES PRIVATIVAS DA ADVOCACIA
Atividades de consultoria;
Assessoria,
14
Juizados Federais;
Fazenda Pública;
Justiça do Trabalho
Juiz de Paz.
De acordo com o art. 791 da CLT, empregado e empregador podem postular diretamente,
sem advogado, perante a Justiça do Trabalho, o que caracteriza o “Jus Postulandi”.
O jus postulandi, não alcança: Ação rescisória, MS, Ação Cautelar e recursos referentes
ao TST.
DICA 25
DA IMPETRAÇÃO DO HABEAS CORPUS
A impetração do habeas corpus não é atividade privativa do advogado.
O habeas corpus pode ser impetrado por qualquer pessoa, inclusive, o estudante de di-
reito.
15
16
DICA 26
NORBERTO BOBBIO - ANTINOMIAS
Critérios:
Critério Hierárquico: Norma constitucional prevalece sobre Lei complementar e lei or-
dinária.
Critério cronológico: Lei posterior prevalece sobre lei anterior. Lex posterior derogat
legi priori.
Questão simulada:
A antinomia é uma situação na qual são colocadas em existência duas normas, das
quais uma obriga e a outra proíbe, ou uma obriga e a outra permite, ou uma proíbe e
a outra permite o mesmo comportamento. Um jurista que abordou muito este assunto
foi:
a) Miguel Reale
b) Joaquim Barbosa
c) Norberto Bobbio
d) Santo Agostinho
Resposta: Letra C
17
Ulpiano, importante jurista romano, resumiu em três os conceitos pelos quais devia ser
regida a sociedade romana e consequentemente suas leis: Não prejudicar ninguém, vi-
ver honestamente e dar a cada um aquilo que lhe corresponde (Iustitia est constans
et perpetua voluntas ius suum cuique tribuendi).
Para o romano Ulpiano, justiça é a vontade constante e perpetua de dar a cada um o
que é seu por direito. Ulpiano também defendia que um dos principais pilares jurídicos
deveria ser o “não ofender ninguém”, e tal pensamento acabou sendo a base principiológica
do Princípio libertário da não agressão.
Lembrando: Na Roma destes filósofos, as leis eram regidas pelos chamados Mos mai-
orum, que eram os costumes e regras, não escritos, que regiam a vida dos romanos e de
todos que lá viviam.
DICA 28
CÍCERO
Na visão do romano e jusnaturalista Cícero, a honestidade e a boa-fé deve sempre
reger a vida e convivência social. Cícero tinha esta visão principalmente acerca dos
assuntos relacionados ao direito privado. Cícero é defensor da república e da trilha estóica,
que defende que o governante deve ser dotado de sabedoria, para assim guiar os governa-
dos, sem se deixar influenciar pelas paixões.
Advogado, político, filósofo e orador romano, Cícero era um grande representante da visão
estóica. Cícero pensava que a sabedoria é indispensável aos magistrados. A sabedoria
é a principal virtude ou excelência da forma de governo aristocrática, que Cícero
translitera para a República, isto é, para a forma de governo misto.
Cícero segue a trilha estóica porque entende que a sabedoria é capaz de neutralizar as
paixões, por isso ele diz que o mais admirável na aristocracia é que aqueles que mandam
não estão submetidos às paixões. Para Cícero, as ideias platônicas do Estado ideal, cujo
governo compete aos sábios, eram perfeitamente complementares com a doutrina estóica
do Logos (razão Universal).
“A natureza quer que a amizade seja auxiliadora de virtudes, mas não companheira de
vícios”
Importante: Para Cícero, só a honestidade é boa, pois na honestidade estão incluídas
todas as virtudes.
Ser filosofo: O bom orador deve sempre buscar o porquê de fatos importantes (Ex.:
O que é justiça? O que é a vida?).
Ser moralista: Para Cícero, ser moralista era o mesmo que ser coerente, ou seja, você
defender atitudes que segundo seus valores, são as corretas.
Ser ator: Um bom orador deve, segundo Cícero, seria você passar a emoção correta no
momento correto.
Ser poeta: É o que traz no seu discurso a beleza das palavras, trazendo ao discurso
argumentos que realmente convençam.
Todos os direitos reservados. proibida cópia, plágio ou comercialização.
Pensar Concursos.
18
Questão simulada:
“A única questão que se nos apresenta para ser decidida consiste em saber se os réus,
dentro do significado do N.C.S.A. (n.s.) § 12-A, privaram intencionalmente da vida a
Roger Whetmore. O texto exato da lei é o seguinte: “Quem quer que intencionalmente
prive a outrem da vida será punido com a morte”. Devo supor que qualquer observador
imparcial, que queira extrair destas palavras o seu significado natural, concederá imedi-
atamente que os réus privaram “intencionalmente da vida a Roger Whetmore”. (FULLER,
1976, p.42).
No livro “O caso dos exploradores de caverna”, o ministro Keen profere o seu voto a favor
da execução dos exploradores, levando muito a sério o que a lei fala, não se afastando
do legalismo. Assim, suas falas são carregadas de uma hermenêutica da legislação de
forma literal.
Podemos afirmar que a visão do ministro Keen está alinhada ao:
a) Jusnaturalismo
b) Socialismo
c) Juspositivismo
d) Capitalismo
Resposta: Letra C
DICA 30
JUSNATURALISMO
Fontes do direito natural: Na Grécia, a razão era uma das fontes do direito natural,
sendo assim as leis não poderiam ser diferentes da razão, mas sim em sentido convergente
à razão. Já na Europa medieval, a vontade de Deus era também vista com uma fonte
de direito natural. E mais: Agostinho de Hipona (também chamado de Santo Agostinho)
dizia que a vontade de Deus era igual à razão.
Como isto poderia cair na minha prova?
19
Questão simulada:
“uma lei injusta simplesmente não é lei”. Agostinho de Hipona
Santo Agostinho, também conhecido como Agostinho de Hipona, era um ferrenho de-
fensor do direito natural, que tem como uma de suas bases a razão. Na sua visão, a
vontade de Deus era alinhada à razão. Diante de tais informações, podemos dizer que
ele era um defensor do:
a) Ideal revolucionário contra pensamentos teológicos;
b) Jusnaturalismo;
c) Juspositivismo;
d) Capitalismo de base.
Resposta: Letra B
20
DICA 31
HISTÓRIA CONSTITUCIONAL BRASILEIRA
1824 (Império): Poder Imperial - trouxe quatro poderes imperiais e o Poder Mode-
rador.
A Constituição de 1824 previa o Poder Moderador, que estava nas mãos do Imperador.
1934 (Estado Novo): Avanço com relação aos direitos sociais, direitos dos trabalha-
dores.
1937 (Constituição Polaca): recebeu apelido de Polaca, por ter sido inspirada no mo-
delo semifascista polonês, era autoritária e concedia ao governo poderes praticamente
ilimitados.
DICA 32
CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988 - A CONSTITUIÇÃO CIDADÃ
No contexto histórico em que foi elaborada, a Constituição Federal de 1988 precisava tra-
zer inovações, ampliar direitos e resgatar as garantias individuais asseguradas pela Carta
de 1946 que foram suprimidas durante o Regime Militar. Logo no seu início, a Constituição
conhecida como Cidadã identifica os fundamentos e as bases do Estado brasileiro que se
instaura com ela: a soberania, a cidadania, a dignidade da pessoa humana, os valores
sociais do trabalho e da livre iniciativa e o pluralismo político.
A importância dada pelos constituintes foi tão grande aos direitos e garantias fundamen-
tais que eles foram posicionados antes mesmo da estruturação do Estado, como ocorria
nas constituições anteriores. Os legisladores reservaram o artigo 5º da Constituição aos
direitos e deveres individuais e coletivos e lhes conferiram o status de cláusulas pé-
treas, ou seja, não podem ser abolidos por meio de emenda constitucional.
É o artigo 5º que assegura o direito à propriedade, à liberdade de ir e vir, de se expressar,
de ter a religião que quiser, de ter garantida a inviolabilidade do lar, da correspondência
21
Mista: Uma classificação ainda polêmica, e não sendo adotada por alguns doutrinadores.
Essa teoria traz que, nos termos do art. 5º, § 3º, da Constituição Federal, os Tratados e as
Convenções de direitos humanos, aprovados em cada casa do Congresso, em dois turnos,
com voto de 3/5 de seus membros equivalerão a uma Emenda Constitucional, ou seja, um
documento de natureza constitucional que está fora da Constituição, sendo adotado tanto
o critério material como o formal. É a Teoria do Bloco da Constitucionalidade, através da
qual não é constitucional apenas o que está na CF, mas toda e qualquer regra de natureza
constitucional. Portanto, para alguns, o sistema que usamos é o misto.
Portanto, ao analisar a Constituição Federal de 1988 em relação com seu conteúdo,
pode-se dizer que ela é formal ou formalmente. O que seria dizer que a constituição é o
modo de ser do Estado, estabelecido em documento escrito. Não se há de pesquisar qual o
conteúdo da matéria. Tudo o que há na constituição é matéria constitucional. Essa
22
DICA 35
CLASSIFICAÇÃO DAS CONSTITUIÇÕES - ESTABILIDADE
Rígidas: constituições que exigem, para sua alteração, um processo legis mais árduo do
que o processo de alteração das normas não constitucionais.
Fixas: podem ser alteradas por poder igual ao que a criou, poder constituinte originário.
DICA 36
CLASSIFICAÇÃO DAS CONSTITUIÇÕES - FORMA
23
DICA 37
CLASSIFICAÇÃO DAS CONSTITUIÇÕES - ORIGEM
Pactuada: Decorre de um acordo entre dois grupos sociais, havendo mais de um titular
do poder constituinte. Um exemplo é a Carta Magna de 1215, que decorreu de um acordo
entre o rei e a nobreza.
A Constituição Federal de 1988 é promulgada, pois foi elaborada com a participação
popular. Originou-se de um órgão constituinte composto de representantes do povo, eleitos
com a finalidade de elaborar o texto constitucional.
DICA 38
CONSTITUIÇÃO - EXTENSÃO
Analíticas: Abrangem todos os assuntos que entende relevantes. São amplas, extensas,
prolixas, detalhas, como a nossa Constituição de 1988, por exemplo.
Quanto à Extensão a Origem a Constituição Federal é analítica, pois examina e re-
gulamenta todos os assuntos que entende relevantes. Contém normas materialmente cons-
titucionais e normas formalmente constitucionais. Por essa razão, é extensa e prolixa.
24
Constituição Dirigente: Além de fixar direitos e garantias, fixa metas estatais, fixa uma
direção para o Estado.
Quanto à Finalidade a Constituição Federal de 1988 é dirigente, pois além de criar
limites para a atuação do Estado com a previsão de direitos e garantias fundamentais, cria
direitos, garantias e metas para o Governo. Dirige programas institucionais para o Estado,
preocupa-se não só com o presente, mas também com o futuro, buscando condicionar os
órgãos estatais à satisfação de objetivos predefinidos. O termo “dirigente” significa que a
Constituição “dirige” a atuação futura do Estado, por meio da previsão de metas. E carac-
teriza-se pela presença de normas constitucionais de eficácia limitada definidoras de prin-
cípios programáticos.
DICA 40
CONSTITUIÇÃO - MODO DE ELABORAÇÃO
DICA 41
CONSTITUIÇÃO - CLASSIFICAÇÃO
Vale relembrar como a nossa Constituição Federal pode ser classificada hoje:
25
P Promulgada
E Escrita
D Dogmática
R Rígida
A Analítica
F Formal
26
DICA 42
CONSTITUIÇÃO - OUTRAS CARACTERÍSTICAS DA CF
Não importando aqui se a constituição corresponde ou não aos fatores reais de poder
que imperam na sociedade. O que interessa é que ela seja um produto da vontade do titular
do Poder Constituinte. Schmitt distingue ainda a Constituição de leis constitucionais:
A primeira, segundo ele, dispõe apenas sobre matérias de grande relevância jurídica
(decisões políticas fundamentais), como é o caso da organização do Estado, por exemplo.
A segunda, por sua vez, seriam normas que fazem parte formalmente do texto consti-
tucional, mas que tratam de assuntos de menor importância.
A concepção política de Constituição guarda correlação com a classificação das normas
em materialmente constitucionais e formalmente constitucionais. As normas materialmente
constitucionais correspondem àquilo que Carl Schmitt denominou “Constituição”. Normas
formalmente constitucionais são o que o autor chamou de “leis constitucionais”.
DICA 44
CONSTITUIÇÃO - TEORIA DA CONSTITUIÇÃO - CONCEPÇÕES OU SENTIDOS
Sentido sociológico: Segundo Lassale, a Constituição seria a soma dos fatores reais
de poder dentro de uma sociedade. Uma constituição só seria legítima se representasse o
27
Sentido político: Para Carl Schmitt a Constituição é uma decisão política fundamen-
tal do titular do constituinte. E traz as normas de organização do Estado, limitação do es-
tado, direitos individuais, normas de conteúdo materialmente constitucionais.
Sentido jurídico: Para Hans Kelsen a Constituição é fruto da vontade racional do ho-
mem, e não das leis naturais. É considerada norma jurídica pura, abstraindo-se de qualquer
consideração de cunho político, social, filosófico. Para o sentido lógico-jurídico Constitui-
ção significa norma fundamental hipotética, cuja função é servir de fundamento lógico
transcendental da validade da Constituição jurídico-positiva, que equivale à norma positiva
suprema, conjunto de normas que regula a criação de outras normas, lei nacional no seu
mais alto grau.
Sentido jurídico-positivo: norma posta - Constituição escrita que ocupa o todo do or-
denamento jurídico.
DICA 45
CONSTITUIÇÃO - SUPREMACIA DA CONSTITUIÇÃO
28
DICA 46
CONSTITUIÇÃO - PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS
Os princípios constitucionais são aqueles que guardam os valores fundamentais da
ordem jurídica e servem como limite de atuação para o agente público. São
nos princípios constitucionais que se condensa bens e valores considerados fundamentos de
validade de todo sistema jurídico. Vejamos o que diz texto constitucional:
“Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e
Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como
fundamentos:
A soberania;
A cidadania;
O pluralismo político.”
O Texto constitucional também traz no parágrafo único que, todo o poder emana do povo,
que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta Consti-
tuição.
DICA 47
CONSTITUIÇÃO - PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS - PRINCÍPIO DO ESTADO DE-
MOCRÁTICO DE DIREITO
A República Federativa do Brasil é um Estado Democrático, e isso significa que o poder
político é legitimado pelas escolhas tomadas pelo povo e não há autoridade que esteja acima
dele. Dizer que um Estado é democrático compreende a elevação da igualdade entre os
cidadãos e o repúdio aos status sociais. Em uma democracia, todos os cidadãos têm igual
valor para influenciar seus governantes.
Mas não é só, a República Federativa do Brasil também é um Estado de Direito.
Resumindo, no Brasil há a primazia da lei. Ninguém está acima da ordem jurídica, e também
não está abaixo dela. Perante à lei, todos são iguais. O chamado rule of law (ou império da
Todos os direitos reservados. proibida cópia, plágio ou comercialização.
Pensar Concursos.
29
Do ponto de vista interno – significa dizer que o Estado Brasileiro é superior a qualquer
outra organização existente ou que venha existir.
Do ponto de vista externo - é dizer que o Brasil está em situação de igualdade formal
perante os demais Estados internacionais, com os quais pode estabelecer relações sem vín-
culo de sujeição.
No entanto, é importante notar que a soberania nacional está cada vez mais complexa em
uma sociedade que não encontra fronteiras. Nesse cenário, se faz necessário a frequente
utilização do direito estrangeiro para resolver questões nacionais, sobretudo quando os con-
flitos envolvem tratados de direitos humanos. Um exemplo disso é a incidência da GDPR,
lei de proteção de dados europeia, para todos os negócios brasileiros que operem na Europa.
DICA 50
PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS - PRINCÍPIO DA CIDADANIA
Esse princípio traz a ideia do reconhecimento do indivíduo como pessoa integrada à socie-
dade estatal e, portanto, possuidora de direitos políticos ativos e passivos (influenciar e ser
influenciado nas decisões políticas).
Aqui, o cidadão não deve ser confundido com o nacional. A nacionalidade indica o vínculo
ao território estatal, seja por nascimento ou naturalização, a cidadania é o status ligado
ao regime jurídico, o possuidor ou possuidora de direitos políticos.
30
ATENÇÃO!
DICA 52
PODER CONSTITUINTE: EVOLUÇÃO DO PODER CONSTITUINTE
Versão moderna: Titular é o povo, seu exercício é realizado pelas Assembleias Cons-
tituintes, incorporando instrumentos de decisão popular como o plebiscito e o referendo.
DICA 53
TEORIAS DO PODER CONSTITUINTE ORIGINÁRIO
31
Características:
Inicial;
Autônomo;
Permanente;
Incondicionado;
Ilimitado.
Para a doutrina mais adequada, o Poder Constituinte Originário não pode ser compreen-
dido como absoluto, sendo limitado por aspectos espaciais, culturais e pelos direitos hu-
manos (direitos suprapositivos).
DICA 55
PODER CONSTITUINTE DERIVADOR REFORMADOR
Reforma global do texto (art. 3º, ADCT) Alteração do texto da CF/88 (art. 60, CF)
Realizada após 5 anos da promulgação da Legitimidade: Presidente da Repú-
CF/88, em sessão unicameral (Congresso blica; um terço da Câmara dos Deputa-
Nacional), com quórum de maioria absoluta dos ou do Senado federal; mais da me-
para aprovação das emendas de revisão. tade das Assembleias Legislativas da fe-
Ocorreu em 1994, aprovando 6 emendas. deração, com votação de maioria simples
em cada uma delas.
32
33
DICA 56
CONCEITO DE DIREITOS HUMANOS
Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), “os direitos humanos são direitos ine-
rentes a todos os seres humanos, independentemente de raça, sexo, nacionalidade,
etnia, idioma, religião ou qualquer outra condição”.
Para André Ramos, “consiste na qualidade intrínseca e distintiva de cada ser humano,
que o protege contra todo tratamento degradante e discriminação odiosa, bem como asse-
gura condições matérias mínimas de sobrevivência. Consiste em atributo que todo indivíduo
possui, inerente à sua condição humana”.
Direitos Fundamentais: direitos positivados na ordem interna dos Estados (na Constitui-
ção).
DICA 57
FUNDAMENTOS DOS DIREITOS HUMANOS
Importante pontuar que não existe uma lista fechada de direitos humanos e o reconheci-
mento de tais direitos, passam por uma constante evolução histórica.
Teoria positivista: Fundamentados nos textos legais dos Estados, encontram seu
preceito de validade forma na Constituição.
34
Marco: Frutos das chamadas lutas sociais na Europa e Américas, sendo seus marcos a
Constituição Mexicana, a Alemã de Weimar.
O papel do Estado na defesa dos direitos humanos de segunda geração é ativo (pres-
tações positivas).
De titularidade da comunidade.
35
36
DICA 61
CONSIDERAÇÕES INICIAIS SOBRE O DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO
O Direito Internacional Público é um conjunto de preceitos que regem as relações in-
ternacionais.
São regidos por princípios, a saber: soberania, autonomia (não ingerência), respeito
aos direitos humanos, interdição do uso da força e cooperação internacional.
Os sujeitos do Direito Internacional para a doutrina clássica são apenas os Estados
(países) e Organizações Internacionais, para a doutrina contemporânea, são considera-
dos sujeitos também, os indivíduos.
Indivíduos
DICA 62
FONTES DO DIREITO INTERNACIONAL
Servem para a solução de casos concretos.
Costume internacional;
Decisões judiciárias; e
Doutrina.
Fique atento!
37
Ex.: A ONU que tem uma missão de manutenção da paz e segurança internacional.
Temos diversas OIs constituídas, com as mais variadas finalidades, como a saúde, o
comércio.
A escolha da sede da OI cabe aos próprios membros, podendo ser escolhido a ins-
talação em um território não membro, após a escolha é celebrado o acordo-sede.
38
A naturalização ordinária está prevista no art. 12, II, alínea a, da CF: adquiram a nacio-
nalidade brasileira, exigidas aos originários de países de língua portuguesa apenas residên-
cia por um ano ininterrupto e idoneidade moral. Para os não originários de países de língua
portuguesa, os critérios estão previstos no art.65 da Lei 13445/2017.
A naturalização extraordinária está prevista no art. 12, II, alínea b, da CF: os estrangei-
ros de qualquer nacionalidade, residentes na República Federativa do Brasil há mais de
quinze anos ininterruptos e sem condenação penal, desde que requeiram a nacionalidade
brasileira.
Situação especial dos portugueses, previsão no art. 12, II, § 1º CF, cabível apenas para
os portugueses com residência permanente no Brasil, existe um Tratado de Amizade, co-
operação e consulta garantindo a reciprocidade e são atribuídos os direitos inerentes ao
brasileiro naturalizado.
39
Isenção: Possui previsão legal. Lei de competência do ente tributante poderá prever
hipóteses em que se impede o lançamento do crédito tributário. Neste caso, o ente já
exerceu sua competência ao instituir o tributo, porém o lançamento (constituição do crédito
tributário) será impedido por previsão em lei. Exemplo: Lei Municipal que prevê a isenção
de IPTU a imóveis com área inferior ao módulo urbano.
Não incidência: Hipótese em que não há o dever de pagar tributos, pois não há sub-
sunção do fato ocorrido no mundo real e aquele previsto abstratamente na norma. Ou seja,
a norma descreve uma hipótese de incidência que não se verifica no mundo fático.
Exemplo: não é possível cobrança de IPVA sobre embarcações e aeronaves, pois o imposto
somente incide sobre a propriedade de veículos automotores. Como embarcações e aero-
naves não são veículos automotores não é possível a cobrança de IPVA.
Alíquota zero: Hipótese em que não há o dever de pagar tributos porque, em razão de
política fiscal, um dos elementos de quantificação do tributo – qual seja a alíquota
– é zerada. Exemplo: O governo visando incentivar a compra de produtos sustentáveis
zera a alíquota do ICMS incidente nas operações com mercadorias de origem sustentável.
DICA 68
EXCLUSÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO
40
Fato decorrente de conluio doloso entre pessoas físicas ou jurídicas. ATENÇÃO: nessa
hipótese a lei do ente tributante pode permitir a concessão de anistia.
ATENÇÃO!
DICA 69
OBRIGAÇÃO TRIBUTÁRIA
Toda obrigação é relação jurídica transitória entre credor e devedor.
A relação jurídico-tributária, ou obrigação tributária, é sempre composta por um ente
da administração pública (União, Estado, Município e DF) OU outro a quem tenha sido
delegada essa função (sendo credor), e no polo passivo por um particular obrigado ao
cumprimento da obrigação (devedor).
DICA 70
OBRIGAÇÃO TRIBUTÁRIA
41
Estão sujeitas a reserva legal absoluta, dependendo de lei em sentido estrito que
defina seus aspectos.
Art. 150 CR/88. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado
à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: I - exigir ou aumentar tributo
sem lei que o estabeleça; Art. 97 CTN. Somente a lei pode estabelecer: V - a cominação de
penalidades para as ações ou omissões contrárias a seus dispositivos, ou para outras infra-
ções nela definidas.
OBS.: a multa não é tributo, mas a obrigação de pagar multa possui natureza tributária.
DICA 73
OBRIGAÇÃO TRIBUTÁRIA
A obrigação de pagar a multa é uma obrigação principal!
Legislador fez a opção por enquadrar a multa como obrigação principal para submetê-la ao
mesmo regime de cobrança que os tributos. A multa tem como fato gerador a ocorrência
de ato ilícito (ato contrário à legislação tributária), gerando dever de pagar essa prestação
pecuniária, podendo ser tanto um descumprimento de obrigação instrumental,
quanto um descumprimento de obrigação de pagar tributo.
ATENÇÃO!
DICA 74
OBRIGAÇÃO TRIBUTÁRIA
As obrigações acessórias são deveres instrumentais consistentes em obrigações de
fazer, não fazer ou tolerar, instituídas no interesse de fiscalização e arrecadação do
ente.
Art. 113 § 2º CTN A obrigação acessória decorre da legislação tributária e tem por objeto
as prestações, positivas ou negativas, nela previstas no interesse da arrecadação ou da
fiscalização dos tributos.
Todos os direitos reservados. proibida cópia, plágio ou comercialização.
Pensar Concursos.
42
Art. 113 § 2º CTN A obrigação acessória decorre da legislação tributária e tem por
objeto as prestações, positivas ou negativas, nela previstas no interesse da arrecadação
ou da fiscalização dos tributos.
Art. 96 CTN A expressão "legislação tributária" compreende as leis, os tratados e as
convenções internacionais, os decretos e as normas complementares que versem,
no todo ou em parte, sobre tributos e relações jurídicas a eles pertinentes.
Fique atento!
Diferente das obrigações principais: devem estar previstas em lei em sentido estrito.
DICA 76
OBRIGAÇÃO TRIBUTÁRIA
O não cumprimento de uma obrigação acessória converte-se em obrigação princi-
pal, consistente na multa.
Art. 113 § 3º A obrigação acessória, pelo simples fato da sua inobservância, converte-
se em obrigação principal relativamente à penalidade pecuniária.
Ex.: sempre que possível os impostos terão caráter pessoal e serão graduados de acordo
com a capacidade econômica do contribuinte. Pagamento do imposto deve expressar sua
capacidade econômica. Porém, há pessoas que fraudam/erram isso na hora de comunicar
suas expressões de riqueza. É facultado, a administração tributária (administração pública
no exercício das funções de constituição, fiscalização e arrecadação de tributos – secretaria
da receita federal) identificar os patrimônios, rendimentos e atividades econômicas do con-
tribuinte. A secretaria da receita federal identifica essas manifestações de riqueza por meio
das obrigações acessórias.
43
Fato gerador/fato imponível/ fato jurígeno: fato ocorrido no mundo concreto que
enseja a incidência de tributo.
DICA 79
OBRIGAÇÃO TRIBUTÁRIA
44
Art. 114 CTN Fato gerador da obrigação principal é a situação definida em lei como
necessária e suficiente à sua ocorrência.
45
DICA 81
DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
A Administração Pública é o conjunto de órgãos e entidades que integram a estrutura ad-
ministrativa do Estado, com o objetivo de efetivar a vontade política para cumprimento do
interesse público.
O Governo decide qual política adotar e a máquina pública (Administração Pública) executa
o rumo adotado.
DICA 83
PRINCÍPIOS EXPLÍCITOS
L egalidade
I mpessoalidade
M oralidade “L I M P E”
P ublicidade
E ficiência
46
DICA 84
PRINCÍPIO DA LEGALIDADE
O princípio da legalidade possui dupla acepção, uma que diz respeito à Administração
Pública e outra aos particulares, vejamos:
Administração pública: pode fazer apenas o que a lei determina (ato vinculado) ou
autoriza (ato discricionário).
Em que pese ser o expoente máximo do Estado Democrático de Direito, o princípio da le-
galidade, excepcionalmente, pode ser relativizado, permitindo que o Poder Público ladeie às
disposições legais. Nos casos de decretação do estado de defesa e de sítio; e de edição
de medida provisória, o Chefe do Poder Executivo detém maior liberdade de atuação.
DICA 85
PRINCÍPIO DA IMPESSOALIDADE
47
Impõe aos agentes públicos o dever de atuar de forma honesta. Sua atuação dever pautar-
se pelos princípios da boa-fé e probidade.
A ação popular, prevista no artigo 5º, inciso LXXIII, é instrumento de controle da morali-
dade administrativa.
Caso o agente público não atue com a probidade prevista, o parágrafo 4º, do artigo 37,
prevê que os atos de improbidade acarretarão em suspensão dos direitos políticos;
perda da função pública; indisponibilidade dos bens e o ressarcimento ao erário.
DICA 87
PRINCÍPIO DA PUBLICIDADE
DICA 88
PRINCÍPIO DA EFICIÊNCIA
Foi introduzido na CF/88 a partir da EC nº. 19/98. Com o advento da emenda citada,
passou-se do modelo de administração burocrática para o de administração gerencial.
O agente público deve conjugar a busca da melhoria da qualidade dos serviços públicos com
a racionalidade dos gastos públicos.
DICA 89
48
Quanto à criação das entidades da Administração Indireta, a CF/88, nos incisos XIX e XX,
do artigo 37, dispõe que somente por lei (ordinária) poderá ser criada autarquia e auto-
rizada a instituição de empresa pública, de sociedade de economia mista e de fun-
dação, cabendo à lei complementar, no caso da fundação, definir as áreas de sua atuação.
Nota-se que a lei ordinária cria (direto) a autarquia e autoriza a criação dos demais
entes administrativos.
DICA 90
CENTRALIZAÇÃO, DESCONCENTRAÇÃO, CONCENTRAÇÃO E DESCENTRALIZAÇÃO
Na administração direta, os entes praticam as atividades através de órgãos, de forma cen-
tralizada, desconcentrada, concentrada e descentralizada.
Quanto à posição estatal - cai bastante nas provas - os órgãos podem ser: independen-
tes, autônomos, superiores e subalternos.
- Independentes
- Autônomos
Os órgãos podem ser: - Superiores
- Subalternos
49
Também são chamados de órgãos primários do Estado, pois exercem as funções outor-
gadas diretamente pela Constituição Federal.
DICA 93
ÓRGÃOS AUTÔNOMOS
Os órgãos autônomos são aqueles que estão na cúpula da administração.
Encontram-se localizados imediatamente abaixo dos órgãos independentes e estão
diretamente subordinados aos seus chefes.
Tem ampla autonomia administrativa e financeira.
Exercem funções de planejamento, supervisão, coordenação e controle das ativida-
des que estão dentro de sua esfera de competência.
Ex.: Ministérios e secretarias de Estado.
DICA 94
ÓRGÃOS SUPERIORES
DICA 95
ÓRGÃOS SUBALTERNOS
Os órgãos subalternos são todos aqueles subordinados a órgãos mais elevados, com
reduzido poder de decisão e predominância de atribuições de execução.
Ex.: Delegacia
50
Compostos: em sua estrutura, reúnem outros órgãos menores, com função idêntica ou
funções auxiliares.
DICA 97
ORGANIZAÇÃO ADMINISTRATIVA - CARACTERÍSTICAS DOS ÓRGÃOS
- Personalidade jurídica
Órgãos não possuem - Patrimônio próprio
- Capacidade processual
Personalidade jurídica: Quem terá capacidade jurídica para responder pelos atos pra-
ticados pelos órgãos será a pessoa jurídica que realizou a desconcentração.
Patrimônio próprio: Todo o patrimônio utilizado pelo órgão é da pessoa jurídica a qual
ele pertence.
DICA 98
ADMINISTRAÇÃO INDIRETA
A administração indireta é composta por pessoas jurídicas, com personalidade jurídica:
Autarquias;
Fundações;
Empresas Públicas;
Sociedades de Economia Mista;
As pessoas jurídicas que se enquadram na administração indireta necessitam de lei para
sua existência.
51
Fundação Pública - são autorizadas por lei e lei complementar deverá definir suas
áreas de atuação.
Fundação – personalidade jurídica pode ser de direito público ou de direito privado.
Se público é criada por lei como a autarquia; Se privado, é autorizada por lei como
EP/SEM, devendo ser registrada para ganhar vida.
DICA 99
DIFERENÇAS: EMPRESA PÚBLICA E SOCIEDADE DE ECONOMIA MISTA
DIFERENÇAS
52
DICA 100
ORGANIZAÇÃO ADMINISTRATIVA – PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DA AUTAR-
QUIA
Características da autarquia:
DICA 101
ORGANIZAÇÃO ADMINISTRATIVA – PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DAS FUNDA-
ÇÕES
Características das fundações:
Natureza:
53
Somente por lei específica poderá ser criada = autarquia – Obs.: fundação pública possui
natureza jurídica de autarquia.
DICA 102
TERCEIRO SETOR: ENTIDADES PARAESTATAIS
54
DICA BÔNUS
OS OSCIPS
Celebra contrato de gestão - (pode re- Celebra termo de parceria - (permite re-
passe recursos/bens, isenção fiscal, em- passe recursos, prevê metas, prazos, direi-
préstimo de servidores). tos e obrigações).
Fique atento!
Questão OAB,2017:
A Associação Delta se dedica à promoção do voluntariado e foi qualificada como Organização
da Sociedade Civil sem fins lucrativos – OSCIP, após o que formalizou termo de parceria
com a União, por meio do qual recebeu recursos que aplicou integralmente na realização de
suas atividades, inclusive na aquisição de um imóvel, que passou a ser a sede da entidade.
Com base nessa situação hipotética, assinale a afirmativa correta.
(a) A Associação não poderia ter sido qualificada como OSCIP, considerando que o seu
objeto é a promoção do voluntariado.
(b) A qualificação como OSCIP é ato discricionário da Administração Pública, que poderia
indeferi-lo, mesmo que preenchidos os requisitos legais.
55
56
DICA 103
DO MEIO AMBIENTE E A CONSTITUIÇÃO FEDERAL – ART. 225.
A CF/88 possui vários dispositivos protetivos ao meio ambiente, motivo pelo qual já foi
cunhada pelo STF como Constituição Ecológica e Constituição Verde.
O art. 225 da CF/88 é a chamada norma matriz e prevê que todos têm direito ao
meio ambiente ecologicamente equilibrado, sendo classificado como bem de uso co-
mum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, cabendo ao Poder Público e à co-
letividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gera-
ções.
DICA 104
DAS ATRIBUIÇÕES DO PODER PÚBLICO À GARANTIA DE EFETIVIDADE
ATENÇÃO!
Para José Afonso da Silva processos ecológicos essenciais são aqueles governados,
sustentados ou intensamente afetados pelos ecossistemas, sendo indispensáveis à pro-
dução de alimentos, à saúde e a outros aspectos da sobrevivência humana e do
desenvolvimento sustentado.
57
DICA 105
A Mata Atlântica.
A Serra do Mar.
A Zona Costeira.
A utilização destes biomas será feita na forma da lei, dentro de condições que assegurem a
preservação do meio ambiente, inclusive quanto aos recursos naturais.
DICA 107
DAS COMPETÊNCIAS CONSTITUCIONAIS EM MATÉRIA AMBIENTAL
O art. 23 da Constituição prevê como competência comum (administrativa):
58
59
DICA 108
LINDB: VIGÊNCIA DAS NORMAS
De acordo com o art. 1º da Lei de Introdução ao Direito Brasileiro (LINDB), a lei começa
a vigorar em todo o país 45 dias depois de oficialmente publicada. Entretanto, nos Esta-
dos estrangeiros, a obrigatoriedade da lei brasileira, quando admitida, se inicia 3 meses
depois de oficialmente publicada (art. 1º, § 1º LINDB).
IMPORTANTE: A lei só ganha vigência depois da vacatio legis (lapso temporal
necessário para que as pessoas tenham conhecimento de sua existência).
DICA 109
LINDB: REVOGAÇÃO DAS NORMAS
Após cumprida a vacatio legis e entrando em vigor, a lei continuará vigendo até que
venha outra e, expressa ou tacitamente, a revogue (princípio da continuidade das nor-
mas). A revogação de uma lei, no sistema brasileiro, só é admitida por outra lei que a
revogue (art. 2º LINDB).
Pegadinha de prova:
DICA 110
PESSOA NATURAL
De acordo com o art. 1º do CC, toda pessoa é capaz de direitos e deveres na vida civil.
A capacidade civil pode ser dividida de três formas: capacidade de fato, capacidade de
direito e capacidade plena.
60
61
Voluntária – realizada com a concessão dos pais, por meio de escritura pública,
tendo o menor 16 anos completos.
A pessoa jurídica tem direitos da personalidade por equiparação legal e, em razão disso,
pode sofrer dano moral (posicionamento do STJ).
62
TOME NOTA:
A pessoa jurídica de direito privado tem existência a partir dos atos constitutivos no
respectivo registro.
Voluptuárias – empreendidas por mero deleite, com o fito, tão somente, de embele-
zar o bem.
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63
Bem de família voluntário – instituído por ato de vontade da entidade familiar, por
meio da formalização do registro de imóveis, gerando dois efeitos: impenhorabilidade limi-
tada e inalienabilidade relativa (arts. 1711 a 1717 do CC).
Fato jurídico é todo evento natural ou humano que possui repercussão na esfera
jurídica.
O fato jurídico em sentido estrito é aquele que ocorre sem vontade humana e pode
ser subdividido em:
64
OBS: Caso haja algum vício nos requisitos de validade, o negócio jurídico será
inválido.
DICA 123
REQUISITOS DE EFICÁCIA DO NEGÓCIO JURÍDICO
Ex.: João irá ganhar um Ex.: Joana dará à Lúcia Ex.: Pedro doa sua
carro de Pedro quando for um carro no Natal desse casa para Joaquim para
aprovado no vestibular. ano. que ele construa uma
creche.
65
Ex.: João compra um faqueiro e se dispôs a pagar a quantia de 1 mil reais, acreditando
que o objeto era de prata. O vendedor, por sua vez, aceita o valor sem hesitar. Passado
algum tempo, João descobre que o faqueiro não era de prata.
DICA 125
DOLO
No dolo o sujeito é colocado em erro intencionalmente pela outra parte e, por isso,
pode haver indenizações de prejuízos oriundos do comportamento astucioso. Desse modo,
configura-se o dolo por meio de expediente astucioso empregado para conduzir al-
guém à prática de um ato que o prejudique e aproveite ao autor do dolo ou a ter-
ceiro.
DICA 126
LESÃO E ESTADO DE PERIGO
A lesão é o prejuízo resultante da enorme desproporção existente entre as prestações
de um contrato no momento de sua celebração, determinada pela inexperiência de
uma das partes. O objetivo da lei é evitar a exploração usurária de um dos contratantes
com o outro, que não precisa ter conhecimento da parte contrária (art. 157, CC).
Já o estado de perigo é uma situação de extrema necessidade (conhecida pela parte
contrária) que conduz uma pessoa a celebrar um negócio jurídico em que se assume uma
obrigação desproporcional e excessivamente onerosa (art. 156, CC).
DICA 127
COAÇÃO MORAL
Coação moral é toda ameaça ou pressão injusta exercida sobre uma pessoa para obrigá-
la, contra sua vontade, a praticar um ato ou realizar um negócio. O que a caracteriza é
o emprego da violência psicológica para viciar a vontade. Para a coação ser configurada, ela
deve ser grave, causar temor à vítima e constituir ameaça de prejuízo à pessoa, seus bens
ou à sua família (art. 151, CC).
Ex.: Joana vai fazer uma doação para Luiz porque foi ameaçada de morte caso não o
faça.
DICA 128
FRAUDE CONTRA CREDORES
A fraude contra credores diz respeito à hipótese de um devedor que possui o débito e a
responsabilidade, mas que pratica atos de dilação patrimonial, com a nítida intenção,
de que no futuro, não tenha bens para pagamento da dívida. Em razão disso, resta
66
NÃO CONFUNDIR:
Diversamente do que ocorre na reserva mental, na simulação os contratantes agem em
conluio para prejudicar terceiro. Na reserva mental o declarante não age em conluio
com o declaratário. A simulação invalida o negócio jurídico e a reserva mental não.
DICA 130
PRESCRIÇÃO E DECADÊNCIA
PRESCRIÇÃO DECADÊNCIA
Pode ser reconhecida de ofício pelo juiz. Pode ser reconhecida de ofício pelo
juiz.
A Responsabilidade Civil é definida como toda ação ou omissão que causa a violação
de uma norma, seja ela legal ou contratual.
67
DIREITO CIVIL
DICA 132
CAUSAS EXCLUDENTES DA RESPONSABILIDADE CIVIL
68
DICA 133
HISTÓRICO
Por muitos anos, a criança e o adolescente não tiveram seus direitos resguardados em
nenhuma legislação brasileira, a nível mundial também não existia.
Apenas em 1830 foi criada uma norma referente à criança no Brasil, já no ano de 1890,
o Código Penal legislou sobre os adolescentes em conflito com a lei, seguindo o mesmo
entendimento do Código de menos de 1919, uma visão marginalizada e assistencialista
em relação à criança e ao adolescente, sem qualquer interesse no reconhecimento em su-
jeito de direitos.
A nível mundial (direito internacional) algumas declarações tiveram grande relevância para
a proteção dos direitos existentes hoje, podendo ser destacada a Declaração de Genebra,
a Declaração Universal dos Direitos Humanos, a Declaração dos Direitos da criança
(passou a considerar a criança e o adolescente como sujeito de direito).
69
Será exercido, em igualdade de condições, pelo pai e pela mãe, que possuem deveres
e responsabilidades compartilhadas no cuidado e na educação da criança.
Na falta ou impedimento de um dos pais, o outro exercerá com exclusividade.
DICA 137
OBRIGAÇÕES DERIVADAS DO PODER FAMILIAR
O art. 22 do ECA e, de forma mais abrangente, o art. 1634 do CC estabelece as obrigações
decorrente do exercício do poder familiar.
70
DICA 138
INICIAÇÃO AO DIREITO DO CONSUMIDOR - CONCEITOS INICIAIS
Deve-se entender que o CDC é uma lei principiológica, ou seja, é uma lei que serve
de norma geral para outras normas que cuidem de relações de consumo. Dessa forma, por
exemplo, uma lei que trate dos planos de saúde individuais está sujeita à incidência conco-
mitante do CDC, como norma geral.
Para Luiz Antônio Rizzato Nunes, o CDC é norma de ordem pública e de interesse social,
geral e principiológica, quer dizer, é uma norma que prevalece sobre as demais normas
especiais anteriores que com ele colidirem. Sendo assim, como o CDC é regido por normas
de ordem pública O juiz pode conhecer de ofício de toda a matéria nele disciplinada.
DICA 139
CONSUMIDOR
Mas, afinal, o que a lei considera como consumidor? O CDC traz a seguinte previsão:
Art. 2°. Consumidor é toda pessoa física ou jurídica que adquire ou utiliza produto
ou serviço como destinatário final.
O conceito acima previsto na lei, que é o conceito stricto sensu ou standard, traz então a
possibilidade de ser considerado consumidor tanto a pessoa física, como a pessoa jurídica,
e revela de extrema importância atentar para o conceito geral de destinatário final.
Somente os destinatários finais, de acordo com a legislação, é que serão considerados
consumidores.
A doutrina, por sua vez, traz a seguinte interpretação sobre quem seria o destinatário
final:
Teoria Maximalista – consumidor seria qualquer pessoa física ou jurídica que retira do
mercado de consumo um bem ou serviço. Para essa teoria, não importa se o bem/ser-
viço adquirido servirá para atendimento pessoal ou profissional, como no caso em que uma
71
Teoria Finalista ou Subjetiva – consumidor seria aquele que retira o bem ou serviço
para necessidades próprias, é o destinatário fático e econômico, isto é, exclui do con-
ceito de consumidor a figura do consumidor intermediário, que adquiriria o produto apenas
como insumo.
Ex.: empresa que adquire obra de arte apenas para enfeitar a sala de recepções, mas
cujo objeto social seja a comercialização de veículos.
DICA 140
JURISPRUDÊNCIAS ATUALIZADAS SOBRE CONCEITO DE CONSUMIDOR: APLICA-
ÇÃO DO CDC
Em maio de 2021, o STJ aplicou, mais uma vez a teoria mitigada do conceito de consumidor
para considerar o adquirente de unidade imobiliária, mesmo não sendo o destinatário
final do bem, entendendo que o referido adquirente, ainda que tenha comprado o imóvel
apenas para investimento, como estava de boa-fé e não se tratava de especialista em in-
vestimentos imobiliários, estava presente a vulnerabilidade e, portanto, foi considerado con-
sumidor. (STJ, 4ª T. AgInt no AREsp 1786252/RJ, Min. Antonio Carlos Ferreira).
Súmula 608, STJ: Aplica-se o Código de Defesa do Consumidor aos contratos de plano
de saúde, salvo os administrados por entidades de autogestão.
DICA 141
JURISPRUDÊNCIAS ATUALIZADAS SOBRE CONCEITO DE CONSUMIDOR: NÃO APLI-
CAÇÃO DO CDC
Em julho de 2020, o STJ entendeu pela não aplicabilidade do CDC ao produtor rural
que adquire insumos agrícolas, pois não considerado destinatário final nos termos do
art. 2º do CDC. Nesse sentido:
72
JURISPRUDÊNCIA
Em outra decisão recente de 2020, também constatou-se que não incide o código de defesa
do consumidor na relação entre acionistas investidores e a sociedade anônima de ca-
pital aberto com ações negociadas no mercado de valores mobiliários.
Não se aplica o CDC aos contratos administrativos, tendo em vista que a Administra-
ção Pública já goza de outras prerrogativas asseguradas pela lei.
Também não se aplica o CDC ao Seguro Obrigatório de Danos Pessoais causados por
Veículos Automotores de via Terrestres ou por sua carga, a pessoas transportadas ou não
– DPVAT. (INFO 614, STJ).
DICA 142
CONSUMIDOR POR EQUIPARAÇÃO
73
74
CIVILISTA (Imanentista) - Friedrich Carl von Savigny: direito de ação sem autonomia.
A ação como mera extensão do direito material.
DICA 144
DAS CONDIÇÕES DA AÇÃO
Interesse processual e legitimidade ad causam são as chamadas condições da ação.
75
A legitimidade pode ser dada a qualquer indivíduo, bastando ser este titular do direito,
não fazendo distinção entre ser o sujeito capaz ou não.
A legitimidade pode ser dividida em:
ordinária: parte postula direito próprio em nome próprio.
extraordinária (substituição processual): parte pleiteia direito alheio em nome próprio.
Sendo necessária autorização legal.
ATENÇÃO!!
DICA 145
DOS ELEMENTOS DA AÇÃO
Os elementos são a verdadeira marca da ação, a partir deles é que se poderá analisar a
existência de ações idênticas, distintas ou semelhantes.
ATENÇÃO!!
Causa de Pedir: essa por sua vez se subdivide em causa de pedir próxima que são os
fundamentos jurídicos e causa de pedir remota que são os fatos.
76
Pedido: em regra deve ser certo (expresso), salvo em alguns casos em que o pedido é
implícito: juros, correção monetária, verbas de sucumbência (incluídos os honorários
advocatícios) e prestações vincendas. O pedido também deve ser, em regra, determi-
nado. Quando se fala em determinação do pedido, está-se falando em liquidez, ou seja,
no aspecto quantitativo da petição.
Ex.: pedido para que o réu entregue uma biblioteca, com todos os livros contidos nesta;
Ex.: ação que pleiteia perdas e danos por atropelamento, na qual não é possível quanti-
ficar inicialmente os lucros cessantes por estar a vítima hospitalizada.
Ex.: muito utilizado é a ação de exigir contas. Somente sendo possível definir o valor que
o autor faz jus após a prestação de contas do réu.
DICA 146
DA CUMULAÇÃO DE PEDIDOS
O CPC traz a possibilidade de cumulação de pedidos contra um mesmo réu, ainda que não
haja conexão entre esses pedidos, não precisando os pedidos decorrerem de um mesmo
fato.
Cumulação própria simples: pedidos independentes. Juiz pode conceder, qualquer de-
les ou ambos.
77
Cumulação imprópria subsidiária: juiz conhece o segundo pedido após não conhecer
o primeiro.
Ex.: pede-se a anulação do casamento, subsidiariamente (se não der) pede o divórcio.
Cumulação imprópria alternativa: autor formula mais de um pedido para que o juiz
acolha qualquer deles. É como se o autor dissesse que tanto faz qual o juiz acolher, sem
que exista uma ordem de preferência.
DICA 147
DA POSSIBILIDADE DE MODIFICAÇÃO DO PEDIDO
O devido processo legal é tido como o princípio maior, sendo causa direta dos demais
princípios.
Quanto ao seu aspecto formal, é uma garantia de observância das formalidades contra
eventual abuso de poder.
Entretanto, também é necessário explorar o devido processo sobre o aspecto mate-
rial/substancial. Neste aspecto, tem-se os limites impostos ao poder legislativo, im-
pedindo que uma lei ou ato administrativo viole os direitos do cidadão. Portanto, possui um
alcance mais amplo do que as garantias formais.
DICA 149
DO PRINCÍPIO DO CONTRADITÓRIO
O CPC, também trouxe tal princípio em seu art. 7º, afirmando que cabe ao juiz zelar pelo
efetivo contraditório. Esse contraditório efetivo (também chamado de dinâmico), é di-
ferente do chamado contraditório estático e se firma em três pilares:
78
Poder de influência: não basta a ação e reação, as partes devem ter o poder de influ-
enciar o ato decisório.
Proibição de decisão surpresa: juiz não pode surpreender as partes com as chamadas
decisões de terceira via, ou seja, juiz não pode decidir com fundamento sobre o qual
não tenha dado às partes oportunidade de manifestação, mesmo se tratando de matéria
sobre a qual deva decidir de ofício. É a previsão do art. 10 do CPC.
Entretanto, o próprio dispositivo legal traz situações que excepcionam esta regra:
Contraditório inútil: ocorre quando a decisão é proferida sem a oitiva da parte, mas é
favorável a ela.
ATENÇÃO!
Ex.: expresso no CPC é o art. 1000, que prevê que a parte que aceitar expressa ou
tacitamente a decisão não poderá recorrer.
79
DICA 151
DA REPRESENTAÇÃO EM JUÍZO DAS PESSOAS JURÍDICAS E FORMAIS
As pessoas jurídicas e formais possuem capacidade de ser parte desde que devidamente
representadas, sejam elas sujeitos ativos ou passivos da ação.
A Pessoa Jurídica: por quem os respectivos atos constitutivos designarem ou, não
havendo essa designação, por seus diretores.
80
Os estagiários, de acordo com o Estatuto da OAB, somente podem praticar atos jun-
tamente ao advogado e sob responsabilidade deste.
O art. 3º da Lei 8.906/94 prevê que o exercício da atividade de advocacia no território
brasileiro e a denominação de advogado são privativos dos inscritos na Ordem dos Advoga-
dos do Brasil (OAB).
§2º, O estagiário de advocacia, regulamente inscrito, pode praticar os atos previstos no art.
1º, na forma do regimento geral, em conjunto com advogado e sob responsabilidade deste.
Existem situações em que pessoas sem formação jurídica poderão postular, como
por exemplo nos juizados especiais ou no caso de habeas corpus.
DICA 153
DO INSTRUMENTO DE MANDATO
Nos termos do art. 104 do CPC, o advogado não é admitido a postular em juízo sem
procuração, salvo para evitar preclusão, decadência ou prescrição, ou para praticar ato
considerado urgente.
Nestas hipóteses, o advogado deverá, independente de caução, apresentar a procuração
no prazo de 15 dias, prorrogável por igual período.
Caso o mandato não seja juntado dentro do prazo legal, os atos praticados pelo advo-
gado serão considerados ineficazes, ficando o advogado responsável pelas despesas e
por perdas e danos.
Conforme previsto no art. 105 do CPC, a procuração geral para o foro, outorgada por
instrumento público ou particular assinado pela parte, habilita o advogado a praticar todos
os atos do processo, exceto receber citação, confessar, reconhecer a procedência do pe-
dido, transigir, desistir, renunciar ao direito sobre o qual se funda a ação, receber, dar
quitação, firmar compromisso e assinar declaração de hipossuficiência.
DICA 154
CONEXÃO E CONTINÊNCIA
81
Para que haja a conexão, conforme previsto no art. 55 do CPC, é preciso que haja
identidade da causa de pedir ou pedido.
SÚMULAS DO STJ
Súmula 515 do STJ: A reunião de execuções fiscais contra o mesmo devedor constitui
faculdade do Juiz.
Súmula 235 do STJ: A conexão não determina a reunião dos processos, se um deles já
foi julgado.
Caso a ação contida tenha sido proposta primeiro haverá a reunião das ações. Ao con-
trário, se a ação continente tiver sido proposta antes, a ação contida será extinta
sem resolução do mérito.
DICA 155
DENUNCIAÇÃO DA LIDE
A denunciação da lide pode ser feita tanto pelo autor como pelo réu.
Conforme art. 127 do CPC, feita a denunciação pelo autor, o denunciado poderá assumir
a posição de litisconsorte do denunciante e acrescentar novos argumentos à petição inicial,
procedendo-se em seguida à citação do réu.
CUIDADO! O CPC/73 previa a possibilidade de o denunciado até aditar a inicial.
Atualmente só é possível apresentar novos argumentos.
82
se o denunciado for revel, o denunciante pode deixar de prosseguir com sua defesa,
eventualmente oferecida, e abster-se de recorrer, restringindo sua atuação à ação re-
gressiva
Havendo uma ação contra dois réus, é possível um dos réus denunciar da lide con-
tra o outro.
Uma denunciação da lide extemporânea pode ser aproveitada caso o denunciado aceite
a denunciação, contestando apenas o mérito da demanda principal, ou seja, se o próprio
denunciado reconhece sua obrigação regressiva, ao contestar somente a inicial, não há
óbice à denunciação intempestiva.
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Em caso de ação contra pessoa jurídica é possível atingir o patrimônio dos sócios.
O incidente de desconsideração da personalidade jurídica será instaurado a pedido da
parte ou do Ministério Público, quando lhe couber intervir no processo.
Existe ainda a chamada desconsideração inversa, na qual há uma ação contra o sócio
e busca-se atingir o patrimônio da PJ. É muito comum no direito de família, sobretudo no
caso de divórcio.
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Para que o amicus curiae seja admitido, o juiz analisará a relevância da matéria, a
especificidade do tema objeto da demanda ou a repercussão social da controvérsia.
Poderá admitir, por decisão irrecorrível, de ofício ou a requerimento das partes ou de quem
pretenda manifestar-se, solicitar ou admitir a participação de pessoa natural ou jurídica,
órgão ou entidade especializada, com representatividade adequada, no prazo de 15 dias
de sua intimação.
Poderá ocorrer a participação do amicus curiae tanto nas causas de 1º grau como nos
Tribunais.
Relevância da matéria;
Repercussão social.
São irrecorríveis as decisões que solicitam (juiz age de ofício) ou admitem (há reque-
rimento para intervenção) a participação de amicus curiae.
Apesar de certa polêmica, o STF, no Informativo 920 decidiu ser também irrecorrível
a decisão denegatória de ingresso, no feito, como amicus curiae.
A intervenção do amicus curiae não implica alteração de competência. Dessa forma, se
intervém uma autarquia federal em uma ação que tramita na justiça estadual, não haverá
deslocamento para justiça federal.
Embargos de Declaração; e
Conforme o art. 218 do CPC, os atos processuais serão realizados nos prazos prescritos
em lei.
Em caso de ser a lei omissa, o juiz determinará os prazos em consideração à complexidade
do ato.
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Inexistindo preceito legal ou prazo determinado pelo juiz, será de 5 dias o prazo
para a prática de ato processual a cargo da parte.
Prazo legal: é aquele em que a lei fixa o prazo. Ex.: Prazo de interposição de recurso.
Prazo judicial: é o estipulado pelo juiz, tomando como base a complexidade do caso
concreto.
Com o advento do CPC/2015 acabou a chamada intempestividade por prematuridade,
que é aquela em que o ato é praticado antes do termo inicial do prazo.
Na contagem de prazo em dias, estabelecido por lei ou pelo juiz, computar-se-ão so-
mente os dias úteis. Essa regra se aplica apenas aos prazos processuais.
DICA 160
SUSPENSÃO DOS PRAZOS PROCESSUAIS
Trata-se de uma cláusula aberta, um conceito vago, sendo que em caso de o juiz enten-
der que uma parte opôs obstáculo injustificado poderá reconhecer a suspensão.
Nas hipóteses do art. 313 do CPC também ocorrerá a suspensão dos prazos:
pela morte ou pela perda da capacidade processual de qualquer das partes, de seu
representante legal ou de seu procurador;
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pelo parto ou pela concessão de adoção, quando a advogada responsável pelo pro-
cesso constituir a única patrona da causa;
DICA 161
PRECLUSÃO TEMPORAL
Verificada a justa causa, o juiz permitirá à parte a prática do ato no prazo que lhe assinar.
Em regra, os prazos são contados com exclusão do dia de início e inclusão do dia
de vencimento, salvo disposição em sentido contrário.
Assim, não conta o dia da intimação, mas apenas o seguinte.
Caso o dia do começo ou do vencimento do prazo coincidir com dia em que o ex-
pediente forense for encerrado antes ou iniciado após o horário normal, esse dia será pro-
traído para o primeiro dia útil seguinte. Trata-se de novidade uma vez que a previsão
do Código anterior era somente para o dia do vencimento.
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A contagem do prazo terá início no primeiro dia útil que seguir ao da publicação/in-
timação.
Não se conta em dobro o prazo para recorrer, quando só um dos litisconsortes haja su-
cumbido.
88
Caso a citação seja realizada durante esses impedimentos temporários será anulável.
Há ainda outra previsão no art. 245: quando se verificar que o citando é mentalmente
incapaz ou está impossibilitado de receber a citação.
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Correio;
Oficial de Justiça;
Edital.
DICA 167
CITAÇÃO POSTAL
A citação será feita por meio eletrônico ou pelo correio para qualquer comarca
do País – novidade legislativa acrescida pela Lei 14.195/2021. Exceto:
Ações de estado (ações que geram alteração no estado civil, capacidade, nacionalidade)
Ex.: divórcio, anulação de casamento etc.)
Citando incapaz;
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DICA 168
TEORIA GERAL DA EMPRESA: CONCEITOS INICIAIS DE EMPRESA E EMPRESÁRIO
O atual Código Civil de 2002 adotou a teoria da empresa para conceituação de empresa e
empresário, em contraposição às antigas teorias do direito comercial – teoria subjetiva e
teoria dos atos de comércio.
Assim, a empresa é vista como um fenômeno econômico poliédrico, com quatro perfis
distintos quando transposto para o Direito segundo citado por André Santa Cruz:
a) o perfil subjetivo, pelo qual a empresa seria uma pessoa (física ou jurídica, é preciso
ressaltar), ou seja, o empresário;
b) o perfil funcional, pelo qual a empresa seria uma “particular força em movimento que
é a atividade empresarial dirigida a um determinado escopo produtivo”, ou seja, uma ativi-
dade econômica organizada;
c) o perfil objetivo (ou patrimonial), pelo qual a empresa seria um conjunto de bens afe-
tados ao exercício da atividade econômica desempenhada, ou seja, o estabelecimento em-
presarial; e
d) o perfil corporativo, pelo qual a empresa seria uma comunidade laboral, uma instituição
que reúne o empresário e seus auxiliares ou colaboradores, ou seja, “um núcleo social or-
ganizado em função de um fim econômico comum”. Esse último perfil não é adotado pela
atual teoria da empresa, diante de seus contornos atrelados à ideologia fascista da época.
Para efeitos de provas objetiva, importante realizar a leitura da legislação específica. Quanto
à adoção da teoria da empresa pelo CC/02, leia-se o artigo 966, que trata a matéria e seus
incisos.
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Cooperativas:
Por fim, a terceira situação em que atividade econômica civil não será considerada empre-
sarial, conforme previsão expressa da lei:
Cooperativa nunca será considerada atividade empresária, ainda que tenha elemento
empresa.
Destaca-se: a cooperativa poderá obter lucro, mas esse não poderá ser o principal
fim da mesma. Ainda que a cooperativa se inscrevesse como empresa na Junta comercial,
nunca poderá ser considerada empresária. De acordo com a lei civil (artigo muito cobrado
em provas!):
Art. 982. Salvo as exceções expressas, considera-se empresária a sociedade que tem por
objeto o exercício de atividade própria de empresário sujeito a registro (art. 967); e, sim-
ples, as demais.
Parágrafo único. Independentemente de seu objeto, considera-se empresária a socie-
dade por ações; e, simples, a cooperativa.
DICA 172
SOCIEDADE DE ADVOGADOS
Lei 8.906/1994 (Estatuto da Advocacia e da Ordem dos Advogados do Brasil) versa, em
seus arts. 15 a 17, sobre a sociedade de advogados, dispondo que ela é uma “(...) socie-
dade simples de prestação de serviço de advocacia (...)” submetida à regulação es-
pecífica prevista na referida lei.
Dessa forma, ainda que haja o elemento empresa (se pensarmos em grandes escritórios
de advocacia, que a pessoalidade do serviço se dilui, parecendo-se mais com uma verda-
deira empresa), a sociedade de advogados não é considerada como sociedade em-
presarial, diante da especialidade do Estatuto da Advocacia e da Ordem dos Advogados do
Todos os direitos reservados. proibida cópia, plágio ou comercialização.
Pensar Concursos.
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EXCEÇÃO - art. 974, CC: o incapaz pode ser autorizado a continuar empresa individual
quando:
a) a incapacidade for superveniente ou
b) houver titularidade adquirida por sucessão causa mortis.
DICA 174
TEORIA GERAL DA EMPRESA: IMPEDIMENTOS PARA O EXERCÍCIO DE EMPRESA
Apenas os capazes civilmente poderão exercer a empresa, salvo o incapaz autorizado
pelo Juiz excepcionalmente. Assim, os incapazes são, em regra, impedidos de exer-
cer empresa. Não se confunda o exercício de empresa, ou seja, de abrir uma empresa
como empresário individual ou ser sócio administrador de uma sociedade empresarial, da
própria condição de sócio, situação diversa.
Pessoas condenadas pela pratica de determinados crimes – art. 1011, §1º, CC.
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DICA 178
PRINCÍPIOS DO DIREITO PENAL: PRINCÍPIO DA LEGALIDADE
Nullum crimen sine praevia lege (não há crime sem lei anterior que o defina)
Não há:
Decretos;
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Vagas,
Imprecisas.
Podem ser:
Homogêneas (sentido amplo): complementação por fonte homóloga (pelo mesmo ór-
gão que produziu a NPB);
Heterogêneas (sentido estrito): complementação por fonte heteróloga (por órgão di-
verso daquele que produziu a NPB).
Proibido:
O Direito Penal só deve ser aplicado quando estritamente necessário, de modo que a
sua intervenção fica condicionada ao fracasso das demais esferas de controle (caráter sub-
sidiário), observando somente os casos de relevante lesão ou perigo de lesão ao bem jurí-
dico tutelado (caráter fragmentário).
Intervenção do DP fica
condicionada ao fracasso
Subsidiariedade
das demais esferas de
controle
PRINCÍPIO DA
INTERVENÇÃO
MÍNIMA
Apenas tutela os bens
Fragmentariedade jurídicos mais relevantes
DICA 183
PRINCÍPIO DA LESIVIDADE
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por fim, o princípio da lesividade tem por objetivo afastar a "incriminação de condutas
desviadas que não afetem qualquer bem jurídico".
DICA 184
PRINCÍPIO DA INSIGNIFICÂNCIA OU BAGATELA
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Não tem previsão legal no direito brasileiro Está previsto no artigo 59 do CP.
DICA 185
APLICAÇÃO DA LEI PENAL: PRINCÍPIOS APLICADOS
Isso significa que só será crime se a previsão em lei estiver sido criada antes do fato
praticado;
Quando a lei retroage, ela se aplica aos fatos praticados antes de sua criação.
DICA 186
LEI PENAL NO TEMPO
Art. 2º - Ninguém pode ser punido por fato que lei posterior deixa de considerar crime,
cessando em virtude dela a execução e os efeitos penais da sentença condenatória.
Fique atento!
A abolitio criminis não cessa os efeitos extrapenais: art. 91, 91-A e 92 do CP - reparação
de dano, perda do mandato, perda do poder familiar etc.
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DICA 187
RETROATIVIDADE DA LEI PENAL
Art. 2º, Parágrafo único - A lei posterior, que de qualquer modo favorecer o agente, aplica-
se aos fatos anteriores, ainda que decididos por sentença condenatória transitada em jul-
gado.
Cláusula pétrea, uma vez que também está previsto no art. 5º da CF/88;
Entendimento jurisprudencial
STF/STJ: não é possível combinação de leis. Analisa-se a nova lei no todo, pois senão o
juiz estaria aplicando uma terceira lei que resultaria na junção de duas leis, atuando como
legislador positivo.
Súmula 611-STF: Transitada em julgado a sentença condenatória, compete ao juízo das
execuções a aplicação de lei mais benigna.
Súmula 471-STJ: Os condenados por crimes hediondos ou assemelhados cometidos antes
da vigência da Lei n. 11.464/2007 sujeitam-se ao disposto no art. 112 da Lei n. 7.210/1984
(Lei de Execução Penal) para a progressão de regime prisional.
Súmula 501-STJ: É cabível a aplicação retroativa da Lei n. 11.343/2006, desde que o
resultado da incidência das suas disposições, na íntegra, seja mais favorável ao réu do que
o advindo da aplicação da Lei n. 6.368/1976, sendo vedada a combinação de leis.
DICA 188
LEI EXCEPCIONAL E LEI TEMPORÁRIA
→ Lei temporária: prazo determinado para sua vigência. Ex.: Lei Geral da Copa.
Características: auto revogabilidade, ultratividade (aplica a lei mesmo depois da lei não
estiver mais em vigor)
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→ Retroatividade: possibilidade conferida à lei penal de retroagir no tempo, a fim de
regular os fatos ocorridos anteriormente à sua entrada em vigor.
Memorize!
Extra-ativas (extra-atividade)
Aplicação da lei fora do seu
Ultra-atividade: quando a lei penal,
período de vigência
depois de revogada, avança no tempo
de modo a continuar a regular os fatos
ocorridos durante a vigência. Ex,: Leis
excepcionais, temporárias, crimes
continuados.
Ex.: Ultratividade: Crimes Continuados (quando vários crimes são praticados em conti-
nuidade delitiva – art. 71 do CP) ou permanentes (aquele que o momento consumativa se
prolonga no tempo – sequestro).
DICA 189
TEMPO E LUGAR DO CRIME
L Lugar
U Ubiquidade
T Tempo
A Atividade
CPP: teoria do resultado (art. 70). Aplicado nas hipóteses de crimes plurilocais. Abran-
gem lugares distintos, mas todos dentro do mesmo país.
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Crimes conexos: crimes conexos são crimes que estão relacionados entre si. Não acei-
tam a ubiquidade uma vez que não constituem unidade jurídica.
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Art. 33. Importar, exportar, remeter, preparar, produzir, fabricar, adquirir, vender, expor à
venda, oferecer, ter em depósito, transportar, trazer consigo, guardar, prescrever, minis-
trar, entregar a consumo ou fornecer drogas, ainda que gratuitamente, sem autorização ou
em desacordo com determinação legal ou regulamentar (...)
O delito de tráfico de drogas é um crime que se protrai no tempo, sendo considerado um
crime permanente. Diante disso, afasta-se a teoria da atividade, adotada pelo CP, pois o
crime continua em atividade até que seja encerrado. Logo, no momento em que os policiais
compareceram à residência do autor, onde encontraram e apreenderam a droga que era
por ele armazenada, no dia 23/11/2019 – André já era maior de idade e, por isso, imputável.
Fique atento, pois nem todos os núcleos do tipo são considerados permanentes, a exemplo
da conduta de adquirir (doutrina entende que seria crime formal).
DICA 190
APLICAÇÃO DA LEI PENAL NO ESPAÇO
Em regra, a lei penal brasileira se aplica aos fatos praticados no território nacional;
→ Lei temporária: prazo determinado para sua vigência. Ex.: Lei Geral da Copa.
Características: auto revogabilidade, ultratividade (aplica a lei mesmo depois da lei não
estiver mais em vigor)
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→ Retroatividade: possibilidade conferida à lei penal de retroagir no tempo, a fim de
regular os fatos ocorridos anteriormente à sua entrada em vigor.
Memorize!
Extra-ativas (extra-atividade)
Aplicação da lei fora do seu
Ultra-atividade: quando a lei penal,
período de vigência
depois de revogada, avança no tempo
de modo a continuar a regular os fatos
ocorridos durante a vigência. Ex,: Leis
excepcionais, temporárias, crimes
continuados.
Ex.: Ultratividade: Crimes Continuados (quando vários crimes são praticados em conti-
nuidade delitiva – art. 71 do CP) ou permanentes (aquele que o momento consumativa se
prolonga no tempo – sequestro).
DICA 192
EXTRATERRITORIALIDADE INCONDICIONADA
Princípio de proteção / real / da defesa: aplica-se a lei penal brasileira aos crimes
praticados no exterior quando o bem jurídico violado for brasileiro. O que importa nesse
caso é a função pública exercida pelo Presidente.
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Crimes contra ao
patrimônio ou a fé P. de proteção / real
Extraterritorialidade pública da adm / da defesa
incondicionada direta e indireta
DICA 193
EXTRATERRITORIALIDADE CONDICIONADA
Crimes ocorridos fora do Brasil e que o Brasil irá pretender aplicar a sua lei penal brasi-
leira desde que estejam implementadas algumas condições previstas no art. 7º, II do CP.
a) Crimes que, por tratado ou convenção, o Brasil se obrigou a reprimir:
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Crimes praticados em
aeronaves ou
P. da bandeira /
embarcações
pavilhão /
brasileiras, mercantes
representação /
ou de propriedade
subsidiário /
privada, quando em
substituição
território estrangeiro e
aí não sejam julgados
DICA 194
EXTRATERRITORIALIDADE CONDICIONADA: CONDIÇÕES CUMULATIVAS
Estar o crime incluído entre aqueles pelos quais a lei brasileira autoriza a extradição;
Não ter sido o agente absolvido no estrangeiro ou não ter aí cumprido a pena;
Não ter sido o agente perdoado no estrangeiro ou, por outro motivo, não estar extinta a
punibilidade, segundo a lei mais favorável.
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(a) não poderá ser aplicada, tendo em vista que houve prisão em flagrante em Portugal e
em razão da vedação do bis in idem.
(b) poderá ser aplicada diante do retorno de Paulo ao Brasil, independentemente do retorno
de Júlia e de sua manifestação de vontade sobre o interesse de ver o autor responsabilizado
criminalmente.
(c) poderá ser aplicada, desde que Júlia retorne ao país e ofereça representação no prazo
decadencial de seis meses.
(d) poderá ser aplicada, ainda que Paulo venha a ser denunciado e absolvido pela justiça
de Portugal.
Resposta: Letra B
Comentário: De início, destaca-se que a questão narra um crime de violência doméstica e
familiar praticar por Paulo contra sua mulher Júlia. O fato ocorreu durante um passeio do
casal na cidade de Lisboa, Portugal.
Segundo consta, a vítima, em razão das agressões do marido, sofreu lesões corporais leves
(artigo 129, § 9º, do Código Penal). A propósito, a conduta praticada constitui-se em crime
de ação penal pública incondicionada, conforme entendimento adotado pelo Supremo Tri-
bunal Federal (ADI 4424 DF) e pelo Superior Tribunal de Justiça (súmula 542).
Súmula 542 do STJ: A ação penal relativa ao crime de lesão corporal resultante de vio-
lência doméstica contra a mulher é pública incondicionada.
Ademais, por se tratar de hipótese de extraterritorialidade condicionada (crime praticado
por brasileiro – art. 7º, §2º, CP), um dos requisitos para a instauração de processo criminal
no Brasil seria o retorno de Paulo ao país. Vale dizer, a manifestação de Júlia é desneces-
sária, uma vez que se trata de violência doméstica e familiar contra a mulher (crime de
ação pública incondicionada).
DICA 195
EXTRATERRITORIALIDADE
INCONDICIONADA
P Presidente
A Administração
G Genocídio
CONDICIONADA
B Brasileiro
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T Tratado ou Convenção
DICA 196
PENA CUMPRIDA NO ESTRANGEIRO
MS: inimputabilidade por doença mental – (i) internação ou (ii) tratamento ambulatorial.
Depende de tratado de extradição com o país que emanou a sentença OU re-
quisição do Ministro da Justiça.
DICA BÔNUS
CLASSIFICAÇÃO DAS INFRAÇÕES PENAIS
RECLUSÃO
CRIMES
DETENÇÃO
INFRAÇÕES
PENAIS
CONTRAVENÇÕES
PRISÃO SIMPLES
("crime anão")
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CRIME CONTRAVENÇÃO
DICA BÔNUS
CRIME
É possível a tentativa;
CONTRAVENÇÃO:
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PROCESSO PENAL
DICA 198
GARANTIAS DO INVESTIGADO NO INQUÉRITO POLICIAL - COMUNICAÇÃO DA PRI-
SÃO
De acordo com o art. 5º, inciso LXII, da Constituição de 1988 [...] "a prisão de qualquer
pessoa e o local onde se encontre serão comunicados imediatamente ao juiz compe-
tente e à família do preso ou à pessoa por ele indicada".
O referido inciso define que a prisão deverá ser publicizada, no sentido de se tornar pú-
blica ao juiz competente e à família do preso, ou à pessoa por ele indicada.
Trata-se de um direito de extrema relevância para o Estado Democrático de Direito.
DICA 199
DAS GARANTIAS CONSTITUCIONAIS DO PROCESSO PENAL - DIREITO AO SILÊN-
CIO
Segundo o artigo 5º, inciso LXIII, da Constituição de 1988 [...] "o preso será informado de
seus direitos, entre os quais o de permanecer calado, sendo-lhe assegurada a assistência
da família e de advogado".
Verifica-se que o referido dispositivo constitucional consagra o direito fundamental ao silên-
cio, uma das implicações do princípio nemo tenetur detegere, segundo o qual ninguém
será obrigado a produzir provas contra si, modalidade da autodefesa passiva.
DICA 200
DAS GARANTIAS CONSTITUCIONAIS DO PROCESSO PENAL - IDENTIFICAÇÃO DOS
RESPONSÁVEIS PELA PRISÃO
Um dos direitos constitucionais garantidos ao preso, considerado inclusive uma garantia
fundamental, é o de ter a identificação dos responsáveis por sua prisão ou por seu inter-
rogatório policial. Veja só, na íntegra:
Artigo 5º, inciso LXIV - o preso tem direito à identificação dos responsáveis por sua
prisão ou por seu interrogatório policial;
Assim, quando da sua prisão, é seu direito saber quem o prendeu ou quem o interrogou e,
inclusive, a não observância desse direito no primeiro caso, pode ensejar ao relaxamento
da prisão, ao passo que no segundo, na nulidade do procedimento.
Resumindo:
Fui preso? Tenho direito de ser informado sobre quem me prendeu ou interrogou.
DICA 201
DA INCOMUNICABILIDADE
Conceito: era a possibilidade de que o preso no Inquérito Policial (IP) não tivesse contato
com terceiros, em favor da eficiência da investigação.
Requisitos:
Prazo de 3 dias;
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Acesso do advogado.
Filtro constitucional: com o advento do art. 136, § 3º, IV, CF que inadmite a incomu-
nicabilidade mesmo no Estado de Defesa, conclui-se que o art. 21 do CPP não foi recepcio-
nado (interpretação lógica).
DICA 202
DO INQUÉRITO POLICIAL - CONCEITO DO INQUÉRITO POLICIAL
Condução do inquérito: Vejam o art. 2º §1º da Lei 12.830/2013, que prevê que cabe
ao delegado de polícia a condução do inquérito policial, o que reforça a sua natureza
administrativa, e não jurisdicional.
DICA 203
PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DO INQUÉRITO POLICIAL
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DICA 204
CARACTERÍSTICAS DO INQUÉRITO POLICIAL: PROCEDIMENTO INQUISITIVO
No inquérito policial há concentração de poder em autoridade única. Logo, há o afasta-
mento do contraditório e da ampla defesa. (NESTOR TÁVORA)
Fique atento!
A título de conhecimento, ressalte-se que é possível que o inquérito tenha contraditório e
ampla defesa. Havendo desejo político, é possível a regulação de inquéritos com contradi-
tório e ampla defesa, a exemplo do inquérito para a expulsão do estrangeiro regulado na
Lei de Migração (Art. 58, Lei 13.445/2017).
DICA 205
CARACTERÍSTICAS DO INQUÉRITO POLICIAL: PROCEDIMENTO DISCRICIONÁRIO
O Delegado preside a investigação da forma que entender mais estratégico, adequando o
Inquérito Policial a realidade do crime apurado.
Tome nota!
As diligências requeridas pela vítima ou pelo suspeito podem ser negadas, salvo
o exame de corpo de delito quando a infração deixar vestígios (arts. 14, 158 e 184 do CPP).
DICA 206
CARACTERÍSTICAS DO INQUÉRITO POLICIAL: PROCEDIMENTO SIGILOSO
Cabe ao delegado de polícia velar pelo sigilo em favor da eficiência da investigação (art.
20, CPP).
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DICA 208
CARACTERÍSTICAS DO INQUÉRITO POLICIAL: PROCEDIMENTO INDISPONÍVEL
O delegado NUNCA poderá arquivar o inquérito policial.
Toda investigação iniciada deve ser concluída e encaminhada a autoridade competente.
Memorize!
DICA 209
CARACTERÍSTICAS DO INQUÉRITO POLICIAL: PROCEDIMENTO DISPENSÁVEL
A deflagração do processo independe da prévia elaboração do Inquérito Policial (po-
sição majoritária)
Fique atento! Inquérito indispensável (posição minoritária).
Para Henrique Hoffmann, em posição minoritária, o inquérito é indispensável para a defla-
gração do processo; afinal, é possível que o inquérito seja a fonte de fornecimento de justa
causa para o ajuizamento da ação penal.
DICA 210
CONTRADITÓRIO DURANTE O INQUÉRITO POLICIAL
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sua estrutura inquisitorial e sigilosa. Mas os advogados possuem acesso às diligências que
já tiverem sido documentadas, conforme súmula vinculante n. 14.
Uma novidade trazida pelo Pacote Anticrime e que de certa forma excepciona essa
restrição ao contraditório no âmbito do inquérito policial está prevista no art. 14-A do
CPP.
No caso em que os policiais forem investigados por algum fato relacionado ao uso da
força letal (ex.: arma de fogo), praticados no exercício profissional. O policial investigado
deverá ser citado sobre a instauração do inquérito, podendo constituir defensor no
prazo de 48 horas, contados do recebimento da citação.
Se o prazo de 48 horas acabar sem que o policial tenha constituído advogado, deverá ser
intimado a instituição a que estava vinculado na época dos fatos para que, no prazo
de 48 horas, indique algum defensor para a representação do investigado.
A previsão de citação do investigado acerca da instauração do inquérito é uma novidade, e
que só existe nos crimes em que os policiais forem investigados pelo uso das forças letais.
É uma novidade que de certa forma “fortalece” o contraditório, mesmo em sede de
investigação criminal!
DICA 212
VALOR PROBATÓRIO DO INQUÉRITO POLICIAL
Não deixe de fazer a redação LITERAL do art. 155 do CPP!!
DICA 213
VALOR PROBATÓRIO DO INQUÉRITO POLICIAL
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Memorex OAB – Exame XXXVIII – Rodada 01
processual), em que seja dada oportunidade para a parte acusada se manifestar
previamente, participando ativamente da sua colheita.
No âmbito do inquérito policial, isso não ocorre. O Inquérito Policial é um procedimento
sigiloso, em que NÃO se observa o contraditório prévio. A parte investigada não
participa das investigações, não participa da colheita da prova.
Quando o juiz for analisar se condena ou não o acusado, ele deverá observar as PROVAS
produzidas em contraditório judicial. Ele NÃO poderá, como regra, fundamentar a sua
condenação exclusivamente nos elementos informativos colhidos durante a investigação.
Na verdade, esses elementos colhidos pela entidade responsável, durante o inquérito
policial, tecnicamente sequer são chamados de provas, mas sim ELEMENTOS DE
INFORMAÇÃO. Isso porque tais elementos não se prestam como provas, mas sim como
elemento para que o Ministério Público faça a acusação, bem como para direcionar os rumos
da instrução criminal, na fase processual.
Certo? Espero que sim! Mas, existem algumas exceções… Isso porque muitas vezes os
elementos de informação colhidos na delegacia NÃO poderão ser repetidos durante a
instrução criminal, seja porque às vezes os vestígios desaparecem, ou ainda porque a
testemunha que prestou o depoimento morreu etc.
É por isso que a lei ressalva as provas cautelares, não repetíveis e as antecipadas.
Essas provas cautelares, não repetíveis e antecipadas são chamadas de elementos
migratórios. Recebem esse nome porque, embora colhidas durante o inquérito policial,
elas podem, sozinhas, embasar a condenação do juiz.
Prova irrepetível, por exemplo, é aquela que simplesmente desapareceu, como a
constatação da embriaguez, a constatação dos hematomas de uma mulher agredida, etc.
Já Prova cautelar são aquelas pautadas pela necessidade e urgência, como o caso de uma
interceptação telefônica. Não há como o juiz repetir essa prova, concordam?
DICA 214
DURAÇÃO DO INQUÉRITO POLICIAL
Importante!!!!
A duração do inquérito variará de acordo com o réu estar preso ou não. Além disso, há
uma regra específica na Lei de Drogas que é importante vocês saberem!
Duração do inquérito para réu preso
Primeiramente, em se tratando de réu preso, o CPP prevê o prazo de 10 dias, contados
do dia em que se executar a ordem de prisão.
Porém, o Pacote Anticrime passou a prever a possibilidade de o juiz prorrogar o
inquérito em se tratando de réu preso, por uma única vez, por mais 15 dias. Se, após
essa prorrogação, ainda não houver concluído as investigações, a prisão deverá ser
imediatamente relaxada.
Portanto, para RÉU PRESO = 10 dias, prorrogáveis por mais 15 dias.
Duração do inquérito para réu solto:
Além disso, em se tratando de réu solto, a duração do inquérito é de 30 dias, podendo
haver sucessivas prorrogações na hipótese de o caso ser de difícil elucidação (na prática,
quase todo inquérito com réu solto extrapola esse prazo).
Duração do inquérito na lei de drogas:
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Há uma outra regra específica na Lei de Drogas que é importante você memorize.
Em se tratando de inquérito para apurar os crimes previstos na lei de drogas (exemplo:
tráfico de entorpecentes), a duração do inquérito é de 30 dias para o réu preso, e de 90
dias para o réu solto, podendo, em ambos os casos, ser duplicados pelo juiz (ver artigo
51 da Lei de Drogas).
DICA 215
DURAÇÃO DO INQUÉRITO POLICIAL
ATENÇÃO!
DICA 216
FORMAS DE INSTAURAÇÃO DO INQUÉRITO POLICIAL
Nos crimes de ação De ofício, pelo delegado A peça inaugural do inquérito será
penal pública uma portaria.
INCONDICIONADA Mediante requerimento Se o requerimento de instauração
do ofendido for indeferido, cabe recurso ao
Ver artigo 5º, CPP Chefe de Polícia.
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DICA 217
É por isso que, diante de uma denúncia anônima, a autoridade policial não pode, de
pronto, instaurar um inquérito policial.
Portanto, a denúncia anônima, por si só, NÃO serve para fundamentar a instauração de
inquérito policial. Mas, a partir dela, pode a polícia realizar diligências preliminares para
apurar a veracidade das informações obtidas anonimamente e, a partir disso, instaurar o
inquérito.
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Ao ser informado sobre os fatos, na defesa do interesse de seu cliente, o(a) advogado(a)
de Lauro, sob o ponto de vista técnico, deverá alegar que
(a) o inquérito policial não poderia ser instaurado, de imediato, com base em denúncia
anônima isoladamente, sendo exigida a realização de diligências preliminares para
confirmar as informações iniciais.
(b) o indiciado não poderá ser obrigado a fornecer seu material sanguíneo para a autoridade
policial, ainda que seja possível constrangê-lo a participar da reprodução simulada dos fatos,
independentemente de sua vontade.
(c) o vício do inquérito policial, no que tange ao reconhecimento de pessoa, invalida a ação
penal como um todo, ainda que baseada em outros elementos informativos, e não somente
no ato viciado.
(d) a autoridade policial, como regra, deverá identificar criminalmente o indiciado, ainda
que civilmente identificado, por meio de processo datiloscópico, mas não poderia fazê-lo
por fotografias.
Resposta: Letra A
Comentário: No caso em análise, tem-se que o inquérito policial não poderia ser
instaurado, de imediato, com base em denúncia anônima isoladamente. Na realidade, seria
necessário a realização de diligências preliminares para confirmar as informações iniciais.
Por isso, a alternativa “A” é o gabarito da questão.
DICA 218
REQUISIÇÕES DE INFORMAÇÕES (ARTS. 13-A E 13-B)
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DICA 219
INDICIAMENTO
Indiciar significa atribuir a autoria de uma infração penal a uma pessoa. Significa que o
delegado de polícia está afirmando que aquela pessoa é o principal suspeito, o provável
autor daquele crime.
Nos termos do art. 2º, §6º da Lei 12.830/2013, o indiciamento é ato privativo do
Delegado de Polícia, e se dá por ato formal e fundamentado da autoridade policial. Vejam,
portanto, que NÃO cabe ao juiz e nem ao Ministério Público indiciar ninguém, mas tão
somente o delegado!!
DICA BÔNUS
ARQUIVAMENTO DO INQUÉRITO POLICIAL
O pacote anticrime trouxe significativa alterações no que diz respeito à forma de
arquivamento do inquérito policial, com as modificações no art. 28 do CPP.
Por força do caráter indisponível do inquérito, a autoridade policial não pode mandar
arquivar os autos do inquérito. Além disso, o arquivamento também NÃO pode ser
determinado de ofício pelo juiz.
Na verdade, incumbe exclusivamente ao MP avaliar se os elementos de informação colhidos
são ou não suficientes para o oferecimento da denúncia.
O Pacote Anticrime implementou uma mudança na forma de arquivamento do inquérito
policial, implementando o que se chama de arquivamento no âmbito do Ministério
Público.
Agora, caso o MP entenda que é caso de arquivamento do inquérito, deverá realizar a
comunicação à vítima, ao investigado e à autoridade policial. Ainda, deverá
encaminhar os autos para a instância de Revisão Ministerial, para fins de
HOMOLOGAÇÃO.
PRESTEM BEM ATENÇÃO: quem homologa o arquivamento do inquérito é um “órgão
superior” do próprio Ministério Público, chamado de instância de Revisão Ministerial.
Antes do pacote anticrime, o MP pedia o arquivamento do inquérito ao juiz, que deveria
homologar o arquivamento. No entanto, caso o juiz discordasse do MP e entendesse que
NÃO seria caso de arquivamento, deveria remeter os autos ao Procurador Geral de Justiça.
Veja, portanto, a novidade: agora o arquivamento não passa pelo crivo do juiz. O juiz não
decide mais se vai ou não arquivar. Se o MP entender que é caso de arquivamento, faz as
comunicações e submete à instância de Revisão Ministerial.
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Portanto: se o MP entender que é caso de arquivamento, ele submete à homologação da
instância de Revisão Ministerial. NÃO É MAIS O JUIZ que homologa o arquivamento!!!
Por fim, se a vítima não concordar com o arquivamento do inquérito, poderá recorrer, no
prazo de 30 DIAS, submetendo a matéria à revisão de instância no âmbito do Ministério
Público.
ATENÇÃO!
Por conta da concessão de liminar na ADI 6305/DF, pelo Ministro Luiz Fux, está sus-
pensa “sine die” a alteração constante da lei nº 13.964/2019, no que tange o procedi-
mento de arquivamento de inquérito policial. Portanto, até o momento, prevalece a
redação anterior desse artigo, ou seja, MP pede arquivamento e encaminha para
o Magistrado, tendo esse a competência de deferir ou não!
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Coisa julgada Formal, arquivar inquérito por:
Ausência de provas;
DICA BÔNUS
TERMO CIRCUNSTANCIADO
No âmbito dos Juizados Especiais Criminais, NÃO se exige a instauração de inquéritos
policiais. O inquérito é substituído por um procedimento mais simples e mais célere,
chamado de Termo Circunstanciado.
Portanto, o procedimento para investigar crimes de menor potencial ofensivo (pena
máxima menor do que 2 anos) é o Termo Circunstanciado.
Nos termos do art. 69 da Lei 9.099/95, “a autoridade policial que tomar conhecimento da
ocorrência lavrará termo circunstanciado e o encaminhará imediatamente ao Juizado, com
o autor do fato e a vítima”.
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DIREITO DO TRABALHO
DICA 220
CONVENÇÃO COLETIVA DE TRABALHO
É uma das fontes autônomas do Direito do Trabalho, o sindicato que representa os em-
pregados negocia com o sindicato que representa os empregadores. Logo, de uma forma
mais resumida, a Convenção Coletiva de Trabalho é uma forma de solução de conflitos
entre categorias profissional e econômica.
Como isto pode cair na minha prova?
QUESTÃO SIMULADA:
O sindicato dos bancários faz uma negociação com o sindicato dos banqueiros. Logo,
estamos diante de uma Convenção Coletiva de Trabalho, que é uma:
a) Jurisprudência
b) Fonte heterônoma
c) Fonte autônoma
d) Sentença normativa
Resposta: Letra C
DICA 221
PRINCÍPIO DA CONCILIAÇÃO
Constante no art. 764 da CLT, este princípio visa evitar o litígio. Havendo, portanto,
sucesso na conciliação, dali nascerá um termo de conciliação, que posteriormente será la-
vrado. E é importante que você saiba que A Lei 9.958/2000 normatiza a existência das
chamadas Comissões de Conciliação Prévia, que tem como base este princípio. Um
ponto de extrema importância também é necessário, na conciliação, que as partes estejam
representadas por advogados diferentes. Veja o que a CLT diz sobre isto:
“Art. 855-B. O processo de homologação de acordo extrajudicial terá início por petição
conjunta, sendo obrigatória a representação das partes por advogado.
§ 1º As partes não poderão ser representadas por advogado comum.
§ 2º Faculta-se ao trabalhador ser assistido pelo advogado do sindicato de sua categoria.”
E não esqueça: Ao ser concluída a conciliação, esta vai se tornar irrecorrível, exceto em
casos onde há prestações devidas à Previdência Social, conforme traz o artigo 831 da CLT.
DICA 222
OIT – ORGANIZAÇÃO INTERNACIONAL DO TRABALHO
Existem algumas informações de suma importância sobre a OIT: Ela tem personalidade
própria e independente, fazendo parte da Organização das Nações Unidas como órgão
especializado, com sua autonomia administrativa, financeira e de decisão. De uma forma
mais resumida e simplificada: Ela é uma pessoa jurídica de direito público internacio-
nal e de caráter permanente.
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É entidade paraestatal? Não, pois não tem características de entidade supraestatal.
Importante: é necessário que você saiba que a OIT realiza suas atividades por inter-
médio de 3 órgãos, que são:
Conselho de Administração.
ATENÇÃO!
A Reforma Trabalhista trouxe uma certa flexibilização deste princípio, como pode
ser visto, por exemplo, extinção do contrato de trabalho por meio do chamado
comum acordo entre as partes (art. 484-A, CLT). Outro exemplo é a prevalência
do negociado sobre o legislado, ou seja, a negociação coletiva tem prevalência em
algumas situações sobre a lei. Você pode ver isto no art. 611 A da CLT.
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estadual de R$ 1.700,00 (um mil e setecentos reais) para a função de operador de
empilhadeira.
Em razão disso, após ter trabalhado o ano de 2018 e ser dispensada sem justa causa,
Letícia ajuizou reclamação trabalhista postulando a diferença salarial entre aquilo que
ela recebia mensalmente e o piso regional estadual.
Considerando a situação posta, os termos da CLT e o entendimento consolidado do TST,
responda às indagações a seguir.
a) Em relação ao pedido de diferença salarial, como advogado(a) do ex-empregador,
que tese jurídica você apresentaria? Justifique.
Resposta: Uma das teses que o examinando poderia trazer é justamente que o nego-
ciado prevalece sobre o legislado, conforme o Art. 611-A, inciso IX, da CLT.
Comentário: Mas o que diz este artigo?
Art. 611-A. A convenção coletiva e o acordo coletivo de trabalho têm prevalência sobre
a lei quando, entre outros, dispuserem sobre:
IX - remuneração por produtividade, incluídas as gorjetas percebidas pelo empregado,
e remuneração por desempenho individual.
DICA 225
TRABALHO VOLUNTÁRIO
O trabalho voluntário não gera vínculo empregatício, nem obrigação trabalhista ou pre-
videnciária entre as partes nele envolvidas. Logo, não a de se falar na aplicação da CLT
neste trabalho. E mais: Por mais que não gere vínculo laboral, o trabalhador voluntário pode
ser ressarcido pelas despesas que realizar no desempenho das atividades voluntárias, desde
que comprove tais despesas e que elas estejam autorizadas de forma expressa pela enti-
dade a que for prestado este serviço voluntário. Você encontrará esta disposição no artigo
3º da Lei n. 9.608/98.
A lei acima citada ainda traz um formalismo para o trabalho voluntário, requerendo cele-
bração de termo de adesão entre a entidade, pública ou privada, e o prestador do serviço,
devendo neste termo haver o objeto e as condições do trabalho.
DICA 226
RELAÇÃO DE EMPREGO
Os sujeitos da relação de emprego são o empregado e o empregador.
Pessoalidade;
Subordinação; e
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Para que alguém seja considerado empregado na forma prevista na CLT, NÃO é neces-
sário o seguinte requisito:
a) exclusividade;
b) subordinação;
c) pessoalidade;
d) onerosidade;
e) não eventualidade.
Resposta: Letra A
Comentário: A questão deseja o requisito que não é necessário na relação, que no
caso é a exclusividade.
DICA 227
TRABALHO AUTÔNOMO
Aqui, não temos a subordinação, ou seja, o trabalhador autônomo labora com indepen-
dência, sem prestar contas a um empregador. Para deixar mais fácil o entendimento: O
autônomo é uma pessoa física que exerce, de forma habitual, uma atividade profissional
devidamente remunerada. A independência e a habitualidade são, portanto, as notas ca-
racterísticas deste tipo de trabalho.
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DICA 229
ESTAGIÁRIO
O estágio é normatizado pela Lei 11.788/2008, sendo classificado da seguinte forma: “ato
educativo escolar supervisionado, desenvolvido no ambiente de trabalho, que visa à
preparação para o trabalho produtivo de educandos que estejam frequentando o ensino
regular em instituições de educação superior, de educação profissional, de ensino médio,
da educação especial e dos anos finais do ensino fundamental, na modalidade profissional
da educação de jovens e adultos” (art. 1º).
Sendo assim, o estágio não cria qualquer vínculo de cunho empregatício, mas é
necessário que sejam preenchidos os seguintes requisitos:
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40 horas semanais: Esta jornada se aplica no caso de estudantes de cursos que alter-
nem teoria e prática, nos períodos em que não estão programadas aulas presenciais, desde
que exista uma previsão neste campo no projeto pedagógico do curso e da instituição de
ensino em que estuda.
DICA 230
EMPREGADO DOMÉSTICO
Regulados pela Lei Complementar n. 150/2015, segundo a qual é empregado doméstico
“aquele que presta serviços de forma contínua, subordinada, onerosa e pessoal e de
finalidade não lucrativa à pessoa ou à família, no âmbito residencial destas, por mais
de 2 (dois) dias por semana”. E mais: É proibida a contratação da pessoa menor de 18
anos para desempenho de trabalho doméstico conforme traz o artigo 1º, parágrafo único
da Lei Complementar n. 150/2015.
ATENÇÃO!
O empregador doméstico NÃO pode ser pessoa jurídica, mas somente pode ser pessoa
física.
Eu tenho uma dúvida: O zelador pode ser considerado como empregado doméstico? Não.
A Lei 2.757/1956 excluiu porteiros, faxineiros, zeladores e serventes de prédios de aparta-
mentos residenciais desta classificação, todavia desde que laborem a serviço da adminis-
tração do edifício, das regras específicas do trabalho doméstico, e por isto são considerados
como trabalhadores urbanos, sendo aplicáveis a eles todos os direitos que estão descritos
no art. 7º da CF/88.
DICA 231
EMPREGADO RURAL
Empregado rural é o trabalhador que labora, em uma propriedade rural ou prédio rús-
tico, de forma contínua e mediante o pagamento de remuneração, conforme pode ser
devidamente constatado no art. 2º da Lei n. 5.889/73. Lembrando sempre que os direitos
do trabalhador rural são iguais aos do trabalhador urbano, segundo a CF/88.
Apesar de serem regidos por uma legislação própria, é necessário que você saiba que
limitações temporais imposta pela legislação, que são:
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Dica: voo noturno = voo feito entre o pôr do sol e o nascer do sol.
Importante: O exercício da profissão de aeronauta um exercício laboral privativo de
brasileiros, mas há as exceções previstas no Código Brasileiro de Aeronáutica.
DICA 233
PRONTIDÃO
O conceito de prontidão muitas vezes acaba por passar batido na hora dos estudos. A pron-
tidão nada mais é que o tempo em que o empregado fica nas dependências do local
de trabalho, aguardando ordens. Está previsão pode ser vista no artigo 244, parágrafo
3º da CLT.
Ah, e não esqueça: A remuneração do período de prontidão é de 2/3 do salário-hora
normal e a escala de prontidão será de, 12 horas, no máximo.
Cuidado: Não confunda prontidão com sobreaviso. Na prontidão, temos a situação do
empregado permanece nas dependências do seu local de trabalho, esperando ordens. Já no
sobreaviso o empregado fica na sua residência, entretanto fica esperando a qualquer tempo
o chamado para o serviço, conforme o disposto no art. 244, § 2º da CLT.
DICA 234
EMPREGADO “HIPERSUFICIENTE”
Você já ouviu falar no empregado “hipersuficiente”? Isso mesmo. A nossa legisla-
ção trouxe recentemente esta figura, mais precisamente no artigo 444 da CLT. Mas quem
é este empregado? O empregado hipersuficiente é o que é portador de diploma de curso
superior e perceba salário mensal igual ou superior a duas vezes o limite dos be-
nefícios do Regime Geral de Previdência Social. Note que é preciso que haja os dois
requisitos:
Portador de diploma de curso superior + que perceba salário mensal igual ou su-
perior a duas vezes o limite dos benefícios do Regime Geral de Previdência Social =
Empregado hipersuficiente.
Questão simulada:
Suzano é empregado da empresa Abobrinha S. A, e tem diploma de curso superior na
área de contabilidade. Além disto, Suzano também recebe um salário superior a duas
vezes o limite dos benefícios do Regime Geral de Previdência Social. Ele deseja acordar
diretamente com seu empregador sobre o banco de horas anual. Mas antes, ele procura
você, um famoso advogado, para saber sobre o assunto. Você esclarece que:
a) Não é possível, pois todo trabalhador é hipossuficiente, pelo disposto no art. 444 da
CLT
b) Não é possível, pois todo trabalhador da área da contabilidade é hipossuficiente,
conforme disposto no artigo 444 da CLT
c) É possível, pois o trabalhador com nível superior (diploma) e que perceba salário
mensal igual ou superior a duas vezes o limite dos benefícios do Regime Geral de Pre-
vidência Social é hipersuficiente e pode negociar diretamente com o empregador sobre
as hipóteses previstas no art. 611-A da CLT
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d) É possível, pois a Reforma Trabalhista aboliu a hipossuficiência da figura de todo
empregado, inclusive do trabalhador com nível superior (diploma) e que perceba salário
mensal igual ou superior a duas vezes o limite dos benefícios do Regime Geral de Pre-
vidência Social é hipersuficiente e pode negociar diretamente com o empregador sobre
as hipóteses previstas no art. 611-A da CLT
Resposta: Letra C
Comentário: Cuidado com a letra D. A Reforma não aboliu a hipossuficiência de todos
os empregados.
DICA 235
CONTRATO DE TRABALHO POR PRAZO DETERMINADO
É a exceção à regra, pois a regra é que o contrato seja por tempo indeterminado.
Logo, o contrato por prazo determinado só pode ser devidamente pactuado de forma ex-
cepcional, sendo válido apenas nas hipóteses seguintes:
a) serviços cuja natureza ou transitoriedade justifiquem a predeterminação de
prazo, ou seja, as atividades a serem desenvolvidas pelo empregado devem ser transitórias
em relação à atividade preponderante do empregador;
b) atividades empresariais de cunho transitório (exemplo: grupos de teatro).
c) contrato de experiência.
Sobre o contrato por experiência: Sobre a prorrogação do contrato de experiência, é neces-
sário que você saiba que o TST já tem posicionamento. Veja:
DICA 236
CONTRATO DE TRABALHO INTERMITENTE
É o tipo de contrato aonde há a prestação de serviços, com a devida subordinação, não
contínua, havendo ainda a alternância de períodos de prestação de serviços e de ina-
tividade, determinados em horas, dias ou meses, independentemente do tipo de ativi-
dade do empregado e do empregador (art. 443, § 3º, CLT).
A propósito: Os períodos de inatividade não são considerados tempo à disposição do
empregador, podendo o trabalhador prestar serviços a outros contratantes, conforme traz
o art. 452-A, § 5º da CLT.
Importante: Não se aplicam as regras do contrato de trabalho intermitente aos aero-
nautas, regidos por legislação própria.
Certo, mas como funciona a questão da resposta do empregado intermitente?
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O empregado não responder à convocação, ficando em silêncio, o que presume a recusa;
O empregado recusar a oferta, o que não tira a subordinação para fins do contrato de
trabalho intermitente;
Ocorre em três casos: Quando o trabalho for proibido, quando o contrato de trabalho
tiver um objeto ilícito e quando Administração Pública, quer seja direta ou indireta,
contratar empregados sem aprovação prévia em concurso público, como exige o art.
37, II, da CF/88.
E mais: No caso do trabalho proibido, a nulidade terá um efeito ex nunc, não retroagindo.
Já no caso do objeto ilícito, a nulidade terá um efeito ex tunc, retroagindo o contrato desde
sua origem.
E qual a diferença do trabalho proibido para o trabalho com objeto? Um exemplo de
trabalho proibido é o que emprega pessoas menores de forma irregular. Já no caso do
trabalho com objeto ilícito, temos como exemplo a pessoa que trabalha com jogo do bicho.
Veja a OJ seguinte:
OJ 199 do TST
DICA 238
JORNADA DE TRABALHO
A jornada é uma medida de tempo em que está incluído o tempo diário de trabalho do
empregado. Lembrando sempre que não são considerados como tempo à disposição do
empregador os momentos em que o empregado, por sua escolha própria, busque proteção
pessoal, em caso de insegurança nas vias públicas ou más condições climáticas, bem como
adentrar ou permanecer nas dependências da empresa para exercer atividades particulares
como por exemplo práticas religiosas, lazer, estudo, descanso, momentos de alimentação ,
atividades de relacionamento social, higiene pessoal e troca de roupa ou uniforme, quando
não houver obrigatoriedade de realizar a troca na empresa. Você pode ler tudo isto lá
no art. 4º, § 2º da CLT.
Ex.: Sua prova pode trazer uma situação aonde o empregado, de livre e espontânea
vontade, realize todas as terças um culto ecumênico nas dependências do trabalho, durando
tais cultos uma hora. Essa hora do culto não pode ser computada como tempo à disposição
do empregador.
A propósito, a seguinte súmula é muito importante para quem vai fazer o Exame da OAB.
Veja:
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DICA 239
JORNADAS ESPECIAIS DE TRABALHO – BANCÁRIO
Algumas categorias possuem jornadas de trabalho especiais. Uma destas categorias é a
dos bancários. O artigo 224 da CLT afirma que a jornada de trabalho destes profissionais
(empregados em bancos, casas bancárias e Caixa Econômica Federal) será de 6 (seis) ho-
ras contínuas nos dias úteis, com exceção dos sábados. Logo, totalizando 30 horas de
trabalho por semana. Em outras palavras: Os bancários obtiveram a redução de jornada
para seis horas, ante oito horas dos demais trabalhadores.
Sendo assim, o período de desenvolvimento da jornada do bancário é das 7h às 22h,
de 2ª a 6ª feiras. E atenção: Como o assunto é sobre bancários, um tema já trabalhado
em uma prova da OAB é referente à equiparação dos trabalhadores de lotéricas à categoria
dos bancários. E o TRT da 4ª Região já se posicionou no sentido de não equiparação, ou
seja, o empregado de casa lotérica não estaria equiparado ao bancário, mesmo que lide em
seu trabalho com dinheiro. A não equiparação também não enseja o pagamento de adicional
de periculosidade. O assunto foi tema da segunda fase do Exame de OAB, em uma contes-
tação aonde o espelho do gabarito mostrava que o reclamante não tinha direito à equipa-
ração com a categoria dos bancários, tendo como base o artigo 511 da CLT.
“O sábado do bancário é dia útil não trabalhado, não dia de repouso remunerado. Não
cabe repercussão do pagamento de horas extras habituais em sua remuneração.”
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Veja como a banca já cobrou este assunto:
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PROCESSO DO TRABALHO
DICA 240
IRRECORRIBILIDADE IMEDIATA DAS DECISÕES INTERLOCUTÓRIAS
O artigo 893, § 1º traz esta disposição, dizendo que são incabíveis recursos de deci-
sões proferidas no decurso do processo, devendo a parte prejudicada esperar que seja
devidamente proferida a decisão final para somente aí dela recorrer. Este artigo afirma o
seguinte:
“Art. 893, § 1º Os incidentes do processo serão resolvidos pelo próprio Juízo ou Tribunal,
admitindo-se a apreciação do merecimento das decisões interlocutórias somente em recur-
sos da decisão definitiva.”
Em outras palavras: Se faz necessário que haja uma decisão definitiva para que assim se
interponha um recurso, não cabendo interposição de recursos diante de uma decisão inter-
locutória.
Mas cuidado, o TST entende que a decisão pode ser impugnada de forma imediata
quando esta afrontar súmula ou orientação jurisprudencial do TST. Vejamos a se-
guir:
DICA 241
PREPOSTO
O preposto é uma pessoa que irá representar outrem na audiência, e ele não precisa
ser empregado do empregador, necessitando ter conhecimento dos fatos ali trabalha-
dos. É preciso também que o preposto apresente uma carta devidamente assinada pelo
representante legal da reclamada ou pelo empregador pessoa física.
Em outras palavras: O preposto não precisa ser empregado, mas precisa ter uma carta
assinada pelo que ele vai representar e também conhecer o caso ali tratado.
Sobre a não necessidade do preposto ser empregado: O TST já se posicionou neste ponto.
Tal determinação acaba por deixar a Sumula 377 do TST desatualizada.
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DICA 242
PRINCÍPIO DA ORALIDADE
Um dos principais princípios ligados à audiência, sendo assim de suma importância. O
princípio da oralidade pode ser visto no artigo 847 da CLT, por exemplo. Mas atenção:
DICA 243
TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO
Faz parte da organização da Justiça do Trabalho. O TST (Tribunal Superior do Trabalho),
tem 27 ministros, a sua nomeação é feita pelo Presidente da República e necessário
que haja a devida aprovação pela maioria absoluta do Senado Federal, por meio de
uma sabatina. Esses ministros devem ter mais de 35 e menos de 70 anos.
ATENÇÃO!
Destes 27 Ministros, um quinto das vagas será reservado aos membros da Advo-
cacia e do Ministério Público, o que é o “quinto constitucional”. E importante: No
TST são julgados: Recurso de revista, Recurso Ordinário e embargos ao TST.
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DICA 244
TRIBUNAIS REGIONAIS DO TRABALHO
Também faz parte da Justiça do Trabalho, deve ter no mínimo de 7 juízes, estes juízes
devem ser nomeados, devendo ainda estes possuir mais de 30 anos e menos de 65 anos.
Assim como os ministros do TST, a sua nomeação deverá ser feita pelo Presidente da
República e por fim, não há necessidade de sabatina para a aprovação, diferente neste
ponto dos Ministros do TST.
Há TRT em todos os Estado brasileiros? Não, não há TRT no Tocantins, Amapá, Acre e
Roraima. E há dois em São Paulo.
DICA 245
JUÍZES DO TRABALHO
O juiz do trabalho deve ser aprovado em concurso de provas e títulos, ingressando como
juiz substituto, designado pelo Presidente do TRT para auxiliar ou substituir nas Varas do
Trabalho. Passados 2 anos no exercício, ele irá tornar-se vitalício no cargo.
Art. 112 da CF/88: a Lei criará varas da Justiça do Trabalho, podendo, nas comarcas não
abrangidas por sua jurisdição, atribuí-La aos juízes de direito, com recurso para o respectivo
Tribunal Regional do Trabalho".
Ótimo, mas o que acontece nas comarcas onde não tiver juiz do trabalho? Nas
comarcas onde não houver juiz do trabalho, por Lei, os Juízes de Direito poderão ser
investidos da jurisdição trabalhista. Das sentenças que proferirem caberá recurso ordi-
nário para o respectivo Tribunal Regional do Trabalho (art. 112 da CF/1988 e art. 668 da
CLT).
E como surge uma nova vara trabalhista? Há requisitos? Há o requisito da frequência
de reclamações trabalhistas em cada órgão já existente exceda, seguidamente, a 1.500
reclamações trabalhistas por ano.
DICA 246
HOMOLOGAÇÃO DE ACORDO EXTRAJUDICIAL
Faz parte das competências da Justiça do Trabalho. Apenas o juiz poderá fazê-lo. Lem-
brando sempre que o juiz poderá indeferir a homologação, caso veja nela alguma nulidade
ou irregularidade. Ocorrendo isto, volta a correr o prazo prescricional que foi suspenso,
tendo em mente o ajuizamento da ação.
"Art. 652, CLT. Compete às Varas do Trabalho: (...) f) decidir quanto à homologação de
acordo extrajudicial em matéria de competência da Justiça do Trabalho."
O juiz indeferiu a homologação do meu acordo trabalhista extrajudicial. Cabe interposição
de algum recurso? Sim, cabe interposição de recurso ordinário.
DICA 247
CONSELHO SUPERIOR DA JUSTIÇA DO TRABALHO
Seu papel é exercer, na forma normatizada da Lei, a vigilância de cunho administra-
tivo, orçamentário, patrimonial e financeiro da Justiça do Trabalho, tanto de primeiro
quanto de segundo grau, como órgão central do sistema, tendo suas deliberações efeito
vinculante.
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São seus valores a ética; acessibilidade; agilidade; eficiência; transparência; inovação; va-
lorização das pessoas; sustentabilidade; efetividade; comprometimento; segurança jurí-
dica; respeito à diversidade; imparcialidade; responsabilização.
Como este órgão foi criado? O Conselho Superior da Justiça do Trabalho (CSJT) foi criado
pela Emenda Constitucional nº 45, de 30 de dezembro de 2004, com o acréscimo do
art. 111-A da CF/88.
DICA 248
PARTES E PROCURADORES
No Processo do Trabalho o autor é denominado de reclamante e o réu, reclamado. É
importante que você se acostume com estas nomenclaturas.
E mais: No Processo do Trabalho, é necessário haver a capacidade das partes. Esta capaci-
dade ocorre aos 18 anos (art. 792 da CLT), e quando a parte não tem esta idade, tem que
estar em juízo com a assistência ou representação.
Institucionais:
a) sentar-se no mesmo plano e imediatamente à direita dos juízes singulares ou presidentes
dos órgãos judiciários perante os quais oficiem;
b) usar vestes talares;
e) ter ingresso e trânsitos livres, em razão de serviço, em qualquer recinto público ou pri-
vado, respeitada a garantia constitucional da inviolabilidade do domicílio;
d) a prioridade em qualquer serviço de transporte ou comunicação, público ou privado, no
território nacional, quando em serviço de caráter urgente;
e) o porte de arma, independentemente de autorização;
f) carteira de identidade especial, de acordo com modelo aprovado pelo Procurador-Geral
da República e por ele expedida, nela se consignando as prerrogativas constantes do inciso
I, alíneas 'c', 'd' e 'e' do inciso II, alíneas 'd', 'e' e 'f', deste artigo;
Processuais:
a) do Procurador-Geral da República, ser processado e julgado, nos crimes comuns, pelo
Supremo Tribunal Federal e pelo Senado Federal, nos crimes de responsabilidade;
Todos os direitos reservados. proibida cópia, plágio ou comercialização.
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b) do membro do Ministério Público da União que oficie perante tribunais, ser processado e
julgado, nos crimes comuns e de responsabilidade, pelo Superior Tribunal de Justiça;
e) do membro do Ministério Público da União que oficie perante juízos de primeira instância,
ser processado e julgado, nos crimes comuns e de responsabilidade, pelos Tribunais Regi-
onais Federais, ressalvada a competência da Justiça Eleitoral;
d) ser preso ou detido somente por ordem escrita do tribunal competente ou em razão de
flagrante de crime inafiançável, caso em que a autoridade fará imediata comunicação àquele
tribunal e ao Procurador-Geral da República, sob pena de responsabilidade;
e) ser recolhido à prisão especial ou à sala especial de Estado-Maior, com direito à privaci-
dade e à disposição do tribunal competente para o julgamento, quando sujeito a prisão
antes da decisão final; e a dependência separada no estabelecimento em que tiver de ser
cumprida a pena;
f) não ser indiciado em inquérito policial, observado o disposto no parágrafo único deste
artigo;
g) ser ouvido, como testemunhas, em dia, hora e Local previamente ajustados com o ma-
gistrado ou a autoridade competente;
h) receber intimação pessoalmente nos autos em qualquer processo e grau de jurisdição
nos feitos em que tiver que oficiar.
Parágrafo único. Quando, no curso de investigação, houver indício de prática de infração
penal por membro do Ministério Público da União, a autoridade policial, civil ou militar,
remeterá imediatamente os autos ao Procurador-Geral da República, que designará membro
do Ministério Público para prosseguimento da apuração do fato".
DICA 250
VEDAÇÕES AOS AGENTES DO MINISTÉRIO PÚBLICO
Os membros do Ministério Público possuem algumas vedações que são elencadas no art.
128, § 5°, II, da CF/88. No que tange ao Ministério Público da União, as proibições são
impostas, também, pelo art. 237 da Lei Complementar 75/1993. De acordo com a Consti-
tuição Federal, em seu já citado dispositivo, constituem-se proibições aos agentes do Mi-
nistério Público:
Art. 128. (...)
§ 5° (...)
as seguintes vedações:
a) receber, a qualquer título e sob qualquer pretexto, honorários, percentagens ou cus-
tas processuais;
b) exercer a advocacia;
c) participar de sociedade comercial, na forma da lei;
d) exercer, ainda que em disponibilidade, qualquer outra função pública, salvo uma de
magistério;
e) exercer atividade político-partidária;
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f) receber, a qualquer título ou pretexto, auxílios ou contribuições de pessoas físicas,
entidades públicas ou privadas, ressalvadas as exceções previstas em lei.
Importante: Lembre-se que o Ministério Público do Trabalho (MPT) integra o Minis-
tério Público da União (MPU), possuindo todas as garantias e prerrogativas e estando sub-
metido às vedações que disciplinam a instituição Ministério Público. Em outras palavras: O
Ministério Público da União alcança o Ministério Público Federal, o Ministério Público Militar,
o Ministério Público do Trabalho e o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios.
o Procurador-Geral do Trabalho
os Subprocuradores--Gerais do Trabalho
os Procuradores do Trabalho.
DICA 251
COMISSÃO DE CONCILIAÇÃO PRÉVIA
O Ministério Público do Trabalho pode sim intervir, como um fiscal da lei, tendo assim
uma função importante nas sessões realizadas nos Tribunais Regionais do Trabalho e Tri-
bunal Superior do Trabalho, como também produzindo os pareceres, desde que haja o in-
teresse público evidente na situação.
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Uma informação importante para quem estuda este assunto é que o instrumento de atua-
ção judicial do Ministério Público do Trabalho de maior importância é a ação civil
pública, usada na proteção dos interesses metaindividuais no campo trabalhista.
Veja: Não é que os outros instrumentos não são importantes, mas a Ação Civil Pública
é a mais comum, por isso na hora do estudo não pode ser deixada de lado. Há também
outras formas de participação do MPT, como, por exemplo, a ação rescisória, o dissídio
coletivo de greve, a ação anulatória de cláusula convencional, o mandado de segurança
(remédio constitucional a ser melhor trabalhado em dicas posteriores) entre outros.
DICA 253
AÇÃO CIVIL PÚBLICA
Ex.: O conselho profissional dos farmacêuticos não pode ingressar com a Ação civil pú-
blica em um assunto que seja da categoria dos engenheiros.
DICA 254
DESPACHOS
Posto isto, nos termos do art. 1°, § 2°, da Lei 11.419/2006, considera-se:
a) Meio Eletrônico;
b) Transmissão Eletrônica;
c) Assinatura Eletrônica.
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DICA 256
ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA GRATUITA
O benefício da justiça gratuita está previsto no art. 790, §§ 3° e 4°, da CLT. Observe:
"Art. 790, CLT. Nas Varas do Trabalho, nos Juízos de Direito, nos Tribunais e no Tribunal
Superior do Trabalho, a forma de pagamento das custas e emolumentos obedecerá às ins-
truções que serão expedidas pelo Tribunal Superior do Trabalho. ( ... )
§ 3° É facultado aos juízes, órgãos julgadores e presidentes dos tribunais do trabalho de
qualquer instância conceder, a requerimento ou de ofício, o benefício da justiça gratuita,
inclusive quanto a trasladas e instrumentos, àqueles que perceberem salário igual ou infe-
rior a 40% (quarenta por cento) do limite máximo dos benefícios do Regime Geral de Pre-
vidência Social.
§ 4° O benefício da justiça gratuita será concedido à parte que comprovar insuficiência de
recursos para o pagamento das custas do processo."
Uma vez deferido o pedido da justiça gratuita, a parte contrária pode fornecer a impug-
nação na contestação (se a justiça gratuita for requerida na petição inicial), na réplica (se
a justiça gratuita for requerida na contestação), nas contrarrazões (se a justiça gratuita for
requerida no recurso) e no prazo de 15 dias (se a justiça gratuita for requerida em petição
avulsa). A impugnação será feita nos próprios autos, sem que haja a suspensão do processo
em si.
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II – No caso de pessoa jurídica, não basta a mera declaração: é necessária a demons-
tração cabal de impossibilidade de a parte arcar com as despesas do processo.
DICA 258
HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS
Os honorários serão devidos ao advogado, mesmo que atue em causa própria, por
ter representado o processo a parte vencedora. Tenha cuidado com um ponto: Com a Re-
forma Trabalhista, os chamados honorários sucumbenciais não são devidos somente aos
sindicatos, mas também aos advogados particulares.
Informação importante: O Supremo Tribunal Federal já firmou entendimento, por
intermédio da Súmula 512, de que NÃO há cabimento da condenação em honorários advo-
catícios na ação de mandado de segurança.
Há 3 tipos de honorários:
Contratuais,
Assistenciais (nos casos em que o reclamante é assistido pelo sindicato de sua catego-
ria), e
Sucumbenciais.
o trabalho realizado pelo advogado e o tempo exigido para o seu serviço (art. 791, §
2°, CLT).
Veja como a banca já cobrou este assunto:
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c) Haverá condenação em honorários de, no mínimo, 5% e de, no máximo, 15% em
favor do advogado.
Resposta: Letra C
CLT Art. 791-A. Ao advogado, ainda que atue em causa própria, serão devidos honorá-
rios de sucumbência, fixados entre o mínimo de 5% (cinco por cento) e o máximo de
15% (quinze por cento) sobre o valor que resultar da liquidação da sentença, do pro-
veito econômico obtido ou, não sendo possível mensurá-lo, sobre o valor atualizado da
causa.
DICA 259
EXCEÇÕES À JUSTIÇA GRATUITA
O beneficiário da Justiça Gratuita tem suas prerrogativas. Mas há situações que a justiça
gratuita não tem alcance.
As multas processuais são um exemplo clássico deste não alcance, o que pode ser visto
no art. 98, § 4° do CPC.
E atente-se para uma questão importante: Na Justiça gratuita, o beneficiário tem o direito
de precisar adiantar as despesas, todavia se no final o beneficiário for vencido será respon-
sável por elas. Logo, não pense na justiça gratuita como uma isenção total.
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DIREITO ELEITORAL
DICA 260
QUEM NÃO PODE SE ALISTAR COMO ELEITOR?
os analfabetos;
DICA 261
ALISTAMENTO E VOTO
O alistamento e o voto são obrigatórios para os brasileiros de um e outro sexo, SALVO:
QUANTO AO ALISTAMENTO:
os inválidos;
QUANTO AO VOTO:
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os enfermos;
SINTETIZANDO:
O eleitor ou eleitora que não estiver em dia com a Justiça Eleitoral não poderá:
Praticar qualquer ato para o qual se exija quitação do serviço militar ou do imposto de
renda.
IMPORTANTE!
O eleitor ou eleitora que não votar em três eleições consecutivas, não justificar sua
ausência ou não quitar a multa devida terá sua inscrição cancelada.
DICA 263
PUNIÇÕES PARA QUEM NÃO VOTOU
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Um ponto que merece sua atenção, caro (a) futuro (a) aprovado (a), é que as regras da
dica anterior não se aplicam aos eleitores cujo voto seja facultativo por prerrogativa cons-
titucional (analfabetos, maiores de 16 e menores de 18 anos, e maiores de 70 anos)
e aos portadores de deficiência física ou mental que torne impossível ou demasiada-
mente oneroso o cumprimento das obrigações eleitorais, desde que deferido pelo Juízo Elei-
toral requerimento de certidão de quitação por prazo indeterminado, na forma da Resolução
TSE nº 23.659/2021.
ESQUEMATIZANDO:
A quem não se aplica as regras da dica anterior?
analfabetos,
maiores de 16 anos
menores de 18 anos
maiores de 70 anos
pessoas que tenham deficiência física ou mental que torne impossível ou demasi-
adamente oneroso o cumprimento das obrigações eleitorais, desde que deferido pelo Juízo
Eleitoral requerimento de certidão de quitação por prazo indeterminado, na forma da Reso-
lução TSE nº 23.659/2021.
Como isto poderia cair na minha prova?
DICA 264
MULTAS
As multas aplicadas pelos Tribunais Eleitorais serão consideradas líquidas e certas, para
efeito de cobrança mediante executivo fiscal desde que inscritas em livro próprio na Secre-
taria do Tribunal competente.
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E mais: a multa pode ser aumentada até dez vezes, se o juiz, ou Tribunal considerar
que, em virtude da situação econômica do infrator, é ineficaz, embora aplicada no máximo.
Por fim, alistando, ou o eleitor, que comprovar devidamente o seu estado de pobreza,
ficará isento do pagamento de multa.
DICA 265
MULTAS
A multa será cobrada no máximo previsto, salvo se o eleitor quiser aguardar que o juiz da
zona em que se encontrar solicite informações sobre o arbitramento ao Juízo da inscrição.
E mais: O eleitor que não votar e não pagar a multa, se se encontrar fora de sua zona e
necessitar documento de quitação com a Justiça Eleitoral, poderá efetuar o pagamento pe-
rante o Juízo da zona em que estiver.
Como esse tema pode cair na minha prova?
DICA 266
ÓRGÃOS DA JUSTIÇA ELEITORAL
juntas eleitorais;
juízes eleitorais.
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DICA 267
ÓRGÃOS DA JUSTIÇA ELEITORAL
O número de juízes dos Tribunais Regionais não será reduzido, mas poderá ser elevado
até nove, mediante proposta do Tribunal Superior, e na forma por ele sugerida.
ATENÇÃO: Poderá não é o mesmo que deverá!
Os juízes dos Tribunais Eleitorais, salvo motivo justificado, servirão obrigatoriamente por
dois anos, e nunca por mais de dois biênios consecutivos.
DICA 268
NO ÂMBITO ELEITORAL, O QUE ACONTECE COM OS JUÍZES AFASTADOS POR MO-
TIVO DE LICENÇA FÉRIAS E LICENÇA ESPECIAL?
Os juízes afastados por motivo de licença férias e licença especial, de suas funções na Jus-
tiça comum, ficarão automaticamente afastados da Justiça Eleitoral pelo tempo correspon-
dente exceto quando com períodos de férias coletivas, coincidir a realização de eleição,
apuração ou encerramento de alistamento.
Da homologação da respectiva convenção partidária até a diplomação e nos feitos
decorrentes do processo eleitoral, não poderão servir como juízes nos Tribunais Eleitorais,
ou como juiz eleitoral, o cônjuge ou o parente consanguíneo ou afim, até o segundo grau,
de candidato a cargo eletivo registrado na circunscrição.
DICA 269
TRIBUNAL SUPERIOR ELEITORAL
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TSE - PROCURADOR GERAL
Exercerá as funções de Procurador Geral, junto ao Tribunal Superior Eleitoral, o Procurador
Geral da República, funcionando, em suas faltas e impedimentos, seu substituto legal.
E mais: O Procurador Geral poderá designar outros membros do Ministério Público da
União, com exercício no Distrito Federal, e sem prejuízo das respectivas funções, para au-
xiliá-lo junto ao Tribunal Superior Eleitoral, onde não poderão ter assento.
DICA 272
TSE - PROCURADOR GERAL
expedir instruções aos órgãos do Ministério Público junto aos Tribunais Regionais;
os crimes eleitorais e os comuns que lhes forem conexos cometidos pelos seus pró-
prios juízes e pelos juízes dos Tribunais Regionais;
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o habeas corpus ou mandado de segurança, em matéria eleitoral, relativos a atos
do Presidente da República, dos Ministros de Estado e dos Tribunais Regionais; ou, ainda, o
habeas corpus, quando houver perigo de se consumar a violência antes que o juiz compe-
tente possa prover sobre a impetração;
os pedidos de desaforamento dos feitos não decididos nos Tribunais Regionais dentro
de trinta dias da conclusão ao relator, formulados por partido, candidato, Ministério Público
ou parte legitimamente interessada.
as reclamações contra os seus próprios juízes que, no prazo de trinta dias a contar
da conclusão, não houverem julgado os feitos a eles distribuídos.
a ação rescisória, nos casos de inelegibilidade, desde que intentada dentro de cento e
vinte dias de decisão irrecorrível, possibilitando-se o exercício do mandato eletivo até o seu
trânsito em julgado.
julgar os recursos interpostos das decisões dos Tribunais Regionais nos termos
do Art. 276 inclusive os que versarem matéria administrativa.
DICA 274
COMPETÊNCIA PRIVATIVA
conceder aos seus membros licença e férias assim como afastamento do exercício dos
cargos efetivos;
aprovar o afastamento do exercício dos cargos efetivos dos juízes dos Tribunais Regionais
Eleitorais;
propor ao Poder Legislativo o aumento do número dos juízes de qualquer Tribunal Elei-
toral, indicando a forma desse aumento;
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enviar ao Presidente da República a lista tríplice organizada pelos Tribunais de Justiça
nos termos do ar. 25;
responder, sobre matéria eleitoral, às consultas que lhe forem feitas em tese por autori-
dade com jurisdição, federal ou órgão nacional de partido político;
autorizar a contagem dos votos pelas mesas receptoras nos Estados em que essa provi-
dência for solicitada pelo Tribunal Regional respectivo;
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DICA 277
TRIBUNAIS REGIONAIS
PROCURADOR REGIONAL ELEITORAL
No Distrito Federal, serão as funções de Procurador Regional Eleitoral exercidas pelo Procu-
rador Geral da Justiça do Distrito Federal.
Quem o substitui? Substituirá o Procurador Regional, em suas faltas ou impedi-
mentos, o seu substituto legal.
E mais: compete aos Procuradores Regionais exercer, perante os Tribunais junto aos quais
servirem, as atribuições do Procurador Geral.
DICA 278
JUIZES ELEITORAIS
Onde houver mais de uma vara, o Tribunal Regional designará aquela ou aquelas, a que
incumbe o serviço eleitoral.
Nas zonas eleitorais onde houver mais de uma serventia de justiça, o juiz indicará ao Tri-
bunal Regional a que deve ter o anexo da escrivania eleitoral pelo prazo de dois anos.
DICA 279
ESCRIVÃO ELEITORAL
O escrivão eleitoral, em suas faltas e impedimentos, será substituído na forma prevista pela
lei de organização judiciária local.
CUIDADO!
Não poderá servir como escrivão eleitoral, sob pena de demissão, o membro de dire-
tório de partido político, nem o candidato a cargo eletivo, seu cônjuge e parente consan-
guíneo ou afim até o segundo grau.
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DIREITO FINANCEIRO
Querido (a) futuro (a) advogado (a), sabemos que provavelmente você não viu essa matéria
na faculdade, mas acalme seu 💙. Aqui, você poderá observar os principais tópicos desta
matéria, de uma forma bastante simplificada e assimilar o conteúdo desta disciplina.
Bons estudos!
DICA 280
CONCEITO DE DIREITO FINANCEIRO
Segundo o doutrinador Luiz Emygdio F. da Rosa Júnior:
“Direito Financeiro é o ramo do Direito Público que estuda o ordenamento jurídico das fi-
nanças do Estado e as relações jurídicas decorrentes de sua atividade financeira e que se
estabeleceram entre o Estado e o particular.”
Então, para ficar mais esquematizado, Direito Financeiro:
Estuda o ordenamento jurídico que rege as finanças do Estado e suas relações jurídicas,
e também as relações que se estabeleceram entre o Estado e o particular.
Lei 4.320/1964
Importante que você saiba estas são as principais leis, mas não as únicas! 😉
DICA 282
A COMPETÊNCIA DA UNIÃO - FOCO NO BANCO CENTRAL
A competência da União para emitir moeda será exercida exclusivamente pelo banco cen-
tral.
E mais: É vedado ao banco central conceder, direta ou indiretamente, empréstimos ao
Tesouro Nacional e a qualquer órgão ou entidade que não seja instituição financeira.
O banco central poderá comprar e vender títulos de emissão do Tesouro Nacional, com o
objetivo de regular a oferta de moeda ou a taxa de juros.
Mas qual é a natureza jurídica do Banco Central? O BC é uma autarquia de natureza
especial, criado pela Lei nº 4.595/1964 e com autonomia estabelecida pela Lei Comple-
mentar nº 179/2021.
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DICA 283
BANCO CENTRAL
A missão do Banco Central é garantir a estabilidade do poder de compra da moeda, zelar
por um sistema financeiro sólido, eficiente e competitivo, e fomentar o bem-estar econômico
da sociedade.
Um ponto importante é que as instituições financeiras precisam manter contas no BC. Essas
contas são monitoradas para que as transações financeiras aconteçam com fluidez e para
que as próprias contas não fechem o dia com saldo negativo.
DICA 284
BANCO CENTRAL- ESTRUTURA
O Banco Central é dirigido por sua Diretoria Colegiada, composta pelos seguintes inte-
grantes, todos indicados pelo presidente da República e aprovados pelo Senado:
Presidente;
Diretora de Administração;
Diretor de Fiscalização;
Diretor de Regulação;
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Receitas Correntes
Receitas de Capital.
DICA 287
RECEITA - CONCEITOS
Receita tributária:
Impostos.
Taxas.
Contribuições de Melhoria.
Receita de contribuições;
Receita patrimonial;
Receita agropecuária;
Receita industrial;
Receita de serviços;
Transferências correntes;
QUESTÃO, FGV.
Assinale a alternativa que não corresponda a uma receita corrente.
A) Receita de operação de crédito.
B) Receita tributária.
C) Receita patrimonial.
D) Receita industrial.
E) Receita de contribuições.
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GABARITO: A.
DICA 289
RECEITAS DE CAPITAL
Operações de crédito
Alienação de bens
Amortização de empréstimos
Transferências de capital
I - o plano plurianual;
II - as diretrizes orçamentárias;
III - os orçamentos anuais.
DICA 291
INSTRUMENTOS DO ORÇAMENTO PÚBLICO - PLANO PLURIANUAL – PPA
O Plano Plurianual (PPA), previsto no artigo 165 da Constituição Federal, é o instrumento
de planejamento governamental de médio prazo, que estabelece, de forma regionali-
zada, as diretrizes, objetivos e metas da Administração Pública organizado em progra-
mas, estruturado em ações, que resultem em bens e serviços para a população.
O PPA possui duração de 4 anos, começando no início do segundo ano do mandato do chefe
do poder executivo e finalizando no fim do primeiro ano de seu sucessor, de modo que haja
continuidade do processo de planejamento.
Nele constam, detalhadamente, os atributos das políticas públicas executadas, tais como
metas físicas e financeiras, públicos-alvo, produtos a serem entregues à sociedade etc.
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DICA 292
PRINCÍPIOS BÁSICOS DO PLANO PLURIANUAL
Identificação dos órgãos gestores dos programas e órgãos responsáveis pelas ações go-
vernamentais;
Transparência.
VALE LEMBRAR!
Nenhum investimento cuja execução ultrapasse um exercício financeiro poderá ser iniciado
sem prévia inclusão no plano plurianual, ou sem lei que autorize a inclusão, sob pena de
crime de responsabilidade.
DICA 293
INSTRUMENTOS DO ORÇAMENTO PÚBLICO - LEI ORÇAMENTÁRIA ANUAL
A Lei Orçamentária Anual (LOA) é uma lei também elaborada pelo Poder Executivo que es-
tabelece as despesas e as receitas que serão realizadas no próximo ano.
Na referida Lei está contido o planejamento de gastos que define as obras e os serviços que
são prioritários para o ente, levando em conta os recursos disponíveis. Estabelece também
as metas e prioridades para os gastos públicos anualmente, que deve ser aprovada em
sessão conjunta da Câmara dos Deputados e do Senado, permitindo que o governo prepare
o orçamento final para o próximo ano.
DICA 294
A LDO NA LEI DE RESPONSABILIDADE FISCAL (LRF)
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DICA 295
PRINCÍPIOS ORÇAMENTÁRIOS
PRINCÍPIO DA EXCLUSIVIDADE
O Princípio da Exclusividade traz que a Lei Orçamentária deverá conter apenas matéria or-
çamentária ou financeira. Ou seja, a LOA não conterá dispositivo estranho à previsão
da receita e à fixação da despesa, não se incluindo a proibição a autorização para abertura
de créditos suplementares e contratação de operações de crédito, ainda que por antecipação
de receita, nos termos da lei.
Pelo princípio da exclusividade, a LOA poderá autorizar a abertura de créditos adicionais
suplementares, porém não é permitida a autorização para os créditos adicionais especiais e
extraordinários. Assim, esse princípio tem o objetivo de limitar o conteúdo da LOA, impe-
dindo que nela se inclua normas pertencentes a outros campos jurídicos, como forma de se
tirar proveito de um processo legislativo mais rápido.
IMPORTANTE!
DICA 296
PRINCÍPIOS ORÇAMENTÁRIOS - PRINCÍPIO DA DISCRIMINAÇÃO, ESPECIFICA-
ÇÃO OU ESPECIALIZAÇÃO
O Princípio da especialização diz que as receitas e as despesas devem aparecer de forma
discriminada, de tal forma que se possa saber, pormenorizadamente, as origens dos re-
cursos e sua aplicação. O objetivo aqui é facilitar o controle, inibir concessões genéricas de
despesas, gerando, por conseguinte, mais segurança ao contribuinte.
Vale lembrar que, é vedado que a lei orçamentária consigne dotações globais para atender
indiferentemente as despesas.
ATENÇÃO!
DICA 297
PRINCÍPIOS ORÇAMENTÁRIOS - PRINCÍPIO DA LEGALIDADE
Dos princípios orçamentários, o da legalidade diz que o orçamento será objeto de lei, e o
estado só pode efetuar os gastos que foram autorizados pela lei orçamentária.
De acordo com a autora Maria Sylvia Zanella Di Pietro, decorrência do princípio da Le-
galidade, a Administração Pública não pode, por simples ato administrativo, conceder direi-
tos de qualquer espécie, criar obrigações ou impor vedações aos administrados; para tanto,
ela depende de lei.
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Pensar Concursos.
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DICA 298
PRINCÍPIOS ORÇAMENTÁRIOS - PRINCÍPIO DA NÃO VINCULAÇÃO OU NÃO AFE-
TAÇÃO DE RECEITAS
O Princípio da Não-Afetação, incluído na Constituição Federal, traz a proibição da vincula-
ção da receita de impostos a órgão, fundo ou despesa. Ou seja, os impostos não podem ser
vinculados a uma despesa específica.
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e da adoção de sistema integrado de administração financeira e controle, que atenda a
padrão mínimo de qualidade estabelecido pelo Poder Executivo da União.
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DIREITO PREVIDENCIÁRIO
DICA 300
SEGURIDADE SOCIAL NO BRASIL
A seguridade social surgiu o âmbito brasileiro, com o nascimento dos chamados socor-
ros públicos, disposto pela Constituição Federal de 1824.
Sua administração era privada, sendo as casas de misericórdia as responsáveis por sua
gestão.
Criado em 1835, o montepio, era um fundo mantido por cotas pagas pelos membros
(empregados públicos) com intenção de fornecer meio de subsistência aos familiares
dos empregados públicos falecidos. É a manifestação mais antiga de Previdência Social.
Entre 1880 e 1900, começou uma revolução, surgindo normatizações de proteção aos
trabalhadores, mudando o cenário liberal, passando a existir uma proteção social esta-
tal.
A primeira previsão de aposentadoria surgiu na Constituição Federal de 1891 e era apenas
aplicada aos funcionários públicos, quando adquiriam condição de invalidez servindo ao
Brasil.
Nasce em 1919, o Seguro de acidente do Trabalho, o qual era mantido por uma
contribuição compulsória.
bancários (IAPB);
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Governo;
Empresa, e
Empregado.
Lei 3.807 - 1960 A legislação dos IAP’s é unificada pela Lei Orgânica
da Previdência Social.
DICA 301
EVOLUÇÃO LEGISLATIVA - SINPAS
Reunir:
Previdência;
Assistência Social;
Gestões financeira, patrimonial e administrativa.
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INPS – Instituto Nacional de Previdência Social;
Reuniu 3 áreas:
Saúde,
Previdência social e
Assistência social.
1990
Extinção do SINPAS;
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Esquema evolução em 1990:
Extinção do SINPAS
Autarquia Federal
DICA 303
EVOLUÇÃO LEGISLATIVA – 1991
Extinção do INAMPS;
1995
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Extinção de benefícios;
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DICA 307
PRINCÍPIOS UNIVERSAIS
Mnemônico: Só Prove!
SO Solidariedade
PRO Proteção
VE Vedação
DICA 308
BENEFICIOS EM ESPÉCIE – BENEFÍCIO DE PROTEÇÃO À FAMILIA E À MATERNI-
DADE
Auxílio-reclusão – Pago aos dependentes do segurado de baixa renda que esteja cum-
prindo pena em regime fechado.
Pensão por morte – Pago aos dependentes do segurado falecido (cônjuge, com-
panheiro, filho ou irmão menor de 21 anos de idade, ou se maior de 21 anos e inválido,
pais.
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Classificam-se em:
Obrigatórios
Segurados
Beneficiários Facultativos
Dependentes
DICA 311
SEGURADOS OBRIGATÓRIOS
São as pessoas físicas que praticam atividade laborativa remunerada, exceto os ocupan-
tes de cargos efetivos permanentes de regime próprio de previdência social, ou pes-
soas que, não exerçam trabalho remunerado, filiam-se à Previdência por meio de con-
tribuições (segurados facultativos).
SEGURADOS OBRIGATÓRIOS:
Doméstico;
Empregado;
Contribuinte individual;
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Trabalhador avulso – presta serviço para várias empresas, sem vínculo empregatício.
Necessária intermediação do órgão gestor de mão-de-obra, ou sindicato da categoria.
DICA 312
SEGURADOS OBRIGATÓRIOS – TRABALHADOR AVULSO
conferência de carga;
conserto de carga;
vigilância de embarcações;
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o sócio solidário, o sócio gerente, o sócio cotista e o administrador, quanto a este
último, quando não for empregado em sociedade limitada, urbana ou rural;
DICA 314
SEGURADOS OBRIGATÓRIOS – CONTRIBUINTE INDIVIDUAL
a pessoa física que exerce, por conta própria, atividade econômica de natureza
urbana, com fins lucrativos ou não;
brasileiro civil que trabalha para a União, no exterior, em organismos oficiais brasileiros
ou internacionais dos quais o Brasil seja membro efetivo;
servidor público ocupante de cargo em comissão, sem vínculo efetivo com a União,
Autarquias, inclusive em regime especial, e Fundações Públicas Federais;
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exercente de mandato eletivo federal, estadual ou municipal, desde que não vinculado
a regime próprio de previdência social;
Aposentados (por tempo de contribuição e por idade) que optem por exercer atividade
laboral compreendida pelo RGPS, será contribuinte obrigatório, e deverá manter o aporte
dos valores referentes a contribuição à seguridade social, de acordo com a Lei nº
8.212/90.
ATENÇÃO!
DICA 318
SEGURADOS FACULTATIVOS
Quem pode ser segurado facultativo? Aqueles que não possuem renda e optam por
contribuir.
Aquele que exerça trabalho doméstico na sua própria residência (“do lar”);
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Desempregados;
Estagiários;
ATENÇÃO!
Existem duas situações que o segurado mesmo exercendo atividade remunerada não é
contribuinte obrigatório: estagiário e presidiário.
Não poderá ser filiado facultativo aquele que já for filiado a Regime Previdenciário
Próprio, salvo havendo afastamento ou inatividade sem vencimento, ou exercício em ati-
vidade que o vincule ao RPPS ou RGPS.
DICA 319
FILIAÇÃO
A filiação é um vínculo estabelecido entre a previdência e seus contribuintes.
Como acontece a filiação? Ela acontece automaticamente a partir do momento em
que o indivíduo (segurado obrigatório) passa a exercer atividade remunerada.
No caso dos segurados facultativos a filiação acontece com a concretização do reco-
lhimento da primeira contribuição.
É com a filiação que são efetivados os pagamentos mensais da contribuição previdenciária.
FILIAÇÃO INSCRIÇÃO
DICA 320
INSCRIÇÃO
A inscrição é o procedimento com o qual o trabalhador é cadastrado no Regime Geral
Previdenciário (RGPS), passando assim a possuir um número de identificação conhecido
como NIT.
A Inscrição é:
Ato formal;
Simplesmente cadastral.
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O NIT permite q efetivação do pagamento de contribuições.
ATENÇÃO!
Caso já seja inscrito no PIS (Programa de Integração Social), PASEP, ou possuir número
de identificação social (NIS) NÃO é necessário solicitar nova inscrição (NIT).
DICA 321
DEPENDENTES
Primeira classe:
filhos não emancipados de até 21 anos ou filhos inválidos, com apresentem defici-
ência intelectual ou deficiência física grave.
Segunda classe:
pais.
Terceira classe:
irmãos não emancipados de até 21 anos ou irmãos inválidos, que apresentem defi-
ciência intelectual ou deficiência física grave.
DICA 323
DEPENDENTES - CLASSES
Em regra, dependentes de primeira classe são presumidamente dependentes econômico
do segurado.
Exceção: São dependentes de primeira classe que necessitam comprovar a
dependência econômica: Menor tutelado, enteado, ex-cônjuge, ex-companheiro, menor
sob a guarda.
As classes de dependentes possuem prioridade sobre a outra.
Havendo dependentes da primeira classe excluem-se os dependentes da segunda
classe e da terceira classe, e assim sucessivamente.
Ex.: Caso o segurado fosse casado, automaticamente seus pais estariam excluídos da
concessão de benefício.
E se o cônjuge também tiver falecido, os pais terão direito ao benefício? Não!
Ex.: O segurado deixou esposa e um filho com idade de 10 anos. Para a concessão do
benefício previdenciário será efetuado um cálculo considerando os 2 dependentes.
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DICA 324
DEPENDENTES – DEPENDÊNCIA ECONÔMICA
Em caso de união estável, será necessário a sua comprovação, assim como a comprovação
da dependência econômica, juntando prova material atual aos fatos, não maior que 24
meses anterior à data do óbito.
Decreto 10.410/20 - Deve apresentar no mínimo 2 documentos.
Não admitida prova exclusivamente testemunhal, EXCETO EM CASOS FORTUITOS E DE
FORÇA MAIOR.
A União estável deverá ter pelo menos 2 anos.
DICA 325
IMUNIDADE – ENTIDADES BENEFICENTES
As entidades beneficentes.
ATENÇÃO!
Os requisitos estabelecidos pela Lei 9.732/98, foi tema discutido no STF, questionado
pela ADI-MC2.028, informando sobre a restrição exagerada de definição de pessoas ju-
rídicas assistencialistas.
STF aceitou o argumento, suspendendo a eficácia da Lei 9.732/98, entendendo que o
assunto deverá ser tratado por Lei complementar.
Haver previsão no ato constitutivo de Pessoa Jurídica sem finalidade lucrativa, em caso
de extinção ou dissolução, devida destinação do restante de seu patrimônio à entidades
públicas ou sem fins lucrativos.
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DICA 326
IMUNIDADE – ENTIDADES BENEFICENTES E ENTIDADES BENEFICENTES DA EDU-
CAÇÃO
O Ministério específico será o responsável por certificar as entidades beneficentes de
assistência social (Ministério da Educação, Ministério da Saúde, ou Ministério da Cidada-
nia).
A certificação terá validade entre 1 e 5 anos.
Conceder bolsas parciais de 50% (cinquenta por cento), quando necessário para o
alcance do número mínimo exigido.
ATENÇÃO!
DICA 327
IMUNIDADE – ENTIDADES BENEFICENTES - SAÚDE
As entidades que não atenderem o preenchimento de pelo menos 60% de sua capa-
cidade, devido demanda inexistente, deverá comprovar a utilização de parte de sua re-
ceita bruta nos atendimentos públicos gratuitos na área de saúde:
20% (vinte por cento), quando não houver interesse de contratação pelo gestor local do
SUS ou se o percentual de prestação de serviços ao SUS for inferior a 30% (trinta por
cento);
10% (dez por cento), se o percentual de prestação de serviços ao SUS for igual ou
superior a 30% (trinta por cento) e inferior a 50% (cinquenta por cento); ou
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DICA 328
IMUNIDADE – ENTIDADES BENEFICENTES
as entidades sem fins lucrativos, que tenham por objetivo a assistência ao adoles-
cente e à educação profissional, registradas no Conselho Municipal dos Direitos da Cri-
ança e do Adolescente, desde que os programas de aprendizagem de adolescentes, de jo-
vens ou de pessoas com deficiência sejam prestados com a finalidade de promover a inte-
gração ao mercado de trabalho, observadas as ações protetivas; e
ATENÇÃO!
Caso o empregador não comunique no prazo exigido, poderá sofrer multa variável entre o li-
mite mínimo e o máximo da contribuição, podendo ser majorada em caso de reincidência.
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Memorex OAB – Exame XXXVIII – Rodada 01
política pública: colaborar na implementação de políticas públicas de defesa do meio am-
biente, da segurança e da saúde no trabalho e de assistência social às vítimas de acidentes
de trabalho;
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