BIO 10º 8 - Transformação e Utilização de Energia Pelos Seres Vivos - Obtenção de Energia

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Transformação e utilização de energia pelos seres

vivos - Obtenção de energia

• Respiração
• Fermentação
Reações endoenergéticas
Ocorre consumo de energia, isto é, os produtos da reação possuem maior
energia potencial do que os reagentes.
Reações exoenergéticas
Ocorre libertação de energia, isto é, os produtos da reação possuem menor
quantidade de energia potencial do que os reagentes.
Moléculas de ATP – Fonte de energia nas células
(Adenosina Trifosfato)
As células não conseguem utilizar diretamente a
energia lumiosa, nem a energia química dos
compostos orgânicos.
O ATP é a fonte de energia utilizada diretamente
pelas células, por ser facilmente hidrolisado.
Reações catabólicas que permitem obter energia
As reações catabólicas permitem obter energia contida nos compostos orgânicos.
São classificadas tendo em conta o acetor/aceitador final de eletrões, resultante da
oxidação desses compostos.
Etapas da respiração aeróbia

A respiração aeróbia pode ser dividida


em quatro etapas:

1. Glicólise

2. Oxidação do piruvato
(ou formação de Acetil Coenzima A)

3. Ciclo de Krebs
(ou ciclo do ácido cítrico)

4. Fosforilação oxidativa
(ou cadeia respiratória)
Glicólise – Ocorre no citoplasma/hialoplasma da célula

Fase de investimento energético (ou fase


de ativação):
• consumo se 2 moléculas de ATP
• ocorre desdobramento da glicose em duas
moléculas de aldeído fosfoglicérico (PGAL)

Fase de rendimento:
• o PGAL é oxidado, perdendo 2e– e 2H+,
utilizados na redução de NAD+ a NADH + H+
• formam-se 4 moléculas de ATP
• formam-se 2 moléculas de ácido pirúvico
(piruvato)

Manual
Glicólise
Fase de investimento energético (ou fase
de ativação):
• consumo se 2 moléculas de ATP
• ocorre desdobramento da glicose em duas
moléculas de aldeído fosfoglicérico (PGAL)

Fase de rendimento:
• o PGAL é oxidado, perdendo 2e– e 2H+,
utilizados na redução de NAD+ a NADH + H+
• formam-se 4 moléculas de ATP
• formam-se 2 moléculas de ácido pirúvico
(piruvato)
Oxidação do piruvato (ou formação de Acetil Coenzima A)

Ocorre na matriz
mitocondrial

• Na presença de oxigénio, o ácido pirúvico, formado na glicólise, entra na mitocôndria, através


de uma proteína transportadora.
• O ácido pirúvico é descarboxilado (perde uma molécula de CO2) e oxidado (perde um
hidrogénio). O hidrogénio reduz o NAD+, formando NADH).
• O composto formado por dois átomos de carbono (grupo acetil) liga-se à coenzima A, formando
acetil-coenzima A.
Ciclo de Krebs – Ocorre na matriz da mitocôndria
Conjunto de reações que completa a
oxidação da glicose.
O grupo acetil (2C), da acetil-coenzima A, combina-se
com o ácido oxaloacetato (4C), formando-se ácido
cítrico (6C).

Segue-se um conjunto de reações que conduzem à


formação de NADH e CO2 e à regeneração do ácido
oxaloacético.

Por cada molécula de glicose degradada, no ciclo


de Krebs forma-se:
– 6 moléculas de NADH
– 2 moléculas de FADH2
– 2 moléculas de ATP
– 4 moléculas de CO2

Manual
Na formação da acetil-CoA e no
ciclo de Krebs ocorrem:

▪ Descarboxilações – perdas de
CO2.
▪ Oxidações – que libertam
eletrões e iões H+ que irão reduzir
moléculas de NAD+ e FAD.

▪ Fosforilações – correspondentes
à ligação de um fosfato (P) ao
ADP com formação de ATP.
Fosforilação oxidativa ou cadeia respiratória
Ocorre nas cristas mitocondriais da membrana interna da mitocôndria

Mitocôndria
▪ Os eletrões transportados pelo NADH
e pelo FADH2 são cedidos a proteínas
Membrana presentes nas cristas da membrana
externa
interna, passando ao seu estado
oxidado.
Espaço
intermembranar
Cit c
▪ A energia dos eletrões libertada ao
longo da cadeia de transportadores
Membrana permite a síntese de moléculas de ATP.
interna
▪ No final da cadeia, os eletrões,
juntamente com os iões H+, vão ser
cedidos ao O2 (aceitador final),
reduzindo-o, dando origem a
Ciclo
de
moléculas de H2O.
Krebs Matriz mitocondrial
Saldo energético da respiração aeróbia (por molécula de glicose utilizada)

A produção de ATP é maior na etapa da fosforilação oxidativa


Fermentação – Redução de moléculas orgânicas
A redução do ácido pirúvico ocorre por oxidação do NADPH, produzido na glicólise,
formando-se produtos de fermentação.
Fermentação lática e fermentação alcoólica

Após a glicólise, ocorre redução das moléculas de ácido


pirúvico ou do acetaldeído por oxidação dos
transportadores de hidrogénios (NADH a NAD+).
▪ Na fermentação lática, da redução das moléculas de
ácido pirúvico, pelo NADH, formam-se duas moléculas
de ácido lático.
▪ Na fermentação alcoólica, ocorre descarboxilação do
ácido pirúvico, com libertação de dióxido de carbono,
originando acetaldeído. Este composto é reduzido
formando-se álcool etílico/etanol.
Saldo energético da fermentação (por molécula de glicose utilizada)

O rendimento energético da fermentação é de 2 ATP. Na


glicólise há produção de 4 moléculas de ATP, mas na ativação
da glicose é mobilizada energia de 2 moléculas de ATP.

A oxidação da glicose é incompleta, pelo que o rendimento


energético é muito mais baixo do que o da respiração aeróbia.
A maior parte da energia da glicose fica retida, consoante o
tipo de fermentação, no álcool etílico ou no ácido lático que
são moléculas orgânicas altamente energéticas. Outra
parte é perdida sob a forma de calor.
Glicose  2 etanol + 2CO2 + 2ATP Glicose  2 ácido lático + 2ATP
Aplicações práticas dos processos de fermentação
Fermentação alcoólica - leveduras
• Fabrico de pão
• Fabrico de bebidas alcoólicas (vinho, cerveja, …)
Leveduras Saccharomyces
Aplicações práticas dos processos de fermentação

Fermentação lática - bactérias


• Fabrico de produtos lácteos fermentados (iogurtes e queijos)
Atividade muscular humana e diferentes vias catabólicas
A renovação permanente de ATP nas células (fibras) musculares dos músculos esqueléticos pode-se
efetuar por diferentes vias catabólicas de acordo com a intensidade e duração do exercício físico.

Em repouso e em situações de esforço


físico moderado e de longa duração,
predomina a respiração aeróbia.

Em situações de esforço físico muito


intenso e de curta duração, as células
musculares recorrem à fermentação lática
para a produção rápida de energia (ATP).

Assim, em caso de exercício físico intenso, as células musculares humanas, por não
receberem oxigénio em quantidade suficiente e requererem energia rapidamente (ATP),
realizam fermentação lática, além da respiração aeróbia.
O ácido lático produzido é rapidamente metabolizado no fígado por ser tóxico para o organismo.
Classificação dos seres vivos de acordo com via catabólica
utilizada na obtenção de energia

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