Treinamento e Desenvolvimento Aula1
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DESENVOLVIMENTO
AULA 1
CONTEXTUALIZANDO1
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Desenvolvido com base em Freire, 2014.
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Mark, contudo, não desanima e logo estabelece novas regras de conduta,
demonstrando aos alunos que não há oportunidades de sucesso em uma
sociedade competitiva e caótica para aqueles que não têm disciplina. Sua
principal estratégia é encarar os alunos não como crianças indisciplinadas, mas
como potenciais adultos que devem aprender com os próprios erros. Ele passa
a orientá-los para que desenvolvam novas posturas e atitudes positivas diante
da vida e do mercado de trabalho.
No fim do filme, o próprio professor Weston muda a sua opinião sobre
Mark, reconhecendo o êxito do colega. A cena final mostra Mark sendo
provocado por dois novos alunos, que estarão na classe do próximo ano; na
sequência, ele retira do bolso uma recém-recebida proposta de emprego para o
cargo de engenheiro e a rasga, demonstrando que não se intimidará – pois sua
missão é realmente transformar vidas por meio do ensino.
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• Informações: são dados incorporados com relevância, de forma
contextualizada e categorizada. Os dados se transformam em informação
ao adquirirem significado. As informações são dados que, percebidos pelo
indivíduo, têm relevância, propósito e causam impacto em seu julgamento
ou comportamento.
• Conhecimento: é o conjunto de verdades, princípios e informações que
orienta as pessoas. Pode ser visto como conjunto de informações
reconhecidas e integradas pela pessoa. Isso significa que as informações
são transformadas em conhecimento pelas pessoas, seja reconhecendo
essas informações ou integrando-as.
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Assim, o conhecimento é a relação entre um sujeito (que busca o saber)
e um objeto. Ele envolve o estabelecimento de uma relação entre aquele que
conhece e o que passa a ser conhecido. Portanto, é na relação social que o
conhecimento se constrói. No processo de criação do conhecimento, as pessoas
são os atores principais, agentes ativos de sua produção social.
É importante destacar a diferença entre dois tipos de conhecimento, o
Conhecimento Tácito e o Conhecimento Explícito.
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E qual é a relação desses conceitos com o mundo do trabalho? No mundo
organizacional o conhecimento precisa ser constantemente renovado, é
necessário aprender continuamente e promover inovações. Os novos
conhecimentos permitem a criação de novas tecnologias no que tange a
produtos, serviços e processos. Portanto, o estudo do conhecimento tem se
tornado cada vez mais relevante, pois as organizações precisam absorver novos
conhecimentos, gerenciá-los e retê-los para poderem competir por meio de
novidades e melhorias no mercado, de acordo com as necessidades dos
clientes.
Leitura obrigatória
Leia o capítulo 7 do livro: TAKAHASHI, A. R. W. Competências,
Aprendizagem Organizacional e Gestão do Conhecimento. Curitiba:
InterSaberes, 2015.
Saiba mais
Assista ao debate entre Mário Sérgio Cortella e Gilberto Dilmenstein sobre
Informação e Conhecimento acessando o link:
<https://www.youtube.com/watch?v=ZMBzR9KpMx8>.
TEMA 2 – ANDRAGOGIA
De acordo com Knapik (2012, p. 302), “um programa que seja planejado
para adultos tem um enfoque completamente diferente do que se fosse
desenvolvido para crianças. Aquele modelo clássico em que o professor fala e o
aluno ouve, passando a informação como uma verdade absoluta a ser
assimilada não funciona com adultos”. Isso ocorre porque à medida que as
pessoas amadurecem elas sofrem transformações, como:
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Para que possamos pensar sobre os programas de treinamento em
desenvolvimento no contexto das organizações, é fundamental
compreendermos a diferença entre Pedagogia e Andragogia, bem como os
conceitos fundamentais da Andragogia.
A Pedagogia é voltada para a educação de crianças e seu foco está no
conteúdo a ser aprendido ou transmitido. O aluno é visto como dependente do
professor e dá-se pouco valor à experiência do educando, as crianças devem
aprender o que a sociedade espera que saibam. O clima de aprendizado é formal
(sala de aula), competitivo e orientado pela autoridade (professor), que é
responsável por todo o planejamento do processo. Portanto, o professor é o
centro das ações, ele decide o que ensinar, como ensinar e como avaliar a
aprendizagem.
A Andragogia é voltada para a aprendizagem de adultos e seu foco está
na metodologia de aprendizado e no desenvolvimento do aprendiz. Nesse caso,
o aluno é visto como autônomo, sendo ele próprio a fonte do conhecimento, o
centro do processo de aprendizagem. O foco do processo é a resolução de
problemas e possibilidade de aplicação imediata dos conteúdos. O clima de
aprendizado é informal e se baseia no respeito e na colaboração. O
planejamento e as atividades são compartilhados pelo professor e pelo aprendiz,
com foco em técnicas vivenciais e experienciais.
De acordo com Knapik (2012, p. 302), “a andragogia é a ciência que
estuda o aprendizado de adultos. Essa ciência defende que a apropriação do
saber é individual, ou seja, o indivíduo só aprende se ele quiser e sentir
necessidade; o professor tem um papel facilitador, procurando incentivar e
despertar esse interesse”.
Lotz e Gramms (2012) resumem os princípios da Andragogia e suas
consequências na prática da seguinte forma:
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• Programa organizado com base em situações da
vida e não de disciplinas.
A orientação da aprendizagem do
• O conhecimento não tem um fim em si mesmo,
adulto está centrada na vida.
mas é uma poderosa ferramenta de transformação
de determinada situação.
• O centro da metodologia da educação do adulto é
a análise de experiências.
A experiência é a mais rica fonte
• A experiência acumulada pelos adultos oferece
para o adulto aprender.
uma excelente base para o aprendizado de novos
conceitos e novas habilidades.
• O papel do professor/facilitador é engajar-se no
processo de mútua investigação com os alunos e
não apenas transmitir-lhes seu conhecimento e
Adultos têm uma profunda
depois avaliá-lo.
necessidade de serem
• O adulto percebe-se competente para tomar suas
autodirigidos.
próprias decisões, ou seja, plenamente capaz de
se autoadministrar e, dessa maneira, quer ser
percebido e tratado por seus pares.
As diferenças individuais são
• A educação de adultos deve considerar as
características marcantes e se
diferenças de estilo, tempo, lugar e ritmo de
desenvolvem e solidificam com a
aprendizagem.
idade.
Fonte: Lotz; Gramms, 2012.
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• O processo de aprendizagem deve ser centrado em problemas e não em
conteúdos.
• Um ambiente descontraído facilita o processo de aprendizagem.
Leitura obrigatória
Leia o capítulo 5 do livro: LOTZ, E. G.; GRAMMS, L. C. Gestão de
Talentos. Curitiba: InterSaberes, 2012.
Saiba mais
Leia o artigo “O que é andragogia e como aplicá-la na educação
corporativa?”, disponível no link: <https://micropowerglobal.com/o-que-e-
andragogia/#:~:text=A%20andragogia%20se%20trata%20do,ser%20aplicados
%20em%20suas%20rotinas>.
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Assim, os ativos intelectuais, cujo principal componente é o
conhecimento, são essenciais para um bom desempenho organizacional. . Neste
sentido, argumenta-se que a riqueza das organizações é uma consequência da
eficiente gestão do capital intelectual. Então, o aparecimento desse conceito
conduz à necessidade de aplicação de novas estratégias, de uma nova filosofia
de administração e de novas formas de avaliação do desempenho que
contemplem o capital intelectual.
O conhecimento das organizações é seu ativo mais importante. Embora
não seja contabilizado nos sistemas de informações econômico-financeiros
tradicionais, o valor do ativo intangível está na habilidade e no conhecimento das
pessoas que administram uma organização e daquelas que nela trabalham.
Esse valor deve estar incorporado às relações e reputações que as organizações
estabelecem com fornecedores, público-alvo, clientes, parceiros e acionistas.
Assim, um conhecimento melhor pode levar à eficiência e ser utilizado
para tomar decisões mais acertadas com relação a estratégia, concorrentes,
clientes, canais de distribuição e ciclos de vida de produto e serviço. Porém, se
o conhecimento e as decisões estão, de modo geral, na cabeça das pessoas,
pode ser difícil determinar o caminho que vai do conhecimento até a ação.
Portanto, é imprescindível que as organizações reconheçam, identifiquem,
invistam e analisem a importância do capital intelectual.
Um modelo de avaliação (da performance) voltado ao gerenciamento do
capital intelectual é uma alternativa para todas as organizações – públicas e
privadas – porque subestimar a importância desse capital, usando-a de forma
ineficiente, indica uma gestão ineficaz dos RH.
Portanto, destacar o valor do capital intelectual para a performance
significa, sobretudo, destacar a importância das pessoas, considerando suas
características, capacidades e competências de maneira a solucionar problemas
e tomar decisões para contribuir com o bom desempenho da organização.
Leitura obrigatória
Leia o capítulo 6 do livro: KOPS, L. M.; SILVA, S. F. C.; ROMERO, S. M.
T. Gestão de Pessoas: Conceitos e Estratégias. Curitiba: InterSaberes, 2013.
Saiba mais
Assista ao vídeo sobre Conhecimento nas Organizações disponível no
link: <https://www.youtube.com/watch?v=kSUTNtRDNnc>.
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TEMA 4 – DESENVOLVIMENTO ORGANIZACIONAL
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administrar recursos humanos nem pessoas, mas, sobretudo, administrar com
as pessoas, pois elas constituem um fator de diferenciação para as
organizações. Assim, a gestão de RH, que envolve todos os processos de gestão
de pessoas, deve estar totalmente comprometida em desenvolver e aplicar o seu
capital intelectual como peça-chave para a gestão estratégica. O
Desenvolvimento Organizacional é, portanto, uma resposta da organização às
mudanças.
O Desenvolvimento Organizacional e de pessoas visa à clara percepção
do que está ocorrendo nos ambientes interno e externo da organização, à análise
e decisão do que precisa ser mudado e à intervenção necessária para provocar
a mudança. Exige a participação ativa, aberta e não manipulada de todos os
elementos que serão sujeitos ao seu processo e, mais do que tudo, um profundo
respeito pela pessoa humana.
Leitura obrigatória
Leia o artigo: PIVA, A. R. D.; PILATTI, L. A.; KOVALESKI, J. L.
Desenvolvimento Organizacional: Uma contribuição dos acadêmicos que atuam
na empresa júnior da FADEP. In: SIMPÓSIO INTERNACIONAL PROCESSO
CIVILIZADOR, 9., 2005, Ponta Grossa. Anais..., Ponta Grossa: UEPG, 2005.
Disponível em: <http://www.uel.br/grupo-
estudo/processoscivilizadores/portugues/sitesanais/anais9/artigos/comunicacao
_oral/art2.pdf>. Acesso em: 20 nov. 2017.
Saiba mais
Leia mais sobre Desenvolvimento Organizacional acessando o link:
<https://casesdesucesso.wordpress.com/2008/11/20/teoria-do-
desenvolvimento-organizacional>.
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Figura 2 – O processo de DO como um processo de mudança
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aprendizagem de novos dados visando à mudança de comportamento.
(Chiavenato, 2010, p. 422).
Como apresentado, o uso dessas técnicas visa à melhoria dos
comportamentos e relacionamentos interpessoais para que o trabalho conjunto
e coordenado possa favorecer o alcance dos objetivos organizacionais. Contudo,
o DO pode apresentar limitações na busca pela mudança e inovação
organizacional. Dentre essas dificuldades é possível considerar o tempo e os
custos envolvidos, bem como a dificuldade de avaliação de um programa de DO.
Portanto, é preciso levar em consideração esses limites e planejar
adequadamente o processo de DO.
Leite e Albuquerque (2010) defendem que a estratégia de gestão de
pessoas pode ser uma ferramenta do DO, posto que os ambientes psicossociais,
o desenvolvimento do ser humano e de suas relações estão no bojo das
atuações de gestão de pessoas e de DO.
Leitura obrigatória
Leia o artigo: LEITE, N. R. P.; ALBUQUERQUE, L. G. A estratégia de
gestão de pessoas como ferramenta do desenvolvimento
organizacional. Revista Ibero-Americana de Estratégia, v. 9, n. 1, p. 32-55,
2010. Disponível em: <http://www.spell.org.br/documentos/ver/5756/a-
estrategia-de-gestao-de-pessoas-como-ferramenta-do-desenvolvimento-
organizacional>.
Saiba mais
Leia mais sobre Desenvolvimento Organizacional acesse o link:
<https://www.pontotel.com.br/desenvolvimento-
organizacional/#:~:text=O%20desenvolvimento%20organizacional%20%C3%A
9%20uma,mercado%20para%20garantir%20seu%20funcionamento>.
TROCANDO IDEIAS
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NA PRÁTICA2
FINALIZANDO
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Elaborado com base em Freire, 2014.
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para que possam então ser colocadas em prática. Ainda, o conhecimento é o
resultado do processo de aprendizagem, que deve ser significativo para o
indivíduo.
Também pudemos conhecer os conceitos da Andragogia, fundamental
para os programas de treinamento e desenvolvimento. Essa metodologia nos
ajuda a entender como os adultos aprendem, por meio de métodos vivenciais,
que levem suas experiências em conta e direcionem o conhecimento para a
aplicabilidade prática.
Vimos que compreender como capital humano as pessoas que trabalham
em uma organização permite que as empresas aumentem sua vantagem
competitiva e se diferenciem dos seus concorrentes, levando-as ao sucesso.
Por fim, conhecemos o conceito de Desenvolvimento Organizacional e
pudemos identificar que pessoas e organizações precisam se desenvolver para
alcançar as mudanças necessárias em um ambiente dinâmico e competitivo.
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REFERÊNCIAS
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KOPS, L. M.; SILVA, S. F. C.; ROMERO, S. M. T. Gestão de Pessoas:
Conceitos e Estratégias. Curitiba: InterSaberes, 2013.
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