Aurora Austral e Boreal
Aurora Austral e Boreal
Aurora Austral e Boreal
Aurora é um fenômeno ótico que produz um show de luzes coloridas, de brilho intenso e
com diversos formatos nas regiões próximas aos pólos. Quando este fenômeno ocorre em
regiões próximas ao pólo norte é chamado de aurora boreal e quando ocorre no pólo sul é
chamado de aurora austral.
A aurora ocorre devido a colisão dos ventos solares, que carregam partículas do espaço,
com a alta atmosfera da Terra, ionizando o ar, o que provoca a aurora.
A aurora não é um fenômeno estático pois, as luzes "dançam" no céu e as cores
dependem da concentração de diferentes tipos de gases presentes na atmosfera. São
mais freqüentemente observados próximo dos equinócios; de setembro a outubro e março
a abril.
A magnetosfera é o escudo protetor formado pelo campo magnético da Terra que desvia
as partículas altamente energizadas provenientes de tempestades solares para os pólos,
onde o campo é mais intenso. Pode acontecer desta proteção pode não ser suficiente e
haver interferência nos meios de comunicação (televisão, radares, telefonia, satélites) e
sistemas eletrônicos diversos.
As auroras também já foram observadas em outros planetas próximos ao Sol, como
Vênus, Marte, Saturno e Júpiter.
(NASA)
(ESA)
O sol distante a 150 milhões de quilômetros e com um volume de um milhão de vezes
maior que a terra, possui seu diâmetro na casa de 1.392.000 quilômetros. Constituído em
sua maior parte por gás Hélio e Hidrogênio, estes aquecidos a 6.000 graus na superfície
solar liberam elétrons e formam o chamado “plasma”.
Já no interior do sol, em seu núcleo a temperatura chega a quinze milhões de graus
permitindo a ocorrência de reação nuclear.
Um cálculo aproximado evidencia que o sol converte em seu interior quatro milhões de
toneladas em energia por segundo e gera uma média de energia em por volta de
3.860.000.000.000.000.000.000.000.000.000 watts. Para gerar todas esta potencia ocorre
muita atividade no interior e na superfície do sol, estas atividades oscilam em períodos
com maior e menor intensidade.
Freqüentemente ocorrem as chamadas “explosões solares” que lançam no espaço uma
pequena parte de elétrons, energia subatômica e uma série de outras atividades.
Um dos ciclos que possuem interferência marcante na terra é o dos onze anos, conhecido
como ciclo das manchas solares. Neste ciclo a cada onze anos a terra é bombardeada em
maior intensidade por partículas que influenciam nas telecomunicações e nos aparelhos
eletrônicos.
As partículas carregadas ao chegarem na terra sofrem influencia do campo magnético
terrestre e mudam sua trajetória acompanhando o sentido das linhas de força terrestres,
concentrando-se principalmente nos pólos e emitindo uma luz característica conhecida
como Aurora Boreal.
A Aurora Boreal é um fenômeno que pode ser observado freqüentemente próximo aos
pólos tendo sua origem em partículas eletrizadas provenientes do sol.
A faixa de freqüência mais afetada pela tempestade solar está nas ondas curtas, estas se
beneficiam da ionosfera para sua propagação e quando a tempestade chega é na
ionosfera onde ocorre maior concentração de partículas.
Estas partículas eletrizadas podem gerar ruídos elétricos em toda a faixa de rádio,
podendo aparecer em linhas telefônicas comuns e também em outros sistemas elétricos.
Através da radioastronomia, (Estudo dos astros/espaço pela observação das freqüências
de rádio) é possível monitorar as estrelas, incluindo o sol.
Uma freqüência bastante usada por astrônomos amadores é a de 137Mhz, é comum entre
os estudiosos do assunto a modificação de rádios FM para a freqüência acima na
intenção de captar as emissões solares que ocorrem em grande quantidade nesta faixa de
freqüência. Assim estes pesquisadores “escutam” o sol.
As ondas de rádio geradas pelos eventos solares levam entre oito a dez minutos para
percorrer o espaço entre o sol e a terra, já os efeitos da eletrização ocorrem em várias
horas depois das emissões, estes eventos são mais lentos demorando horas para chegar
a terra.
Independente do ciclo de onze anos, diariamente a terra recebe interferências
relacionadas aos eventos solares, porém em menor intensidade.
Os colegas radioamadores que transmitem em ondas curtas conhecem bem este
fenômeno e programam suas transmissões conforme previsões sobre as tempestades
solares, algo semelhante às previsões do tempo.