Modalidade 6datahora 28 09 2013 14 59 40 Idinscrito 536
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Este artigo resulta de discussões realizadas com alunos formandos da Escola Normal de
Campina Grande – PB, assim como de alunos da rede pública municipal dos anos
iniciais do Ensino Fundamental I. Dialoga necessariamente sobre a formação dos
Pedagogos para o ensino de Geografia e da possibilidade da articulação de conceitos,
metodologias, temas e do recurso didático do mapa mental enquanto possibilidades da
reflexão da realidade através da epistemologia geográfica. Demonstra que a
representação do espaço pode auxiliar a leitura de mundo dos alunos dos anos iniciais
propiciando um conhecimento significativo do lugar vivido. Para tanto se articula, a
modo de exemplo uma atividade sobre globalização realizada com alunos de 5º ano,
discutindo as possibilidades do recurso neste processo de ensino-aprendizagem.
1. INTRODUÇÃO
1
Bolsista CAPES do Programa de Pós-Graduação em Geografia (PPGG) da Universidade Federal da
Paraíba, campus I - João Pessoa - PB. E-mail: [email protected]
através de conceitos geográficos põe a ideia de refletir e agir conscientemente no espaço
enquanto lugar de morada de alunos.
Posteriormente discuto a posição do mapa mental enquanto recurso didático para
o ensino-aprendizagem de Geografia nos anos iniciais. Para isto demonstro a
possibilidade da utilização deste recurso através de experiência realizada com alunos
dos anos iniciais de uma escola pública municipal.
2
Divisão realizada pelos Parâmetros Curriculares Nacionais – PCN (1997). Esta divisão em ciclos
relaciona o atual 1º e 2º ano do EF I (1º ciclo) e 3º e 4º ano do EF I (2º ciclo).
Setembro de 2013 em João Pessoa – PB obtive a oportunidade de discutir com
geógrafos e pedagogos sobre as questões epistêmicas no ensino-aprendizado e observar
que esta é também uma das preocupações de professores de Geografia e Pedagogia de
todo o Brasil que participam e pensam a escola.
Considerando as palavras de Moreira (2011) observo que “A geografia é uma
forma de leitura do mundo”. Mas para ler este mundo, a realidade, utilizamos um
arcabouço de categorias, conceitos e princípios lógicos da Geografia para realização
desta tarefa.
Trabalhamos com coisas reais a partir da ideia que temos delas. Quando falamos
“cadeira” nosso pensamento configura em nossas mentes a representação do objeto
conhecido, experenciado através de nossa vivência. Neste aspecto compreendo que a
experiência vivida como destaca Callai (2013) é necessário para apropriação das coisas
reais através da palavra, signo criado para identificação do objeto.
Este princípio de atividade da razão permite pensarmos a palavra com a própria
coisa física. Refletir epistemologicamente o espaço geográfico requer como discutido
anteriormente um conhecimento conceitual, metodológico e metódico. Baseado em
autores como Moreira (2011) e Abbagnano (2007) discutirei um esquema de
pensamento que venho desenvolvendo (ver figura 1.).
Pendere Pensare
REALIDADE
Prática
3
Os nomes aqui citados são fictícios para preservação da identidade das crianças.
Compreender COM os alunos que o tênis que usam é produzido em uma
sociedade distante da sua, com outra cultura e modo de vida diferente e que os produtos
daquele supermercado também advém de outras realidades que outras pessoas, em
outras partes da cidade e do Estado da Paraíba consomem produtos semelhantes, a
custos semelhantes, quebra de antemão a inocência simplista do ensino deste tema.
O conceito de lugar nesta proposta ultrapassa a ideia do apenas conhecido,
instigando o aluno pensar além, construindo através da busca afflare, um meio de
comparações pendere construindo um novo pensamento, exercendo uma nova prática
agora mais consciente que antes, obtendo o porquê, do que, como e para que aprender
Geografia e resignificando o conhecimento geográfico com o contexto social para a vida
urbana ou rural.
Mediante a discussão realizada caminho para uma reflexão que garanta não
apenas auxiliar (futuros) professores de Pedagogia e Geografia e de alunos dos anos
iniciais do EF I, mas pensar com estas pessoas, em busca de soluções para os problemas
ainda vigentes na escola. Caminhar com as dificuldades, os baixos salários dos docentes
e sua alta carga horária de trabalha, ainda é hoje um dos quesitos do desafio de aceitar
este trabalho.
Mas estar comprometido com a prática escolar é refletir e auxiliar o aluno a
exercitar o conhecimento mediado pelo professor. Planejar as aulas considerando,
metodologias, conceitos, temas e recursos é como demonstrado um dos fatores que
garante não o sucesso da realização da atividade, mas a tranquilidade e tomada de
consciência de uma autonomia do que e como ensinar Geografia.
Considero neste contexto, que o mapa mental enquanto recurso didático possa
possibilitar o ensino-aprendizado de Geografia, podendo tornar-se uma prática nas
escolas, possibilitando a formação de um professor pesquisador e de um aluno
socialmente ativo, critico e consciente do que sabe e do que fazer com este
conhecimento.
REFERÊNCIAS
_____. Geografia nas séries iniciais: o espaço, o tempo e a educação. In: 12º
ENCONTRO NACIONAL DE PRÁTICAS DE ENSINO DE GEOGRAFIA: formação,
pesquisa e práticas docentes: reformas curriculares em questão. Anais... João Pessoa –
PB, 2013, p. 1457 – 1468.
CANÁRIO, Rui. A escola tem futuro? Das promessas às incertezas. Porto Alegre:
Artmed, 2006.
KOZEL, Salete. Representação do espaço sob a ótica, dos conceitos: mundo vivido e
dialogismo. In: XVI ENCONTRO NACIONAL DOS GEÓGRAFOS: Crise, práxis e
autonomia: espaços de resistência e de esperanças - Espaço de Socialização de
Coletivos. Anais... Porto Alegre - RS, 2010, p. 1 - 11. Disponível:
http://www.agb.org.br/evento/download.php?idTrabalho=4528. Acesso: 12 agosto de
2013.
RICHTER, Denis. Professor (a), para que serve este ponto aqui no mapa?: a
construção das noções espaciais e o ensino da Cartografia na formação do (a) Pedagogo
(a). 2004. 155f. Dissertação (Mestrado). – Universidade Estadual Paulista, Faculdade de
Ciências e Tecnologia, Presidente Prudente, 2004.