EPIDEMIOLOGIA

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Epidemiologia

Apresentação
O conhecimento das condições de saúde da população, de seus determinantes e de suas
tendências é o objeto de estudo da Epidemiologia. Como ciência, estuda o processo saúde-doença
nas populações, a fim de prevenir e controlar as enfermidades. Para isso, desenvolve estudos
experiementais e não experimentais em busca de respostas ao processo de adoecimento. Os seus
resultados geram informações que subsiadiam a tomada de decisão e a implementação de
intevenções na saúde pública.

Nesta Unidade de Aprendizagem, você vai estudar o que é Epidemiologia e sua aplicação. Vai
compreender, ainda o processo de saúde-doença e verificar a utilização de estudos epidemiológicos
no controle de problemas de saúde.

Bons estudos.

Ao final desta Unidade de Aprendizagem, você deve apresentar os seguintes aprendizados:

• Reconhecer o conceito, os objetivos e a aplicação da Epidemiologia.


• Identificar o processo saúde-doença.
• Descrever a utilização de estudos epidemiológicos no controle de problemas de saúde.
Desafio
A Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) é a doença crônica não transmissível mais frequente na
população brasileira. Cerca de 25% da população, em geral, tem HAS. Essa enfermidade traz
grandes impactos na morbimortalidade. Por isso, implementar ações de prevenção e o controle da
doença e de suas complicações é fundamental para a melhora da situação de saúde.

Agora, responda:

a) Você deve calcular a prevalência ou a incidência? Justifique.

b) Realize o cálculo da prevalência ou incidência da HAS nessa população.

c) Qual é a importância desse resultado para o trabalho da Equipe de Saúde da Família?


Infográfico
A prevalência e a incidência são importantes medidas da ocorrência das doenças. Por meio do
conhecimento desses elementos, é possível descrever a situação de saúde da população.

No Infográfico, veja a utilização e a forma de cálculo dessas medidas de frequência.

Confira.
Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar.
Conteúdo do livro
A Epidemiologia dedica seus esforços ao estudo e à compreensão do processo saúde-doença, a fim
de gerar as informações necessárias para a prevenção e para o controle das doenças. Pode-se dizer,
então, que a Epidemiologia é a ciência fundamental para a Vigilância em Saúde, bem como para a
melhora da situação de saúde das populações.

No capítulo Epidemiologia, da obra Vigilância em saúde, base teórica para esta Unidade de
Aprendizagem, você verá os principais conceitos, aplicações e estudos realizado por essa ciência.

Boa leitura.
VIGILÂNCIA
EM SAÚDE

Aline do Amaral Zils


Costa
Epidemiologia
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:

„„ Reconhecer o conceito, os objetivos e a aplicação da epidemiologia.


„„ Identificar o processo saúde-doença.
„„ Descrever a utilização de estudos epidemiológicos no controle de
problemas de saúde.

Introdução
A epidemiologia é ciência que estuda o processo saúde-doença nas
populações. Por meio dos resultados e análises dos estudos epidemioló-
gicos, é possível conhecer a situação de saúde de cada território. Assim,
a epidemiologia respalda a tomada de decisão das políticas de saúde,
visando a implementar ações de saúde que de fato resolvam os problemas
de saúde das pessoas.
Neste capítulo, você conhecerá o conceito, os objetivos e as aplica-
ções da epidemiologia, bem como as características do processo saúde-
-doença, além dos diferentes tipos de estudos epidemiológicos utilizados
no controle das doenças.

Epidemiologia: conceito, objetivos e aplicação


O termo epidemiologia, segundo a etimologia grega, significa estudo sobre
a população. Desta maneira, definição de epidemiologia, proposta por Rou-
quayrol e Goldbaum (2003, p. 17), diz que ela é uma
2 Epidemiologia

[...] ciência que estuda o processo saúde e doença em coletividades humanas,


analisando a distribuição e os fatores determinantes das enfermidades, danos
à saúde e eventos associados à saúde coletiva, propondo medidas específicas
de prevenção, controle e erradicação de doenças, e fornecendo indicadores
que sirvam de suporte ao planejamento, administração e avaliação das ações
de saúde.

Neste conceito, verifica-se a importância que a epidemiologia tem para a


saúde, pois entendendo os principais eventos, agravos e doenças presentes no
território, é necessário que os serviços de saúde desenvolvam ações adequadas
para a prevenção e controle. Seguindo a análise da definição proposta pelos
autores, é identificada diversas palavras-chave importantes para a compreen-
são da epidemiologia, tais como processo saúde-doença, prevenção, controle
e erradicação etc. Veja a seguir a descrição de algumas dessas palavras,
frequentemente, empregadas.

„„ População: conjunto de habitantes de um território (região, país, bairro,


cidade). Pode ser dividida em subgrupos, como população feminina de
uma cidade ou crianças de um bairro.
„„ Coletividades humanas: refere-se ao conjunto de seres humanos que
formam uma população.
„„ Processo saúde-doença: corresponde ao processo de adoecimento
de um indivíduo ou população que tem origem na interação entre os
fatores da natureza (climáticos, biológicos, fisiológicos, imunológicos,
sociais etc.) e o organismo humano, gerando o estímulo para o desen-
volvimento da doença.
„„ Determinantes: são os fatores que afetam a saúde das pessoas, sendo
eles sociais, culturais, ambientais, biológicos etc.
„„ Prevenção, controle e erradicação de doenças: respectivamente, a
prevenção é a ação antecipada para evitar uma doença ou diminuir suas
complicações. Já, o controle é o que interrompe a progressão da doença,
garantindo a cura ou uma melhor qualidade de vida para o portador
dela. E a erradicação é quando uma doença é eliminada, podendo ser
mantida sem novos casos, nem intervenções contínuas.
„„ Planejamento, administração e avaliação das ações de saúde: é um
princípio do Sistema Único de Saúde (SUS) utilizar a epidemiologia
para embasar todas as ações de saúde implementadas, como é possível
verificar na Lei Orgânica da Saúde (BRASIL, 1990) no Capítulo II, art.
7º: utilização da epidemiologia para o estabelecimento de prioridades,
a alocação de recursos e a orientação programática.
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O início da epidemiologia
Alguns pesquisadores afirmam que a epidemiologia teve início na Grécia antiga com
Hipócrates. Naquela época, acreditava-se que as doenças, a cura ou a morte vinham
de deuses e demônios. Hipócrates disseminou uma ideia contrária, afirmando que as
doenças eram provenientes do modo como as pessoas viviam, do local onde moravam,
de sua alimentação e trabalho, ou seja, fatores terrenos e materiais.

O objetivo principal da epidemiologia é a compreensão do processo saúde-


-doença com a finalidade de prevenir e controlar as doenças. Para prevenir e
controlar, é necessário conhecer os elementos que influenciam e determinam
o processo de adoecimento, a frequência e a distribuição das doenças durante
determinados períodos de tempo, em distintas pessoas e lugares.
Esta ciência possui duas abordagens: descritiva e analítica. A epidemiologia
descritiva investiga e descreve a distribuição dos determinantes do processo
saúde-doença em relação a pessoas, tempo e lugar. Já a epidemiologia ana-
lítica investiga uma hipótese específica acerca da relação de causa e efeito
na tentativa de encontrar uma associação causal no processo saúde-doença.
As aplicações da epidemiologia se concentram em três áreas:

1. Descrever as condições de saúde da população: descrever estatísticas


vitais (nascimentos e óbitos) e o perfil de morbimortalidade (doenças
que acometem as populações e óbitos causados por doenças). São essas
informações importantes que sustentam o planejamento de políticas de
saúde e suas intervenções nos territórios.
2. Identificar os fatores determinantes da situação de saúde: observar
a ocorrência das doenças e os fatores envolvidos. A identificação des-
ses fatores determinantes no adoecimento permite a implementação
de medidas adequadas para a prevenção da doença. Por exemplo, a
identificação do tabagismo e sua relação com o câncer de pulmão,
os elevados níveis de colesterol sanguíneo e os episódios de doenças
cardiovasculares, entre outros.
3. Avaliar o impacto das ações e políticas de saúde: após descrever
como as doenças ocorrem e os fatores determinantes nesse processo,
são implementadas as ações pertinentes pelos serviços de saúde. Cabe
também à epidemiologia analisar se essas ações, de fato, estão melho-
4 Epidemiologia

rando a situação de saúde da população. Por exemplo, foi identificado


que os principais motivos de internação de idosos eram pneumonia e
doenças respiratórias. Assim, para a prevenção, foi planejada e imple-
mentada a vacinação anual contra a gripe (inicialmente, em idosos e,
posteriormente, estendida aos demais grupos identificados como de
risco). Decorridos alguns anos, a avaliação da medida identificou a
redução das internações de idosos por essas causas.

Processo saúde-doença
Para a compreensão do processo saúde-doença, além da prevenção e controle
deste adoecimento, a epidemiologia busca responder a algumas perguntas,
tais como:

a)  Como a doença se distribui segundo as características das pessoas, dos


lugares e nos períodos de tempo?
b)  Que fatores determinam a ocorrência da doença e sua distribuição na
população?
c)  Que medidas devem ser tomadas para prevenir e controlar a doença?
d)  Qual o impacto das ações de prevenção e controle sobre a distribuição
da doença?

Para estudar a distribuição das doenças, a epidemiologia realiza as medidas


de frequência que os problemas de saúde ocorrem nas populações. Para a
medir da frequência, são utilizados os cálculos da incidência e da prevalência.
A incidência diz respeito aos novos casos de uma doença que surgiram em
determinado período de tempo e possui a seguinte forma de cálculo:

novos casos da doença registrados no período × constante


Incidência = Total de pessoas expostas

A constante, para a multiplicação, se trata de um múltiplo de 10 e é em-


pregado, de acordo com o tamanho da população estudada. Dessa forma, o
cálculo da incidência é mais utilizado em investigações sobre a relação de
causa e efeito das doenças, na avaliação do impacto de uma política de saúde
e na expectativa de ocorrência da doença.
Epidemiologia 5

Taxa de incidência da dengue


A taxa de incidência da dengue é calculada considerando-se o número de casos
novos confirmados da doença (clássico e febre hemorrágica) por 100 mil habitantes,
na população residente de um território, em determinado ano. Essa taxa é importante,
pois estima o risco de ocorrência de casos de dengue, em períodos endêmicos e
epidêmicos, em uma determinada população e em intervalo de tempo estabelecido.
Sua variação de um período para outro evidencia o impacto das ações de prevenção
da transmissão da doença.

O sarampo é uma das principais causas de morte entre crianças menores de 5 anos,
mesmo com vacina disponível e segura para a prevenção. Segundo a Organização
Pan Americana de Saúde (OPAS) e a Organização Mundial da Saúde (OMS), em 2016,
foram registrados 89.780 óbitos causados por sarampo em todo o mundo. Estima-se
que, entre 2000 e 2016, 20,4 milhões de mortes tenham sido evitadas pela vacinação
contra a doença (ORGANIZAÇÃO PAN AMERICANA DA SAÚDE; ORGANIZAÇÃO MUNDIAL
DA SAÚDE, 2018).
Recentemente, em resposta ao aumento da incidência do sarampo no Brasil, foram
intensificadas as ações de imunização nas regiões afetadas pelos surtos, bem como
estendendo a campanha de vacinação para todo o território nacional.

A prevalência se refere ao número de casos existentes de uma doença, em


um determinado momento, e possui a seguinte forma de cálculo:

número de casos existentes da doença no período × constante


Prevalência = Total de pessoas expostas

As principais aplicações das medidas de prevalência são o planejamento


de ações e serviços de saúde, previsão de orçamento e recursos humanos
para a prevenção, o diagnóstico e o tratamento. A prevalência é alimentada
pela incidência. Quanto mais rápida for a cura da doença ou o desfecho em
óbito, menor será a prevalência. Ela se mostra como uma medida estática,
um retrato da situação da doença, porém é o resultado da dinâmica entre o
adoecimento, cura e óbitos.
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A migração de pessoas doentes de um território para outro é um fator que


aumenta a prevalência de doenças. Outros fatores que também causam aumento
na prevalência são a maior incidência da doença e a melhoria no tratamento,
que prolonga o tempo de vida da pessoa doente.

Conhecer a prevalência da hipertensão arterial sistêmica ou do diabetes melito na


população adulta, de determinado território, orienta a quantidade de consultas de
acompanhamento a serem disponibilizadas, a obrigação de ações coletivas para a
promoção da saúde e a necessidade de abastecimento com as medicações e insumos
médicos para o adequado manejo dessas condições crônicas.

Além da incidência e prevalência, existem outros cálculos que ajudam na


compreensão do processo saúde-doença que são a mortalidade e a letalidade.
A mortalidade é calculada pela divisão do número de óbitos, por determinada
doença, pelo total da população em risco. Já, a letalidade é calculada a partir
da divisão entre o número de óbitos, por determinada doença, pela contagem
de casos da mesma doença.

Estudos epidemiológicos
Para a prevenção e o enfrentamento das doenças, é preciso conhecer como
elas se distribuem nas populações e quais os fatores que influenciam no seu
agravamento. Para realizar esta análise situacional, são realizados estudos epi-
demiológicos, estando eles divididos em experimentais e não experimentais.
Um experimento é um conjunto de observações controladas, nas condições
delimitadas por um cientista, para investigar um efeito sob o objeto estudado
(ROTHMAN; GREENLAND; LASH, 2011).
Os estudos epidemiológicos permitem sistematizar as observações sobre
a ocorrência das doenças, definir os critérios para mensurar e comparar os
eventos em uma população, em populações distintas ou em subgrupos espe-
cíficos de uma população, reconhecendo se há associação entre a ocorrência
da doença e as características dessa população.
Epidemiologia 7

As observações sistematizadas geram os dados do estudo, logo, estes dados


organizados são calculados e analisados proporcionando informações sobre a
situação de saúde. As unidades de análise são os indivíduos que compõem o
grupo a ser estudado e as variáveis são os atributos dessas unidades de análise
que admitem variações. Por fim, os indicadores refletem os resultados das
variáveis nas unidades de análise estudadas.
Conheça a seguir os tipos de estudos desenvolvidos em cada delineamento.

Estudos experimentais
Um experimento divide em grupos os participantes do estudo, e estes são
expostos a tratamentos com agentes diferentes. Em um experimento simples,
um grupo recebe um tratamento e o outro não. Preferencialmente, os dois
grupos devem ser semelhantes, especialmente, em relação aos fatores de risco
para a doença. Para a distribuição dos grupos, os pesquisadores utilizam a
randomização, que é uma alocação aleatória, cada participante é direcionado a
um grupo ou tratamento casualmente. A hipótese é a ideia que os pesquisadores
buscam confirmar ou refutar com o resultado da pesquisa.
Os ensaios clínicos são experimentos com pacientes humanos. Geralmente,
o objetivo do ensaio clínico é comprovar a cura de uma doença ou encontrar
uma prevenção para complicações, tais como a morte, incapacidades e prejuízos
na qualidade de vida. Todos os estudos com seres humanos precisam respeitar
os preceitos éticos previstos na Resolução CNS 466/2012, sendo aprovados
por um comitê de ética em pesquisa.

Um exemplo de ensaio clínico, pode ser a aplicação de uma dieta específica a um


grupo de indivíduos que sofreu um infarto do miocárdio e um outro grupo, com a
mesma característica, não ter a dieta controlada. A hipótese a ser validada seria o fator
de proteção que essa dieta teria na prevenção de um segundo infarto nos pacientes.

Contudo, os ensaios de campo diferem dos ensaios clínicos, pois os par-


ticipantes não são definidos pela presença da doença e, sim, por participarem
de uma população em que é encontrada a doença no seu estágio inicial. Esse
aspecto gera a necessidade de grupos maiores para a observação e de um
8 Epidemiologia

tempo mais longo de análise. Como nos ensaios clínicos, os ensaios de campo
também distribuem os grupos de observação de forma aleatória.
Já, a intervenção comunitária possui semelhanças com os ensaios de
campo, porém, enquanto os ensaios de campo se ocupam com intervenções
individuais (p. ex. vacinação de determinados indivíduos) a intervenção co-
munitária implementa ações de abrangência coletiva (p. ex. fluoração da água
em determinado sistema de abastecimento de água).

Estudos não experimentais


Existem algumas limitações para a realização de estudos experimentais,
tais como os altos custos e as barreiras éticas que limitam a experimentação
em seres humanos. Superando esses detalhes, os estudos não experimentais
atendem à maior demanda de produção de conhecimento epidemiológico. Eles
estão divididos em dois tipos: estudo de coorte, também chamado de estudo
de seguimento ou estudo de incidência e estudo caso controle.
No estudo de coorte, o pesquisador define dois ou mais grupos de pessoas
que estão livres de doença, mas com diferentes intensidades de exposição a um
fator de risco para o desenvolvimento. A observação, durante um determinado
período de tempo, resulta no cálculo da incidência e das taxas de doenças em
cada grupo do estudo, sendo comparadas essas medidas de ocorrência.

Efeito independentemente do tipo de aleitamento, no risco de excesso de peso


e obesidade, em crianças entre 12 e 24 meses de idade
Estudo de coorte desenvolvido por Contarato et al. (2016) que avaliou a importância
do tipo de aleitamento e o excesso de peso em 435 crianças entre 12 e 24 meses, em
Joinville, Santa Catarina. Os resultados evidenciaram que as crianças que não receberam
aleitamento materno exclusivo apresentaram maior risco de desenvolver excesso
de peso aos dois anos de idade, quando comparadas às crianças que receberam
aleitamento materno exclusivo.
Esse é um exemplo de estudo de coorte cujos resultados fortalecem as políticas
públicas de saúde desenvolvidas na área. Acesse o artigo na íntegra sobre a pesquisa
no link a seguir:

https://goo.gl/mbHctY
Epidemiologia 9

Os estudos de caso controle iniciam com a determinação de uma po-


pulação-alvo e a delimitação de um grupo para o estudo. Desse grupo são
retirados os participantes para compor o grupo controle, que são os indivíduos
que possuem as mesmas características e fatores de risco que o grupo inicial.
Porém, o grupo controle não sofrerá intervenções, logo, poderão ser compa-
rados os desfechos dos dois grupos.

BRASIL. Lei 8.080, 19 de setembro de 1990. Dispõe sobre as condições para promoção,
proteção e recuperação da saúde, a organização e o funcionamento dos serviços cor-
respondentes e dá outras providências. Brasília, DF, 1900. Disponível em: <http://www2.
camara.leg.br/legin/fed/lei/1990/lei-8080-19-setembro-1990-365093-normaatualizada-
pl.pdf>. Acesso em: 19 out. 2018.
CONTARATO, A. A. P. F et al. Efeito independente do tipo de aleitamento no risco de
excesso de peso e obesidade em crianças entre 12-24 meses de idade. Cadernos de
Saúde Pública, v. 32, n. 12, e00119015, 2016. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/
csp/v32n12/1678-4464-csp-32-12-e00119015.pdf>. Acesso em: 19 out. 2018.
ORGANIZAÇÃO PAN AMERICANA DA SAÚDE; ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE.
Folha Informativa do Sarampo. 2018. Disponível em: <https://www.paho.org/
bra/index.php?option=com_content&view=article&id=5633:folha-informativa-
sarampo&Itemid=1060>. Acesso em: 19 out. 2018.
ROTHMAN, K. J.; GREENLAND, S.; LASH, T. L. Epidemiologia moderna. 3. ed. Porto Alegre:
Artmed, 2011.
ROUQUAYROL, M. Z.; GOLDBAUM, M. Epidemiologia, história natural e prevenção de
doenças. 6. ed. Rio de Janeiro: Medsi, 2003.

Leitura recomendada
LOBO, L. S. C. et al. Tendência temporal da prevalência de hipertensão arte-
rial sistêmica no Brasil. Cadernos de Saúde Pública, v. 33, n. 6, e00035316, 2017. doi:
10.1590/0102-311X00035316
Conteúdo:
Dica do professor
Você já ouviu alguma notícia na qual se referiam a uma doença como uma epidemia? Epidemia,
pandemia e endemia são palavras empregadas para a caracterização da ocorrência e da distribuição
de doenças.

No vídeo da Dica do Professor, você vai compreender a diferença entre elas e quando empregá-las
corretamente.

Veja, a seguir.

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Exercícios

1) A Epidemiologia, por ser uma ciência, tem um objeto de estudo. Assinale a alternativa que
apresenta a afirmação correta sobre esse ele.

A) Tratamentos clínicos para as doenças.

B) Processo saúde-doença.

C) Fatores de risco.

D) Cura de doenças infecciosas.

E) Controle de doenças crônicas.

2) Em determinado território, residem 132 crianças com idade menor que dois anos. Segundo o
registro no prontuário eletrônico da Unidade Básica de Saúde, 27 crianças dessa faixa etária
apresentaram diarreia no último ano.

Assinale a alternativa que apresenta a taxa de incidência de diarreia em menores de dois


anos no último ano.

A) 204,5 casos por 1.000 habitantes.

B) 20,5 casos por 1.000 habitantes.

C) 2045 casos por 100 habitantes.

D) 204,5 casos por 100 habitantes.

E) 2045 casos por 1.000 habitantes.

3) Assinale a alternativa que apresenta corretamente uma característica do estudo de coorte


(estudo epidemiológico não experimental).

A) Os grupos de análise são compostos por indivíduos inicialmente saudáveis, expostos a fatores
de risco com intensidades distintas.
B) Os grupos de análise são compostos por indivíduos doentes e saudáveis, expostos igualmente
a fatores de risco para o adoecimento.

C) Esse tipo de estudo é caracterizado pela comparação dos fatores de risco para o
desenvolvimento da doença.

D) Esse tipo de estudo apresenta limitações por não possibilitar a comparação entre as
incidências dos distintos grupos.

E) Os experimentos realizados com seres humanos permitem a comparação entre tratamentos e


o melhor desfecho para a doença.

4) A prevalência é uma medida de frequência de doenças. Assinale a alternativa que apresenta


um fator que influencia no aumento da taxa de prevalência.

A) A diminuição da incidência da doença.

B) O aumento do número de óbitos em decorrência da doença.

C) Ausência de tratamentos curativos.

D) Migração de pessoas doentes de outros territórios.

E) Diminuição da expectativa de vida.

5) Os estudos experimentais realizam observações em grupos humanos. Sobre esse tipo de


estudo, é correto afirmar:

A) O pesquisador escolhe os participantes do estudo e divide grupos de análise conforme


características das variáveis a serem analisadas.

B) É o tipo de estudo mais frequentemente realizado para compreender os efeitos das doenças
na saúde da população.

C) Para o desenvolvimento de estudos experimentais, existem rigorosos preceitos éticos que o


pesquisador se compromete a respeitar.

D) É o tipo de estudo mais frequentemente realizado por envolver menores custos para a coleta
de dados.

E) Os estudos experimentais são aplicados a observações de pessoas que apresentam o


diagnóstico de uma doença.
Na prática
Quanto maior for a incidência de uma doença, maior será o risco de adoecer. Essa afirmação pode
ser feita, pois a incidência é uma medida de frequência de doenças onde são considerados os novos
casos confirmados.

Assim, os serviços de saúde precisam analisar as incidências das enfermidades, comparando os


resultados nos diferentes períodos de tempo. A partir desses resultados, deve-se avaliar quais
intervenções são necessárias para a prevenção do adoecimento.

Acompanhe, Na Prática.

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Saiba +
Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do professor:

Conceitos e ferramentas da Epidemiologia


O foco central da Epidemiologia está na saúde das populações, em conhecer como os fatores de
saúde e doença se distribuem entre as pessoas. Assista ao vídeo para compreender os principais
conceitos e ferramentas.

Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar.

Causas evitáveis e mortalidade neonatal nas microrregiões do


estado de São Paulo
O artigo indicado apresenta uma pesquisa epidemiológica que demonstra a importância da análise
das causas de óbitos neonatais e a necessidade de melhorias no sistema de saúde no estado de São
Paulo.

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