Revista Adega - 164 - Junho - 2019
Revista Adega - 164 - Junho - 2019
Revista Adega - 164 - Junho - 2019
CÉLEBRES
E SEUS VINHOS
EMBLEMÁTICOS
ALMAVIVA, CHEVAL DES
ANDES, CHRYSEIA,
OPUS ONE, SEÑA...
HARMONIZAÇÃO
SOPA E VINHO
COMBINAM?
FIM DE
UMA ERA?
ROBERT PARKER
SE APOSENTA
TECNOLOGIA
X TRADIÇÃO
A ADEGA COMO A
DO DEMÔNIO VITICULTURA DE
O WINE BAR QUE PRECISÃO AFETA
INSPIROU GOETHE O VINHO
(E AINDA EXISTE!)
DOMAINE
SEBASTIÁN G. ROUMIER
O SUPER CULT DE
ZUCCARDI CHAMBOLLE-MUSIGNY
CONHEÇA O
TALENTOSO JOVEM
URUGUAI
QUE ESTÁ MUDANDO
A CARA DO VINHO
ARGENTINO
ESPORAO.COM
ALENTEJANA DE LANIFÍCIOS DE R @ESPORAOWORLD
#OALENTEJOMONTEVELHO
PARTE DA IDENTIDADE CULTURAL ISTOÉESPORÃO
#ISTOÉESPORÃO
Clarets: Representante autorizada
do Domaines Delon no Brasil
Outro
vizinho
DIREÇÃO
PUBLISHER
Christian Burgos - [email protected]
DIRETORA DE OPERAÇÕES
Christiane Burgos - [email protected]
REDAÇÃO
Quando falamos sobre grandes vinhos e ótimos programas de enoturismo EDITOR
Arnaldo Grizzo - [email protected]
em um país vizinho, o primeiro pensamento talvez seja a Argentina. Mas,
isso somente porque muitos enófilos não têm se dado conta do que vem DIRETOR DE ARTE
Ricardo Torquetto - [email protected]
ocorrendo em outro país fronteiriço, o Uruguai. Sim, cada vez mais este
ASSISTENTE DE ARTE
vizinho tem se revelado um destino muito atraente para os amantes de Aldeniei Gomes - [email protected]
Joshua Kerry - [email protected]
vinho, com excelentes passeios, vinícolas modernas, além, obviamente,
de bons rótulos para degustar. EDITOR DE VINHO
Eduardo Milan - [email protected]
É por isso que nesta edição fizemos uma grande seleção com algumas
CORRESPONDENTES INTERNACIONAIS
das dicas de enoturismo mais interessantes em terras uruguaias, além Patricio Tapia e Steven Spurrier
de uma lista com ótimos vinhos de todos os estilos, para mostrar que o COLABORADORES
Uruguai vai muito além de grandes Tannats. Fique atento e programe sua Beto Duarte, Christiane Miguez, Daniel Perches,
Felipe Granata Kosikowski, Guilherme Velloso, Mauricio Leme,
próxima viagem de vinho. João Paulo Gentille e Juliana Trombetta Reis (texto)
Além disso, nesta edição trazemos uma lista de joint ventures de PUBLICIDADE
sucesso, ou seja, elencamos 10 parcerias entre vinícolas de renome [email protected]
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internacional com o objetivo de criar grandes vinhos. Almaviva, Opus
One, Cheval des Andes, Seña, Chryseia etc. são alguns exemplos REPRESENTANTES COMERCIAIS - BRASIL
Renato Scolamieri - [email protected]
de vinhos que surgiram graças a junções entre vinícolas de peso e já Carminha Aoki - [email protected]
essência do vinho. Você gostaria de conhecer a adega do demônio? Pois ASSESSORIA JURÍDICA
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contamos a história de um tradicional wine bar de Leipzig que inspirou
Goethe e serviu de palco para uma das cenas de sua obra-prima, Fausto. IMPRESSÃO
EGB Editora Gráfica Bernardi LTDA
O que a aposentaria de Robert Parker significa para o mundo do
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vinho? É possível harmonizar vinhos com sopas? O que é vinho amarelo? Total Publicações
Essas e outras tantas questões nós debatemos aqui, e também trazemos as Revista ADEGA é uma publicação mensal da INNER Editora Ltda.
principais novidades e a melhor seleção de rótulos para sua adega.
A Inner Editora não se responsabiliza por opiniões, ideias e conceitos
emitidos nos textos publicados e assinados na revista ADEGA, por serem
de inteira responsabilidade de seu(s) autor(es).
Saúde, www.revistaadega.com.br
74 14
14 ENTREVISTA
Sebastián Zuccardi, o talentoso
enólogo que está mudando a
66 ESCOLA DO VINHO
As tecnologias que estão
mudando a viticultura e como
cara do vinho argentino elas influenciam o vinho
46 ENOTURISMO
Dicas dos melhores passeios e de
grandes vinhos para desfrutar no
72 HARMONIZAÇÃO
Vinho combina com sopa?
Descubra as possíveis
Uruguai harmonizações
60 LISTA
Confira 10 joint ventures de
renome e seus vinhos que já
74 PERFIL
Robert Parker se aposenta. O que
isso representa para o mundo do
nasceram ícones vinho?
CONTEÚDO |
66
80
85
GRANDS CHÂTEAUX
76 Conheça a história do
Domaine Georges Roumier,
“rei de Chambolle”
TODO MÊS
CURIOSIDADES
80 O wine bar (real!) para o qual
Mefisto levou Fausto em seu
10 | CARTAS
24 | MUNDOVINO
85 | CAVE
99 | CLUBE ADEGA
Vinho amarelo
“Tenho lido muito a respeito de vinhos laranjas, que são moda,
mas o que seriam vinhos amarelos? Nunca tinha ouvido falar”,
pergunta o leitor Leonardo Tavares
T
into, branco, espu- A Savagnin é colhida tardiamente e
mante, rosé, doce, depois estagiada em barricas de 228 li-
fortificado, mais re- tros que não são completamente preen-
centemente, laran- chidas, permitindo que, depois de dois
ja... Pois é, as classi- ou três anos (de acordo com as condições
ficações dos vinhos parecem estar climáticas do período), forme-se o véu de
se expandindo com o tempo, mas, flor ou “la voile”, algo muito similar ao
o vinho amarelo, ou Vin Jaune, típico que ocorre com os vinhos de maturação
da região do Jura, na França, perto da biológica como o Fino ou o Manzanilla
fronnteira com a Suíça, definitivamente em Jerez. A diferença, isso sim, é que o
não é algo novo (assim como, teorica-
n vinho amarelo nunca é fortificado.
mente,
m os vinhos laranjas, mas isso é Uma vez transcorridos seis anos e três
outra história).
o meses (tal como diz a lei), o vinho é en-
O nome, obviamente, deve-se à sua garrafado em garrafas peculiares de 620
colloraação, geralmente um amarelo ouro ml, chamadas localmente “clavelin”. O
muito inttenso. Confira o que o nosso colabo- vinhos amarelos podem durar décadas
rador Patricio Tapia, conta sobre esse vinho e de guarda, ou então séculos (há alguns
sua produção:
d anos, garrafas de 1774 foram vendidas
O “Vin Jaune” é feito com a variedade por preços recorde).
branca Savagnin, uma cepa de grande inten- Em termos de aromas e sabores, o vi-
sidade e acidez. Ele é produzido por toda a nho amarelo é muito similar ao Jerez. Seus
região do Jura, mas, sem dúvida, a zona mais sabores costumam ser salinos. E sua acidez
famosa (e de onde vêm os melhores exempla- é alta, algo que se acentua com o grau zero
res) é Château-Chalon, uma série de vinhedos de dulçor, apesar de suas uvas serem co-
de solos de piçarras azuis em uma pequena e lhidas muito tardiamente. Trata-se de um
preciosa montanha no coração do lugar. vinho único, inimitável, singular.
O lugar
e a pessoa
Sebastián Zuccardi revela como o Vale de Uco
pode ser tornar um “Grand Cru”
O
s Zuccardi não são pioneiros no feito os vinhos de Uco brilharem e alcançarem
Vale de Uco, “para nada”, como patamares impressionantes, chamando a atenção
bem lembra Sebastián Zuccardi, do mundo.
o jovem hoje responsável pelos vi-
nhos produzidos pela família. Ain- Como se interessou pelo vinho?
da assim, muito do desenvolvimento da região, que Sou a terceira geração dentro da família fazen-
atualmente é tida como um dos principais berços de do vinho. Desde que me lembro, as conversas
grandes vinhos argentinos, deve-se ao seu trabalho. à mesa tinham a ver com vinhedo, com vinho,
Aos 39 anos (a maioria deles dedicados in- não há um momento claro que digo: “Que-
tensamente à empresa familiar), Sebastián per- ro isso”, pois era algo com que convivíamos.
tente à terceira geração desde que os Zuccardi Uma questão muito importante é que sinto
passaram a se dedicar ao vinho. Seu avô, Alberto que estou aqui não porque minha mãe e meu
tinha uma empresa de construção que desen- pai me obrigaram, mas porque escolhi, nunca
volveu um sistema de irrigação e, em 1963, tive pressão da família, tive a possibilidade e es-
comprou terras em Maipú, Mendoza, para de- colhi. Isso é importante, porque os mandatos
monstrar esse sistema. “Não queria se dedicar à familiares, quando não são aceitos ou decidi-
viticultura, mas descobriu que a viticultura era dos, acabam com a vida da pessoa, e também
sua paixão, e a partir daí a família começou a com a empresa. Isso é uma armadilha numa
plantar vinhedos. Depois meu pai (José Alberto) empresa familiar.
decidiu colocar toda a sua vida dentro do vinho
e nos criamos em uma família agrícola. Na ter- Onde estudou?
ceira geração, nós três trabalhamos. Sou o mais Estudei em um colégio com orientação eno-
velho e me dedico ao vinho, depois Julia, que lógica, onde comecei um pequeno projeto de
cuida da hospitalidade, depois Miguel, na parte espumantes, junto com amigos, Alma 4, em
do azeite de oliva. Todos temos a vocação de tra- 1998, e também foi meu primeiro vinho. Isso
balhar na empresa familiar”, afirma. me ajudou muito, pois entrei na empresa fa-
Foi com Sebastián que a família acabou se miliar com um projeto próprio. Minha famí-
“deslocando” para o Vale de Uco, comprando lia não fazia espumantes, ou seja, não tomei
vinhedos e criando uma unidade de pesquisa. o lugar de ninguém, abri meu caminho. Mas
Hoje, seu trabalho lá é reconhecido e ajuda a de- há duas decisões importantes em minha vida
finir indicações geográficas na área, na busca por profissional que, quando as tomei, talvez não
vinhos singulares de cada lugar. Sua visão tem fossem tão conscientes.
foto: divulgação
Que decisões foram essas?
A pessoa mais importante de uma vinícola em
Mendoza, na época, era o enólogo, e eu, vindo
de uma família produtora, não decidi estudar
enologia, mas agricultura, viticultura. Isso foi
uma das mudanças radicais na minha formação
e dou muito valor, pois fui do vinhedo à vinícola,
o que para mim é o trajeto mais lógico e natu-
ral. Depois, uma segunda decisão importante foi
quando terminei a universidade. Em vez de con-
tinuar a carreira em algum lugar, decidi viajar e
fazer colheitas pelo mundo. Durante sete anos,
fiz a colheita com minha família e depois ia fa-
zer outra no hemisfério norte. Isso mudou mi-
nha cabeça. Hoje já não posso fazer colheita por
dois meses, mas todos os anos faço duas viagens
a duas regiões diferentes para compartilhar, en-
tender e ver como trabalham outros produtores.
fotos: divulgação
que estávamos fazendo era o correto, começou a mercado, é o lugar onde vivemos e o vinho
empurrar, e ele empurra muito [risos]. Mas devo que fazemos, e o mercado é o local da entrega. É preciso
agradecer a generosidade da minha família, que Em uma empresa em que as pessoas que a di- olhar o
me deu a oportunidade de mudar um rumo e rigem não estão perto da terra, o lugar de ins-
regenerar muitas coisas dentro da vinícola. Uma piração é o mercado, e eles pedem para quem
vinho
questão importante é que meu pai não fazia os está na terra que façam coisas de que o mer- em gerações,
vinhos, então não mudei a identidade. cado necessita. Para mim, essa é uma divisão com o tempo
muito grande. E as únicas que podem tomar
Uco é o grande terroir da Argentina hoje? decisões de longo prazo e sustentáveis são as
vai ficar o que
O que ocorreu foi um movimento muito rá- empresas familiares, nelas não é só o negócio. realmente
pido, e que só se pode fazer em empresas fa-
miliares, que foi se convencer de que o futuro
O negócio é uma condição, mas por trás há
um sonho, uma vocação... O fim da empresa
tenha peso e
estava no lugar. O futuro era fazer vinhos que não é a rentabilidade, isso é uma condição. Se valor suficiente
falavam do lugar, e comunicar isso a quem be- não geramos dinheiro, não podemos seguir para poder
bia nossos vinhos, que não só vinham do Vale para onde estamos indo. Mas o fim da empre-
de Uco, mas de Altamira, Gualtallary etc., sa é outro, é desenvolver a região onde vive-
se sustentar.
e nisso fomos muito rápidos, pois estávamos mos, que as pessoas que trabalham conosco se Creio que
convencidos. desenvolvam, que nós nos desenvolvamos... precisamos
Não é fácil para uma empresa que não seja familiar O que se busca no Uco hoje?
aprender que
fazer esse tipo de movimento? O Vale de Uco é um lugar muito especial em nem sempre o
Para mim, há dois tipos de empresa no vinho.
As que são comandadas por donos e produto-
Mendoza, pois é o vale mais perto da cordi-
lheira. Tudo o que fazemos está determinado
mais extremo é
res que entendem do vinhedo e do lugar, e pela cordilheira. A montanha nos dá o clima, o melhor
vivem no lugar, e multinacionais comandadas pois nos isola do Pacífico. Então vivemos em
por gente cujo foco é o negócio. Para nós, que um deserto em altura, isso nos dá temperatu-
vivemos no lugar, nossa inspiração não é o ras mais frescas e proximidade do sol. E, por
fotos: divulgação
vimento lindo recuperar variedades que es-
tavam sendo perdidas, isso é parte do nosso
patrimônio, isso aporta à diversidade. E vai fi-
car só o que tenha profundidade. Tenho meu
projeto e a filosofia que quero fazer vinhos
que estão perto da minha casa, pois creio na
viticultura e, para fazer uma boa viticultura, é
preciso estar perto do vinhedo, conviver com
ele. Acredito na profundidade. Este é um mo-
mento muito excitante, mas vai decantar. Há
coisas que vão seguir e coisas que não.
No dia 26 de abril, fizemos quase um lados. O chef Germán Martitegui explicou números da gestão da vinícola. Nosso outro
bate-volta a Mendoza para participar, no que as pessoas costumam comer as partes prato favorito foi preparado pelo chef Mauro
Vale de Uco, do almoço “Diez Manos”, do cordeiro separadamente, mas quando Colagreco, premiado chef do restaurante
conduzido por cinco dos melhores ele coloca no espeto em camadas e, corta Mirazur na França: um cordeiro braseado
chefs argentinos: Narda Lepes, Mauro verticalmente, saboreamos vários pedaços, e caramelizado com guarnição de cebolas,
Colagreco, Germán Martitegui, Guido sabores e texturas de uma única vez. Em tâmaras, nozes e um purê de batatas e
Tassi e Fernando Trocca. O evento que já vez de em um pão, a carne era acomodada marmelo harmonizado com Piedra Infinita
aconteceu em Londres, Zurique, Paris, numa concha de folhas crocantes de 2015, nosso vinho do ano em 2018. Ao
Menton (França), Buenos Aires e José alface e recebia o molho de queijo e ervas meu lado, o chef Hugo Soca, uma estrela
Ignacio (Uruguai), ocorreu pela primeira da horta orgânica. Uma maravilha para televisiva e autor de livros gastronômicos,
vez em Mendoza a convite da família comer com a mão enquanto se caminhava apontou sabiamente que, neste prato,
Zuccardi, para sua Latinoamérica Cocina. no gramado entre os vinhedos. O mesmo sentíamos o coração do chefe e não
José “Pepe” Zuccardi explicou que “o valeu para os tempuras de abobrinha com apenas a técnica – e que as pessoas têm a
vinho existe para a mesa. Nossos vinhos misô de alioli, que saiam de um caldeirão capacidade de sentir no garfo quando isso
são elaborados para capturar a essência de ferro no pátio para as travessas, e acontece.
de sua origem, assim como o melhor da eram polvilhados com queijo ralado. As O lindo conto “A sopa de pedras” foi
cozinha da América do Sul, que unimos e pessoas os pegavam com as mãos numa o fio condutor entre os vinhos de SebaZ
compartilhamos com nossos amigos hoje harmonização impecável com uma taça de (como é conhecido carinhosamente
aqui em Piedra Infinita Cuccina”. O evento Fósil Chardonnay San Pablo 2018. Sebastián Zuccardi) e o amor por cozinhar
contou com 100 pessoas em torno da boa Depois fomos à mesa, com lugar para e compartilhar a comida. Um ato capaz
mesa e grandes vinhos. 100 pessoas, montada ao ar livre, onde de transformar qualquer dia em um dia
A cozinha foi ao campo e no campo, tive a oportunidade de sentar próximo à especial, sobretudo quando terminamos de
uma grelha vertical circular queimava lenha senhora Emma Zuccardi, a matriarca da almoçar com um deslumbrante pôr do sol
e assava o espeto de cabrito por todos os família, que ainda guarda de cor todos os nos Andes.
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MUNDOVINO | EVENTOS DO MUNDO DO VINHO
Debutantes
Douro Boys comemoram 15 anos com leilão de cuvée especial
Para celebrar os 15 anos do 2017 e o Douro Boys Vintage
surgimento do grupo Douro Port 2017 serão leiloadas tal
Boys, formado em 2003 por como aconteceu com as duas
João Ferreira Álvares Ribeiro, cuvées anteriores (2005 e 2011)
Jorge Roquette, Dirk van der e o licitador britânico Peter
Niepoort, Cristiano Van Zeller
e Vito Olazabal, cada um
Mansell (especialista de vinhos
da Christie’s em Londres) irá
RR com
deles “sacrificou” a sua melhor
barrica de vinho tinto e a sua
novamente conduzir as vendas.
Tanto a Cuvée do vinho
Champagne
melhor pipa de Porto Vintage tinto como a do Porto Vintage
Rolls-Royce lança acessório de luxo
do excepcional ano de 2017 são engarrafadas exclusivamente A Rolls-Royce apresentou um baú de
para criar uma cuvée especial em magnums e serão leiloadas Champagne de R$ 185 mil que vem
que será leiloada em lotes no em lotes de diversos tipos. com quatro taças inspiradas no motor
dia 10 de outubro deste ano. Muitos vão incluir ainda V12, duas caixas térmicas para caviar,
Após longas provas, os algumas raridades das caves dois porta-copos, duas colheres de
produtores criaram cuvées dos Douro Boys, ou também caviar de madrepérola e uma cápsula de
extraordinárias de vinhos tintos experiências privadas com os canapé. O baú é a mais recente adição
e Porto Vintage com as barricas produtores, estadias em hotéis, ao portfólio de acessórios da Rolls-
selecionadas da Quinta do ou degustações. O prazo de Royce, em uma gama que também
Vallado, Quinta do Crasto, inscrição para os licitantes inclui um umidificador de charutos,
Niepoort, Quinta Vale D. por telefone e para entrega de tapete de lã de carneiro, cesta de
Maria e Quinta do Vale Meão. ofertas por escrito termina em piquenique e guarda-sol.
Garrafas do Douro Boys Cuvée 25 de setembro. O baú é feito de alumínio e fibra
de carbono, revestido com couro preto
e carvalho Tudor, espelhando-se nos
materiais usados nos carros da Rolls-
Royce. “Naturalmente, se alguém quiser
criar uma forma personalizada de cores,
será possível”, diz o comunicado da
marca.
O baú se abre com o toque de um
botão para revelar uma bandeja de
madeira com uma peça de aço inoxidável
cortada a laser. Ela contém quatro
taças de cristal sopradas manualmente,
inspiradas no motor V12, cada uma
ostentando uma base de alumínio polido
gravada com “RR”. Também estão
incluídos quatro guardanapos bordados,
duas redes de couro vermelho para
segurar copos ou tigelas. O baú, que se
acende quando aberto, está disponível nas
concessionárias da marca.
Adeus ao combatente
André Lurton, uma das grandes personalidades de Bordeaux, faleceu
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MUNDOVINO | EVENTOS DO MUNDO DO VINHO
Tesouro
nacional privatizado
Vinícola histórica da Crimeia, Massandra,
pode ser vendida
Autoridades da Crimeia disseram que pretendem pela Rússia em 2014. Autoridades da União Europeia
privatizar a vinícola Massandra, que já foi uma disseram, em uma nota de julho de 2014, que os
das favoritas dos czares russos. No entanto, um ativos de Massandra haviam sido “transferidos em
importante produtor de vinhos decidiu sair da desrespeito à lei ucraniana”. Em 2015, autoridades da
disputa e qualquer tentativa de venda provavelmente Ucrânia acusaram Massandra de leiloar ilegalmente
enfrentará protestos da Ucrânia. vinhos antigos que faziam parte do patrimônio
As especulações sobre potenciais compradores nacional ucraniano.
para Massandra foram feitas depois que Vladimir O valor de Massandra foi estimado entre US$ 180
Konstantinov, chefe do parlamento da Crimeia, disse e 250 milhões, de acordo com relatórios. Um dos
que havia planos para privatizar a vinícola fundada em possíveis licitantes seria Boris Titov, um empresário
1894 e que possui uma das maiores coleções de vinhos cuja família possui a maior adega da Rússia, a Abrau-
do mundo. Assim, um processo de licitação está sendo Durso. No entanto, um porta-voz disse que a empresa
esperado para outubro e novembro deste ano. não estava interessada.
O controle de Massandra foi recentemente passado Outros possíveis licitantes seriam os bilionários
do governo russo para as autoridades da República Arkady Rotenberg e Yuri Kovalchuk, embora seus
da Crimeia. No entanto, qualquer tentativa de interesses não tenham sido confirmados. Kovalchuk
privatização provavelmente deixaria comprou a vinícola Novy Svet da Crimeia
os ucranianos furiosos e poderia no final de 2017 via Rossia Bank, no qual
acarretar sanções ao comprador. ele tem uma participação majoritária. No
O governo da Ucrânia entanto, qualquer acordo para a aquisição
administrou Massandra de Massandra poderia representar riscos em
anteriormente, mas perdeu o termos de sanções para o comprador, o que
controle após a anexação da Crimeia parece estar afastando possíveis interessados.
Constantia
em Bordeaux
Vin de Constance da Klein Constantia será
distribuído por negociantes de Bordeaux
Um dos vinhos doces mais emblemáticos do mundo,
o Vin de Constance da vinícola Klein Constantia,
tornou-se o primeiro vinho sul-africano a aderir
ao mercado de négociants de Bordeaux, com
distribuição pela CVBG (Compagnie des Vins de
Bordeaux e de la Gironde), Duclot Export
e Maison Joanne.
A safra de 2016 estará disponível nos três
négociants a partir de 1º de setembro deste ano.
Este movimento faz parte dos planos da Klein
Constantia dar um perfil internacional ao Vin de
Constance, que foi considerado um dos grandes
vinhos do mundo nos séculos XVII e XIX, quando
era conhecido apenas como Constantia.
Hans Anstrom, diretor da Klein Constantia, disse
que a distribuição de Vin de Constance
Música para Merlot
Château Palmer está testando
no meercado de Bordeaux deve aumentar
caixa de música no vinhedo
ainda mais sua nobreza. A Klein
Consttantia faz parte da propriedade O Château Palmer, uma das principais
origin
nal de Constantia concedida propriedades de Bordeaux, vem
ao comandante da Cidade do Cabo, experimentando uma caixa de música para
Simon van der Stel, em 1685. testar a teoria de que as ondas sonoras podem
A produção do vinho cessou com ajudar as videiras a florescer. De acordo com
a ecloosão da filoxera na África do Sul o CEO da vinícola, Thomas Duroux, a ideia é
entre meados e finais do século XIX, fazer um período de experiência de três anos.
mas reviveu na década de 1980, O experimento é baseado em uma teoria e
quando a Klein Constantia método idealizados pelo físico e músico francês
foi remodelada, com 1986 Joel Sternheimer nos anos 1980. Sternheimer
marcando a primeira safra do alega que diferentes notas musicais, ou sons em
“novo” Vin de Constance. comprimentos de onda variados, podem afetar
O Vin de Constance foi um a síntese de proteínas em plantas. O estudo foi
dos preferidos de Napoleão publicado em 1994 pela revista New Scientist.
Bonaparte, que, segundo relatos, O Château Palmer, que é adepto da cultura
consumia uma garrafa por dia biodinâmica, instalou uma caixa de som para
durante seu exílio em Santa emitir “vibrações cuidadosamente calibradas”
Helena. O vinho também sobre vinhas de Merlot especificamente
estaria entre os preferidos de selecionadas. “Usar diferentes tipos de som na
Jane Austen e Charles Dickens, vinha pode ter um benefício no florescimento
além de aparecer nas obras de e crescimento vegetativo, mas também pode
Alexandre Dumas e ajudar a controlar doenças, como a Esca ou o
Charles Baudelaire. míldio”, disse Duroux.
Pressão reduzida
Resveratrol pode desempenhar papel fundamental
na redução da pressão arterial
Mudança
repentina na Viúva
Segundo relatos, Dominique Demarville
deixará Veuve Clicquot no fim do ano
Se há um trabalho no mundo Perrier desde 1973 e, como
do vinho em que costuma chefe de cave, desde 2004.
haver pouca rotatividade – a “É uma escolha pessoal,
maioria dos que trabalham tomada em total acordo com
tendem a passar uma vida a LVMH, a quem agradeço
nele – é o de chef de cave muito por sua confiança. Eu
em Champagne. Muito do me diverti muito todos esses
porquê dessa longevidade anos mantendo a qualidade
deve-se ao fato de esse e o estilo de Veuve Clicquot
tradicional espumante francês no melhor nível. Agradeço a
ser um blend complicado todos os meus antecessores,
de variedades e safras que especialmente Jacques Peters,
resultam no estilo de uma que me transmitiu tantas
marca. Para adquirir esse coisas. E agradeço a Jean-
feeling, é preciso treino e, Marc Gallot, presidente da
para mantê-lo, é preciso Veuve Clicquot, e aos outros
persistência. Portanto, mesmo presidentes antes dele, por
em empresas seculares, há seu forte apoio”, afirmou
poucas trocas de chef de cave Demarville.
– considerado muitas vezes A posição de chef
um emprego para a vida. de cave Veuve Clicquot
No entanto, ao que é tradicionalmente um
parece, a Veuve Clicquot, “trabalho para a vida”.
uma das marcas mais Demarville, com 53
conhecidas de Champagne, anos, é apenas o sexto no
terá uma nova troca em cargo desde 1890 e seus
menos de 15 anos. Segundo cinco predecessores já se
relatos, Dominique aposentaram, três deles
MUDANÇAS BRUSCAS Demarville está deixando a passando mais de 40
A transferência de Demarville
não é a primeira notícia sobre empresa no final do ano para anos na posição. Antes de
mudanças repentinas em grandes assumir o mesmo cargo na entrar na Veuve Clicquot,
casas de Champagne nos últimos tempos. Laurent-Perrier. Demarville, Demarville trabalhou na
Em setembro do ano passado, o recém-
nomeado chefe de cave da Piper Heidsieck, foi contratado para substituir G.H. Mumm por cerca de
Séverine Frerson deixou o cargo depois de Jacques Peters, aposentado, 12 anos. “Só há 50 chefs de
apenas poucas semanas. Ele foi chamado em 2006, e agora foi cave em Champagne. É o
para substituir Hervé Deschamps, que
se aposenta como chef de cave de
escolhido por Laurent-Perrier emprego definitivo. É uma
Perrier-Jouët. Deschamps trabalha pois seu chef de cave, Michel comunidade muito pequena”,
na Perrier-Jouët desde 1983, e Fauconnet, também está se Demarville chegou a dizer
é enólogo principal desde aposentando. Fauconnet, de em entrevista para ADEGA
1993.
67 anos, trabalha na Laurent- no ano passado.
Queda na África
Espera-se que a safra de 2019 da
África do Sul seja a menor dos
últimos 14 anos
ORCHAD ORCHAD
SC SC
93 95
OS
OS
DE
DE
RP
pts pts 92
pts
AD AD AD
92
pts
92
pts
92
pts
Ajuda recebida
Coleção especial de Mouton para ajudar a restaurar o castelo
de Versalhes arrecadou US$ 2,7 milhões
Fim do boom
Argentina vê queda na exportação de Malbec
para os Estados Unidos nos últimos cinco anos
O mercado que ajudou a os argentinos. Já Canadá e
alavancar o boom do Malbec Brasil, o terceiro e quarto
argentino no mundo parece estar mercados, respectivamente,
arrefecendo. Segundo estatísticas se alternaram. No primeiro
do Observatório Vitivinícola, caso, houve queda de 9% “DEPENDÊNCIA
DE MALBEC”
entre 2014 e 2018, as vendas em volume e 13,2% em
para os Estados Unidos caíram valor no período analisado
A queda das vendas de
30% em volume e (2014 a 2018) e, no segundo, Malbec argentino preocupa
13,2% em valor. as exportações de Malbec as vinícolas locais, pois
Os números apresentados cresceram 19% em volume, a variedade sempre foi a
pela agência indicam que, em mas estagnaram em valor. principal bandeira do país
no exterior. Segundo o
2014, a Argentina exportou No balanço dos cinco Observatório Vitivinícola,
60,754,925 litros de Malbec e principais mercados de Malbec em 2008, as vinícolas da
hoje estão em 42,295,287 litros. argentino, vê-se diminuição em Argentina exportaram 419,2
milhões de litros de vinho
O aumento do preço médio de volume de 3%, de 91.916.400 para o mundo, dos quais
venda permitiu que a queda em a 89.024.235 litros entre 2014 63 milhões eram de Malbec
termos de valor fosse menor. Em e 2018. Um ponto a favor do (15%). Dez anos depois,
em 2018, a Argentina
2014, exportou-se um total de setor é que o Malbec obteve um exportou 275,3 milhões de
U$S 220.434.196 e, em 2018, a resultado positivo em valor em litros e 124,4 milhões foram
soma foi de U$S 191.420.026. seus cinco principais mercados. de Malbec (45%).
Esses valores são só de varietais Em 2014, foram exportados US$
de Malbec para os Estados 348.905.836 e, em 2018,
Unidos. US$ 359.608.536.
Mas, se as vendas para
a América caíram, elas
aumentaram para o Reino
Unido, o segundo maior
mercado do Malbec argentino
no mundo. Entre 2014 e 2018,
obteve-se um crescimento
de 106% no volume e 85,5%
no valor. Também a China
cresceu com 28% em volume
e 50,8% em valor. Mas o país
ainda representa pouco para
FACETAS
URUGUAIAS
Dicas rápidas de passeios e de rótulos
para você desfrutar do melhor que o
Uruguai pode oferecer
A
lgumas das principais regiões vitivinícolas
do Uruguai estão no sul do país, ao redor
de Montevidéu. Se pensarmos nos extre-
mos, de Carmelo até Garzón, por exem-
plo, são pouco mais de 500 quilômetros,
ou seja, as distâncias não são tão grandes e quem
quiser conhecer um pouco de tudo nas paragens uru-
guaias, pode fazer isso em relativamente poucos dias.
ADEGA, portanto, fez uma lista de dicas rápidas
e imperdíveis para quem pensa em desfrutar do me-
lhor do enoturismo no nosso vizinho e, além disso,
ainda fez uma seleção de excelentes rótulos dos mais
variados estilos (quem disse que no Uruguai só há
Tannat?). Confira.
Bodega Los
Cerros de San Juan
Na parte oeste do Uruguai, não
muito distante de Colônia do
Sacramento, está a mais antiga
vinícola do país. Há 165 anos, a
família Lahusen veio da Alemanha
e se instalou na região. Em meio à
natureza típica do local, o prédio
em estilo colonial erguido em
1869 é um Monumento Histórico
do Uruguai. Mas o mais impres-
sionante está no subsolo com um
sistema de refrigeração de vinhos
construído de forma artesanal.
www.loscerrosdesanjuan.com.uy
La Posta de Vaimaca
No Pueblo Eden, um povoado muito
pequeno, 40 quilômetros ao norte
de Punta (próximo da Viña
Eden), esse restaurante familiar
de comida caseira é inspirado
na cultura Charrúa. A ideia é
resgatar receitas da região. No
menu, o cordeiro é a estrela, em
vários cortes e opções. As carnes
são assadas em um rústico forno
à lenha. A batata e a massa (de
produção própria) são feitas no
fogão à lenha, a poucos metros
dos fregueses. O calor do fogo e
da gente se mistura no salão.
fotos: divulgação
zação dos processos. A família
está na quarta geração radica-
da em Carmelo.
www.irurtia.com.uy
Pousada e
Restaurante
Campotinto
Em Carmelo, essa vinícola da
família Vinganó conta com 12
quartos e mantém uma progra-
mação sedutora para os enófilos.
Oferece piquenique gourmet em
meio aos vinhedos e promove a
experiência de colher, podar e
realizar a vindima. O restaurante
é especialista em culinária italia-
na, com ingredientes produzidos
no local.
https://posadacampotinto.com
Cabaña Verónica
Um dos locais para se visitar na capital uru-
guaia é a Cidade Velha, mais especificamente o
Mercado del Puerto. Dentro dele está o Cabaña
Verónica, com pratos de carne bem feitos e bem
servidos, como o carré de cordeiro. A carta de vi-
nhos, focada no Uruguai, é dividida por produtor.
www.mercadodelpuerto.com
García
Dentro de Montevidéu, há uma série de restau-
rantes interessantes, especialmente para quem
quer apreciar carnes. Uma tradicional casa de
parrilla, inaugurada em 1967, é o García. O baby
beef e o rack de cordeiro premium são pedidas
obrigatórias por lá. Mas também há ótimos pratos
com pescados e massas.
www.garcia.com.uy
La Cocina
de Pedro
Com decoração descon-
traída e aconchegante, este
restaurante de Montevidéu
é um misto de parrilla com
frutos do mar e comida típica
uruguaia. Bom para ir à noite,
com boa comida, carta de
vinho interessante e bons
drinques. Vale experimentar
a costeleta de cordeiro com
batatas e molho de mostarda
ancienne.
http://lacocinadepedro.com.uy
Mía Bistrô
Ótimo local para
aproveitar a orla de
Punta del Este. Menu
estilo comida fusion
com pescados e sushis.
Um lugar descolado
para frequentar tanto
de dia quanto durante
a noite.
https://miabistro.com
Establecimiento
Juanicó
Não muito distante de Montevi-
déu, Juanicó é uma das maiores
e mais celebradas vinícolas do
Uruguai. O visual é impactante,
especialmente no caminho que
leva aos barris de fermentação.
O restaurante também oferece
ótimos pratos. Agende sua visita.
http://juanico.com/
Bodega Garzón
Para os lados de Punta del
Este, a imponente Bode-
ga Garzón, do bilionário
Alejandro Bulgheroni, conta
com o restaurante de Fran-
cis Mallmann. Para quem
quer exclusividade, pode se
hospedar no Pueblo Gar-
zón, uma espécie de hotel/
pousada de luxo (somente
quatro quartos) de proprie-
dade do chef. O lugar é uma
pequena vila, perto da viní-
cola, ideal para quem quer
requinte e exclusividade.
https://bodegagarzon.com
Bodega Artesana
Na região de Canelones,
a uns 40 quilômetros de
Montevidéu, fica esta vinícola
pequena, porém muito char-
mosa, colada nos vinhedos. A
comida/experiência é exce-
lente e o chef Diego manda
muito bem com sua típica
comida uruguaia. É preciso
fazer reserva.
www.artesanawinery.com
Bodega Oceánica
José Ignácio
Na região de Maldonado, a
cerca de 40 quilômetros de
Punta, a Bodega Oceánica José
Ignácio é um deleite, oferecen-
do mais do que passeios gour-
met pela vinícola, mas também
arquitetura e obras de arte
deslumbrantes que compõem a
paisagem interna e externa da
vinícola.
http://ojoseignacio.com
AD 94 pontos AD 95 pontos
BOUZA PARCELA ÚNICA B28 TANNAT 2017 GARZÓN BALASTO 2016
Bouza, Canelones, Uruguai (Decanter Bodega Garzón, Maldonado, Uruguai
- Não disponível). Impressiona pela (World Wine R$ 1.100). Tinto composto
qualidade de fruta, nítida e fresca, de 45% Tannat, 25% Cabernet Franc,
com os taninos finos e de textura 18% Petit Verdot e 12% Marselan, com
granulada ditando as regras. Muito fermentação em tanques de cimento sem
fluido na boca, tem final cheio e epóxi e posterior estágio de 20 meses em
longo, com notas de giz e de ervas. tonéis (25 e 50 hectolitros) de carvalho
Álcool 15%. EM sem tosta. Refinado nos aromas, mostra
notas florais e de especiarias doces
AD 91 pontos
escoltando as ameixas, amoras e cassis,
BOUZA VIÑEDO PAN DE AZÚCAR
que se confirmam no palato. Ainda
RIESLING 2017
muito jovem, impressiona pela excelente
Bouza, Maldonado, Uruguai (Decanter
textura de taninos, pela vibrante acidez
- Não disponível). Num estilo mais
e pelo equilíbrio do conjunto. Firme,
leve e fresco, com frutas cítricas
tenso e compacto, tem final profundo
acompanhadas de notas salinas
e persistente, com toques salinos, de
e de ervas, que se confirmam no
alcaçuz e de grafite. Álcool 14,5%. EM
palato, pedindo mais um gole. Chama
atenção pela cremosidade, pelo
frescor e pelo volume de boca. Álcool AD 92 pontos
13,5%. EM GARZÓN ROSÉ PINOT NOIR 2018
Garzón, Maldonado, Uruguai (World
AD 94 pontos Wine R$ 80). Rosado elaborado
DEICAS VALLE DE exclusivamente a partir de Pinot Noir,
LOS MANANTIALES TANNAT 2017 sem passagem por madeira, mas
Familia Deicas, Maldonado, Uruguai mantido em contato com as borras
(Todovino - Não disponível). Aqui entre três e seis meses. Gostoso de
VIN HO T IN TO
SÓ COM BIN A C OM
C AR N E V ER M ELH A?
AD 93 pontos
GARZÓN SINGLE VINEYARD ALBARIÑO 2017
Bodega Garzón, Maldonado, Uruguai
(World Wine R$ 199). Elaborado
exclusivamente a partir de uvas
Albariño fermentadas em tanques de
cimento, com estágio de 20% do vinho
entre três e seis meses em foudres de
carvalho francês. Sempre consistente,
está entre os melhores brancos dessa importador). Num estilo de frutas
cepa produzidos em solo uruguaio. vermelhas mais frescas seguidas
Repleto de tensão e de vivacidade, alia de notas florais e de ervas, com
volume de boca e cremosidade, com sua vibrante acidez e ótima textura
refrescante acidez e ótima textura, trazendo equilíbrio e vibração ao
terminando com toques salinos e de conjunto. Para beber aos litros, de
frutos cítricos. Álcool 14,5%. EM preferência à beira mar. Álcool 13%.
EM
AD 93 pontos
GRAN OMBÚ #13 BLEND 2018 AD 93 pontos
Braccobosca, Atlántida, Uruguai MARICHAL GRAND RESERVE TANNAT A 2015
(Domno - Não disponível). Primeira Marichal, Canelones, Uruguai (Ravin -
versão desse blend 50% Cabernet Não disponível). Aqui o que manda é
Franc, 40% Merlot e 10% Petit Verdot, a textura firme de taninos, sua tensão
que mostra muita fruta, ótimo volume e sua vivacidade, tudo num contexto
de boca, taninos de fina textura, com de frutas vermelhas e negras de
sua vibrante acidez emoldurando perfil mais fresco seguidas de notas
o conjunto. Seu final é complexo e terrosas, de ervas, de especiarias e de
carnudo, com toques terrosos e de grafite. Um perfeito exemplo do estilo
especiarias. Álcool 13%. EM clássico de Tannat uruguaio. Álcool
13,5%. EM
AD 93 pontos
JOSÉ IGNACIO ALBARIÑO 2018 AD 91 pontos
Bodega Oceánica José Ignácio, MATAOJO RESERVA TANNAT 2013
Maldonado, Uruguai (Sem Mataojo, Sierra Oriental, Uruguai
importador). De boa tipicidade, (Winebrands R$ 110). Um Tannat
mostra as frutas de caroço e brancas uruguaio dos bons! No nariz, as
da variedade acompanhadas de notas frutas aparecem primeiro: cereja,
florais, de ervas. Cheio e profundo amora etc. Depois aparecem notas
ao mesmo tempo, tem gostosa de tabaco, eucalipto e baunilha.
cremosidade, acidez vibrante e final Na boca, é encorpado, seco, tem
agradável, com toques salinos e boa concentração e sabor intenso,
cítricos. Álcool 13,5%. EM principalmente de frutas maduras. Os
taninos são muito bem trabalhados.
AD 91 pontos São potentes e macios. A acidez
JOSÉ IGNACIO ROSÉ PINOT NOIR 2018 consegue dar frescor e a persistência
Bodega Oceánica José Ignácio, é alta. Um vinho bem equilibrado.
Maldonado, Uruguai (Sem Álcool 15%. BD
AD 92 pontos
VIÑA EDÉN METHÓDE CHAMPENOISE
BRUT NATURE 2015
Viña Éden, Maldonado, Uruguai
(Ruta 12 R$ 198). Composto de 85%
Chardonnay e 15% Pinot Noir, com 20
meses de contato com as leveduras
antes da degola. As notas especiadas
e de frutos secos envolvem as notas
de abacaxi e de pêssegos maduros,
com sua vibrante e refrescante acidez
ditando as regras. Tem final cremoso
e persistente, com toques salinos e
cítricos. Álcool 12,6%. EM
AD 92 pontos
AD 92 pontos VIÑA PROGRESO RESERVA TANNAT 2016
PISANO RPF PETIT VERDOT 2015 Viña Progreso, Progreso, Uruguai
Pisano, Progreso, Uruguai (Vinci US$ 29). Tinto elaborado
(Mistral US$ 37). Tinto elaborado exclusivamente a partir de Tannat,
exclusivamente a partir de Petit com estágio entre nove e 12 meses
Verdot, com estágio de seis meses em barricas novas e usadas de
em barricas de carvalho francês, 25% carvalho. Cheio de tipicidade, esbanja
novas. Num estilo mais encorpado ameixas e amoras acompanhadas de
e de fruta mais madura, com acidez notas florais, terrosas e especiarias
refrescante e taninos de boa textura doces, além de toques de cascas de
trazendo equilíbrio ao conjunto. Tem cítricos. Muito frutado, tem taninos de
final persistente e encantador, com ótima textura, gostosa acidez e final
toques minerais e de ervas. Álcool persistente e cheio, com traços de
14%. EM violeta e de grafite. Álcool 13,5%. EM
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Grandes
parcerias
Uma lista com vinhos que surgiram
de empreendimentos conjuntos entre
produtores consagrados
AD 96 pontos
OPUS ONE 2013
Mondavi & Rothschild, Califórnia,
Estados Unidos (Wine's Life
R$ 5.846). Um dos grandes
destaques da degustação
vertical com todas as safras
de Opus One já produzidas.
Ainda muito jovem, merece
tempo de adega para integrar
ainda mais a madeira que se
faz sentir inicialmente. A fruta
é poderosa e vem protagonizar
num vinho carnudo, com força
e profundidade. Cheio de
complexidade, com camadas
de perfil animal e de floresta
andando juntas com delirante
mineralidade. CB
fotos: divulgação
Roquette & Cazes
O projeto franco-lusitano nasceu da amizade
entre Jorge Roquette, da Quinta do Crasto,
e Jean-Michel Cazes, do Château Lynch-
-Bages. Em 2002, as duas famílias decidiram
criar uma empresa para “fazer vinhos do Dou-
ro com um toque bordalês”. As uvas vêm da
Quinta da Cabreira, dos Roquette, e da Quin-
ta do Meco, que pertence à família Cazes. A
primeira safra, em 2002, não foi para o mer-
cado. Em 2003, criou-se o primeiro vinho em
conjunto, o Xisto, que depois se tornou uma
“cuvée”, e só é feita em anos especiais. E em
2006 lançou-se o Roquette & Cazes.
AD 94 pontos
XISTO 2013
Roquette & Cazes, Douro, Portugal (Qualimpor
R$ 1.276). O Xisto é uma espécie de “costela
de Adão” de seu irmão Roquette & Cazes.
Ou seja, é um lote que se destaca entre os
selecionados para compor este último, por
isso, não é produzido todos os anos. Embora
ainda jovem, inclusive porque foi servido em
garrafa magnum, o 2013 se mostra ainda muito
concentrado na cor rubi escuro/púrpura, sem
halo de evolução. Aromaticamente, é um vinho
encantador, com muito floral e fruta negra e
silvestre maduras (cerejas e ameixas pretas),
envoltas por notas de grafite, de café e de
especiarias aromáticas. Na boca, o grande
equilíbrio mostra porque este é um vinho fora de
série. À ótima acidez se somam taninos ainda
bem presentes, mas de textura muito macia, e
álcool equilibrado para o bom corpo, que passa
Almaviva quase despercebido. O final, levemente
Seguindo a visão de seu pai de expandir as fronteiras do Mouton e criar ou- doce, é muito longo e gostoso.
tros ícones em locais de grande potencial, coube à baronesa Philippine de Recompensará quem tiver a paciência
Rothschild dar o passo seguinte da empresa na América, mas desta vez no de esperar, pelo menos, de três a cincoo
anos para abri-lo. Álcool 14,5%. GV
sul, no Chile. Ela formou parceria com a poderosa família Guilisasti, dona
da renomada Viña Concha y Toro, uma das mais tradicionais vinícolas chi-
lenas. Em 1996, os chilenos cederam parte de um dos seus mais prestigia-
dos vinhedos em Peumo, de onde vinham as uvas para o top da casa, o Don
Melchor, para, em parceria com os franceses, criar um blend também de
estilo bordalês ao qual deram o nome de Almaviva.
AD 96 pontos
ALMAVIVA 2016
Almaviva, Maipo, Chile (Clarets R$ 1.300). Menos álcool que os últimos anos
(13,8%). Vibrante fruta fresca e pimenta negra, com bastante equilíbrio e bela
acidez; e ainda um final medicinal. O nariz tem flor azul, ervas, cerejas e mirtilo.
Taninos gentis. Reflete a maceração mais curta e menos tempo em barrica.
Aproveite sua curva de evolução seguramente até 2028, mas está pronto para
ser saboreado hoje. Corte com 66% de Cabernet Sauvignon, 24% de Carménère,
8% de Cabernet Franc e 2% de Petit Verdot. CB
AD 94 pontos
CHEVAL DES ANDES 2015
Cheval des Andes, Mendoza, Argentina
(Wine.com.br R$ 595 para a safra
2013). Tinto composto por 61% Malbec
e 39% Cabernet Sauvignon, com estágio
em barris de 225, 400 e 500 litros,
sendo 35% novos. Chama atenção pela
acidez vibrante, pela pureza de fruta
fotos: divulgação
Tablas Creek
Robert Haas, falecido em 2018, foi um dos grandes nomes
AD 90 pontos
da indústria de vinho norte-americana, atuando como CÔTES DE TABLAS BLANC 2010
importador e distribuidor de grandes marcas durante mais Tablas Creek, Califórnia, Estados Unidos (World Wine
de 50 anos. Nos anos 1960, ele se aproximou da família - Não disponível). Um vinho de Paso Robles, região
Perrin, donos do Château de Beaucastel, no Rhône, e, que ficou conhecida por suas características similares
com a amizade, começaram a pensar um novo negócio ao Rhône. Com 54% de Viognier (que não passa por
madeira para preservar o perfil floral), 30% de Grenache
em conjunto. Eles acreditaram que as variedades do sul Blanc, 8% de Marsanne e 8% de Roussanne, é um
da França poderiam se adaptar bem na Califórnia e, em americano complexo, com opulência, potência, peso, volume de boca
1989, compraram uma parcela de 48,5 hectares em Paso e, ao mesmo tempo, um toque clássico de França. Encontra equilíbrio
Robles e deram o nome de Tablas Creek Vineyard, graças por sua bela acidez natural e uso de madeira na medida certa,
a um pequeno riacho que atravessa a propriedade. estruturante e sem excessos. CB
fotos: divulgação
de tudo, fundado sob taninos de muita
até 2007, quando o grupo estrutura e de textura fina, lembrando giz.
chileno comprou a sua parte Álcool 14,7%. EM
no negócio.
Triennes
As joint ventures no mundo do vinho não se restringem a
parcerias internacionais, mas podem também ser nacio-
nais, como a que surgiu da união de três franceses. Em
1989, os icônicos produtores da Borgonha, Jacques Seys-
ses, fundador do Domaine Dujac, e Aubert de Villaine,
do Domaine de la Romanée-Conti, mais um amigo pari-
siense, Michel Macaux, uniram-se para buscar vinhedos e
criar um vinho em conjunto. Acharam o que procuravam
em Provence quando adquiriram o Domaine du Logis de
Nans. Lá surgiu Triennes, uma referência a Triennia, o
festival de Baco que era realizado a cada três anos durante
a época romana.
AD 91 pontos
TRIENNES LES AURÉLIENS ROUGE 2014
Triennes, Provence, França (Clarets R$ 149). Tinto orgânico
elaborado a partir de um blend de Cabernet Sauvignon
e Syrah, com estágio em barricas de carvalho francês do
Domaine Dujac, na Borgonha. Muito gostoso de beber, mostras
notas florais, de ervas e de especiarias picantes envolvendo
sua fruta, lembrando ameixas e amoras, tudo num contexto de
refrescante acidez, taninos de ótima textura e final agradável e
persistente, com toques minerais. Álcool 13,5%. EM
TÉCNICAS E
entre a informação da forma, tamanho e vigor
espacial e sua posição da videira e permitem a
TECNOLOGIAS geográfica. Isso possibilita
uma comparação entre
avaliação da variabilidade
dentro do vinhedo. Trata-se de
DA VITICULTURA os diferentes dados espaciais
detectados no vinhedo, tais como
uma aquisição de imagens à distância
com diferentes escalas de resolução,
DE PRECISÃO as propriedades físicas do solo,
rendimento e teor de água ou
capaz de descrever a vinha detectando
e registrando a luz solar refletida da
fertilizantes. superfície dos objetos no solo.
ROBÔS?
Hoje há uma série de robôs que estão este robô também pode realizar uma
sendo testados na viticultura. Um é poda de precisão.
VineRobot, projeto da Universidade O VineGuard, por sua vez,
pretar as informações e mobilizar recursos para de La Rioja, cujo objetivo é o pode se mover dentro do vinhedo
reagir a essas informações é equivalente. Se suas desenvolvimento de um robô usando um complexo conjunto
agrícola equipado com tecnologias de sensores, com um sistema de
metas forem definidas, e você entender as ex-
de detecção não invasivas, movimento otimizado para terrenos
pectativas e os possíveis resultados, então é sua como sensores, fluorescência, irregulares. Um braço robótico
responsabilidade determinar se as diferenças se multiespectral, infravermelho térmico projetado para a colheita de uva está
traduzem em um vinho melhor”, resume Chik e GPS. O sistema é projetado para em desenvolvimento. O Vitirover é o
realizar um monitoramento de vários resultado de um projeto concebido e
Brenneman, gerente de vinicultura e instalações parâmetros, como rendimento, vigor, produzido por Xavier David Beaulieu,
da Universidade da Califórnia, em Davis. estresse hídrico e qualidade das uvas. proprietário do Chateau Coutet
Mas não pense que a “viticultura de precisão” Outro é VINBOT, uma plataforma (Saint-Émilion). Ele é capaz de cortar
robótica com software de código a grama até uma distância de 2 a 3
se restringe aos países mais avançados do Novo aberto. O sistema é equipado com cm da base da videira. Já a empresa
Mundo. Não há grande château de Bordeaux, sensores para reconstrução 3D norte-americana Vision Robotics
por exemplo, que não tenha seus vinhedos 100% da cortina de folhas e câmeras Corporation (VRC) desenvolveu
multiespectrais de vigor de um protótipo capaz de realizar
mapeados e divididos em microparcelas iden- vinha, para fornecer informações uma poda de precisão por meio de
tificadas em estudos de solo e morfologia. Em importantes, como a estimativa de sensores ópticos que realizam uma
Champagne, cada vez mais as principais casas produtividade. Já o robô Wall-Ye pode reconstrução em 3D da estrutura
estão vinificando cada pedaço de parcela em se mover de forma independente ao da vinha. E, por fim, um protótipo
longo das linhas, adquirindo dados de trator robótico foi desenvolvido
tanques separados para criar cuvées específicas. sobre cada videira e produzindo um pela Autonomous Solutions (ASI)
Portanto, a questão talvez não seja se tecnologia é mapa de vinhedos detalhado. Graças e é capaz de suportar ferramentas
amiga ou inimiga do vinho, mas o quanto os pro- a um sistema de monitoramento agrícolas comumente usadas no
baseado em muitos sensores ópticos, gerenciamento de vinhas.
dutores podem se beneficiar com ela e entender
o potencial que a natureza lhes oferece.
CALDOS
É possível combinar sopas com vinhos?
O
frio vai chegando e, às vezes, a úni-
ca coisa que queremos é um caldo
quentinho, uma sopa para acalen-
tar o corpo e a alma. E, na cabeça
de um enófilo, o vinho também Sopa de tomate
ajudar a “esquentar” e a espantar o frio. Mas essa Esse é um caldo que costuma ser servido
combinação entre vinho e sopa funciona? frio, na verdade. E com acompanhamen-
Convenhamos que a harmonização não é das tos diferentes dependendo do “gosto do
mais fáceis, pois a relação entre texturas e tempe- freguês”. Mas, se pensarmos apenas na base
raturas quase nunca é a ideal. Mas há situações em de tomate e na temperatura, temos aqui geralmente
que o vinho pode, sim, fazer companhia, se não grande acidez, que pede para ser contraposta com
criando uma combinação ótima, sem, ao menos, acidez. Pode-se então experimentar com brancos à
comprometer. Confira algumas dicas de caldos e base de Sauvignon Blanc, Riesling e Alvarinho, por
vinhos que podem estar lado a lado. exemplo. Mas também pode-se optar por tintos leves
com Tempranillo, Sangiovese ou Barbera. Atenção, a
mesma lógica vale para o gazpacho.
Consommé
Este típico caldo de carne (ou
frango, ou até de legumes) servido
como entrada em muitos restau- Caldo verde
rantes de inspiração francesa pode Aqui temos um clássico português, a mistura da
ser acompanhado de Jerez seco, por couve com as batatas e o toque final da lingui-
exemplo. A combinação deve-se um pouco ça defumada. Um caldo saboroso, com uma
à salinidade e oxidação do vinho que casam mistura de texturas, leve amargor da couve, que
com a estrutura e sabores delicados do caldo. pode ir bem com alguns Vinhos Verdes (inclu-
sive os tintos), mas também com um Sauvignon
Blanc ou ainda um blend branco estilo Rhône
ou Douro.
o 164 >>
Edição ADEGA 73
PERFIL | p o r ARNALDO GRIZZO
to final
Seria o fim de uma era? Robert Parker
anuncia apoosentadoria
A
pós 41 anos como crítico de vinhos, latrado na região, mas, por outro lado, foi “ex-
Robert Parker decidiu se aposentar. comungado” na Borgonha, por avaliar “mal” os
Sim, em maio deste ano, a editora- sutis Pinots. Um de seus trunfos foi a ética e, mes-
-chefe da Wine Advocate, Lisa Pe- mo com algumas polêmicas envolvendo colabo-
rotti-Brown, anunciou que, aos 71 radores que teriam recebido dinheiro para avaliar
anos, o mais influente personagem do vinho vinhos, Parker sempre teve o respeito do merca-
mundial decidiu se retirar de todas as suas fun- do por sua retidão. Outra crítica deveu-se ao seu
ções como crítico e não exercer mais nenhuma gosto e poder ter criado, involuntariamente, uma
atividade na publicação que foi criada por ele, padronização de vinhos em alguns locais, o que
então um jovem advogado, de apenas 30 anos, se convencionou chamar de “Parkerização”.
de Baltimore, em 1978. “Tenho profundo respeito por Robert Parker e
O que representa o afastamento de Parker? sua imensa contribuição para o mundo do vinho
Vale lembrar que já faz algum tempo que ele com sua integridade e entusiasmo. Ele causou
vem se afastando gradualmente de algumas fun- um grande impacto na melhora da qualidade
ções na Wine Advocate. Aliás, desde 2012, ele já dos vinhos de muitos dos mais importantes países
não era mais o dono da publicação, tendo vendi- produtores do mundo, influenciando e encora-
do para investidores asiáticos, e tampouco o edi- jando consumidores e produtores em sua busca
tor, cedendo lugar para Lisa Perotti-Brown. E, contínua pelos mais altos padrões neste fascinan-
apesar de a sigla RP ainda ser amplamente usada te universo”, afirmou Christopher Cannan, pro-
ao lado das pontuações dadas pela Wine Advo- dutor e negociante de vinhos, mas, mais que isso,
cate, a verdade é que, nos últimos anos, Parker um amigo de Parker, que acompanhou toda a sua
mesmo estava a cargo da avaliação de poucos vi- carreira. “Sua aposentadoria deixará um legado
nhos. Desde 2015, por exemplo, ele já não fazia duradouro. Tenho certeza de que a nova equipe
mais as avaliações en primeur de Bordeaux, que continuará com o bom trabalho, embora o im-
o consagrou no começo de seu trabalho. pacto sobre o comércio do vinho provavelmente
Durante mais de 40 anos de trabalho, Parker seja menos importante. Parker era a pessoa certa
foi amado e, também, odiado. Sua aptidão para no momento certo. Será difícil para qualquer um
degustar os bordaleses fez com que ele fosse ido- seguir seus passos”, completou.
O astro de
CHAMBOLLE A história do Domaine Georges
Roumier, um dos ícones da Borgonha
E
m 1924, aos 26 anos, o jovem Geor- maine Belorgey, acrescentando mais vinhedos de
ges Roumier, da região de Dun-Les- Bonnes Mares e uma parte de Clos de Vougeot.
-Places, uma singela comuna bor- E, no ano seguinte, comprou o monopólio de
gonhesa, casou-se com Geneviève 2,5 ha do Premier Cru Clos de la Bussière em
Quanquin. A família Quanquin Morey-Saint-Denis. Pouco tempo depois, Geor-
tinha terras na Côte d’Or e eram negociantes de ges se aposentou.
vinho. Foi com o dote de 12 hectares de vinhedos Foi seu terceiro filho (ele teve sete), Jean-Ma-
herdados pela esposa que Georges deu início a rie quem deu sequência ao trabalho do pai. O
uma trajetória que hoje o coloca no patamar de mais velho, Alain, acabou indo ocupar o cargo
um dos grandes ícones da Borgonha, em especial do pai no Domaine Georges De Vogüé. Quando
de Chambolle-Musigny. Georges morreu, as terras acabaram divididas en-
Na época, entre os 12 hectares iniciais es- tre os sete irmãos, mas eles decidiram criar uma
tavam partes dos vinhedos de Les Fuées e Les empresa para manter as propriedades dentro do
Amoureuses, dois Premier Cru de Chambolle, e domaine. E assim Jean-Marie continuou aumen-
partes do Grand Cru de Bonnes Mares. Aí ele tando a área de vinhedos, comprando parte de
começou a produzir seus vinhos, criando um ne- Corton-Charlemagne e Musigny.
gócio independente de seus sogros. Diz-se tam- Até o começo dos anos 1980, o Domaine
bém que, ao mesmo tempo que cuidava das suas Georges Roumier tinha status de um excelente
propriedades, ele também trabalhava no vizinho, produtor, mas foi quando Christophe, seu filho,
o Domaine Georges De Vogüé. entrou na empresa que seus vinhos passaram a
Assim, em 1952, ele comprou parte do Do- ser cultuados.
AD 93 pontos
xar a natureza fazer as escolhas, e ocasionalmen- DOMAINE G. ROUMIER CHAMBOLLE MUSIGNY 2013
te apontar a direção certa”, afirma. Segundo Ch- Domaine G. Roumier, Borgonha, França (Juss
ristophe, Chambolle produz os mais elegantes Millesimes R$ 1.200 safra 2016). Tinto elaborado
vinhos da Côte d’Or e ele é quem faz alguns dos exclusivamente a partir de uvas Pinot Noir
advindas de quatro parcelas que o Domaine
melhores vinhos da região. Seu Musigny, produ-
possui na vila de Chambolle, com fermentação em
zido em minúscula escala, é um dos vinhos mais cubas de madeira e concreto (20% de engaços)
caros do planeta ano após ano, por vezes superan- e posterior estágio entre 15 e 18 meses em
do valores de 20 mil dólares. E isso considerando barricas, sendo 30% novas. Mostra cativantes
que Christophe afirma que seu Musigny não é notas terrosas, florais, de ervas e de especiarias
seu vinho mais regular (talvez pela dificuldade de envolvendo suas frutas nítidas, lembrando cerejas
e framboesas. Mas, é na boca que diz a que veio,
vinificar tão pouco). Outro que frequentemente tem acidez refrescante, taninos firmes e finos e
atinge cifras estratosféricas é o Les Amoureuses, final persistente e profundo, confirmando o nariz.
que, por vezes, supera 30 mil dólares. Hoje, qual- Está ótimo e muito equilibrado agora, mas tem
quer vinho de Roumier, é cultuado e seus preços tudo para ficar ainda melhor nos próximos 10 anos.
refletem sua fama. Álcool 13%. EM
A adega do
DEMÔNIO A história do Auerbachs Keller,
o bar de vinho que serviu de
palco para uma das cenas de
Fausto, obra-prima de Goethe
ADEGAS
PARA VINHO
DOMETIC
CANTU WINE DAY CANTU WINE DAY DECANTER WINE DAY DECANTER WINE DAY DEVINUM - JANTAR
FERNANDO RAVERA/
AD 90 pontos AD 94 pontos AD 94 pontos AD 92 pontos NAVARRO CORREAS
LE CASINE CHIANTI 2016 SÍMBOLO 2015 FERRARI RISERVA QUINTA DOS ROQUES
Castellani, Toscana, Poças, Douro, Portugal LUNELLI 2007 ENCRUZADO 2016 AD 91 pontos
Itália (Cantu R$ 80). (Cantu R$ 462). Ferrari, Trentino, Itália Quinta dos Roques, NAVARRO CORREAS RESERVA
Tinto composto de Tinto elaborado (Decanter R$ 541). Dão, Portugal SELECCIÓN DE PARCELAS
89% Sangiovese e 11% exclusivamente a partir Branco espumante (Decanter R$ 221). CABERNET SAUVIGNON 2016
Canaiolo, com estágio de Vinhas Velhas, com brut elaborado pelo Branco elaborado Navarro Correas,
de seis meses em barris estágio de 18 meses método tradicional exclusivamente a partir Mendoza, Argentina
de carvalho. De boa em barricas novas de exclusivamente a partir de Encruzado, com (Devinum R$ 120).
tipicidade, mostra carvalho francês de 300 de Chardonnay, com fermentação e estágio Tinto elaborado
cerejas e groselhas litros. O resultado é um longo estágio de sete de 65% do vinho em exclusivamente a
acompanhadas de vinho cheio de frutas anos sob as leveduras. barricas de carvalho partir de Cabernet
notas florais, de ervas negras como ameixas e Complexo nos aromas francês. Austero e em Sauvignon, com
secas e de especiarias, amoras acompanhadas e nos sabores, mostra sua juventude, mostra estágio de 12 meses em
que se confirmam de notas florais, de frutas de caroço frutas brancas e de barricas de carvalho.
no palato. De estilo ervas, de especiarias maduras, bem como caroço acompanhadas Suculento e cheio de
mais tradicional e doces e de tabaco, que notas florais, minerais e de notas florais, de fruta, mostra cassis,
gastronômico por aparecem tanto no de frutos secos, além de especiarias doces e de ameixas e amoras
natureza, tem taninos nariz quanto na boca. toques de pão tostado amêndoas. Untuoso acompanhadas de
marcantes, acidez Cheio e opulento, e de especiarias. No e tenso, tem ótimo notas de ervas e de
refrescante e final mas também vertical palato, tem textura volume, vibrante acidez especiarias picantes.
suculento, que pede a e tenso, chamando cremosa, refrescante e final persistente, com Estruturado e muito
companhia de massas atenção pela ótima acidez, ótimo volume toques salinos, cítricos gostoso de beber, tem
ao molho tipo ragu. acidez, pelos taninos de boca e final e de frutos secos. Álcool acidez na medida,
Álcool 12,5%. EM de grãos finos e pelo persistente e profundo, 14%. EM taninos de ótima
final longo, com toques com toques salinos e textura e final cheio
de grafite. Um tinto cítricos. Álcool 12%. e longo, com toques
austero e ainda jovem, EM especiados e de grafite.
que vai ficar melhor Álcool 14%. EM
nos próximos 10 anos.
Álcool 14%. EM
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de Vinhos do Brasil 2019
BE ADEG
LU A
C
GRANDES VINHOS
Uma das mais tradicionais regiões
produtoras de vinhos da Espanha,
Rioja tem cerca de 61 mil hectares
Nesse mês, a categoria Black traz uma de vinhedos plantados e perto de
seleção ibérica de respeito. De Rioja, 600 vinícolas.
na Espanha, selecionamos um Gran
Reserva cheio de tradição, qualidade e
com grande capacidade de envelheci-
mento, o Conde de Valdemar. Depois,
viajamos até o Alentejo, de onde con-
seguimos trazer o exclusivíssimo Pé de
Mãe, um tinto de pequena produção,
elaborado majoritariamente a partir de
Trincadeira de vinhas sem irrigação,
PAI
que acabou de chegar ao Brasil.
Alexandre Relvas, o enólogo
por trás do Pé de Mãe, é um dos
mais inquietos e talentosos de sua
geração.
AD
94
pts
91
o Amphora, da Herdade do Rocim,
em barricas de carvalho, sendo 65%
novas. De boa tipicidade, mostra notas pts que, como o nome sugere, é vinificado
defumadas e de especiarias picantes em talhas de barro, resgatando uma
escoltando suas frutas negras, além de tradição alentejana. Dali, partimos para
toques florais e de ervas. Suculento, tem a Bordeaux, de onde vem o Mouton
ȕVKOQUVCPKPQUIQUVQUCCEKFG\GƒPCN SC
ORCHAD Cadet Réserve Saint-Émilion, o topo
93
OS
DE
cheio e persistente, com toques minerais de gama de uma das linhas de vinhos
e de carne. Álcool 14%. EM pts
mais conhecidas da região e de toda
França. Terminamos nossa jornada em
AD
92
HERDADE DO ROCIM Casablanca, no Chile, onde elegemos
AMPHORA TINTO 2017 | AD 92 pts pts o Casas del Bosque Gran Reserva, um
Herdade do Rocim / World Wine (R$ 238) Syrah em pureza, cheio fruta e de notas
REGIÃO/PAÍS: Alentejo, Portugal de especiarias picantes.
AMPLITUDE AD
A Sangiovese é a variedade 90
pts
tinta mais plantada da Itália,
correspondendo a 10% do
No Grand Gold, a seleção nesse mês
total de vinhedos plantados AD
é do Velho Mundo. De Bordeaux, na
França, vem o La Mondette, uma das
no país da bota. 90
pts
surpresas de nossa última degustação às AD
cegas para a seção Cave da revista ADE- 91
pts
GA. Partindo para a Úmbria, na Itália,
escolhemos o Lungarotti, um Sangiovese
sem madeira, pura expressão dessa varie-
dade emblemática. Dali, viajamos até o
Dão, onde elegemos o Porta dos Cavalei-
ros, de um dos produtores mais tradicio-
nais de Portugal, a Caves São João.
VALE LEMBRAR
Apesar de o Douro e de o
Alentejo estarem mais em voga
atualmente, o Dão foi e conti-
nua sendo uma das regiões mais
tradicionais de Portugal quando
o assunto são vinhos tranquilos
com grande capacidade de enve-
lhecimento, tanto tinto quanto
brancos.
Une a fruta e frescor da Marselan (76%) com a estrutura da Tannat (24%). Esta
ȚNVKOCRCUUCRQTOCFGKTCCQRCUUQSWGC/CTUGNCPȌXKPKƒECFCGOVCPSWGFG
CȊQKPQZKFȄXGNGCȐƒECCITCWUGURGTCPFQCJQTCFQDNGPF(TWVCXGTOGNJC Este mês, no Gold, a seleção é consagrada,
um toque rústico da Tannat, boa untuosidade da madeira nova e medicinal à
elaborada por produtores muito conceitua-
boldo. Álcool 12,50%. CB
dos em suas regiões. Começamos nosso
trajeto em Portugal, no Douro, de onde
LE CASINE CHIANTI 2016 | AD 90 pts trazemos o Cancelão, um blend suculento
Castellani / Cantu (R$ 80) e cheio de fruta, um blend de Tinta Barro-
REGIÃO/PAÍS: Toscana, Itália
ca, Tinta Roriz, Touriga Franca e Touriga
Tinto composto de 89% Sangiovese e 11% Canaiolo, com estágio de seis
Nacional. Continuamos nossa jornada
meses em barris de carvalho. De boa tipicidade, mostra cerejas e groselhas até a Toscana, na Itália, e escolhemos o
acompanhadas de notas florais, de ervas secas e de especiarias, que gastronômico Le Casine Chianti, um de
UGEQPƒTOCOPQRCNCVQ&GGUVKNQOCKUVTCFKEKQPCNGICUVTQPȖOKEQRQT nossos achados no último Cantu Wine Day.
PCVWTG\CVGOVCPKPQUOCTECPVGUCEKFG\TGHTGUECPVGGƒPCNUWEWNGPVQSWG Terminamos nosso passeio, na Campanha
pede a companhia de massas ao molho tipo ragu. Álcool 12,5%. EM Gaúcha, onde elegemos o último lança-
mento da Salton, o Domenico, um sedutor
blend de Tannat e Marselan.
CANCELÃO RESERVA 2014 | AD 90 pts
Adega Vila Real / Conceito Português (R$ 95)
REGIÃO/PAÍS: Douro, Portugal
Tinto produzido a partir das castas Tinta Barroca, Tinta Roriz, Touriga Franca
e Touriga Nacional. Apresenta corpo jovem, coloração violácea e traz ao nariz
notas de frutas maduras envoltas por agradável perfume floral. Em boca,
AD
90
EQPƒTOCUWCECTCEVGTȐUVKECHTWVCFCEQODQCHNWKFG\VCPKPQUOCEKQUGƒPCN
persistente. Um vinho de boa estrutura, que pede para ir à mesa. Álcool 13%. FGK pts
AD
90pts
AD
POMBAL 90
pts
O Douro foi a Primeira
Região Demarcada do mundo.
Ela foi criada no reinado de
D. José I, pelo seu Primeiro-
Ministro, Sebastião José de
Carvalho e Melo, o Marquês
de Pombal, em 1756.
BRASIL
Exemplo de tradição e
longevidade, neste ano
de 2019 a vinícola Sal-
ton comemora 109 anos
de existência.
BE ADEG
LU A
C
SILVER
EMILIANA CABERNET SAUVIGNON 2016 | AD 88 pts
Emiliana / La Pastina (R$ 48)
REGIÃO/PAÍS: Vale Central, Chile
AD
Tinto elaborado exclusivamente a partir de Tannat, sem passagem por
88 pts
madeira. Carnudo e de médio corpo, mostra ameixas e amoras escoltadas
por notas florais, de ervas e de especiarias doces, que também aparecem
PQRCNCVQ6GOIQUVQUCCEKFG\VCPKPQUFGDQCVGZVWTCGƒPCNCITCFȄXGNSWG
exige um bom naco de carne grelhada. Álcool 12,5%. EM
DA FRANÇA
AD
Apesar de ser
88
AD
considerada a uva
88pts
pts emblemática do
Uruguai, a Tannat
é historicamente
plantada em Madiran,
no sudoeste da França.
BIO
Fundada em 1986 por Rafael e
José Guilisasti, a Viña Emiliana
é adepta da cultura orgânica
e biodinâmica e conta com a
consultoria do enólogo Álvaro
Espinoza, um dos maiores conhe-
cedores dessas culturas no Chile.
BE ADEG
LU A
C
BRANCO
ESPORÃO 2 CASTAS 2017
| AD 90 pts AD
Esporão / Qualimpor (R$ 112)
REGIÃO/PAÍS: Alentejo, Portugal
89
pts
A verdade é que
ninguém realmente se
importa com as lágrimas
numa taça de vinho
Renée Ary, enóloga