Sem Nome - Capítulo 1
Sem Nome - Capítulo 1
Sem Nome - Capítulo 1
Depois do café voltei ao carro. Amantes tendem a sair apenas na manhã seguinte do
motel ou apartamento em questão. As fotos foram tiradas como provas para o contratando,
além de vídeos, áudios e qualquer outra coisa que pudesse comprovar a traição.
“Óbvio, Claro” - ele gaguejava pegando o envelope para me entregar. Sem muito enrolar,
Gostaria de ter ficado para para ver sua reação ao saber que seu noivo o traía com uma
mulher diferente todos os dias, em qualquer horário. Bom, de qualquer modo eu não sou pago
para isso.
Voltando para a casa sou recebido por duas crianças que gritavam em minha direção,
seguido de um grito de desaprovação da mulher parada na porta. Peguei meus filhos no colo e
cumprimentei com um beijo. Jantamos pizza, nem eu nem minha esposa conseguimos negar
pedido das crianças; pouco tempo depois já estávamos todos na cama. Depois de alguém
Escutei um barulho de longe aumentar aos poucos, abri os olhos sonolento tentando
entender o que era aquele barulho, o barulho aumentou e identifiquei. Minha filha.
Seus olhos escorrendo ao gritar ‘papai’. Me levantei olhando ao redor do quarto e vi minha
esposa amarrada com uma faca em seu pescoço, em seu olhar de súplica para não fazer nada.
Eu estava em pânico e paralisado, ao me virar senti meu corpo ser arremessado contra a
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“Eu disse que voltaria” - o homem disse rindo olhando os outros ao seu redor. “Era
melhor você ter ficado calado pra polícia” - o homem sorrindo, encostou o cano frio em
minha costela.
Foi a última coisa que escrevi antes de fechar o velho notebook e seguir em direção ao
sofá cama.
Caminhando sacudindo a cabeça em negação por escrever mais uma história que jamais
seria lida.
Deitei-me na cama encostada na parede do quarto, sala ou seja lá o que isso for. Uma sala
mofada em um prédio velho. Sim, eu sou o clichê óbvio que todos já viram alguma vez na
vida e para ser mais clichê, o aluguei estava atrasado. Ridículo! Eu me tornei o clichê que
sempre repudiei. Haviam se passado dois dias desde a última vez que comi algo, e a dor
estava começando a me incomodar. Diferente do que deve estar pensando eu não trabalho em
um café, nem em alguma loja com o chefe grosseiro que “eu terei que aguentar para não me
sustentar com o dinheiro dos meus pais, pois queria ser independente” ha ha, boa sorte
Mesmo com duas faculdades, sendo fluente em quatro línguas e com diplomas
acadêmicos adicionais tudo parecia fácil, até a entrega da documentação. Sempre que
desculpa clichê. “Retornaremos assim que possível” “Você não é o perfil da empresa”
“Estava vaga já foi preenchida” posso disser que essa foi a parte fácil da minha vida. Avance
alguns anos e aqui estou. Observando o teto. Nada de interessante, não vai sair uma frase que
Parei para pensar o que eu estaria fazendo se fosse rico. Bom, não acho que vou
descobrir.
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Há esse ponto do dia eu já estava precisando de um banho. Para minha imensa alegria,
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Esse frase sequer faz sentido. Eu sou um cara, chupando o pau de outro cara que me
chamou de “viadinho”. Tudo bem, ao menos estou sendo pago para ser um viadinho.
Eu tentava não pensar enquanto estava ali sendo um viadinho com o velho repugnante.
Isso nem de longe era o que pensei para minha vida mas aqui estou eu, agora em um beco
escuro metendo em um cara casado que se apoiava no lixo. O cara tinha uma esposa e dois
filhos, ainda sim vinha várias vezes durante a semana. Sempre pagava o dobro se o deixasse
chupar meu pau. Eu já reconhecia e conhecia os frequentadores daquele beco. Quase sempre
homens casados que queriam se fudidos ou só chupar um pau. Engravatados que pagavam a
diária por meia hora. Sempre havia uns encrenqueiros bebados. Fetichistas que me levavam a
motéis caros pra os amarrar ou urinar em seus corpos. Trabalho é trabalho, certo ? E esses
eram o que pagavam melhor, e a única coisa que eu tinha que fazer era mandar neles.
Você já deve ter entendido que sou um garoto de programa. No começo eu recusei mas
eu precisava comer.