Trabalho de Psicologia Da Aprendizagem - 051018
Trabalho de Psicologia Da Aprendizagem - 051018
Trabalho de Psicologia Da Aprendizagem - 051018
(Licenciatura em Agro-pecuária)
Universidade Rovuma
Extensão de Niassa
2023
Fiel de Marcos João
(Licenciatura em Agro-pecuária)
Universidade Rovuma
Extensão de Niassa
2023
Índice
1. Introdução............................................................................................................................ 4
5. Conclusão .......................................................................................................................... 18
6. Bibliografia........................................................................................................................ 19
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1. Introdução
A aprendizagem sempre foi tema que despertou curiosidade, discussão e estudo no decorrer
da história, por isso, desde a Idade Antiga houvera tentativas de relacionar o cérebro à
actividade da mente. Grandes pensadores (filósofos, matemáticos etc.) como Pitágoras,
Aristóteles, Sócrates, Platão e outros desenvolveram várias teorias importantes sobre a mente
humana e o processo de aprendizagem.
Este autor explica o triângulo pedagógico fazendo referência às três possíveis relações entre
seus elementos:
Houssaye (2000) argumenta ainda que na aresta “ensinar”, aresta sumativa, são trabalhadas as
teorias, as orientações e a pedagogia do programa. Na aresta “formar”, aresta formativa, são
trabalhados o ambiente e a transmissão de valores e na aresta “aprender”, aresta cognitiva, são
trabalhados a metacognição, os conflitos sociocognitivos, a situação problema, a Zona de
Desenvolvimento Proximal (ZDP) e a explicitação. Estudar o processo ensino-aprendizagem é
sem dúvida estudar todas estas relações entre os elementos do triângulo pedagógico, de
maneira a considerar as particularidades de cada elemento e de cada relação.
Com esta definição, Houssaye (2000) faz referência ao processo de mediação, onde a relação
“ensinar” é realizada pelo professor, que busca integrar o aluno, que foi excluído no processo
“formar”. A mediação passa pelo elemento “saber” e pela relação “aprender”. O educador é
um organizador e deve garantir a situação de aprendizagem, o que quer dizer que ele é o
mestre das técnicas de aprendizagem.
O triângulo a seguir faz referência ao triângulo didáctico que Régnier (2000) elabora para
demonstrar que no processo de ensino, é necessário um constante equilíbrio entre as
concepções pedagógicas e didácticas.
Isso significa que o desequilíbrio entre as antigas e as novas representações é importante para
o processo de aprendizagem. Este desequilíbrio provoca conflitos no aprendiz, que vai buscar
resolvê-los para encontrar o equilíbrio, ou seja, a acomodação de um novo esquema.
Bak (2002) ressalta que a origem das dificuldades de aprendizagem nas crianças pode estar
relacionada com diversos aspectos como: aspectos cognitivos (raciocínios e sistemas de
compensação); aspectos biofisiológicos (neurológicos, físicos); aspectos afectivos
(experiências, traumas) ou aspectos sociais (familiares, escolares, de relacionamento) e ainda,
estes aspectos podem se acumular uns com os outros. Todos estes aspectos influenciam na
aprendizagem e mediá-los faz parte do papel do mediador.
A autonomia é aqui considerada como uma aquisição que acontece através da experiência
individual e que aquele que orienta, o mediador, tem uma importante função neste processo.
Régnier (2000) argumenta:
2.4.O Professor
O elemento “professor” no triângulo pedagógico é o educador, o formador, o mediador.
Para Bruner (1983), o interlocutor é o mediador, o que tem a capacidade de criar estruturas de
ordem superior, que efectivamente substituem e dão mais poder às estruturas conceituais já
adquiridas, conduzindo a aprendizagens superiores. Estas aprendizagens superiores permitem
um grau de liberdade superior à interpretação das coisas do ambiente e o controle da acção.
Para Vygotski (1987), os mediadores podem ser adultos, crianças ou mesmo o ambiente. Ele é
considerado como tal se ele é capaz de oferecer qualquer estímulo que o aprendiz possa
elaborar a partir da experiência, construindo novos conhecimentos e novos conceitos.
Segundo este autor, enquanto sujeito de conhecimento, o homem não tem acesso directo aos
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objectos, mas sim um acesso mediado, através de recortes do real, operados pelos sistemas
simbólicos que ele possui.
Na teoria dos campos conceituais de Libaneo (1997), o mediador é quem tem o trabalho de
escolher as situações, clarear os objectivos, contribuir para a organização, fazer surgir os
conceitos/teoremas e facilitar as inferências em uma determinada situação. Em outros termos,
é quem ajuda o aprendiz a desenvolver seu repertório de esquemas e de representações, o que
pode ocorrer por meio de uma actividade, pelo controle do comportamento, por inferências ou
por conceitualização.
3.1.Selecção de conteúdo
A selecção dos conteúdos está vinculada, directamente, a determinação de quais são
considerados mais importantes e significativos para serem escolhidos e trabalhados numa
determinada realidade e época, em função dos objectivos propostos.
Para isto, devemos estar atentos para escolher conteúdos que sejam:
2. Carácter científico
3. Carácter sistemático
4. Relevância social
5. Acessibilidade e solidez
Em outras abordagens, o processo de selecção dos conteúdos recorre-se aos critérios de:
validade, flexibilidade, significação, possibilidade de elaboração pessoal e utilidade.
Validade
Flexibilidade
O critério da flexibilidade diz respeito as alterações que se podem realizar em relaçao aos
conteúdos seleccionados ao trabalho a ser realizado. A escolha deve ser feita de tal modo que
possibilite a cada professor fazer modificações, adaptações, renovações ou enriquecimento, a
fim de atender necessidades próprias da classe, de cada aluno do próprio conteúdo e da
realidade imediata.
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Significação
Utilidade
Existem aspectos que devem ser considerados na organização sequencial de conteúdos. Entre
outros destacam-se:
Continuidade: Propicia a articulação entre os conteúdos, de tal forma que estes irão se
completar e integrar na medida em que for se desenvolvendo o trabalho. A continuidade deve
atender o crescimento, à maturidade e aos interesses do aluno.
Integração com a própria disciplina, para que o educando seja levado a aprender os aspectos
básicos e estruturais do que esteja sendo tratado, dando unidade ao mesmo, o que facilita a
compreensão do todo, e o processo de transferência;
Integração com área ou disciplina: fins, que enriquece o que esteja sendo tratado e facilita a
transferência da aprendizagem;
Integração com as demais áreas ou disciplinas, que torna mais significativos ainda oque esteja
sendo tratado e mais estimula a transferência da aprendizagem, ajudando a perceber todos os
conhecimentos como interdependentes regidos pelos princípios lógicos.
Interacção com a realidade, com o meio em que se vive e com oque no mesmo se passa a fim
de despertar para o sentido da funcionalidade e pragmaticidade dos acontecimentos, de ajuda
ao homem para que possa viver melhor, a fim de tornar a vida mais digna, mais elevada e
mais espiritual.
A palavra motivo vem do latim movere que significa “mover”. As acções humanas
caracterizam-se por serem guiadas por motivos e, por isso, serem conscientes. Porém, não se
pretende afirmar que todos os actos humanos sejam conscientes.
Exemplo: O aluno que estuda com motivação é pontual, faz perguntas, é voluntário para
realizar tarefas, faz os trabalhos de casa, revê diariamente a matéria, coloca dúvidas ao
professor e colegas.
Exemplo: O professor motiva os alunos quando, ao introduzir uma nova matéria, começa por
explicar a importância da matéria a ser tratada e, ao longo do tratamento da matéria, coloca
perguntas aos alunos de modo a partir das suas experiências na caracterização do novo
assunto.
As teorias behavioristas explicam a motivação como sendo provocada pelo reforço. O reforço
positivo, as recompensas, a aprovação, o elogio na solução correcta das tarefas, a estimulação
dos alunos que erram através de encorajamento e acompanhamento na solução de tarefas,
enfim, a criação de vivências positivas no processo de ensino-aprendizagem na escola, bem
como a aprovação, o elogio e encorajamento da criança e do jovem pelos pais e encarregados
de educação são condições de motivação para a aprendizagem.
Exemplo: A aluna do Ensino Secundário que estuda com persistência Matemática, Física,
Química e Biologia e obtém boas notas porque quer seguir o ramo de Medicina como futura
profissão.
Deste modo, Bruner (1998) destaca a motivação intrínseca, isto é, a vontade de aprender
como condição principal que predispõe o indivíduo a aprender. Observe-se que a criança pré-
escolar também é motivada pelo prazer do jogo, pelas vivências positivas das actividades tais
como canto, dança, histórias, dramatização e ainda as características exteriores dos objectos, a
cor, o tamanho e a forma.
Quando a criança ingressa na escola aos 6 anos possui uma grande vontade de aprender a ler,
escrever e contar. As vivências positivas de êxitos na escola também são determinantes para a
motivação da criança para a aprendizagem. Referimo-nos ao reforço positivo do aluno, por
parte do professor, na realização de suas actividades escolares nas diferentes disciplinas, a
consideração de suas particularidades individuais através de um acompanhamento e
orientação do aluno em suas dificuldades individuais. O aluno também estuda para agradar
aos pais. Ao longo do Ensino Primário a criança vai aprender a gostar das disciplinas, de
acordo com suas vivências de êxitos e fracassos.
Apresentação da utilidade das disciplinas que o professor lecciona, bem como de cada
conteúdo;
Apresentação dos conteúdos de forma compreensível, promovendo uma aprendizagem
significativa e pela descoberta;
Apresentação dos conteúdos através de acções e análise de imagens sempre que os
alunos não possuírem experiências anteriores sobre o conteúdo a ser tratado;
Uso de tecnologias educativas que permitam uma análise e uma síntese e ilustração
compreensível dos conteúdos a serem aprendidos.
feitas para avaliar o alcance dos objectivos. Serão dadas tarefas a serem resolvidas em casa e a
serem corrigidas na aula seguinte. (Sprinthall, 1993)
5. Conclusão
Este trabalho partiu da análise de cada um dos elementos educador-aluno-conteúdo e suas
interacções no processo de ensino-aprendizagem. Verificou-se que a escolha dos conteúdos
não é de forma aleatória e que existentes vários procedimentos que são seguidos para se
escolher um dai tema para um grupo de alunos e assim o tema é inserido no processo de
ensino e aprendizagem.
6. Bibliografia
Bak, F. (2002). Rôle de Chacun auprès de l'Enfant présentant des Troubles d'Apprentissage.
Régnier, S. (2000). Planejamento de Ensino e Avaliação. (11 ed.). Sagra: Editora Sagra.