Aulas Psicologia
Aulas Psicologia
Aulas Psicologia
1º Semestre
(Aulas)
Diogo Pereira
ESEL
(14/10/2021)
Teorias da Psicologia do Desenvolvimento e Respetivos métodos
Teorias Psicanalíticas:
- Consciente
- Pré-Consciente
- Ego
- Superego
- ID
- Inconsciente
Psicologia Educacional
Junto das crianças, dos pais e dos educadores
Psicologia Organizacional
Melhoria da satisfação com o trabalho dos patrões e dos empregados
Estudo e promoção dos fatores que motivam a produtividade
Seleção pessoal
Planeamento e supervisão de programas de formação contínua (ex: adaptação
a novas tecnologias)
Psicologia na Saúde
Área disciplinar da Psicologia nos domínios da saúde e da doença.
- Conhecimentos provenientes das áreas educacionais, científicas e profissionais da
psicologia (ensinar alguém a mudar hábitos de alimentação p.e)
- Propósito:
Stress
Do Latim:
Distringere – “esticar para além”, do qual surge o termo “distress”. ~
Stress- Tensão
Distress - tensão extrema
Na física:
Designa “tensão” e “desgaste” a que os materiais estão sujeitos
Na Psicologia:
Estado resultante da perceção do indivíduo como não tendo capacidade de resposta
para corresponder às exigências de uma situação. (lazarus, 1993)
Resiliência
Tipo de flexibilidade ou plasticidade
“… constitui uma qualidade elástica, que envolve a capacidade de distender sobre o
efeito de stress e depois voltar ao normal” … (Garmezy, 1993)
“ A resiliência é a capacidade que as pessoas têm para suportar, superar e,
possivelmente, sair “superiores” de experiências de adversidade”. (Grotberg, 1997)
Depende de fatores:
Individuais
(ex: Capacidade reflexão, competências
Cognitivas, emocionais, sociais)
Fatores de Proteção
Comunitários
Familiares (ex: sistemas de suporte no
(Ex: Relacões afetivas e de bairro, na escola, na comunidade,
Suporte, coesão familiar) envolve professores, profissionais
de saúde, vizinhos, etc.
Fatores de Stress:
Acontecimentos:
Traumáticos:
Circunstâncias graves, exemplos:
- Ameaça de morte
- Espancamento
- Vítima de incendio
Significativos de vida:
Alterações marcantes, exemplos:
- Separação ou divórcio;
- Saída de um filho de casa;
- Morte de um cônjuge ou de um familiar chegado.
Crónicos:
Problemas associados ao desempenho de tarefas e das atividades diárias, exemplo:
- Ter frequentemente tarefas a realizar com um prazo limite;
- Excessivo número de solicitações para responder ao mesmo tempo;
- Conflitos com cônjuge ou com colegas de trabalho.
Micro:
Pequenos acontecimentos do dia a dia com o efeito cumulativo perturbador, exemplo:
- Trânsito lento
- Exposição ao fumo quando não se é fumador
- Vizinhos incomodativos
- Conversas inevitáveis com amigos maçadores
Macro
Características da organização e do funcionamento social, exemplos:
- Períodos económicos de recessão;
- Prevalência elevada de desemprego;
- Impostos elevados.
SITUAÇÃO
Fatores psicológicos
Avaliação que a pessoa faz da Situação (av. Primária) – “Estou metido em algum
problema?”
Ameaça – Tudo aquilo que pode trazer algum perigoso ou desagradável à minha
integridade física. Ex: Vergonha, imagem de incompetência.
(28/10/2021)
Perda – Quando o individuo considera que a situação lhe vai trazer a perda de algo
importante. Ex: Divórcio, desemprego etc.
Desafio – Quando um indivíduo considera que a situação é difícil, exigente, mas que
pode ser ultrapassada e trazer-lhe algo de bom. Traz-nos exigências e dificuldades,
mas no fim traz nos algo de bom. Ex: muito esforço no trabalho leva a uma promoção,
muitas horas de estudo para ter boa nota.
Competências percecionadas pela pessoa para lidar com a situação ameaçadora (Av.
Secundária) – “Posso fazer alguma coisa para resolver o problema?”
Estado Físico – Estado em que um individuo se encontra para ultrapassar essa situação
que confronta
Apoio Social – Apoio que nos é dado durante toda a ação, seja por amigos, familiares,
etc.
Distress (stress negativo) – O stress ocorre apenas quando a pessoa percebe que um
acontecimento/exigência externo/a excede a sua capacidade (p.e. os seus recursos
pessoas e sociais) para lidar com essa situação, constituindo por isso uma ameaça para
o próprio, prejudicando o seu bem-estar.
Estratégias de Coping
Estratégias para confrontar/lidar com o stress: “O confronto representa a mudança
constante dos esforços cognitivos e comportamentais para gerir exigências especificas,
internas e/ou externas, avaliadas como pondo à prova ou excedendo os recursos da
pessoa.”
Pensamentos, sentimentos e ações que a pessoa utiliza para dominar, reduzir ou
suportar as exigências da situação de stress:
1. Centrada na situação de stress;
2. Centrada na emoção (despoletada pela situação de stress);
Teorias Psicológicas:
T. Comportamentalistas:
Tese central – O comportamento situa-se na interação do sujeito com o ambiente: é a
patologia da aprendizagem
Origens – Reflexologia de Ivan Pavlov e Condutismo de John Watson (Estímulo p/
Resposta)
Aplicação clínica – Fobias, obsessões, disfunções sexuais.
T. Psicanalíticas
Tese Central – Os fenómenos psicológicos são determinados por conflitos internos
inconscientes
Origens – Teoria psicanalítica de Sigmund Freud
Aplicações – Neuroses, psicoses, perturbações da personalidade.
T. Cognitivista
Tese Central:
- Entre o estimulo e a resposta existem processos psicológicos complexos de natureza
cognitiva e intencional que determinam o comportamento
- Condutismo intencionista de Edward Tolman (em resposta/oposição ao
comportamentalismo redutor de J. Watson)
Aplicações Clínicas – Estados de ansiedade, depressão (cognições catastróficas)
O que é a Psicodinâmica?
A psicologia dinâmica ou psicodinâmica é a observação e a compreensão da
especificidade de cada ser humano ao mesmo de cada ser vivo, de estar em conflito
com o mundo, com os outros ou com ele próprio.
Psicologia Clínica dinâmica
Será, antes de mais, um estudo do homem preocupado em resolver os seus
conflitos. Mais precisamente: a psicologia clinica dinâmica, privilegia manifestamente
o sentido intimo em relação ao comportamento e à cognição. Interessa-se
prioritariamente pela interioridade dos sujeitos e sobretudo pelos conflitos
conscientes e inconscientes que nela se enrolem, e isto desde o nascimento .
Pré-consciente
Instintos:
Freud reabilitou os instintos na psicologia humana
Coordenados por filósofos e muralistas, que os consideravam como a união
entre o homem e a animalidade
A civilização só podia ser obtida pelo combate sem tréguas aos instintos,
verdadeiros, espíritos animais
Freud atribuiu ao instinto o lugar exato a que pertencia na psicologia, como
constituindo a base sobre a qual se constitui a afetividade
A vida social do homem exige que a força primordial dos instintos seja dirigida
para fins sociais, a civilização tem de se opor à livre expansão dos instintos, e
não os suprimir irrefletidamente como pretendiam moralistas, religiosos ou
leigos. Devem ser utilizados em nosso proveito, um pouco como quem represa
um curso de água a fim de acionar uma turbina.
Transformações do instinto
De todas as transformações capazes de modificar o destino das pulsões as mais
essenciais são o recalcamento e a sublimação
Desde a alvorada da civilização que a humanidade se encontra perante um problema
mais temível que o enigma que a Esfinge outrora colocava aos viajantes, e que pode
ser resumido:
Os instintos são o reservatório das energias biológicas e psíquicas do homem e, entre
eles, a libido ocupam um lugar considerável do ponto de vista energético; mas, por
outro lado, a livre expressão da maior parte dos instintos revela-se incompatível com a
vida social.
Conhecendo estas duas noções, como pode o Homem agir?
(04/11/2021)
A Relação Mãe-Bebé
Importância da relação precoce no desenvolvimento psicológico:
O contributo dos estudos etológicos na compreensão do comportamento humano
Os bebés humanos têm mito em comum com os de outras espécies: ficam aflitos com
a ausência da mãe, querem estar perto dela, ter uma base de segurança para onde
correr de volta se encontrarem perigos incontornáveis, e poderem confortar-se
quando não estão bem.
Harlow
Até então, segundo Freud, o bebé pouco mais era do que uma boca que se afeiçoava à
pessoa que o amamentava (estádio oral)
Harlow vem demonstrar que o amor do bebé à mãe está para lá da satisfação das
necessidades básicas (como o alívio da fome, da sede e da dor).
Salienta a importância do conforto do contacto para a sensação de segurança na cria:
Aproxima-se da mãe felpuda, e nunca da sua mãe de arame, que lhe dava
alimento, quando em perigo;
Utiliza a mãe felpuda como base para iniciar a exploração do meio.
Mãe Felpuda – Necessidade de contacto e de proteção. Aquela que aconchega e dá
segurança. A necessidade de pele com pele, do contacto físico.
Lorenz
A cria tem a capacidade inata para se aproximar e seguir o 1º estímulo preceptivo
(geralmente a mãe), ficando ligada a ele – impriting ou cunhagem
Este processo ocorre durante um período crítico do inicio da vida do animal, de
modo que a proximidade da figura de vinculação fornece conforto e segurança,
ao passo que o seu afastamento causa angustia;
Ao assegurar a proximidade com a mãe, a cria assegura a sua alimentação e
proteção, mas também aprende os comportamentos dos elementos da sua
espécie.
Vinculação
Geralmente existe um cuidador principal (geralmente a mãe) que se torna a figura de
vinculação para um bebé, dependendo:
Do tempo despendido nos cuidados ao mesmo;
Da qualidade dos cuidados prestados;
Do investimento emocional;
A sua presença repetida na vida do bebé.
Entre os 6-8 meses o bebé começa a diferenciar a mãe das outras pessoas, chorando e
inquietando-se quando a vê partir.
À medida que a criança cresce, vai confiando que a mãe estará presente quando dela
precisar, o que permite aceitar separações cada vez mais longas.
Este conhecimento emocional proporciona uma confiança básica que constitui o
primeiro vínculo humano, que permitirá à criança tornar-se independente da mãe e
que servirá de apoio à constituição de posteriores relações com os outros.
Bowbly
A causa básica da vinculação é o medo inato do desconhecido que leva as crias
a fazerem tudo o que podem para se manterem junto de algum objeto
(geralmente a mãe) que se lhes tornou familiar.
O bebé tem competências inatas que lhe permitem manter a proximidade com
a mãe: sorrir, chorar / agarrar, chuchar e seguir
…e estabelecer com ela uma relação de vinculação.
Ainsworth
Estudo de uma situação estranha:
- A criança é introduzida com a mãe numa sala desconhecida, onde há muitos
brinquedos parra explorar e brincar, enquanto a mãe está presente.
- Entra 1 estranho, interage com a mãe e aproxima-se da criança
- A mãe sai, separando-se do bebe
- Nesta situação geradora de insegurança, é possível observar os comportamentos do
bebe aquando a saída e, posteriormente, no regresso da mãe e tirar conclusões
-Permite medir objetivamente as estratégias e as dificuldades relacionais da criança,
em função do contexto, isto é, da história da segurança do bebé de que a sua mãe tem
sido o garante consistente das suas necessidades básicas.
Segura:
Enquanto a mãe está presente, estas crianças exploram, brincando com os
brinquedos e até se aproximam cautelosamente do estranho;
Mostram alguma perturbação quando a mãe sai;
Saúdam com grande entusiasmo o regresso da mãe
Organização interna constituída por conhecimentos e expectativas positivas:
-Relativas à disponibilidade e responsividade da figura de vinculação
-Do self como merecedor de atenção e de afeto, e como competente para se
confrontar com o mundo.
Ambivalente (não sabe bem se gosta ou se não gosta)
Enquanto a mãe está presente estas crianças não exploram a sala
Ficam extremamente angustiadas e em pânico quando a mãe sai
Reagem com ambivalência emocional no momento do regresso da mãe –
correndo para ela para serem pegadas ao colo e lutando com raiva, depois,
para voltarem ao chão.
Evitante
Enquanto a mãe está presente, estas crianças mantêm-se distantes e afastadas
delas;
Mostram pouca perturbação quando a mãe sai
Ignoram o regresso da mãe
Resultados idênticos foram obtidos com os pais.
Brazelton
Se por um lado a criança busca ser protegida, por outro, a mãe tenta
proporcionar proteção através de um sistema de prestação de cuidados.
Este sistema é ativado nas figuras parentais sempre que percecionam as
situações como ameaçadoras (ex. sinais verbais e não-verbais de desconforto,
como a expressão de dor), perigosas (ex. queda) ou stressantes (ex. separação)
para criança.
Uma vez ativado o sistema de prestação de cuidados, a mãe manifesta um
conjunto de comportamentos direcionados para o bebé:
-- restabelecer ou manter a proximidade (ex. olhar, chamar o bebé, segui-lo, agarra-lo)
-- Paciência
-- Sustento (suporte) (… O bolding de Winnicott)
-- Manejo (… o banding de Winnicott)
-- Interpretação dos sinais para poder dar-lhes uma resposta satisfatória
-- Interação, nomeadamente através dos objetivos, que lhe permite o
desenvolvimento de perceção do mundo.
Os comportamentos do sistema de prestação de cuidados visam manter uma
relação de proximidade com o bebé, para responder às necessidades, protege-
lo e estabelecer uma relação de segurança.
Uma vinculação segura pressupõe que a figura adulta seja capaz de percecionar
e avaliar adequadamente os sinais da criança, para saber quando precisa de
protege-la; bem como ser capaz de lhes responder de modo rápido – bem
como saber parar quando a sua intervenção já não se justifica.
Pelo contrário, quando existe um bloqueio nas capacidades das figuras
paternais para proteger o bebé, espoleta sentimentos de raiva, zanga, tristeza
ou ansiedade nos adultos.
Os comportamentos do sistema de prestação de cuidados desativam-se
quando as figuras paternais se sentem satisfeitas pela proximidade física da
criança e pelos sinais do que está confortada, contente ou satisfeita (sorriso e
responsividade positiva).
A regulação emocional começa assim por ser relacional entre a mãe e o bebé,
para progressivamente se tornar numa capacidade individual do bebé:
regulação da emoção pelo self/ autorregulação.
O sentido de segurança do self, que se reflete na capacidade de autorregulação
emocional, envolve num sentido fundamental dos outros como afetuosos e
portadores de carinho do self como merecedor de afeto e capaz de gerar afeto e do
mundo como seguro, mas desafiador.
(05/11/2021)
Trabalho de grupo:
Entrevista a uma pessoa de uma certa faixa etária.
1º tema – Criança
2 grupos, 1- 1 criança entre os 4-5 anos, 2- 1 criança entre os 8-9 anos
2º tema – Adolescente
2 grupos, 1- 1 adolescente 12-13 anos, 2- 1 adolescente 18-19 anos
3º tema – Adulto
2 grupos, 1- 30 anos, 2- 40-45 anos
4º tema – Idoso
3 grupos, 1- 65 anos 2- 80 anos
O trabalho vai ter de ser uma entrevista, gravada e para passar na aula.
Ter cuidado com o ruido de fundo. Vamos ter um papel que comprova que não vamos
usar o vídeo para mais nada que não a apresentação. Vamos ter um guião facultado
para a fase do desenvolvimento.
Orientador – Graça Vinagre
(18/11/2021)
Social
Egocentrismo:
A criança é o centro do universo
O seu ponto de vista é o único possível, porque tem a noção que as outras
pessoas podem ter outra perspetiva (Ex.: Prova da montanha, Piaget)
“Estou com sede, quero beber (não me importa que o médico tenha me duto que
não o posso fazer)”
“Preciso que a enfermeira fique ao pé de mim (não considero que tenha mais
meninos para tratar)”
Comportamentos do próprio como causa dos acontecimentos
“Eu pensei mal do meu irmão. O meu irmão ficou doente. Logo, eu fiz o meu irmão
ficar doente”
Nota: O egocentrismo é característico de todo o período pré-operatório, apesar de ser
mais intenso dos 2 aos 4 anos.
“Não sei bem como ficavas com varicela… já sei… um dia a mariana (irmã)
tinha varicela, só me estavas a tocar, a tocar, a tocar fiquei com varicela! Ela
só me toca com os dedos!”
Estádio Seguinte
Pais
Inicio da autocrítica
(A criança preocupa-se com a moralidade ou aceitabilidade dos seus comportamentos)
(19/11/2021)
Meses
Inteligência totalmente prática: Piaget
Criança
2ª Idade
Críticas, repreensões e Encorajamento, controlo
Autonomia VS Dúvida e
punições firme e tranquilizado
Vergonha (18 meses a 3
anos) Polo Negativo Polo Positivo
(duvida e vergonha) (Autonomia)
Se a criança falha No autocontrolo de algumas
muitas vezes nas funções orgânicas;
atividades Domínio da coordenação
motora;
Capacidade de manipulação
de objetos.
(25/11/2021)
7-11 anos – Crise de realização VS inferioridade (Erickson)
Criança
O fracasso persiste no
desenvolvimento destas Conflitos mal resolvidos
competências
Conflitos mal resolvidos:
Sentimentos de inadequação ou inferioridade, quando, ao sentir que não consegue
realizar algo de forma produtiva, a criança se desencoraja para realizar os trabalhos e
competir com os seus colegas em importantes áreas de desempenho.
Tarefa desenvolvimentista dos 6-11 anos:
Adolescência e Adolescentes
Confronto com as mudanças – período de oportunidade e riscos
Adolescência – adolescere: crescer, fortalecer…
O 1º estudo sistemático sobre a adolescência, no domínio da psicologia, data 1904
com Stanley Hall
Adolescência como um período de “Storm and stress”
“… a criança é expulsa do seu paraíso e tem de dar inicio a uma longa e penosa
caminhada de ascensão…” (Hall, 1904)
Nesta fase, predominam vivencias de tempestade e tensão, bem como momentos de
turbulência e incerteza…
Mas será a adolescência um período de crise, de turbulência e obrigatoriamente
problemático?
Existem múltiplas definições de adolescência e seus limites (dos 10/11 anos aos…)
São incluídos diferentes períodos com várias designações
Para a OMS:
(10/12/2021)
Raciocínio abstrato
- Não se trata só do que +e (como a criança que tenta compreender o mundo tal como
ele é), mas também o que poderia ser. Ex: “O que pode acontecer se…?”
Raciocínio Hipotético-Dedutivo
Pensamento que pode imaginar possibilidades, testar hipóteses e construir teorias…
Pensamento formal de Piaget:
Os adolescentes são capazes de pensar sobre: pensamentos, palavras, ideias, conceitos
e hipóteses e conseguem fazê-lo em relação a uma vasta gama de fenómenos, que vão
desde aspetos do mundo físico a conceitos reais e ideais do eu.
Conjunto mais extenso de conhecimentos. Capacidade mais rápida e automática na
resolução de problemas.
Nesta perspetiva, o egocentrismo leva os adolescentes a pensar que são o centro das
atenções dos outros, ainda que eles estejam concentrados numa variedade de tarefas
ou em outros indivíduos.
Talvez porque o adolescente acredita ser importante para tantas pessoas …
…. Esta centração excessiva em si próprio conduz à construção da:
Fábula pessoal
Sentimento de singularidade – Crença de que é único e especial, uma exceção à regra,
não estando submetido ao sistema ou às regras que orientam a sociedade, com
sentimentos, crenças e ideias que os outros não têm e não podem compreender.
“O adolescente elabora uma narrativa pessoal, contando uma história a si próprio e
aos outros que não corresponde à verdade”.
“Relaciona-se co uma crença muito enraizada que o indivíduo possui, segundo a qual,
ele é único - a ideia de que mais ninguém no mundo consegue compreender a forma
como ele se sente”
Possível explicação do motivo pelo qual os adolescentes correm riscos apesar de terem
informação sobre as consequências de tais comportamentos.
“não vai acontecer comigo” é um tema recorrente da fábula pessoal….
Teoria Psicosexual Freud
Para Freud, o desenvolvimento da personalidade processa-se numa sequência de
estádios psicossexuais que decorrem desde o nascimento até à adolescência: estádio
oral, anal….
- Face genital (a partir da puberdade – 10/11 anos…)
Primazia da zona genital – zona erógena dominante
Na adolescência, em virtude da maturação física e da produção de hormonas sexuais,
renascem os impulsos sexuais.
“A pulsão sexual essencialmente auto-eródica vai agora descobrir o objeto sexual”
A Sexualidade do Adolescente
» A sexualidade do adolescente engloba as emoções, os comportamentos e as atitudes
que estão associadas não apenas à capacidade de reprodução, mas também aos
padrões sociais e pessoais que acompanham as relações físicas íntimas, durante a vida
do indivíduo.
» O desenvolvimento da sexualidade envolve a aprendizagem de padrões de
comportamento e papéis que são esperados por parte dos dois sexos.
» A gravidez e a maternidade na adolescência.
» A vinculação e a maternidade.
(16/12/2021)
Jovem Adulto
Período mais longo da vida (dos 20 aos 35)
Dos 35 aos 65 já é considerado adulto
Desenvolvimento em vários domínios da vida
Mudanças mais graduais, com avanços e declínios
Relações Homossexuais:
Procura de amor, companheirismo e preenchimento sexual, semelhantes
às relações heterossexuais.
Tarefa: revelar abertamente a orientação homossexual
Processo lento e doloroso, ocorrendo em 4 etapas (King, 1996):
- Reconhecimento de ser homossexual:
Idade Variável
Experiência solitária, dolorosa e confusa
- Conhecer outras pessoas homossexuais e estabelecer relações
românticas e sexuais:
Idade adulta
Menor sentimento de isolamento; melhora a auto-imagem.
- Contar à família e aos amigos:
Possibilidade de desaprovação, rejeição e conflito
- Abertura total
Aceitação saudável da sexualidade como parte do que são
Fatores de Riscos:
Nível de relações intimas:
Insatisfação com relações de amor e/ou de amizade
Enfoque na carreira que leva a falta de tempo para relacionamento
“Eu neste momento acabo por ter pouco tempo do trabalho, e aquele
pouco tempo que tenho disponível, é para estar com a família. Daí não ter
grande relacionamento com grandes amigos” (Leandro, 33 anos)
Dificuldade em assumir e/ou experienciar a homossexualidade
Incapacidade de realizar as tarefas psicológicas do casamento
Divórcio
“Relações infelizes são piores que nenhuma”
-Por cada 100 casamentos registados em Portugal, há 70 pedidos de
divórcio.
- Motivos:
Mulheres financeiramente independentes;
Proteger as crianças das consequências dos conflitos parentais
contínuos;
“Decidi por fim ao meu casamento no dia em que houve uma briga tão
feia que o menino, que estava a brincar na sala, veio para o meio dos dois
por se ter apercebido que houve agressão física…”
- Consequências:
Sentimentos Negativos (Falhanço, culpa, hostilidade);
Sentimentos positivos (Alívio, esperança)
Pensamento desorganizado
Depressão
Mais doenças e mortalidade
Fatores de profissão:
-Casamento: Satisfação de necessidades fundamentais tais como:
Uma oportunidade para o crescimento pessoal
Intimidade
Afeto
Preenchimento sexual
Companheirismo
O êxito no casamento está intimamente associado à forma como os
cônjuges comunicam, tomam decisões e lidam com os conflitos.
-Amizades:
Baseadas em interesses e valores comuns
Entre pessoas do mesmo sexo