Contratos - Agrarios - Atividade - Azevedo
Contratos - Agrarios - Atividade - Azevedo
Contratos - Agrarios - Atividade - Azevedo
ESTUDO TÉCNICO
JANEIRO DE 2019
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO ................................................................................................... 4
1. O EXERCÍCIO DE ATIVIDADES ECONÔMICAS EM TERRAS
INDÍGENAS ....................................................................................................... 5
1.1. A FUNÇÃO DE UMA TERRA INDÍGENA ................................................. 5
1.2. A OCUPAÇÃO “TRADICIONAL” E O EXERCÍCIO DE ATIVIDADES
ECONÔMICAS ................................................................................................... 8
2. AS ATIVIDADES AGRÁRIAS DE LARGA ESCALA EM TERRAS
INDÍGENAS ..................................................................................................... 11
2.1. O ORDENAMENTO JURÍDICO VIGENTE: VISÃO GERAL ................... 11
2.2. OBSTÁCULOS AO EXERCÍCIO DAS ATIVIDADES AGRÁRIAS DE
LARGA ESCALA EM TERRAS INDÍGENAS.................................................... 13
a) Vedação ao uso de transgênicos: art. 1º, Lei nº 11.460/07 .................... 13
b) Dificuldades na obtenção do crédito rural .............................................. 14
3. A CELEBRAÇÃO DE CONTRATOS AGRÁRIOS PARA FINS DE
PRODUÇÃO EM TERRAS INDÍGENAS ......................................................... 16
4. AS ATIVIDADES AGRÁRIAS DE LARGA ESCALA EM TERRAS
INDÍGENAS: RISCOS E PRECAUÇÕES ........................................................ 21
4.1. AUMENTO DAS DIVERGÊNCIAS INTERNAS E MÁ DISTRIBUIÇÃO DOS
LUCROS .......................................................................................................... 22
4.2. AUMENTO DA PRESSÃO POR DEMARCAÇÕES EM DESRESPEITO À
CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988. ............................................................. 23
4.3. CUMPRIMENTO DO CÓDIGO FLORESTAL ......................................... 24
4.4. DESMATAMENTO ................................................................................. 25
5. CONCLUSÃO ........................................................................................ 29
INTRODUÇÃO
em http://www.fiocruz.br/omsambiental/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?infoid=289&sid=13, acesso
em 23/08/2016.
5 BLECHER, Bruno: Índios Paresi plantam soja em Mato Grosso. Globo Rural, 4/1/2019,
disponível em https://revistagloborural.globo.com/Noticias/Agricultura/noticia/2019/01/indigenas-
reivindicam-direito-de-plantar-graos-em-mato-grosso.html?fbclid=IwAR1uOpeB8eYeg-
CfFTm2OSkx32jm95OxfjjyKp_MsNqaRAnamnLFAnW5c6Q, acesso em 7/1/2019.
6 TAJRA, Alex: Ideia de Bolsonaro de explorar terras indígenas preocupa estudiosos. UOL,
entre indígenas e não indígenas para a exploração ilegal da madeira (MADEIRO, Carlos: PF
desmonta quadrilha formada por políticos, índios e policiais que cobrava por extração ilegal de
madeira no MA. Uol, 20/12/2012, disponível em https://noticias.uol.com.br/cotidiano/ultimas-
noticias/2012/12/20/pf-desmonta-quadrilha-formada-por-politicos-indios-e-policiais-que-
cobrava-por-extracao-ilegal-de-madeira-no-ma.htm?cmpid=copiaecola, acesso em 09/1/2019).
É verdade, não conseguimos checar os resultados da investigação. Mesmo assim, a notícia,
dentre tantas outras em sentido semelhante, é exemplificativa de que alguns indígenas, talvez
por necessidade, talvez por ganância, não têm adotado práticas harmônicas com o ambiente que
os circunda.
9 Para Relatora Especial das Nações Unidas Para os Povos Indígenas, “as florestas prosperam
quando os povos indígenas permanecem em suas terras e têm direitos legalmente reconhecidos
para gerenciá-las e protegê-las” (GONZALES, Amelia: Relatora da ONU prova, em estudo, que
indígenas são guardiões das florestas. GI, 18/7/2018, disponível em
https://g1.globo.com/natureza/blog/nova-etica-social/post/relatora-da-onu-prova-em-estudo-
que-indigenas-sao-guardioes-das-florestas.ghtml, acesso em 14/1/2019).
10 GOMES, Karina: Medidas sobre demarcações indígenas são racistas. BOL, 5/1/2019,
Disponível em https://www.bol.uol.com.br/noticias/2019/01/05/medidas-sobre-demarcacoes-
indigenas-sao-racistas-diz-relatora-da-onu.htm, acesso em 14/1/2019.
Artigo 3º
1. Os povos indígenas e tribais deverão gozar plenamente dos
direitos humanos e liberdades fundamentais, sem obstáculos
nem discriminação. As disposições desta Convenção serão
aplicadas sem discriminação aos homens e mulheres desses
povos. (...)
Artigo 7º
1. Os povos interessados deverão ter o direito de escolher suas
próprias prioridades no que diz respeito ao processo de
desenvolvimento, na medida em que ele afete as suas vidas,
crenças, instituições e bem-estar espiritual, bem como as terras
que ocupam ou utilizam de alguma forma, e de controlar, na
medida do possível, o seu próprio desenvolvimento econômico,
social e cultural. Além disso, esses povos deverão participar da
formulação, aplicação e avaliação dos planos e programas de
desenvolvimento nacional e regional suscetíveis de afetá-los
diretamente.
2. A melhoria das condições de vida e de trabalho e do nível de
saúde e educação dos povos interessados, com a sua
participação e cooperação, deverá ser prioritária nos planos de
desenvolvimento econômico global das regiões onde eles
moram. Os projetos especiais de desenvolvimento para essas
11 Estudo Publicado afirma que, em âmbito mundial, as áreas indígenas estão consideravelmente
mais preservadas que as não indígenas e que a criação de Unidades de Conservação tem
forçado os indígenas a permanecerem em espaços restritos, em prejuízo a eles e às florestas
(TAULI – CORPUZ, Victoria: Corned by Protected Areas. Disponível em
https://www.corneredbypas.com, acesso em 14/1/2019).
12 FERREIRA, Leandro Valle at al: O desmatamento na Amazônia e a importância das áreas
13BRITO, Adam Luiz Claudino de; BARBOSA, Erivaldo Moreira: A gestão ambiental das terras
indígenas e de seus recursos naturais: fundamentos jurídicos, limites e desafios. Veredas do
Direito, Belo Horizonte, v.12, n.24, p.97-123, Julho/Dezembro de 2015, p. 103.
14 “São terras tradicionalmente ocupadas pelos índios as por eles habitadas em caráter
permanente, as utilizadas para suas atividades produtivas, as imprescindíveis à preservação dos
recursos ambientais necessários a seu bem-estar e as necessárias a sua reprodução física e
cultural, segundo seus usos, costumes e tradições.”
15 BRASIL. Câmara dos Deputados. CPI Funai e Incra 2: Relatório Final, p. 265.
16 BRASIL. Câmara dos Deputados. CPI Funai e Incra 2: Relatório Final, p. 295.
17 NORONHA, Edgard Magalhães de: Direito Penal, Ed. Saraiva, 1971, Vol. IV, pág. 316.
18 BLECHER, Bruno: Índios Paresi plantam soja em Mato Grosso. Globo Rural, 4/1/2019,
disponível em https://revistagloborural.globo.com/Noticias/Agricultura/noticia/2019/01/indigenas-
reivindicam-direito-de-plantar-graos-em-mato-grosso.html?fbclid=IwAR1uOpeB8eYeg-
CfFTm2OSkx32jm95OxfjjyKp_MsNqaRAnamnLFAnW5c6Q, acesso em 7/1/2019.
19 TAJRA, Alex: Ideia de Bolsonaro de explorar terras indígenas preocupa estudiosos. UOL,
20 No âmbito privado, o princípio da legalidade determina que “ninguém será obrigado a fazer ou
deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei” (art. 5º, II, CF/88). Já no âmbito público, o
princípio determina que o administrador se atenha ao que determina a lei, deixando suas paixões
e vontades próprias de lado.
21 ANJOS, Ana Beatriz. Índio quer Soja. Uol, 3/4/2018, disponível em
https://www.uol/noticias/especiais/indio-quer-soja.htm, acesso em 3/1/2019.
22Observe que a Constituição Federal estabeleceu restrições expressas ao uso de uma Terra
Indígena, dentre as quais não se encontram as atividades agrícolas de larga escala (a título de
exemplo, arts. 231, §3º e 175, §1º, CF/88).
https://g1.globo.com/mt/mato-grosso/noticia/2018/11/11/indios-plantam-e-vendem-soja-ha-15-
anos-em-mt-com-mao-de-obra-propria-e-capacitada-e-recebem-elogio-do-presidente-da-
funai.ghtml, acesso em 3/1/2019.
26 BANCO Central do Brasil: quantidade e valor dos contratos por tipo de beneficiário, disponível
em https://www.bcb.gov.br/estabilidadefinanceira/reportmicrrural?path=conteudo%2FMDCR%
2FReports%2FqvcTipoBeneficiarioRelat.rdl&nome=Quantidade%20e%20Valor%20dos%20Con
tratos%20por%20Tipo%20de%20Benefici%C3%A1rio&exibeparametros=true&botoesExportar=
true, acesso em 10/1/2019.
27 É possível que empréstimos concedidos a cooperativas ou a outras entidades formadas por
indígenas não constem desses números. Isso porque as rubricas utilizadas para a categorização
pelo Banco Central são distintas (por exemplo, uma para os empréstimos destinados a
“cooperativa de produção agropecuária na condição de produtor rural - (MCR 5-1-2-A)” e outra
para os empréstimos concedidos ao “silvícola/indígena (MCR 1-4-3)”.
28 A título de exemplo, Carlos Nobre afirma que "o arrendamento da terra é como tirar todo o
conhecimento tradicional que estes povos têm, toda a tradição que têm no resguardo da floresta”
(TAJRA, Alex: Ideia de Bolsonaro de explorar terras indígenas preocupa estudiosos. UOL,
06/01/2019, disponível em https://noticias.uol.com.br/meio-ambiente/ultimas-
noticias/redacao/2019/01/06/ideia-de-bolsonaro-de-explorar-terras-indigenas-preocupa-
estudiosos.htm?cmpid=copiaecola, acesso em 8/1/2019).
29 MAISONNAVE, Fabiano: Temos de mudar ideia de que impedimos desenvolvimento, diz
30 MPF cobra fiscalização contra exploração da Terra Indígena Nonoai (RS) por não indígenas.
MPF, 01/02/2018, disponível em http://www.mpf.mp.br/pgr/noticias-pgr/mpf-cobra-fiscalizacao-
contra-exploracao-da-terra-indigena-nonoai-rs-por-nao-indigenas, acesso em 3/1/2019.
31 ARRENDAMENTO ilegal de terras indígenas compromete 3,1 milhões de hectares. Agência
32“(...) na origem, o proprietário da terra era quem administrava a empresa agrária no contrato
de parceria e, atualmente, arrendatário e parceiro outorgado podem não ser trabalhadores, mas
grandes empresas administradoras da atividade agrária. De modo que, consideramos é
preferível dizer apenas que a intenção da lei fio proteger arrendatários e parceiros outorgados
dos abusos cometidos até então pelos proprietários das terras, assim como garantir à terra e a
continuidade da empresa agrária.” (PERES, Tatiana Bonatti: Direito Agrário: Direito de
preferência legal e convencional. São Paulo: Almedina, 2016, p. 14).
crédito ou cooperação técnica, para que possa exercer o plantio agrícola de larga
escala em suas terras.
disponível em https://documentacao.socioambiental.org/noticias/anexo_noticia/4431_20090909
_0916 03 .pdf, acesso em 9/1/2019.
39 Para um indígena da TI Utiariti, que exerce o plantio de larga escala, a soja trouxe divisão, pois
“o povo ficou muito individual, olhando só para o que é dele” (Impactos da soja sobre Terras
Indígenas no estado do Mato Grosso. Repórter Brasil, 07/2017, disponível em
https://reporterbrasil.org.br/documentos/indigenas_soja_MT.pdf, acesso em 9/1/2019).
40 A título de exemplo, “denuncia” levada por um agricultor à CPI Funai e Incra: “afirmou que com
apoio da FUNAI e de ONGs muitos indígenas que se encontram dentro de áreas já homologadas
saem para promover invasões, o que ocorre em razão de disputas internas e divergências com
a liderança. Inclusive, seu imóvel rural foi invadido por indígenas que vieram da aldeia limítrofe
(“Terra Indígena Sassoró”), mediante apoio concedido pelo CIMI e FUNAI, visando a estratégica
consolidação da ocupação ilegal” (BRASIL. Câmara dos Deputados. CPI Funai e Incra 2,
Relatório Final, p. 2775).
41 A título de exemplo, note-se denúncia de que um “agricultor falido, após perder suas terras
para os credores, por volta do ano de 2002, ‘combinara’ a invasão delas com os indígenas e com
os Caciques (...), de modo a obter o reconhecimento da área invadida como terra indígena e,
depois disso, arrendá-las dos indígenas, retomando, assim, a exploração econômica das
mesmas” (BRASIL. Câmara dos Deputados. CPI Funai e Incra 2, Relatório Final, pág. 270/271).
42 “I – o marco temporal da ocupação. Aqui é preciso ver que a nossa Lei Maior trabalhou com
data certa: a data da promulgação dela própria (5 de outubro de 1988) como insubstituível
referencial para o reconhecimento, aos índios, “dos direitos sobre as terras que tradicionalmente
ocupam”. Terras que tradicionalmente ocupam, atente-se, e não aquelas que venham a ocupar.
Tampouco as terras já ocupadas em outras épocas, mas sem continuidade suficiente para
alcançar o marco objetivo do dia 5 de outubro de 1988. Marco objetivo que reflete o decidido
propósito constitucional de colocar uma pá de cal nas intermináveis discussões sobre qualquer
outra referência temporal de ocupação da área indígena. Mesmo que essa referência estivesse
grafada em Constituição anterior. É exprimir: a data de verificação do fato em si da ocupação
fundiária é o dia 5 de outubro de 1988, e nenhum outro.” (BRASIL. STF, Pet. 3388/RR).
43 A título de exemplo, quanto maior a propriedade, maior a faixa de recomposição das Áreas de
Preservação Permanente ao longo dos cursos d´água (art. 61-A, Lei nº 12.651/12).
44 Em outra oportunidade, assim afirmamos: “o critério da diferenciação de tratamento baseado
inciso V deste artigo às propriedades e posses rurais com até 4 (quatro) módulos fiscais que
desenvolvam atividades agrossilvipastoris, bem como às terras indígenas demarcadas e às
demais áreas tituladas de povos e comunidades tradicionais que façam uso coletivo do seu
território.”
4.4. DESMATAMENTO
46 BLECHER, Bruno: Índios Paresi plantam soja em Mato Grosso. Globo Rural, 04/01/2019,
disponível em https://revistagloborural.globo.com/Noticias/Agricultura/noticia/2019/01/indigenas-
reivindicam-direito-de-plantar-graos-em-mato-grosso.html?fbclid=IwAR1uOpeB8eYeg-
CfFTm2OSkx32jm95OxfjjyKp_MsNqaRAnamnLFAnW5c6Q, acesso em 7/1/2019.
47 Na prática, segundo noticiado, os Paresí, por vontade própria, tem adotado medidas protetivas
para além das previstas no Código Florestal (BLECHER, Bruno: Índios Paresi plantam soja em
Mato Grosso. Globo Rural, 04/01/2019, disponível em
https://revistagloborural.globo.com/Noticias/Agricultura/noticia/2019/01/indigenas-reivindicam-
direito-de-plantar-graos-em-mato-grosso.html?fbclid=IwAR1uOpeB8eYeg-CfFTm2OSkx32jm9
5OxfjjyKp_MsNqaRAnamnLFAnW5c6Q, acesso em 14/1/2019).
48 TAJRA, Alex: Ideia de Bolsonaro de explorar terras indígenas preocupa estudiosos. UOL,
06/01/2019, disponível em https://noticias.uol.com.br/meio-ambiente/ultimas-
noticias/redacao/2019/01/06/ideia-de-bolsonaro-de-explorar-terras-indigenas-preocupa-
estudiosos.htm?cmpid=copiaecola, acesso em 7/1/2019.
49 Por óbvio, o subscritor deste trabalho não teve acesso a todos os laudos antropológicos
utilizados para demarcações de áreas indígenas no Brasil, sendo a afirmação realizada mediante
amostragem.
50 Trecho dos memoriais apresentados pela União na Pet. 3388/RR e transcritos no acórdão
agrícola de larga escala é advinda de um raciocínio lógico: maior produtividade leva a uma menor
necessidade de terras. Porém, a depender do caso concreto, estudos mais aprofundados
poderão chegar a conclusões diversas, considerados fatores outros.
da caça do que para se viver do plantio da soja, por exemplo52. A título ilustrativo,
cite-se que um dos motivos para a demarcação, de forma contínua, de 1,7 milhão
de hectares na Raposa/Serra do Sol se encontra justamente na adoção de
modelo agrícola diferenciado daquele tido como de alta produtividade53:
52 Para exemplificar, citamos trecho de uma perícia antropológica: “nesse período, a população
(índios Terena) era bem menor que a atual, mas exercia um tipo de ocupação mais próxima do
modo de vida dito tradicional, entendendo-se por isto, uma forma de ocupação em que as
atividades de caça, pesca e coleta desempenhavam maior participação na vida econômica, e,
como se sabe por meio das descrições históricas e etnográficas, elas necessitam de um espaço
bem mais amplo do que, por exemplo, as atividades exclusivamente agrícolas e pastoris.”
(OLIVEIRA, Jorge Eremites de; PEREIRA, Levi Marques: TERRA INDÍGENA BURITI: perícia
antropológica, arqueológica e histórica sobre uma terra terena na Serra de Maracaju, Mato
Grosso do Sul. Ed. UFGD, 2012, p. 145).
53 Observa-se que outros fatores, tais como a realização de rituais pelos indígenas na área, foram
delineadas com base em outros critérios, nem para as terras nas quais já se encontre um
montante populacional elevado, como no caso da Reserva Indígena de Dourados, que,
demarcada em 1917, abriga 15 mil habitantes, de duas etnias, em um espaço de 3 mil hectares
(RESERVA Indígena Dourados. Terras Indígenas no Brasil. Disponível em
https://terrasindigenas.org.br/pt-br/terras-indigenas/3656, acesso em 9/1/2019).
5. CONCLUSÃO
2019-52