Lunababy - 01 - O Castigo Do Alfa (Rev)
Lunababy - 01 - O Castigo Do Alfa (Rev)
Lunababy - 01 - O Castigo Do Alfa (Rev)
Eu disse a ela que seria sensato ficar longe de mim e essa é a verdade.
Não importa o quão bonita seja.
Como ela seria perfeita para mim. Eu vi o medo em seus olhos
quando disse quem eu era. Ela está certa em ter medo de mim.
Cinco anos atrás, matei meu pai e assumi a posição de Alfa, e desde
então não parei de matar. Fiz o que tinha que fazer e não tenho vergonha
disso.
Meu lobo interior está chateado por eu tê-la deixado do jeito que fiz.
Ele queria que eu a reivindicasse assim que a visse. Eu nem sei se quero
uma companheira.
Meu lobo rosna com esse pensamento e eu agarro o volante com
tanta força que meus dedos ficam brancos.
— Tudo bem, Alfa? — Toby pergunta do banco de trás.
Eu apenas aceno que sim e isso é o suficiente para encerrar qualquer
conversa. Eu paro em um pequeno hotel de beira de estrada a cerca de
cinco minutos do bar.
Assim que fazemos o check-in, vou para o meu quarto e bato a porta
atrás de mim.
Eu me deito na cama de merda do hotel e fecho os olhos. Logo,
memórias de infância invadem minha mente.
Minha pobre mãe. Ela tinha um coração tão bom; que Deusa
descanse sua alma. Eu sei que ela anda com a lua agora. Tentei salvá-la,
mas simplesmente não era forte o suficiente.
Minha mãe sempre me disse que minha companheira seria minha
salvação, que ela seria a cura para as minhas feridas.
Minha mente vagueia de volta para o bar, e aquele homem ignorante
que a insultou. Meu lobo queria o sangue daquele humano e tenho
certeza que ele saiu com o braço quebrado.
Achei que isso com certeza iria assustá-la, mas ela parecia mais
preocupada comigo do que qualquer coisa.
Ela limpou o sangue dos meus dedos de forma tão titubeante e
carinhosa, como se ela quisesse cuidar de mim.
Porra! Eu estraguei tudo antes mesmo de conhecê-la. Tenho certeza
que ela pertence a Matilha de Northridge. Talvez eu não a encontre
amanhã.
Talvez se ela souber o que é bom para ela, ela ficará longe de mim.
Eu nunca poderia me permitir machucá-la.
Eu estabeleço contato mental com meu Gama e guerreiros e digo a
eles para me encontrarem no estacionamento às 9h da manhã em ponto.
Não sei o que vai acontecer amanhã, mas tenho que manter minha
mente atenta.
Não posso deixá-la atrapalhar meu propósito de estar aqui. Vou
adquirir aquelas terras de uma forma ou de outra. Minha matilha precisa
disso. Finalmente adormeço e tenho um sono agitado, cheio de pesadelos
de infância.
Abrindo meus olhos, noto que ainda está escuro lá fora. Eu saio da
cama e procuro o celular em minhas calças.
Finalmente encontro e verifico a hora: 4 da manhã.
Acho que velhos hábitos não morrem.
Pego algumas roupas de uma das sacolas que trouxe ontem à noite e
entro no banheiro para tomar um banho rápido.
Depois de me arrumar, saio do hotel e vou tomar café da manhã na
lanchonete do outro lado da rua.
Abrindo a porta e entrando, vejo Toby sentado em uma mesa
conversando com a garçonete.
— Bom dia, Alfa, — diz ele quando me aproximo dos dois.
Eu tomo a cadeira vazia no lado oposto da mesa.
— Bom dia, — eu respondo.
A garçonete sorri educadamente ao anotar nossos pedidos e depois
vai embora.
— Dormiu bem? — pergunto.
— Mais ou menos isso, — diz ele, sorrindo. Conhecendo-o, ele
encontrou uma fêmea para passar a noite, mas eu nem quero saber.
Toby e eu éramos inseparáveis no passado.
Nascemos com dois dias de diferença, vinte e oito anos atrás. Fomos
para a escola juntos, treinamos juntos e lutamos lado a lado para nos
defendermos.
As pessoas sempre achavam que éramos irmãos em vez de melhores
amigos.
Ele é a única pessoa que realmente sabe o que meu pai era e a única
que entendeu por que eu tive que matá-lo.
Depois que peguei o título Alfa de meu pai, nos distanciamos. Nada
mais foi o mesmo para mim depois disso.
A garçonete volta com duas xícaras e um bule de café. Depois de nos
servir, ela sai novamente e nos sentamos em silêncio por alguns
momentos antes de ele falar.
— Então, aquela no bar na noite passada era sua companheira? — ele
pergunta, tomando um gole de café.
Eu aceno que sim e passo a mão pelo meu cabelo.
— O que você vai fazer com ela? — ele continua.
— Eu não sei, — eu respondo honestamente.
Toby ainda não encontrou sua companheira. Ele costumava viajar
para diferentes matilhas quando éramos mais jovens.
Ele tentou encontrá-la por muito tempo. Eu me sentia tão mal toda
vez que ele voltava pra casa com aquele olhar desconsolado no rosto.
Depois de um tempo, ele simplesmente desistiu.
Ele olha para o seu café e não diz mais nada.
A garçonete traz nossa comida e comemos em silêncio. Quando
finalmente saímos da lanchonete, é hora de partir para o bando de
Northridge.
Atravessamos a rua de volta e vemos Jay e Damon esperando ao lado
do carro.
No caminho para o território da Matilha de Northridge, só consigo
pensar em uma coisa. Ela.
Capítulo 5
Alexia
Hoje tudo correu bem, tão bem que eu sabia que não iria durar
muito.
Dava para notar o desgosto em seu rosto quando ela viu minhas
costas, não que eu estivesse tentando esconder. Ela as teria visto mais
cedo ou mais tarde. As cicatrizes que meu pai deixou para trás são
horríveis, então não posso dizer que não esperava essa reação. Não tenho
vergonha delas porque me xinguei. Aquele merda nunca vai machucar
outra alma.
Eu desço as escadas com ela me seguindo logo atrás. Percebo que ela
quer dizer algo, mas espero que não diga.
Não preciso que ela me julgue e definitivamente não quero sua pena.
Eu vou até o local onde minha matilha organizou a recepção. O cheiro de
churrasco preenche o ar e o som das conversas e risadas chega aos meus
ouvidos.
Eu faço um gesto para que ela me siga, levando-a para a frente da
matilha. Estou tentando ao máximo me concentrar no agora e não ficar
no passado.
Minha matilha fica em silêncio com a nossa entrada, todos os olhos
voltados exclusivamente para sua Luna. Chegamos à frente e posso ouvir
o coração de Alexia batendo de forma acelerada em seu peito.
Dou um pequeno aperto em sua mão e ela fica tensa no início, mas
depois de alguns segundos, ela relaxa.
— Obrigado a todos por terem vindo, — eu me dirijo ao meu bando.
— Como vocês sabem, eu encontrei minha companheira enquanto
visitava a Matilha de Northridge.
As felicitações e aplausos da minha matilha me enchem de orgulho.
Eu puxo Alexia para que ela fique na minha frente.
— Esta é Alexia Moon, sua Luna.
Os lobos fazem ainda mais barulho, a excitação preenche o clima
quente da noite. Ela dá um pequeno aceno e se coloca ao meu lado como
se isso fosse protegê-la de todos os olhares curiosos. Eu levanto minha
mão para silenciar meus lobos.
— Todos vocês terão a chance de conhecê-la depois, mas por agora
vamos comer.
Eu pego a mão da minha mulher e a levo para uma enorme mesa
cheia de comida. Todos os tipos de carnes e vegetais são servidos e ouço
seu estômago roncar. É costume o Alfa comer primeiro, então minha
matilha se alinha atrás de mim.
Pego dois pratos e os encho com costelas bovinas e carne de porco
desfiada. Ela me segue até a mesa do Alfa e eu coloco os pratos na mesa.
Puxando sua cadeira, faço um gesto para que ela se sente.
Eu me acomodo na cabeceira da mesa e ela do meu lado direito. Pego
uma garfada de carne de porco desfiada e levo até sua boca. Eu olho ao
redor e percebo que minha matilha parece genuinamente chocada.
Ela hesita por uma fração de segundo, seus olhos cheios de incerteza,
mas ela finalmente dá a mordida. Eu rosno, grato por não ter que
envergonhá-la na frente do bando batendo em sua bunda.
A conversa aumenta ao nosso redor novamente e todos começam a
comer. Jantamos em silêncio até que ela descansa o garfo e pigarreia.
— Eu não queria te chatear mais cedo, — ela sussurra enquanto estou
terminando meu prato. Eu apenas aceno com a cabeça, não querendo
tocar nesse assunto aqui.
Ela entende a dica, sem dizer mais nada. Quase me sinto mal por
censurá-la, mas não é isso que ela está fazendo comigo?
Depois que terminamos de comer, passamos as próximas horas
deixando os membros de nossa matilha se apresentarem a ela. Ela parece
genuinamente feliz pela primeira vez desde que chegou aqui.
Ela se encaixa muito bem com meus lobos.
Eu me afasto para deixá-la conhecer a todos, e não posso deixar de
admirar o quão bonita ela é.
Seu sorriso ilumina seu rosto e seus olhos fazem a lua cheia parecer
feia. Nunca vi nada mais lindo do que aquele sorriso. Porra, eu sabia que
isso ia acontecer. Ela não pode sair sozinha, não com todos os malandros
vagando por aí, e eu duvido que vá aceitar isso, mas não vou deixar nada
acontecer com ela.
A noite finalmente está acabando e muitos da matilha foram para
casa. Estou perdido em pensamentos, absorvendo cada pedacinho dela
enquanto posso, quando ela se vira e fala comigo.
— Alfa Stone?
Eu aceno para ela para que ela saiba que estou ouvindo.
— Posso correr hoje à noite? Eu realmente preciso deixar minha loba
sair, — ela diz nervosamente. Ela esfrega as mãos e me olha com
esperança.
Porra, eu sabia que isso ia acontecer. Ela não pode sair sozinha, não
com todos os malandros vagando por aí, e eu duvido que vá aceitar isso,
mas não vou deixar nada acontecer com ela.
— Você pode, — eu digo a ela, e ela suspira de alívio.
— Com uma condição. Eu vou com você.
— Por que? Eu disse que não preciso de uma babá, — ela diz,
estreitando os olhos.
— Há coisas perigosas nesta floresta. Coisas que não hesitarão em
rasgar sua garganta. Ou eu vou com você ou você não vai. Ponto final. —
eu digo em meu tom Alfa.
— Tudo bem, — diz ela, revirando os olhos.
— Cuidado como você fala, pequena loba ou vou pintar sua bunda de
vermelho. Agora, eu sugiro que você seja uma boa menina. — Seus cílios
se arregalam e suas bochechas ficam em um tom profundo de rosa. Ela
fica em silêncio, o que provavelmente é a melhor ideia que ela já teve.
— Vamos, — digo, e ela me segue rapidamente, tentando acompanhar
meus passos largos.
Eu a levo até o começo da floresta, onde campos abertos encontram
uma linha de árvores densas e suntuosas. Eu começo a tirar minhas
roupas para me transformar e minha pequena fêmea me encara
profundamente.
Ela pode me negar tudo o que ela quiser, mas não a maneira como seu
corpo responde ao meu.
Eu chamo meu lobo e ele vem mais rápido do que nunca. Ele vai
direto até ela e começa a cheirá-la, inalando-a profundamente. Ele lambe
suas bochechas algumas vezes e se deita aos seus pés ansioso para ver sua
companheira.
Ele pode ser mortal para qualquer outro lobo, mas ele morreria por
ela.
Ela vacila, parecendo pesar os prós e os contras e quase acho que ela
vai desistir. Meu lobo choraminga e isso parece convencê-la. Ela tira a
roupa rapidamente e se transforma sem esforço, um pelo grosso de ônix
aparece, substituindo o que era sua pele.
Seu lobo é impressionante, incrível.
Ela lambe meu focinho e nos revezamos esfregando nossos corpos
um contra o outro, compartilhando nossos cheiros. Eu mordo seu
pescoço suavemente, sem machucá-la, apenas o suficiente para que ela
saiba quem eu sou. Ela oferece o pescoço para mim, em seguida, me
belisca de brincadeira.
Ela foge, e meu lobo não consegue resistir à perseguição. Eu corro
atrás dela, mordendo sua cauda.
Ela corre para o meio da floresta, pulando sobre árvores caídas com
graça, mas ela não é páreo para mim. Eu pulo sobre ela e rolamos vários
metros, beliscando levemente um ao outro.
Ela se levanta, sabendo que foi pega, e levanta o rabo para o meu lobo.
Ele imediatamente a monta.
Eu me afasto, desejando que ele pare, mas é tarde demais. Ele afunda
os dentes profundamente em seu pescoço, reivindicando-a como sua.
Eu sinto o vínculo de companheiro se aprofundar ainda mais, alguma
parte oculta do meu coração se mostra, uma parte que eu pensei que não
existia.
Depois que ele finalmente está saciado, ele a solta e eu me transformo
instantaneamente. Ela faz o mesmo e começa a voltar por onde viemos.
— Alexia, — eu grito para ela, mas ela me ignora.
Eu a sigo, sem saber o que dizer. Eu não pude pará-lo. Sua loba o
convidou totalmente, e ele viu sua chance e aproveitou. Finalmente
conseguimos voltar e ela começou a se vestir rapidamente. Eu começo a
dizer algo, qualquer coisa, mas meu beta nos interrompe antes que eu
tenha a chance de terminar.
Eu rosno alto, não gostando de outro homem perto da minha mulher
enquanto ela ainda está seminua.
— Alfa Stone. sinto muito incomodá-lo, — diz ele, sem fôlego. Eu fico
na frente da minha mulher e ele continua com seus olhos fixos em mim.
— Um bandido foi pego a alguns quilômetros da fronteira sul. Ele
passou pelos primeiros guardas de alguma forma e atacou uma de nossas
mulheres. Nós o colocamos em uma das celas.
— Por que você não fez contato mental comigo? — eu grito. Estou
muito puto, por não ter sido informado dessa merda imediatamente.
— Sinto muito. Alfa. Eu tentei, porém não consegui.
Tenho certeza de que a culpa está evidente no meu rosto quando
penso no que estava fazendo quando isso aconteceu.
— A garota, ela está viva? — eu pergunto a ele em voz baixa. Ele
balança a cabeça de um lado para o outro lentamente.
Eu tremo de raiva, meu lobo e eu irritados por não termos protegido
outro membro da matilha.
Eu uivo, meu corpo vibrando de pura fúria. Eu tento ficar calmo pelo
bem da minha mulher, mas não há como me conter agora. Este bandido
vai morrer esta noite pelas minhas mãos. Vou arrancar sua garganta e
terei grande alegria com isso.
Eu olho para ela e não acredito no que vejo. Esperava ver uma mulher
acuada pelo medo, mas ela permanece imóvel, completamente silenciosa.
— Certifique-se de que sua Luna volte para o meu quarto em
segurança, — digo a ele, e ele acena com a cabeça.
— Claro, Alfa. — Eu me viro e vou para as celas da matilha. Caralho,
essa vai ser uma noite longa.
Capítulo 13
Alexia
Entro no prédio mal iluminado e desço até as celas. Meu lobo rosna
quando o cheiro fresco de bandido invade meu nariz.
— Quem é você e por que está no meu território? — eu pergunto ao
homem quando chego em sua cela.
— Meu líder pediu que lhe trouxesse uma mensagem, — ele rosna.
— E do que se trata?
— Ele quer conhecer seu irmão mais novo, é claro, — ele diz
enquanto me olha. — Você se parece muito mais com ele do que eu
imaginava.
— Eu não tenho um irmão. Eu não tenho mais família, — eu solto.
— Ah, tem sim, lobo. Não há como negar.
— CHEGA! — eu grito. — Não quero mais ouvir suas besteiras. — Eu
saio imediatamente para não matá-lo como fiz com o último. Ele pode
ser útil mais tarde. Volto para as escadas e vejo Alexia parada ali,
provavelmente me espionando.
— Por que você me seguiu?! — eu pergunto a ela em voz alta. — Você
não consegue seguir instruções simples?!
Ela abre a boca para falar, mas eu agarro seu braço e a arrasto para
fora do prédio e de volta para casa da matilha. A pego e a jogo por cima
dos meus ombros, subo as escadas e vou para o meu quarto. Eu a coloco
no chão logo que entramos e bato a porta atrás de mim.
— Você me desrespeitou pela última vez, pequena loba. — eu digo a
ela, tirando meu cinto.
Ela me olha horrorizada, eu a agarro novamente e a curvo sobre a
cama. Ela se contorce em protesto, mas eu a seguro e puxo suas calças
para baixo. Assim que sua bunda redonda perfeita é exibida diante de
mim, minha raiva se dissipa e todo o sangue do meu corpo corre direto
para o meu pau.
Eu pressiono uma mão contra suas costas para segurá-la e uso minha
outra mão para bater com o cinto em sua bunda. Ela grita e se contorce,
sua bunda ficando em um bonito tom de vermelho.
Eu coloco minha mão sobre a vermelhidão e aperto suavemente antes
de arrastar devagar meus dedos por sua pele.
Eu a ouço suspirar suavemente e eu fico ainda mais duro. Eu quero
essa mulher enrolada em volta de mim, me apertando por todos os lados.
Eu bato com o cinto de novo, com mais força desta vez. Ela se
contorce debaixo de mim, então eu corro minha mão sobre o local
suavemente. Eu levo minhas mãos por sua bunda até seu o meio de suas
pernas.
Meus dedos mal raspam sob sua calcinha de renda preta, provocando
o mais lindo gemido vindo dela.
Deusa, ela está encharcada, mel escorregadio cobrindo meus dedos
quando eu os puxo para inspecioná-los.
Eu gemo alto, meu pau latejando dolorosamente no meu jeans.
Pegando-a, eu a viro para me encarar. O desejo permanece em seus
olhos, mas ainda vejo uma pitada de medo.
Eu sei que não posso tê-la ainda, mas quero que ela me sinta. Não
quero nada mais neste momento do que dar prazer a minha fêmea. Eu
seguro sua nuca e a puxo para perto. Meus lábios tocam sua mandíbula e,
em seguida, sua orelha levemente.
— Deixe-me cuidar de você. Eu prometo que não vou fazer nada
enquanto você não estiver pronta. — eu sussurro.
Verdade seja dita, não há nada que eu não faria por esta mulher,
mesmo ela sendo tão irritante.
Ela já conquistou meu coração de alguma forma e aconteceu tudo tão
rapidamente. Ela lambe os lábios nervosamente e acena com a cabeça.
Eu corro meus dedos por seu cabelo escuro e o agarro suavemente.
Abaixando minha cabeça, eu toco meus lábios nos dela. Eu a beijo e
ela abre a boca, me convidando para entrar.
Ela traça sua língua sobre a minha, nossos lábios se movendo em
perfeita sincronia. O sabor dela me preenche completamente, sendo
marcado com fervor em minha memória. Eu sei que este é um momento
do qual vou lembrar até o dia em que encontrar a lua.
Agarrando sua cintura, eu a puxo para mim e a beijo com mais força.
Suas mãos percorrem minha barriga antes de tirar minha camisa.
Eu corro ambas as mãos por sua blusa e sob suas curvas, fazendo
arrepios correrem por sua pele macia. Correndo meus polegares por cima
de seus seios, eu removo sua camiseta rapidamente e a jogo para o lado.
Suas mãos se movem para desabotoar minha calça, mas eu agarro seu
punho rapidamente.
— Agora não, lobinha, — digo a ela. — Deixe-me vê-la.
Eu dou um passo para trás e minha boca enche de água ao vê-la
vestida com nada além de uma pequena calcinha de renda preta. Seus
seios fartos e redondos são perfeitos e seus lindos mamilos se contraem,
mostrando sua excitação.
Eu lambo minha boca enquanto meus olhos percorrem sua cintura
sinuosa até suas coxas grossas, coxas que eu quero enroladas em mim
com força.
Eu a empurro de volta para a cama e ela se deita, sem tirar os olhos de
mim.
— Abra suas pernas para mim. bebê. Eu quero ver você, — eu digo a
ela. Ela abre as pernas lentamente, exibindo-se para mim, o pequeno
pedaço de renda esconde suas dobras rosas e escorregadias.
Eu gemo alto e acaricio meu pau enquanto a admiro. Ela é linda pra
caralho, tão linda.
Eu subo entre suas pernas e beijo a parte interna de seu joelho antes
de me dirigir para entre suas coxas, o lugar onde ela mais precisa de mim.
Ela suspira quando eu beijo sua parte mais sensível e delicada e chupo
levemente.
Leva apenas um minuto lambendo-a até que ela se contraia e inunde
meu rosto com sua essência. Eu vou para cima dela e a beijo com força, o
gosto dela ainda na minha língua. Ela desabotoa minhas calças e as baixa
até a metade antes que eu possa impedi-la novamente. Agarrando seus
dois punhos, eu os prendo acima de sua cabeça e me inclino ao lado de
sua orelha.
— É melhor você parar, lobinha, você ainda não está pronta para isso,
— eu digo enquanto esfrego meu membro duro contra seu corpo. Que
bom que ainda estou de cueca ou eu já estaria dentro dela.
Ela se curva e eu não posso deixar de também me curvar de volta para
ela. Em pouco tempo, estou me esfregando nela, uma fina camada de
roupa é a única coisa bloqueando meu caminho.
Eu mexo meus quadris uma última vez antes de sentir meu pau
quente pulsar, um líquido espesso vaza pelo tecido da minha cueca e cai
na barriga dela, seus olhos reviram enquanto eu a domino novamente.
— Porra, — eu gemo alto descansando minha cabeça em seu peito.
Consigo escutar meu coração bater forte e meu pau ainda pulsa a
cada batida. Eu saio de cima dela e deito ao seu lado na cama, ainda
respirando com dificuldade por causa do esforço. Nenhum de nós diz
nada por um tempo até que ela quebra o silêncio.
— Sinto muito por me intrometer mais cedo.
Quase me esqueci disso. Essa danadinha vai me dar mais problemas
do que eu imaginava.
— Você vai me obedecer. Senão da próxima vez, sua punição será
muito pior, — digo a ela, sabendo que nunca poderia machucá-la de
verdade. Ela fica em silêncio por um instante e eu acho que finalmente
ela entendeu.
— Vai me contar sobre você? — ela pergunta baixinho.
— Não há muito o que saber.
— Como você se tornou Alfa? — ela continua.
— Como você acha que me tornei Alfa? — eu questiono de volta,
percebendo que ela já sabe a resposta. Ela fica quieta, então eu continuo e
confirmo suas suspeitas.
— Eu matei meu pai há cinco anos e tomei seu título. Meu único
arrependimento é não ter feito isso antes.
— Como você pode matar sua própria família? — ela pergunta ainda
mais baixinho do que antes.
— Não fale sobre o que você não entende, lobinha.
— Então me ajude a entender, — ela sussurra.
Eu não quero pensar sobre isso agora.
Memórias de meu pai batendo em minha mãe até a morte passam
pela minha mente e a tristeza enche minha alma por completo.
— Você pode me dizer, — ela diz calmamente e um olhar de
preocupação brota em seus olhos.
— Meu pai tinha muito orgulho de seu bando, mas de mim e minha
mãe, nem tanto. Ele é a razão das cicatrizes nas minhas costas. Ele me
dava duas chicotadas com um chicote de prata todos os dias quando era
mais jovem. Ele disse que isso me deixaria mais resistente, — eu digo,
minha voz tensa enquanto me lembro da minha infância.
— Ele batia na minha mãe também, até que um dia ele só parou
quando ela já não respirava mais. Ele a matou bem na minha frente,
mesmo eu implorando para ele parar. Eu simplesmente não era forte o
suficiente para detê-lo. Ele disse ao nosso bando que foi um bandido que
a matou, — eu continuo enquanto a raiva cresce dentro de mim.
— Depois que ele fez isso, treinei todos os dias durante quatro anos.
Dia e noite, eu ia até nosso complexo de treinamento e dava tudo de
mim. Então, um dia, quando meu pai tentou me bater com o chicote
novamente, eu rasguei sua garganta com minhas próprias mãos.
Eu observo uma lágrima solitária caindo pela sua bochecha. Eu
estendo a mão e a seco com meu polegar antes de me inclinar e beijar
suavemente em sua testa.
— Tenho trabalho a fazer. Seu antigo Alfa enviou a escritura da terra
e eu tenho que ligar para os empreiteiros para começar a construção da
casa da matilha. Será que você consegue ficar longe de problemas? — eu
pergunto e levanto uma sobrancelha para ela.
Ela acena com a cabeça que sim, então eu coloco minhas roupas de
volta e faço o meu caminho para o meu escritório. Eu tenho que
construir esta casa de matilha e garantir meus lobos em segurança.
Eu ainda não consigo tirar da cabeça o que aquele bandido me disse.
Eu não tenho mais ninguém da minha família.
E o outro bandido disse que ele estava vindo para tomar o que era seu
por direito.
Preciso descobrir isso o mais rápido possível.
Capítulo 15
Alexia
Rainier ergue uma sobrancelha para Lucas. — O que quer que você
precise me dizer, você pode dizer na frente de sua Luna.
Lucas me olha com desconfiança, mas logo se liga quando Rainier dá
um rosnado baixo de repreensão.
— Eu só queria ter certeza que você sabia da reunião da matilha que
ela convocou, — ele diz, apontando para mim. Que diabos? Ele
concordou quando eu pedi a ele para convocar a reunião da matilha mais
cedo. Eu não sei porque, de repente, ele cismou comigo.
Rangendo os dentes, rosno para o beta dissimulado.
Rainier cruza os braços sobre o peito largo e estreita os olhos.
— Eu sabia, — ele diz. — Você tem algum problema com isso?
— Você realmente acha que é uma boa ideia deixá-la dar as cartas? —
Lucas diz, nem mesmo tentando esconder o tom inconformado em sua
voz.
Eu me levanto da mesa e fico na frente dele.
— Qual é o seu problema comigo? — eu pergunto. — Por que não fala
na minha cara em vez de chorar para o seu Alfa? — Pra começo de
conversa, eu não sei porque ele simplesmente não disse que tinha alguma
coisa contra mim. Estar puto é um eufemismo agora.
O olhar frio de Lucas viaja dos meus pés por todo meu corpo até que
se fixam no meu rosto.
— Eu não pensei que Alfa concordaria em deixar você dar ordens, —
ele rosna.
Droga, esse cara decidiu ficar arrogante de repente. Antes que eu
tenha a chance de responder, Rainier dá um passo na minha frente,
bloqueando minha visão de Lucas.
— Em primeiro lugar. — ele diz. — você nunca mais vai olhar para a
minha mulher do jeito que você olhou, a menos, claro, que deseje
morrer. E em segundo lugar, por que você achou que eu não concordaria
com isso? — Lucas levanta as mãos e olha para Rainier como se a
resposta fosse óbvia.
— Ela é uma mulher. Você realmente acha que a matilha vai ouvi-la?
O rosto de Rainier se enche de fúria e, de repente, ele está frente a
frente com seu beta.
— Minha matilha sabe que sempre farei apenas o que for melhor para
eles, — ele grita, a apenas alguns centímetros de distância. Lucas desvia
os olhos e dá alguns passos lentos e trêmulos para trás, mas meu
companheiro não desiste. — Quando você desrespeita sua Luna, você me
desrespeita. Se eu não confiasse na capacidade de Alexia, você realmente
acha que eu colocaria a vida da minha matilha nas mãos dela?
— Não, Alfa, — diz ele humildemente, virando os olhos para mim. —
Ela é sua Luna agora. Somos iguais e você a tratará como tal. Você
entendeu?
Lucas diz que sim com a cabeça antes de sair e me deixar sozinha com
meu companheiro novamente.
— Que merda, — diz ele, Virando-se para mim. Ele passa as mãos
pelo cabelo desgrenhado e suspira.
— Por que ele tem tanto ódio pelas mulheres? — eu pergunto, com
meu sangue ainda fervendo por causa da situação.
— Não é que ele odeie as mulheres, — Rainier responde.
— Fomos ensinados que as mulheres não eram tão fortes ou
inteligentes quanto os homens. Nossos pais nos ensinaram que as fêmeas
não serviam para nada além de procriar. Na época em que meu pai era
Alfa, minha mãe não tinha voz em nada que envolvesse a matilha.
Meus olhos se arregalam de surpresa.
— É uma maneira repulsiva de pensar, — digo a ele. — Seu pai era
desprezível.
Ele acena concordando.
— Nem todos os meus lobos pensam assim, mas acho que é hora de
fazer as coisas de forma um pouco diferente por aqui.
Não quero admitir que me sinto magoada com o que Lucas disse.
Sinto raiva mais do que qualquer coisa, mas, principalmente magoada.
Decidida a não deixar alguns idiotas sexistas me deter, eu levanto meu
queixo sem medo do desafio.
— Vou provar a todos quem sou e do que sou capaz.
— Essa é minha garota, — ele diz com um olhar orgulhoso no rosto.
Ele se vira e me beija apaixonadamente e suas ações falam mais alto
do que palavras enquanto sua língua explora minha boca com fervor.
Quando ele se afasta, o olhar de devoção que vejo em seus olhos me
deixa sem ar. O sorriso que ele me dá ilumina todo o seu rosto, fazendo
seus olhos brilharem ainda mais.
— Venha. — ele diz. — Vamos para a reunião da matilha antes de eu
levá-la de volta ao nosso quarto e mantê-la lá por alguns dias.
***
Uma dor profunda ocupa meu coração enquanto olho para a foto de
minha mãe. Já faz muito tempo desde que vi seu rosto pela última vez.
É difícil para mim imaginá-la de outra forma que não seja sendo
espancada ou machucada.
Nesta foto, ela está de pé com um sorriso genuíno no rosto, seus
longos cabelos negros caindo sobre os ombros e seus olhos ferozes
idênticos aos meus.
— Ela é linda, — diz Alexia em voz baixa. — Você se parece tanto com
ela.
Limpando a lágrima dos meus olhos, eu sorrio tristemente. Eu odeio
me sentir vulnerável assim.
Isso é extremamente difícil para mim, mas sei que é o próximo passo
em direção ao meu futuro com minha companheira. Por mais difícil que
seja para mim, não quero esconder nada dela. Pego as fotos restantes da
caixa e mostro a ela. Enquanto ela observa, eu me lembro do real motivo
pelo qual peguei a caixa.
Eu levanto o colar lentamente, o pequeno pingente da lua balança
enquanto fica pendurado em meus dedos.
Esta joia antiga tem pelo menos duzentos anos e foi passada de
geração em geração até chegar até mim. Minha mãe era uma mulher
muito espiritual, nunca deixando de fazer suas orações à Deusa.
Ela usou o colar como um símbolo de sua fé até o último suspiro.
O colar e algumas fotos são tudo que me restaram dela.
— Isso era da minha mãe, — digo a ela, tirando sua atenção das fotos.
— Eu quero que você fique com ele... ela gostaria que isso fosse seu. —
Desde meu encontro com a própria Deusa, sinto que minha
companheira deveria usar o colar.
Seus olhos se enchem de lágrimas quando eu coloco em volta de seu
pescoço e beijo seu ombro levemente.
— Minha mãe teria te amado, — eu digo a ela com sinceridade.
Ela coloca a caixa de lado e sobe no meu colo antes de envolver os
braços em volta de mim.
— Obrigada. Eu irei guardá-lo para sempre, — ela diz. — Eu gostaria
de tê-la conhecido.
— Eu também gostaria que você a tivesse conhecido, lobinha, — eu
digo, beijando o topo de sua cabeça.
— Pensei muito nisso na semana passada e quero deixar meu passado
para trás. Isso é sobre nosso futuro agora. Assim que meu irmão e seus
bandidos não forem mais uma ameaça, nós realmente começaremos
nossas vidas. — Eu paro por um momento antes de continuar.
— Eu estive pensando... quando tudo isso acabar, eu quero fazer uma
cerimônia especial para comemorar nosso vínculo de companheiro. Nós
nunca fizemos isso aqui, mas eu testemunhei algumas dessas em outras
matilhas que visitei. Você ficaria feliz com isso? — Ela acena com
entusiasmo.
— Tínhamos cerimônias assim em Northridge. Não eram muito
frequentes, mas eram sempre muito especiais quando aconteciam. Você
podia sentir a conexão dos companheiros de longe.
Eu sorrio um pouco mais quando ela traz seus lábios aos meus e me
beija suavemente, o calor dela me envolvendo em um estado de êxtase.
Sentindo a necessidade de me aproximar dela, eu a pego e a coloco de
costas.
Ela suspira satisfeita enquanto eu cubro seu corpo com o meu peso
pressionando-a contra o colchão.
Nosso beijo logo se torna ardente, nossas bocas ficam presas em uma
batalha pelo controle. Meu pau endurece por ela, uma sensação de
excitação me toma quando ela envolve suas pernas macias em volta da
minha cintura. Só estive dentro dela uma vez e parece que foi há muito
tempo.
Estive pensando sobre isso a semana toda e agora que estou quase
totalmente curado, não há nada que me impeça, meu lobo até rosna em
aprovação.
Inclinando-me, tiro sua camiseta expondo as curvas suaves de seus
seios. Eu mergulho minha cabeça em seu pescoço e respiro fundo, seu
cheiro natural é insanamente erótico. Ela suspira de prazer quando eu
coloco seu seio em minha boca, sugando e girando minha língua até que
seu mamilo endurece completamente.
Sem pressa, faço o mesmo com o outro, mordendo levemente e
puxando-o na minha boca antes de soltar com um pop.
Eu me apoio em meus antebraços enquanto meus lábios percorrem
sua barriga, deixando pequenas mordidas de amor à medida que o cheiro
de sua excitação quase me deixa entorpecido.
Meu lobo rosna admirado quando coloco minha cabeça entre suas
pernas e quase perco o controle quando inalo seu cheiro ainda mais
fundo.
— Porra, seu cheiro é incrível, — eu grito, mal contendo meu lobo.
Pegando meus dedos, eu abro seus lindos lábios rosados e uso minha
língua para lambê-la do começo até o fim de sua fenda molhada.
Pequenos ruídos de gemidos vibram em sua garganta quando me
concentro em seu pequeno clitóris que treme levemente, deixando-me
saber o efeito que estou tendo sobre ela. Deslizando um único dedo
dentro de sua pequena boceta carnuda, eu o mexo para cima, acariciando
o local que a fez empurrar seus quadris para cima em minha direção.
Eu posso sentir ela apertando meu dedo, me levando ao quase êxtase
Ela grita quando eu chupo seu pequeno botão em minha boca e
mordisco, meus dentes afundando na carne macia e isso é tudo o que
basta. Seu corpo convulsiona quase violentamente quando ela desfalece
na minha boca, fazendo meu pau latejar dolorosamente enquanto eu,
inconscientemente, esfrego meu corpo contra os lençóis, tentando
encontrar algum tipo de alívio.
Quando seu corpo para de tremer, eu afasto meus dentes e beijo meu
caminho de volta até sua boca. Quando eu a olho novamente, algo
profundo passa entre nós, me enchendo de tanta emoção que tenho que
conter as lágrimas que ameaçam estragar o momento.
Seus olhos procuram os meus intensamente, minha alma exposta
enquanto eu meto contra sua entrada molhada.
Não consigo tirar os olhos dela enquanto a penetro lentamente, suas
expressões faciais transmitem o quanto ela precisa de mim. Nós dois
exalamos um suspiro de alívio quando estou totalmente acomodado
dentro dela, minha cintura se esticando e preenchendo-a perfeitamente.
E neste momento que realmente sinto que encontrei meu lugar.
Finalmente, minha alma pertence a algo.
Movendo meus quadris lentamente, me mexo em um ritmo
silencioso e a pulsação rítmica dentro dela me traz mais perto do ápice.
Sem tirar meus olhos dela, eu vejo uma devoção genuína em seu rosto
fazendo algo brotar bem dentro de mim.
Isto é amor. Nada mais pode explicar a maneira como ela me faz
sentir.
— Eu te amo, lobinha, — digo a ela enquanto olho profundamente
em seus olhos. Uma lágrima escorre por sua bochecha e sua boca se abre
ligeiramente quando ela olha para mim. Então, eu sinto sua doce fenda
me apertar com força. Seu corpo treme e vibra enquanto ela goza em
torno do meu pau, fazendo meus músculos tensionaram de desejo.
Beijando-a com força, engulo seus deliciosos gemidos enquanto ganho
velocidade.
Eu envolvo meu braço em volta de seus ombros, segurando-a no lugar
enquanto o outro passa por seu cabelo e dá uma puxada. Eu bombeio
mais forte, mais rápido, tão perto que posso sentir meu corpo tenso, mais
do que pronto para ir além do limite.
Eu gemo alto enquanto empurro profundamente dentro dela, meu
corpo inteiro tremendo enquanto eu cubro seu interior com minha
semente.
Abaixando minha cabeça até seu pescoço, meus dentes se alongam
antes de cravarem profundamente. Ela grita novamente, fincando suas
unhas compridas e afiadas nas minhas costas enquanto ela espreme até a
última gota de mim.
Ela segura meu rosto enquanto minha língua lentamente traça a dela,
deixando a última das ondas de choque se moverem através de nossos
corpos. Depois de um momento, ela se afasta e olha para mim.
— Eu também te amo. Rainier. — ela sussurra. — Eu te amava mesmo
antes de te conhecer.
Eu encosto meus lábios sobre sua testa antes de virar para o lado. Eu a
puxo para o meu peito e envolvo meus braços em volta dela com força,
mantendo-me totalmente situado dentro dela. Eu faço amor com ela
várias vezes antes de cair no sono mais tranquilo que já tive na vida.
Capítulo 25
Alexia
Um mês depois
Minhas patas enormes batem contra o chão úmido enquanto eu
ganho velocidade, as árvores densas cobrindo a maior parte do sol
poente.
Pequenos feixes laranja e amarelo refletem como manchas no chão da
floresta ao meu redor enquanto eu salto rapidamente sobre um arbusto
de rosas. O cheiro de minha companheira me impele para frente
enquanto eu entro em uma clareira a alguns quilômetros da fronteira sul
do território da minha matilha.
Tenho um rápido vislumbre de pelos negros voando para o mato, e
faço uma curva fechada para a esquerda para dar a volta e tentar cortar a
frente dela. Quando eu a encontro do outro lado, ela foge novamente,
suas patas se movendo rapidamente. Sua cauda chicoteia contra meu
focinho enquanto eu fico logo atrás dela, perseguindo-a até a beira de um
pequeno lago que fica no território da minha matilha.
Eu a belisco de brincadeira, meu rabo balançando com tanta força
que sacode todo o meu corpo com ele. Um ronronar profundo vibra em
meu peito enquanto ela expõe sua garganta em submissão, e eu
reconheço isso com uma leve beliscada em seu pescoço antes de baixar
minha cabeça em submissão a ela.
Nunca fui submisso a ninguém, desde criança, nem mesmo quando
apanhava do meu pai. Minha garota, porém, domina meu coração e
minha alma em todos os aspectos. As batalhas que eu travava dentro de
mim não tem chance contra ela.
Uma alma que nunca pensei que encontraria; ela é muito mais do que
eu esperava.
Ela era a parte de mim que eu nunca soube que estava faltando até
encontrá-la. Esfrego meu corpo grande contra o dela, nossos cheiros já
tão profundamente entrelaçados que se confundem. Pinheiros e
orquídeas. Chuva fresca e amoras.
Eu observo como ela se transforma facilmente, sua linda pele macia
substituindo seu pelo de obsidiana. Eu me transformo logo depois com a
necessidade incontrolável de senti-la. Gentilmente, eu a puxo e envolvo
meus braços em torno de seu corpo delicado.
Um suspiro suave e satisfeito escapa de seus lábios enquanto eu passo
meus dedos por seu longo cabelo e inclino sua cabeça para trás para que
eu possa ver seu lindo olhar esmeralda.
— Seu beta deve estar procurando por você, — ela brinca enquanto
pressiona seu corpo contra mim. Suas mãos sobem pelo meu peito e ao
redor do meu pescoço enquanto eu mordisco a marca em sua garganta.
— Toby pode esperar. — eu rosno, o tom grave da minha voz envia
um arrepio através ela. — Eu, entretanto, não posso.
— E a Matilha Lobos? — ela questiona. — Eles chegarão a qualquer
minuto. Precisamos estar presentes para recebê-los.
Esta noite é a nossa cerimônia de acasalamento, que não foi
necessária porque já estávamos acasalados, mas ambos queríamos uma,
pois é uma ocasião tão especial.
É uma festa da nossa união, que merece ser comemorada. Ela até me
convenceu a convidar a Matilha Lobos na esperança de que alguns de
nossos lobos solteiros encontrassem suas respectivas companheiras.
— Isso vai levar apenas alguns minutos, — digo a ela, fazendo-a rir.
Ela geme quando eu me inclino e puxo seu lábio inferior entre meus
dentes, o gemido me fazendo endurecer contra ela. Nossos lábios se
encontram, sua língua macia se movendo contra a minha em perfeita
sincronia, mas antes que eu possa ir longe demais, ela me empurra de
volta.
Meu olhar confuso encontra o dela antes que suas próximas palavras
me surpreendam completamente.
— Estou grávida, Rainier, — ela deixa escapar, fazendo-me congelar.
Meu coração quase para por um momento enquanto suas palavras são
registradas em minha mente.
— O que você disse? — eu pergunto, com minha voz agora séria.
— Você vai ser pai, — ela confirma, e o orgulho logo cresce em meu
peito.
Eu vou ser pai.
— NÓS vamos ser pais!
Meu lobo uiva, sua alegria e excitação são nítidas. Abaixando-me, dou
um leve beijo em sua barriga antes de fazer o mesmo em seus lábios.
— Esta é uma notícia incrível, — digo a ela. segurando seu rosto em
minhas mãos. — Você me faz muito feliz, lobinha.
— Estou um pouco nervosa, — ela sussurra contra meus lábios
quando tento beijá-la novamente.
— Por que você está nervosa? — eu pergunto a ela suavemente.
Seus olhos mantêm contato com os meus enquanto ela responde:
— Tudo, eu acho. Trabalho de parto, o parto em si, ser uma boa mãe.
Pode escolher.
Puxando-a em meus braços, pressiono meus lábios no topo de sua
cabeça.
— É normal ficar um pouco nervosa, mas saiba que estarei lá em
todos os momentos. Você é forte e sei que será uma mãe incrível.
Estamos nisso juntos e pretendo ser o melhor pai e companheiro que
puder.
Ela relaxa instantaneamente, o vínculo de companheiro enviando
minhas vibrações calmantes direto para ela.
— Eu quero isso com você, — eu digo a ela honestamente. — O amor
que tenho por você e nossos futuros filhotes é infinito. Este é o começo
do nosso futuro e, além de você, acho que nunca vi nada tão brilhante e
promissor.
Quando voltamos para o limite da floresta, colocamos nossas roupas
de volta enquanto o som de rock pesado explode no ar.
— Parece que Toby está se divertindo. — eu rio enquanto fazemos
nosso caminho na direção da música.
Nós viramos a esquina da casa da matilha, e parece que a festa está em
pleno andamento quando vejo meu beta conversando com um grande
homem que presumo ser o Alfa da Matilha Lobos. Toby está com o braço
em volta de uma pequena mulher.
— Alfa Stone, Luna, — o Alfa nos cumprimenta quando nos
aproximamos deles. — Obrigado por nos convidar.
— O prazer é meu, — eu respondo. — Desculpe, estamos um pouco
atrasados.
Alfa Eridian sorri.
— Sem problemas. Eu entendo. Parece que nossa visita já está valendo
a pena. — Ele acena para o meu beta, que parece mais feliz do que eu
jamais o vi.
— Esta é minha companheira, Camille, — Toby afirma com orgulho
enquanto apresenta a fêmea.
Minha garganta se aperta com a felicidade que sinto por meu amigo
mais antigo.
Depois de anos de busca, ele finalmente encontrou sua outra metade
e devo agradecer à minha companheira por isso.
— Prazer em conhecê-la, Camille, — diz Alexia, fazendo a fêmea
sorrir timidamente.
— Prazer em conhecê-la também, Luna, — ela diz.
O cheiro de churrasco de repente flutua no ar, fazendo com que
minha mulher se anime ainda mais.
— Estou morrendo de fome, — ela diz. Eu sorrio para mim mesmo
enquanto me viro e dou um beijo em sua testa.
— Bem, vamos encontrar algo para comer, — digo a ela. — Não posso
deixar meu filhote ficar com fome, não é mesmo?
— Filhote? — Toby pergunta confuso enquanto ouve o que eu disse.
— Você acabou de dizer filhote?
Envolvendo meu braço em volta da minha mulher, eu aceno com
orgulho.
— Isso mesmo. Vamos ter um filhote.
— Caralho, eu vou ser tio!? — ele exclama em voz alta enquanto me
abraça. — Eu encontro minha companheira, e descubro que vou ser tio
tudo num dia. Tem como essa noite ficar melhor?
— Sim, você vai ser tio, — eu rio enquanto bato em seu ombro
algumas vezes. — Agora, vamos buscar algo para sua Luna comer.
Eu preparo um prato para nós dois e nos sentamos em uma das mesas
que foram colocadas fora da casa da matilha. Pego uma grande garfada de
carne de veado defumada, levo até sua boca e ela come rapidamente.
— Mmmmm, — ela geme. — Isso é tão bom! — Eu continuo a
alimentá-la e em pouco tempo, ela termina seu prato e metade do meu.
— Estou cheia, — ela diz enquanto esfrega sua barriga ligeiramente
arredondada. Seus olhos procuram os rostos ao nosso redor antes de
falar novamente. — Você viu Ardon ou Gennie? — ela pergunta. Olhando
em volta, eu os vejo em uma mesa próxima.
— Parece que eles estão ficando confortáveis na presença um do
outro, — digo a ela enquanto aponto para eles. Ele envolve o braço em
volta dela enquanto a alimenta também.
— Estou feliz, — ela diz, um olhar nostálgico passando rapidamente
por seus olhos. — Ambos merecem ser felizes. Eu só queria que meu
irmão pudesse estar aqui para comemorar conosco. — Inclinando seu
queixo para cima, eu limpo uma lágrima solitária com meu polegar
enquanto ela cai por sua bochecha.
— Seu irmão está aqui, — digo a ela suavemente. — Ele vive através
das memórias que você guarda dele. Ele sempre estará com você em seu
coração. — Ela sorri tristemente antes de enxugar o resto de suas
lágrimas.
— Você está certo, — diz ela enquanto inspira profundamente. — Eu
te amo, Rainier.
— Eu também te amo, bebê, — digo a ela antes de me levantar e
puxá-la pela mão. — Agora, vamos acabar com isso para que eu possa
levar você de volta para o nosso quarto. — Ela sorri tristemente antes de
enxugar o resto de suas lágrimas.
***