RELATÓRIO QUÍMICA INORGÂNICA - Reatividade Dos Metais

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Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Bahia

Curso Técnico em Química

Relatório da prática 2
REATIVIDADE DOS METAIS

Luana Oliveira Araújo Bittencourt

Salvador, Ba
2023
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Bahia
Curso Técnico em Química
Disciplina: Química 2 - Prática
Docente: Carlos Daniel Silva da Silva

Relatório da prática 2
REATIVIDADE DOS METAIS

Relatório apresentado ao Curso Técnico de


Química do Instituto Federal da Bahia como
requisito parcial para obtenção de nota na
disciplina Química 2 Prática, sob orientação da
Prof. Carlos Daniel Silva da Silva.

Luana Oliveira Araújo Bittencourt


Turma 8821

Salvador, Ba
2023
SUMÁRIO

1 OBJETIVOS 5
3 METODOLOGIA 5
4 PARTE EXPERIMENTAL 5
4.1 MATERIAIS, REAGENTES E VIDRARIAS 5
4.2 PROCEDIMENTO 6
5 RESULTADOS E DISCUSSÕES 7
5.1 ÁCIDO CLORÍDRICO (P.A) 7
5.1.1 Alumínio 7
5.1.2 Magnésio 8
5.1.3 Ferro 9
5.2 ÁCIDO CLORÍDRICO (3 MOL·L-1) 11
5.2.1 Alumínio 11
5.2.2 Magnésio 11
5.2.3 Ferro 12
5.3 ÁCIDO SULFÚRICO (P.A) 12
5.3.1 Alumínio 12
5.3.2 Magnésio 13
5.3.3 Ferro 14
5.4 ÁCIDO SULFÚRICO (2 mol·L-1) 15
5.4.1 Alumínio 15
5.4.3 Magnésio 16
5.4.4 Ferro 16
5.5 NITRATO/SULFATO DE COBRE II (1 mol·L-1) 17
5.5.1 Alumínio 17
5.5.2 Magnésio 18
5.5.3 Ferro 19
5.6 NITRATO DE MAGNÉSIO (1 mol·L-1) 20
5.6.1 Alumínio 20
5.6.2 Ferro 20
5.7 NITRATO DE ZINCO (1 mol·L-1) 21
5.7.1 Alumínio 21
5.7.2 Magnésio 22
5.7.3 Ferro 23
5.8 NITRATO/CLORETO DE FERRO III (1 mol·L-1) 24
5.8.1 Alumínio 24
5.8.2 Magnésio 25
5.9 NITRATO DE ALUMÍNIO (1 mol·L-1) 26
5.9.1 Magnésio 26
5.9.2 Ferro 27
7 REFERÊNCIAS 28
4

1 OBJETIVOS

- Verificar se há distinções entre reações de metais com ácidos concentrados e


diluídos;
- Avaliar o comportamento dos metais frente a algumas soluções salinas;

2 PARTE EXPERIMENTAL

42.1 MATERIAIS, REAGENTES E VIDRARIAS

Os materiais, reagentes e vidrarias utilizados no procedimento experimental estão


descritos nas tabelas 1, 2 e 3, respectivamente, abaixo:

Tabela 1: Materiais utilizados nos experimentos de reatividade dos metais

Tipo Quantidade

Pinças de madeira -

Lamparina 01

Tabela 2: Reagentes utilizados nos experimentos de reatividade dos metais

Tipo Quantidade (mL) (g) Concentração (mol·L-1)

Pedaços de alumínio (Al) – –

Pedaços de ferro (Fe) – –

Fita de magnésio (Mg) – –

Ácido clorídrico (HCl) 2,0 3,0

Ácido clorídrico (HCl) 2,0 P.A

Nitrato de cobre II 2,0 1,0


(Cu(NO3)2)

Nitrato de magnésio 2,0 1,0


(Mg(NO3)2)

Nitrato de zinco ( Zn(NO₃)₂) 2,0 1,0

Ácido sulfúrico (H₂SO₄) 2,0 2,0

Ácido sulfúrico (H₂SO₄) 2,0 P.A


5

Nitrato de alumínio 2,0 1,0


Al(NO3)3

Cloreto de ferro (FeCl3) 2,0 1,0

Tabela 3 - Vidrarias utilizadas nos experimentos de reatividade dos metais

Tipo Quantidade (mL) (g) Capacidade (mL)

Erlenmeyer 01 250

Provetas 04 05/10

Pipetas 04 05

2.2 PROCEDIMENTO

1. Colocou-se as soluções no tubo de ensaio;


2. Adicionou-se pequenos pedaços dos metais (alumínio, magnésio e ferro) em 2 mL
de cada uma das soluções:
a) Ácido clorídrico (P.A);
b) Ácido clorídrico (3 mol·L-1);
c) Ácido sulfúrico (2 mol·L-1);
d) Ácido sulfúrico (P.A);
e) Nitrato de cobre II (Cu(NO3)2);
f) Nitrato de magnésio (Mg(NO3)2);
g) Nitrato de zinco (Zn(NO₃)₂);
h) Nitrato de alumínio (Al(NO3)3);
i) Cloreto de ferro (FeCl3);
j) Nitrato de ferro (Fe(NO₃)₃);
k) Nitrato de alumínio (Al(NO₃)₃).
3. Agitou-se e esperou-se por alguns minutos para as reações serem realizadas;
4. Verificou-se as possíveis variações de temperatura ou outras mudanças na mistura.
6

3 RESULTADOS E DISCUSSÕES

A reatividade de um elemento está relacionada à sua tendência de reagir com outras


substâncias, assim, pode ser determinada utilizando-se aspectos da estrutura eletrônica,
como configuração eletrônica, número de elétrons de valência e raio atômico, além dos
dados da equação química ao identificar os agentes redutor e oxidante da reação.

3.1 ÁCIDO CLORÍDRICO (P.A)

3.1.1 Alumínio

Ao se adicionar o alumínio em 2 mL de solução de ácido clorídrico, inicialmente, houve


uma suave mudança na coloração do ácido que, de incolor, ficou amarelado. Depois, o
sistema mudou gradativamente de coloração, ficando cinza/preto por conta do alumínio
que se dissolveu, havendo a formação de bolhas partindo do alumínio.

Analisando a estrutura eletrônica, tem-se que o alumínio é um metal que pertence à


família do boro (IIIA) , portanto, apresenta três elétrons em sua camada de valência (3s²
3p¹), indicando a sua camada parcialmente preenchida. Assim, para adquirir estabilidade
em sua configuração eletrônica e ter uma camada de valência preenchida, o alumínio está
disposto a perder três elétrons que participam das reações químicas. É por isso que o
metal alumínio é utilizado como agente redutor, como será mostrado mais adiante.

Analisando a equação química (1), visto que o alumínio tem a tendência de perder
elétrons, ao reagir com o HCl, atua como agente redutor e, portanto, sofre oxidação,
formando cátions Al3+. Isso pode ser visualizado através da semi-equação (2), abaixo:

2 Al + 6 HCl → 2 AlCl3 + 3 (1)


Fonte: autoria própria

0 𝑒− 3+
2 𝐴𝑙 - 6 → 2 𝐴𝑙 (oxidação) (2)
Fonte: autoria própria
7

O HCl, que é um ácido forte, ou seja, tem um alto grau de dissociação iônica, libera íons
H+ e Cl-. Durante a oxidação do alumínio, estes íons H+ presentes no HCl são reduzidos
ao receberem os elétrons perdidos pelo alumínio, tornando-se átomos de hidrogênio (H₂),
tais que foram percebidos durante o experimento, quando houve a liberação de gás
partindo do metal. Assim, o HCl sofre redução e é o agente oxidante. Isso é
representado através da semi-equação (3), abaixo:

𝑒− 0
6 H¹ + 6 →6𝐻 (redução) (3)
Fonte: autoria própria

Os cátions Al³⁺ formados na oxidação do alumínio reagem com os ânions Cl⁻ do HCl,
formando cloreto de alumínio (AlCl₃). Isso pode ser verificado na equação (1).

Visto que o alumínio tem apenas três elétrons de valência e apresenta, assim, tendência a
perder elétrons e, além disso, atua como agente redutor (sofrendo oxidação e perdendo
elétrons), conclui-se que ele é um metal reativo, pois, ao reagir com HCl, ele perde seus
três elétrons e forma o Al³⁺, que possui configuração eletrônica estável.

3.1.2 Magnésio

Ao se adicionar o magnésio metálico em 2,0 mL de solução de HCl, observou-se


efervescência intensa, mudança na cor da água para o tom amarelado, ocorrência de
reação exotérmica e total decomposição do metal.

Analisando a estrutura eletrônica, tem-se que o magnésio é um metal que pertence à


família dos alcalino-terrosos (IIA), portanto, apresenta dois elétrons em sua camada de
valência (3s²), indicando a sua camada parcialmente preenchida. Assim, para adquirir
estabilidade em sua configuração eletrônica e ter uma camada de valência preenchida, o
magnésio está disposto a perder dois elétrons que participam das reações químicas. É
por isso que nas reações de oxirredução, ele atua como agente redutor.

Analisando a equação química (4), visto que o Mg tem a tendência de perder elétrons, ao
reagir com o HCl, atua como agente redutor e, portanto, sofre oxidação, formando
cátions Mg2+. Isso pode ser visualizado através da semi-equação (5), abaixo:
8

Mg(s) + 2 HCl(aq) → H2(g) + MgCl₂(aq) (4)


Fonte: autoria própria

0 𝑒−
𝑀𝑔 - 2 → Mg2+ (oxidação) (5)
Fonte: autoria própria

Como já discutido, o HCl, que é um ácido forte, ou seja, tem um alto grau de dissociação
iônica, libera íons H+ e Cl-. Durante a oxidação do Mg, estes íons H+ presentes no HCl
são reduzidos ao receberem os elétrons perdidos pelo Mg, tornando-se átomos de
hidrogênio (H₂), tais que foram percebidos durante o experimento, quando houve a
liberação de gás partindo do metal. Assim, o HCl sofre redução e é o agente oxidante da
reação. Isso é representado através da semi-equação (6), abaixo:

𝑒− 0
2 H¹ + 2 →2𝐻 (redução) (6)
Fonte: autoria própria

Os cátions Mg2+ formados na oxidação do magnésio reagem com os ânions Cl⁻ do HCl,
formando cloreto de magnésio (MgCl₂). Isso pode ser verificado na equação (4).

Visto que o Mg tem apenas dois elétrons de valência e apresenta, assim, tendência a
perder elétrons e, além disso, atua como agente redutor (sofrendo oxidação e perdendo
elétrons), conclui-se que ele é um metal reativo, pois, ao reagir com HCl, ele perde seus
dois elétrons e forma o Mg2+, que possui configuração eletrônica estável.

3.1.3 Ferro

Ao adicionar o magnésio metálico em 2,0 mL de solução de HC P.Al, observou-se a


formação de bolhas ao redor do prego inserido e a mudança de coloração no líquido que,
de incolor, ficou amarelo.

Analisando a estrutura eletrônica, tem-se que o ferro é um metal de transição que


pertence à família 8B, portanto, apresenta oito elétrons em sua camada de valência ([Ar]
6
4s²3𝑑 ), Assim, para adquirir estabilidade em sua configuração eletrônica e obter a
9

configuração do gás nobre argônio, o ferro está disposto a perder dois elétrons da
camada 4s. É por isso que ele é utilizado como agente redutor, como será mostrado mais
adiante.

Analisando a equação química 7, visto que o ferro tem a tendência de perder elétrons, ao
reagir com o HCl, atua como agente redutor e, portanto, sofre oxidação, formando
2+
cátions 𝐹𝑒 . Isso pode ser visualizado através da semi-equação (8), abaixo:

Fe(s) + 2 HCl(aq) → FeCl₂(aq) + H₂(g) (7)


Fonte: autoria própria

0 𝑒− 2+
𝐹𝑒 - 2 → 𝐹𝑒 (oxidação) (8)
Fonte: autoria própria

O HCl, como já discutido, que é um ácido forte, ou seja, tem um alto grau de dissociação
iônica, libera íons H+ e Cl-. Durante a oxidação do ferro, estes íons H+ presentes no HCl
são reduzidos ao receberem os elétrons perdidos pelo alumínio, tornando-se átomos de
hidrogênio (H₂), tais que foram percebidos durante o experimento, quando houve a
liberação de gás partindo do metal. Assim, o HCl sofre redução e é o agente oxidante.
Isso é representado através da semi-equação (9), abaixo:

𝑒− 0
2 H¹ + 2 →2𝐻 (redução) (9)
Fonte: autoria própria

2+
Os cátions 𝐹𝑒 formados na oxidação do ferro reagem com os ânions Cl⁻ do HCl,
formando cloreto de ferro II (FeCl₂). Isso pode ser verificado na equação (7).

Visto que o Fe apresenta tendência a perder dois elétrons para garantir estabilidade, atua
como agente redutor (sofrendo oxidação e perdendo elétrons), conclui-se que ele é um
metal reativo, pois, ao reagir com HCl, ele perde seus dois elétrons e forma o Fe2+, que
possui configuração eletrônica estável.
10

3.2 ÁCIDO CLORÍDRICO (3 MOL·L-1)

3.2.1 Alumínio

Visto que a reação entre o ácido clorídrico P.A e o alumínio foi anteriormente discutida, e
que ambos se tratam das mesmas reações, serão analisadas apenas as diferenças
organolépticas observadas entre os dois experimentos.

Inicialmente, não houve indícios de ocorrência de reação. Ao aquecer, a mistura mudou


de coloração, mudando de incolor para cinza escuro. A reação ocorreu mais rapidamente
do que com o HCl P.A, o que pode ser explicado pelo aquecimento da reação. O aumento
da temperatura do sistema aumentou a energia cinética das moléculas e, assim,
aumentou o número de colisões entre as partículas, o que causou o aumento da
velocidade da reação.

3.2.2 Magnésio

Ao se adicionar o magnésio em 2,0 mL de solução de HCl (3 mol·L-1), observou-se a


mudança de coloração para o marrom escuro, borbulhamento intenso, liberação de gás,
aumento de temperatura, mudança na coloração do metal para prateado, e total
dissolução do metal após 2 minutos de reação. Nada mudou após o aquecimento.

Como a reação do Mg + HCl já foi anteriormente discutida, porém com o HCl na


concentração P.A, serão analisadas aqui apenas as diferentes propriedades
organolépticas observadas ao longo dos experimentos e compará-las.

Foi observado no metal uma coloração escura em sua superfície que pôde ter
influenciado na reatividade do mesmo, a diminuindo, por conta da camada de óxido
formada em sua superfície, causada pela exposição do metal à umidade ambiente³. Além
disso, observou-se que a reação ocorreu mais lentamente se comparada à reação em
que o HCl P.A foi utilizado. Isso pode ser explicado pelas diferentes concentrações
utilizadas em cada experimento. Visto que o HCl 3 mol·L-1 tem, possivelmente, menor
11

concentração e que a velocidade da reação é dada pela variação da concentração molar


de um reagente durante um intervalo de tempo², a reação ocorreu mais lentamente,
havendo a diminuição do número de partículas ali contidas e, assim, a diminuição das
colisões e da frequência destas.

3.2.3 Ferro

Como a reação do Fe + HCl já foi anteriormente discutida, porém com o HCl na


concentração P.A, serão analisadas aqui apenas as diferentes propriedades
organolépticas observadas ao longo dos experimentos e compará-las.

Ao se adicionar o magnésio em 2,0 mL de solução de HCl (3 mol·L-1), não foi observado nenhum
indício de reação antes do aquecimento. Após aquecimento, houve formação de bolhas partindo
do prego, revelando a liberação de gás hidrogênio e a ocorrência de reação. Assim, o aumento de
temperatura permitiu que a energia necessária para iniciar a reação fosse alcançada.

3.3 ÁCIDO SULFÚRICO (P.A)

3.3.1 Alumínio

Analisando a estrutura eletrônica, como já foi discutido, verifica-se que o alumínio


apresenta três elétrons em sua camada de valência, o que indica que esta é parcialmente
preenchida. Assim, para adquirir estabilidade em sua configuração eletrônica e ter uma
camada de valência preenchida, o alumínio está disposto a perder três elétrons que
participam das reações químicas, atuando como agente redutor na reação.

Analisando a equação química (10), visto que o alumínio tem a tendência de perder
elétrons, ao reagir com o H₂SO₄, atua como agente redutor e, portanto, sofre oxidação,
formando cátions Al3+. Isso pode ser visualizado através da semi-equação (11), abaixo:

2 Al (s) + 3 H₂SO₄ (aq) → Al2(SO4)3 (aq) + 3 H2 (g) (10)


Fonte: autoria própria

0 𝑒− 3+
2 𝐴𝑙 - 6 → 2 𝐴𝑙 (oxidação) (11)
12

Fonte: autoria própria

Durante a oxidação do alumínio, os íons H+ presentes no H₂SO₄ são reduzidos ao


receberem os elétrons perdidos pelo alumínio, tornando-se átomos de hidrogênio (H₂).
Assim, o H₂SO₄ sofre redução e é o agente oxidante. Isso é representado através da
semi-equação (12), abaixo:

1+ 𝑒− 0
6𝐻 +6 →6𝐻 (redução) (12)
Fonte: autoria própria

Os cátions Al³⁺ formados na oxidação do alumínio reagem com os ânions SO₄²- do H₂SO₄ ,
formando cloreto de alumínio (AlCl₃). Isso pode ser verificado na equação (10).

Visto que o alumínio tem apenas três elétrons de valência e apresenta, assim, tendência a
perder elétrons e, além disso, atua como agente redutor (sofrendo oxidação e perdendo
elétrons), conclui-se que ele é um metal reativo, pois, ao reagir com H₂SO₄, ele perde
seus três elétrons e forma o Al³⁺, que possui configuração eletrônica estável.

Ao se adicionar pedaços de alumínio em 2,0 mL de solução de ácido sulfúrico P.A, não


houve indícios de reação, logo, a sua ocorrência se deu de forma extremamente lenta.
Isso pode ser explicado por uma possível camada de óxido ou hidróxido formada em sua
superfície, que torna o alumínio bastante resistente à corrosão¹, impossibilitando, assim, a
ocorrência rápida de reação química.

3.3.2 Magnésio

Ao se adicionar o magnésio em 2,0 mL de solução de H₂SO₄ P.A, houve a formação de


bolhas partindo do metal, evidenciando a formação de gás hidrogênio.

Analisando a estrutura eletrônica do Mg, como já foi discutido, verifica-se que o Mg


apresenta dois elétrons em sua camada de valência, o que indica que esta é parcialmente
preenchida. Assim, para adquirir estabilidade em sua configuração eletrônica e ter uma
camada de valência preenchida, o Mg está disposto a perder dois elétrons que participam
das reações químicas, atuando como agente redutor na reação.
13

Analisando a equação química (13), visto que o Mg tem a tendência de perder elétrons,
ao reagir com o H₂SO₄ P.A, atua como agente redutor e, portanto, sofre oxidação,
formando cátions Al3+. Isso pode ser visualizado através da semi-equação (14), abaixo:

Mg + H2SO4 → H2 + MgSO₄ (13)


Fonte: autoria própria

0 𝑒− 2+
𝑀𝑔 - 2 → 𝑀𝑔 (oxidação) (14)
Fonte: autoria própria

Como já discutido, os íons H+ presentes no H₂SO₄ são reduzidos ao receberem os


elétrons perdidos pelo Mg, tornando-se átomos de hidrogênio (H₂). Assim, o H₂SO₄ sofre
redução e é o agente oxidante. Isso é representado através da semi-equação (15),
abaixo:
1+ 𝑒− 0
2𝐻 +2 →2𝐻 (redução) (15)
Fonte: autoria própria

Os cátions Mg2+ formados na oxidação do alumínio reagem com os ânions SO₄²- do H₂SO₄,
formando sulfato de magnésio (MgSO₄). Isso pode ser verificado na equação (13).

Visto que o Mg tem apenas dois elétrons de valência e apresenta, assim, tendência a
perder elétrons e, além disso, atua como agente redutor (sofrendo oxidação e perdendo
elétrons), conclui-se que ele é um metal reativo, pois, ao reagir com o H₂SO₄, ele perde
seus dois elétrons e forma o Mg2+, que possui configuração eletrônica estável.

3.3.3 Ferro

Ao se adicionar o magnésio em 2,0 mL de solução de H₂SO₄ P.A, percebeu-se a formação


de bolhas ao redor do prego, sem mudança na coloração e leve aquecimento do sistema.

Analisando a estrutura eletrônica, tem-se que o ferro é um metal de transição que, para
adquirir estabilidade em sua configuração eletrônica e obter a configuração do gás nobre
argônio, está disposto a perder dois elétrons, atuando como agente redutor nas reações.
14

Analisando a equação química (16), visto que o Fe tem a tendência de perder elétrons, ao
reagir com o H₂SO₄ P.A, atua como agente redutor e, portanto, sofre oxidação, formando
cátions Fe²⁺. Isso pode ser visualizado através da semi-equação (17), abaixo:

Fe + H₂SO₄ → FeSO₄ + H2 (16)


Fonte: autoria própria

0 𝑒− 2+
𝐹𝑒 - 2 → 𝐹𝑒 (oxidação) (17)
Fonte: autoria própria

Como já discutido, os íons H+ presentes no H₂SO₄ são reduzidos ao receberem os


elétrons perdidos pelo Mg, tornando-se átomos de hidrogênio (H₂). Assim, o H₂SO₄ sofre
redução e é o agente oxidante. Isso é representado através da semi-equação (18),
abaixo:

1+ 𝑒− 0
2𝐻 +2 →2𝐻 (redução) (18)
Fonte: autoria própria

Os cátions Fe²⁺ formados na oxidação do alumínio reagem com os ânions SO₄²- do H₂SO₄,
formando sulfato de ferro II (FeSO₄). Isso pode ser verificado na equação (16).

Visto que o Fe apresenta tendência a perder dois elétrons para garantir estabilidade, atua
como agente redutor (sofrendo oxidação e perdendo elétrons), conclui-se que ele é um
metal reativo, pois, ao reagir com H₂SO₄ , ele perde seus dois elétrons e forma o Fe2+, que
possui configuração eletrônica estável.

3.4 ÁCIDO SULFÚRICO (2 mol·L-1)

3.4.1 Alumínio

Como a reação do Al + H₂SO₄ já foi anteriormente discutida, porém com o H₂SO₄ na


concentração P.A, serão analisadas aqui apenas as diferentes propriedades
organolépticas observadas ao longo dos experimentos e compará-las.
15

Ao se adicionar pedaços de alumínio em 2,0 mL de solução de ácido sulfúrico 2 mol·L-1,


não houve indícios de reação, logo, a sua ocorrência se deu de forma extremamente
lenta. Isso pode ser explicado por uma possível camada de óxido ou hidróxido formada
em sua superfície, que torna o alumínio bastante resistente à corrosão¹, impossibilitando,
assim, a ocorrência rápida de reação química.

3.4.3 Magnésio

Ao adicionar-se o magnésio em 2,0 mL de solução de H₂SO₄ 2 mol·L-1, observou-se:


efervescência, formação de bolhas e dissolução do gás em 40 segundos (antes de
aquecer). Depois de aquecido, não foram observadas mudanças.

Como a reação do Mg + H₂SO₄ já foi anteriormente discutida, porém com o H₂SO₄ na


concentração P.A, serão analisadas aqui apenas as diferentes propriedades
organolépticas observadas ao longo dos experimentos e compará-las. Assim, foi
observado que a reação ocorreu mais rapidamente com a solução de H₂SO₄ 2 mol·L-1,
comparada à reação em que a solução H₂SO₄ P.A foi utilizada. Isso pode ser explicado
pela diferença de concentração entre as duas soluções. Uma vez que o H₂SO₄ 2 mol·L-1
tem possivelmente maior concentração, e que a velocidade da reação é dada pela
variação da concentração molar de um reagente durante um intervalo de tempo², a reação
ocorreu mais rapidamente porque houve o aumento do número de partículas ali contidas
e, assim, o aumento das colisões e da frequência destas.

3.4.4 Ferro

Ao adicionar o ferro em 2,0 mL de solução de H₂SO₄ 2 mol·L-1, houve a formação de


bolhas advindas do prego mesmo sem aquecimento e a coloração do prego, que era
cinza, ficou cinza escuro. Após aquecer, a formação de bolhas ficou mais iminente, assim
como o escurecimento da coloração do prego.

Como a reação do Fe + H₂SO₄ já foi anteriormente discutida, porém com o H₂SO₄ na


concentração P.A, serão analisadas aqui apenas as diferentes propriedades
organolépticas observadas ao longo dos experimentos e compará-las.
16

Foi observado que a mudança na coloração foi perceptível apenas na reação que envolve
a solução de H₂SO₄ 2 mol·L-1, se comparada com a reação com a solução de H₂SO₄ P.A.
Isso ocorre por conta das diferentes concentrações utilizadas em cada experimento.
Assim, no experimento em que se utilizou o H₂SO₄ 2 mol·L-1, que é mais concentrado, a
intensidade da coloração percebida é maior.

Percebeu-se também que, ao aquecer a solução em que o H₂SO₄ 2 mol·L-1 foi utilizado, a
formação de bolhas advindas do metal aumentou. Isso se dá por que o aumento da
temperatura causa o aumento do número de colisões efetivas entre as partículas,
ocasionando o aumento da velocidade da reação e da produção dos seus produtos (neste
caso, o gás hidrogênio).

3.5 NITRATO/SULFATO DE COBRE II (1 mol·L-1)

3.5.1 Alumínio

Ao verificar-se a estrutura eletrônica, nota-se que o alumínio está disposto a perder três
elétrons que participam das reações químicas, atuando como agente redutor na reação.

Analisando a equação química (19), visto que o alumínio tem a tendência de perder
elétrons, ao reagir com o Cu(NO3)2, atua como agente redutor e, portanto, sofre
oxidação, formando cátions Al3+. Isso pode ser visualizado através da semi-equação (20),
abaixo:

2 Al (s) + 3 Cu(NO3)2 (aq) → 3 Cu (s) + 2 Al(NO3)3 (aq) (19)

0 𝑒− 3+
2 𝐴𝑙 - 6 → 2 𝐴𝑙 (oxidação) (20)
Fonte: autoria própria

Em solução aquosa, os íons de alumínio (Al³⁺) reagem com os íons nitrato (NO3⁻),
formando íons de nitrato de alumínio (Al(NO3)₃), de acordo com a equação (19).

Os íons Cu²⁺ presentes no Cu(NO3)2 são reduzidos ao receberem os elétrons perdidos


pelo alumínio, tornando-se átomos de cobre metálico Cu(s). Assim, o Cu(NO3)2 sofre
17

redução e é o agente oxidante. Isso é representado através da semi-equação (21),


abaixo:
2+ 𝑒− 0
3 𝐶𝑢 +6 → 3 𝐶𝑢 (redução) (21)
Fonte: autoria própria

Assim, teoricamente, o produto da reação é o nitrato de alumínio (Al(NO3)₃) em solução


aquosa e o cobre metálico (Cu) precipitado. No entanto, experimentalmente, não houve
indícios de reação. O que pode ser explicado pela possível camada de óxido formada na
superfície do alumínio, impedindo a ocorrência de reação ou diminuindo sua velocidade.

3.5.2 Magnésio

Por conta da falta do reagente no laboratório, o nitrato de cobre II (Cu(NO3)2) 1 mol·L-1 foi
substituído pelo sulfato de cobre II (CuSO4) de mesma concentração. Ao se adicionar o
Mg em 2,0 mL de solução de CuSO4, observou-se a formação de resíduo na base do tubo
e o desprendimento de partículas brancas advindas do metal, após um período de tempo.
Ao verificar-se a estrutura eletrônica do Mg, nota-se que ele está disposto a perder dois
elétrons que participam das reações químicas, atuando como agente redutor na reação.

Analisando a equação química (22), visto que o Mg tem a tendência de perder elétrons,
ao reagir com o CuSO4 1 mol·L-1, atua como agente redutor e, portanto, sofre oxidação,
formando cátions Mg2+. Isso pode ser visualizado através da semi-equação (23), abaixo:

Mg(s) + CuSO4(aq) → MgSO4(aq) + Cu(s) (22)


Fonte: autoria própria

0 𝑒− 2+
𝑀𝑔 - 2 → 𝑀𝑔 (oxidação) (23)
Fonte: autoria própria

Em solução aquosa, os íons de alumínio (Mg2+) reagem com os ânions sulfato (SO₄²-) do
MgSO₄, formando sulfato de magnésio (MgSO₄), de acordo com a equação (10).
18

Os íons Cu²⁺ presentes no CuSO4 são reduzidos ao receberem os elétrons perdidos pelo
alumínio, tornando-se átomos de cobre metálico Cu(s). Assim, o Cu(NO3)2 sofre redução
e é o agente oxidante. Isso é representado através da semi-equação (24), abaixo:

2+ − 0
𝐶𝑢 + 2𝑒 → 𝐶𝑢 (redução) (24)
Fonte: autoria própria

Como já discutido, visto que o Mg tem apenas dois elétrons de valência e apresenta,
assim, tendência a perder elétrons e, além disso, atua como agente redutor (sofrendo
oxidação e perdendo elétrons), conclui-se que ele é um metal reativo, pois, ao reagir com
o CuSO4, ele perde seus dois elétrons e forma o Mg2+, que possui configuração eletrônica
estável.

3.5.3 Ferro

Ao adicionar o ferro em 2,0 mL de solução de 1 mol·L-1 (Cu(NO3)2, não houve a formação


de bolhas, e sim a mudança de coloração do prego, que de cinza, ficou rosado.

Analisando a equação química (25), visto que o ferro tem a tendência de perder elétrons,
ao reagir com o Cu(NO3)2, atua como agente redutor e, portanto, sofre oxidação,
formando cátions Fe²⁺. Isso pode ser visualizado através da semi-equação (26), abaixo:

Fe(s) + Cu(NO3)2(aq) → Fe(NO3)2(aq) + Cu(s) (25)


Fonte: autoria própria

0 𝑒− 2+
𝐹𝑒 - 2 → 𝐹𝑒 (oxidação) (26)
Fonte: autoria própria

Em solução aquosa, os íons ferro III (Fe³⁺) reagem com os íons nitrato (NO3⁻), formando o
Fe(NO₃)₂, de acordo com a equação (25).

Os íons Cu²⁺ presentes no Cu(NO3)2 são reduzidos ao receberem os elétrons perdidos


pelo alumínio, tornando-se átomos de cobre metálico Cu(s). Assim, o Cu(NO3)2 sofre
19

redução e é o agente oxidante. Isso é representado através da semi-equação (27),


abaixo:
2+ 𝑒− 0
𝐶𝑢 +2 → 3 𝐶𝑢 (redução) (27)
Fonte: autoria própria

Visto que o Fe apresenta tendência a perder dois elétrons para garantir estabilidade, atua
como agente redutor (sofrendo oxidação e perdendo elétrons), conclui-se que ele é um
metal reativo, pois, ao reagir com o Cu(NO3)2, ele perde seus dois elétrons e forma o Fe2+,
que possui configuração eletrônica estável.

3.6 NITRATO DE MAGNÉSIO (1 mol·L-1)

3.6.1 Alumínio

Ao verificar-se a estrutura eletrônica, nota-se que o alumínio está disposto a perder três
elétrons que participam das reações químicas, formando cátions Al3. Já o nitrato de
magnésio, dissolvido em água, libera os íons Mg2+ e NO3-.

Visto que o Mg do Mg(NO3)2 é menos eletronegativo do que o Al, ou seja, o alumínio tem
maior poder de atração dos elétrons² do Mg, este não tem o poder de oxidá-lo e, assim, a
reação não ocorre. Além disso, na fila de reatividade (verificar Figura 1) o magnésio está
acima do alumínio, indicando a sua maior reatividade em comparação ao alumínio.

Figura 1 - Fila de reatividade dos metais


Fonte: https://profguilhermealves.files.wordpress.com/2018/02/volume-1-tito-e-canto.pdf

3.6.2 Ferro
20

Ao adicionar-se o ferro em 2,0 mL de solução de Mg(NO3)2 1 mol·L-1, não foi observado


nenhum indício de reação. Assim, o experimento condiz com a literatura, pois o ferro é
menos reativo que o magnésio do Mg(NO3)2.

Analisando a estrutura eletrônica, tem-se que o Mg apresenta dois elétrons em sua


camada de valência, o que indica que esta é parcialmente preenchida. Assim, para
adquirir estabilidade em sua configuração eletrônica e ter uma camada de valência
preenchida, o Mg está disposto a perder dois elétrons que participam das reações
químicas, atuando como agente redutor na reação.

Já o ferro é um metal de transição que, para adquirir estabilidade em sua configuração


eletrônica e obter a configuração do gás nobre argônio, também está disposto a perder
dois elétrons, atuando como agente redutor nas reações.

Assim, já que tanto o ferro quanto o magnésio têm a mesma tendência de perder elétrons,
não há a ocorrência de de reação.

3.7 NITRATO DE ZINCO (1 mol·L-1)

3.7.1 Alumínio

Ao verificar-se a estrutura eletrônica, nota-se que o alumínio está disposto a perder três
elétrons que participam das reações químicas, atuando como agente redutor na reação.

Analisando a equação química (28), visto que o alumínio tem a tendência de perder
elétrons, ao reagir com o Zn(NO₃)₂, atua como agente redutor e, portanto, sofre
oxidação, formando cátions Al3+. Isso pode ser visualizado através da semi-equação (29),
abaixo:

2 Al(s) + 3 Zn(NO₃)₂ (aq) → 3 Zn(aq) + 2 Al(NO3)3(s) (28)


Fonte: autoria própria

0 𝑒− 3+
2 𝐴𝑙 - 6 → 2 𝐴𝑙 (oxidação) (29)
Fonte: autoria própria
21

Em solução aquosa, os íons de alumínio (Al³⁺) reagem com os íons nitrato (NO3⁻),
formando íons de nitrato de alumínio (Al(NO3)₃), de acordo com a equação (28).

Os íons zinco Zn²⁺ presentes no Zn(NO₃)₂ são reduzidos ao receberem os elétrons


perdidos pelo alumínio, tornando-se átomos de zinco metálico Zn(s). Assim, o Zn(NO₃)₂
sofre redução e é o agente oxidante. Isso é representado através da semi-equação (29),
abaixo:

2+ − 0
3 𝑍𝑛 + 6 𝑒 → 3 𝑍𝑛 (redução) (29)
Fonte: autoria própria

Assim, teoricamente, o produto da reação é o nitrato de alumínio (Al(NO3)₃) e o cobre


metálico (Cu) precipitado. No entanto, experimentalmente, não houve indícios de reação.
O que pode ser explicado pela possível camada de óxido formada na superfície do
alumínio, impedindo a ocorrência de reação ou diminuindo sua velocidade.

3.7.2 Magnésio

Ao adicionar-se o magnésio em 2,0 mL de solução de Zn(NO₃)₂ 1 mol·L-1, observou-se a


alteração da coloração do metal para prateado e a formação de partículas azuis.

Ao verificar-se a estrutura eletrônica do Mg, nota-se que ele está disposto a perder dois
elétrons que participam das reações químicas, atuando como agente redutor na reação.

Analisando a equação química (30), visto que o Mg tem a tendência de perder elétrons,
ao reagir com o Zn(NO₃)₂ 1 mol·L-1, atua como agente redutor e, portanto, sofre
oxidação, formando cátions Mg2+. Isso pode ser visualizado através da semi-equação
(31), abaixo:

Mg(s) + Zn(NO₃)₂(aq) → Mg(NO3)2(aq) + Zn(s) (30)


Fonte: autoria própria
22

0 𝑒− 2+
𝑀𝑔 - 2 → 𝑀𝑔 (oxidação) (31)
Fonte: autoria própria

3−
Em solução aquosa, os íons de alumínio (Mg2+) reagem com os ânions 𝑁𝑂 do Zn(NO₃)₂,
formando nitrato de magnésio (Mg(NO3)2), de acordo com a equação (30).

Os íons zinco Zn²⁺ presentes no Zn(NO₃)₂ são reduzidos ao receberem os elétrons


perdidos pelo alumínio, tornando-se átomos de zinco metálico Zn(s). Assim, o Zn(NO₃)₂
sofre redução e é o agente oxidante. Isso é representado através da semi-equação (32),
abaixo:

2+ − 0
𝑍𝑛 + 2𝑒 → 𝑍𝑛 (redução) (32)
Fonte: autoria própria

Como já discutido, visto que o Mg tem apenas dois elétrons de valência e apresenta,
assim, tendência a perder elétrons e, além disso, atua como agente redutor (sofrendo
oxidação e perdendo elétrons), conclui-se que ele é um metal reativo, pois, ao reagir com
o Zn(NO₃)₂, ele perde seus dois elétrons e forma o Mg2+, que possui configuração
eletrônica estável.

3.7.3 Ferro

Ao se adicionar o ferro em 2,0 mL de solução de Zn(NO₃)₂, não houve indícios de reação,


o que está de acordo com a teoria. Sabendo-se que o ferro é menos reativo que o zinco
do Zn(NO₃)₂, a reação não ocorre.

Analisando a estrutura eletrônica, tem-se que o ferro é um metal de transição que, para
adquirir estabilidade em sua configuração eletrônica e obter a configuração do gás nobre
argônio, está disposto a perder dois elétrons, atuando como agente redutor nas reações.

10 2
Já o zinco possui configuração eletrônica de [Ar] 3𝑑 4𝑠 : todos os orbitais d estão
preenchidos, conferindo ao zinco maior estabilidade eletrônica. Além disso, o zinco possui
uma maior disposição para perder seus dois elétrons de valência, atuando também como
redutor nas reações.
23

Assim, já que tanto o ferro quanto o zinco têm a tendência de perder elétrons, não há a
ocorrência de de reação.

3.8 NITRATO/CLORETO DE FERRO III (1 mol·L-1)

3.8.1 Alumínio

Ao se adicionar o alumínio em 2,0 mL de solução de FeCl3, inicialmente, não houve


indícios de reação. Depois, o alumínio foi lentamente dissolvido, havendo liberação de
gás através de bolhas que partiram do alumínio.

Ao verificar-se a estrutura eletrônica, nota-se que o alumínio está disposto a perder três
elétrons que participam das reações químicas, atuando como agente redutor na reação.

Analisando a equação química (33), visto que o alumínio tem a tendência de perder
elétrons, ao reagir com o FeCl3, atua como agente redutor e, portanto, sofre oxidação,
formando cátions Al3+. Isso pode ser visualizado através da semi-equação (34), abaixo:

3 Al + 2 FeCl3→ 2 Fe + 3 AlCl2 (33)


Fonte: autoria própria

0 𝑒− 2
3 𝐴𝑙 ⁺ - 6 → 3 𝐴𝑙 (oxidação) (34)
Fonte: autoria própria

Em solução aquosa, os íons de alumínio (Al³⁺) reagem com os íons cloreto (Cl-), formando
cloreto de alumínio (AlCl2), de acordo com a equação (33).

Os íons Fe³⁺ presentes no FeCl3 são reduzidos ao receberem os elétrons perdidos pelo
alumínio, tornando-se átomos de ferro metálico Fe(s). Assim, o FeCl3 sofre redução e é o
agente oxidante. Isso é representado através da semi-equação (35), abaixo:

𝑒− 0
Fe³⁺ + 6 → 2 𝐹𝑒 (redução) (35)
Fonte: autoria própria
24

Assim, teoricamente, o produto da reação é o cloreto de alumínio (AlCl3) e o ferro


metálico (Fe) precipitado. Experimentalmente, observou-se que a reação ocorreu
lentamente, após um tempo sem a percepção de indícios, havendo a liberação de gás
através de bolhas que partiram do alumínio. A diferença da velocidade da reação pode
ser explicada pela baixa concentração de FeCl3 utilizada no experimento (1 mol·L-1), visto
que a velocidade da reação é dada pela variação da concentração molar de um reagente
durante um intervalo de tempo². Assim, a concentração utilizada não foi suficiente para
que houvesse a ocorrência de reação ou de, pelo menos, indícios dela.

3.8.2 Magnésio

Ao se adicionar o magnésio em 2,0 mL de solução de nitrato de ferro III (Fe(NO₃)₃) 1


mol·L-1, observou-se borbulhamento leve advindo do metal, bolhas no fundo do tubo,
sistema exotérmico, resíduo preto no fundo e mudança de coloração do líquido laranja
para o amarelo.

Ao verificar-se a estrutura eletrônica do Mg, nota-se que ele está disposto a perder dois
elétrons que participam das reações químicas, atuando como agente redutor na reação.

Analisando a equação química (36), visto que o Mg tem a tendência de perder elétrons,
ao reagir com o Fe(NO₃)₃ 1 mol·L-1, atua como agente redutor e, portanto, sofre
oxidação, formando cátions Mg2+. Isso pode ser visualizado através da semi-equação
(37), abaixo:

3 Mg(s) + 2 Fe(NO₃)₃(aq) → 3 Mg(NO₃)₂(aq) + 2 Fe(s) (36)


Fonte: autoria própria

0 𝑒− 2+
3𝑀𝑔 - 6 → 𝑀𝑔 (oxidação) (37)
Fonte: autoria própria

3−
Em solução aquosa, os íons Mg2+ reagem com os ânions 𝑁𝑂 do Fe(NO₃)₃ , formando
nitrato de magnésio (Mg(NO3)2), de acordo com a equação (36).
25

3+
Os íons 𝐹𝑒 presentes no Fe(NO₃)₃ são reduzidos ao receberem os elétrons perdidos pelo
Mg, tornando-se átomos de ferro metálico Fe(s). Assim, o Fe(NO₃)₃ sofre redução e é o
agente oxidante. Isso é representado através da semi-equação (38), abaixo:

3+ − 0
2 𝐹𝑒 + 6𝑒 → 2 𝐹𝑒 (redução) (38)
Fonte: autoria própria

Como já discutido, visto que o Mg tem apenas dois elétrons de valência e apresenta,
assim, tendência a perder elétrons e, além disso, atua como agente redutor (sofrendo
oxidação e perdendo elétrons), conclui-se que ele é um metal reativo, pois, ao reagir com
o Fe(NO₃)₃, ele perde seus dois elétrons e forma o Mg2+, que possui configuração
eletrônica estável.

3.9 NITRATO DE ALUMÍNIO (1 mol·L-1)

3.9.1 Magnésio

Ao se adicionar o magnésio em 2,0 mL de solução de Al(NO₃)₃ 1 mol·L-1, a fita do metal


foi rodeada de bolhas que se dirigiam para a parte superior do tubo de ensaio e a
formação dessas bolhas foram intensificadas após um período de tempo.

Teoricamente, a reação não ocorre em condições normais. Analisando a equação química


(39), visto que o Mg tem a tendência de perder elétrons, ao reagir com o Al(NO₃)₃ 1
mol·L-1, atua como agente redutor e, portanto, sofre oxidação, formando cátions Mg2+.
Isso pode ser visualizado através da semi-equação (40), abaixo:

3 Mg + 2 Al(NO₃)₃ → 2 Al + 3 Mg(NO3)2 (39)


Fonte: autoria própria

0 𝑒− 2+
3𝑀𝑔 - 6 → 𝑀𝑔 (oxidação) (40)
Fonte: autoria própria

3−
Em solução aquosa, os íons Mg2+ reagem com os ânions 𝑁𝑂 do Al(NO₃)₃ , formando
nitrato de magnésio (Mg(NO3)2, de acordo com a equação (39).
26

Os íons zinco Fe³⁺ presentes no Fe(NO₃)₃ são reduzidos ao receberem os elétrons


perdidos pelo Mg, tornando-se átomos de ferro metálico Fe(s). Assim, o Fe(NO₃)₃ sofre
redução e é o agente oxidante. Isso é representado através da semi-equação (41),
abaixo:

3+ − 0
2 𝐹𝑒 + 6𝑒 → 2 𝐹𝑒 (redução) (41)
Fonte: autoria própria

Como já discutido, visto que o Mg tem apenas dois elétrons de valência e apresenta,
assim, tendência a perder elétrons e, além disso, atua como agente redutor (sofrendo
oxidação e perdendo elétrons), conclui-se que ele é um metal reativo, pois, ao reagir com
o Fe(NO₃)₃, ele perde seus dois elétrons e forma o Mg2+, que possui configuração
eletrônica estável.

3.9.2 Ferro

Ao se adicionar o ferro em 2,0 mL de solução de Al(NO₃)₃ 1 mol·L-1, não houve formação


de bolhas, mas sim a mudança de coloração do prego, que de cinza, mudou para bronze.
A parte submersa no líquido continuou cinza, mas a parte que ficou para fora deste teve
mudança na coloração.

Analisando a equação química (42), visto que o ferro tem a tendência de perder elétrons,
ao reagir com o Al(NO₃)₃, atua como agente redutor e, portanto, sofre oxidação,
3+
formando cátions 𝐹𝑒 . Isso pode ser visualizado através da semi-equação (43), abaixo:

Fe + Al(NO₃)₃ → Al + Fe(NO3)3 (42)


Fonte: autoria própria

0 𝑒− 3+
𝐹𝑒 + 3 → 𝐹𝑒 (oxidação) (43)
Fonte: autoria própria

Em solução aquosa, os íons ferro III (Fe³⁺) reagem com os íons nitrato (NO3⁻), formando o
Fe(NO₃)₂, de acordo com a equação (42).
27

3+
Os íons 𝐴𝑙 presentes no Al(NO₃)₃ são reduzidos ao receberem os elétrons perdidos pelo
alumínio, tornando-se átomos de alumínio metálico Al(s). Assim, o Al(NO₃)₃ sofre redução
e é o agente oxidante. Isso é representado através da semi-equação (44), abaixo:

3+ 𝑒− 0
𝐴𝑙 -3 → 𝐴𝑙 (redução) (44)
Fonte: autoria própria

Visto que o Fe apresenta tendência a perder dois elétrons para garantir estabilidade, atua
como agente redutor (sofrendo oxidação e perdendo elétrons), conclui-se que ele é um
metal reativo, pois, ao reagir com o Al(NO₃)₃, ele perde seus dois elétrons e forma o Fe2+,
que possui configuração eletrônica estável.
28

4 REFERÊNCIAS

1: FREITAS, Elias Junior de; ROMANO, Martin Anibal. PROCESSO DE CORROSÃO E


PASSIVAÇÃO DO ALUMÍNIO . 11 p. Disponível em:
https://oswaldocruz.br/revista_academica/content/pdf/Edicao25_Elias_Junior_de_Freit
as.pdf. Acesso em: 16 mai. 2023.

2: ATKINS, Peter; JONES, Loretta. Princípios de Química: Questionando a Vida


Moderna e o Meio Ambiente. 3 ed. Porto Alegre: Bookman, 2006. 968 p.

3: R. SalomãoV. C. Pandolfelli. Hidratação e desidratação de óxido de magnésio em


concretos refratários: Magnesia sinter hydration-dehydration behavior in refractory
castables. SCIElo. Disponível em:
https://www.scielo.br/j/ce/a/dHwZM9VscZcwm9ySGyTscBG/?lang=pt#:~:text=%C3%93
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