A Psicologia Da Educação Como Mediadora Na Inclusão Do Autista
A Psicologia Da Educação Como Mediadora Na Inclusão Do Autista
A Psicologia Da Educação Como Mediadora Na Inclusão Do Autista
DO AUTISTA
Resumo: O presente estudo visa promover uma reflexão sobre três pontos, a saber: primeiro será realizado
um breve relatos do conceito de autismo, posteriormente será levantas ideias a respeito da inclusão do
autista na escola regular e concluirá com as possíveiscontribuições dapsicologia no processo educacional
da pessoa com autismo. Trata-se de um estudo descritivo, onde se utiliza como metodologia, a pesquisa
bibliográfica tendo como suporte autores, a exemplo de: BLEULER (1908), GAUDERER, (1943),
KANNER (1943), ASPERGER (1944), os quais trazem contribuições importantes em dissertações e artigos
que versam sobre os referidos assuntos. Os resultados do estudo demostrou que o autismo é uma
deficiência que vem aumentando constantemente e se percebe que cada vez mais se necessita de
conhecimentos, possui grande relevância o seu estudo no âmbito social, tendo a psicologia da educação
como uma possível aliada para esse processo.
Palavras-chave: Psicologia da educação. Autismo. Inclusão.
Introdução
Gauderer (1993) afirma que maioria das crianças com diagnóstico do Transtorno de
Espectro Autista tem fisionomia normal, e sua expressão séria pode passar a ideia, geralmente
errada, de inteligência extremada. Apesar da estrutura facial normal, no entanto, estão quase
sempre ausentes a expressividade das emoções e receptividade presentes na criança com
desenvolvimento típico. Nem sempre o autismo está associado a deficiência mental. Às vezes ele
ocorre em crianças com inteligência classificada como normal. O chamado “déficit intelectual” é
mais intenso nas habilidades verbais e menos evidente em habilidades viso-espaciais. É muito
comum, no entanto, crianças com este diagnóstico apresentarem desempenho além do normal em
tarefas que exigem apenas atividades mecânicas ou memorização, ao contrário das tarefas nas
quais é exigido algum tipo de abstração, conceituação, sequenciação ou sentido.
No ano de 1998 a revista Lancet publicou um artigo do cientista inglês Andrew Wakefield,
no qual ele afirmava que algumas vacinas, entre elas a tríplice (mmr – sarampo, catapora e
rubéola), poderiam causar autismo. Esses estudos foram totalmente desacreditados por outros
cientistas e descartados posteriormente, pois mais de 20 estudos mostraram que, de fato, a
associação da vacina ao autismo não tem fundamento e nada que comprove de fato tal suspeita.
Incluir alunos com deficiência na escola vem sendo uns dos grandes desafios que percorre
a nossa educação brasileira, e é pior ainda quando esse aluno possui uma deficiência que exige
Vale ressaltar que o fato do aluno ser inserido na escola regular, não significa acreditar que
foram realmente incluídos no processo de aprendizagem. O processo de inclusão vai muito mais,
além disso, é necessário que o aluno autista participe do processo educacional e que seja aceito por
todos como alguém que, apesar das limitações existentes é possível aprender, assim como outra
criança. Basta, no entanto, procurar antes de qualquer coisa aceitar esse aluno como um ser com
possibilidades de ir além daquilo que lhe é oferecido. Cabe, no entanto reflexões e identificar o
que é possível para diminuir ou evitar o que levar a impedir o avanço desse aluno.
Camargo e Bosa (2009) alegram haver poucos estudos sobre a inclusão de crianças autistas
na rede regular de ensino, mas que vem aumentando ao longo dos anos, devido ao constante
aumento desta demanda. Ainda para s referidos autores, tal fato parece refletir a realidade de que
a inclusão escolar ainda está mais voltada para as deficiências que implicam menor adaptação e
reestruturação da escola, de modo que crianças com déficits cognitivos acentuados, como os
autistas, não são considerados em suas habilidades educativas.
Conforme Brizolla (2009), a inclusão escolar aparece na história da educação com uma
tarefa aparentemente “incontestável” e isenta do embate ideológico. Segundo a autora, numa
primeira impressão, a política de inclusão escolar apresenta um caráter unificador entre as
divergências ideológicas, pois é uma política que sofre pouca resistência a suas propostas para a
educação.
Portanto, se faz necessário que sejaentendida quais são as políticas públicas de educação
inclusiva estabelecidas em documentos legais sendo fundamental para identificar os avanços e
recuos presentes no sistema educativo.
O sistema educacional precisa buscar uma adaptação para receber a criança, acolhendo as
novas demandas que se apresentam e atentando para o que apesar desse limite, é possível fazer
muita coisa para dá o mínimo de qualidade de vida para esse sujeito. Como percebemos, o
processo de inclusão no âmbito educacional é extremamente delicado, exigem-se desde um espaço
físico adequado, professores capacitados e especializados, politicas realmente comprometidas e
voltadas para atender efetivamente esse público e principalmente, um compromisso que parte de
todos os sujeitos envolvidos nesse contexto.
Ao atribuir à mediação dos signos condição primordial para constituição das funções
humanas, Vigotski (2000) destaca esta função como principal no desenvolvimento do homem, já
que, para este autor, ela media relações interpessoais e, posteriormente, intrapessoais, acreditando
que não há funcionamento humano fora do domínio da linguagem. Desse ponto, então, a
linguagem encontra-se no centro do humano, todas as suas formas de manifestações se tornam
alavancas para o desenvolvimento dos sujeitos, pois o sujeito, ao fazer uso da linguagem para
comunicação, passa a se inserir cada vez mais na rede de relações sociais e, assim, mantendo-se no
movimento dialético da constituição humana (VIGOTSKI, 2000; PINO, 2005).
A psicologia dentro do contexto educacional vem ser uma forte ferramenta de contribuição
para a atribuição da identidade ao autista, mais particularmente, nos aspectos relativos à sua
Considerações finais
Foi visto que o autismo é uma doença de fundos neurológicos comportamentais, na qual se
dá ainda nos anos iniciais e que possui varias dificuldades após seu processo. Sabe-se que é muito
difícil estabelecer contato com esse individuo, na qual, exigem-se, portanto, preparos e
treinamentos adequados. Vale ressaltar que a escola é tida como porta de entrada inclusiva, mas
que precisa ainda de mudanças constantes e renováveis capazes de estimular uma busca de
conhecimentos e não simplesmente o processo de incluir.
Diante do estudo realizado, nota-se que o autismo é uma doença especial, difícil de
lidar, mas que a pessoa com esse transtorno não é e não deve ser considerado como incapaz, e sim
como uma pessoa com limitações especificas, que merece respeito e cuidados específicos.
Contudo deve-se refletir quea educação especial foi marcada por mudanças significativas que
podem ser entendida nas bibliografias revisadas, porém vale frisar que mesmo com tantas
tentativas, lutas e conquistas ainda há muito para ser feito, o desafio é grande. O processo de
inserção da educação especial deve ser inclusivo em todos os âmbitos e nesta perspectiva a
psicologia da educação pode trazer varias contribuições para essa área de estudo, pois permite um
leque de estratégias, possibilitando um processo inclusivo satisfatório.
CAMARGO, Síglia Pimentel Höher; BOSA, Cleonice Alves. Competência social, inclusão
escolar e autismo: revisão crítica da literatura. Psicologia e Sociedade, v. 21, n. 1, p. 65-74, 2009.
GAUDERER, E.C. Autismo e outros atrasos do desenvolvimento: uma atualização para os que
atuam na área; do especialista aos pais. Brasília: Ministério do Bem-Estar Social, Coordenadoria
Nacional para Integração da Pessoa Portadora de Deficiência, Em Aberto, Brasília, ano 13, n.60,
out./dez. 1993.
História do Autismo - Autismo & Realidade - Instituto PENSI. Disponível em: http:
autismo.institutopensi.org.br › Informe-se › Autismo. Acesso em 07/07/2017.