.Projecto Gaston - 1684975096000
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Universidade Save
Gaza
Maio, 2003
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Universidade Save
Gaza
Maio, 2003
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Índice
0. Introdução................................................................................................................................3
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0.2 Objectivos..............................................................................................................................4
0.3 Justificativa............................................................................................................................4
0.4 Problema................................................................................................................................5
0.5 Hipóteses................................................................................................................................5
Capítulo - I Metodologia..............................................................................................................6
1.5 Amostra..................................................................................................................................9
Referências Bibliográficas.........................................................................................................14
0. Introdução
A escrita é uma das habilidades fundamentais no desenvolvimento da escolaridade do aluno. Esta
habilidade não só é importante durante a escolarização do indivíduo, mas também na dimensão
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social, pois ler e escrever fazem parte da vida do indivíduo em diferentes esferas da vida social.
A educação, desde os tempos remotos, foi um sector chave na formação do Homem,
transmitindo-lhe conhecimentos, valores e habilidades. Actualmente, com o desenvolvimento em
termos quantitativos e qualitativos de algumas infra-estruturais educacionais assim como a
aposta na formação de quadros, pode levar-nos a cair numa ilusão a de que tudo corre bem, os
programas estão eficazes, os alunos cordatos, activos e os pais/encarregados de educação
cooperantes e atenciosos nos seus educandos.
Para a materialização deste estudo faremos uma pesquisa qualitativa com um suporte teórico que
facilitará a compreensão de alguns termos arrolados neste trabalho e incluirá a análise de dados
recolhidos nos alunos e professores. Quanto à estrutura, o trabalho contém a introdução, a
metodologia e o referencial teórico.
Para a materialização deste estudo focar-nos-emos no estudo dos fenómenos que concorrem para
a não realização do de TPC e, em seguido, traremos teorias e dados que evidenciam o contributo
da realização de tarefas de casa na melhoria da escrita.
0.2 Objectivos
Segundo Pilete (1991), “objectivos são proposições gerais, mudanças comportamentais desejadas
(p. 81)”.
0.3 Justificativa
A escolha deste tema resulta das dificuldades que constatamos no âmbito da realização do
Estágio Pedagógico na Escola Secundária Aurélio Manave em que a maior parte dos alunos,
daquela, escola tem dificuldades na escrita e não faziam os TPC. Diante deste quadro, surgiu o
desejo de estudar o contributo dos TPC para a potencialização da escrita de Textos Narrativos na
9ª classe como forma de contribuir na melhoria da produção escrita de Texto Narrativo por parte
dos alunos daquela escola, de forma a apresentarmos algumas sugestões que possam ajuda-los a
superar as lacunas, visto que, o estudo de um caso não se deve limitar na constatação de
problemas, mas sim tem relevância quando o estudo traduz-se em benefício para um determinado
grupo, neste caso, alunos do Ensino Secundária Aurélio Manave.
0.4 Problema
A escrita é uma das habilidades que os alunos, em diferentes níveis de ensino, apresentam maior
dificuldade para o seu domínio. Aliado a falta de domínio, observamos que alguns alunos não
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valorizam o TPC, que se manifesta por não execução de tarefas de casa por parte dos alunos.
Neste contexto, como forma de potencializar a escrita de textos narrativos realizamos o seguinte
estudo em que com base nas tarefas escolares fora da escola os alunos poderão produzir textos
escritos.
Assim, surge-nos a seguinte questão: Até que ponto o TPC pode potenciar a escrita de textos
narrativos na 9ª classe?
0.5 Hipóteses
Uma hipótese é “uma proposição que se faz na tentativa de verificar a validade de respostas
existentes para o problema e tem a função de expor explicações para certos factos e ao mesmo
tempo orientar a busca de informação” (Lakatos e Mmarconi, 2010, p. 161). Assim, como
resposta provisória ao problema, anteriormente, apresentado pensamos que, por um lado:
Capítulo - I Metodologia
Este capítulo é constituído, basicamente, pelo suporte metodológico que irá conduzir a nossa
pesquisa e permitirá o alcance dos objectivos do estudo., destacando o tipo de pesquisa,
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Qualitativa
Para o estudo da “Importância dos TPC para a Potencialização da Escrita do Texto Narrativo,
Caso 9ª Classe, Escola Secundária Aurélio Manave, vamos pautar por uma pesquisa qualitativa
que segundo a pesquisa qualitativa compreende um conjunto de técnicas interpretativas que
visam a descrever os componentes de um sistema complexo de significados, tem enfoque
indutivo e o ambiente natural constitui a fonte directa da recolha de dados (Godoy, 1995 p. 62).
Chizzotti (2000), acrescenta que a abordagem qualitativa parte do fundamento de que há uma
relação dinâmica entre o mundo real e o sujeito, uma interdependência viva entre o sujeito e o
objecto, um vinculo indissociável entre o mundo objectivo e a subjectividade do sujeito (p.79).
Neste âmbito, para o alcance do objectivo do nosso estudo, vamos utilizar o método indutivo, um
dos componentes do método de abordagem, que partindo da inferência de dados particulares
possamos testar a ocorrência das hipóteses levantadas neste tema e chegarmos a uma verdade
(LAKATOS e MARCONI, 1991, p. 86). Este método é indispensável para o nosso estudo,
porque nos permitirá compreender a importância do TPC para a potencialização da escrita de
Textos narrativos e chegar a conclusões e generalizações em torno do problema constatado a
partir de um grupo restrito.
Método Monográfico, partindo do princípio de que qualquer caso que se estude em profundidade
pode ser considerado representativo de muitos outros ou até de todos os casos semelhantes, o
método monográfico consiste no estudo de determinados indivíduos, profissões, condições com a
finalidade de obter generalizações (Lakatos e Marconi, 1991, p.108).
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Neste sentido, em função do objecto de estudo da presente pesquisa pautaremos pelo método
monográfico que na óptica de Gil (2008) parte do princípio de que o estudo de um caso em
profundidade pode ser considerado representativo de muitos ou mesmo de todos os casos
semelhantes (p. 18).
1.5 Amostra
Neste estudo, vamos adoptar a amostragem probabilística, que na óptica de Lakatos e Marconi
(2010), esta baseia-se na escolha aleatória dos pesquisados, significando o aleatório que a
selecção se faz de forma que cada membro da população tenha a mesma probabilidade de ser
escolhido (207). Para Gil (2008), a amostragem aleatória simples é o procedimento básico da
amostragem científica. A amostragem aleatória simples consiste em atribuir a cada elemento da
população um número único para depois seleccionar alguns desses elementos de forma casual (p.
91).
A escolha aleatória dos informantes permite obter informação real ou muito próxima da
realidade uma vez que, o pesquisador selecciona os informantes de modo a dar a cada um deles a
oportunidade de ser seleccionado para a resolução do questionário. Assim, a Escola Secundária
Aurélio Manave tem cerca de 260 alunos da 9ª classe subdivididos em 4 turmas, assistidas por
dois professores de Português. Deste total vamos trabalhar com doze alunos da turma B2 e dois
professores que leccionam a disciplina de Língua Portuguesa.
O rácio professor aluno deixa a desejar. As turmas estão muito lotadas, pois as turmas são
composta por cerca de 65 alunos. A constituição das turmas em termos numéricos não facilita a
monitoria dos alunos durante a realização do trabalho na sala de aulas e com a presente pesquisa
pensamos que com a realização do TPC poderá criar espaço para que o aluno desenvolva a
habilidade de escrita de Texto Narrativo.
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Um dos pressupostos que pode estar por detrás das dificuldades observadas na escrita pode estar
aliado ao fraco domínio de estratégias que podem levar o aluno a desenvolver estas habilidades.
A abordagem de Amor (2006) apresenta a mesma linhagem com a visão de Barbeiro e Pereira
(2007), apontando três grandes etapas do processo de escrita, nomeadamente: uma fase de pré-
escrita; uma de escrita e uma outra de pós escrita. Estas etapas correspondem à planificação,
textualização e revisão.
A escrita é uma das habilidades cujos alunos apresentam maiores dificuldades para o seu
domínio, conforme podemos constatar na abordagem de alguns autores. As dificuldades que
estes têm podem ser influenciadas pelo fraco contacto com livros ou com uma diversidade de
textos em contextos diversificados e não apenas na sala de aulas. Para que o aluno desenvolva a
competência na escrita é preciso que desenvolva a capacidade de narrar acontecimentos bem
como ouvir e ler textos.
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Segundo Dubois et al (2006) a escrita é a representação da língua falada por meio de signos
gráficos (p. 222). Para Coelho (2008) a escrita a escrita permite o registo duradouro e
permanente da linguagem (p. 325). Este autor assume que o domínio do código escrito e
assimilar os significados sociais da língua nas suas diferentes manifestações da oralidade e da
escrita.
Texto
De acordo com Aguiar e Silva (2004), o lexema texto deriva do substantivo latino textus, que
significa tecido, urdidura, encadeamento e que provém do particípio passado do verbo texere, o
qual significa tecer, entrançar, entrelaçar (p. 185).
Segundo Halliday e Hasan (1976 cit. em Campos e Xavier, 1991), definem texto como qualquer
sequência, falada ou escrita, de qualquer extensão, que forme um todo unificado (p.361). Para
MATEUS et al (2003), “textos são produtos coesos internamente e coerentes com o mundo
relativamente ao qual devem ser interpretados (p. 87).”
Na perspectiva de Dubois et al (2006), “texto é o conjunto dos enunciados linguísticos
submetidos à análise: o texto é então uma amostra de comportamento linguístico que pode ser
escrito ou falado (p. 586).”
Dos conceitos apresentados sobre o lexema texto, constatamos que os autores acima citados
convergem na sua definição, considerando-o um enunciado que forma um sentido unificado.
MATEUS et al vão mais longe ao contemplar elementos extra-textuais na sua interpretação.
Neste contexto, identificamo-nos com Mateus et al, uma vez que não basta, simplesmente, a
estrutura formal para a interpretação do texto, envolve também o conhecimento do mundo que o
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leitor possui. A produção de um texto envolve o conhecimento dos elementos estruturadores que
estabelecem a ligação entre as diferentes partes do texto de modo a criar uma unidade de sentido.
No ensino secundário abordam-se diferentes tipologias textuais e nesta pesquisa pautamos pelo
estudo do texto narrativo, que pelas suas características peculiares de narrar acontecimentos atrai
a tenção de muitos alunos para a leitura assim como para a escrita.
Para Dubois et al (2006), chama-se texto narrativo ao discurso que se refere a uma temporalidade
passada com relação ou momento da enunciação. Esta definição não nos parece tão convincente,
pois não é apenas o Texto Narrativo que recorre ao pretérito, quer perfeito ou imperfeito. Este
conceito pode induzir o leitor a pensar que uma frase que reflecte um acto que ocorrera no
passado e anterior em relação ao momento de enunciação seja um texto narrativo. Por
conseguinte, identificamo-nos com Amós e Martins (2005) na definição do Texto Narrativo, eles
envolvem as categorias da narrativa na sua construção.
Neste contexto, o Texto Narrativo é indispensável na sala de aula e ocorre com frequência no
dia-a-dia fora do contexto escolar, no meio social do aluno, por meio de contos orais que são
transmitidos de geração em geração. Daí a importância do seu ensino nas aulas de Língua
Portuguesa, espaço em que se espera que os alunos melhorem a sua competência comunicativa e
linguística.
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Referências Bibliográficas
Aguiar e Silva, V.M. (2004) Teoria e Metodologias Literárias, Lisboa, Portugal:
Universidade.
Amor, E. (2006). Didáctica do Português, Fundamentos e Metodologia (6ª ed). Lisboa,
Portugal: Textos Editores.
Amós, A e Marins, F (2005). Didáctica do Português. Maputo, Moçambique:
Textos Editores
Aurélio, J. 2009. Novo Dicionário Aurélio da Língua Portuguesa, (4ª ed). Paraná, Brasil:
Editora Positivo.
Barbeiro, Luís F e Pereira, Luísa A (2007). Ensino da Escrita: A Dimensão Textual,
1ª Edição, Lisboa, Portugal: Plural Editores.
Campos, M.H. & Xavier, M. F. (1991). Sintaxe e Semântica do Português. Lisboa,
Portugal: Universidade Aberta.
CHIZZOTTI, A. (2000)Pesquisa em Ciências Humanas e Sociais. 4ª Edição, São Paulo,
Brasil: Cortez Editora.
Dias, H. N. et al. Manual de Práticas Pedagógicas, Maputo, Moçambique: Editora,
Educar.
Gil, A. C (2008). Métodos e Técnicas de Pesquisa Social (6ª ed.). São Paulo, Brasil:
Atlas Editora.
Godoy, A. S. (1995) Introdução à Pesquisa Qualitativa, São Paulo, Brasil: Cultrix
Editora.
Lakatos, Eva Maria e Marconi, A. (2010). Fundamentos de Metodologia Científica, 7ª
Edição, São Paulo, Brasil: Editora Atlas,
Lakatos, Eva Maria e Marconi, A (1991). Fundamentos de Metodologia Científica, 5ª
Edição, São Paulo, Brasil: Editora Atlas.
Mateus, M. H. et al. (2003). Gramática de Língua Portuguesa.7ª Edição, Lisboa,
Portugal: Editorial Caminho.
Piletti, Claudino. (1991) Didáctica Geral, 14ª Edição, Ática Editora, São Paulo, Brasil,.
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Questionário
Este questionário é dirigido aos alunos da 9ª classe, da Escola Secundária Aurélio Manave
com a finalidade de compreender a importância do TPC para potencialização da escrita. De
forma antecipada, agradecemos a sua colaboração.
1ª Parte: Leitura
2ª Parte: Escrita
1. Alguma vez já elaborou um texto nas aulas de Português. Sim ____ Não ____
3. O que actividades tem se feito na sala de aulas antes de iniciar a escrita do texto? __________
______________________________________________________________________________
3ª Parte
1. Com base nas questões e expressões que se seguem, elabora um texto narrativo com o título
“O coelho e a hiena”
Há muito, muito tempo; Numa terra distante; durante a época chuvosa… Era uma vez…
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Questionário
Este questionário é dirigido aos professores de Português da 9ª classe, da Escola Secundária
Aurélio Manave com a finalidade de compreender a importância do TPC para potencialização
da escrita. De forma antecipada, agradecemos a sua colaboração.
Experiência profissional
Escrita de textos
3. Qual tem sido o desempenho dos alunos na escrita de textos? Muito Bom____
Bom ____ Satisfatório____ Mau ____
5. O que tem feito se os alunos revelarem dificuldades na escrita do texto narrativo? __________
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