TCC - Análise Da Gestão de Compras Do Hospital Universitário Pequeno Anjo - Ethieny Lindsay Santos
TCC - Análise Da Gestão de Compras Do Hospital Universitário Pequeno Anjo - Ethieny Lindsay Santos
TCC - Análise Da Gestão de Compras Do Hospital Universitário Pequeno Anjo - Ethieny Lindsay Santos
Trabalho De Estágio
ANÁLISE DA GESTÃO DE COMPRAS DO
HOSPITAL UNIVERSITÁRIO PEQUENO
ANJO
ITAJAÍ
2011
ETHIENY LINDSAY SANTOS
Trabalho De Estágio
ANÁLISE DA GESTÃO DE COMPRAS DO
HOSPITAL UNIVERSITÁRIO PEQUENO
ANJO
ITAJAÍ
2011
Agradeço em primeiro lugar a Jeová
Deus, que nos dá a vida e nos mostra o
melhor caminho a seguir.
Agradeço de todo coração a minha mãe e
amiga, Rose Meri, que me apoiou em
todos os momentos e se alegrou com
cada pequena vitória.
Agradeço em especial aos professores
Romeu, Attela, Ademar e Jairo, que
acreditaram em meu potencial e me
deram o suporte necessário para realizar
este trabalho.
Agradeço a todos, familiares, amigos,
funcionários do HUPA e professores,
que de alguma forma contribuíram com
este trabalho.
“Se esse é mesmo o melhor caminho,
ainda não dá para saber. Talvez outros
modelos possam ser mais sustentáveis,
mas o que vale é pensar em evolução. E
esse já é um começo.”
a) Nome do estagiário
Ethieny Lindsay Santos
b) Área de estágio
Suprimentos
c) Orientador de conteúdo
Prof. Romeu Zarske de Mello
d) Supervisor de campo
Attela Jenichen Provesi
a) Razão social
Fundação Universidade Vale Do Itajaí
b) Endereço
Praça Irineu Bornhausen, nº85, Centro - Itajaí
d) Duração do estágio
180 horas
Este trabalho foi desenvolvido com o objetivo de analisar a gestão de compras do Hospital Universitário Pequeno
Anjo, estudar métodos de compras citados por autores da área, analisar os processos de compras utilizados pelo
hospital e pesquisar sobre parcerias com fornecedores. A pesquisa foi desenvolvida através de dados coletados
pela estagiária em relatórios fornecidos pela empresa, por meio de entrevistas abertas e semi-estruturadas e por
observação. Os dados coletados foram apresentados através de tabelas, gráficos e textos descritivos. Foram
apresentados os processos usados pela empresa para realizar uma compra, bem como métodos de compras e as
parcerias existentes. Por intermédio da pesquisa foram encontrados alguns motivos que levam à demora do tempo
total do ciclo de compra. Com isso, sugeriu-se à empresa eliminar as autorizações das solicitações de compras,
reduzir o tempo das cotações, criar critérios para o cadastro de novos fornecedores, realizar a Classificação ABC
com seus fornecedores, priorizando o relacionamento com os classe A e se possível estabelecendo parcerias e
realizar avaliações constantes nas fontes de suprimento. Foi sugerida também a criação de um local para o setor de
compras, onde o comprador permaneça durante o horário comercial, todos os dias da semana, bem como a
mensuração do setor, para avaliar se o mesmo tem contribuído para a melhora na prestação dos serviços da
empresa.
1 INTRODUÇÃO................................................................................................................ 14
1.1 Objetivo geral ................................................................................................................ 15
1.2 Objetivos específicos ..................................................................................................... 15
1.3 Justificativa da realização do estudo ............................................................................. 15
1.4 Aspectos metodológicos ................................................................................................ 16
1.5 Técnicas de coleta e análise dos dados .......................................................................... 17
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA .................................................................................. 19
2.1 Globalização .................................................................................................................. 19
2.2 Competitividade ............................................................................................................. 21
2.3 A Logística ..................................................................................................................... 23
2.3.1 História ....................................................................................................................... 23
2.3.2 Conceitos e definição .................................................................................................. 26
2.3.3 Missão e objetivos da Logística .................................................................................. 26
2.3.3.1 Nível de serviço ....................................................................................................... 27
2.3.3.2 Custos logísticos ...................................................................................................... 32
2.3.4 Atividades primárias ................................................................................................... 38
2.3.5 Atividades secundárias ............................................................................................... 42
2.3.6 Logística reversa ......................................................................................................... 44
2.4 Gestão de compras.......................................................................................................... 46
2.4.1 Processo de compras.................................................................................................... 49
2.4.2 Modalidades de compras ............................................................................................ 53
2.4.3 Variáveis-chave de compras ....................................................................................... 53
2.4.4 Fontes de fornecimento .............................................................................................. 57
2.4.5 Parcerias ...................................................................................................................... 59
2.4.6 Controles de desempenho ........................................................................................... 61
3 CARACTERIZAÇÃO DA ORGANIZAÇÃO................................................................. 65
3.1 Histórico ......................................................................................................................... 66
3.2 Estrutura Organizacional ................................................................................................ 67
3.3 Estrutura Física .............................................................................................................. 69
3.4 Visão .............................................................................................................................. 71
3.5 Missão............................................................................................................................. 71
3.6 Serviços prestados aos clientes....................................................................................... 71
3.6.1 Atendimentos Pronto Socorro .................................................................................... 72
3.6.2 Internações .................................................................................................................. 74
3.7 AVISA ............................................................................................................................ 75
4 RESULTADOS DA PESQUISA ...................................................................................... 76
4.1 Processo de compras....................................................................................................... 77
4.1.1 Processo de compras por meio de cotação .................................................................. 77
4.1.2 Processo de compra direta ........................................................................................... 82
4.1.3 Materiais solicitados à UNIVALI ............................................................................... 84
4.2 Modalidades de compras ............................................................................................... 84
4.3 Variáveis-chave de compras .......................................................................................... 85
4.4 Fontes de fornecimento ................................................................................................. 86
4.4.1 Fornecedores almoxarifado ......................................................................................... 87
4.4.2 Fornecedores farmácia................................................................................................. 88
4.4.3 Fornecedores nutrição ................................................................................................. 90
4.4.4 Prestadores de serviços................................................................................................ 91
4.4.5 Cadastro de fornecedores ............................................................................................ 92
4.5 Parcerias ......................................................................................................................... 93
4.6 Controles de desempenho .............................................................................................. 94
4.7 Logística reversa ............................................................................................................ 94
5 SUGESTÕES PARA A ORGANIZAÇÃO....................................................................... 96
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................................................................ 98
REFERÊNCIAS ....................................................................................................................... 99
DECLARAÇÃO DO TRABALHO NA ORGANIZAÇÃO .................................................. 101
ASSINATURA DOS RESPONSÁVEIS ............................................................................... 102
14
1 INTRODUÇÃO
num segundo momento, buscar medir algo de forma objetiva, ou seja, usando o método
quantitativo. Para Gonçalves e Meirelles (2004, p. 60),
[...] a combinação de modelos Quali e Quanti se torna cada dia mais usual nas
pesquisas em razão da evolução da complexidade dos problemas em Ciências
Sociais. Na medida em que a sociedade se avoluma em grandes aglomerados nas
cidades, há avanços em tecnologia, em estruturas civis, comunicações, alimentos,
saúde, entretenimento etc, logicamente, aumenta a complexidade das formas de se
tratar problemas (aberto) nesse tipo de ambiente.
Quanto aos objetivos, o trabalho caracteriza-se como uma pesquisa exploratória, pois
objetiva tornou explícitos os problemas e as necessidades logísticas de compras na
organização. O trabalho caracteriza-se também como uma pesquisa descritiva, pois, de acordo
com Roesch (2005), quando o propósito do projeto é obter informações sobre determinada
população, a opção é utilizar um estudo de caráter descritivo.
Do ponto de vista dos procedimentos técnicos a pesquisa caracteriza-se como
bibliográfica, documental e levantamento. Bibliográfica, pois se utilizou de livros, artigos e
material publicado na internet. Documental, pois, conforme Roesch (2005, pg. 165), se
utilizou de “documentos como relatórios anuais da organização, materiais utilizados em
relações públicas, declarações sobre a sua missão, políticas de marketing é de recursos
humanos, documentos legais, etc.” E levantamento, pois segundo Roesch (2005) dá-se quando
a pesquisa tem como objetivo obter informações sobre uma população, o que é apropriado
para uma pesquisa diagnóstico.
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Este capítulo apresentara o referencial teórico que é a base para esta pesquisa. Por
meio de conceitos e definições de diversos autores da área, procuraram-se informações
relevantes para o desenvolvimento deste trabalho e a consecução dos objetivos do mesmo.
2.1 Globalização
2.2 Competitividade
2.3 A Logística
2.3.1 História
posterior consumo. Essas limitações obrigavam as pessoas a consumirem uma pequena gama
de mercadorias.
Com o tempo, a melhora dos sistemas de transporte e a adequação de processos de
armazenagem possibilitaram as pessoas consumir mercadorias produzidas em áreas
geográficas distantes, mesmo possuindo alto grau de perecibilidade.
Segundo Ballou (2001, p. 19)
Quando o sistema logístico melhorou, o consumo e a produção começaram a
separar-se geograficamente. As regiões se especializaram nas mercadorias que
poderiam ser produzidas com mais eficiência. O excesso de produção poderia ser
transportado de forma econômica para outras áreas produtivas ou consumidoras,
enquanto que os produtos necessários que não fossem produzidos no local seriam
importados.
Esse crescente interesse pela Logística levou a década de 90 a ser vista como a era da
logística. A partir desta década a Logística passou a ser estudada a fundo, especialmente com
a criação de cursos técnicos e de bacharelado voltados para o estudo exclusivo desta área. Os
executivos que observaram esse desenvolvimento puderam, segundo Bowersox e Closs (2007,
p. 30), “reestruturar a competência logística de suas respectivas empresas, a ponto de tornar a
excelência operacional uma parte fundamental da estratégia empresarial.”
26
Durante anos, a Logística foi vista de forma fracionada, dividida em diferentes áreas.
Hoje, num contexto mais amplo, a Logística é vista como a integração da distribuição física,
da administração de materiais e da área de produção. Dessa forma, muitos conceitos de
logística surgiram. Ballou (1995, p. 24) define a Logística da seguinte forma:
A logística empresarial trata de todas as atividades de movimentação e
armazenagem, que facilitam o fluxo de produtos desde o ponto de aquisição da
matéria-prima até o ponto de consumo final, assim como dos fluxos de informação
que colocam os produtos em movimento, com o propósito de providenciar níveis de
serviço adequados aos clientes a um custo razoável.
Closs (2007), equilibrar as expectativas de serviços e os custos para alcançar esse nível de
serviço, com o fim de atingir os objetivos da empresa.
Qualquer produto/serviço oferecido por uma empresa pode ser visto sob três
diferentes características: preço, qualidade e serviço. Os clientes escolhem de quem vão
comprar baseado nessas três características combinadas de acordo com suas necessidades.
Com relação às atividades logísticas, estas influenciam direta ou indiretamente as
características acima citadas, podendo-se perceber sua influência direta no preço final de um
produto. As atividades logísticas também podem afetar a qualidade do produto, visto que
28
muito alto pode ser impraticável, ou por gerar custos muito altos ou porque o cliente não
pretende pagar por tal nível de serviço.
A adoção de um nível de atendimento global pode servir de base para o cálculo
individual (ou por classes) do NA. Desta forma, pode-se calcular o NA desejado utilizando-se
a seguinte expressão:
Estes cálculos, apesar de simples, servem de base para que o gestor de materiais
possa estabelecer uma comparação e avaliar se seus métodos de gerenciar os processos estão
de acordo com as políticas adotadas, e se é realmente possível atingir determinado nível de
serviço sem que os custos se elevem exponencialmente.
O desempenho operacional, que segundo Bowersox e Closs (2007) é o tempo
decorrido entre o recebimento e a entrega do pedido, é chamado por Barbieri e Machline
(2009) de nível de rapidez e pontualidade. A maioria dos clientes, sejam eles internos ou
externos a organização, deseja receber seu pedido o mais rapidamente possível, ou no prazo e
horário estipulados. Quanto a rapidez, uma organização pode medir este aspecto por meio do
tempo médio decorrido para atender às solicitações de matérias, que se pode calcular através
da expressão:
30
Outra medida importante que pode ser utilizada é com relação à pontualidade.
Dependendo da necessidade, o cliente pode requisitar o material para uma data/horário
especifico, sendo necessário programar a entrega do material. A capacidade de a empresa
atender as requisições com pontualidade pode ser medida da seguinte forma:
assim, a qualidade das entregas, ou seja, quantas não tiveram reclamações, pode usar a
seguinte equação:
Por último, a confiabilidade do serviço, citada por Bowersox e Closs (2007) pode ser
considerada a qualidade com que a disponibilidade do produto e o desempenho operacional
são oferecidos aos clientes. Somente pelo uso de medidas abrangentes, como as anteriormente
mostradas, é possível determinar se as metas de nível de serviço logístico estão sendo
atingidas.
Os resultados obtidos por meio das equações mostradas são indicadores da satisfação
dos clientes e da qualidade do serviço prestado, constituindo-se importantes parâmetros de
administração de materiais. Porém, é importante entender que a simples obtenção destes
indicadores não tem proveito algum se não forem utilizados para a tomada de decisão. Estes
resultados são a base para que o administrador de materiais possa encontrar possíveis
problemas e fazer as mudanças necessárias.
Baseado nas informações até agora apresentadas pode-se observar “que os serviços
logísticos ao cliente são o resultado do estabelecimento de níveis de atividades logísticas”.
(BALLOU, 2001, p. 89). Ainda segundo o autor, cada nível de serviço tem um nível de custo
associado, dependendo da variação de atividades logísticas em particular. Conforme os níveis
de atividades logísticas aumentam, para satisfazer a necessidade dos clientes por níveis de
serviço mais elevados, os custos associados aumentam proporcionalmente. A Figura 9 ilustra
a relação entre o nível de serviço e os custos.
32
Pode-se observar que, em determinado ponto se tem a maior diferença entre o custo e
o lucro, sendo este o ponto ideal para equilibrar a questão nível de serviço X custos. Pode-se
notar que a escolha do nível de serviço a ser oferecido está intimamente ligada ao custo
logístico, uma vez que, quanto maior o nível de serviço, maior o custo, porque maiores serão
as provisões feitas para atender as necessidades do cliente. O custo logístico, outro objetivo da
Logística, será o tema abordado no próximo tópico.
CUSTOS LOGÍSTICOS
19% Estoque
Armazenagem
64%
17% Transporte
demanda, que descartaria a necessidade de estoques, exigiria tempo e custos que tornariam
esta prática inviável. Por este motivo, as empresas utilizam estoques a fim de melhorar a
coordenação entre oferta e demanda, e, principalmente, reduzir os custos totais. Para Ballou
(2001, p. 201), “a manutenção de estoques produz a necessidade de armazenagem e,
conseqüentemente, do manuseio de materiais. A estocagem transforma-se em uma
conveniência econômica mais do que em uma necessidade”.
Assim, os custos com armazenagem e suas atividades são justificáveis, pois podem
ser compensados com custos de transportes, de produção e de compra. O uso de locais de
armazenagem pelas empresas deve-se a quatro motivos básicos: (1) para reduzir custos de
transporte e de produção, (2) para coordenar oferta e demanda, (3) para auxiliar no processo
de produção, e (4) para ajudar no processo de marketing. (BALLOU, 2001, p. 202).
Estes locais de armazenagem podem ser tanto próprios quanto de terceiros. Esse é
um fator importante na determinação dos custos de armazenagem. A Figura 11 apresenta os
custos de armazenagem, diferenciando os custos para armazenar em prédio próprio ou
terceirizado.
1
Trade-off é uma expressão que define uma situação onde há um conflito de escolhas, como no caso do texto,
onde a redução do custo de manutenção de inventário acarreta no aumento de outros custos logísticos, da mesma
forma que o aumento do custo de manutenção de inventário reduz outros custos logísticos. Caracteriza-se desta
forma, como a resolução de uma situação acarretando no surgimento de outra situação. Na Logística este termo é
comumente utilizado para expressar um conflito de custos, e a compensação entre os mesmos que se faz
necessária para chegar a uma decisão acertada. (BALLOU, 2001).
37
A apuração de cada custo logístico serve de base para o correto gerenciamento, tanto
individual, quanto do Custo Logístico Total (CLT). Faria e Costa (2009, p. 156) enfatizam a
importância do gerenciamento dos custos logísticos “de forma global, observando seus
impactos no resultado econômico da organização e atendendo ao nível de serviço estabelecido
pelos clientes”.
O CLT pode ser apurado a partir da somatória dos custos logísticos individuais, da
seguinte forma, segundo Faria e Costa (2009):
CLT = Custo de Armazenagem e Movimentação + Custos de Transporte + Custos de
Manutenção de Inventário + Custos de TI + Custos Tributários + Custos de
embalagem + Custos decorrentes de lotes + Custos decorrentes do Nível de
Serviço + Custos da Administração Logística
Entretanto, a apuração do CLT não deve ser encarada apenas como o somatório de
todos os custos individuais, mais como um montante apurado que serve de base para aumentar
ou diminuir os custos individuais visando à redução do CLT. Por meio de trade-offs, o gestor
logístico pode equilibrar os custos, especialmente os de transporte, armazenagem e
manutenção de inventário, de acordo com o nível de serviço, para atingir os objetivos
logísticos da organização.
Para o cumprimento dos objetivos logísticos de custos e nível de serviço, a Logística
faz uso das atividades de transporte, manutenção de estoque e processamento de pedidos,
mais conhecidas com as atividades primárias da Logística. Segue explicação detalhada de
cada uma destas atividades.
Essas atividades, chamadas de “ciclo crítico”, da Logística, não são chamadas assim
sem razão. Como o resultado das operações logísticas é prover serviço por obter materiais
para seus clientes, dentro das especificações previamente estabelecidas, estas três atividades
são centrais para cumprir essa missão.
Considerado a atividade principal da Logística para muitos, o transporte é essencial
para movimentar materiais na cadeia de suprimentos2. Segundo Ballou (1995), outro fator que
o coloca no topo das atividades prioritárias é o fato de absorver cerca de dois terços dos custos
logísticos, como já apresentado na Figura10. Ainda segundo o autor, esses custos geram
problemas financeiros quando ocorrem greves ou paralisações devido ao aumento do
combustível. Esses problemas podem variar de acordo com o tipo de modal, meio de
transporte utilizado, entre outros aspectos.
Os modais de transportes mais comuns são o rodoviário, ferroviário, aéreo,
aquaviário e dutoviário. Para Bowersox e Closs (2007), a importância de cada modal é algo
relativo, e depende dos fatores distância, volume, receita e composição do tráfego. Isso
ocorre, pois cada modal tem características distintas, podendo atender diferentes necessidades.
A Tabela 1, a seguir, apresenta os modais de transporte e suas principais
características, atribuindo valores de 1 a 5, onde a menor pontuação indica a melhor
classificação.
2
Cadeia de Suprimentos: todos os estágios envolvidos, direta ou indiretamente no atendimento de um pedido ao
cliente. Inclui fabricantes, fornecedores, transportadoras, depósitos varejistas e os próprios clientes, bem como
todos os envolvidos no descarte do produto após o uso/consumo. (BALLOU, 2001).
40
3
EDI (Electronic Data Interchange): ou Intercâmbio Eletrônico de Dados, é um sistema de envio e recebimento
de documentos eletrônicos padronizados entre parceiros de negócios. Estes documentos são gerados a partir de
dados das transações comerciais e enviados eletronicamente aos seus destinatários pelos sistemas de EDI,
reduzindo o tempo e o custo envolvidos nos processos comerciais e logísticos entre empresas. (BOWERSOX e
CLOSS, 2007).
43
O canal reverso dos bens de pós-consumo constitui o canal pelo qual materiais
retornam à cadeia de suprimentos, por motivos tais como: término da validade, estoques
excessivos no distribuidor, por serem consignados, por apresentarem defeitos, etc. Após o
retorno, estes materiais são destinados à reforma, desmanches, reciclagem ou disposição final.
Leite (2003) afirma que o fluxo de bens de pós-venda pode-se originar por problemas
de performance do produto ou por garantias comerciais. Problemas de performance
correspondem a avarias no transporte e/ou armazenagem e por defeitos cobertos pela garantia,
enquanto problemas comerciais se referem a erros do pedido, excesso de estoques, fim da
vida comercial do produto, etc.
O canal reverso de pós-consumo, diferente de pós-venda, diz respeito aos materiais
que terminam seu ciclo de vida útil e são descartados pela sociedade. Esses produtos podem
46
voltar pelos canais de reuso, desmanche e reciclagem ou, não havendo forma de
revalorização, vão para disposição final.
Ao retornar pelo canal de reuso, um bem de pós-consumo é reutilizado para a mesma
função para a qual foi originalmente concebido. Nestes casos o termo ‘pós-consumo’ é
utilizado como sinônimo de bem usado, mesmo havendo interesse em sua reutilização. Estes
materiais em geral são destinados ao mercado de segunda mão, sendo comercializados até que
sua vida útil chegue ao fim.
Ao fim da vida útil de um material o fluxo reverso do mesmo pode seguir o canal
reverso do desmanche ou da reciclagem. No caso do desmanche, ocorre a desmontagem do
material, onde as partes que ainda possuem condição de uso são enviadas ao mercado de
peças usadas e as partes sem condição de revalorização são enviadas para disposição final.
No canal reverso da reciclagem, os bens têm seus materiais constituintes extraídos
industrialmente, voltando a servir de matéria-prima para novos produtos. Para tal reintegração
é necessário que haja coleta destes materiais, seleção, preparação, reciclagem industrial e
reintegração ao ciclo produtivo. (LEITE, 2003).
Por fim, materiais que não possuem condições de revalorização têm seu destino na
disposição final, que pode ser por meio de aterros sanitários ou incineração, sendo estas as
disposições finais seguras, ou pelo despejo dos resíduos em lixões, córregos, rios, terrenos,
etc, poluindo o meio ambiente.
Por meio destes canais de distribuição e todos seus sistemas operacionais a logística
reversa torna possível o retorno dos bens ou de seus materiais constituintes ao ciclo produtivo,
agregando valor econômico, ecológico, legal e de localização ao planejar e operacionalizar o
fluxo, desde a coleta até a reintegração ao ciclo.
O próximo tópico apresentará de modo extenso a questão de obtenção e em especial
o processo de gestão de compras e todas suas atividades.
Estudo do mercado.
Estudo dos materiais.
Análise dos custos.
Pesquisa Investigação das fontes de fornecimento.
Inspeção das fábricas dos fornecedores.
Desenvolvimento de fontes de fornecimento.
Desenvolvimento de fontes de materiais alternativos.
Conferência de requisições.
Análise das cotações.
Decidir comprar por meio de contratos ou no mercado aberto.
Aquisição Entrevistar vendedores.
Negociar contratos.
Efetuar as encomendas de compras.
Acompanhar o recebimento de materiais.
Manutenção de estoques mínimos.
Transferências de materiais.
Administração
Evitar excesso e obsolescência de estoque.
Padronizar o que for possível.
Fazer estimativa de custo.
Diversos Dispor de materiais desnecessários, obsoletos ou excedentes.
Cuidar das relações comerciais recíprocas.
Quadro 2 - Atividades típicas de compras
Fonte: Adaptado de Administração de Materiais (DIAS, 2005)
49
Uma política de estoques ideal deve resultar num mínimo de estoque, porém, sem
que haja faltas. Por serem idéias conflitantes, deve-se estabelecer um ponto de equilíbrio, para
51
comuns atrasos nos prazos de entrega, o comprador precisa mostrar-se atento as datas de
entrega, e cobrar do fornecedor sempre que os atrasos forem significativos.
Por último, aguarda-se o recebimento do pedido. No recebimento é vital verificar se
o que está sendo entregue esta de acordo com o que foi pedido. Quando é identificada alguma
divergência, registra-se e entre-se em contato com o fornecedor. Caso contrário, o material é
armazenado e lançado no estoque da empresa.
2.4.5 Parcerias
4
Classificação ABC: também conhecida como classificação de Pareto, a classificação ABC visa identificar os
produtos em função dos valores que representam para a organização, e assim, estabelecer formas de gestão de
acordo com a importância de cada item. (BARBIERI e MACHLINE, 2009).
5
Classificação XYZ: tem como critério o grau de criticalidade do material para as atividades da organização.
Assim os itens são classificados em três diferentes classes: X (podem faltar sem acarretar prejuízos, podem ser
facilmente substituídos e são encontrados com facilidade no mercado), Y (grau de criticalidade médio, são
indispensáveis, porem podem ser substituídos com facilidade) e Z (a falta pode parar as atividades da
organização ou colocar em risco as pessoas, o patrimônio e o ambiente). (BARBIERI e MACHLINE, 2009).
61
Pode-se usar esta expressão como medida de desempenho global da área de compras.
Conforme o tempo passa, este custo tende a diminuir, pois à medida que a quantidade de
compras aumenta os envolvidos passam a realizar as atividades com mais rapidez, agilidade e
eficiência.
Outra maneira de mensurar as atividades de compras é por calcular o tempo de
colocação do pedido e o tempo total do pedido. O tempo de colocação do pedido compreende
o período a partir do momento que o comprador recebe a solicitação de compra até o
momento que o pedido é recebido pelo fornecedor. O esperado é que este tempo seja o mais
curto possível, pois é um processo que ocorre dentro da organização; não depende de terceiros
para ser realizado. Barbieri e Machline (2009) explicam que, por falta de planejamento,
excesso de controles ou mesmo falta de autonomia dos compradores, esse tempo pode elevar,
atrasando todo o processo de compra.
Para a realização do cálculo de colocação do pedido é necessário ter registrado todas
as datas envolvidas a partir do momento que é identificada a necessidade de realizar uma
compra. Então se usa média aritmética e desvio padrão para realizar o cálculo, conforme se
pode observar no exemplo da Figura 20.
Na Figura 20 pode-se observar também o cálculo do tempo total do pedido, que nada
mais é que a soma do tempo de colocação do pedido e do tempo de atendimento do pedido.
Os resultados obtidos por meio deste cálculo permitem ao gestor verificar se os prazos das
compras precisam ser reduzidos, tanto internamente quanto externamente. Por descomplicar
63
3 CARACTERIZAÇÃO DA ORGANIZAÇÃO
3.1 Histórico
Pediatria
Endocrinologia Pediátrica
Gastroenterologia Pediátrica
Pneumologia Pediátrica
Especialidades
Neurologia Pediátrica
Clínicas
Dermatologia Pediátrica
Infectologia Pediátrica
Cardiologia Pediátrica
Terapia Intensiva Pediátrica
Cirurgia Pediátrica
Cirurgia Plástica
Neurocirurgia
Ortopedia e Traumatologia Pediátrica
Especialidades Ortopedia Oncológica
Cirúrgicas Otorrinolaringologia Pediátrica
Anestesiologia Pediátrica
Cirurgia Bucomaxilo Facial
Ortopedia
Radiologia
Quadro 4 – Especialidades clínicas e cirúrgicas
Fonte: Elaborado pela acadêmica – 2011
68
Localizado no centro da cidade de Itajaí, o HUPA ocupa uma área de 3.313,60 m²,
contando com 94 leitos, sendo 17 na Unidade A (atendimento particular e pelos convênios
privados de saúde), 60 na Unidade B (atendimento aos usuários do Sistema Único de Saúde –
SUS), 6 no Pronto-Socorro (PS), 8 na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e 3 no Centro
Cirúrgico. Na Figura 23 pode-se observar a fachada do prédio que abriga o hospital.
3.4 Visão
Segundo Oliveira (2009, p. 457), a visão refere-se “aos limites da empresa que se
consegue enxergar, dentro de um período de tempo mais longo e uma abordagem mais
ampla”. A visão do Hospital Universitário Pequeno Anjo é:
“Por meio de valores como a humanização do atendimento e capacitação da equipe
multiprofissional, prestar um serviço de qualidade alicerçado em ética e transparência nas
relações com os clientes”.
3.5 Missão
infantil de aproximadamente 118 mil crianças. O hospital também atende pacientes de cidades
próximas, como Joinville, Barra Velha, Tijucas e Brusque, como também pacientes
acidentados nas rodovias próximas.
O hospital presta serviços de nutrição e dietética, fisioterapia, fonoaudiologia,
psicologia, assistência social, pedagogia, radiodiagnóstico por imagem, análises clínicas e
farmácia hospitalar. Possui um corpo clínico, formado por funcionários e médicos associados,
de 55 médicos, que atendem em diversas especialidades. No total, o HUPA possui um quadro
de funcionários de 186 pessoas.
Administrado pela Fundação Univali, no HUPA são realizadas também atividades de
ensino, pesquisa e extensão, de diversos cursos da universidade, especialmente dos cursos da
área da saúde, como Medicina, Enfermagem, Farmácia, Psicologia, Fisioterapia, Odontologia
e Fonoaudiologia, servindo de campo para pesquisa também para cursos como Pedagogia,
Nutrição, Administração, Logística etc.
Outros serviços essenciais prestados pelo hospital são os atendimentos de
urgência/emergência prestados no Pronto-Socorro e as internações. Estes serão mais bem
analisados nos tópicos que seguem.
sendo visível a queda em 2007 e 2008, voltando a crescer com pouca expressividade em 2009
e 2010:
60000
46936 50512
50000
40000 49885 47163 38352
37784 39448
30000
30645 33536
20000
10000
0
> abril 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010
2002
25,02% SUS
74,02% Convênio
Particular
3.6.2 Internações
A mudança em relação aos atendimentos permitiu que boa parte dos recursos, antes
gastos em atendimentos desnecessários, fosse investido nas internações. O gráfico na Figura
26 apresenta o número de internações realizadas de 2002 a 2010, como segue:
5000
4308
4000 3429 3475 3285
3000 3354 3561
3034 2974
2000 2640
1000
0
> 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010
abril
2002
22,16% SUS
75,42% Convênio
Particular
3.7 AVISA
4 RESULTADOS DA PESQUISA
Antes da apresentação das informações obtidas por meio da pesquisa realizada, faz-
se necessário descrever o setor de compras do Hospital Universitário Pequeno Anjo, bem
como os materiais e os centros de estoque de materiais.
No HUPA todos os inputs de bens e serviços são geridos através do setor de
compras, que é composto por um comprador, os solicitantes de materiais, funcionários do
financeiro e pela diretora geral, responsável pela aprovação das solicitações e ordens de
compras. O setor de compras não possui um local específico, e o comprador, funcionário da
UNIVALI, realiza as cotações, pedidos de compra e outras atribuições nas terças e quintas-
feiras no hospital.
Os bens comprados pelo hospital podem ser divididos em duas categorias: materiais
e serviços. Os serviços comprados pelo hospital variam desde publicidade à manutenção,
sendo os serviços realizados por meio de contratos apresentados adiante.
Com relação aos materiais comprados, estes são geridos pelos três centros de
estoques do hospital, sendo estes: o almoxarifado, responsável pelos materiais médico-
hospitalares e produtos de higiene e limpeza (bem como os materiais de expediente que são
fornecidos pela UNIVALI); a farmácia, responsável pelos medicamentos e soros; e o centro
de nutrição, responsável pelos alimentos perecíveis e não perecíveis.
A Tabela 2 apresenta a quantidade de materiais do qual cada centro de estoque é
responsável, separados por itens ativos, bloqueados e excluídos. Itens ativos são os que fazem
parte dos materiais padronizados. Itens bloqueados são os que não são padronizados pelo
hospital, todavia, em determinadas situações necessitam ser comprados, por motivos diversos.
Os itens excluídos são aqueles que deixaram de ser utilizados, foram substituídos por
similares ou deixaram de ser comercializados.
Cada centro de estoque realiza seu controle de estoque 6 e seus pedidos de compra de
modo independente. É importante esclarecer a relação entre os centros de estoque e o setor de
compras. Visto ser responsabilidade dos centros de estoque estabelecer estoques mínimos e
pontos de pedido, bem como as quantidades a serem compradas, o setor de compras está
sempre em contato com a farmácia, o almoxarifado e a nutrição.
Tendo sido apresentados o setor de compras bem como os centros de estoque, o
próximo tópico mostrará os resultados da pesquisa com relação ao processo de compras
adotado pelo hospital.
6
Na presente pesquisa controle de estoque está relacionado ao estoque de segurança e ponto de pedido,
necessários para iniciar o processo de compras.
78
Análise da
SDCV necessidade do
SDCV cancelada
autorizada produto
Pedido de
compra enviado
para cotação
Fechamento da
cotação e análise
das propostas
Seleção da
proposta mais
adequada
Compra
aguardando Compra fora dos
aprovação padrões
Para facilitar o processo, foi determinado que as SDCV fossem criadas toda 5ª feira,
sendo aprovadas ou não, e enviadas para cotação no mesmo dia. Os fornecedores têm até 2ª
feira à meia-noite para responder, na forma de proposta. Na 3ª feira é realizada a seleção das
propostas e as mesmas são enviadas para aprovação da Diretora Attela. Após aprovação,
ainda na 3ª feira, os pedidos de compras são enviados aos fornecedores, que têm até 6ª feira
para realizar a entrega. Apesar dos esforços para que o processo funcione desta maneira, ainda
82
é comum as etapas do processo não ocorrerem nos dias que foram determinadas para
acontecer.
É importante frisar que o comprador não possui autonomia para realizar cotações
sem a aprovação da diretoria, o que, em muitos casos, atrasa o processo de compra. Outro
processo que aumenta o tempo total da compra é o fato das cotações permanecerem abertas
por quatro dias, enquanto outros hospitais da região realizam as cotações em no máximo um
dia.
Cardápio da
semana
elaborado toda 5ª
feira
Contato
com
fornecedor
Aguardar
entrega nos dias
já determinados Recebimento do
pedido
Gestão de
estoques
decisão é o preço. Em segundo lugar, verifica-se se o produto cotado é realmente o que foi
solicitado. E por último, leva-se em consideração o prazo de entrega.
12% Almoxarifado
Farmácia
23% 44% Nutrição
Serviços
21%
ALMOXARIFADO
Pereira Comercio De Artigos
B Braun Hts Tecnologia Em Saúde
Descartáveis
Canaveral Incregel Polomed
Ciclo Farma Kirius-Pel Pro-Diet
Cirúrgica Kd Kuerten Distribuidora Rkm
Cirurgica Mafra Limpel Rota Sul Hospitalar
Cirúrgica Santa Cruz Macrosul Rt Distribuidora
Cirúrgicas Fernandes Mas Embalagens Samtronic
Cointer Mcd Plast Servimed
Cremer MCW Spartan Do Brasil
Dimaci SC Medstock Stokmed
Dispane Naturalle Sul Brasil
Distribuidora Curitiba Olimed Supermercado Xande
Fabesul Universal Orbenk Teksan
Fernando Marcondes De
Parcomed Paraná W&Z
Almeida
Firmino & Ronsani Pedro Muffato
Hospfar Peguspam
Quadro 6 – Fornecedores de materiais almoxarifado
Fonte: Elaborado pela acadêmica – 2011
88
FARMÁCIA
ANB Farma Drogaria Catarinense Farmavale Pro-Diet
Fund. De Ext. E
B/Braun Eurofarma Pesquisas Riomed
Educacionais.
Cirúrgica Jaw Farmácia Catarinense Genésio A. Mendes Scheid E Castro
Cirúrgica Mafra Farmácia Dehon Halex Istar Servimed
Cointer Farmácia ESCOLA MCW Unimed
Cristal Distribuidora
Farmais Next Farma
De Medicamentos
Quadro 7 – Fornecedores de materiais farmácia
Fonte: Elaborado pela acadêmica – 2011
NUTRIÇÃO
Distribuidora Pick Pack
Acúpesca Itacomp
Bernardi Embalagens
Alban Indus Distribuidora Muller J Alimentos Ltda Sacolão Elite
Supermercado
Becker Atacadista Fafes Mas Embalagens
Speciale
Café Colonial Fajofama Mercado Vó Maria Supermercado Xande
Fernando Marcondes
Cajusul Orbenk
De Almeida
Frigorífico
Casa Mayer Panificadora Danjean
Riosulense
Indústria de
De Franco Alimentos Santa Pedro Muffato
Catarina
Quadro 8– Fornecedores de materiais nutrição
Fonte: Elaborado pela acadêmica – 2011
PRESTADORES DE SERVIÇOS
Orsegups Vigilância
Serviçal Limpeza
Vittalave Lavanderia
Por meio de reuniões, são estabelecidos preços, prazos de pagamento, entre outras
informações necessárias, descritas no contrato assinado por ambas as partes.
4.5 Parcerias
formais com estas empresas, onde são estabelecidos como os serviços serão prestados, quais
os preços, prazos de pagamento e tudo mais que for necessário.
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Este trabalho teve como objetivo geral analisar a gestão de compras do Hospital
Universitário Pequeno Anjo, analisando os processos de compras utilizados pelo hospital,
estudando métodos de compras citados por autores da área e pesquisando sobre parcerias com
fornecedores, com vista na obtenção da otimização dos processos e na redução de custos para
a organização.
Com base em estudos bibliográficos, buscaram-se fundamentações ligadas ao
conteúdo do trabalho, servindo de ajuda para a identificação do objetivo geral, bem como dos
objetivos específicos, servindo de base para as sugestões propostas.
A pesquisa realizada foi de grande importância, pois por meio dela foi possível
identificar as etapas dos processos de compras realizados pelo hospital que necessitam ser
revisadas. Também foi possível apresentar os diferentes processos de compras utilizados pelo
hospital, bem como apresentou valores relativos aos fornecedores, dando base para a sugestão
do estabelecimento de parcerias. Sendo assim, todos os objetivos propostos foram atingidos.
É importante deixar claro que o desenvolvimento desta pesquisa foi realizado de
maneira ética, dentro das regras da organização, assim como estabelecido no contrato de
estágio.
Para a acadêmica o trabalho foi de suma importância, por proporcionar uma visão de
como funcionam os temas aprendidos durante a graduação em logística na prática. Em
especial, este trabalho serviu de apoio para a realização de um estágio remunerado em outra
organização da saúde, no setor de compras, colocando em pratica toda teoria estudada.
De maneira geral, o hospital, como parte da Fundação UNIVALI, pode usar as
sugestões feitas neste trabalho para a realização de pesquisas mais profundas. Estas pesquisas
podem ser realizadas não somente na gestão de compras, como também na gestão de materiais
e armazenagem, por meio de uma abordagem logística, visando sempre à redução de custos e
o aumento do nível de serviço, de modo a proporcionar a seus pacientes um serviço excelente.
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REFERÊNCIAS
BARBIERI, José Carlos; MACHLINE, Claude. Logística Hospitalar: teoria e prática. 2. ed.
São Paulo: Saraiva, 2009.
BAILY, Peter et al. Compras: Princípios e administração. São Paulo: Atlas, 2000.
DIAS, Marco Aurélio P.. Administração de Materiais: princípios, conceitos e gestão. 5. ed.
São Paulo: Atlas, 2005.
FARIA, Ana Cristina de; COSTA, Maria de Fátima Gameiro da. Gestão de Custos
Logísticos. São Paulo: Atlas, 2009.
LEITE, Paulo Roberto. Logística Reversa: Meio ambiente e competitividade. São Paulo:
Prentice Hall, 2003.
SENE, Eustáquio de; MOREIRA, João Carlos. Geografia para o Ensino Médio. São Paulo:
Scipione, 2005.
VIANA, João José. Administração de Materiais: Um enfoque prático. São Paulo: Atlas,
2006.
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Nome do estagiário
Ethieny Lindsay Santos
Orientador de conteúdo
Prof. Romeu Zarske de Mello
Supervisor de campo
Attela Jenichen Provesi