Conferência de Berlim
Conferência de Berlim
Conferência de Berlim
Disciplina: História
Classif:
(______)
Discente: Docente:
Ilda Albino Macumbe Silva
Império Otomano
O Império Alemão, país anfitrião, não possuía colónias na África, mas, tinha esse desejo e viu-o
satisfeito, passando a administrar o Sudoeste Africano (actual Namíbia) e o Tanganhica; os
Estados Unidos possuíam uma colónia na África, a Libéria, só que muito tarde, mas eram uma
potência em ascensão e tinham passado recentemente por uma guerra civil relacionada com a
abolição da escravatura naquele país; a Grã-Bretanha tinha-a abolido no seu império em 1834; a
Turquia também não possuía colónias na África, mas era o centro do Império Otomano, com
interesses no norte de África e os restantes países europeus que não foram “contemplados” na
partilha de África, também eram potências comerciais ou industriais, com interesses indirectos
naquele continente. Num momento desta conferência, Portugal apresentou um projecto, o famoso
Mapa cor-de-rosa, que consistia em ligar Angola a Moçambique para haver uma comunicação
entre as duas colónias, facilitando o comércio e o transporte de mercadorias. Sucedeu que, apesar
de todos concordarem com o projecto, a Inglaterra, à margem do Tratado de Windsor,
surpreendeu com a negação face ao projecto e fez um ultimato, conhecido como Ultimato
britânico de 1890, ameaçando guerra se Portugal não acabasse com o projecto. Portugal, com
medo de uma crise, não criou guerra com Inglaterra e todo o projecto foi-se abaixo. Como
resultado desta conferência, a Grã-Bretanha passou a administrar toda a África Austral, com
excepção das colónias portuguesas de Angola e Moçambique e o Sudoeste Africano, toda a
África Oriental, com excepção do Tanganica e partilhou a costa ocidental e o norte com a
França, a Espanha e Portugal (Guiné-Bissau e Cabo Verde); o Congo que estava no centro da
disputa, o próprio nome da Conferência em alemão é Conferência do Congo, continuou como
propriedade da Associação Internacional do Congo, cujo principal accionista era o rei Leopoldo
II da Bélgica; este país passou ainda a administrar os pequenos reinos das montanhas a leste, o
Ruanda e o Burundi.
O Processo de Roedura do Continente.
O processo de roedura da África teve um começo anterior a conferência de Berlim, com a estada
dos portugueses por volta de 1430, devido a necessidade de manutenção do reino de Portugal,
em primeiro momento pela busca de cereais para reabastecer a economia de subsistência e em
segundo, a intenção de chegada às índias, que pelo caminho, favoreceu a um comércio de
especiarias e metais preciosos. Tudo financiado pela coroa Portuguesa.
Bélgica
O rei Leopoldo II escolheu para si um território isolado e de difícil acesso, no centro do
continente. Sua intenção era possuir uma colônia tal qual seus pares europeus, para inscrever a
Bélgica como uma nação imperialista, como a Inglaterra e a França.
Dessa maneira, o Congo belga fazia fronteira com várias colônias de outras nações e isso geraria
conditos no futuro.
França x Inglaterra
A França disputava com a Inglaterra a supremacia colonial tanto na África quanto na Ásia. Por
isso, as duas nações esforçavam-se para bancas suas estacas na maior quantidade possível de
território no continente africano. A Inglaterra contava com sua poderosa esquadra naval, a maior
da época, para pressionar e influenciar os resultados das negociações. Por sua parte, a França foi
negociando tratados com os chefes tribais ao longo do século XIX e usou este argumento para
garantir territórios no continente africano. Essa técnica era usada por todos as nações que
ocuparam a África. Os europeus aliavam-se a certas tribos e as ajudavam a combater seus
inimigos.
Como consequência, o território africano foi dividido entre os países integrantes da Conferência
de Berlim: Húngaro e Império Turco-Otomano.
Mapa da África após a Conferência de Berlim.
Grã-Bretanha: suas colônias atravessavam todo o continente e ocupou terras desde o norte com
o Egipto até o sul, com a África do Sul; França: ocupou basicamente o norte da África, a costa
ocidental e ilhas no Oceano Índico, Portugal: manteve suas colônias como Cabo Verde, são
Tomé e Príncipe, Guiné, e as regiões de Angola e Moçambique;
Espanha: continuou com suas colônias no norte da África e na costa ocidental africana;
Alemanha: conseguiu território na costa Atlântica, actuais Camarões e Namíbia e na costa
Índica, a Tanzânia; Itália: invadiu a Somália e Eritreia. Tentou se estabelecer na Etiópia, mas foi
derrotada; Bélgica: ocupou o centro do continente, na área correspondente ao Congo e Ruanda.
Veja também: Imperialismo e Colonialismo. Por sua vez, a liberdade comercial na bacia do
Congo e no rio Níger foi garantida; assim como a proibição da escravidão e do trábco de seres
humanos. A Conferência de Berlim foi uma vitória diplomática do chanceler Bismarck. Com a
reunião, ele demonstrava que o Império Alemão não podia ser mais ignorado e era tão
importante quanto o Reino Unido e a França. Igualmente, não solucionou os litígios de fronteiras
disputados pelas potências imperialistas na África e levariam à Primeira Guerra Mundial (1914-
1918). O condito foi travado entre dois grandes blocos: Alemanha, Áustria e Itália (formavam
a Tríplice Aliança), e França, Inglaterra e Rússia (formavam a Tríplice Entente).
Como a África era considerada uma extensão desses países europeu, o continente também se viu
envolvido na Grande Guerra Mundial, com os nativos integrando os exércitos nacionais. Essa
nova configuração do continente africano feito pelas potências mundiais, permaneceu até o fim
da Segunda Guerra Mundial (1939-1945). Após esta data eclodiram vários movimentos de
independência em diversos países africanos.
Resumo
Entre 15 de Novembro de 1884 e 26 de Fevereiro de 1885, representantes de treze países
europeus e dos Estados Unidos se reuniram em Berlim para organizar, na forma de regras, a
ocupação da África e a exploração de seus recursos naturais. A Conferência de Berlim, também
chamada de Conferência do Congo uma vez que a disputa por essa região motivou o encontro,
selou o destino do continente africano, pondo fim a autonomia e a soberania das nações
africanas. Ao mesmo tempo, a África tornou-se o novo palco do confronto e das velhas
rivalidades europeias, o tabuleiro onde se decidiria o frágil equilíbrio das potências europeias.
Referências bibliográficas
Livro de História 7 classe;
www.Todamatéria.com;
História de África livros 3;
www.TudosobreaÁfrica.com.