Conferência de Berlim

Fazer download em doc, pdf ou txt
Fazer download em doc, pdf ou txt
Você está na página 1de 9

Classe: 11a, Turma: A1

Disciplina: História

Tema: Conferencia de Berlim

Classif:
(______)

Discente: Docente:
Ilda Albino Macumbe Silva

Manhiça, Julho de 2023


Índice
Introdução...................................................................................................................................................3
Conferência de Berlim.................................................................................................................................4
Império Otomano........................................................................................................................................4
O Processo de Roedura do Continente.........................................................................................................5
A partilha de África e a divisão colonial......................................................................................................5
As causas da conferência de Berlim............................................................................................................5
Bélgica........................................................................................................................................................6
França x Inglaterra.......................................................................................................................................6
Mapa da África após a Conferência de Berlim............................................................................................7
Resumo........................................................................................................................................................8
Referências bibliográficas...........................................................................................................................9
Introdução  
A Conferência de Berlim realizada entre 19 de Novembro de 1884 e 26 de Fevereiro de 1885
teve como objectivo organizar, na forma de regras, a ocupação de África pelas potências
coloniais e resultou numa divisão que não respeitou, nem a história, nem as relações étnicas e
mesmo familiares dos povos desse continente em causa.
Conferência de Berlim
O congresso foi proposto por Portugal e organizado pelo Chanceler Otto von Bismarck da
Alemanha assim como participaram ainda a GrãBretanha, França, Espanha, Itália, Bélgica,
Holanda, Dinamarca, Estados Unidos, Suécia, Áustria-Hungria,

Império Otomano
O Império Alemão, país anfitrião, não possuía colónias na África, mas, tinha esse desejo e viu-o
satisfeito, passando a administrar o Sudoeste Africano (actual Namíbia) e o Tanganhica; os
Estados Unidos possuíam uma colónia na África, a Libéria, só que muito tarde, mas eram uma
potência em ascensão e tinham passado recentemente por uma guerra civil relacionada com a
abolição da escravatura naquele país; a Grã-Bretanha tinha-a abolido no seu império em 1834; a
Turquia também não possuía colónias na África, mas era o centro do Império Otomano, com
interesses no norte de África e os restantes países europeus que não foram “contemplados” na
partilha de África, também eram potências comerciais ou industriais, com interesses indirectos
naquele continente. Num momento desta conferência, Portugal apresentou um projecto, o famoso
Mapa cor-de-rosa, que consistia em ligar Angola a Moçambique para haver uma comunicação
entre as duas colónias, facilitando o comércio e o transporte de mercadorias. Sucedeu que, apesar
de todos concordarem com o projecto, a Inglaterra, à margem do Tratado de Windsor,
surpreendeu com a negação face ao projecto e fez um ultimato, conhecido como Ultimato
britânico de 1890, ameaçando guerra se Portugal não acabasse com o projecto. Portugal, com
medo de uma crise, não criou guerra com Inglaterra e todo o projecto foi-se abaixo. Como
resultado desta conferência, a Grã-Bretanha passou a administrar toda a África Austral, com
excepção das colónias portuguesas de Angola e Moçambique e o Sudoeste Africano, toda a
África Oriental, com excepção do Tanganica e partilhou a costa ocidental e o norte com a
França, a Espanha e Portugal (Guiné-Bissau e Cabo Verde); o Congo que estava no centro da
disputa, o próprio nome da Conferência em alemão é Conferência do Congo, continuou como
propriedade da Associação Internacional do Congo, cujo principal accionista era o rei Leopoldo
II da Bélgica; este país passou ainda a administrar os pequenos reinos das montanhas a leste, o
Ruanda e o Burundi.
O Processo de Roedura do Continente.  
O processo de roedura da África teve um começo anterior a conferência de Berlim, com a estada
dos portugueses por volta de 1430, devido a necessidade de manutenção do reino de Portugal,
em primeiro momento pela busca de cereais para reabastecer a economia de subsistência e em
segundo, a intenção de chegada às índias, que pelo caminho, favoreceu a um comércio de
especiarias e metais preciosos. Tudo financiado pela coroa Portuguesa.

A partilha de África e a divisão colonial.  


Entre 1885 e 1914, realizou-se a divisão colonial que constituiu o novo mapa africano. Mas vale
ressaltar que antes da conferência de Berlim, as potências europeias já tinham suas esferas de
influência na África por várias formas: mediante a instalação de colónias, a exploração, a criação
de entrepostos comerciais, de estabelecimentos missionários, a ocupação de zonas estratégicas e
os tratados com os dirigentes africanos. Após a conferência de Berlim, os tratados tornaram-se os
instrumentos essenciais da partilha da África no papel.     Eram de dois tipos esses tratados: os
celebrados entre africanos e europeus, e os bilaterais, celebrados entre os próprios europeus.  
Estes tratados estiveram muito popularizados no período considerado. Eram feitos por
representantes de governos europeus ou por certas organizações privadas, que, mais tarde, os
cediam a seus respectivos governos. E logo que um governo metropolitano os aceitava, os
territórios em apreço eram em geral anexados ou tidos por protectorado; por outro lado, se um
governo duvidasse da autenticidade dos tratados ou tivesse de agir com prudência por causa das
vicissitudes da Weltpolitik, utilizava esses tratados para obter vantagens no quadro das
negociações bilaterais.

As causas da conferência de Berlim


Aspecto da Conferência de Berlim com o grande mapa da África è esquerda e Bismarck sentado
ao centro
A Conferência de Berlim foi realizada entre Novembro de 1884 e fevereiro de 1885, na
Alemanha. Presidida pelo chanceler do Império Alemão Otto von Bismarck, o evento durou três
meses e todas as negociações eram secretas, como era habitual naqueles tempos. Oficialmente, a
reunião serviria para garantir a livre circulação e comércio na bacia do Congo e no rio Níger; e o
compromisso de lutar pelo fim da escravidão no continente. Contudo, a ideia era resolver
conditos que estavam surgindo entre alguns países pelas possessões africanas e dividir
amistosamente os territórios conquistados entre as potências mundiais. Todos tinham interesse
em adquirir a maior parte de territórios, visto que a África é um continente rico em matérias-
primas. Embora os objectivos tenham sido alcançados, a Conferência de Berlim, gerou diversos
atritos entre os países participantes. Vejamos alguns deles:

Bélgica
O rei Leopoldo II escolheu para si um território isolado e de difícil acesso, no centro do
continente. Sua intenção era possuir uma colônia tal qual seus pares europeus, para inscrever a
Bélgica como uma nação imperialista, como a Inglaterra e a França.

Dessa maneira, o Congo belga fazia fronteira com várias colônias de outras nações e isso geraria
conditos no futuro.

França x Inglaterra
A França disputava com a Inglaterra a supremacia colonial tanto na África quanto na Ásia. Por
isso, as duas nações esforçavam-se para bancas suas estacas na maior quantidade possível de
território no continente africano. A Inglaterra contava com sua poderosa esquadra naval, a maior
da época, para pressionar e influenciar os resultados das negociações. Por sua parte, a França foi
negociando tratados com os chefes tribais ao longo do século XIX e usou este argumento para
garantir territórios no continente africano. Essa técnica era usada por todos as nações que
ocuparam a África. Os europeus aliavam-se a certas tribos e as ajudavam a combater seus
inimigos.

Como consequência, o território africano foi dividido entre os países integrantes da Conferência
de Berlim: Húngaro e Império Turco-Otomano.
Mapa da África após a Conferência de Berlim.

Grã-Bretanha: suas colônias atravessavam todo o continente e ocupou terras desde o norte com
o Egipto até o sul, com a África do Sul; França: ocupou basicamente o norte da África, a costa
ocidental e ilhas no Oceano Índico, Portugal: manteve suas colônias como Cabo Verde, são
Tomé e Príncipe, Guiné, e as regiões de Angola e Moçambique;

Espanha: continuou com suas colônias no norte da África e na costa ocidental africana;
Alemanha: conseguiu território na costa Atlântica, actuais Camarões e Namíbia e na costa
Índica, a Tanzânia; Itália: invadiu a Somália e Eritreia. Tentou se estabelecer na Etiópia, mas foi
derrotada; Bélgica: ocupou o centro do continente, na área correspondente ao Congo e Ruanda.
Veja também: Imperialismo e Colonialismo. Por sua vez, a liberdade comercial na bacia do
Congo e no rio Níger foi garantida; assim como a proibição da escravidão e do trábco de seres
humanos. A Conferência de Berlim foi uma vitória diplomática do chanceler Bismarck. Com a
reunião, ele demonstrava que o Império Alemão não podia ser mais ignorado e era tão
importante quanto o Reino Unido e a França. Igualmente, não solucionou os litígios de fronteiras
disputados pelas potências imperialistas na África e levariam à Primeira Guerra Mundial (1914-
1918). O condito foi travado entre dois grandes blocos: Alemanha, Áustria e Itália (formavam
a Tríplice Aliança), e França, Inglaterra e Rússia (formavam a Tríplice Entente).

Como a África era considerada uma extensão desses países europeu, o continente também se viu
envolvido na Grande Guerra Mundial, com os nativos integrando os exércitos nacionais. Essa
nova configuração do continente africano feito pelas potências mundiais, permaneceu até o fim
da Segunda Guerra Mundial (1939-1945). Após esta data eclodiram vários movimentos de
independência em diversos países africanos.
Resumo
Entre 15 de Novembro de 1884 e 26 de Fevereiro de 1885, representantes de treze países
europeus e dos Estados Unidos se reuniram em Berlim para organizar, na forma de regras, a
ocupação da África e a exploração de seus recursos naturais. A Conferência de Berlim, também
chamada de Conferência do Congo uma vez que a disputa por essa região motivou o encontro,
selou o destino do continente africano, pondo fim a autonomia e a soberania das nações
africanas. Ao mesmo tempo, a África tornou-se o novo palco do confronto e das velhas
rivalidades europeias, o tabuleiro onde se decidiria o frágil equilíbrio das potências europeias.
Referências bibliográficas
 Livro de História 7 classe;
 www.Todamatéria.com;
 História de África livros 3;
 www.TudosobreaÁfrica.com.

Você também pode gostar