Thaís Da Silva Borges
Thaís Da Silva Borges
Thaís Da Silva Borges
DEPARTAMENTO DE ANTROPOLOGIA
Questões:
***
Qual é o entendimento de Émile Durkheim sobre “Representações Sociais”,
considerando os textos Representações individuais e representações coletivas
(1970) e As formas elementares de vida religiosa (1989)?
Para Durkheim, tanto a vida coletiva, quanto a vida mental dos indivíduos, são
feitas de representações (p. 16, 18XX). Representações essas que podem ser
individuais ou coletivas, sendo as coletivas a sintetização do que os homens pensam
de si mesmo e da realidade em seu entorno. Oliveira (XXX) aponta que elas, em
termos teóricos, mantêm semelhanças com o conceito de fato social, apresentado
em outras obras do autor.
Durkheim foi um sociólogo preocupado com a vida coletiva a partir dos
indivíduos, com os fatos sociais e a coercitividade dos mesmos. Portanto, a religião
foi um tema trabalho em várias de suas obras. Em As Formas Elementares da Vida
Religiosa Durkheim aponta a religião como uma forma de representação coletiva,
utilizando o termo representações religiosas. Neste livro, conforme aponta o título, o
autor busca o elemento primordial do fenômeno religioso e para isso recorre ao que
chama de sociedades mais simples, onde consequentemente encontraria
representações religiosas mais simples.
Criticava o animismo e o totemismo, este último chamado de “ilusão” pelo seu
sobrinho e antropólogo Marcel Mauss. Sendo assim, a religião em Durkheim é um
fenômeno constituído com base em crenças e ritos, que seriam modos de ação e
regras, a religião como um elemento coercitivo da sociedade. Na verdade, o primeiro
elemento coercitivo de ordem social. Ademais, afirma que a religião não precisa
necessariamente uma divindade sobrenatural, usando de exemplo o budismo.
Também afirma que não há vida religiosa sem igreja
p. 106 Rachel Weiss
4. Com base nos textos Ensaio sobre a dádiva (1974), Uma categoria do espírito
humano - a noção de pessoa, a noção de eu (1974) e As técnicas corporais
(1974), qual é o entendimento de Marcel Mauss sobre “dádiva”, “pessoa” e
“técnica corporal”?
Dádiva:
As coisas vendidas ainda tem uma alma. Muito da “nossa” sociedade ainda
permanece nesse local moral de troca e dádiva onde obrigação e liberdade se
misturam. Dar é manifestar superioridade
Depois, a noção de persona latina (romana a partir da máscara) e como essa foi
adotada pelas sociedades ocidentais. Não é uma palavra necessariamente latina,
mas os romanos a utilizaram no primeiro sentido que viria a ser o “nosso”. A noção
de persona está um passo antes do eu. Índia: ahamkara (fabricação do eu). Na
China a individualidade de uma pessoa estava em seu nome (ming), que seria um
coletivo, vindo de antepassados.
A pessoa como fato moral: Persona ainda com sentido de imagem sobreposta que
também significa personalidade humana ou divina. A noção de pessoa ainda não
tinha base metafísica, que surgiria com o cristianismo, e assim a pessoa cristã, uma
pessoa moral que seria uma substância una, racional, indivisível e individual
A pessoa como ser psicológico: movimentos sectários que prezavam pela liberdade
individual e o direito de comunicar-se diretamente com Deus.
Uma das razões pelas quais essas séries podem ser montadas mais facilmente no
indivíduo é que elas são montadas pela autoridade social e para ela (p. 441) posso
citar Luis XIV sla e as técnicas de parto.
Na mentalidade primitiva não existe espaço para acidente. Sociedades pré lógicas
(participação) e lógicas (causal)
Basta para o primitivo que ele sinta a participação como real, sem que se questione
se isso é possível (p. 34). Esta participação é uma das bases operantes da
mentalidade primitiva (rever vídeo)
Conclusão: Barreira da língua, as línguas primitivas são complexas em gramática e
vocabulários e apenas traduzi-las não lhes faz justiça. O autor fez análise a partir de
documentos etnográficos.
“Lévy-Bruhl parece assim ter refeito por conta própria toda uma trajetória típica do
saber ocidental. Tudo indica que seu intelectualismo sofreu um considerável abalo
ao confrontar-se com o mundo primitivo, abalo do qual ele seguramente jamais se
recuperou por inteiro” (p. 11 ou 12)
"Não se trata de opor boas e más correntes de pensamento, bons e maus autores:
trata-se de determinar, no campo antropológico, linhas de força que coexistem mais
ou menos despercebidamente em qualquer antropologia" (p. 20)