Modulo de Historia de Artes 3 - 2015
Modulo de Historia de Artes 3 - 2015
Modulo de Historia de Artes 3 - 2015
História de Artes 3
D0272
24 Unidades
Universidade Católica de Moçambique
Direitos de autor
Agradecimentos
Agradeço a colaboração dos seguintes
indivíduos e instituições na elaboração
deste Módulo:
Índice
Bem-vindo a História de Arte 3 ........................................................................................................ 8
Objectivos da Cadeira ...................................................................................................................... 8
Quem deve estudar este módulo .................................................................................................... 8
Como está estruturado este módulo ............................................................................................... 9
Ícones de actividade .......................................................................................................................10
Habilidades de estudo ....................................................................................................................10
Precisa de apoio? ...........................................................................................................................11
Tarefas (avaliação e auto-avaliação) .............................................................................................12
Avaliação ........................................................................................................................................13
Unidade I ........................................................................................................................................ 14
Exercícios .......................................................................................................................................51
Unidade VII ..................................................................................................................................... 52
Visão Geral
Bem-vindo a História de Arte 3
Este módulo serve como base do suportes do curso de Desenho,
o qual retrata especificamente conteúdos de História de
Artes 3, os mesmos poderão dar-lhe um uma visão geral e
detalhada e compreender as varias expressões artísticas
existentes em Africa e Moçambique em particular.
Objectivos da Cadeira
Gerais
Conhecer as principais manifestações artistas existentes
em Africa assim como as suas características.
Especificos
Identificar as características gerais da arte África;
Identificar as principais manifestações artísticas existentes
no continente africano;
Caracterizar em linhas gerais as principais formas de
manifestação artísticas em África;
Reconhecer as regiões africanas apartir das suas obras
de arte.
Páginas introdutórias
Um índice completo.
Uma visão geral detalhada do curso / módulo, resumindo os
aspectos-chave que você precisa conhecer para completar o
estudo. Recomendamos vivamente que leia esta secção com
atenção antes de começar o seu estudo.
Outros recursos
Comentários e sugestões
Ícones de actividade
Ao longo deste manual irá encontrar uma série de ícones nas
margens das folhas. Estes ícones servem para identificar
diferentes partes do processo de aprendizagem. Podem indicar
uma parcela específica de texto, uma nova actividade ou tarefa, uma
mudança de actividade, etc.
Habilidades de estudo
Durante a formação, para facilitar a aprendizagem e alcançar
melhores resultados, implicará empenho, dedicação e disciplina
no estudo. Isto é, os bons resultados apenas se conseguem com
estratégias eficazes e por isso é importante saber como estudar.
Apresentamos algumas sugestões para que possa maximizar o tempo
dedicado aos estudos:
Precisa de apoio?
Caro estudante, temos a certeza que por uma ou por outra
situação, o material impresso, lhe pode suscitar alguma dúvida
(falta de clareza, alguns erros de natureza frásica, prováveis erros
ortográficos, falta de clareza conteudística, etc). Nestes casos,
contacte o tutor, via telefone, escreva uma carta participando a
situação e se estiver próximo do tutor, contacte-o pessoalmente.
Avaliação
Você será avaliado durante o estudo independente (80% do curso)
e o período presencial (20%). A avaliação do estudante é
regulamentada com base no chamado regulamento de avaliação.
Os trabalhos de campo por ti desenvolvidos, durante o estudo
individual, concorrem para os 25% do cálculo da média de
frequência da cadeira.
Os exames são realizados no final da cadeira e durante as sessões
presenciais, eles representam 60%, o que adicionado aos
40% da média de frequência, determinam a nota final com a qual o
estudante conclui a cadeira.
A nota de 10 (dez) valores é a nota mínima de conclusão da
cadeira.
Consulte-os.
História de Artes 3 14
Unidade I
Introdução a Arte Africana
.
Arte africana
O termo Arte Africana geralmente não inclui a arte das áreas do Norte
de África ao longo da costa do Mediterrâneo, uma vez que tais áreas
tinham sido parte de diferentes tradições. Por mais de um milênio, as
História de Artes 3 15
artes de tais áreas faziam parte da arte islâmica, embora com muitas
características particulares. A Arte da Etiópia, com uma longa tradição
cristã, também é diferente do da maioria da África, onde a religião
Africana tradicional (com o Islã no norte) foi dominante até há
relativamente pouco tempo.
Os elementos temáticos
Materiais
Sumário
Arte africana é um termo normalmente usado para designar a arte feita
na África Subsaariana.
O termo Arte Africana geralmente não inclui a arte das áreas do Norte
de África ao longo da costa do Mediterrâneo, uma vez que tais áreas
tinham sido parte de diferentes tradições. Por mais de um milênio, as
artes de tais áreas faziam parte da arte islâmica, embora com muitas
características particulares.
Exercícios
Unidade II
História da Arte Africana
Ao terminares esta unidade seras capaz de:
História
A arte tradicional
África é o lar de uma próspera arte contemporânea fine art cultura. Isso
tem sido, infelizmente, pouco estudado até recentemente, devido a
“estudiosos e colecionadores de arte” que dão ênfase na arte tradicional.
Artistas modernos notáveis incluem El Anatsui, Marlene Dumas, William
Kentridge, Karel Nel, Kendell Geers, Yinka Shonibare, Zerihun
Yetmgeta, Odhiambo Siangla, Elias Jengo, Olu Oguibe, Lubaina HIMid,
e Bili Bidjocka, Henry Tayali. As bienais de Arte são realizadas em
Dakar, Senegal, e Joanesburgo, África do Sul. Muitos artistas africanos
contemporâneos são representados em coleções de museus, e sua arte
pode vender por preços elevados em leilões de arte. Apesar disso,
muitos artistas africanos contemporâneos tendem a ter momentos
difíceis encontrar um mercado para o seu trabalho. Muitas artes
africanas contemporâneas emprestado pesadamente de antecessores
tradicionais. Ironicamente, essa ênfase na abstração é visto pelos
ocidentais como uma imitação de artistas europeus e americanos
cubistas e totêmicos, como Pablo Picasso, Amedeo Modigliani e Henri
Matisse, que, no início do século XX, foram fortemente influenciados
pela arte tradicional Africana. Este período foi fundamental para a
evolução do modernismo ocidental em artes visuais, simbolizada pela
descoberta de Picasso na pintura "Les Demoiselles d'Avignon."
Sumário
Exercícios
Unidade III
Escultura, Arquitectura e pintura Africana
Ao terminares esta unidade seras capaz de:
Escultura
Figura 2- Escultura
As figuras de culto com fins mágicos, que a Africana
Arquitetura
Pintura africana
As pinturas corporais,
juntamente com
acessórios naturais,
como flores ou trevos,
tornam este tipo de
pintura, uma arte
tipicamente africana.
Figura 7 - Pinturas corporais Africanas
As cores para tal meio,
são extraídas de pedras, plantas, barros e frutos. Se sobressai em tribos,
como Surma e Mursi, localizadas na parte leste do continente. Na
maioria das vezes, as pinturas corporais são realizadas em alguns
rituais, que por ventura são mais comuns nas tribos existentes no
continente africano.
Não tão diferente das pinturas em telas, as pinturas murais são
caracterizadas, a princípio, por seus desenhos geométricos e cores
fortes, bem como, os outros tipos de pintura. Porém, o grande
diferencial, está no fato de ser vista como uma prática ancestral,
passada de mães para filhas, pois nesse caso, a mulher é responsável
por esse tipo de atividade, bem comum entre as tribos do continente.
Com tanta diversidade a respeito das pinturas na África, é comum estar
relacionada as pinturas dos continentes americanos e europeus, visto
que, foi através de movimentos artísticos no continente africano, que se
História de Artes 3 31
Sumário
Exercícios
1 – Caracterize as esculturas africanas.
Unidade IV
Arte Africana por povo
Ao terminares esta unidade seras capaz de:
Mali
Bambara
Máscaras
não podem ser ligados a dos séculos XIX início do século XX, Art
Institute of Chicago. Feminino (esquerda)
sociedades ou cerimônias
e estilos verticais masculinos
específicas.
Escultores Bambara
estabeleceram uma reputação
para os cocares zoomórficos
usados por membros da
sociedade tji-Wara. Apesar de
serem todos diferentes, todos
eles exibem um corpo altamente
Figura 10 - Máscara Babmara
abstrato, muitas vezes
incorporando um motivo zig-zag, o que representa o curso do sol, de
leste a oeste, e uma cabeça com dois grandes chifres. Bambara
membros da sociedade tji-Wara vestiam o cocar enquanto dançava em
História de Artes 3 36
Estatuetas
Cada traço criativo especial uma pessoa obtida foi vista como uma forma
diferente para agradar os espíritos mais elevados.
Dogon
As mascaras Dogon
Sumário
Exercícios
1- Caracterize a arte do povo Bambara.
a) Quais são as principais formas de expressão artísticas
usadas pelo povo Bambara.
b) Quais são os estilos de mascaras produzidas pelo povo
bambara.
c) Qual era a função das mascaras.
d) Em relação as estatuetas bambaras diga para que
serviam.
Unidade V
Arte do Gabão
Ao terminares esta unidade seras capaz de:
Gabão
Sumário
Exercícios
1 – Faça uma localização geográfica do povo Fang.
Unidade VI
Arte do Congo Central ou Equatorial
Ao terminares esta unidade seras capaz de:
CONGO
Sumário
Uma das maiores expressões do Congo, região central ou equatorial, é
a escultura dos Warega, cuja necessidade criativa tem o objetivo de
atender às exigências rituais da sociedade Bwamé. Os Warega utilizam
marfim e costumam revestir suas obras com uma substância marrom.
Exercícios
1 – Qual é a mior expressao artistica do Congo.
Unidade VII
Arte da Costa do Marfim
Ao terminares esta unidade seras capaz de:
A arte do povo We, por vezes chamado de Krahn ou Guere, está ligada
à realização de máscaras, que começam geralmente como objectos
simples, sem adornos, esculpidos por um artista masculino. A máscara
então é transmitida através das gerações e cada utente adiciona novos
adornos, crescendo em poder e significado ritual. As máscaras mantêm
uma posição importante dentro da sua pequena comunidade. São
propriedade das famílias e usadas na vida social do povo We. A máscara
age como um mediador entre os membros da Comunidade e como uma
História de Artes 3 57
As estatuetas Marfinenses
Figura 55 - Figura
masculina sentada do Figura 56 - Figura Figura 57 - Figura do
equestre magnífica e povo Senufo da Costa
povo Baule da Costa do
rara do povo Senufo da do Marfim | ca. meados
Marfim | ca. Antes do
Costa do Marfim do século XX | Madeira
século XIX ao início do
século 20
Sumário
Exercícios
Unidade VIII
Arte da da Serra Leoa
Ao terminares esta unidade seras capaz de:
Serra Leoa
A Arte em Serra Leoa tem uma longa e significativa tradição na escultura
e obras cerimoniais, como máscaras e pano para a iniciação e proteção.
Embora os estilos de arte são muitas vezes atribuída a um único grupo
étnico (muitas vezes o Mende), os estilos e os processos estão
espalhados por todo o país e muitos artistas se deslocam entre os
diferentes grupos étnicos do país.
Sociedades Odelay
Carpintaria
Sumário
Exercícios
Unidade IX
Arte na Republica Democratica do Congo
Ao terminares esta unidade seras capaz de:
CONGO
Sumário
Exercícios
Unidade X
Arte Nok (Nigéria)
Ao terminares esta unidade seras capaz de:
Povo Nok
Origem
Nok é o nome de uma pequena aldeia de mineração no centro da
Nigéria, onde em 1928 as primeiras evidências dessa cultura foram
encontradas. Como não há prova escrita recebida, o nome original
dessa civilização permanece desconhecida.
Artefatos históricos
Embora os eventos históricos que acompanharam a cultura Nok são
completamente desconhecidos, a pouca evidência que nos resta é de
considerável importância para a história da África. As provas de sua
produção de artefatos de cerâmica e ferro são uma fonte de acalorado
debate entre os estudiosos.
Terracota
Figura 80 -
Figura 78 - Cabeça cerâmica Figura 79 - Uma escultura Nok Escultura Nok
encontrada em Nok, na Nigéria em terracotta
Sumário
O estilo artístico Nok é uma prova importante das tradições culturais pré-
coloniais da África Ocidental e também dos antecedentes de uma
habilidade posterior: as cabeças humanas
de latão e terracota realizadas em Ifé e Benin muitos séculos depois.
Os principais trabalhos das esculturas Nok, que chegaram até nós, são
de terracota, em particular uma cabeça muito estilizada provavelmente
representando seu DEUS, com base nestes resultados, a civilização
Nok é chamada cultura das estatuetas de Nok
Exercícios
1 - Caracterize a cultura do povo Nok.
2 – Quais as origens do povo Nok.
3 - Caracterize o estilo artístico Nok
4 - Qual é o material mais usado na escultura Nok.
5 – Quais os motivos temáticos representados pelos Nok.
História de Artes 3 77
Unidade XI
Arte Ifé (Nigéria)
Ao terminares esta unidade seras capaz de:
Arte ifé
Poucas civilizações na África Subsariana são tão famosas pela sua arte
e a sua cultura como a de Ife, antigo reino e terra natal do povo yoruba
(um grupo de 35 milhões de pessoas), na Nigéria. Os seus artistas
criaram uma obra escultórica única, que se conta entre as esteticamente
mais prodigiosas e tecnicamente mais aprimoradas do continente
negro.
Figura 83 - Ife bronze Figura 84 -Ife bronze Figura 85 - Ife bronze moldagem de
moldagem de uma cabeça moldagem de uma cabeça uma cabeça
Figura 86 - Ife bronze Figura 87 - Ife bronze Figura 88 - Ife bronze moldagem de
moldagem de uma cabeça de moldagem de uma cabeça de uma cabeça de Rei
Rainha Rainha
História de Artes 3 80
Sumário
Poucas civilizações na África Subsariana são tão famosas pela sua arte
e a sua cultura como a de Ife, antigo reino e terra natal do povo yoruba
Os seus artistas criaram uma obra escultórica única, que se conta entre
as esteticamente mais prodigiosas e tecnicamente mais aprimoradas
do continente negro.
Técnica e visualmente, as obras de arte da antiga Ife contam-se entre
as mais importantes do mundo. Incluem cabeças de tamanho natural e
figuras humanas em terracota e bronze.
Exercícios
Unidade XII
Arte Yoruba (Nigéria)
Ao terminares esta unidade seras capaz de:
Escultura
Cerâmica
Couro e pérolas
Sumário
Exercícios
Unidade XIII
Arte do Benin
Ao terminares esta unidade seras capaz de:
Povo de Benin
Escultura
Figura 101 - Mães Oba são Figura 102 - Mães Oba são
representadas com penteados cônicos representadas com penteados cônicos
meticuloso meticuloso, vista lateral
História de Artes 3 89
dois comerciantes
portugueses com o pelo e os gorros em estilo europeu. As
representações, de maior a menor medida, indicam a hierarquia das
personagens.
Sumário
Estado da África Ocidental, cuja capital é a cidade de Benim, um
território atualmente pertencente à Nigéria.
História de Artes 3 92
Exercícios
Unidade XIV
Arte tradicional do povo Axanti –Gana (os tecidos
Kente)
Ao terminares esta unidade seras capaz de:
Um dos primeiros relatos da seda real dos Axanti data de 1730 quando
um homem foi enviado para a corte do rei Opukuware por um
comerciante Dinamarquês notando que o rei usava tafetá de seda e
tecidos de varias cores. O artista distinguiu lã, fios de seda, e algodão.
Uma dos relatos sobre origem desses tecelões, fala do primeiro tear
trazido por Otah Kraban apos uma viagem a Bondokou, região da Costa
do Marfim.
É interessante notar que aos nomes dados a esses panos vem dos
padrões de cores apagadas do urdume que formam o fundo do tecido.
Embora não muito popular em Moçambique (pelo menos não com esse
nome), o Kente é um património cultural Africano em todo o mundo,
como comprovam as fotos que seleccionamos para a galeria de hoje.
Sumário
Exercícios
1 - Qual é a principal expressão artisticas tradicional do
povo Axanti.
2 - Caracterize a arte de tecelagem Kente.
3 – Qual foi a maior conquista na arte de tecelagem do
povo Axanti.
História de Artes 3 98
Unidade XV
Arte Contemprânea do Gana
Ao terminares esta unidade seras capaz de:
Em Gana, na região da
Grande Accra, a estilização de
caixões é uma febre,
considerada um símbolo
emblemático da arte no país.
Só na capital Accra, já são
mais de duas dúzias de
Figura 119 - Caixão em forma de peixe
estúdios especializados
espalhados pela cidade. E o número só não é maior, porque a fabricação
da obra exige muita técnica, talento e conhecimento histórico – na
História de Artes 3 99
As primeiras formas
dessa arte surgiram
nos anos 50 e o grande
responsável pela
criação do novo
gênero foi o carpinteiro
Seth Kane Kwei. Ele
sempre escutou de
sua avó sobre suas
Figura 120 - Caixão em forma de Aguia
curiosidades entorno
do avião e sua fascinação pelo meio de transporte aéreo. Ela morreu
sem ter a chance de viajar e para homenageá-la o jovem carpinteiro
resolveu preparar um belo caixão em forma de avião. Mais do que um
mimo, para ele era uma maneira de fazer com que sua avó fizesse a sua
viagem para o outro mundo na forma sempre sonhada. Deste momento
em diante, as encomendas e demandas não pararam mais e a arte se
espalhou pelo país.
Pescadores pediam por
barcos, cultivadores por
cebolas e por aí a arte se
afirmou e o artesão foi se
tornando cada vez mais
um perito da área. Em
1960, os caixões
figurativos já eram parte
integrante da cultura Figura 121 - Caixão em forma de peixe e em
forma de uma garrafa de Coca-Cola
local de funeral.
História de Artes 3 100
Hoje, o costume de
simbolizar as profissões
dos falecidos continua, mas
as formas de caixões
também podem ser
escolhidas conforme o
gosto pessoal: abacaxi,
garrafa de Coca-Cola,
Figura 124 - Caixão em forma de Guitarra
celular e até nota de
dinheiro! Certas formas, no entanto, como espadas, símbolos reais ou
religiosos são reservados às pessoas que ocupem os respectivos cargos
História de Artes 3 101
Materiais e técnicas
Sumário
Exercícios
Unidade XVI
Arte da Tanzânia
Ao terminares esta unidade seras capaz de:
Tanzânia
Arte
Figura 126 - Arte Figura 127 - Arte Maconde: Mascara Figura 128 - Arte
Maconde: Cacador africana Maconde: Cacador
História de Artes 3 105
Pinturas Tingatinga
O estilo de pintar de Edward era simples. Ele usava uma ou duas cores
para o fundo e cores vibrantes para pintar apenas um objeto, como um
animal africano, num estilo bem peculiar. Ele não incluía um cenário nem
outros detalhes.
Fontes de inspiração
Hoje em dia, o povo africano e sua cultura também são retratados pela
arte tingatinga. Uma pintura pode representar um dia numa feira
movimentada, uma visita a um hospital local ou simplesmente o
cotidiano de um povoado.
História de Artes 3 107
Desde sua criação, a arte tingatinga tornou possível que africanos com
dons artísticos se expressassem, proporcionando ao mesmo tempo uma
excelente oportunidade de incrementarem sua renda. De fato, essa arte
cresceu tanto que hoje existe uma cooperativa de pintores sediada em
Dar es Salaam. Alguns até mesmo mantêm viva a tradição de pintar com
esmalte de bicicleta. Se Edward Tingatinga ainda estivesse vivo (ele
morreu em 1972), a popularidade de seu estilo artístico sem dúvida o
faria sorrir.
Saidi Omary é um jovem pintor, mas ele já tem alunos. Ele mantém
sempre uma elevada qualidade de pinturas. Ele tem sempre bom humor
e ele nunca está com pressa. Assim, suas pinturas são muito boas. Ele
tenta ser criativo também, mas é difícil na coletiva Tinga Tinga. Desfrute
de pinturas de S.Omary.
Figura 140 - Pintura Tingatinga: Said Omar Figura 141 - Pintura Tingatinga: Said
Omar
Figura 144 - Pintura Tingatinga: Said Figura 145 - Pintura Tingatinga: Said Omar
Omar
Parece que o estilo Tinga Tinga é uma grande bagunça. Mas se você
olhar de perto, há apenas alguns animais que são retratados. E alguns
pintores se especializaram em alguns animais. Então Gayo Peter,
Mtapwata e até mesmo Kolumbo especializaram-se em pintar
borboletas. Mas o maior mestre da borboleta é Kambili. Ele não pinta
qualquer coisa que aparece. Abaixo você pode ver borboletas de Gayo
e Chiwaya.
Figura 148 - Pintura Tingatinga: Peixes Figura 149 - Pintura Tingatinga: Peixes
azuis, Mbwana Sudi azuis, Rubuni Rashidi
Sumário
O estilo de pintar de Edward era simples. Ele usava uma ou duas cores
para o fundo e cores vibrantes para pintar apenas um objeto, como um
animal africano, num estilo bem peculiar. Ele não incluía um cenário nem
outros detalhes.
Exercícios
Unidade XVII
Arte da Etiópia
Ao terminares esta unidade seras capaz de:
A arte da etiópia
Arquitetura e escultura
Figura 153 -
Figura 152 - Interior de da igreja Biet.
Igleja de Debre Berhan
Pintura
Figura 154 - Teto Angos: Igreja de Debre Figura 155 - Afresco no interior da igreja
Berhan Selassie. Debre Berhan Selassie
História de Artes 3 117
Figura 156 - Tríptico, ca. 1700. Figura 157 - Frescos da igleja de Abuna
Yemata Guh (Gheralta).
Sumário
Exercícios
Unidade XVIII
Arte da Núbia (arte do povo Meroé)
Ao terminares esta unidade seras capaz de:
Enigma de Meroé
Figura 170 -
Figura 169 - Estranhas múmias meroitas
Estatueta egipcia
Aqui, um outro mural nos mostra uma dessas criaturas que habitavam
os domínios territoriais de Meroé.
Figura 173 -
Estatueta meroita
E não é só isso!
Um cientista da
Universidade
de Berlim,
apurou que o
misterioso povo
branco de
Meroé chegou
Figura 181 - Símbolos meroitas
mesmo a
invadir, dominar e reinar sobre o próprio Egito, ali estabelecendo as XXV
e XXVI Dinastias, aproveitando-se do enfraquecimento militar e social
que prevalecia naquela época nas terras do Nilo - o que bem poderia
explicar o abandono das suas terras no Sudão! Os soberanos meroitas
(cujos estranhos nomes podemos ver em alguns exemplos acima)
mantiveram-se no poder até o ano 654 A.C. quando o Egito foi invadido
e dominado pelos Assírios.
Sumário
Exercícios
Unidade XIX
Núbia
Na época do Egito faraônico, a Núbia era uma região que separava esse
país da África subsaariana. Atualmente, seu território se encontra
dividido entre o Egito e o Sudão.
Arquitetura
Os séculos IV-X e V-XI representaram na Núbia um período
extremamente favorável para o desenvolvimento das artes,
particularmente da arquitetura.
A arquitetura da Núbia não pode ser compreendida sem um estudo
prévio da sua arquitetura religiosa. Em toda a cristandade, as igrejas
eram então os edifícios mais importantes e justamente a sua construção
era o melhor reflexo das concepções e técnicas arquiteturais desta
época.
História de Artes 3 131
Primeiro período
Fase 1: A arquitetura religiosa da Núbia denota, originalmente, uma
influência estrangeira. As igrejas eram construídas segundo um plano
retangular com um único eixo central e três naves. Ela era geralmente
feita com tijolos crus e recobertas com um teto de madeira sustentado
por pilares de tijolos crus.
Segundo período
A evolução do estilo das igrejas, com influencias armênias e bizantinas,
transformou completamente a concepção do espaço arquitetural.
Durante este período, desenhou‑se uma dupla tendência: enquanto o
estilo tradicional manteve‑se nas províncias, um estilo novo e oficial,
caracterizado por um plano central, surgiu na capital. O emprego do tijolo
cozido generalizou‑se. A igreja com colunas de granito de Dongola
remonta a este período: ela tem um plano cruciforme inscrito no interior
do plano basilical. A arquitetura núbia atingiu então o seu apogeu. O
mausoléu (igreja cruciforme) do velho Dongola, construído segundo um
plano em forma de cruz grega, mostra que os arquitetos núbios
História de Artes 3 133
Terceiro período
Durante este período, não mais é possível distinguir uma evolução
linear. A atividade arquitetural estava dispersa e sofria diversas
influencias, principalmente bizantinas. O traço mais geral é a cúpula,
introduzido ao final do século IV-X e ligado a nova concepção espacial
da igreja, privilegiando a dimensão vertical. As igrejas com plano central
e as igrejas com plano retangular (basilical) eram ambas cobertas por
uma cúpula em sua parte central e os pilares de tijolos substituíam as
colunas. O tijolo cru é nova e comumente utilizado. Além da
reconstrução de antigas igrejas, foram edificadas novas, em um estilo
que resultava de modificações e simplificações, variáveis segundo as
regiões, contribuições acrescentadas as formas inventadas pelos
arquitetos núbios.
Figura 190 - Bispo Figura 191 - Bispo Marianos Figura 192 - Cathedral de
Petros (924-999) e (1005-1039) e Virgem com
São Pedro Apóstolo o Menino, depois de 1005
História de Artes 3 140
Sumário
Na época do Egito faraônico, a Núbia era uma região que separava esse
país da África subsaariana. Atualmente, seu território se encontra
dividido entre o Egito e o Sudão.
Primeiro período
Fase 1: A arquitetura religiosa da Núbia denota, originalmente, uma
influência estrangeira.
Fase 2: Desenvolvimento da atividade arquitetural. Construção das
grandes catedrais com grandes pedras lapidadas e tijolos crus.
Segundo período
A evolução do estilo das igrejas, com influencias armênias e bizantinas.
Terceiro período
Durante este período, não mais é possível distinguir uma evolução
linear. A atividade arquitetural estava dispersa e sofria diversas
influencias, principalmente bizantinas.
História de Artes 3 141
Exercícios
1. Identifique as principais manifestações artísticas
desenvolvidas na Núbia.
2. Quais as edificações que despertavam mais atenção na
arquitectura da Nubia.
a) Caracterize as edificações arquitectonias da Nubia.
b) Identificar as fases da arquitectura Nuba.
3. Caracterize as manifestações da pintura Nuba.
História de Artes 3 142
Unidade XX
Arte do Povo Ndebele (África do sul)
Ao terminares esta unidade seras capaz de:
Arte Ndebele
Ndebele - etnia que conta com uma população em torno de 700 mil
pessoas, concentradas em sua maioria na região de Pretoria
(Gauteng), Africa do Sul.
Ester Mahlangu
Figura 193 - Arte Ndebele aplinada nas Figura 194 - Arte Ndebele em Tecidos
missangas
História de Artes 3 144
Sumário
O povo Ndebele é um grupo étnico Africano localizado na África do Sul
e no Zimbabwe. A maior parte deles encontra-se em Bronkhorstspruit.
As origens do povo Ndebele ainda são um mistério.
História de Artes 3 148
O que todos nós sabemos é aquilo que podemos ver, e o que vemos é
arte e muita cor nas suas casas. Uma combinação de arquitectura e
arte únicas são a principal característica deste belo povo africano.
Exercícios
1. Qual são as origens do povo Ndebele.
2. Qual é a principal característica do povo Ndebele.
3. Quais são as características da arte praticada pelo povo
Ndebele.
4. Quais os motivos temáticos retratados pelos Ndebele.
5. Que pessoas da tribo Ndebele tinha o previlegio de fazer este
tipo de arte.
6. Identificar a figura de destaque na Pintura Ndebele.
História de Artes 3 149
Unidade XXI
Arte do Grande Zimbabwe
Ao terminares esta unidade seras capaz de:
Histórico
O complexo arqueológico é
considerado um importante
instrumento arqueológico da África
e Patrimônio da Humanidade pela
UNESCO. Também é um Santuário
nacional do atual Zimbabwe, onde
foi encontrado o símbolo nacional
do país, o Pássaro de Zimbabwe.
Características da arquitectura
do grande Zimbabwe:
Construídas em chapas de
Figura 209 - Passaro de Zimbabwe
granito.
Um forte no extremo da
colina e um templo circular
com uma torre cónica de 11
m. de altura.
A Grande Muralha:
Sumário
O Grande Zimbabwe é um complexo de amuralhados de pedra
situados na região leste do Zimbabwe, perto da fronteira
com Moçambique. Este complexo é considerado
um monumento nacional, que deu o nome ao país onde atualmente se
situa. O "Monumento Nacional do Grande Zimbabwe" foi inscrito
pela UNESCO como Património Mundial em 1986.
Exercícios
1. Qual é a história da muralha do grande Zimbabwe.
2. Caracterize a arquitectura do grande Zibambwe.
3. Quais são as características da escultura do Grande Zimbabwe.
História de Artes 3 153
Unidade XXII
Arte Moçambicana
Ao terminares esta unidade seras capaz de:
Moçambique
Arte Moçambicana
Malangatana (1936-2011), um
outro jovem colonizado que
ambicionava ser artista, começou
a desenhar e a pintar nesta
mesma época. Preferiu, como
me disse, ter lições de arte no
Núcleo de Arte onde ensinava
João Ayres, um artista moderno
Figura 215 – Malangatana Valente
que apreciava, e onde se
encontravam pessoas que admirava. Pouco depois, no Núcleo de Arte,
conheceu Pancho Guedes. Foi um encontro que mudou a sua vida e
sobre o qual já muito se escreveu. Malangatana abandonará algum
tempo depois o Núcleo de Arte, por conselho do arquitecto, para
encontrar um caminho tanto quanto possível livre de influências e a sua
carreira seguiu, fruto do seu esforço pessoal e de condicionalismos
históricos, um rumo completamente diferente nos anos seguintes. A sua
primeira exposição individual aconteceu em 1961. O seu nome passou
a ser associado a uma expressão moderna ‘puramente’ africana. Foi
considerado um dos primeiros pintores de África, um pintor natural,
autêntico, verdadeiro
e sincero, um pintor cujo trabalho, a composição e a harmonia de cores
aconteciam tão naturalmente como as histórias e as visões.
Malangatana estava interessado em ‘mostrar as coisas dos antigos pois
era possível ser civilizado sem deixar o que era nosso.
Na mesma época, um outro jovem, Abdias (n.1940), pintor de
automóveis durante o dia, à noite estudante na Escola Industrial, tinha a
mesma ambição que Malangatana.
Tal como ele expressava-se livremente sobre as suas experiências de
vida e sobre a situação que se vivia em Moçambique. Pancho Guedes
seleccionou trabalhos dos dois (e de outros três jovens, Mitine Macie,
Augusto Naftal e Alberto Mati) para a exposição de arte africana
contemporânea integrada no Congresso Internacional de Cultura
Africana realizado em Salisbury (actual Harare no Zimbabwe), na então
Rodésia do Sul, em 1962.
História de Artes 3 156
Sumário
obras que têm, ao longo dos anos, o património artístico nacional, assim
sendo, a pintura, a escultura, a cerâmica e a cestaria são algumas das
Manifestações artísticas que integram o universo cultural moçambicano.
Exercícios
Unidade XXIII
Arte Moçambicana (pintura, escultura e arquitectura)
Ao terminares esta unidade seras capaz de:
Pintura
Pintura rupestre
MALANGATANA. Catálogo da
exposição Malangatana – de
Matalana a Matalana. Lisboa:
Instituto Camões,1999. p. 32.
As pinturas de Malangatana
mostram confusao, tristeza,
medo…
Representam cenas muito
animadas.
Onde esta a minha mae, os
meios irmãos e os outros?
1986 – Oleo sobre a tela
(de Malangatana a malangatana, p.59)
Figura
Figura 224 - Pintura glorificando Samora, aqui olando-se ao Dr. 225 - Sonhando amanhã sem
lágrimas.
Eduardo ondlane, como líder que conduziu à independência de
Moçambique Acrílico s/tela. 1975.
c) Fase da independência
Criou-se grandes retratos e murais abordando o contexto social e
político. Neste momento surgiram muitos artistas pintando paredes com
expressões revolucionárias que estavam espalhadas por todas as
paredes, nos locais públicos.
Um dos maiores pintores da época contemporânea é Malangatana
Valente Guenha, que alem de pintor, cantava, dançava, escrevia
poemas, participava nas pecas teatrais, trabalhava com a cerâmica, a
escultura entre outras actividades, passando assim a ser considerado o
Embondeiro das Artes plásticas de Moçambique.
Figura 226 - Mural que foi pintado por Malangatana Valente Nguenha na praça dos
heróis de Moçambique em Maputo
antiga Lourenço Marques, atual Maputo, que se vai popularizar esta arte,
chegando a ganhar mais destaque com a entrada de pintores como
Malangatana Valente Ngwenya, Jacob Estevão, Naftal Langa, e outros.
Figura 227 - Australírica numa variação de nyau, Figura 228 - Serenata para encantar
com lua
2004
resíduo de mármore, cola vulcano 7, médio vinílico, Acrílico s/tela, 100 x 80 cm, 1989.
pasta acrílica e acrílico s/ tela 1.45 X 1.78 m Roberto Chichorro. Lisboa: Caminho,
1998. p. 68.
Escultura moçambicana
Escultura é uma expressão artística que se fundamenta na criação de
objectos tridimensionais. Alargando o campo estético da pintura, que
tem um carácter eminentemente visual (embora, durante a última
centúria tenha conhecido notável incremento das dimensões
sensoriais), a escultura adiciona a percepção táctil e as sensações de
matéria, volume, peso e espaço. Estas características permitem
aproximá-la da arquitectura, verificando-se que em muitas culturas era
corrente a associação de esculturas com as estruturas arquitectónicas.
Escultura Makonde
Podemos classificar os estilos da estatuária maconde do seguinte modo:
Tradicional, do Período Colonial e Moderna.
Estatuária T radicional
Período Colonial
Estatuária Moderna
Estilo Shetani
No início dos anos 60 a escultura toma um carácter bizarro, naquilo que viria a ser
conhecido como estilo Shetani. Desenvolveu-se entre os Macondes que viviam no
exílio na Tanzânia, porque em Moçambique colonial a força da igreja católica proibiu
os talhadores de trataram temas das suas tradições ancestrais e espíritos.
Mesmos os rituais como o Mapiko foram proibidos e reprimidos, desde que isto era
visto como uma heresia pagã, nos termos dos valores cristãos impostos pelo o
colonialismo.
Os Macondes das áreas ocupadas pelos portugueses continuaram a talhar
essencialmente figuras realistas, embora umas fossem mais estilizadas do que
outras.
Contudo é melhor descrito nos contos que são passados de boca em boca.
É um espírito mau que espalha a doença como o vento. Têm só uma perna, um
braço, um dedo, um olho, e um cabelo.
No norte da Zambézia, é chamado o “espírito do Mato”.
A palavra Shetani pode ser usada ainda para descrever qualquer figura ou espírito
não identificado, como animais de diferentes tamanhos, principalmente nocturnos e
misteriosos.
Cada Shetani têm o seu próprio nome e ambiente geográfico. Alguns são das
florestas, outros das planícies ou das aldeias. Uns têm prostitutas, e alguns foram
trazidos pelos indianos ou pelos europeus.
Os Shetanis não explicam o mundo, mas com todas as suas fábulas ajudam a
passar as dificuldades que podem ocorrer no dia-a-dia.
Em suma, eles têm um sentido simbólico, profundamente humano, criativo e
estimulador para a imaginação.
Toda esta cosmogonia era expressada na escultura, com um sentido de grande
equilíbrio e movimento.
Era uma representação eloquente do sofrimento, angustia e desespero, mostrava
uma técnica notável em transformar a fantasia em escultura e expressar novas
ideias que surgiam do contacto com outros povos e situações.
Bartolomeu Ambelicola
Celestino Tomás
Cristovão Alfonso
Nasceu em 1949 em Nampanha, Mueda, Cabo Delgado tendo ainda em criança
emigrado para a Tanzânia, com os pais, donde regressa só em 1976, a Namaluco
– Quissanga, transferindo-se em seguida para Nampula onde passa a viver. E é já
em 1979 – com 30 anos de idade que se inicia na escultura, aprendendo com os
História de Artes 3 173
Lamizosi Madanguo
Lamizosi conta 36 anos e nasceu em Miúla, Mueda, Cabo Delgado. Cedo seguiu
a tradição familiar de ser escultor. São seus irmãos, Nkalewa Bwaluka e Cristiano
Madanguo tendo já ele um filho a esculpir, Francisco Lamizosi.
Quando inicia os seus estudos, na Missão de Lipelwa, logo os tem que nterromper
dado o começo da Luta Armada. Iniciada esta, mantêm-se sempre nas Zonas
Libertadas desenvolvendo aí a sua arte.
Periodicamente deslocava-se a Mtwata na Tanzânia onde vendia todas as suas
obras.
Em 1978 vai para Nampula e integra-se na Cooperativa 16 de Junho, onde ainda
hoje vai vivendo da sua arte.
Obras suas pertencem a museus nacionais e várias colecções provadas.
Miguel Valingue
Nasceu em Nanhagaia, Mueda, Cabo Delgado em 1953. Em 1964 entra para a
escola primária, junto ao Régulo Likama, aderindo por essa altura também à Luta
Armada, o que o leva a optar pelas Zonas Libertadas do Planalto de Mueda e a
abandonar os estudos. Em 1968 vai para a Tanzânia com a família, começando
em 1969, e tendo como Mestre se irmão Rafael Massude.
Até 1974 vive em Mtawara regressando no Governo de Transição a Mueda.
Em 1978 fica residência em Nampula e passa a fazer parte da Cooperativa 16 de
Junho. Em 1986 vem para Maputo em busca de melhores condições de vida.
Tentou entrar para uma cooperativa, mas constatou que aí só aceitavam
artesanato em série. Hoje, trabalha por conta própria respeitando a sua arte. Tem
várias obras nas colecções do Museu Nacional de Arte e do Museu de Nampula.
História de Artes 3 174
Nkabala Ambelicola
Nasceu em Miúla, Mueda, Cabo Delgado, em 1930 e como era natural do seu
meio familiar, logo em criança abraçou a arte de esculpir em madeira.
Pertencendo a uma grande família de escultores, ele tem como Mestres seu pai,
Ambelicola Njeu, e seu tio, Kyakenia.
Logo após o massacre de Mueda adere à FRELIMO apoiando a Luta Armada por
todos os meios ao seu alcance: desde o transporte de material de guerra à
produção no campo, sem contudo abandonar a sua arte.
Quando da Independência sai de Nandimba onde se encontrava e vai para
Nampula em busca de trabalho, fixando aí residência e passando a elemento da
Cooperativa 16 de Junho.
Participou em várias exposições colectivas no exterior em Moçambique, tendo
obras suas em várias colecções nacionais.
Estilo Ujama
Nos meados dos anos 60, os escultores Macondes, tinham o estatuto de refugiados
políticos, uma vez que o seu país estava ocupado pelo poder colonial.
Por esta altura um novo estilo de talhe aparece, o estilo Ujama.
O estilo Ujama embora tenha aparecido mais tarde do que o Shetani, na sua forma
compacta é mais aproximado do tipo de talhe tradicional africano.
A base é esculpida em relevo para representar a família, de forma realista nos
corpos e caras, mantendo características típicas Macondes.
Na forma não compacta as figuras formam uma torre acrobática, captando o sentido
de movimento expresso no estilo Shetani.
Kauda Simão
Rafael Nkatunga
Máscaras Makonde
-Mascara elmo. Madeira clara e leve tingida de amarelo. Figura uma cabeça
humana, com cabelo natural com recortes de carácter ritual e escarificações
características dos macondes pirogravadas. Usada na dança do mapiko por
rapazes recém iniciados, ou por homens, durante certas cerimonias próprias dos
ritos da puberdade, masculino e femininos.
Escultura de Psikhelekedana
Breve histórial
Figura 242 - A chegada de Vasco da Gama, Figura 243 - Os acordos gerais de paz ,
em rota para a Índia em 1498 para
assinados 4 de outubro de 1992 , em Roma,
Inhambane, Quelimane e Ilha de
Maoçambique (projeto : Dino Jetha ) . após 27 meses de negociações , que marca o
fim oficial das hostilidades (projeto , Samuel
Baloi ) .
Arquitectura Moçambicana
Arquitectura é antes de mais nada construção, mas, construção
concebida com o propósito primordial de ordenar e organizar o espaço
para determinada finalidade e visando a determinada intenção. A
Arquitectura é uma atividade que esta virada para a criação de espaços
onde o Homem pode realizar as suas actividades em condições
ambientais e visuais adequadas.
Sumário
Exercícios
Unidade XXIV
Arte Moçambicana – Escultura e Arquitectura
monumental
Ao terminares esta unidade seras capaz de:
Figura 250 - Estatuaria de Samora Moises Figura 251 - Estatuária de Eduardo Chivambo
Machel Mondlane
É um monumento memorial ao Marechal Samora
É um monumento memorial ao Doutor Eduardo
Moisés Machel foi presidente da Frente de
Chivambo Mondlane, Herói Nacional foi primeiro
Libertação de Moçambique- FRELIMO, a partir de
Presidente da Frente de Libertação de Moçambique-
22 de Maio de 1970, até a vitória contra o
FRELIMO e arquitecto da Unidade Nacional.
colonialismo português.
Proclamou a insurreição geral armada do Povo
Proclamou a Independência Nacional a 25 de
Moçambicano contra o colonialismo português, em
Julho de 1975. Foi fundador e Primeiro
1964. Dirigiu a luta de Libertação Nacional até 1969.
Presidente da República Popular de
Nasceu a 20 de Julho de 1920 e foi assassinado pelo
Moçambique.
regime colonial a 3 de Fevereiro de 1969.
Nasceu a 29 de Setembro de 1933 e morreu
vítima de acidente a 19 de Outubro de 1986, em
Mbuzine, África do Sul.
Fora disto existiam ainda muitas armas de vários tipos espalhadas pelo
país. Por isso o departamento Justiça, Paz e Reconciliação do Conselho
Cristão de Moçambique lançou um projecto para a consolidação da paz,
chamadoTransformação de Armas em Instrumentos de Trabalho. O
objectivo era a recolha e destruição das armas ainda nas mãos dos ex-
beligerentes, também para evitar que estes seriam vendidos nos países
vizinhos.
História de Artes 3 189
Arquitectura Monumental
A Igreja de Santo
António da
Polana ou Igreja da
Polana, é um edifício
emblemático do estilo
de arquitectura
modernista, construído
em 1962 na cidade
de Maputo, capital
de Moçambique. Foi Figura 269 - Igreja de Santo António da Polana -
Maputo
projectado pelo
arquitecto Nuno Craveiro Lopes.
Um projecto anterior, elaborado entre 1930 e 1038, não foi além dos
alicerces devido a dificuldades financeiras .
Exercícios
Referências bibliográficas
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civilisations africaines. Paris: Hazan, 1968.
DELANGE, Jacqueline. Arts et peuples de l'Afrique Noire/ Introduction
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