Relatorio 2 de Estagio 3 - 2º - 2022

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INTRODUÇÃO

Apesar de já conhecer a educação de perto há anos, a cada dia venho me


surpreendendo e aprendendo mais na prática e são os estágios que vêm cumprindo este
papel. Este estágio no Curso Normal me proporcionou uma experiência singular, ampliado
minha visão com relação ao poder da educação para nossa sociedade e sua importância.
Cabe ressaltar que o estágio é um momento oportuno para os futuros docentes se
aproximarem da realidade escolar e daqueles que já atuam de refletirem sobre suas
concepções e suas ações diárias em sala de aula.
O relatório 2 tem como finalidade o registro das práticas desenvolvidas na
turma CN 3001 – 3ª série do Curso Normal - durante o período de estágio no Colégio
Estadual Oscar de Macedo Soares, sito à Avenida Saquarema, n° 381 no bairro de
Saquarema, Município de Saquarema, estado do Rio de Janeiro – RJ – CEP: 28990 – 000.

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OBSERVAÇÕES FEITAS A PARTIR DAS MINI-CLASSES

 A aluna Milena falou sobre Alfabetização e Letramento Digital e a diferenciação


entre eles com bastante propriedade. Apresentou um vídeo do You Tube: “Mundo sem
Internet” de Marcos Castro e fez uma crítica aos laboratórios de informática onde não
adianta só dar o computador para o aluno, mas necessita ensinar a utilizar os recursos;
construir e refletir sobre os softwares que são mecânicos e repetitivos e criar uma
postura crítica e reflexiva sobre a inclusão digital.

 A aluna Mariana apresentou sua aula sobre contribuição de jogos que envolvem
matemática para o aprendizado da Educação Infantil. Deu sugestões de jogos e mostrou
materiais confeccionados, artesanalmente com sucata, para serem utilizados nesses
jogos. Foi uma contribuição bastante interessante.

 O aluno Raphael desenvolveu o tema sobre O Financiamento da Educação


Pública Brasileira na disciplina Política Educacional e Organização de Ensino. Distribuiu
uma fotocópia sobre a procedência das verbas destinadas à educação, suas receitas,
cotas e valores. Falou sobre o FUNDEB, o FNDE, o salário educação, o Ministério da
Educação, a LDB, a arrecadação tributária do nosso país e as suas siglas. Foi uma aula
bastante interessante e esclarecedora.

 O aluno Waston, dentro da disciplina Ciência e Vida, falou sobre as células e


seus componentes e fez uma experiência de extração de DNA do morango. Todos
ficaram curiosos para saber como aconteceria essa extração. Foi diferente e inovador,
prendendo a atenção da turma.

 A aluna Clementina em sua aula falou sobre assuntos de extrema importância


para os educadores: A importância do relatório descritivo avaliativo e A importância da
avaliação no processo de formação. O assunto gerou polêmica e participação ativa dos
alunos com comentários muito pertinentes.

 A aluna Rossana tratou dos assuntos: A Educação Infantil e a Legislação e Os


desafios da Educação Infantil. Apresentou um histórico sobra a Educação Infantil no
nosso país. Também foi bastante interessante essa retrospectiva e a análise do
desenvolvimento com o passar dos tempos.

2
COLÉGIO ESTADUAL PROFESSOR JOSÉ ACIOLLI
CURSO: Normal - 3ª SÉRIE - TURMA 3003 - ANO: 2014
DISCIPLINA: Práticas Pedagógicas e Iniciação à Pesquisa (PPIP)
PROFESSORA ESTAGIÁRIA: Rosane Maria Giarolle

PLANO PARA REGÊNCIA DE TURMA EM ESTÁGIO 3

CONTEÚDO/TEMA: A Importância do ato de planejar e como Planejar Projetos


Pedagógicos

DURAÇÃO: 3 aulas (50 min. cada)

DEFINIÇÃO DO TEMA: Escolhi este conteúdo, a pedido da professora da turma, por ser
um assunto que ela gostaria de rever, enfatizando alguns pontos onde percebe grande
dificuldade por partes dos alunos.

OBJETIVOS:
 Compreender a necessidade de planejar, como, porquê e para quê.
 Identificar os diversos tipos de planejamento e suas aplicações.
 Reconhecer as etapas constitutivas de um trabalho de pesquisa: o projeto, a coleta
e a análise dos dados, o relato escrito e a divulgação dos resultados.
 Elaborar um projeto de pesquisa coletivamente, a partir de um tema sugerido,
utilizando suas etapas constitutivas.
 Reconhecer o projeto como um processo de permanente discussão e avaliação.
 Analisar as formas de avaliação e de autoavaliação.

RECURSOS DIDÁTICOS: Data Show, Notebook, Quadro Branco, Caneta, Papel Ofício e
Livros de Histórias Infantis que façam alusão à diferença de raça (cor) como: “Menina
Bonita do Laço de Fita”, “Meninos de todas as cores”, “Bruna e a Galinha D’Angola”,
“Contos Africanos para Crianças Brasileiras”, “Uma Amizade Colorida”, “Betina”, “A Cor da

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Ternura”, “O Menino Marrom”. (Todos previamente selecionados na sala de leitura da
escola).

ORGANIZAÇÃO DA TURMA: As alunas se sentarão dispostas em um grande semicírculo;


Depois a turma será dividida em grupos de 6 alunos; Para finalizar voltam à disposição
inicial, sentadas em semicírculo, novamente.

PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS:
1° Momento: Leitura compartilhada feita pelas alunas sobre o texto “Planejamento Escolar”
com conversa direcionada sobre a importância do ato de planejar. O que é planejar? Para
que serve o planejamento? Por que é necessário planejar? Como? Para quem? A
professora vai fazendo observações à medida que o texto é lido, ou dúvidas vão surgindo,
lançando perguntas e anotando as respostas no quadro branco.
2° Momento: Apresentação de slides sobre a construção de um projeto e suas etapas, com
exposição sobre os tópicos e seus significados.
3° Momento: Em grupo, os alunas montarão um projeto de leitura para o 2° ano do EF,
sobre miscigenação das raças, tendo como recursos, livros de histórias infantis sobre o
tema.
4° Momento: De volta à formação inicial (semicírculo), os grupos apresentam seus projetos
e é feita a avaliação e a autoavaliação de cada trabalho.

AVALIAÇÃO: A avaliação será realizada por observação durante as atividades se as


alunas compreenderão a importância e função de um planejamento e se conseguem fazer
esboço de um projeto pedagógico de leitura.

CONTEXTUALIZAÇÃO DO TEMA: A partir do Currículo mínimo recebido pelos


professores e que deve ser aplicado aos alunos do 3° ano, a disciplina tem como tema “Os
Saberes Docentes e A Prática Pedagógica”. No 4° bimestre serão trabalhados “O
Exercício das Atividades de Magistério, de Forma Crítica e Investigativa, a partir das
Sistematizações Elaboradas”.

REFERÊNCIAS:
LIBÂNEO, José Carlos. Didática. São Paulo: Cortez, 1994 (Coleção magistério 2° grau.
Série formação do professor).

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Governo do Estado do Rio de Janeiro Secretaria de Estado de Educação - CURRÍCULO
MÍNIMO 2013 - CURSO NORMAL - FORMAÇÃO DE PROFESSORES -
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS E INICIAÇÃO À PESQUISA

CONCLUSÃO

Ao realizar o Estágio supervisionado 3 tive a possibilidade de voltar à sala da


formação de professores. Nesse período pude perceber o funcionamento da escola, a
realidade vivida pelos professores e as perspectivas das alunas.
Há interesse, mas um despreparo muito grande por parte das alunas, inclusive
uma grande dificuldade em elaborar um projeto didático pedagógico. Durante a realização
do estágio compreendi que faltam alguns ajustes para a escola oferecer ao aluno um
ensino de qualidade. E para alcançar o objetivo de formar bons professores.
Não tive dificuldades na elaboração do meu Plano de Aula, realizei pesquisa
bibliográfica sobre o conteúdo e procurei direcionar as atividades focando sempre o aluno,
e seu desenvolvimento na construção da aprendizagem. Utilizei métodos e técnicas de
contextualização e pesquisei um texto na internet. Procurei escolher os recursos
audiovisuais, didáticos e os livros de literatura infantil de acordo com o assunto trabalhado.
A turma e a professora me aceitaram muito bem e as alunas estavam
dispostas a colaborarem comigo. Assistiram atentamente a minha aula.
A professora me deu total liberdade para desenvolver a aula. Iniciei com a
leitura compartilhada do texto que trouxe, fazendo observações pertinentes ao assunto e
esclarecendo as dúvidas à medida que surgiam. Apresentei o slide de como montar um
projeto, deixando que as alunas conversassem sobre o assunto e demonstrassem sua
participação com questionamentos, opiniões, experiências vividas, etc. Sugeri uma
atividade de criação de um pequeno projeto, que foi imediatamente aceita e desenvolvida.
A aula foi bastante proveitosa. A partir das propostas levei as alunas à reflexão, gerando
assim uma atividade significativa que veio contribuir com a aprendizagem delas e o avanço
em busca da autonomia na elaboração de projetos.
Pude notar que as alunas cooperam umas com as outras, não tendo vergonha
de mostrar como escreveram, aceitando com facilidade quando as orientamos com relação
à estrutura e criação de um projeto e demonstrando muita força de vontade em avançar.
Concluo que esta 2ª etapa, significou para mim um melhor conhecimento em
saber lidar com a diversidade, a flexibilidade, a cooperação e a participação em um

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segmento diferente da realidade do cotidiano do meu trabalho, trazendo diferentes
significados para minha formação profissional. A escola é um espaço de grandes
oportunidades para todos, onde podemos vivenciar várias experiências significativas.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

LIBÂNEO, José Carlos. Didática. São Paulo: Cortez, 1994 (Coleção magistério 2° grau.
Série formação do professor).

Governo do Estado do Rio de Janeiro Secretaria de Estado de Educação - CURRÍCULO


MÍNIMO 2013 - CURSO NORMAL - FORMAÇÃO DE PROFESSORES -
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS E INICIAÇÃO À PESQUISA

VASCONCELLOS, Celso dos S: Planejamento: Projeto de Ensino-Aprendizagem e


Projeto Político-Pedagógico Ladermos Libertad-1. 7º Ed. São Paulo, 2000.

GANDIN, Danilo. Planejamento como prática educativa. São Paulo, Editora Edições
Loyola. 1985.

Estrutura e Funcionamento da Educação Básica. 2º Ed. Editora Pioneira. 2002. Vários


Autores.

CUNHA, Maria Isabel: O bom professor e sua prática. Campinas, São Paulo, Papirus,
1989.

MOURA, D. G.; Barbosa, E. F. Trabalhando com projetos – planejamento e gestão de


projetos educacionais. Ed. Vozes – 2006.

SANTOMÉ, Jurgo Torres. Globalização e interdisciplinaridade: o currículo integrado. Trad.


Cláudia Schilling. Porto Alegre: Editora Artes Médicas Sul Ltda., 1998.

CUNHA, Marcus Vinícius da. John Dewey: Uma Filosofia para Educadores em Sala de
Aula. Ed. Petrópolis – RJ: Vozes, 1998.

http://revistaescola.abril.com.br/formacao/formacao-continuada/14-perguntas-respostas-
projetos-didaticos-626646.shtml?page=

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ANEXO I
(Texto lido em sala de aula)

PLANEJAMENTO ESCOLAR

Por que e para que fazer o planejamento?

O planejamento é um processo que ajuda a promover e avaliar mudanças no


interior da escola, considerando espaços e tempos pedagógicos. É um processo de
racionalização, organização e coordenação da ação docente, articulando a atividade
escolar e a problemática do contexto social. A escola, os professores e alunos são
integrantes da dinâmica das relações sociais; tudo o que acontece no meio escolar está
atravessado por influências econômicas, políticas e culturais que caracterizam a sociedade
de classe. Isso significa que os elementos do planejamento escolar - objetivos-conteúdos-
métodos – estão recheados de implicações sociais, têm um significado genuinamente
político. Por essa razão o planejamento, é uma atividade de reflexão a cerca das nossas
opções e ações; se não pensarmos didaticamente sobre o rumo que devemos dar ao
nosso trabalho, ficaremos entregues aos rumos estabelecidos pelos interesses dominantes
da sociedade.
O primeiro passo é ter clareza sobre o que você quer ensinar, o que espera
que os alunos aprendam e o que eles já sabem. Assim é possível garantir dois
importantes critérios didáticos: a continuidade e a variedade de conteúdos ao longo dos
anos.
O planejamento escolar é uma tarefa docente que inclui tanto a previsão das
atividades em termos de organização e coordenação em face dos objetivos propostos,
quanto a sua revisão e adequação no decorrer do processo de ensino. O planejamento é
um meio para programar as ações docentes, mas é também um momento de pesquisa e
reflexão intimamente ligado à avaliação. É um guia de orientação para o planejamento do
processo de ensino. Os professores precisam ter em mãos esse plano abrangente, não só
para uma orientação do seu trabalho, mas para garantir a unidade teórico-metodológica
das atividades escolares. Portanto, essa modalidade de planejar constitui um instrumento
que orienta a ação educativa na escola, pois a preocupação é com a proposta geral das
experiências de aprendizagem que a escola deve oferecer ao estudante, através dos
diversos componentes curriculares.
O plano é um guia de orientação, pois nele são estabelecidas as diretrizes e os
meios de realização do trabalho docente. Sua função é orientar a prática, deve ter uma
ordem sequencial, progressiva. Para alcançar os objetivos, são necessários vários passos,
de modo que a ação docente obedeça a uma seqüência lógica.
Por objetividade entendemos a correspondência do plano com a realidade que
se vai aplicar. Não adianta fazer previsões fora das possibilidades humanas e materiais da
escola, fora das possibilidades dos alunos.

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Deve haver coerência entre os objetivos gerais, objetivos específicos, os
conteúdos, métodos e avaliação. Coerência é relação que deve existir entre as idéias e a
prática.
O plano deve ter flexibilidade no decorrer do ano letivo, o professor está sempre
organizando e reorganizando o seu trabalho. Como já dissemos o plano é um guia e não
uma decisão inflexível.
Segundo Vasconcellos (2000):
Planejar é antecipar mentalmente uma ação ou um
conjunto de ações a serem realizadas e agir de acordo
com o previsto. Planejar não é, pois, apenas algo que se
faz antes de agir, mas é também agir em função daquilo
que se pensa. O planejamento enquanto construção-
transformação de representações é uma mediação teórica
metodológica para ação, que em função de tal mediação
passa a ser consciente e intencional. Tem por finalidade
procurar fazer algo vir à tona, fazer acontecer, concretizar,
e para isto é necessário estabelecer as condições objetivas
e subjetivas prevendo o desenvolvimento da ação no
tempo.

Existem pelo menos três níveis de planos: o plano da escola, o plano de ensino, o
plano de aula.

O plano da escola é um documento mais global; trata-se do que chamamos de


Projeto Político Pedagógico, sendo esse plano integral da instituição. O mesmo é
composto de marco referencial, diagnóstico e programação. Este nível envolve tanto a
dimensão pedagógica quanto a comunitária e administrativa da escola. Expressa
orientações gerais que sintetizam, de um lado, as ligações da escola com o sistema
escolar mais amplo e, de outro, as ligações do projeto pedagógico da escola com os
planos de ensino propriamente ditos.

O plano de ensino (ou plano de unidade) é a previsão dos objetivos e tarefas do


trabalho docente para o ano ou semestre; é um documento mais elaborado, dividido por
unidades sequenciais, no qual aparecem objetivos específicos, conteúdos e
desenvolvimento metodológicos.

O plano de aula é a previsão do desenvolvimento do conteúdo para uma aula ou


conjunto de aulas e tem um caráter específico. É um detalhamento do plano de ensino. As
unidades e subunidades (tópicos) que foram previstas em linhas gerais são agora
especificadas e sistematizadas para uma situação didática real. A preparação de aulas é
uma tarefa indispensável e, assim como o plano de ensino, deve resultar em um
documento escrito que servirá não só para orientar ações do professor como também para
possibilitar constantes revisões e aprimoramentos de ano para ano. Em todas as
profissões o aprimoramento profissional depende da acumulação de experiências
conjugando a prática e reflexão criteriosa sobre ela, tendo em vista uma prática
constantemente transformada para melhor.
Na elaboração de um plano de aula, deve-se levar em consideração, em primeiro
lugar, que a aula é um período de tempo variável. Dificilmente completamos em uma só
aula o desenvolvimento de uma unidade ou tópico de unidade, pois o processo de ensino e
aprendizagem se compõe de uma seqüência articulada de fases: preparação e
apresentação de objetivos, conteúdos e tarefas; desenvolvimento da matéria nova;

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consolidação (fixação, exercícios, recapitulação, sistematização); aplicação, avaliação.
Isso significa que devemos planejar não uma aula, mas um conjunto de aulas.
Na preparação de aulas, o professor deve reler os objetivos gerais da matéria e
a seqüência de conteúdos do plano de ensino. Não pode esquecer que cada tópico novo é
uma continuidade do anterior; é necessário assim, considerar o nível de preparação inicial
dos alunos para a matéria nova.
O professor consciencioso deverá fazer uma avaliação da própria aula. Sabemos
que o êxito dos alunos não depende unicamente do professor e do seu método de
trabalho, pois a situação docente envolve muitos fatores de natureza social, psicológica, o
clima geral da dinâmica da escola etc. Entretanto, o trabalho docente tem um peso
significativo ao proporcionar condições efetivas para o êxito escolar dos alunos. Ao fazer a
avaliação das aulas, convém ainda levantar questões como estas: Os objetivos e
conteúdos foram adequados à turma? O tempo de duração da aula foi adequado? Os
métodos e técnicas de ensino foram variados e oportunos em suscitar a atividade mental e
prática dos alunos? Foram feitas verificações de aprendizagem no decorrer das aulas
(informais e formais)? O relacionamento professor-aluno foi satisfatório? Houve uma
organização segura das atividades, de modo ter garantido um clima de trabalho favorável?
Os alunos realmente consolidaram a aprendizagem da matéria, num grau suficiente para
introduzir matéria nova? Foram propiciadas tarefas de estudo ativo e independente dos
alunos?

REFERÊNCIAS:

VASCONCELLOS, Celso dos S: Planejamento: Projeto de Ensino-Aprendizagem e


Projeto Político-Pedagógico Ladermos Libertad-1. 7º Ed. São Paulo, 2000.

GANDIN, Danilo. Planejamento como prática educativa. São Paulo, Editora Edições
Loyola. 1985.

Estrutura e Funcionamento da Educação Básica. 2º Ed. Editora Pioneira. 2002. Vários


Autores.

CUNHA, Maria Isabel: O bom professor e sua prática. Campinas, São Paulo, Papirus,
1989.

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ANEXO II
(Síntese da apresentação de slides)

O Método de Projetos foi criado pelo norte-americano William Kilpatrick (1871-


1965) baseado nas idéias de John Dewey (1859-1952). Em setembro de 1918, uma das
mais importantes revistas de educação, Teachers College Recort, divulgou um artigo no
qual este autor explica e denomina o “Método de Projetos”. Tal proposta caracteriza-se
como uma forma de integração curricular e preocupa-se com o “interesse” que deve
acompanhar o trabalho pedagógico de modo a suscitar no aluno a vontade de saber. O
embasamento teórico de Kilpatrick estava fundamentado nos estudos de uma “escola
ativa” de John Dewey. A dimensão socializadora das propostas curriculares foi a grande
impulsionadora do Método de Projetos.

COMO REALIZAR UM PROJETO: Passo a passo

1° Passo: Tema
Escolha do tema que será o fio condutor do projeto: folclore, ecologia, trabalho, higiene
pessoal, algum tema transversal, algum fato da atualidade, alguma personalidade etc. 
O tema é escolhido pelo professor, tendo em vista os objetivos didáticos e os conteúdos a
serem trabalhados. Isso não impede que os alunos tenham participação ativa, pois
precisam estar interessados em desenvolver o projeto proposto e devem colaborar no
planejamento e decisões subseqüentes.
Delimitação do tema: a fim de que a realização do tema se torne possível, deve-se
selecionar apenas um aspecto a ser abordado. Em cada nível de escolaridade essa
escolha adota características diferentes.
Problema: o problema sempre vem em forma de questionamento. Surge de uma
insatisfação, de uma curiosidade. O professor e/ou os alunos devem perguntar-se sobre a
necessidade, relevância, interesse ou oportunidade de trabalhar um ou outro determinado
tema.
Momento em que o professor, aproveitando-se de uma dúvida, desejo, problema ou
curiosidade dos alunos, introduz as ideia do projeto, salientando a importância do trabalho
coletivo. Momento em que motiva os alunos, desafiando-os a buscarem soluções para os
problemas emergentes, concretos e significativos, sejam eles resultantes de velhas ou de
novas questões. 
Hipóteses: é preciso estabelecer uma série de hipóteses em termos do que se quer saber.
São as perguntas que devem ser respondidas.

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É essencial que o professor conheça a fundo as necessidades de aprendizagem de seus
alunos para chegar a uma definição de porque trabalhar este ou aquele tema. Essa etapa
refere-se às razões que justificam o objetivo e o próprio conteúdo que estará sendo
trabalhado. Refere-se aos antecedentes, causas e importância da situação que motivou o
projeto. É conveniente levantar os benefícios e vantagens que derivam da proposta, bem
como suas desvantagens e limitações. 

2° Passo: Disciplinas
As áreas do conhecimento são inúmeras e, por isso, devem ser claramente definidas para
facilitar a pesquisa bibliográfica, fichamentos, arquivos etc. A definição das matérias e
conteúdo que estarão envolvidos no projeto, que pode ser ou não interdisciplinar. 

3° Passo: Público Alvo


Turma e série que vai desenvolver o projeto.

4° Passo: Cronograma
Construir um cronograma detalhando como desenvolver o trabalho em sala e definindo as
datas de: leitura do livro paradidático, trabalho de campo, pesquisas, provas ou outros
métodos  de avaliação.
É conveniente que o professor elabore um cronograma com objetivos parciais a serem
atingidos e que conduzam ao objetivo final. 

5° Passo: Justificativa
É preciso a clareza da viabilidade da realização do projeto que se propõe desenvolver. Os
argumentos devem ser convincentes e claros.

6° Passo: Objetivo Geral e Objetivos Específicos


O que pretendemos com esse trabalho? Qual a finalidade de sua realização? Os objetivos
estão divididos em dois grupos: geral e específicos.
O que se pretende alcançar com o conjunto de atividades que constituem o projeto e como
o tema se liga ao programa curricular. É necessário que o professor defina claramente as
competências que espera que os alunos desenvolvam e os conhecimentos que permitirão
essa conquista. Os objetivos subjacentes ao projeto determinam o tipo, a quantidade e o
nível de informação a ser priorizado. 
Compete ao professor garantir a fluência de todo o processo, favorecendo a emergência
de um clima de colaboração, integração e respeito entre as equipes. Além disso, cabe-lhe
perceber se a equipe está madura o suficiente para tomar decisões autônomas ou se
necessita de seu  monitoramento. 

7° Passo: Metodologia/Procedimentos Metodológicos


Especificação das principais atividades a serem realizadas, tais como entrevistas, visitas a
museus, desenhos de observação, leitura de textos, etc. É um conjunto de instrumentos
que deverá ser utilizado na pesquisa e tem por finalidade encontrar o caminho mais
racional para atingir os objetivos propostos.
Definição de como cada professor irá trabalhar o tema em sua disciplina. No caso de um
projeto interdisciplinar, é conveniente que essa decisão seja compartilhada pela equipe de
professores e que alguns combinados fiquem estabelecidos para que haja integração e
harmonia de atitudes.

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8° Passo: Atividades Propostas/Desenvolvimento
Todo projeto é dividido em etapas. Pensar no encadeamento das etapas é fundamental.
Partindo de situações concretas e contextualizadas que interessem aos alunos, há que se
discutir e planejar as estratégias, bem como distribuir tarefas e responsabilidades. Esta é a
etapa da formação dos grupos, realização dos trabalhos de campo, reuniões e discussão
do formato das apresentações. 
O momento em que realmente se aprende por meio do levantamento de dúvidas, (Etapa
da Problematização) da busca e seleção das informações, (Etapa da Pesquisa) do fazer,
do convívio e das trocas, das negociações e tomadas de decisão. 
É fundamental que o professor compartilhe com as crianças, de uma aprendizagem com
sentido. Os alunos devem ter a oportunidade de imaginar uma ação, traçar um plano para
concretizá-la em um certo período de tempo e desenvolver o planejado, controlando as
variáveis do processo até o alcance da meta. 
É importante que haja um registro do projeto, quer por meio de fotos, filmagens ou
registros escritos.

9° Passo: Recursos Didáticos


Levantamento dos recursos materiais requeridos para levar avante o projeto, em especial,
os fundos necessários. Qual será o custo do projeto para a escola? Relação dos
equipamentos, instalações, maquinaria, veículos etc.
Levantamento dos recursos humanos necessários, como por exemplo um analista, um
redator, etc. Aqui entram palestrantes, guias para trabalhos de campo e outros.
Deve-se mencionar também se as pessoas solicitadas são por tempo integral ou parcial,
assim como os serviços de apoio administrativo, técnico, legal, financeiro etc. É importante
que se registre com clareza o nome do(s) responsável(s) pelo projeto.

10° Passo: Contextualização: Justificativa pertinente do tema escolhido

11° Passo: Avaliação:


Por fim, é necessário definir os critérios de avaliação.
Toda atividade deve ser avaliada. Resta escolher o método de avaliar. É aconselhável que
ela se dê pelo método formativo, não esquecendo de avaliar pelos conceitos,
procedimentos e atitudes, principalmente para continuar fazendo, e fazendo melhor.
O ideal é aproveitar a própria situação de aprendizagem para se proceder à avaliação e
não criar situações artificiais, mas é possível verificar o nível do conhecimento atingido por
meio da realização de avaliações formais (provas)  ou de peças teatrais, produções
audiovisuais e trabalhos que devem ser apresentados por grupos de alunos. É importante
que a avaliação se dê no início, durante o desenvolvimento dos trabalhos (pela análise dos
objetivos parciais, corrigindo os erros resultantes do planejamento ou do próprio processo)
e no final do projeto. A avaliação pode também ser realizada individualmente para que o
aluno tenha um retorno de sua evolução durante o processo. 

11° Passo: Culminância/Socialização


O importante numa pesquisa é a socialização, a divulgação do trabalho, isto é, torná-la
pública. Com apresentações, exposições, cartazes, encenações, palestras, uma feira
cultural ou um blog, por exemplo. Uma maneira de divulgar o trabalho. Qual o objetivo
dessa culminância?

12° Passo: Referências Bibliográficas Para ter credibilidade, uma pesquisa deve
fundamentar-se em teorias reconhecidas. Portanto, para que o aluno possa atingir seus
objetivos, é preciso conhecer a literatura, ler o que foi publicado anteriormente, para apoiar

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seu trabalho em base sólida de conhecimentos e práticas reconhecidas, sem esquecer de
citá-las.

***
OBSERVAÇÃO: Essas dicas são só uma sugestão para auxiliar aos estudantes a terem
um ponto de partida. Certamente é preciso elaborar melhor para que se adeque aos seus
objetivos específicos.

Os OBJETIVOS englobam seis grandes áreas:

• Conhecimento – Conhecer, apontar, criar, identificar, descrever, classificar, definir,


reconhecer e relatar.
• Compreensão – Compreender, concluir, demonstrar, determinar, diferenciar, discutir,
deduzir, localizar.
• Aplicação  – Aplicar, desenvolver, empregar, estruturar, operar, organizar, praticar,
selecionar, traçar.
• Análise  – Analisar, comparar, criticar, debater, diferenciar, discriminar, investigar, provar.
• Síntese – Sintetizar, compor, construir, documentar, especificar, esquematizar, formular,
propor, reunir, voltar.
• Avaliação – Avaliar, argumentar, contratar, decidir, escolher, estimar, julgar, medir,
selecionar.

Todo OBJETIVO traçado tem que ter um verbo da área do CONHECIMENTO e outro da


área de AVALIAÇÃO. Não se repete verbos.

HABILIDADE – É o saber fazer, saber ser. É o que o aluno deverá desenvolver/adquirir


durante o tempo planejado.

COMPETÊNCIA – É a capacidade do sujeito mobilizar recursos cognitivos, visando


abordar uma situação complexa.

REFERÊNCIAS:

MOURA, D. G.; Barbosa, E. F. Trabalhando com projetos – planejamento e gestão de


projetos educacionais. Ed. Vozes – 2006.

SANTOMÉ, Jurgo Torres. Globalização e interdisciplinaridade: o currículo integrado. Trad.


Cláudia Schilling. Porto Alegre: Editora Artes Médicas Sul Ltda., 1998.

CUNHA, Marcus Vinícius da. John Dewey: Uma Filosofia para Educadores em Sala de
Aula. Ed. Petrópolis – RJ: Vozes, 1998.

http://revistaescola.abril.com.br/formacao/formacao-continuada/14-perguntas-respostas-
projetos-didaticos-626646.shtml?page=

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