Apostila Conserto de TV

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LOCALIZAÇÃO DOS PRINCIPAIS COMPONENTES NA PLACA DO TV

Quando abrimos o televisor para consertar, podemos identificar seus circuitos através de peças principais,
inconfundíveis. Nesta aula daremos uma noção de como identificar estes principais componentes na placa do televisor.
Observe com atenção abaixo:
FONTE CHAVEADA EM SÉRIE

Neste tipo um transistor chamado regulador fica em série com a linha de +B do televisor. Ele recebe o +B de 150 V da
fonte comum através do primário de um transformador de ferrite chamado "chopper". Através da oscilação deste
transformador juntamente com alguns componentes ligados, o transistor funciona como uma chave liga/desliga,
conduzindo e cortando cerca de 15.000 vezes por segundo. Quando ele conduz, carrega o capacitor da saída com 100
V. Quando ele corta, a tensão deste capacitor mantém o TV alimentado. Veja o funcionamento abaixo:

Quando o TV é ligado, R2 polariza a base do regulador e este conduz, fazendo passar corrente no chopper que induz
um pulso no secundário, sendo aplicado na base através de R3 e C3. O regulador então corta, interrompe a corrente, e
o chopper induz outro pulso para a base fazendo o regulador conduzir novamente e este ciclo se repete milhares de
vezes por segundo. Portanto a fonte chaveada também pode ser chamada de fonte auto oscilante. O +B na saída
desta fonte já está estabilizado (boa qualidade) e vai alimentar o circuito horizontal do TV.

FONTE CHAVEADA EM PARALELO

Esta fonte é a mais usada pelos TVs modernos devido ao seu menor consumo de energia elétrica do que a fonte em
série. Aqui o transistor regulador liga e desliga o primário do chopper através de uma onda quadrada (PWM) em sua
base vinda de um circuito oscilador (CI ou outros transistores). Veja abaixo o funcionamento:

Quando o transistor conduz, o chopper cria um campo magnético. Quando ele corta, a energia magnética armazenada
no chopper induz um pulso de tensão no secundário. Tal tensão é retificada e filtrada, resultando num +B de boa
qualidade para alimentar o televisor. Neste exemplo, D2 e C2 mantém o oscilador alimentado e desta forma o
funcionamento da fonte. PWM significa modulação por largura de pulso, ou seja, o valor do +B desta fonte depende
da largura dos pulsos na base do transistor. Quanto mais largos maior a tensão induzida no secundário e maior o valor
do +B. O circuito de controle altera a largura dos pulsos para corrigir qualquer alteração no valor do +B.
FONTE EM PARALELO COM CI STR

Como podemos observar abaixo, esta fonte tem o transistor regulador chaveador, o circuito oscilador e controle dentro
de um único CI STR de 9 pinos.

O +B de 150 V entra no pino 1 onde está o transistor chaveador. Tal transistor tem ligações fora do CI pelos pinos 1, 2
e 3. O CI gera os pulsos PWM internamente, saindo pelos pinos 4 e 5 e indo para a base do chaveador (pino 3). O pino
9 do CI recebe dois +B: Um deles vindo da ponte retificadora para o disparo da fonte e o outro retificado e estabilizado
pelo transistor Q1, mantendo o CI alimentado.
Estabilização do +B - O fotoacoplador IC2 e o regulador IC3 retiram uma amostra do +B  e enviam ao pino 7 do STR.
Desta forma ele pode saber como anda a tensão na saída da fonte. Quando o +B aumenta, o LED do fotoacoplador
acende mais forte e aumenta a tensão no pino 7 do STR. Isto aumenta a frequencia do oscilador interno do STR,
fazendo o chaveador cortar mais rápido e reduzir a tensão induzida no secundário do chopper, e desta forma o valor do
+B ao normal.
IMPORTANTE - Defeito no IC2 ou IC3 pode deixar o +B muito baixo ou muito alto.
 
Veja abaixo a estrutura da fonte em paralelo com STR:
 

 
EXEMPLO DE UM TELEVISOR COM FONTE CHAVEADA EM PARALELO COM STR

Veja abaixo um televisor Mitsubishi usando um STR de 9 pinos na fonte. É um componente fácil de encontrar,  já que é
grande e está num dissipador. Também podemos ver o CI SE115, parecido com um transistor de média potência e o
fotoacoplador (CI de 4 ou 6 pinos):

FONTE EM PARALELO COM TRANSISTOR MOSFET

Esta é a fonte que vem sendo usada pelos televisores mais modernos devido à sua simplicidade e um menor consumo
de energia. Veja um exemplo abaixo:
O transistor chaveador desta fonte é um MOSFET que consome menos energia que um transistor comum para esta
mesma finalidade. O oscilador e o controle da fonte estão dentro do IC1, um CI de 8 pinos. Ao ligar o TV, os pinos 2 e
6 recebem uma tensão inicial de disparo e a fonte começa a oscilar. O MOSFET recebe 150 V no dreno (D) e o sinal
PWM no gate (G). O source (S) vai ligado no terra. Assim ele chaveia o primário do chopper que transfere a tensão
para os secundários originando os +B da fonte. O pino 1 monitora os +B e ajusta a frequência do CI para efetuar a
correção da fonte quando necessária. Também é possível mudar a frequência da fonte e o valor dos +B manualmente
através de um trimpot ligado neste mesmo pino 1.
O diodo D2 e os componentes associados a ele formam um circuito chamado snubber com duas funções: eliminar os
ruídos gerados pela oscilação do MOSFET e impedir que os pulsos de tensão negativa induzidos no chopper voltem
para a ponte retificadora e queimem estes diodos.
 
Veja abaixo a estrutura da fonte em paralelo usando CI e transistor MOSFET:
 

EXEMPLO DE UM TELEVISOR COM FONTE CHAVEADA USANDO CI E MOSFET

Veja abaixo um TV Sharp moderno usando um CI de 8 pinos e um transistor MOSFET na fonte chaveada. Observe
como a identificação dos principais componentes é simples:

FONTE EM PARALELO COM CI STK

Abaixo podemos observar um tipo de fonte na qual o transistor MOSFET e os circuitos de oscilação e controle estão
dentro de um CI grande chamado STK. Este tipo de fonte foi usado por vários modelos de televisores da Sharp na
metade da década de 90:
O CI grande é o STK79037 (STK79038) ou IX1791 de 12 pinos. Ao ligar o TV, o pino 5 recebe o +B da ponte
retificadora, através do resistor de disparo, alimenta o gate do MOSFET chaveador interno e a partir daí a fonte
começa a oscilar.  Os pinos 1 e 3 recebem uma amostra da tensão da saída através do regulador SE115 IC3 e do
fotoacoplador IC2. Assim podem alterar a frequência e o valor do +B caso haja necessidade de forma idêntica à fonte
que usa o CI STR de 9 pinos.

Importante - Estas 3 fontes que apresentamos (STR, STK e MOSFET com CI oscilador separado) funcionam bem com
150 V ou 300 V vindos da ponte retificadora. Portanto tais fontes são bivolt automática. Quando a tensão da rede é
220 V, o retificador e filtro fornecem 300 V. Desta forma a fonte oscila numa frequência mais alta, fazendo o transistor
chaveador (comum ou MOSFET) cortar mais rápido para compensar um +B maior vindo da ponte retificadora. Assim a
tensão induzida no secundário do chopper (que é quando o transistor corta) se mantém a mesma de quando a ponte
retificadora fornece 150 V (rede de 110 V). Porém se houver uma brusca mudança de tensão da rede (passar de 110 a
220 V repentinamente), não dá tempo da fonte ajustar sua frequência para aquela tensão e acaba queimando (diodos,
transistor ou CI).

Veja abaixo a estrutura da fonte em paralelo usando CI STK de 12 pinos:


SEPARAÇÃO DOS TERRAS DO TELEVISOR

A maioria dos televisores atuais possuem entradas auxiliares de áudio e vídeo (AV). Nestas entradas são ligados
outros aparelhos tais como câmeras, DVD, video-games, etc. O terra destes aparelhos não pode ficar em contato com
o terra da fonte do televisor sob o risco de queima por inversão do cabo blindado com o conector RCA nas
extremidades. A ponta de um RCA pode estar ligada na carcaça do RCA do outro lado do cabo. Portanto tais
televisores com entradas AV auxiliares possuem dois terras isolados por um resistor de valor bem alto ou dois
capacitores de cerâmica, como vemos no exemplo abaixo:

Um dos terras chama-se terra da fonte e corresponde ao negativo do eletrolítico de filtro principal. O outro é o terra do
restante e pode ser a malha do tubo, a carcaça do seletor varicap ou qualquer dissipador que não o da fonte.
Normalmente quando vamos medir a tensão em algum componente que está ligado ao primário do chopper, usamos o
terra da fonte (negativo do filtro principal). Quando vamos medir em qualquer outro componente a partir do secundário
do chopper usamos o terra do restante. Abaixo vemos dois exemplos de separação de terras:

OBS: Em alguns televisores a separação dos terras é feita ao redor do conector de AV. Os TVs sem entradas de AV
auxiliares (mais antigos) possuem um único terra.

COMPONENTES MAIS USADOS NAS FONTES DOS TVs

Observe abaixo quais são os transistores e CIs mais encontrados nas fontes chaveadas dos televisores modernos:
CIRCUITO HORIZONTAL DO TELEVISOR

O circuito de deflexão horizontal tem duas funções principais: movimentar o feixe eletrônico da esquerda para a direita
na tela e produzir alta tensão (MAT) para o tubo acender. Este circuito tem três componentes principais fáceis de achar
na placa do televisor: 1° Fly-back (transformador de saída horizontal), de onde sai o cabo de MAT para o tubo, 2°
Saída horizontal, transistor grande ao lado do fly-back, 3° CI faz tudo, CI grande com muitos componentes em volta.
Veja abaixo o princípio de funcionamento do horizontal:

CI faz tudo - Gera um sinal de 15.750 Hz da seguinte forma: Dentro dele há um oscilador de 503 KHz controlado pelo
cristal ligado no pino 28 do exemplo. O sinal de 503 KHz produzido neste oscilador passa por um divisor interno por 32,
resultando numa frequência de cerca de 15.750 Hz que sai no pino 27 do CI.
Pré - Recebe o sinal de 15.750 Hz do CI, amplifica e o envia para o saída horizontal.
Driver - É um pequeno trafo usado para levar o sinal do pré ao saída horizontal e bloquear o +B do coletor do pré à
base do saída horizontal.
Saída horizontal - Como já dito é um transistor de potência perto do fly-back. Recebe o sinal do pré na sua base e
chaveia (conduz e corta) 15.750 vezes por segundo. Desta forma aparecem pulsos de 15.750 Hz e com tensão de
1.000 V no seu coletor. Estes pulsos são aplicado no fly-back e no yoke ao mesmo tempo. Observe como tem um
diodo dentro do saída horizontal. Tal diodo recebe o nome de diodo de proteção, amortecedor ou damper. Ele
conduz para o terra os pulsos negativos de retorno do fly-back com duas finalidades: evitar a queima do transistor e
fornecer parte da corrente para o yoke.
Fly-back - Recebe os pulsos do saída horizontal e produz uma alta tensão de 25.000 V (MAT) que será aplicada no
tubo para ele atrair os elétrons do canhão até a tela e esta acender. O fly-back também produz outras tensões tais
como: foco (7.000 V) com ajuste para controlar a nitidez da imagem; screen (400 V) com ajuste para controlar o brilho
da trama; tensões para as fontes de fly-back e para acender o filamento do tubo (cerca de 6 VAC). O filamento do tubo
funciona com tensão contínua ou alternada. Como o fly-back funciona com C.A. de alta frequência (15.750 Hz), seu
núcleo é de ferrite.
Bobina defletora (BDH ou yoke) e capacitor de acoplamento - A BDH recebe os pulsos do coletor do saída
horizontal, os quais farão circular uma corrente dente-de-serra de 15.750 Hz pelos enrolamentos. Assim será criado o
campo magnético que movimentará os elétrons da esquerda para a direita na tela. A BDH são as bobinas de dentro do
yoke. O capacitor de acoplamento é de poliéster de valor alto (0,22 a 0,82 µF) e de tensão entre 200 e 400 V ligado
em série com a BDH. Tem como função bloquear o +B de 100 V do coletor do saída horizontal, impedindo-o de ir para
o terra.
Capacitor de largura - É um capacitor de poliéster ligado do coletor do saída para o terra. Controla a largura (tamanho
horizontal) da imagem. Este capacitor tem baixo valor (2,2 a 10 nF), porém tensão de trabalho de 1.600 ou 2.000 V).
Quando este capacitor está com valor muito reduzido pode queimar o saída horizontal ou aumentar demais  o MAT a
ponto de trincar o pescoço do tubo em alguns casos. O televisor pode ter vários capacitores de largura.
 

ESTRUTURA BÁSICA DO CIRCUITO HORIZONTAL

Veja na ilustração abaixo  a seqüência das etapas que compõem o circuito horizontal dos televisores. É claro que a
fonte de alimentação pode usar outros componentes.
IDENTIFICAÇÃO DOS PRINCIPAIS COMPONENTES DO HORIZONTAL

Abaixo temos uma visão geral dos principais componentes do circuito horizontal dos televisores:

FLY-BACK

Como já explicado, o fly-back é o principal componente do circuito horizontal. Trata-se de um transformador com
núcleo de ferrite  que produz o MAT e outras tensões para o correto funcionamento do tubo. Também fornece tensão
para as fontes de fly-back. Funciona com o sinal de 15.750 Hz gerado pelo oscilador horizontal interno ao CI faz tudo.
Nesta parte falaremos a respeito deste componente, assim como devemos testá-lo. Veja abaixo um tipo de fly-back
usado no TV a cores:
AJUSTES DO FLY-BACK

O potenciômetro de foco torna a imagem mais nítida ou embaçada. Já o de screen controla o brilho da trama. Veja
abaixo:

CONTAGEM DOS PINOS DO FLY-BACK

É feita no sentido horário começando do lado esquerdo. Na maioria dos tipos, os pinos 1 e 2 são usados para alimentar
o transistor de saída horizontal. Veja abaixo:

FLY-BACK PARA TV E MONITOR

O tipo de fly-back usado nos monitores de computador possuem maior isolamento que os de televisor, por isto são
mais caros. Também usam um capacitor de filtro de MAT interno uma vez que a capacitância do tubo de monitor é
baixa e não é suficiente para filtrar o MAT. Já a capacitância do tubo de TV é alta, não sendo necessário o capacitor
interno ao fly-back. O defeito mais comum no fly-back de TV é o curto entre espiras do mesmo enrolamento ou entre os
enrolamentos. Os defeito mais comuns do fly-back do monitor são: curto no capacitor interno de MAT, vazamento de
alta tensão e defeito nos potenciômetros, causando embaçamento na imagem. Este defeito costuma ser corrigido
colocando o KIT de foco. Veja abaixo os dois tipos:
COMO TESTAR O FLY-BACK

É claro que o método 100% para saber o estado de um fly-back é a troca por outro em bom estado a não ser que o
mesmo esteja defeituoso visualmente. Porém antes de proceder a troca do fly-back, podemos realizar alguns testes
como indicado abaixo:

INSPEÇÃO VISUAL

Consiste em ver se o fly-back não está estourado, com vazamento de alta tensão, estufado, com ferrite solto ou
quebrado. Nestas condições a troca deve ser imediata. Observe abaixo:

TESTE DE CURTO NO CAPACITOR INTERNO

Usando o multitester na escala de X10K, coloque uma ponta na presilha da chupeta de MAT e a outra toque em cada
pino do fly-back. Se o ponteiro mexer em algum deles, o fly-back está em curto. Veja o teste abaixo:
TESTE DE ABERTURA E CURTO ENTRE UM ENROLAMENTO E OUTRO

Se tiver o esquema do TV, usando a escala de X10K, meça a continuidade das bobinas de acordo com os pinos do fly-
back indicados no esquema. Também faça o teste de curto entre um enrolamento e outro. Lembre-se: o fly-back deve
estar fora do TV. Veja um exemplo abaixo:

No exemplo acima, os pinos 1,2,3 e 5 devem conduzir entre si, mas não podem conduzir com 4,6,7,8 e 9. Se não tiver
o esquema do TV, usando o X10K separe os pinos do fly-back em grupos. Se algum dos pinos onde passa o +B para o
coletor do saída horizontal conduzir para algum pino que vai para o terra, o fly está em curto. Se sobrar algum pino que
não conduz com nenhum outro, veja se há trilha nele lá na placa do TV. Se não houver, é normal. Se houver trilha
neste pino, o fly está aberto.

TESTE DE CURTO NAS ESPIRAS DO MESMO ENROLAMENTO (DEFEITO MAIS COMUM)

Para este teste necessitaremos de um aparelhinho especial o qual pode ser montado pelo próprio visitante. Veja
abaixo como ele deve ser aplicado (serve para fly-back de qualquer marca de televisor ou monitor de micro):

Coloque as garras jacaré do aparelho nos pinos que levam +B ao coletor do saída H. Se o LED acender, o fly-back
está normal. Se não acender, o fly-back está com espiras em curto (basta uma) e deve ser trocado. Se não tem
esquema do TV, ache um par de pinos qualquer que o LED acenda (não precisa ser exatamente os que levam +B ao
saída). Se o fly-back tiver alguma espira em curto em qualquer enrolamento, o LED não acenderá em nenhum par de
pinos. Para baixar o projeto do testador de fly-back, clique
TV COM O HORIZONTAL FECHADO

Este defeito pode ser causado pela BDH aberta, com mau contato no conector, trilha quebrada ou capacitor de
acoplamento de poliéster aberto. Veja abaixo:

VERTICAL FECHADO SEM SOM

Em alguns TVs, a linha não ocupa os cantos da tela. Meça a tensão no pino de +B do CI faz tudo para os demais
circuitos (VCC). Se não houver tensão, teste os componentes da fonte de fly-back que alimenta este pino (alguns TVs
têm um regulador de 9 V). Experimente dessoldar este pino para ver se o +B aparece na trilha. Se aparecer, o defeito é
no CI faz tudo (em curto internamente). Se houver cerca de 9 V no pino VCC, a solução será fazer a troca do CI faz
tudo. Veja abaixo:
VERTICAL FECHADO COM SOM

1. Veja se o TV não tem chave de serviço e se a mesma não está fora da posição;
2. Veja se o CI de saída não está muito quente ou com um furo ou queimadura no corpo. Veja abaixo:

3. Meça a tensão nos pinos de +B do CI de saída V - Alguns CIs têm dois pinos de +B, outros têm três. Entre
os dois pinos de +B mais altos costuma ter um diodo ligado. Veja abaixo:

4. Se não chegar +B no CI, teste os diodos e resistores da fonte de fly-back que alimenta o CI.

5. FALTA DE LINEARIDADE
6. Este defeito deixa a imagem esticada num setor da tela e achatada em outro setor. Ex: achatada em baixo e
esticada em cima ou vice-versa. Trocaremos os eletrolíticos ligados no CI de saída vertical, provavelmente
resolverá o defeito. Caso contrário testaremos os resistores e o trimpot que controla a linearidade, caso o TV
o possua. Veja abaixo:
7. FALTA DE ALTURA

Meça os +B no CI de saída V e no CI faz tudo (VCC). A seguir teste todos os resistores que fazem parte do
circuito de saída V, especialmente aquele de baixo valor em série com a BDV. Meça a tensão e teste os
componentes no pino VRAMP do faz tudo. Troque os eletrolíticos da saída V e por último o CI de saída. Veja
abaixo alguns destes procedimentos:

8. LINHA BRANCAS NA PARTE SUPERIOR DA TELA


9. O primeiro procedimento é a troca dos eletrolíticos em volta do CI de saída vertical, especialmente o de 100
µF ligado no 2° pino de +B de 24 V. Este é o mais provável devido ao fato de estar perto do dissipador do CI.
Também pode ser causado pelo CI de saída vertical. Veja abaixo:

10.

11. EFEITO VENEZIANA


12. Este defeito é causado pela linha de atraso de croma ou algum componente relacionado a ela. Também
pode ser falha no chaveamento dos sistemas PAL/NTSC. Veja abaixo:
13. CIRCUITOS DE POLARIZAÇÃO DO TUBO
14. São os circuitos que fornecem a tensões necessárias ao funcionamento do tubo de imagem. A maioria
destes circuitos está localizada na placa do tubo. O primeiro passo é encontrar os transistores de média
potência na placa do tubo. Tais transistores são chamados de saídas RGB. Em alguns TVs há um CI de
potência fazendo o papel de saídas RGB. Veja abaixo o princípio da placa do tubo:

15. Saídas RGB – Amplificam os sinais vindos do CI faz tudo para produzirem imagens na tela do tubo. No caso
do desenho acima, cada transistor também mistura cada sinal de cor entrando na base com o sinal de
luminância (Y - imagem preto e branco) entrando no emissor. Desta forma cada transistor faz o papel de
"matriz".  Nos TVs modernos, a matriz é interna ao faz tudo. Assim os transistores já recebem os sinais RGB
nas bases. Como já explicado podemos encontrar um CI de potencia no lugar dos transistores. Alguns TVs
possuem dois transistores para amplificar cada cor;
16. Resistores de alimentação dos saídas RGB – São de metalfilme entre 10 K e 18 K (R1, R2 e R3) que
levam o +B de cerca de 120 V para o coletor dos transistores. Se um deles queimar, o +B no coletor de um
deles fica baixo. Como o coletor está ligado no catodo do tubo, o brilho daquela cor fica muito forte, ou seja,
se queimar o resistor que alimenta o R, a tela fica toda vermelha e assim por diante;
17. Trimpots “bias” RGB – Três trimpots de médio valor (acima de 1K) ligado no emissor dos transistores.
Alterando o valor do trimpot é possível aumentar o diminuir o brilho de uma das cores. Na prática os trimpots
são ajustados para igualar o nível das três cores e obtermos uma boa imagem em preto e branco. Este
ajuste chama-se escala de cinza;
18. Trimpots “drivers” – Dois trimpots de baixo valor (menos de 1K) usados para controlar o nível de
luminância para duas das três cores. Eles são ajustados para o nível de luminância das três cores ficarem
iguais e o TV ficar com uma ótima imagem em preto e branco;
19.  
20. Obs: Nos TVs modernos os ajustes de driver e bias são feitos no controle remoto, não havendo mais estes
trimpots na placa do tubo.
21. IDENTIFICAÇÃO DOS PRINCIPAIS COMPONENTES DA POLARIZAÇÃO DO TUBO

22. Como já explicado, estes componentes ficam na placa do tubo. Assim, identificamos os transistores de saída
RGB (R = vermelho, G = verde B = azul). Em algumas TVs eles ficam num dissipador e em outras, são
transistores de baixa potência. Também notamos os resistores de metalfilme para alimentação dos coletores.
Nos modelos mais antigos, encontraremos os três trimpots bias, também chamados de "corte" ou "cut off" e
os dois trimpots drivers. Veja abaixo o exemplo de um TV que têm 6 transistores na placa do tubo, dois para
cada cor, sendo um pré de baixa potência e um saída de média potência:
23.

OS PINOS E ELETRODOS DO TUBO DE IMAGEM

1. Os eletrodos do canhão eletrônico - Veja abaixo os elementos do canhão de um tubo de TVC:


2.

a. Filamento – Fio fino que aquece o catodo. Acende com 6 V vindos do fly-back ou do chopper;
b. Catodos – Tubinhos que emitem elétrons quando aquecidos. O tubo possui três catodos, um para
cada  cor (RGB). Funcionam com cerca de 120 V do coletor dos saídas RGB;
c. Grade de controle (G1) – Controla a passagem dos elétrons. Vai ligada no terra (0 V);
d. Grade screen (G2) – Acelera os elétrons e controla o brilho. Recebe cerca de 400 V do fly-back,
sendo que há um potenciômetro para ajuste desta tensão;
e. Grade de foco (G3) – Concentra os elétrons para tornar a imagem nítida. Recebe cerca de 7.000
V do fly-back com um potenciômetro para ajuste desta tensão;
f. Anodo acelerador (G4) – Recebe o MAT (25 kV) do fly-back e atrai os elétrons para a tela.
 
2. Os pinos do tubo - Atualmente vamos encontrar no mercado o tubo comum (usados na maioria pelos TVs
de 20" ou mais) e o tubo minineck (usados na maioria pelos TVs de 14"). Veja abaixo como contar os pinos e
em quais elementos eles estão ligados. Lembrando que o pino do foco é o 1 e está isolado dos demais
devido à sua tensão que é alta (cerca de 7000 V). Nos tubos de foco baixo (não mais usados) o pino de foco
está desprotegido como os demais, porém separado destes.
AJUSTE DOS TRIMPOTS BIAS E DRIVERS

Os trimpots da placa do tubo devem ser ajustados retirando-se a cor do TV e procurando fazer a imagem ficar
perfeitamente preto e branco. Este ajuste não será possível se o tubo estiver fraco. Veja o efeito do ajuste para cada
trimpot:

AJUSTE DOS ANÉIS DE PUREZA E CONVERGÊNCIA

Atrás do yoke temos um conjunto de 6 anéis magnéticos chamado unidade multipolar. Os dois anéis mais próximo do
yoke são de pureza e devem ser ajustados para não aparecerem manchas nos cantos da tela. Os quatro restantes são
de convergência e devem ser ajustados para não aparecerem riscos coloridos ao lado da imagem. Para ajustar estes
anéis o melhor método é usar imagens de um gerador de barras ou imagens padrão gravadas numa fita de vídeo ou
num DVD. Veja abaixo a localização e o ajuste para cada anel:
Use o padrão que deixa a tela toda vermelha. Movimente o yoke para frente até a tela ficar o mais vermelha possível
(com o mínimo de manchas). Prenda o yoke nesta posição. Ela não deve encostar no cone do tubo. A seguir gire os
anéis de pureza até a tela ficar toda vermelha sem nenhuma mancha. Agora use o padrão quadriculado. Retire a cor
do TV (colocando o controle de cor ou saturação no mínimo). Ajuste com paciência os anéis de convergência até as
linhas horizontais e verticais ficarem brancas na tela toda ou na maior área possível. Lembrando que se o tubo não for
exatamente igual ao original do TV (em caso de troca), o ajuste de convergência 100 % é impossível).
Os TVs novos que usam o tubo da "Phillips" não usam os anéis e o ajuste é feito pelo posicionamento do yoke.
 

SAÍDAS RGB NUM CI

Em alguns TVs, o circuito de saída RGB está dentro de um CI de potência localizado na placa do tubo. Ele possui três
pinos de entrada que recebem os sinais do CI faz tudo na placa principal e três saída que já fornecem os sinais
amplificados para os catodos do tubo. Veja abaixo um TV "CCE" que usa o CI de saída RGB:
COMPONENTES MAIS USADOS NAS SAÍDAS RGB DOS TVs

Veja abaixo alguns dos transistores mais usados na  etapa de saída RGB dos televisores:

SEM TRAMA E COM SOM NORMAL

Neste caso supomos que o TV tenha MAT:

1 - Verificar se o filamento do tubo está aceso – Se não tiver, meça a tensão no filamento. Devemos encontrar de 4
a 6 V. Veja abaixo:
FALTA DE UMA DAS CORES

Este defeito deixa o TV com a tela ciano, roxa ou amarela.

1 - Meça o +B no coletor dos saídas RGB - Devemos encontrar mais ou menos a mesma tensão nos três e em torno
de 120 V ou 130 V;

2 - O +B nos saídas RGB estão normais - Teste o resistor que vai do transistor ao tubo. Se está normal, o defeito
deve ser no tubo fraco. Para testar o tubo a quente, aterre cuidadosamente cada catodo (pinos 6,8 e 11 - comum ou
3,7 e 9 - minineck). Se aparecerem as três cores bem fortes na tela, o tubo está bom. Se não aparecer alguma cor ou
for muito fraca, o tubo está fraco;

3 - O +B no coletor de um dos saídas RGB está muito alto - Teste ou troque o transistor e verifique os componentes
ligados no emissor dele (resistor, trimpot ou capacitor);

4 - Os componentes ligados no transistor estão normais - Meça as tensões no conector que traz os sinais RGB até
a placa do tubo. Devem ser iguais. Elas variam entre 2 e 7 V, dependendo do modelo do TV. Veja abaixo como fazer
esta medida:

5 - Uma das tensões no conector dos sinais RGB está diferente - Devemos testar o fio do conector, os
componentes ligados no pino do CI faz tudo onde sai um dos sinais RGB e estando tudo normal, trocar o faz tudo.

FALTA DE UMA DAS CORES

Este defeito deixa o TV com a tela ciano, roxa ou amarela.


1 - Meça o +B no coletor dos saídas RGB - Devemos encontrar mais ou menos a mesma tensão nos três e em torno
de 120 V ou 130 V;

2 - O +B nos saídas RGB estão normais - Teste o resistor que vai do transistor ao tubo. Se está normal, o defeito
deve ser no tubo fraco. Para testar o tubo a quente, aterre cuidadosamente cada catodo (pinos 6,8 e 11 - comum ou
3,7 e 9 - minineck). Se aparecerem as três cores bem fortes na tela, o tubo está bom. Se não aparecer alguma cor ou
for muito fraca, o tubo está fraco;

3 - O +B no coletor de um dos saídas RGB está muito alto - Teste ou troque o transistor e verifique os componentes
ligados no emissor dele (resistor, trimpot ou capacitor);

4 - Os componentes ligados no transistor estão normais - Meça as tensões no conector que traz os sinais RGB até
a placa do tubo. Devem ser iguais. Elas variam entre 2 e 7 V, dependendo do modelo do TV. Veja abaixo como fazer
esta medida:

5 - Uma das tensões no conector dos sinais RGB está diferente - Devemos testar o fio do conector, os
componentes ligados no pino do CI faz tudo onde sai um dos sinais RGB e estando tudo normal, trocar o faz tudo.

EXCESSO DE BRILHO

Este defeito pode deixar o TV com a tela toda branca, com ou sem linhas de retraço. A tela não apaga quando giramos
o screen para o mínimo. Às vezes ainda dá para ver alguma imagem ainda que muito brilhante. Devemos medir o +B
de 180 V que alimenta a placa do tubo, conforme visto abaixo:

Se não há os 180 V, testaremos todos os componentes desta linha de +B que sai do fly-back.

EXCESSO DE BRILHO DE UMA DAS CORES

A tela pode ficar toda vermelha, verde ou azul, com ou sem linhas de retraço.

1 - Medir o +B no coletor dos saídas RGB - Devem ter mais ou menos a mesma tensão no coletor. Veja como se faz
abaixo:
2 - Se um deles está com tensão baixa no coletor - Teste o resistor de metalfilme de alimentação;

3 - O resistor está bom - Teste a frio o transistor ou troque-o de posição com outro;

4 - O transistor está normal - Desligue o resistor que vai do coletor do transistor ao tubo. Se o +B do coletor do
transistor normalizar, o defeito é o tubo ou o soquete em curto internamente;

5 - Veja se a tensão na base dos três saídas RGB está por igual - Se uma delas está diferente, o defeito está na
placa principal do TV, possivelmente o CI faz tudo.

TELA MANCHADA

As manchas principalmente nos cantos da tela podem ter duas causas: A máscara de sombras interna do tubo está
magnetizada (imã perto da TV) ou deslocada. No primeiro caso podemos usar uma bobina desmagnetizadora manual
para corrigir o problema. No segundo caso a única solução é a troca do tubo. A máscara pode deslocar quando o TV
leva uma queda e não quebra o tubo. Veja abaixo como proceder para saber se as manchas são devido à
magnetização ou deslocamento da máscara:

CIRCUITOS DE IMAGEM

Estes circuitos estão localizados entre o seletor de canais e o tubo. Tem como função processar os sinais responsáveis
pela imagem, cor e som. Nos TVs antigos (anos 80) tais circuitos encontravam-se dentro de 3 ou 4 CIs. Já nos TVs
modernos estão todos dentro do CI faz tudo. Veja abaixo o princípio básico dos circuitos de imagem usando o faz tudo:
Seletor de canais - Ou varicap, tem o aspecto de uma caixinha blindada. Recebe o sinal das emissoras na antena,
seleciona um canal e transforma em sinais de freqüência intermediária (FI) de cerca de 44 MHz. Na realidade do
seletor saem três sinais de FI: vídeo (45,75 MHz), cor (42,17 MHz) e som (41,25 MHz);
1° FI - Amplifica o sinal do seletor para o filtro SAW;
SAW - É um filtro de 5 terminais, podendo ser redondo metálico ou retangular de epóxi. Deixa passar os sinais de FI e
bloqueia as interferências vindas do seletor;
FI - Esta etapa está no faz tudo e amplifica os sinais de FI do seletor;
Detetor de vídeo - Recebe o sinal de FI e extrai dele: o sinal de luminância (Y) entre 0 e cerca de 2 ou 3 MHz, sinal de
croma de 3,58 MHz e o novo sinal de som de 4,5 MHz. Lembrando que luminância (Y) é o nome dado ao sinal
correspondente à imagem em preto e branco, ao brilho e ao contraste da mesma.
Trap e filtro de som - São normalmente dois filtros de cerâmica para separar o som do resto do sinal. O trap de som é
um filtro cerâmico ligado em paralelo com uma bobina. Fica no caminho do vídeo para aterrar o sinal de som, evitando
que este vá para o tubo e interfira na imagem. O filtro de som é um filtro cerâmico sem bobina na entrada do circuito de
som. Separa o sinal de 4,5 MHz para os circuitos de som do TV;
Distribuidor de vídeo - Recebe os sinais de luminância e croma e o distribui para os respectivos circuitos. Este
transistor não é usado por todos os TVs, porém o é pela maioria. Após o distribuidor, o sinal Y deve ser separado do
sinal de cor. A separação pode ser feita fora do faz tudo através de bobinas e capacitores (traps ou filtros) ou então
dentro do faz tudo como ocorre nos TVs modernos;
Circuito de luminância (Y) - Amplifica o sinal Y e o envia para a matriz com as cores. No circuito Y encontraremos a
DL (linha de atraso) que impede a chegada deste sinal à matriz antes das cores. A DL de luminância pode ser externa
ou interna ao faz tudo. Se for externa é uma bobina de três terminais com o meio no terra e encapsulada com
cerâmica;
Circuito de cor - Têm basicamente quatro funções: 1° Amplificar os sinais de cor (vermelho R-Y e azul B-Y) enviados
pela emissora, 2° Separar estes dois sinais de cor, 3° Demodular os sinais de cor (fazendo-os voltar para suas
freqüências originais) e 4° Obter o sinal do verde G-Y. Embora o circuito de cor pareça um tanto complexo, ele está
quase todo dentro do faz tudo. Do circuito de cor saem três sinais: R-Y (vermelho), G-Y (verde) e B-Y (azul);
Matriz - Mistura cada cor com a luminância, resultando novamente nos sinais RGB que serão amplificados pelos
saídas e aplicados nos catodos do tubo para produzirem imagem colorida. A matriz pode ser feita dentro do faz tudo
(TVs modernos) ou nos próprios saídas RGB (TVs antigos). Neste caso, a luminância entra nos emissores e as cores
nas bases dos transistores.

PRINCÍPIO BÁSICO DOS SINAIS DE IMAGEM E COR

Esta parte é apenas a título de curiosidade, não interferindo na hora do conserto de um TV, mas ajuda a compreender
os circuitos de imagem do televisor. No TV a cores, a imagem é formada a partir de três cores primárias: vermelho - R,
verde - G e azul - B. Lá na emissora a câmera (na transmissão ao vivo) ou outro equipamento (VCR ou DVD na
transmissão gravada) fornece os três sinais RGB que são as cores junto com a informação de brilho e contraste. A
partir daí os sinais são processados até se tornarem: luminância (Y) e cores (U e V) separadas para serem então
transmitidas. Veja o princípio básico a seguir:

O sinal de luminância - Também chamado de sinal Y, corresponde à imagem preto e branco com as informações de
brilho e contraste. É obtido pela mistura das partes dos sinais RGB (30% R, 59% G e 11% B) Este sinal também
fornece a imagem para os TVs preto e branco.
Sinais de croma - Devido à limitação na largura do canal de televisão, apenas dois sinais de cor podem ser
transmitidos. A escolha ficou para os sinais do vermelho e do azul, porém estes sinais são transmitidos de tal forma
que misturando uma parte de cada podemos obter o sinal do verde. Isto será feito dentro do CI faz tudo do televisor.
Obtenção dos sinais de cor - Consiste na mistura do sinais R e B com o sinal Y invertido, obtendo assim as duas
cores sem a luminância: R-Y e B-Y. Estes sinais também podem ser chamados de diferença de cor.
Modulação e correção - Os sinais R-Y e B-Y têm freqüência baixa (0 a 1 MHz) e para serem transmitidos sem
interferirem no sinal Y, devem ser modulados. A modulação é feita com um sinal de cerca de 3,58 MHz. O azul é
modulado (misturado) com um sinal de 3,58 MHz em fase e o vermelho com outro sinal de 3,58 MHz defasado em 90°.
Portanto os dois sinais são transmitidos em 3,58 MHz e defasados entre si em 90°. Esta defasagem é muito importante
e dela depende as cores corretas da cena a ser transmitida. Após a modulação os sinais de cor são um pouco
reduzidos para não ultrapassarem o tamanho do sinal Y. Assim o sinal R-Y corrigido pode ser chamado de V
(vermelho) e o B-Y corrigido pode ser chamado de U (azul).
 
Sistema NTSC - Significa "National Television System Committee" ou Comitê para o Sistema Nacional de Televisão.
Foi o primeiro sistema de transmissão de sinais a cores. Desenvolvido por uma equipe de engenheiros nos Estados
Unidos na metade da década de 50, ainda é o sistema usado lá e em vários outros países como Japão, México,
Canadá, etc. Neste tipo os sinais de cor são modulados por um sinal de 3,579545 MHz. O azul em fase e o vermelho
defasado em 90°. Porém durante a transmissão devido à interferências e outros fatores o vermelho, que é mais
instável, pode sofrer alteração de fase e passar por exemplo para 100° em relação ao azul. Com isso, todas as cores
ficam alteradas na tela. Esta deficiência do sistema NTSC é corrigida por um controle chamado Tint, que atua no CI faz
tudo e faz o vermelho voltar para 90° em relação ao azul automaticamente.
 
O televisor NTSC - Como já explicado, os sinais do vermelho e azul são transmitidos juntos em 3,58 MHz. O televisor
deve separar e demodular estes sinais aplicando outro sinal de 3,58 MHz gerado por um oscilador interno ao faz tudo
controlado por um cristal de quartzo. No TV NTSC, os sinais vão juntos ao demodulador interno ao CI. O oscilador a
cristal gera dois sinais de 3,579545MHz defasados em 90° e os envia ao demodulador. Assim os sinais R-Y e B-Y
voltam para suas freqüências originais (0 a 1 MHz) e já saem separados do demodulador. Daí basta passá-los por uma
matriz para recuperar o verde (G-Y).
 
Sistema PAL - Significa "Phase Alternate Line"  ou Linha de Fase Alternada, foi desenvolvido na Alemanha pela
Telefunken nos anos 60. É o sistema usado pelo Brasil, América Latina e a maioria dos países europeus. Basicamente
é um NTSC melhorado. Os sinais são modulados por uma portadora de 3,575611 MHz (padrão M). O azul (U) é
modulado em fase (0°) e o vermelho (V) numa linha de imagem é modulado em 90° e na linha seguinte em -90°. Ou
seja o vermelho é transmitido numa linha correto e na outra invertido. O TV desinverterá as linhas dentro do faz tudo.
Daí vem o nome do sistema. Ele corrige a deficiência do NTSC visualmente, já que o olho não consegue perceber a
diferença de cores entre duas linhas consecutivas de imagem. Exemplo: Na linha 1 o vermelho vai a 90° e chega no TV
a 100° (cores diferentes). Na linha 2 o vermelho vai a -90° e chega no TV com a mesma alteração (-90+10) = -
80°(cores diferentes da linha 1). Daí o TV desinverte o sinal e fica 80°. Assim temos no TV: linha 1 vermelho em 100° e
na linha 2 vermelho em 80°. Daí enxergaremos na tela a média das cores das duas linhas: 100+80 = 180/2 = 90 ° que
é a fase do sinal transmitido e em consequência a cor correta que devemos enxergar.
 
O televisor PAL - Devido às inversões de fase do vermelho (V e -V), os sinais são separados antes dos
demoduladores de croma. O componente responsável pela separação entre o azul e o vermelho é uma linha de
atraso de vidro (DL de croma). Os sinais entram na DL na linha 1 e demoram 63 microssegundos (padrão M). Tempo
suficiente para virem os sinais da linha 2 que também entram na DL e vão para saída ao mesmo tempo. Assim os
sinais da linha 2 são misturados com os da linha 1 e desta forma separarem o azul do vermelho. Após a DL, os sinais
separados vão para os demoduladores serem misturados com o sinal do oscilador a cristal de 3,575611 MHz. Nos TVs
modernos, o faz tudo faz uma pré separação entre os sinais e outro CI chamado DL de croma se encarrega de
melhorar a separação entre o azul e o vermelho. Portanto não encontraremos mais a DL de vidro.
 
PAL M e PAL N - No PAL M a imagem é formada por 525 linhas,  os sinais de croma são de 3,575611 MHz, a
freqüência do horizontal é de 15.750 Hz e a freqüência do vertical é 60 Hz. No sistema PAL N, usado pela maioria dos
países da América do Sul, a imagem é formada por 625 linhas, os sinais de croma são de 3,582056 MHz, a freqüência
do horizontal é de 15.625 Hz e a freqüência do vertical é 50 Hz.
 
Sistema SECAM - Significa "Systeme Electronique Couleur Avec Memoire" ou Sistema Eletrônico de Cores
Seqüenciais com Memória, foi desenvolvido na França nos anos 60, sendo adotado neste país e em outros tais como
Rússia, Grécia e pela maioria dos países do leste europeu. Neste os sinais azul e vermelho são transmitidos
sequencialmente, numa linha só o azul, na outra só o vermelho. Os sinais são armazenados numa memória no
televisor e processados. A imagem é formada por 625 linhas. A freqüência do horizontal é 15.625 Hz e a do vertical é
50 Hz. Não falaremos deste sistema porque aqui no Brasil dificilmente encontraremos televisores SECAM para
conserto.

CIRCUITO DE IMAGEM COM CI FAZ TUDO MAIS ANTIGO

Nos primeiros CIs faz tudo, os sinais de luminância (Y) e croma eram separados externamente. Usavam a DL de
luminância externa (bobina encapsulada de cerâmica) e DL de croma era um bloco de vidro dentro de uma caixinha
azul, verde, preta ou bege. Deste CI saem 4 sinais para a placa do tubo: Y, R-Y, G-Y e B-Y. Veja abaixo o exemplo de
um circuito de imagem usando o CI LA7680:

Observe como normalmente estes TVs usam o seletor varicap comum, conforme veremos em outro tópico.

CIRCUITO DE IMAGEM COM CI FAZ TUDO MODERNO


Nos TVs atuais, o CI faz tudo separa internamente os sinais Y e C e a DL de luminância está dentro dele. Ele também
separa os sinais vermelho (R-Y) e azul (B-Y) internamente e em alguns casos precisa do auxílio de um CI fazendo o
papel de uma DL de croma, normalmente um TDA4661, 4662 ou 4665, para separar corretamente os sinais. Os faz
tudo mais modernos não usam mais o CI externo para ajudar a separar o azul do vermelho. Veja abaixo o exemplo de
um CI TDA8361 processando a imagem e a cor:

Observe como este CI faz o chaveamento do TV/AV. O sinal da TV entra no 13, o da entrada AV no 15 e a tensão no
pino 16 controla a chave interna. Quando está em 0 V, chaveia o sinal da TV e quando está em 8 V, chaveia o sinal da
entrada AV. Observe também como estes TVs normalmente usam o seletor do tipo PLL que será abordado num outro
tópico.

LOCALIZAÇÃO DOS COMPONENTES DO CIRCUITO DE IMAGEM - PARTE 1


Aqui falaremos dos TVs mais antigos. O primeiro passo é localizar o faz tudo, o maior CI da placa. Ao lado do CI
encontraremos o cristal de 3,58 MHz (pode ser mais de um se o TV trabalha em outros sistemas). Também veremos os
filtros cerâmicos trap e filtro de som e perto deles localizamos o transistor distribuidor de vídeo. Também
encontraremos as duas linhas de atraso: A DL de luminância tem o corpo deformado de cerâmica e a DL de croma
dentro de uma caixinha fina plástica. Também perto do CI estará o filtro SAW metálico. Veja abaixo uma idéia de como
achar os componentes num TV antigo:

Neste exemplo podemos notar três cristais (PAL - M, PAL - N e NTSC) e duas DLs de croma (PAL - M e PAL - N). Ela
não é usada no sistema NTSC.

LOCALIZAÇÃO DOS COMPONENTES DO CIRCUITO DE IMAGEM - PARTE 2

Nos TVs mais modernos é mais fácil de localizar os componentes. O filtro SAW normalmente é retangular. Não
encontraremos mais a DL de luminância (interna ao faz tudo) e a DL de croma é um CI menor ao lado do faz tudo.
Normalmente é usado o CI TDA4662. Os TVs mais modernos não usam mais este CI separado, estando a DL de
croma também no faz tudo. Veja abaixo o exemplo de um TV usando circuitos de imagem e cor mais moderno:

SELETOR VARICAP CONVENCIONAL


O seletor de canais do TV recebe este nome por usar um diodo especial chamado varicap para a sintonia dos canais.
Todo diodo funciona como um capacitor quando polarizado  inversamente. Porém os diodos comuns variam a
capacitância de maneira aleatória quando a tensão inversa varia. Já os diodos varicap variam sua capacitância de
maneira uniforme, como visto abaixo:

Assim o seletor usa deste diodo em paralelo com bobinas para sintonizar os canais. Alterando a tensão nos diodos
varicap, trocamos de canal. Externamente os diodos varicaps estão ligados no pino VT (tensão de sintonia). O TV
deve variar a tensão no pino VT entre 0 e 30 V para sintonizar toda a faixa dos canais. Veja abaixo o exemplo de um
varicap convencional e abaixo explicaremos a função dos pinos:

São chamados de convencionais, porque foram os primeiros tipos de seletor varicap usados nos televisores:

VT - Pino da tensão de sintonia. Deve variar a tensão entre 0 e 30 V para sintonizar todos os canais;
BL ou VL - Deve receber 9 ou 12 V para o TV sintonizar os canais baixos (2 ao 6);
BH ou VH - Deve receber 9 ou 12 V para o TV sintonizar os canais altos (7 ao 13);
BU ou VU - Deve receber 9 ou 12 V para o TV sintonizar os canais de UHF (14 ao 83);
Os pinos BL, BH e BU são chamados de chaveadores de bandas. Eles ligam e desligam boinas internas ao varicap
para sintonizar uma determinada banda (ou faixa) de canais.
BM - É o pino de +B do varicap. Recebe 9 ou 12 V para alimentar os transistores internos;
AGC - Ou CAG (controle automático de ganho) recebe de 3 a 7 V para ajustar o ganho do seletor de acordo com o
nível do sinal vindo da antena;
IF - Ou FI é o pino por onde sai os sinais de FI de vídeo, croma e som;
AFT - Sintonia fina automática, ajusta o correto ponto da sintonia para um determinado canal. Nem todos os varicaps
usam este pino.
 
CIRCUITO DE SINTONIA
É circuito encarregado de fornecer as tensões para o correto funcionamento do varicap. Veja abaixo o exemplo de um
tipo de circuito e alguns de seus componentes destacados:
Os televisores dos anos 80 trocavam de canal através de teclas e ajustavam a sintonia fina através de potenciômetros
multivoltas. Tal conjunto de teclas e potenciômetros recebe o nome de unidade de memória. Já nos TVs modernos, o
micro substitui todo este conjunto. Assim possibilitou-se trocar de canais usando o controle remoto (CR). Ao apertar a
tecla de canal no painel ou no CR, o micro controla um ou dois transistores que recebem uma tensão estabilizada de
um zener de 33 V. Desta forma os transistores fazem a tensão no pino VT do varicap chegar ao valor apropriado para
sintonizar o canal desejado. Ao mesmo tempo o micro controla um CI menor que irá chavear uma tensão de 9 ou 12 V
para o pino correspondente à banda do canal escolhido.
Conforme explicado, para o circuito de sintonia sintonizar todos os canais e nas posições certas é necessária uma
tensão de 33 V estabilizada por um zener. O zener de 33 V pode ser comum ou ter o corpo parecido com o de um
transistor, porém apenas com dois terminais na placa. Tal diodo vem com a indicação de "IC" na placa do TV e no
corpo vem indicado u574. A alimentação deste zener pode vir da mesma fonte de 100 V que alimenta o saída H ou da
fonte de fly-back de 180 V.

SELETOR VARICAP MODERNO (PLL)

Este tipo tem um CI micro dentro. Ele recebe pulsos digitais de dados (data ou SDA), clock (SCL) e habilitação (enable
ou EN) do CI micro do televisor. Ao apertar a tecla de canais no painel ou CR, o micro manda uma seqüência de
pulsos SDA, SCL e  EN para o varicap. O CI micro interno do varicap interpreta estes pulsos como o canal e a banda
que queremos sintonizar. A partir daí ele fornece o comando para o CI PLL dentro do varicap que fornecerá as tensões
corretas de sintonia e chaveamento da banda. Para cada canal a ser sintonizado, o micro do TV fornece uma
seqüência diferente de pulsos SDA e SCL para o micro do varicap. Veja abaixo o circuito de sintonia simples usado
neste tipo de varicap:

BT - Pino da sintonia. Funciona com 33 V fixos vindos do zener de 33 V;


BM - Pino do +B de 9 ou 12 V. Alguns varicaps PLL não têm este pino;
BP - Pino do +B de 5 V
SDA - Pino que recebe o comando de dados digitais do micro. A tensão contínua deste pino é 5 V;
SCL - Pino que recebe o sinal de clock para sincronismo do micro. A tensão deste pino é 5 V;
EN - Enable, pino que recebe um comando para habilitar as portas do micro interno do varicap. Os varicaps mais
modernos não tem mais este pino. Tal comando é enviado junto com o sinal de dados.
 
Como visto o circuito de sintonia deste tipo de varicap é bem simples. Todas as tensões são fixas. Para testar estes
circuitos basta medir as tensões de 33, 9, 5 e a tensão do AGC entre 3 e 7 V. Os comandos SDA e SCL só podem ser
medidos com um osciloscópio, já que formam ondas quadradas de dezenas de kHz de freqüência.
 

O FILTRO SAW

Conforme já explicado é um filtro ligado na saída do seletor. Serve para deixar passar os sinais de FI em torno dos 44
MHz e eliminar as interferências produzidas pelo seletor. Possui 5 terminais, sendo uma entrada, duas saídas e dois
terminais no terra. Pode ser redondo metálico ou retangular de epóxi para economia de espaço na placa. Veja abaixo
os tipos de SAW citados:
OBS - SAW significa "Superficial Acustic Wave" - Onda acústica superficial. O sinais entram no filtro e viram sons de
alta freqüência. Apenas os sons que coincidem com as freqüências de ressonância do filtro viram sinais novamente e
saem do filtro. Os demais sons vão para o terra.

BOBINA DETETORA DE VÍDEO

É uma bobina ajustável ligada em dois pinos do faz tudo. Está ajustada em 45,75 MHz (FI de vídeo). Ela é a
responsável pelo funcionamento do detetor interno ao CI. O detetor recebe o sinal de FI e o demodula, obtendo o sinal
de luminância, cor e som. Se esta bobina estiver desajustada, o detetor não consegue eliminar todo o sinal de FI e
aparecem chuviscos na imgem. Também pode ocorrer da imagem ficar com chuvisco ao sintonizar o canal e o
chuvisco desaparecer em seguida. Não tente ajustar esta bobina sem instrumentos adequados (osciloscópio ou
frequencímetro). Porém estas bobinas são universais, ou seja a de um TV serve na maioria dos outros TVs, não
importando o tamanho da carcaça. Veja abaixo:

FILTROS DE CERÂMICA

Este componente está sendo usado nos rádios e TVs para substituir bobinas. Tem uma freqüência de trabalho. No
caso dos filtros usados em TV, é 4,5 MHz. Assim apenas os sinais de 4,5 MHz passam e os demais vão para o terra.
Os filtros cerâmicos de 4,5 MHz usados nas TVs servem para separar o sinal de som dos demais. Assim temos o "trap
de som" (filtro cerâmico em paralelo com uma bobina) no caminho do sinal de vídeo para mandar o som para o terra e
o filtro de som para separar este sinal para os circuitos de som do TV. Veja abaixo os dois filtros cerâmicos de 4,5 dos
TVs:

LINHA DE ATRASO DE LUMINÂNCIA

Também chamada de DLY é uma bobina com o terminal central ligado ao terra. Serve para atrasar o sinal Y em torno
de 70 ns (nanossegundo ou um segundo dividido por um bilhão). Assim este sinal chega ao tubo junto com a croma.
Veja abaixo o aspecto e o símbolo deste componentes. Nos TVs modernos, ela está dentro do faz tudo.
LINHA DE ATRASO DE CROMA ANTIGA

É formada por um bloco fino de vidro especial que atrasa o sinal em 63 µs. Daí este sinal pode ser misturado com o da
próxima linha e cancelar uma das cores em cada saída. Veja abaixo o princípio de funcionamento e o aspecto físico
deste componente:

Veja como numa das saídas cancela-se o vermelho e fica apenas o azul. Na outra saída ocorre o contrário. Porém a
DL de croma só funciona corretamente quando dois componentes estão ajustados: o trimpot que controla o nível do
sinal direto e a bobina que ajusta a defasagem do sinal que será invertido numa das pontas para permitir uma perfeita
separação das cores. Se um destes componentes estiver desajustado, a DL não funciona, não separa as cores e
aparece na tela umas barrinhas nas cores chamadas de efeito veneziana. Mais adiante mostrarei como é o efeito
veneziana. Este efeito também ocorre quando A DL está quebrada. Alguns TVs têm duas DLs de croma, uma para o
PAL M e outra para o PAL N. O chaveamento delas é feito automaticamente através de diodos ou de um CI.

LINHA DE ATRASO DE CROMA MODERNA

Conforme já explicado, alguns CIs como o TDA8361 ou o TDA8374 já separam internamente o azul do vermelho.
Porém como a separação não é perfeita, ele usam um CI menor para separar definitivamente as cores. Tal CI,
normalmente um TDA4662, recebe o nome de DL de croma. Possui internamente duas memórias que armazenam o
sinal da linha anterior, misturando com o da linha presente, da mesma forma que a DL de vidro. Pode-se dizer que há
duas DLs dentro do CI, uma para separar só o vermelho e a outra o azul. Veja abaixo o exemplo de um CI DL de
croma:
Os faz tudo mais modernos, tais como o TDA8841 e o TDA9570 não usam mais a DL de croma externa nem de vidro,
nem o CI.

CRISTAIS DE 3,58 MHz

Como explicado, o circuito de croma usa o um sinal de 3,58 MHz produzido por um oscilador a cristal para demodular
as cores. Sendo assim encontraremos pelo menos um cristal de 3,575611 MHz ligado no faz tudo. Esta é a freqüência
da cor no sistema PAL M. O cristal da croma é parecido com um pequeno cadeado. Atualmente é comum os TVs
funcionarem em vários sistemas. Se o TV funciona em PAL M e NTSC encontraremos dois cristais. Se o TV funciona
em três sistemas (PAL M, PAL N e NTSC) encontraremos três cristais. O chaveamento destes cristais no televisor
pode ser feito através de diodos, transistores ou dentro do próprio faz tudo. Veja abaixo:

ENTRADAS AUXILIARES DE ÁUDIO E VÍDEO

Hoje todos os televisores possuem duas ou mais entradas RCA de áudio e vídeo  (AV) auxiliares. Nestas entradas
localizadas atrás ou na frente, podemos conectar ao TV outros equipamentos, tais como videogame, DVD, VCR,
filmadora, etc. O sinal de vídeo destas entradas podem ser chaveados dentro do faz tudo ou num CI separado,
normalmente um 4052, 4053 ou 4066. Veja abaixo como são e onde normalmente estão ligadas estas entradas:
CONTROLES DOS CIRCUITOS DE IMAGEM

São basicamente três controles principais acessíveis ao usuário: brilho, contraste e cor. Eles fazem a tensão variar
em três pinos do faz tudo. Antigamente estes controles eram potenciômetros, hoje são comandos do micro acessados
através de um menu na tela. Veja abaixo os controles antigos e modernos:

Brilho - Ou "bright", atua num pino do circuito de luminância para ajustar o nível de luz na tela do tubo;
Contraste - Controla o tamanho do sinal de vídeo e a diferença entre as partes pretas e brancas da imagem
Cor - Ou saturação, atua no circuito de croma para deixar as cores mais fortes ou fracas.
 
Alguns TVs têm um trimpot de sub brilho interno. Os aparelhos mais modernos fazem os controles de brilho, contraste
e cor através de dados seriais (data - SDA e clock - SCL) enviados pelo CI micro ao faz tudo.

CONTROLE AUTOMÁTICO DE GANHO (CAG)

Também chamado de AGC, está dentro do faz tudo. Recebe parte do sinal de vídeo do detetor e o transforma em
tensão contínua para controlar o ganho da FI e do seletor. Se o sinal chegar forte na antena, o CAG diminui o ganho do
TV para a imagem não ficar entortando e perdendo o sincronismo. Se o sinal chegar fraco, o CAG aumenta o ganho do
TV para a imagem não ficar com chuvisco. Há um trimpot que controla a tensão do CAG a ser aplicada ao seletor. Veja
abaixo o princípio básico do CAG:
CIRCUITO DE SINCRONISMO

Tem como função separar os pulsos de sincronismo horizontal e vertical do sinal de vídeo. Este circuito está
inteiramente dentro do faz tudo. Os pulsos de sincronismo vertical de 60 Hz vão direto para o oscilador vertical
impedindo que a imagem role para cima ou para baixo. Os pulsos horizontais de 15.750 Hz vão para o CAF (controle
automático de fase). Este circuito compara o sincronismo com o sinal gerado pelo oscilador interno e dividido até
15.750 Hz. Se houver defasagem entre os dois, o CAF gera uma tensão que aumenta ou diminui a freqüência do
oscilador momentaneamente até os dois sinais ficarem em fase novamente. Isto impede que a imagem role
horizontalmente ou fique com uma barra preta no meio. No CAF há um trimpot que permite ajustar a correta
centralização da imagem no sentido horizontal. Veja abaixo o circuito de sincronismo e CAF assim como os defeitos
mais comuns.

FORMA DOS SINAIS DE IMAGEM

Veja abaixo como são os sinais de luminância, croma e sincronismo retirados do transistor distribuidor de vídeo.
Observe como há um sinal chamado "burst". Este sinal é formado por 8 a 10 pulsos de 3,58 MHz enviado junto com o
sinal de croma. Serve para sincronizar as cores na imagem e para o televisor saber que a transmissão foi feita a cores.
Veja também os sinais RGB obtidos nas saídas do faz tudo. Porem estes sinais só podem ser visualizados num
osciloscópio de pelo 10 MHz e com um gerador de barras ligado na antena do TV.
FREQÜÊNCIAS DOS CANAIS DE TV

TV CULTURA - CANAL 2 - 54 A 60 MHz


SBT - CANAL 4 - 66 A 72 MHz
TV GLOBO - CANAL 5 - 76 A 82 MHz
TV RECORD - CANAL 7 - 174 A 180 MHz
REDE TV - CANAL 9 - 186 A 192 MHz
TV GAZETA - CANAL 11 - 198 A 204 MHz
TV BANDEIRANTES - CANAL 13 - 210 A 216 MHz
 
Os canais de UHF começam em 470 MHz e vão de 6 em 6 MHz até 890 MHz do canal 14 ao 83.
 

COMPONENTES MAIS USADOS NOS CIRCUITOS DE IMAGEM

Não apresentamos os tipos de CI faz tudo porque isto já foi feito quando estudamos o horizontal. Veja abaixo os
demais componentes encontrados nestas etapas do TV:

ROTEIRO PARA CONSERTO E DEFEITOS NOS CIRCUITOS DE IMAGEM

Veja abaixo os defeitos mais comuns que ocorrem nos circuitos de imagem e cor do TV. Basta clicar em cada para ir à
página onde está o roteiro para conserto:
COM TRAMA E SEM IMAGEM

O TV pode ou não ter linhas de retraço. Também pode ficar com ou sem som.

1 - Testar o transistor distribuidor de vídeo como visto abaixo:

2 - Medir a polarização do transistor citado. Se o distribuidor for NPN, a tensão do coletor deve ser a mais alta.
Se for PNP é a tensão do emissor a mais alta. Observe:

COM TRAMA E SEM IMAGEM - CONTINUAÇÃO

3 - Injete sinal usando a escala de X1, com a ponta vermelha no terra, para testar o distribuidor e os
componentes associados. Veja o procedimento abaixo:

4 - Meça a tensão nos pinos onde entram os controles de contraste, brilho e cor do faz tudo. Atue sobre o
controle no menu -  Se a tensão no pino correspondente variar, o controle está funcionando bem. Caso contrário, o
controle não está atuando e devemos testar a variação da tensão na saída do micro até chegar no pino correspondente
no faz tudo. Observe abaixo:
COM TRAMA E SEM IMAGEM - CONTINUAÇÃO

5 - Meça a tensão no pino que faz o chaveamento TV/AV do faz tudo, caso este chaveamento não seja feito por
um CI separado - Deve dar uma tensão para o modo TV e outra para o modo AV. Se a tensão não variar ao apertar a
tecla AV no painel ou no CR, devemos testar esta tensão desde o micro até o faz tudo. Observe o procedimento
abaixo:

6 - Injete sinal no pino de entrada do sinal de vídeo no faz tudo - Deve aparecer uma interferência bem forte na tela
para comprovar que a etapa de vídeo interna ao CI está funcionando. Veja abaixo:

7 - Se em todos os testes indicados até aqui está tudo normal, devemos fazer a troca do CI faz tudo.

OBS - Também podemos fazer a pesquisa de defeito nos circuitos de imagem usando um osciloscópio, porém
devemos ligar um gerador de barras na antena da TV e a pesquisa de sinal será do distribuidor de vídeo para
frente até os pinos de saídas RGB do faz tudo.

COM TRAMA E SEM IMAGEM

O TV pode ou não ter linhas de retraço. Também pode ficar com ou sem som.

1 - Testar o transistor distribuidor de vídeo como visto abaixo:

2 - Medir a polarização do transistor citado. Se o distribuidor for NPN, a tensão do coletor deve ser a mais alta.
Se for PNP é a tensão do emissor a mais alta. Observe:
COM TRAMA E SEM IMAGEM - CONTINUAÇÃO

3 - Injete sinal usando a escala de X1, com a ponta vermelha no terra, para testar o distribuidor e os
componentes associados. Veja o procedimento abaixo:

4 - Meça a tensão nos pinos onde entram os controles de contraste, brilho e cor do faz tudo. Atue sobre o
controle no menu -  Se a tensão no pino correspondente variar, o controle está funcionando bem. Caso contrário, o
controle não está atuando e devemos testar a variação da tensão na saída do micro até chegar no pino correspondente
no faz tudo. Observe abaixo:

COM TRAMA E SEM IMAGEM - CONTINUAÇÃO

5 - Meça a tensão no pino que faz o chaveamento TV/AV do faz tudo, caso este chaveamento não seja feito por
um CI separado - Deve dar uma tensão para o modo TV e outra para o modo AV. Se a tensão não variar ao apertar a
tecla AV no painel ou no CR, devemos testar esta tensão desde o micro até o faz tudo. Observe o procedimento
abaixo:
6 - Injete sinal no pino de entrada do sinal de vídeo no faz tudo - Deve aparecer uma interferência bem forte na tela
para comprovar que a etapa de vídeo interna ao CI está funcionando. Veja abaixo:

7 - Se em todos os testes indicados até aqui está tudo normal, devemos fazer a troca do CI faz tudo.

OBS - Também podemos fazer a pesquisa de defeito nos circuitos de imagem usando um osciloscópio, porém
devemos ligar um gerador de barras na antena da TV e a pesquisa de sinal será do distribuidor de vídeo para
frente até os pinos de saídas RGB do faz tudo.

SEM IMAGEM MAS TEM COR

Este defeito é mais comum ocorrer nos TVs antigos, nos quais a separação entre a luminância e a cor era feita fora do
CI. Então se pegarmos um TV com este defeito, devemos injetar sinal e testar os componentes por onde passa
exclusivamente o sinal de luminância (Y). Veja abaixo:

Se este defeito ocorrer em TVs modernos (raridade), devemos trocar o faz tudo.
IMAGEM PRETO E BRANCO

Nos televisores modernos (anos 90 para cá), quando a imagem preto e branco está normal e não aparecem as cores,
o principal suspeito é o CI faz tudo, já que os circuitos de croma estão dentro dele. Porém antes de optar pela troca do
CI, podemos realizar alguns testes fora dele, como indicado abaixo:

1 - Meça a tensão nos pinos de +B (1 e 9) do CI LA de croma - Devemos encontrar 5 V. Observe:

2 - Podemos testar o CI LA de croma injetando sinal – Com a ponta preta, injete um sinal (em X1) nos pinos de
saída R-Y e B-Y do CI LA de croma. Se aparecer interferência de cor na tela, o CI faz tudo está bom. A seguir
injetamos sinal nos pinos de entrada R-Y e B-Y do LA de croma. Se aparecer interferência de cor na tela, o LA está
bom. Caso não apareça, ele está com defeito. Veja abaixo como devemos proceder:

3 - Se o TV tiver chaveamento nos cristais fora do CI (transistores ou diodos) - Meça as tensões nestes
componentes. Troque o cristal PAL M e por último o CI faz tudo. Veja o teste do chaveamento dos cristais abaixo:

Obs - Ao trocar o cristal de 3,58 MHz, observe que há um capacitor cerâmico em série com ele para fazer o
ajuste fino de freqüência. Se trocar o cristal por de outro fabricante, talvez seja necessário modificar o valor do
tal capacitor para que a cor apareça. Os valores para este capacitor variam de 12 pF a 47 nF.
FALTA UMA DAS CORES

Observe como no caso deste defeito, apenas o colorido da imagem fica alterado, pela falta de azul ou de vermelho.
Quando atuamos no controle de cor, a imagem fica preto e branco perfeitamente, descartando a hipótese do defeito
estar na placa do tubo. Teste os componentes que estão entre a DL de croma e o faz tudo. Também pode ser defeito
neste último CI. Nos TVs mais novos pode ser falta de um dos +B ou defeito no CI que faz o papel de DL de croma.
Veja abaixo:

EFEITO VENEZIANA

Este defeito é causado pela linha de atraso de croma ou algum componente relacionado a ela. Também pode ser falha
no chaveamento dos sistemas PAL/NTSC. Veja abaixo:
CHUVISCO - NÃO SINTONIZA OS CANAIS

Antes de optar pela troca do varicap, devemos realizar os testes abaixo:

 1- Meça as tensões nos pinos de +B do Varicap - Devemos encontrar entre 9 e 12 V. Este pino também pode vir
com o nome de BM. Veja abaixo:

2 - Se o TV usa varicap comum, meça as tensões nos pinos VT, BL, BH e BU - O pino VT deve variar de 0 a 30 V.
Se não houver tensão neste pino ou ela não variar, teste o zener de 33 V e todos os componentes que tem a ver com a
tensão de sintonia, incluindo o micro. Os pinos do chaveamento de bandas BL, BH e BU devem receber tensão de 9 ou
12 V correspondente à banda de canais que queremos sintonizar. Se não há tensão nestes pinos, tente trocar o CI
chaveador de bandas (LA7910). Se não resolver, o defeito é o micro que não está fornecendo o comando para o
chaveamento de bandas. Não se esqueça de medir a tensão no pino do AGC. Deve dar entre 3 e 7 V. Veja abaixo
estes procedimento:

3 - Se o TV usa o varicap PLL (moderno), confira as tensões nos pinos BT (33 V), BM (9 ou 12 V) e BP (5 V). Veja
abaixo como medir as tensões nestes dois tipos de varicap:

IMAGEM COM MUITO CHUVISCO

Antes de mais nada certifique-se que a antena está boa e o local é favorável à recepção dos canais. Isto posto, o
principal suspeito é o varicap, porém antes da troca do mesmo, verifique se o 1º transistor de FI está bom e
corretamente polarizado e se a bobina detetora de vídeo está em boas condições. Você pode colocar a de outra TV
para testar, já que elas trabalham na mesma freqüência (45,75 MHz). Observe abaixo:
CIRCUITO DE SOM DO TELEVISOR

Começa no filtro de som, um filtro cerâmico de 4,5 MHz, e vai até o alto-falante (ou falantes). Nos TVs mono, o circuito
de som é simples, formado pelo CI faz tudo e pelo CI de saída de som. Já nos TVs estéreo, principalmente nos de tela
grande, o circuito de som é mais complexo, como veremos a seguir:

TELEVISORES MONO

São aqueles que reproduzem os dois sinais de áudio (L = esquerdo e R = direito) juntos no mesmo alto-falante ou em
dois alto-falantes. O fato do TV ter dois falantes não significa que o mesmo é estéreo. Para ser estéreo, cada falante
deve estar ligado numa saída de áudio diferente ou em pinos diferentes do CI de saída de áudio. Veja abaixo o
princípio do TV mono:

O controle de volume pode atuar no CI de saída ou no faz tudo. Nos TVs modernos, este controle é feito através dos
comandos digitais data (SDA) e clock (SCL).

TELEVISORES ESTÉREOS

São aqueles que podem reproduzir os sinais de áudio L e R separadamente, dando maior noção de realismo ao som.
Porém para o TV reproduzir som estéreo, a emissora deve transmitir estéreo. Tais TVs possuem pelo menos dois
falantes, cada um para reproduzir um dos sinais. Os TVs estéreos também podem reproduzir um outro sinal de áudio
transmitido por algumas emissoras em determinados programas: o SAP. SAP é segundo programa de áudio e
corresponde ao som original de um filme, documentário, esporte, etc. Porém este sinal é mono e sairá igual nos dois
falantes. Veja abaixo o princípio do televisor estéreo:

Como vemos, o televisor estéreo possui um CI chamado decodificador estéreo. Tal CI recebe na entrada som mono,
estéreo e o SAP (estes sinais conjugados recebem o nome de MTS = som de televisão multicanal). Daí ele separa os
canais, deixando sair apenas o sinal L num pino e o R em outro. Também tem a opção de deixar sair o SAP em cada
pino, dependendo da função escolhida no CR do TV. O decodificador possui muitos capacitores eletrolíticos ligados
nos seus pinos.
Após o decodificador, os sinais passam pelo CI que chaveia as entradas auxiliares e vão ao pré. Este CI amplifica os
sinais, faz os controles de graves, agudos, etc e os envia ao CI de saída de áudio. A saída de áudio pode ser com um
CI só ou dois CIs de potência separados.

ROTEIRO PARA CONSERTO DOS CIRCUITOS RESPONSÁVEIS PELO SOM

O procedimento vale quando o TV está sem som, porém com imagem normal ou quando está com som muito baixo.
Para consertar o som, devemos injetar sinal usando o multitester em X1 ou uma chave de fenda fina segurando-a pela
haste. Veja abaixo o procedimento para o TV estéreo (mais complexo) e acompanhe a explicação:

1 - Testar os falantes a frio pelo conector;


2 - Injetar sinal nos pinos de entrada do CI de áudio - Deve sair um forte zumbido nos falantes. Se não sair, meça
os pinos de +B, teste o circuito MUTE e estando em boas condições, troque o CI de saída de áudio, tomando o cuidado
de colocar outro com o código exatamente igual (ex: TDA7056B deve ser trocado por outro 7056B e não pelo 7056A ou
7056);
3 - Injetar sinal nas entradas do CI pré amplificador - Para testar este CI. Se não sair som, meça o +B e troque o CI
citado;
4 - Injete sinal nas saídas e entradas do CI chaveador AV - O som ouvido nos falantes deve ser o mesmo nas
saídas e entradas. Se o som sai nos pinos de saída e não nos de entrada, troque o CI indicado;
5 - Injete um sinal nas saídas e entrada do decodificador estéreo - O som a ser ouvido no pino de entrada deverá
ser muito mais alto que o ouvido nos pinos de saída. Se não sai som no pino de entrada ou sai muito baixo, o CI
decodificador está ruim, sem +B ou defeito em algum eletrolítico ligado nos seus pinos;
6 - Injete um sinal no pino de saída de áudio do faz tudo - O som a ser ouvido deve ser igual ao ouvido na entrada
do decodificador. Se não sai som, testaremos os componentes que estão entre o faz tudo e o decodificador. Se no pino
de saída de som do faz tudo sair um som alto e mesmo assim, o TV está sem som, daí o defeito é no faz tudo (CI, filtro
de som ou bobina detetora).
 
OBS: Se o TV está com som baixo e chiado quando está num canal, porém fora de canal, o som fica mais alto,
daí tentaremos calibrar a bobina detetora de som, possivelmente resolverá o problema.
CI MICROCONTROLADOR

Também chamado de microprocessador ou micro, é o CI usado para controlar o televisor. Encontramos facilmente na
placa como um CI grande perto do teclado. Ao lado dele podemos encontrar componentes tais como: o cristal de clock,
metálico ou de plástico, o receptor do CR metálico ou em epóxi, o CI EEPROM usado para armazenar os comandos do
televisor, a bobina ou trimpot do oscilador de OSD (menu na tela), vários resistores e pequenos capacitores. Em alguns
TVs também encontraremos um pequeno CI de três pinos ligado no pino RESET do micro. Veja um exemplo de micro
de um TV Philco abaixo:

MICRO DOS TVs MAIS ANTIGOS

Os primeiros micros usados no TV serviam apenas para ligar e desligar. Posteriormente estes CIs foram evoluindo e
passaram a incorporar inúmeros comandos tais como liga/desliga, brilho, contraste, cor, sin- tonia e memorização dos
canais e nos dias atuais o micro já está dentro de um único CI junto com o faz tudo. Atualmente os micros podem ser
classificados em paralelos (convencionais) e seriais. Os micros convencionais têm um pino para cada controle do
TV, deste pino sai uma tensão variável para controlar o brilho, por exemplo. Em outro pino sai a tensão para o controle
de contraste e assim por diante. Veja abaixo o princípio de um micro paralelo (convencional) com seus pinos principais:
Pinos principais do micro:

1 - Pino de +B - Pode ser chamado de Vcc ou Vdd. Recebe 5 V;


2 - Entradas - Pinos do receptor de CR e do teclado. Cada tecla pode estar ligada de um pino para o outro do CI, de
um pino do CI ao terra ou todas as teclas ligadas no mesmo pino através de resistores que são curto-circuitados pelas
teclas e fazem a tensão variar naquele pino do micro;
3 - Saídas - Pinos para controles de brilho, contraste, cor, volume, TV/AV, sintonia, chaveamento de bandas, mute, e
mais alguns outros dependendo das funções daquele televisor;
4 - Reset - Inicialização do micro. Quando ligamos a TV, este pino passa rapidamente de 0 a 5 V ou de 5 V a 0. Neste
pino há um capacitor eletrolítico, um transistor ou um CI de três pinos. Se houver algum defeito relacionado com este
pino, o micro não inicializa e o TV não liga;
5 - Pino do clock - Vai ligado no cristal que gera um sinal de 2 a 12 MHz, o qual será usado pelo CI para controle das
funções. Se não houver clock, o micro não funciona;
6 - Oscilador de OSD - Significa "On Screen Display" ou menu na tela, estes pinos possuem uma bobina ou um
trimpot e dois capacitores cerâmicos. Produzem um sinal usado pelo micro para  gerar os caracteres a serem
introduzidos na tela, indicando o número do canal, nível de volume, etc. Alterando o valor da bobina ou trimpot,
modificamos a largura das letras que aparecem na tela;
7 - Saídas de OSD - Nos TVs mais antigos os sinais de OSD saem do micro e vão direto para a placa do tubo. Desta
forma os caracteres aparecem sobre a imagem. Nos TVs modernos, as saídas de OSD saem do micro e entram no faz
tudo. Porém neste caso é necessário um pulso chamado "blanking" ou blk(apagamento). Este pulso desliga o sinais
RGB de imagem e liga o sinais RGB do OSD dentro do faz tudo quando o feixe eletrônico chega no ponto onde devem
aparecerem os caracteres na tela. Literalmente ele apaga a imagem e põe o OSD no lugar.
8 - Sincronismo do OSD - São pulsos vindos do circuito horizontal e vertical do TV para posicionar os caracteres no
lugar correto na tela. Sem estes pulsos, os caracteres não aparecem na tela.
 

MICRO DOS TVs MODERNOS

O micro paralelo tem uma desvantagem: o grande número de pinos para controlar as funções. Para resolver este
inconveniente a "Phillips" lançou o micro serial. Neste tipo, apenas dois pinos são usados para controlar todas (ou
quase todas) as funções: o pino de dados SDA e o do relógio SCL (clock). Veja este tipo de CI abaixo:

Ao apertarmos alguma função no teclado ou no CR, o micro manda uma determinada seqüência de pulsos pelas vias
SDA e SCL. Esta seqüência é decodificada e uma tensão é gerada para controle da função escolhida pelo usuário,
tudo dentro do faz tudo. Há alguns CIs faz tudo como o TDA8374 que não funcionam se não receberem
constantemente os pulsos seriais do micro. Para cada comando selecionado, o micro gera uma seqüência diferente de
pulsos SDA e SCL para o faz tudo. Estas duas vias também vão para o varicap selecionar os canais e fazer o
chaveamento das bandas. Estes pulsos seriasi só podem ser visualizados com um osciloscópio.
CONSERTOS NA REGIÃO DO MICRO

Esta parte do TV não dá defeito constantemente e quando ocorre é quase sempre no próprio micro, porém aí vai o
procedimento para este setor do TV:

- O TV não liga

Este procedimento já foi explicado na parte de conserto na fonte e horizontal, porém vamos repetí-la dando mais
alguns detalhes:

1 - Meça o pino de +B do micro - Devemos encontrar 5 V. Se não tiver, verifique esta linha de +B. Pode ser o próprio
micro matando esta tensão;
2 - Veja se a tensão no pino "power" varia ao apertarmos a tecla liga/desliga - Se a tensão variar de 0 a 5 V, o
micro está funcionando. Porém se não variar, provavelmente o micro está queimado, mas se quiser, antes da troca,
verifique os componentes no pino RESET e se tiver um multímetro que mede freqüência, teste o cristal de clock, como
indicado abaixo:
 

 
3 - Se for um micro serial, tente desligar os componentes que recebem os sinais SDA e SCL (varicap, CI
chaveador AV, decodificador estéreo, etc), mas mantenha os do faz tudo ligados - Se o TV ligar, o defeito não é
no micro e sim numa outra etapa. Se o TV não ligar, daí o defeito pode ser no micro ou no faz tudo. Neste ponto seria
útil poder contar com um osciloscópio para ver se o micro está gerando o SDA e SCL. Se não possuir o osciloscópio,
daí terá que trocar por tentativa: (1° o faz tudo que é um CI mais ou menos universal e mais fácil de se conseguir, 2° o
micro).
4 - Veja se não há alguma tecla em curto por sujeira - Uma tecla em curto trava o micro.
5 - Tente trocar a EEPROM.
 
- Não aparece o OSD na tela
 
1 - Teste os componentes do pinos oscilador e sincronismo do OSD;
2 - Se estão normais, o defeito é no micro.
 
- Controle remoto funciona, mas teclas do painel não
 
1 - Teste o teclado e os componentes associados;
2 - Se estão boas, o defeito é no micro. Não se esqueça que as teclas do painel "canal +" e "canal -" precisam
que os canais sejam memorizados pela EEPROM para funcionarem.
 
- Controle remoto não funciona - teclas sim
 
1 - Certifique-se que o transmissor esteja funcionando (veja no setor da página que fala sobre CR);
2 - Troque o receptor de CR e verifique as trilhas dele;
3 - Se tudo acima está normal, o defeito é no micro (raridade).
 
- TV não memoriza os canais ou os controles
 
1 - Alguns TVs da Phillips e Gradiente usam uma bateria ligada no micro - Veja se esta bateria não está
descarregada;
2 - Troque a memória EEPROM e refaça a programação do TV - Em alguns casos, a EEPROM está dentro do
micro, sendo necessário a troca deste CI.
 
OBS: Os TVs modernos tem dois modos de ajustes: o do usuário que vêm no manual de instruções do TV e o do
técnico ou de fábrica que vêm no manual técnico do TV e não é acessível ao usuário. Os ajustes técnicos são
acessados através de senha assim como os valores dos ajustes a serem gravados na EEPROM. Neste tipo de TV, e
são todas as modernas, ao trocar a EEPROM, devemos refazer os ajustes técnicos com o respectivo manual do TV
adquirido em casas de esquemas elétricos.
 
CIRCUITOS DE PROTEÇÃO DO TELEVISOR

Têm a função de desligar o TV ou reduzir o brilho em caso de defeito em alguma outra etapa. Abaixo apresentarei
alguns exemplos de circuitos de proteção, lembrando que a maioria dos circuitos encontrados nos televisores serão
alguma variação de alguns destes:

PROTEÇÃO PARA AUMENTO DA TENSÃO DA FONTE

Basicamente se os +B ficarem altos, o circuito deve desarmar a fonte.

1 - Com zener de 120 V - Há um diodo zener de 120 V (normalmente o RU2M) ligado do +B para o terra. Em
condições normais, o zener fica desligado e não interfere no valor do +B. Quando o +B ultrapassa os 120 V, o diodo
entra em curto e mata o +B. Veja abaixo:

2 - Com SCR - Entre o +B e o terra temos um SCR (diodo controlado). Quando o +B fica alto, um diodo zener conduz e
polariza o gate do SCR. Assim ele conduz e derruba o +B, como visto abaixo:

Roteiro para conserto - Desligue o componente da proteção (zener de 120 V ou SCR). Desligue também o pino do
fly-back que recebe o +B de 100 V. Rapidamente meça o valor do +B da fonte. Se o +B está normal, o defeito está no
circuito de proteção (zener em curto, SCR ou algum componente ligado nele com defeito). Se o +B está alto, o defeito
estará mesmo na fonte (CI STR com defeito, fotoacoplador, CI regulador SE115 ou algum componente ligado neles
com defeito).
PROTEÇÃO PARA CURTO NO HORIZONTAL

Desliga o TV quando o transistor de saída H, fly-back, alguma fonte de fly-back ou até o yoke está em curto:

1 - Com SCR - Quando o transistor de saída está em curto, o +B de 100 V aparece no emissor do mesmo (que não
está direto no terra). Esta tensão aciona o zener que polariza o SCR para este derrubar o +B. Veja abaixo:

Quando o fly-back está em curto, aumenta muito a corrente pelo saída H. Isto faz aparecer uma tensão considerável no
resistor de emissor. Esta tensão é suficiente para polarizar o zener que ativa o SCR e mata o +B. O mesmo ocorre
quando algum componente ligado no fly-back entra em curto.

2 - Proteção no CI faz tudo - Alguns CIs possuem um circuito interno chamado proteção de raio x ou x ray. Em
condições normais, este pino fica em 0 V. Quando algum componente do horizontal está em curto, vai uma tensão para
este pino. Daí o circuito x ray desliga o oscilador H e o TV não gera mais o MAT. Veja abaixo:

Roteiro para conserto - Desligue o circuito de proteção (zener que vai ao pino x ray ou o SCR). Se o TV funcionar
normalmente, o defeito é no circuito de proteção. Se o TV não funcionar, algum componente do horizontal está em
curto. Quando é o fly-back, ele esquenta muito e às vezes chega a estourar. Quando é o yoke ou alguma fonte de fly-
back, o saída H esquenta bastante.
PROTEÇÃO DO AUMENTO DE MAT OU BRILHO

Desliga o TV quando a alta tensão ou o brilho da trama fica excessivo:

1 - No CI faz tudo - Quando o MAT ou o brilho ficam altos, uma fonte de fly-back aciona o pino x ray do faz tudo e
desta forma o circuito H desliga, como visto abaixo:

2 - No micro - O CI micro tem um pino chamado "Prot". Quando o MAT ou brilho ficam altos, uma fonte de fly-back
aciona este pino e o micro desliga o TV. Também quando o vertical fecha, sai uma tensão de um dos pinos do CI de
saída V que aciona o pino prot e o micro desliga o TV para não aparecer a linha brilhante no meio da tela. Observe
abaixo:

Roteiro para conserto - No caso do faz tudo, desligamos o zener do pino x ray e no caso do micro fazemos o TV ligar
independente do micro (curto circuitando o transistor que leva +B ao faz tudo, etc). Se o TV funcionar, o defeito é no
circuito de proteção que está ativando indevidamente. Se o TV ficar com brilho excessivo, Veja o +B de 180 V, tensão
da G2 alta, +B no coletor de algum saída RGB baixo, etc). Se o TV ficar com excesso de MAT ou com um pouco de
falta de largura, troque o capacitor de largura (1600 V). Alguns TVs possuem um eletrolítico ligado no fly-back chamado
"booster". Troque-o também, Veja se o +B da fonte não está alto ou se o fly-back não está furado.

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