Bons Costumes e Boas Maneiras

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BONS COSTUMES & Autora: Angela Sirino


BOAS MANEIRAS
Copyright 2018 Autor da Fé Diagramação: Cainã Meucci
Categoria: Vida cristã Capa: Gabriel Nunes
Preparação e revisão: Danielle Maciel
2ª edição – 2018
Todos os direitos reservados. Coordenação editorial: Filipe Mouzinho
É proibida a reprodução total
ou parcial sem a permissão
escrita dos editores.
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A Deus, que fez por mim infinitamente mais do que


tudo o que pensei, pedi ou imaginei. Ao meu esposo,
Osmildo Sirino, pelo apoio, companheirismo e amor a mim
dispensados. Aos meus preciosos filhos, Angélica,
Annelise e Sirino Júnior. Vocês completam nossa vida.
A todos vocês que apreciam a leitura de minhas obras.
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SUMÁRIO
Introdução........................................................................................................... 7

1 - O que significa etiqueta?...................................................................... 9

2 - O que é ser elegante?............................................................................ 19

3 - Elegância no vestir................................................................................. 23

4 - Que tipo de roupa devo usar?.......................................................... 35

5 - Elegância no comportamento social.......................................... 43

6 - Considerações e gentilezas................................................................ 69

7 - Apresentação social.............................................................................. 77

8 - O que é elegante ao conversar?...................................................... 81


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9 - Alguns cuidados importantes......................................................... 85

10 - Regras básicas de comportamento social.............................. 93

11 - Como se comportar em viagens?.................................................. 99

12 - Algumas dúvidas sobre cerimônias de casamento........... 101

13 - Alguns pontos importantes a serem observados em


nossa conduta diária ......................................................................... 103

14 - Bons modos à mesa............................................................................... 111

15 - O significado das flores....................................................................... 121

16 - Curiosidades culturais de outros países................................. 125


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INTRODUÇÃO

Todos os povos, ao se unirem em sociedade, estabelecem


regras de convívio social, com o intuito de que essas regras
possam contribuir para o bem-estar social do grupo. A isso
chamamos de costumes e cultura. As regras de boas manei-
ras e bons costumes não existem isoladamente como fruto
de caprichos de pessoas que não tenham nada para fazer,
além de inventar modas, mas como fruto de uma necessida-
de social, voltada para o bem-estar do grupo e, por fim, de
toda uma sociedade.

Todos os povos em todas as culturas têm também seu


código de regras, que não são outra coisa senão regras de
boas maneiras a que damos o nome de etiqueta; e em todas
as culturas, os erros contra essas regras não passam desa-
percebidos, sendo logo notados como uma falta social e um
erro contra o grupo.

Vivemos em sociedade e, queiramos ou não, sempre se-


remos observados e cobrados pelas nossas atitudes sociais,

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e essa cobrança aumenta à medida que nos projetamos so-


cialmente. Vivemos em tempos ultramodernos com tanta
visibilidade no mundo virtual e a grande maioria de nós não
consegue lidar com tudo isso, constroem e desconstroem
sua imagem em questão de segundos. Nesse sentido, escrevi
este livro, para que ele sirva como uma bússola de boas ma-
neiras para todos, inclusive para aqueles sobre os quais pesa
a responsabilidade de apresentar bem a si mesmos e repre-
sentar melhor o segmento social, profissional ou eclesiástico
do qual fazem parte.

Todos nós devemos conhecer regras e modos de boas


maneiras, a fim de que possam ajudar a nos inserir nos di-
versos meios sociais com desenvoltura, habilidade e graça,
de tal modo que nossa presença se revele com elegância,
harmonia e distinção, para que possamos brilhar como luz
neste mundo.

Muitas pessoas, com medo de não saberem como se com-


portar em sociedade, deixam de relacionar-se com outras
pessoas, por não saberem o que dizer nem o que fazer ou
como se portar. Aprenda mais sobre boas maneiras e bons
costumes e desfrute com segurança de novas amizades e se
sinta seguro para conviver em sociedade.

Desejo que os conselhos ensinados neste livro façam


você exalar o bom perfume de um cristão autêntico. E que
você faça a diferença onde estiver, sendo sal da terra e luz
no mundo.

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CAPÍTULO 1

O QUE SIGNIFICA
ETIQUETA?

Q uando falamos a palavra “etiqueta”, ela soa como


frescura e logo a ligamos a coisas de gente rica e
esnobe, pensamos em coisas como mesa arrumada, cuida-
dos para falar certinho e comer direitinho, imaginamos ta-
lheres diferentes, ou ainda pensamos em visita com horário
marcado... E se vemos ou ouvimos uma pessoa praticando
regras de boas maneiras e bons costumes que são conside-
radas regras de etiqueta, tais como pedir licença, por favor
ou dizer obrigado, geralmente essas pessoas são apelidadas
de frescas ou exibidas. Fazer o que é correto muitas vezes se
torna motivo de críticas ou sinônimo de fraqueza.

Mas etiqueta nada mais é do que “a arte das boas manei-


ras e dos bons costumes”, compreendendo um conjunto de
regras, estilos, normas e hábitos que emprestam à vida coti-

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diana uma característica de harmonia, elegância e distinção.


E é de suma importância a influência das boas maneiras e
dos bons costumes nas atividades humanas. Elas determi-
nam o comportamento ideal, através de regras taxativas que
estabelecem a maneira de agir adequada. Comportamen-
tos que, quando vividos por uma pessoa, determinarão sua
aceitação ou rejeição na sociedade e no convívio com o pró-
ximo e até mesmo com a família.

A origem da palavra etiqueta deriva-se de dois vocábu-


los, a saber: “ETI”, que significa “dentro” e “IQUETA”, que
significa “norma”. Portanto, etiqueta são normas que vêm de
dentro, ou seja, do comportamento.

A própria Bíblia Sagrada nos traz grandes ensinamentos so-


bre boas maneiras e bons costumes, ela é o livro por excelência.
Em Provérbios encontramos o mais completo manual de boas
maneiras e de relações humanas sadias e construtivas, contudo,
as Escrituras Sagradas, como um todo, nos orientam o modo
correto de viver em qualquer lugar que estejamos, ou em qual-
quer circunstância que possamos vir a enfrentar.

A Bíblia é o manual de Deus para o homem. Nosso Pai


celeste deixou sua palavra à nossa disposição para que te-
nhamos a fórmula ideal de como nos comportar em qual-
quer lugar e em qualquer circunstância. O interessante é
que, por exemplo, o manual de qualquer aparelho eletrôni-
co é escrito para a conservação e preservação do mesmo. E
esta também é a função do livro da humanidade, que é a Bí-

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blia Sagrada. Veremos nos assuntos que se seguem o quanto


as normas de etiqueta estão baseadas na Bíblia. Lembro-me
de quando estava com 18 anos de idade, passei por uma ex-
periência bastante interessante: minha irmã iria jantar em
outra cidade com seu namorado, junto com um amigo deles
que era filho de um deputado federal naquela época; nossa
mãe só a deixava ir na companhia de uma de nós, e sobrou
para mim a tarefa de acompanhá-la. Embora fôssemos fi-
nanceiramente controlados, meus pais, que são de origem
bem simples, nunca nos ensinaram regras de etiqueta e de
bom comportamento à mesa.

Preocupadas com isso, saímos atemorizadas. Ao che-


garmos ao restaurante, um homem abria a porta do carro
e manobrava o veículo até o estacionamento. Eu não sabia
se dizia obrigada ou boa noite. Quando chegamos à mesa
que estava reservada para nós, assustei-me quando vi duas
facas de um lado, dois garfos de outro, duas colheres mais à
frente, dois pratos, um dentro do outro, guardanapo de te-
cido junto ao prato e variados copos e taças. Pensei – o que
eu vou fazer? Como se não bastasse, eles começaram a con-
versar sobre assuntos que eu não conhecia, mas nesta época
eu já lia bastante a Bíblia e me lembrei do que está escrito
em Provérbios 17:28: “O tolo se faz de sábio quando fica ca-
lado”. Então, eu só participava de assuntos que eu conhecia
bem, nos demais assuntos fui simplesmente boa ouvinte. Ao
iniciar a refeição, baseada neste versículo, também não per-
guntei quais talheres eu deveria usar, mas, disfarçadamente,
olhei para aquele rapaz e comi como ele comia, pedi o prato

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semelhante ao dele, e ao observar que a bebida era servida


pelo garçom no copo correto, pedi um suco. Eu me saí tão
bem que até parecia que eu era bem fina e que aqueles pro-
cedimentos faziam parte da minha vida cotidiana.

Devido a algumas mudanças em nossa vida profissional,


eu e meu marido fizemos um curso de etiqueta, e naquela
época ficamos maravilhados em ver o cuidado de Deus com
seus filhos, pois a maioria das regras de etiqueta, de boas ma-
neiras e de bons costumes estão baseadas na Bíblia. No decor-
rer desta leitura, você vai poder conferir vários trechos.

A ETIQUETA SE DIVIDE EM
a) Etiqueta Doméstica: são os bons costumes e boas
maneiras que precisamos praticar em casa. É a educação
de hábitos e maneiras que nos fazem ter boas habilidades
para lidar com a família e com empregados que trabalham
em nosso lar.

A mulher é de suma importância para o equilíbrio no


lar. Geralmente é ela a responsável pela harmonia e pelo
bom relacionamento entre pais e filhos, de certa forma é
ela quem conduz a educação e disciplina da família. Os
pais precisam ser presentes de forma positiva, ensinando
boas maneiras na educação e na vida dos filhos. Ser pre-
sente não significa estar 24 horas junto deles, mas significa
dar qualidade de tempo, ensinando e preservando as boas
maneiras e os bons costumes de uma família. Ensinar boas

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maneiras inclui “bom relacionamento e boa comunicação”.


Através de princípios, ensinamos os filhos a terem respei-
to, limites e apreciação pelo próximo, que nada mais é do
que um bom costume.

Os filhos são o reflexo do lar em que eles vivem, eles são


o espelho dos pais. É como aquele ditado popular: “Filho
de peixe, peixinho é”. Os pais devem ensinar os filhos a
“pedir por favor, com licença, a dizer obrigado, a respeitar
os mais velhos e o próximo”. Somos quatro irmãos e des-
de pequenos aprendemos questões sobre boa convivência
com o próximo. Mamãe nunca permitiu que falássemos
nenhuma obscenidade ou palavrão, e mesmo tendo apren-
dido o nome vulgar dos órgãos genitais na escola, dávamos
apelidos a eles (por exemplo: segredinho). Quando um
amigo falava palavrão, comentávamos que não seríamos
amigos deles porque então ficaríamos feios e desagradá-
veis como eles. Lembro-me de quando nos sentávamos de
pernas abertas, mamãe dizia que aquilo era feio para uma
mocinha, que as pessoas veriam nossas roupas íntimas. Ela
falava com sabedoria, na linguagem de criança, e quando
víamos alguma menina com as pernas abertas, dizíamos:
coitadinha, a mãe dela não a ensinou. Mamãe nos dava
serviços rotineiros da casa e determinava o que era obri-
gação, como arrumar a cama, limpar o banheiro após o
banho, lavar roupas íntimas, etc.

Como aprendi, ensino minhas filhas desde pequenas,


que menina não fica de perna aberta, é feio. Um dia, quan-

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do elas ainda eram bem pequenas, estávamos no nosso carro


indo para uma lanchonete e eu estava sentada com as pernas
abertas, afinal, era dentro do meu carro! De repente. Angé-
lica, minha filha, disse encabulada: “Mamãe, moça não fica
de pernas abertas”. Impressionada, eu respondi: “É mesmo!”.
Porém, sabemos que tais regras são desvalorizadas nos dias
atuais, cabe a nós sermos aqueles que ainda lutam pelos bons
costumes, seja no falar ou no agir. Incluir bons costumes e
boas maneiras ensina-nos a ver o lado bom dos outros!

Devemos ensinar nossos filhos a boa educação, como por


exemplo, não entrar em nosso quarto sem bater na porta e
perguntar: posso entrar? São boas maneiras tão esquecidas
em nossos dias. Devemos ensinar a importância de elogiar
as pessoas e de ser amável com o próximo. Isto é educar
o filho para o mundo, ensinar a compreender e respeitar
uns aos outros, dentro e fora de casa. E cada vez que você
achar essa tarefa difícil, lembre-se de que o comportamento
de uma pessoa determinará seu sucesso ou seu fracasso no
mundo emocional, espiritual, social e profissional.

Recordo-me de quando eu era ainda jovem, estava fazen-


do um tratamento de canal no meu dente com um dentista
prático da nossa cidade. Enquanto eu aguardava o efeito do
anestésico aplicado em minha gengiva, entrou o filho ado-
lescente do dentista, abriu a geladeira, pegou uma garrafa
grande de água, abriu-a e bebeu água no “bico da garrafa”
(que falta de higiene). Naquela hora, o pai, todo constrangi-
do, virou-se para o filho e disse: que é isso, meu filho? Isso é

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jeito de beber água? Pegue um copo, que falta de higiene...


E, para minha surpresa, pior ainda foi a reação do filho, que
se virou para o pai e disse: “Ué, pai, você faz do mesmo jeito,
eu aprendi com você!” (que vergonha para o pai!). Entre-
tanto, se não ensinarmos aos nossos filhos bons costumes e
boas maneiras, com certeza passaremos vergonha por elas
no futuro. Ensinando já corremos o risco, quanto mais sem
ensinar, não é? Desejo que Deus nos agracie com sabedoria
para criarmos nossos filhos no caminho da sabedoria e da
sensatez! Que sejamos instrumentos de Deus para criarmos
nossa família com boas maneiras e bons costumes que as
conduzam ao sucesso familiar, social e profissional.

Outra coisa comum nos lares: pessoas que tratam seus em-
pregados domésticos como se fossem escravos. Lembro-me
de uma vizinha que exigia da empregada até o copo com água
em suas mãos, até parecia que ela vivia na época das senzalas.
Bom, é claro que elas podem nos trazer um copo com água de-
pois de dizermos: Ana, estou meio atarefada aqui, você pode,
por gentileza, me trazer um copo com água? Mas, infelizmente,
o que vemos é as patroas dizerem: – Ana! Traga logo a água,
essa gente só serve para isso! Oh mulherzinha ruim de servi-
ço... Rápido, não tenho o dia todo!

Até parece que faz parte da obrigação da pessoa receber


qualquer tipo de tratamento! Não podemos nos esquecer de
que a empregada no lar é nossa cooperadora; quanto mais
respeito tivermos com elas, mais seremos recompensadas.
Não digo que devemos dar a elas regalias ou não exigir o

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trabalho correto, porém o respeito e a boa educação são


fundamentais. Um dia me chamou atenção quando uma
secretária “do lar” disse que, apesar de pagar o seu salário,
eu sabia pedir a ela por favor e ainda dizer obrigado. Fiquei
emocionada quando ela concluiu dizendo: “Meus filhos
já são adolescentes, mas comecei a fazer lá em casa o que
aprendi aqui. Se com os de fora preciso ser educada, quanto
mais com os que convivem dentro da minha casa! Quero
ser educada como a senhora, Dona Ângela, primeiro com as
pessoas mais importantes, com minha família, e ensiná-los
a respeitar o próximo. Nessa hora elevei meu pensamento a
Deus com gratidão e pedi a Ele que me ajude a permanecer
assim, cheia de sabedoria e paciência para lidar com meus
filhos e com os que moram conosco.

b) Etiqueta Social (Bons costumes e boas maneiras em


sociedade). São regras essenciais para convivência em so-
ciedade, ou seja, em festas, em recepções, em comemora-
ções, em reuniões religiosas e em qualquer outro lugar de
cunho social. É a arte da comunicação. Veremos que uma
pessoa elegante é aquela que se aparta da maledicência, da
fofoca, do esnobismo, enfim, é aquela que, quando estiver
em seu poder e no domínio de si mesma e das circunstân-
cias, vive em paz com todos. Neste livro veremos detalhada-
mente tudo isso.

c) Etiqueta Profissional: ensina o comportamento


no trabalho. Ensina o comportamento dos funcionários
para com o superior, dos subordinados e do público em

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geral. Também ensina como um patrão se comporta em


relação aos seus funcionários. Mas neste livro não fala-
remos sobre isso.

As condições da vida moderna simplificam os costumes


sem destruir as tradições das boas maneiras e dos bons cos-
tumes. Com menos formalismo do que antigamente, as pes-
soas no seu cotidiano vivem em companhia uns dos outros
e dão provas mútuas de consideração, de respeito e de gen-
tileza a fim de tornar agradáveis e fáceis as relações sociais
e interpessoais.

Devemos sempre procurar nos mostrar impecáveis em


cada ato de nossa vida, estejamos em público ou no lar,
priorizando as maneiras distintas e elegantes. Diz um velho
ditado popular: “É no lazer e na mesa que se conhece a edu-
cação da pessoa”. Ações de agressividade, nervosismo, exi-
bições, falta de educação e prepotência destroem qualquer
educação, ainda que superficial.

Numa situação embaraçosa que envolva direito e dever,


podemos até “pedir nossos direitos, porém devemos manter
a classe”. Seja qual for o momento que vivemos, devemos
manter atitudes simpáticas, com segurança e discrição, em
público ou no lar. Devemos praticar boas maneiras e tratar
as pessoas como gostaríamos de ser tratados. Para bem agir
e para se apresentar com elegância, é necessário conhecer
alguns costumes e regrinhas de etiqueta, pequenos detalhes
sobre como andar, sentar-se, levantar-se, cumprimentar, en-

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trar num salão e até mesmo como agir em uma palestra,


pois são coisas que parecem fáceis, mas que precisam ser
realizadas sem dificuldades e sem darmos lugar para críticas
ou comentários desagradáveis, não de maneira desajeitada,
apesar de ser a naturalidade a atitude mais recomendável.
Ninguém deve se portar em público como se estivesse em
sua casa, por ocasião de acontecimentos familiares, tais
como casamento, nascimento, falecimento, etc.

É necessário estar informado das formalidades legais. Exa-


lamos também o bom perfume de Cristo quando sabemos
nos portar bem, pois quando somos elegantes, educados e
agradáveis nos comportamos socialmente bem. E quem se
comporta dessa forma, com certeza, também passa a ser con-
vidado para vários eventos e reuniões com frequência.

Por isso, este livro vem ensinar regras básicas de “bons


costumes e de boas maneiras”. E essas regras são regrinhas
de etiqueta.

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CAPÍTULO 2

O QUE É SER
ELEGANTE?

G osto muito de uma definição para essa pergunta,


que é muito bem explicada nas palavras de “Marta
Medeiros”, jornalista e escritora brasileira, além de colunista
do jornal Zero Hora de Porto Alegre e de O Globo, do Rio
de Janeiro. Diz ela:

Existe uma coisa difícil de ser ensinada e que, talvez por


isso, esteja cada vez mais rara: a elegância do comportamento.
É um dom que vai muito além do uso correto dos talheres
e que abrange bem mais do que dizer um simples obrigado.

É a elegância que nos acompanha da primeira hora da


manhã até a hora de dormir e que se manifesta nas situações
mais prosaicas, quando não há festa alguma nem fotógrafos
por perto. É uma elegância desobrigada.

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É possível detectá-la nas pessoas que elogiam mais do


que criticam, nas que escutam mais do que falam. E quando
falam, passam longe da fofoca, das pequenas maldades am-
pliadas no boca a boca. É possível detectá-la nas pessoas que
não usam um tom superior de voz ao se dirigir a frentistas,
nas pessoas que evitam assuntos constrangedores porque
não sentem prazer em humilhar os outros.

É possível detectá-la em pessoas pontuais. Elegante é


quem demonstra interesse por assuntos que desconhece, é
quem presenteia fora das datas festivas, e, ao receber uma li-
gação, não recomenda à secretária que pergunte antes quem
está falando e só depois manda dizer se está ou não está.
Oferecer flores é sempre elegante.

É elegante você fazer algo por alguém e este alguém ja-


mais saber disso... É elegante não mudar seu estilo apenas-
para se adaptar ao outro. É muito elegante não falar de di-
nheiro em bate-papos informais.

É elegante o silêncio diante de uma rejeição. Sobrenome,


jóias e nariz empinado não substituem a elegância do gesto.
Não há livro que ensine alguém a ter uma visão generosa do
mundo. É elegante a gentileza... Atitudes gentis falam mais
que mil imagens. Abrir a porta para alguém... é muito elegan-
te. Dar o lugar para alguém sentar... é muito elegante. Sorrir
sempre é muito elegante e faz um grande bem para a alma...
Olhar nos olhos ao conversar é essencialmente elegante.

Pode-se tentar capturar essa delicadeza pela observação,


mas tentar imitá-la é improdutiva. A saída é desenvolver a

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arte de conviver, que independe de status social: é só pedir


licencinha! E há quem ache que “com amigo não tem que
ter estas frescuras”. Educação enferruja por falta de uso. E
detalhe: não é frescura (Martha Medeiros).

É fácil definir a elegância quando a enquadramos na


sua manifestação ou exteriorização mais óbvia, isto é, ele-
gância no trajar. Mas o assunto não é assim tão simples.
A elegância tem uma latitude muito maior, um sentido
muito mais amplo. Abrange a boa educação, as normas de
conduta e de caráter, enfim, todo um sistema de vida. A
maneira de nos vestirmos revela parte de nossa personali-
dade e influencia nossos contatos sociais. Inclui a maneira
de tratar as pessoas, de expressar-se, escrever, manter as
amizades, respeitar os ausentes, conduzir os negócios, di-
rigir um automóvel, tomar lugar num coletivo, entrar no
táxi, entrar no elevador e sair dele, sentar-se e levantar-se,
cumprimentar, pedir licença, agradecer e, acima de tudo, a
suprema elegância de desculpar-se.

MULHER ELEGANTE
A mulher elegante é aquela que se veste não só de acordo
com a moda e com o seu tipo, mas com profundidade para
cada circunstância. Mas não é apenas isso. A elegância da mu-
lher tem estreitas conotações com o seu modo de ser e de viver.

É elegante na decoração de sua casa, na organização das


suas reuniões, na hospitalidade com que recebe os amigos,
na discrição com que recebe as homenagens como se não

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lhe fossem devidas. É elegante na direção do seu carro, na


prática dos esportes e, principalmente, no antiexibicionis-
mo. Mas é muito mais elegante na sua conduta familiar e
social. É ainda elegante no tratamento dispensado aos in-
feriores e na assistência aos necessitados; na cordialidade
com que trata o balconista, a costureira, a recepcionista e
a todos que atendem ou lhe prestam serviços. É elegante
também no tom da voz e nas expressões. Não fala alto, não
critica e não fofoca.

HOMEM ELEGANTE
A esta altura, como qualificaremos o homem elegante?
É aquele que sabe vestir-se correta e apropriadamente para
qualquer ocasião? Por certo que sim. Mas não só isso; o ho-
mem verdadeiramente elegante não se veste apenas com
elegância, mas vive em estado de elegância. É bem educado,
trata com respeito e deferência os seus superiores, com sim-
pática cordialidade os seus iguais e com igualdade os seus
inferiores. É atencioso para com os mais idosos. Homena-
geia as mulheres, ainda que com um leve senso de humor.

O homem elegante não quebra a palavra dada, mas se


por algum motivo precisa voltar atrás em uma palavra, se
retrata e se justifica! Não falta aos compromissos sem mo-
tivo justo, não chega atrasado, não se esquece de agradecer
as atenções recebidas nem de retribuí-las, não grita, não fala
palavrão, não é maledicente.

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CAPÍTULO 3

ELEGÂNCIA NO
VESTIR

C onvém esclarecer que, embora os usos tenham mudado


e continuem a mudar, nada justifica a má apresentação
pessoal, como o desleixo de roupas mal passadas, extravagantes,
que traduzem sensualidade e, ainda, a falta de higiene. Não pode-
mos nos esquecer que usar sabão, bucha, desodorante, perfume e
escova de dentes são regras de boas maneiras.

É importante sermos conscientes de que nossos trajes,


queiramos ou não, refletem ou trazem uma carga de nos-
sa personalidade e, por outro lado, influenciam muitos de
nossos contatos sociais e até mesmo profissionais. De cer-
ta forma, nossa apresentação pessoal, tanto para homens
como para mulheres, traz para nossa pessoa desprezo ou
aceitação das pessoas com as quais convivemos, ainda que
uma boa apresentação social e até mesmo profissional não

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se restrinja apenas ao uso do traje que vestimos. Durante a


leitura deste capítulo, você vai entender mais esta questão:
de sermos aceitos ou rejeitados por causa das roupas que
usamos, principalmente nós, mulheres.

UM TOQUE DE ELEGÂNCIA
Trajes: não falaremos aqui de moda, já que, a cada ano, os
estilistas nos propõem um estilo diferente e nem tudo que é
moda é elegante. Esta é a razão pela qual as mulheres verdadei-
ramente elegantes se conservam fiéis a um determinado estilo,
com pequenas concessões à moda. Importantes para elas são
o seu gênero de vida e o estilo pessoal. Uma boa norma é ves-
tir-se para ficar bonita, e não para chamar a atenção, afinal, a
verdadeira elegância deve passar despercebida.

Fazem parte dos complementos que nos tornam mais


elegantes e bonitas: a maquiagem, o cabelo, um bom per-
fume e complementos, entre eles, de grande importância,
sapatos e bolsas.

Sapatos: os sapatos seguem a moda, porém devidamente


combinados com o estilo da roupa. Saltos baixos, médios ou
altos, a moda determina os modelos de calçados que estão
em alta, e o gosto pessoal faz a opção. Homens e mulheres
devem ter o máximo cuidado com o estado de conservação
dos seus sapatos. O calçado é responsável por dois resul-
tados opostos: tanto pode melhorar a apresentação, como
prejudicar toda a sua produção.

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As sandálias são mais elegantes com roupa longa. Com


terninhos ou vestidos sociais “longuete”, prefira sapatos
chanel ou scarpin, mas se for roupa de festa, casamento à
tarde, pode ser sandália. Quanto mais discreto for o sapato,
mais chique é, isso tanto para homens como para mulheres.

Bolsas: a escolha da bolsa está diretamente ligada ao seu


uso. Grandes e confortáveis, a tiracolo ou de mão, homens
e mulheres as usam durante o dia. Mas se for à noite, é mais
elegante usar as bolsas menores e mais delicadas. É im-
portante que as bolsas estejam bem tratadas, sejam elas de
couro ou de tecido. Tenha cuidado com o volume que você
carrega dentro da bolsa. São deselegantes pessoas que usam
bolsas extremamente cheias, dando a impressão de que pre-
cisam de uma bolsa maior, bem maior. Lembre-se de que a
bolsa não é igual à mala, que precisa abarcar muitas coisas.
Leve na bolsa apenas o necessário. E é claro, preocupe-se
com o tamanho.

COMO DEVE SER, SEGUNDO A BÍBLIA, O VESTUÁRIO


DA MULHER CRISTÃ?
Será que nós podemos usar tudo... Principalmente o que
está na moda? Será que tudo o que se está usando convém
para o nosso estilo de vida ou para a nossa idade? Para sa-
ber o que convém a uma mulher cristã quando ela se veste,
basta perguntar que imagem ela deve passar como mulher
cristã. Acho que a melhor resposta está em I Coríntios 6:12:
“Todas as coisas me são lícitas mas nem tudo me convém”.

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Não podemos nos esquecer de que somos novas criaturas


em Cristo e que Jesus se faz presente no altar, na igreja, ao
nosso lado em todos os momentos de nossas vidas. Como
poderíamos usar roupas para chamar a atenção para o nos-
so atributo físico e despertar no sexo oposto um desejo sen-
sual? Principalmente as mulheres casadas?

O homem, na maioria das vezes, cobiça quem está ves-


tindo uma roupa sexy, olha para o corpo físico e é atraído.
Dessa forma, acaba cometendo o pecado grave descrito nos
dez mandamentos. Em Mateus 5:28 está escrito: “Eu, porém,
vos digo: todo aquele que lançar um olhar de cobiça para uma
mulher, já adulterou com ela em seu coração”. Muitas vezes,
as roupas que nós mulheres vestimos fazem com que outros
homens nos desejem ao nos ver.

Eu me converti em 1989, eu era miss, modelo fotográfica


e de passarela. Por causa da minha profissão, eu sempre an-
dava extremante fashion, minhas roupas eram sempre mui-
to coladas ao meu corpo, decotadas, extravagantes, curtas e
transparentes... Lembro-me que um dia perguntei à minha
líder na igreja se eu precisava mudar as roupas que eu vestia
e ela sabiamente me disse para eu começar a orar para que
o Espírito Santo de Deus me mostrasse como eu deveria me
vestir, então eu comecei todos os dias a falar com Deus pedin-
do para que falasse comigo sobre como eu deveria me por-
tar na forma de me vestir sendo uma moça cristã. Continuei
por alguns dias com minhas roupas extremamente sensuais
e aparentemente sem nenhum incômodo no meu coração

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AN GEL A SI RI N O

ou nenhuma acusação na minha consciência. Nesta época


eu ainda trabalhava na Caixa Econômica Federal, na área da
compensação do banco, e todos os dias, após as 17:00 hs, eu
era responsável por entregar o malote da compensação no
Banco do Brasil. Lembro-me que em um daqueles dias, ao
chegar no Banco do Brasil para fazer a entrega do malote,
eu cumprimentei o gerente do banco e ele não me olhou nos
olhos, mas olhou, durante todo o tempo que eu falava com
ele, para o meu decote, que estava realçado por um lindo su-
tiã meia taça, branco, de rendinhas, e minha blusa ainda era
de seda pura, branca, extremamente transparente.

Realmente estava lindo, porém sensual ao extremo! De-


pois ele se despediu de mim, pegando em minhas mãos e
olhando-me com um olhar muito malicioso! Naquela hora
eu senti muita vergonha e pude sentir o espírito de Deus
docemente falar em meu coração que não era convenien-
te uma roupa daquela para quem queria falar de Jesus para
outras pessoas. Claramente Deus me disse sobre meu teste-
munho de nova criatura em Cristo! Aquele homem olhou
para mim com intenção impura no coração, eu o estava aju-
dando a transgredir um dos mandamentos de Deus para
o homem. Daquele dia em diante, comecei a mudar meu
guarda-roupa, não porque na minha Igreja se exigia um tra-
je diferente para as pessoas que se convertiam a Cristo, ou
porque alguém me proibiu, mas porque o Espírito Santo ha-
via me convencido que, embora todas as coisas eu pudesse
usar, existiam roupas que não eram convenientes com mi-
nha nova vida em Cristo.

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Outra vez foi ainda mais interessante, eu trabalhava com


meu marido em nossa empresa, e um dia ele acordou bem
cedo, levou as crianças à escola e de lá seguiu viagem para
uma cidade próxima. Estava frio e eu aproveitei para dormir
um pouco mais. Quando me levantei para me arrumar, a
fim de trabalhar, peguei um belo vestido novinho, costu-
rado em um modelo de corpo justo e com uma saia pouco
rodadinha, todo de malha na cor preto.

O vestido tampava o meu joelho, não tinha decote e ti-


nha manguinhas três quartos. Mas era de malha e bem cola-
dinho, apesar de a saia ser meio rodadinha. Depois coloquei
uma meia preta, um sapato modelo scarpim preto de salto
numero 15, me maquiei e soltei os meus cabelos longos.

Quando eu olhei no espelho até eu me achei linda de-


mais!... O vestido de malha realçou o meu corpo, ficou um
violão, cintura fininha e quadris bem formados... Pensei co-
migo, se meu marido estivesse aqui, ele não me deixaria ir
com essa roupa, pois estava marcando muito o meu corpo.
Então analisei: não tem decote, não está curto e tem man-
guinhas... Só está um pouco justo! Peguei a minha bolsa e
saí do meu quarto para ir trabalhar. Andei aproximadamen-
te uns 4 metros e quando fui descer as escadas da nossa casa,
me deu o susto do nada, e algo muito forte falou dentro de
mim: Ângela, menos! Você é morada do meu espírito e eu
tenho ciúmes de você! Que vergonha de Deus e ao mesmo
tempo que alegria em sentir aquele amor que se preocupa
tanto com minha imagem.

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Amados, que experiência maravilhosa foi aquela! Depois


daquele dia, nunca mais me vesti como quero, antes de usar
uma roupa eu sempre me lembro: “Todas as coisas me são
lícitas, mas nem tudo me convém”. Como sou palestrante
e falo em muitas reuniões, tenho ainda muito mais caute-
la com as roupas que uso. Procuro sempre roupas que não
chamem a atenção para meus atributos físicos. E ainda sem-
pre pergunto a Deus: posso, Papai? Está bom assim querido
Deus? Você já fez essa oração? Se não, experimente fazer.

Está escrito em I Tim 2:9-10: “que as mulheres se


ataviem em traje honesto, com pudor...” O segredo des-
se versículo se vê na palavra “ataviem”. Com efeito, não
foi usada a palavra “vistam”. A palavra ataviem no gre-
go significa: 1) ordenada, em ordem, pronta, preparada;
2), ornamentar, adornar, que metaforicamente significa
“embelezar com honra, ganhar honra”.

Já a palavra pudor, no grego significa o aspecto da edu-


cação que nos leva a apresentar-nos sempre como pessoas
com alma e corpo. É a defesa do aspecto pessoal do corpo,
é evitar que apareça como simples objeto sexual. O pudor
consiste em apresentar o caráter pessoal do corpo. O impu-
dor consiste em apresentar-se como objeto sexual, de ma-
neira que chame a atenção do outro de maneira imediata.
Podemos definir pudor como: “senso de vergonha por um
estado de humilhação ou ainda procurar honra, modéstia,
reverência, respeito pelos outros”.

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Portanto, a vestimenta da mulher não deve ser aquela


que chama a atenção para seus atributos físicos. É claro que
a beleza da mulher é percebida, porém, quando ela se veste
de forma adequada, sua beleza é vista com discrição.

É importante entendermos que a roupa que vestimos de-


põe a respeito da nossa pureza e dá bom testemunho com
respeito a nossa fé. Por exemplo, minha forma de vestir faz
com que meu marido receba vários elogios constantemente
e traz respeito a minha pessoa, dando bom testemunho para
Jesus! Lembro-me de dois gerentes de banco que frequenta-
vam nossa empresa. Num determinado dia, um deles per-
guntou ao meu marido onde eu comprava minhas roupas.
Disse que gostaria que sua esposa visitasse a mesma loja, o
outro perguntou ao meu marido se eu tinha alguma pessoa
responsável para me auxiliar no que eu vestia e ressaltou di-
zendo: sempre vejo dona Ângela bem vestida, sóbria e ele-
gante, e nunca a vi com roupa extravagante, isso é admirável
em uma mulher.

Quando chego a alguma festa, é comum perceber os


olhares das pessoas admirando meu bom gosto em me vestir
bem. Procuro andar bem vestida, elegante, e me comunico
com as pessoas da maneira mais doce e agradável possível.
Isso também é ser sal da terra e luz do mundo. Às vezes me
emociono quando participo de algum evento e, ao passar
por algumas mesas, escuto com admiração as frases: “ela é a
Ângela Sirino, sempre elegante e humilde, fala com todos”.
Veremos isso mais adiante neste livro.

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Se você que está lendo este livro agora é uma mulher,


quero lhe fazer uma pergunta simples: “quando você se ves-
te, qual é a imagem que você realmente quer transmitir? De
uma mulher pura, de caráter cristão, séria, sexy, sensual ou
elegante?” Lembre-se: “um dos nossos mais evidentes car-
tões de visita é a forma com que nos vestimos”.

Se você for em uma concessionária mal vestida e deslei-


xada, talvez a tratem como se não pudesse adquirir deter-
minado bem. Se você sair com uma roupa extremamente
justa, decotada e sexy, certamente irá receber uma cantada,
e se você estiver atravessando problemas de autoestima com
o cônjuge, isso ainda poderá abrir brecha para o inimigo.

Certa vez aconselhei uma bela mulher que estava de-


pressiva por um fato desta natureza. Ela havia enfrentado
alguns conflitos e problemas em seu casamento. Seu marido
trabalhava muito e, também estava estudando, fazendo um
doutorado naquela época e não tinha muito tempo para ela.
Como acontece com 90% das mulheres nessa situação, ela se
ressentiu da falta de elogios e de afeição.

Um determinado dia, ela foi trabalhar com um vestido de


modelo frente única, com suas costas expostas, e um ami-
go a elogiou e lhe transmitiu um olhar sedutor... Daquele
dia em diante, começou um sério problema, pois como ela
passava por um momento difícil no lar, ela começou a achar
bom ser reconhecida pelos seus dotes físicos. Os elogios que
não partiam do seu marido, agradavam seu coração ferido.

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Ela ia trabalhar ainda mais bonita e mais atraente a fim de


receber um elogio que fizesse bem à sua alma carente. Entre-
tanto, algo muito ruim aconteceu, pois, num determinado
dia, ela não resistiu à tentação de dar uma escapadinha com
aquele amigo galanteador. Isso se estendeu por uns meses e
ela começou a mudar com o marido, tratando-o com frieza
e indiferença. O marido logo percebeu que havia alguma
coisa errada e começou a seguir a esposa. Para piorar as coi-
sas, um dia numa dessas escapadinhas que ela deu com o
amigo e entrou em um motel, seu marido a estava seguin-
do. Mandou que o recepcionista a chamasse, avisando-a de
que seu marido a aguardava na recepção. Imaginem só que
situação, seu lar foi despedaçado, sua família marcada pela
vergonha... Nós aconselhamos esse casal que, mesmo diante
disso tudo, decidiu dar uma segunda chance ao casamento.
Eles se firmaram em uma Igreja, buscando a Deus.

Entretanto, ela carrega uma profunda tristeza, pois vive


com a vergonha e a cicatriz de uma ferida tão cruel que
constantemente quer infeccionar de novo quando o seu ma-
rido, em alguns momentos de tristes lembranças, alega a in-
fidelidade ocorrida. A família do marido passou a rejeitá-la,
seus filhos adolescentes sentem vergonha da mãe pelo fato
ocorrido. Ela teve que pedir contas de um excelente empre-
go público para não perder de vez o casamento. Entretanto,
você pode perceber onde esse problema se originou. Perce-
bemos que de fato a forma de vestir pode trazer benefícios
ou malefícios.

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Mulheres que se vestem com roupas sexy e extravagante


agem como que querendo dizer: “ei, estou aqui, deu para
alguém me notar, dá pra me chamar de bonita, de linda?”.
Na verdade, a maioria das mulheres que adotam esse esti-
lo de vestimenta são carentes de elogios, afeição e atenção.
Porém essa carência não pode ser suprida dessa maneira.
Aconteceu comigo. Antes de conhecer a Jesus, eu andava
extremamente extravagante e sensual porque eu vivia com
baixa auto estima e estava desesperada procurando elogios
que eu não tive durante toda minha infância.

Geralmente mulheres mais sérias não gostam de manter


amizade com mulheres que se vestem extravagantemente,
queremos proteger os olhares do marido. (Eu mesma sou
assim... Mulher sensual não frequenta minha casa).

Seja uma mulher elegante, atraia admiração e respeito


a ponto de, quando você chegar em algum lugar, surgirem
elogios tais como: ali vai uma mulher fina, uma dama, uma
mulher de Deus, esposa de fulano de tal, homem privilegia-
do! Aonde você for transmita algo positivo, que some pon-
tos para sua pessoa, que honre seu marido e a Jesus!

Ser cristão não significa ser cafona! Mas ser elegante no


vestir é questão de bom gosto e de sensatez.

Tenho lido e ouvido vários sermões em que pastores e


padres têm reclamado das roupas com que as mulheres vão
a casamentos; mais parecem com uma camisola do que pro-

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priamente com um vestido. No livro Alô CHICS! De Gló-


ria Kalil (pág. 85-86), ela fala muito sobre isto: casamento
é uma festa familiar, formal, a família se une para assistir à
união de um casal. Porém, atualmente, casamento está pare-
cendo uma passarela extravagante, onde as mulheres apare-
cem sempre com vestidos bem decotados e sexys, e a figura
mais importante, que é a noiva, PERDE O DESTAQUE DA
NOITE para o desfile das mulheres que querem os olhares
da plateia e os comentários. Até parece que querem virar
celebridades, ainda que por uma noite! E o celebrante, que é
geralmente um líder religioso e espiritual (padre ou pastor),
fica constrangido.

Lembrando também que, quando você for a um casa-


mento, é importantíssimo observar a situação econômica
dos noivos e da família. Devemos nos lembrar de que este
dia é da família, eles querem estar belos, eles querem bri-
lhar como as pessoas mais lindas da festa. Nunca devemos
ir para nos sobrepor a eles. Se a família for muito simples,
procure uma roupa bonita, mas que seja singela.

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CAPÍTULO 4

QUE TIPO DE ROUPA


DEVO USAR?

Q uem fala em público, ou é líder, ou está à frente de


algum evento, deve respeitar algumas regrinhas:

Evite roupas grudadas ao corpo para não chamar a


atenção para a silhueta. Não use calças muito justas, a
menos que seja com sobretudo ou batas que escondam os
quadris. Evite decotes e transparências. As mulheres usem
maquiagem leve, unhas impecáveis, cabelos bem arruma-
dos e acessórios que fiquem equilibrados com o estilo da
roupa e estilo da pessoa que os usa. Não se pode esquecer
de observar o que cabe bem à pessoa, considerada a sua
idade. Evite peças extravagantes.

Vivemos na era das plásticas, das lipos, dos botox... Gra-


ças a Deus, assim podemos retardar um pouquinho mais

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nossas rugas e quedas naturais de algumas partes de nosso


corpo. Porém, não devemos nos esquecer de que o que é de
mocinha não fica bem aos trinta, não fica elegante aos qua-
renta e aos cinquenta é ridículo!

Para cada local que frequentamos devemos procurar usar


uma roupa apropriada, ou seja, se formos ao supermercado,
a um churrasco, a um chá matinal, a um simples lanche na
casa de amigos, a um funeral, a eventos formais ou empre-
sariais, a uma festa de criança, devemos nos vestir de acordo
com a reunião.

TUDO SOBRE TRAJE


No convite de uma festa, geralmente vem a indicação do
traje que se deve usar. Para festas é essa a forma correta de
fazer com que as pessoas se vistam adequadamente, evitan-
do-se assim os constrangimentos de estar arrumado demais
ou de menos para o momento.

Vejamos algumas dicas para facilitar a escolha do traje


certo para cada reunião:

TRAJE ESPORTE
Traje descomplicado! Embora seja o mais simples e in-
formal, não significa que você pode usar a mesma roupa
com a qual vai ao clube (bermuda, camiseta e rasteirinha
ou ainda uma chinela havaiana). Mas nos vestimos com

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traje esporte para almoços, exposições, encontros com os


amigos e festas familiares. Para as mulheres, são bem-vin-
das as combinações de saia ou calça e blusa, as saias leves e
os vestidos. Como complementos, bolsas maiores, calçados
confortáveis e maquiagem leve. Para os homens, calças de
brim ou de gabardine, jeans com camisas esportivas ou tipo
polo. Mocassins ou botas de camurça podem complementar
o visual. A ocasião dispensa o uso de paletó e gravata.

TRAJE DE PASSEIO OU ESPORTE FINO


Também conhecido como tenue de ville. Um pouco de
formalidade cai bem. É mais usado em almoços mais re-
quintados, conferências, work shops, chás com palestras e
acontecimentos mais finos que acontecem durante o dia. As
mulheres devem caprichar no visual. Se for durante o dia,
devem evitar brilho. Vale usar saia com blazer, calças e túni-
cas, tailleurs de calça ou saia, os calçados podem ser de salto
médio ou alto, e as bolsas de tamanho médio. À noite, um
vestido básico coordenado com sapato de salto alto e bolsa
pequena cai bem. Como no caso do traje esporte, nada de
muito brilho nos acessórios ou maquiagem carregada. No
caso dos homens, admitem-se calças esportivas acompa-
nhadas com camisas discretas. Pode-se ainda colocar blazer
ou, se o evento pedir, deve-se usar terno claro com grava-
ta até as 18 horas. À noite, o correto é usar terno escuro e
gravata, e se não for muito formal, pode-se usar apenas um
paletó por cima da roupa sem a gravata.

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PASSEIO COMPLETO OU TRAJE SOCIAL


São trajes mais formais, e qualquer deslize pode compro-
meter o visual. É comum para jantares mais sofisticados, co-
quetéis, casamentos e grandes comemorações, como bodas
de casamento, festa de 15 anos, homenagens, lançamentos
e comemorações mais importantes. Para as mulheres, caem
bem os conjuntos de tafetá, crepe, tailleurs de tecidos finos,
vestidos de musseline de seda pura com decotes e fendas
discretos, podem ter bordados delicados. As bolsas devem
ser pequenas e os sapatos ou as sandálias, de saltos altos.
Aqui, brilhos, bordados e tecidos leves devem ser usados.
Os homens devem usar terno escuro, de preferência ma-
rinho ou grafite, com camisa social branca, bege, cinza ou
azul-claro, gravata de estampas discretas e sapatos pretos.

RIGOR
Há quem chame de black-tie, gala ou habillé. (Raramente
se usa, mas é bom saber).

É usado em ocasiões muito especiais, geralmente já vem


solicitado no convite. As mulheres devem usar vestidos lon-
gos com toque de brilho, plumas e transparências (com de-
cência). Os tecidos podem ser preciosos, como brocados,
tafetás de seda e xantungues. Os sapatos devem ser sofis-
ticados e com saltos altos. Cuidado para não exagerar nos
decotes, fendas e transparências correndo o risco de ficar

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vulgar e não chique. Os sapatos devem ser de saltos altos,


meias finas, carteira ou bolsa pequenas, de acordo com a
cor dos sapatos. Para os homens, o smoking é indispensável,
com camisa branca de preguinhas, gravata borboleta e faixa
preta. O sapato ideal é o liso de verniz ou o preto de amarrar.

TRAJE SOLENE
Não existe indicação para traje solene. Porém deve-se
observar que para reuniões, como eventos em prefeituras,
embaixadas, igrejas, convenções, posses de cargos impor-
tantes, solenidades em universidades, festas de diretorias
em empresas, e assim por diante, é elegante respeitar com-
pletamente a ocasião e não desviar a atenção dos presentes
com roupas inadequadas, acessórios exagerados e fora do
tom. Não é hora de cabelos e maquiagens loucas e toques
fashion. Erros e exageros nessas solenidades são constran-
gedores para quem os comete e para quem os presencia.
(Fonte: Glória Kalil e Cláudia Matarazzo)

ALGUMAS DICAS IMPORTANTES


• Não havendo exigência de traje, é aconselhável con-
sultar a anfitriã. A melhor solução é adaptar o traje
às circunstâncias e aos hábitos das pessoas de quem
partiu o convite. Uma boa norma é vestir-se para fi-
car bonita e não para chamar a atenção, afinal, a ver-
dadeira elegância deve passar despercebida.

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• A maquilagem concorre para tornar as pessoas mais


bonitas. No dia a dia, seja o mais natural possível.

• Quanto aos cabelos, a melhor sugestão é a do cabelei-


reiro. Ele sabe, quase sempre, o que vai melhor à sua
cliente. Lembretes: as raízes descoloradas denunciam
falta de cuidado com os cabelos. Por mais bonita que
seja a mulher, sua beleza não resiste às raízes descolo-
radas, cuide-se. Mas os cuidados com os cabelos não
excluem os homens. Cabelos bem tratados são parte
importante do charme masculino.

• Perfume não é privilégio só das mulheres. Homens e


mulheres devem perfumar-se discretamente.

• Muitos homens não gostam da gravata, outros as usam


modernas e coloridas. Mas, por ocasião de um convite
cerimonioso ou de um encontro de executivos impor-
tantes, a gravata deve ser usada, sim, e com cores que
tenham harmonia com o terno e a cor da camisa.

Valorize o seu corpo com a roupa ideal. Lembre-se de que


nem tudo que é moda é elegante. Ao fazermos a escolha por
qual roupa usar, devemos observar também qual é o nosso
tipo físico. Nosso corpo foi formado com uma determinada
carga genética. Pode ter as formas de um triângulo ou um
retângulo, parecer uma pera ou mesmo um palito. Entretan-
to, há sempre uma roupa, uma cor, um tecido adequado a
cada tipo físico. E se aprendermos a lidar com nossa própria

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silhueta, conseguiremos um efeito maravilhoso, principal-


mente para as mulheres, pois existe sempre uma roupa que
nos deixa bem vestidas. O importante é esconder os defeitos
e destacar as qualidades. Existem vários tipos de corpo, são
eles: retângulo, o oval/redondo, triângulo invertido, triân-
gulo e ampulheta. Você pode pesquisar na internet através
do Google qual é a roupa ideal para seu tipo físico. Ainda
que isso pareça ultrapassado para os nossos dias, use uma
cinta, ou um macaquinho, indico os da Lupo. Além de man-
ter seu corpo modelado, disfarça pequenos defeitos, tira a
transparência e torna-nos ainda mais elegantes.

Use um sutiã do tamanho do busto para não faltar nem


sobrarem excessos. Use calcinhas que não marquem as rou-
pas, dê preferência para “shortinhos” ou corsários. Lembre-
-se que o seu vestuário traduz a sua imagem, portanto pro-
teja sua imagem. Existem mulheres que caem no ridículo,
porque usam roupas que mostram suas deformidades físi-
cas, tais como estrias nos seios, celulites no bumbum, pneu-
zinhos à mostra, pernas flácidas... Tem como disfarçar tudo
isso e ficar muito elegante, independente de você ser gorda
ou magra! Seja criativa e inteligente em sua forma de se ves-
tir. Seja admirada e não criticada. Você consegue.

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CAPÍTULO 5

ELEGÂNCIA NO
COMPORTAMENTO SOCIAL

A CONVERSAÇÃO

A  necessidade de nos comunicarmos com o próximo


faz de nós, homens e mulheres, sejamos adultos,
jovens ou crianças, um ser social. A comunicação é respon-
sável pelo nosso convívio em família e na sociedade, de uma
forma geral. Também é responsável para que uma pessoa
ensine e aprenda, compartilhe pensamentos e ainda nos aju-
de a transmitir alegrias ou aflições.

Conversar compreende falar com clareza e escutar com


atenção. O bom ouvinte é aquele que, além de não se desli-
gar do ambiente, sabe escutar com atenção e consegue res-
ponder de forma inteligente e construtiva às pessoas com as
quais se comunica.

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Para se obter uma comunicação eficiente, é preciso sa-


ber olhar nos olhos e se comunicar através deles, pois com
o olhar podemos transmitir sentimentos, atenção e inte-
resse. Se você ouve, deve dirigir o olhar para a pessoa que
lhe fala, e se você é quem fala deve dirigir o olhar para
todos os que o ouvem.

A etiqueta dita algumas regras para que as relações so-


ciais sejam mais agradáveis. Conversar parece não ter qual-
quer ligação com a etiqueta, porém, neste livro veremos
erros e acertos na arte de conversar, que está estritamen-
te ligada ao comportamento social. Aliás, a importância
da conversação ultrapassa os próprios limites da etiqueta
porque funciona, antes de tudo, como introdução e base
de todo o relacionamento humano, seja no casamento, na
família com os filhos, no trabalho, com os vizinhos, na es-
cola, na Igreja e em sociedade.

A nossa maneira de falar e a linguagem correta represen-


tam nossa personalidade. Os bons costumes não condenam
algumas gírias, desde que sejam sadias, nem o sotaque cul-
tural de cada região, entretanto, condena os palavrões, as
palavras de baixo calão e as gírias e dizeres populares que se
tornam sem sentido e sem objetivo. Devemos procurar usar
o vocabulário adequado e ainda ter disciplina sobre nossas
ações, devemos evitar dar gargalhadas escandalosas, procu-
rar falar mais baixo e não ficar tocando no corpo das pesso-
as ao nos comunicar. E a esta disciplina damos o nome de
“domínio próprio”. Gosto muito de Provérbios 25:28: “Quem
não sabe se controlar é tão sem defesa como uma cidade sem

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muralhas” (Bíblia linguagem de hoje). Portanto, ao sentir


vontade de dar aquela gargalhada, seja com moderação e
elegância, tenha domínio próprio. Vejamos a seguir alguns
erros no percurso da comunicação.

EXIBICIONISMO
Há pessoas que erroneamente consideram a conversa-
ção um meio de demonstrar seus conhecimentos ou ainda
um meio de expor suas posses ou suas realizações. Infeliz-
mente há pessoas que acham que são “mais” inteligentes,
“mais” importantes, e acham que sempre sabem “mais”
do que todos, chegam até a sufocar o ouvinte com suas
opiniões. Esse tipo de pessoa se irrita ao ouvir opiniões
contrárias às suas, geralmente dá conselhos que não lhe fo-
ram pedidos, são consideradas pelos outros como pessoas
cheias de exibicionismo. Essas atitudes devem ser abolidas
da conversação. Para criar um diálogo animado, verdadei-
ro e sadio, com um clima de cordialidade, é preciso que a
conversação obedeça a um ritmo natural, que é um vaivém
inteligente de pensamentos e ideias, como uma espécie de
torneio no qual cada jogador tem a sua vez.

A pessoa que fala em tom de exibicionismo se torna in-


suportável, presunçosa e arrogante. Por outro lado, é tão
agradável ouvir pessoas simples. A simplicidade é uma qua-
lidade que agrada o próximo e conquista o coração de Deus.
O próprio Cristo nos deixou este exemplo, pois sendo Ele
Rei, Deus Soberano, Criador de todas as coisas, colocou-se
em forma de homem, nasceu em uma manjedoura e não em

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um berço de ouro. Isto é lindo! Sendo Ele superior a todos,


nos deixou o maior exemplo de humildade. Ninguém dian-
te dos olhos do Pai é melhor do que o outro, simplesmente
pela sua posição social, pelos bens que possui, por ter um
curso superior ou por outro fator qualquer.

Certa manhã, um pai, muito sábio, convidou seu filho


para dar um passeio no bosque. O pai parou para contemplar
a beleza do raiar do dia e depois de um pequeno silêncio, per-
guntou ao filho: além do cantar dos pássaros, você está ouvin-
do mais alguma coisa? O filho disse que não! Mas o pai disse:
preste atenção, filho, escute este outro barulho. É um barulho
de carroça! Isso mesmo, e de uma carroça vazia...

Perguntou-lhe então o filho: como o senhor sabe que a


carroça está vazia, se ainda não a vimos?

E o pai sabiamente respondeu: ora, respondeu ele, é


muito fácil saber se uma carroça está vazia por causa do
barulho. Quanto mais vazia a carroça, maior é o barulho
que ela faz.

O filho se tornou adulto e diz que quando vê uma pessoa


falando demais, tratando o próximo com grossura, prepo-
tente, interrompendo a conversa dos outros ou querendo
demonstrar que é dona da verdade, com todo exibicionis-
mo, ele tem a impressão de ouvir a voz do pai, dizendo:
“Quanto mais vazia a carroça, maior é o barulho que ela
faz…” Ou seja, quanto mais vazia a pessoa, mais barulho ela
faz... Mas ela tem necessidade de se mostrar.

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TOM DE VOZ
A maior parte dos conflitos originados em conversas é
causada mais pelo tom de voz do que propriamente pelo
valor das palavras que foram pronunciadas. Acredita-se que
a forma com que falamos é responsável por 30% do primei-
ro impacto quando conhecemos alguém. Usando uma fala
mais mansa, poderemos ser muito mais respeitados do que
aquela pessoa que vive aos berros. Não é necessário exage-
rarmos no tom de voz para sermos convincentes. E mais:
quando evitamos forçar o tom de voz, estamos automati-
camente evitando perder a calma. A precipitação impetuosa
que presta tão bons serviços aos oradores é absolutamente
contrária à arte da conversação.

Pense antes de falar, não aja precipitadamente, não fale nem


alto demais, nem baixo demais. Fale em bom tom de voz.

OS GESTOS
O gesto é um complemento discreto para compor a ideia
do que estamos falando e não para impor a palavra. Há pes-
soas que acham que tomando o interlocutor pelo braço ou
segurando-o pela gola do paletó o tornarão mais atento ao
que ela tem a dizer, mas na verdade isso deixa o ouvinte um
pouco mais impaciente e mais crítico. Cuidado com outros
gestos deselegantes, porém comuns entre as pessoas, como
limpar a cavidade do nariz em público, limpar o ouvido com
tampa de caneta, coçar o órgão genital por cima da calça
na frente das pessoas (comuns entre os homens), arrumar

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a calcinha por cima da roupa em público, arrumar os seios


dentro do sutiã por cima da blusa, estralar os dedos, e prin-
cipalmente fazer gestos obscenos como, mostrar o dedo mé-
dio ou ainda juntar o dedo polegar ao indicador em forma
de círculo (lembrando que alguns palestrantes, despercebi-
damente, fazem este último gesto, ainda que inconsciente).

SABER OUVIR
Saber ouvir sem interromper é a regra básica da con-
versação. É uma arte deixar que os outros falem enquanto
permanecemos em silêncio, porém participando da conver-
sação com um sorriso, um olhar espantado ou outro ges-
to que demonstre apreço pelo diálogo. Conversar consiste
bem menos em mostrar o que sabemos do que encaminhar
o assunto para que o interlocutor tenha chances de mostrar
os seus conhecimentos. É claro que todos nós, mesmo os
mais educados, temos o direito de interromper (no momen-
to certo) para expor outras ideias e evitar o monólogo ou a
monotonia da conversa. A grande dificuldade das pessoas
nessa área é que geralmente todos nós queremos falar, a fim
de sermos admirados sem admirar o outro falando.

O SILÊNCIO
O convidado calado é antissocial e um tanto difícil
para quem o recebe. Não que não tenhamos o direito de
nos calarmos e até mesmo nos isolarmos para melhor ou-
vir. Entretanto, não podemos nos esquecer de que a nossa

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contribuição é necessária para estabelecer o clima de boa


comunicação em uma reunião.

A FOFOCA
A fofoca consiste no ato de fazer afirmações não base-
adas em fatos concretos, especulando a vida alheia. Ge-
ralmente o maledicente, que é o mesmo que o fofoqueiro,
passa adiante um assunto sem ter a certeza se é verdadei-
ro ou não. Infelizmente a fofoca está presente ao longo de
toda a História do mundo. Pior ainda é que está ligada à
imagem feminina como o seu passatempo predileto. Em-
bora associado a um hábito feminino, um centro de pes-
quisas independente de Londres entrevistou 1.000 donos
de telefones celulares com o intuito de saber qual era o teor
das conversas. Destes, 33% dos homens eram fofoqueiros
habituais, contra apenas 26% das mulheres. Sendo assim,
fofoca também é, infelizmente, um hábito masculino,
muda apenas o teor do assunto. Dizem que fofoca é igual
a bala perdida: chega rápido e pega quem não tem nada
a ver com a situação. Ainda dizem que todo bom ouvinte
da vida alheia é excelente fofoqueiro. É verdade que muita
gente se habituou a falar mal das pessoas por falta de cul-
tura, por hábito, e até mesmo para parecer bem informada,
o que, entretanto, não justifica tal procedimento. A male-
dicência (fofoca) deve ser terminantemente evitada como
uma atitude antissocial e, sobretudo, como antiamistosa.

Fofocar e criticar são costumes errados, feios e desele-


gantes, geralmente a vítima está ausente e não pode se de-

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fender, e muitas vezes ouvimos, gostamos do assunto, ainda


que seja algo extremamente triste o passamos adiante, mes-
mo sem saber se é verdade! Eu gosto muito de uma frase de
Augusto Cury: “Pessoas comuns falam sobre coisas, pessoas
brilhantes falam sobre projetos e ideias, pessoas medíocres
falam sobre pessoas”.

O fofoqueiro tem como objetivo melhorar a sua própria


imagem ao fazer outras pessoas parecerem más ao exaltar
seu conhecimento como superior ao de outras pessoas. Há
pessoas que ainda fazem fofoca com a tentativa de serem
elegantes. Dizem assim: estou com tanta pena da Marta, di-
zem que... Só estou lhe contando porque sei que você gosta
muito dela e pode ajudar, ainda que seja em oração! Não
conte para ninguém, viu, eu não gosto de fofoca! Outras
pessoas ainda contam algo de alguém e dizem: isso não é
fofoca, apenas estou comentando porque eu mesma vi...
Ninguém contou...

Deus deixou a Bíblia Sagrada como o maior manual de


sucesso para o ser humano, nela há receita para tudo, além
de ensinar ao ser humano princípios para uma vida abun-
dante e feliz com o próximo e conselhos para conviver em
sociedade. No livro de Provérbios 6:16-19, está escrito: “Há
seis coisas que o Senhor detesta; sim, e a sétima Ele abo-
mina: (1) olhos altivos, (2) língua mentirosa, (3) mãos que
derramam sangue inocente; (4) coração que maquina proje-
tos iníquos, (5) pés que se apressam a correr para o mal; (6)
testemunha falsa que profere mentiras, e (7) o que semeia
contendas entre irmãos.” Observe: Deus detesta “testemu-

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nha falsa que profere mentiras e abomina o que semeia con-


tendas entre os irmãos. Isso é justamente o objetivo do fofo-
queiro, proferir coisas que ele nem sabe se são verdadeiras e
ainda semear contendas entre o próximo.

Em Provérbios 19:5 se diz: “A testemunha falsa não ficará


impune; e o que profere mentiras não escapará”. E em Pro-
vérbios 16:27-28 ainda se diz: “O homem vil suscita o mal;
e nos seus lábios há como que um fogo ardente. O homem
perverso espalha contendas; e o difamador separa amigos ín-
timos”. Isso lhe faz lembrar o fofoqueiro? Só para concluir,
veja Provérbios 26:20: “Faltando lenha, apaga-se o fogo; e
não havendo fofoqueiro (ou maldizente), cessa a contenda”.
Portanto fofoca, além de ser errada e deselegante, ainda é
pecado abominável aos olhos de Deus.

A FRANQUEZA
Nem todas as verdades são agradáveis de serem ouvidas.
A franqueza, ainda que elogiável como virtude, é social-
mente considerada uma manifestação de intolerância. Não
só em sociedade, mas também entre amigos, a franqueza
é muitas vezes inoportuna. Representa um tipo de agressi-
vidade contrária à boa educação. Nenhuma pessoa “chei-
nha”, ou seja gorda, gosta de ouvir a famosa frase: “nossa,
como você está gordinha!” e da mesma forma as magras não
acham nada bom ouvirem: “nossa, como você está magra!
Pior ainda é quando perguntam: você está magra demais, já
viu se não está doente?

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Existem verdades que não devem ser ditas. As pessoas


muito francas tendem a ser chatas.

Quando minha filha, Angélica, estava com mais ou menos


dois aninhos de idade, eu estava em uma festinha de criança,
quando de repente a mãe de uma coleguinha dela se dirigiu
a mim e me disse: nossa, Ângela! Eu acho a Angélica, sua fi-
lhinha, tão agitada! Você já levou ela ao médico para ver se
ela tem algum problema? E se não der nada, pode ser per-
turbação espiritual... Ela é muitoooooo agitada! Você já viu o
quanto a minha filha é tranquila comparada com ela? Então
eu respirei fundo, sorri, contei até 10 em pensamento e disse
com toda classe: eu não acho ela agitada, não! O problema
é que eu sou agitada, o pai dela também! Dormimos pouco,
gostamos de ir a lugares onde tem muita gente, e geralmente
são lugares de certa forma agitados, então ela se parece co-
nosco... A agitação dela é convivência com os pais! E quanto
à sua sugestão de ser problema espiritual,... de forma alguma,
pois minha casa e minha filha pertencem a Deus, em nossa
casa cultivamos uma vida diária de leitura Bíblica de oração!
Continuei mantendo a classe e conclui dizendo: sua filha é
muito parada comparada com a minha, porque até nas festas
infantis, em que eu te encontro, você e seu marido quase dor-
mem na mesa, isso também é convivência! Então você cuida
da sua e eu cuido da minha. Sorrindo eu disse: até logo!

Aquela mulher não iria ouvir o que não desejava se


não tivesse se achado no direito de ser tão franca ao falar
o que pensava.

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Cuidado com o que você fala. Não se intrometa na vida


alheia achando que ser franca demais é virtude! Nem todas
as verdades podem e devem ser ditas, ainda mais quando
não é da nossa conta. Se for solicitado seu palpite, ainda as-
sim pondere as palavras antes de responder. Até o tolo se
passa por sábio quando fica calado. (Provérbios 17:28)

A INDISCRIÇÃO
Indiscrição significa fazer perguntas de forma descortês.
É indiscreto todo aquele que insiste em querer saber de algo
quando deve silenciar ou passar por alto. Aliás, a insistência
deve ser abolida do convívio social. Da mesma forma, não
devemos insistir com o convidado com alguma coisa quan-
do ele não sente vontade, que fique em nossa casa quando
deseja partir, ou quando prefere ouvir.

Há pessoas que são tão indiscretas que fazem pergun-


tas muito particulares e ainda insistem quando as pessoas
procuram mudar de assunto. Perguntas tais como “quanto
custou seu vestido?” Quanto você gastou na festa de sua
filha? Quanto é o seu salário nesta empresa? Quanto você
ofertou para a construção da Igreja? Qual é a sua idade? Se
você realmente deseja saber de algo, tente descobrir sem ser
indiscreto. Esses dias atrás, conheci um casal e me admirei
da juventude expressa na face da mulher. Para não ser indis-
creta, perguntando sua idade, pesquisei alguns fatos de sua
vida, tentando descobrir. E para início de conversa, eu a elo-
giei, dizendo: nossa, você é tão jovem para ter filhos já tão

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grandes! Quantos anos eles têm? Respondeu ela: o mais ve-


lho 19, e o caçula, 16. Guardei a idade, 19! Continuei dizen-
do: por isso é bom se casar jovem. Você deve ter se casado
bem novinha. Já tem quantos anos de casada? Ela respon-
deu: tenho 18 anos de um casamento feliz! Então respondi:
que bênção! Para matar minha curiosidade, porém sem ser
indiscreta, calculei: 19 é a idade do filho e mais 18 anos de
casados e no mínimo 1 para gravidez, ela deve ter em média
38 anos de idade. Sem muito esforço e sem ser indiscreta,
descobri com elegância e simpatia a idade média daquela
mulher. Depois, brincando, pedi a receita de se manter tão
bem para sua idade!

EXCESSO DE CURIOSIDADE
Vivemos em um tempo em que ninguém escapa de ser
vítima dos curiosos. Antigamente, curiosidade era conhe-
cida como coisa de mulher, mas hoje em dia até os homens
se tornaram muito curiosos. O excesso de curiosidade é tí-
pico de pessoas que não conseguem conter o desejo de sa-
ber fatos alheios, e todo curioso geralmente é fofoqueiro.
O curioso não admite que as pessoas tenham direito à pri-
vacidade e ao silêncio. As perguntas mais comuns daque-
les que sofrem desse mal são: quanto custou este sapato ou
esta roupa? Qual o valor do seu dízimo? Para onde você vai?
Que dia voltará? Onde você comprou este carro? Quanto
pagou nele? Quanto você recebe de salário? Posso ver o seu
quarto? O curioso se torna uma pessoa irritante e enxerida,
e, portanto, antissocial.

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Conta-se que um homem estava viajando quando de


repente se deparou com um acidente na estrada, próximo
à pequena cidade onde morava. Devido ao acidente, tinha
um enorme engarrafamento. Aquele homem era muito
curioso e, como a maioria dos curiosos, gostava de dar
notícias em primeira mão. Ele deduziu que, com certeza,
a vítima era de sua cidade e não conseguiu conter sua
curiosidade. Desceu do carro para descobrir detalhes do
acidente, para depois se dirigir à cidade apressadamente
e informar a todos quem era a vítima e a gravidade do
acidente. Mas como as pessoas não o deixavam passar, ele
pensou em uma estratégia para matar sua curiosidade.

Enquanto isso ele perguntava aos que estavam mais dis-


tantes do acidente: O que está acontecendo? Quem foi a ví-
tima? Quantos morreram? Tem parente no local? É de que
cidade? Quanto tempo já passou a colisão?

Como ele não obtinha resposta, começou a gritar em alta voz:


– Com licença! Por gentileza me deixem passar.
Mas a multidão mal se movia do lugar. E de repente, ele
teve uma brilhante ideia. Passou a gritar bem alto:
– Com licença! Por gentileza, me deixem passar! Sou pa-
rente da vítima! Com licença... Parente da vítima! Gente,
por obséquio... Com licença... Parente da vítima!

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A multidão preocupada passou a abrir espaço. A ideia


do curioso parecia brilhante! Enfim chega ao local onde a
vítima se encontrava coberta com um tecido branco. E o
guarda rodoviário, que estava ao lado, pergunta:
– Por que o senhor está gritando mesmo? Ele, com o ros-
to contristado a fim de não levantar suspeita e ansioso para
matar sua curiosidade, responde:
– Seu guarda, que dia triste, sou parente da vítima!

Então o guarda rapidamente olha-o nos olhos, com


semblante bem fechado e levanta o lençol, mas para a sur-
presa de todos e vergonha do curioso, a vítima da qual ele
se dizia parente era um burro que foi atropelado e estava
morto na estrada.

Imagine só a vergonha daquele homem e ao mesmo tem-


po a algazarra do povo!

É isso que acontece ao curioso, passa vergonha em situa-


ções constrangedoras, além de se tornar antissocial e antia-
mistoso. É muito ruim estar ao lado de uma pessoa que quer
saber de tudo em sua vida. Ninguém normal gosta de passar
o preço de tudo que comprou ou ainda falar detalhes de sua
vida, a menos que seja um exibicionista. Portanto, se você é
curioso, contenha-se!

EXCESSO DE NATURALIDADE
Existem pessoas que, em nome da naturalidade, se sen-
tem no direito de dizer tudo o que lhes vem à cabeça, con-
versando inclusive sobre todo e qualquer assunto que diz
respeito à vida privada. Esse tipo de pessoa se esquece de

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que a arte da conversação exclui, por princípio, os desabafos


e as perguntas que são confidências pessoais. Não podemos
perguntar às pessoas questões de dificuldades financeiras,
se eles têm ou não problemas conjugais, procurar saber de-
talhes de doenças na família e outros assuntos de cunho pri-
vado. Geralmente, quando as pessoas querem fazer desaba-
fos, elas escolhem pessoas da intimidade ou um conselheiro
espiritual. Evite perguntar sobre a intimidade sexual de um
casal, evite perguntar detalhes para nubentes que acabaram
de chegar da noite de núpcias, também não pergunte deta-
lhes do sofrimento de alguém doente.

Uma amiga, cujo marido é médico, cirurgião plástico,


me contou algo extremo com respeito à naturalidade. Ela
disse que estava em casa, em um determinado domingo,
junto com o marido, com os dois filhos adolescentes e dois
casais de amigos com seus filhos. Uma daquelas amigas es-
tava querendo fazer uma cirurgia plástica na mama há tem-
pos a fim de aumentar o volume dos seios.

Segundo minha amiga, estavam na cozinha ela, o marido


e a amiga que almejava a cirurgia, ambos falavam sobre o
assunto, quando a amiga que desejava se operar disse: Dr. X,
acho que vou colocar uns 300 ml de silicone, você acha que
vai ficar bom? Estou sem tempo de ir ao consultório para
ver o tamanho que vou escolher e marcar a data da plástica,
mas acho que 300 é um tanto bom, não é? O médico que é
amigo da família disse a ela: quando você for ao consultório,
olharemos, mas 300 é muito, você já tem uma boa quanti-
dade de mama. E a mulher olha para o amigo médico junto

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à sua esposa e diz: não, Dr. X, isso aqui é enchimento! E


com a maior naturalidade, ela coloca as mãos por dentro da
blusa e tira uma das mamas para fora na frente da esposa
do médico em plena cozinha da casa e não no consultório, e
concluiu dizendo: viu só, Dr., minha mama mesmo é peque-
nina, parece grande porque uso sutiã de enchimento!

Minha amiga disse que ela e o marido não sabiam o


que fazer de tanta vergonha. Imaginem só, queridos, que
constrangimento. Que excesso de naturalidade absurdo o
dessa mulher!

OS INOPORTUNOS (OU CHATOS)


As pessoas inoportunas se tornam chatas. Geralmente
elas têm um ponto em comum: aborrecem por excesso disso
e daquilo. Em geral, são pessoas boas, procuram ser agra-
dáveis, amigas, metódicas, mas não analisam pequenos de-
talhes que precisam ser respeitados para não se tornarem
cansativas e chatas. Esses pequenos detalhes não prejudi-
cam a ninguém, a não ser a eles mesmos. As pessoas inopor-
tunas geralmente falam demais, querem ser atendidas com
excelência, embora procurem ser comunicativas e agradá-
veis. Elas têm o costume de ligar para a casa das pessoas a
qualquer hora do dia ou da noite, conversam por horas ao
telefone sem dar uma trégua para quem está ouvindo, ligam
demais para as pessoas, contam histórias que não têm nada
a ver, em horário impróprio. Geralmente, por terem sempre
muito o que falar, seus assuntos nem sempre são interessan-
tes, fazem brincadeiras inoportunas e, ainda que as pessoas

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visivelmente as achem chatas, insistem em continuar com o


que estão fazendo.

Eu me lembro de um dia em que almoçamos em nossa


casa com um pequeno grupo de amigos. Um deles tem um
filho apenas dois anos mais velho do que uma de minhas
filhas. Durante o almoço, ele chamou minha filha de sua
norinha, na época ela estava com 9 anos de idade, e ela logo
apelou e disse: eu não tenho idade para ser sua norinha!
Para com isso, tio!

Mas ele insistia: você vai casar com o Paulo, meu filho!
Não vai escapar de ser minha nora! E criança, quando não
gosta de algumas brincadeiras, nem adianta insistir, é melhor
silenciar. Como percebi que ela já estava estressada, lhe disse:
– Filha, ele só está brincando! Foi ainda pior, porque ele
se empolgou e não parava de dizer:
– Oh! norinha bonita! Vem aqui, Paulo, deixa papai tirar
uma foto com você e a namorada.

Nessa hora, minha filha gritou: tio, para!


Hummmm... que chato!

A coisa piorou, porque como ele não parava de ser in-


delicado e chato, percebendo que a criança não gostava da
brincadeira, virou bate boca do tio, de uns 40 anos de idade,
com minha filha de 9, na época. Então, lavei minhas mãos e
não falei nada mais para minha filha. Na verdade eu quase
falei foi para ele:

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– Tio, deixa de ser chato! Entretanto ele continuou as brin-


cadeiras inoportunas, quando de repente minha filha disse:
– Nossa, tio, como você é chato! Tomara que papai nun-
ca mais te chame para almoçar aqui na nossa casa... Ela se
levantou e saiu emburrada da mesa. Naquela hora meu ma-
rido chamou a atenção dela e disse:
– Que é isso, minha filha! E a educação? Na hora eu olhei
para meu marido e para seus amigos e disse:
– Querido, deixe ela, chato é o tio João mesmo (em tom
de brincadeira, é claro), que percebeu que ela não tinha gos-
tado e irritou a menina... Não é tio, João? Sorrindo olhei
para ele elegantemente e disse: você está pior do que crian-
ça! Embora em tom de brincadeira mostrei ao nosso amigo
que não fora apenas minha filha que o tinha achado inopor-
tuno, mas a mãe também. Felizmente, ele passou a ser mais
agradável no convívio com nossa família, até os dias de hoje
convive em nossa casa.

Cuidado com a hora em que você liga para o celular ou


para a casa das pessoas, não ligue antes das 9:00 hs da ma-
nhã, a pessoa pode ter tido um compromisso na noite ante-
rior e ainda pode estar dormindo antes desse horário. Não
ligue no horário do almoço, já no jantar não há horário cer-
to, então fica livre. Se, porventura, a ligação for de extrema
necessidade, diga antes: olá, Pedro, desculpe te ligar no ho-
rário do almoço, você pode falar um minuto comigo agora?

Meu marido tinha um amigo que ligava para ele constan-


temente entre 22:30 hs e 23:00 hs, geralmente para falar so-

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bre negócios ou pescaria, nada urgente. Um dia disse ao meu


marido: meu bem, pergunte ao seu amigo se ele não cuida da
esposa dele, à noite, antes de dormir? Pois ele sempre liga na
hora de marido e mulher namorar, ou na hora de descansar.

Outra vez uma senhora me ligou após as 23:00hs. Meu


marido atendeu o fone e disse:
– Olá, Sra. Fulana de tal, tudo bem?
A Ângela já está dormindo. Mas ela insistiu para que ele
me acordasse, pois era urgente, então meu marido disse no-
vamente: ela está nas semanas de ganhar bebê e está muito
cansada e já são 23:00 hs e poucos minutos: morreu alguém,
houve algum acidente que eu possa ajudar a resolver? Não!
Ainda bem, não é? Então ligue amanhã, por favor, após as
9:00 e a Sra. fala com ela. E a mulher ainda mais inoportuna
disse em tom de quem estava chateada:
– Sr. Sirino, acorde ela, preciso ver algo com ela urgente,
é a FULANA de TAL que está falando! Como quem quisesse
dizer que ela era muito importante. E meu marido disse:
– E quem está falando é o Sirino, marido da Ângela, dona
fulana de tal, e ela precisa repousar, boa noite para a senho-
ra, ligue amanhã.

Amados, há pessoas que se acham no direito de ser inopor-


tunos em nome de seu grau de amizade, de sua posição social,
profissional, eclesiástica ou financeira. Não respeitam horários,
pessoas, dias, eventos, fatalidades, festividades, afinal, não têm
limites. É claro que para toda regra há suas exceções. E essas ex-
ceções incluem coisas extremamente importantes e não coisas
que podem esperar para o dia seguinte.

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INTERRUPÇÕES
É comum em meio a um diálogo cortarmos a palavra de
alguém, mesmo que desapercebidamente. Nesse caso, deve-
mos voltar atrás e nos desculparmos da descortesia. Jamais
se esqueça de que é essencial dar tempo àquele que fala para
que conclua o seu pensamento, ainda que discorra sobre te-
mas absolutamente desinteressantes.

Quando você estiver junto de um falador incansável,


cabe-lhe a tarefa inteligente de intervir chamando a aten-
ção para qualquer outro ponto de interesse. Basta que você
aguarde uma pausa, ou que você use o pretexto de oferecer-
-lhe algo.

OS PESSIMISTAS
Não há nada mais desagradável do que conviver com
pessoas pessimistas, indiferentes e negativas. Ninguém su-
porta permanecer ao lado de alguém que só pensa, fala e
deseja coisas ruins. O coração alegre embeleza o rosto...
(Provérbios 15:13). Quando somos otimistas, nos tornamos
alegres e contagiamos as pessoas ao nosso redor. Atraímos
amizades e repartimos simpatia com as pessoas.

Geralmente pessoas pessimistas acham que o mundo e


as pessoas que nele habitam são culpadas de seus proble-
mas e de suas frustrações. Por isso, acham que todos têm
má vontade, que tudo vai dar errado e que não adianta
oração, força de vontade, desejos e sonhos. O pessimista

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geralmente tenta matar os sonhos, a fé e a esperança dos


outros. Seja otimista. Lembre-se de que o pessimista afasta
as pessoas de si.

Conta-se que em um dia chuvoso, uma mulher ouviu


alguém dizer: que tempo horrível! No mesmo instante ela
olhou pela janela de seu escritório e viu um passarinho
graúdo e roliço banhando-se em uma poça d’água barrenta.
Ele tomava banho na poça de água com lama e batia as asas.
A mulher não pôde deixar de pensar: horrível para quem? É
tudo uma questão de perspectiva e ótica.

Seja otimista como um determinado velho sábio que es-


tava caminhando por um campo de neve. Quando viu uma
mulher chorando, lhe perguntou: “Por que choras?” – “Por-
que me lembro do passado, da minha juventude, da beleza
que via no espelho, de todos os bens que possuía... Deus foi
extremamente cruel comigo porque me deu memória. Ele
sabia que eu ia sempre me recordar da primavera da mi-
nha vida e chorar”. O sábio ficou contemplando o campo
de neve, com o olhar fixo em determinado ponto, quando
a mulher parou de chorar e lhe perguntou: – “O que está
vendo aí?” E o sábio respondeu: – “Um campo de rosas”.
E ele continuou: – “Deus foi generoso comigo porque me
deu memória. Ele sabia que, no inverno, eu poderia sempre
recordar a primavera e sorrir”.

Lembre-se, o pessimista é antissocial, deselegante e cha-


to. Seja otimista.

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BAJULAÇÃO
As pessoas gostam de ser elogiadas, mas existe uma gran-
de diferença entre elogio e bajulação. O elogio constante
acaba cansando o elogiado, e o elogio com vistas à troca de
interesse ou bajulação, com segundas intenções, irrita mais
do que agrada. Pois quem recebe esse tipo de elogio percebe
o desejo de troca de interesses.

Conta-se que um certo funcionário disse ao seu patrão:


– Chefe, a pessoa que eu mais considero, mais estimo e
mais admiro nesta cidade é o senhor.

O patrão, encantado disse:


– Que bom, Pedro! Fico feliz.

E qual é a outra pessoa depois de mim?


Sua esposa? Pedro responde:
– A outra, patrão? Bom, é quem o senhor indicar!

É elegante e bom elogiar as pessoas, tenha o cuidado ape-


nas com o excesso de elogio para não ser chamado de baju-
lador. Pois a bajulação soa como fingimento.

As palavras feias, gírias e chavões deselegantes

É tão bonito e agradável ver pessoas que sabem ser edu-


cadas e elegantes em todo tempo. Ainda que você enfrente
uma situação que o tire do sério, não diga palavrões e man-

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tenha a classe. Se for necessário, exija os seus direitos, mas


sempre com muita classe, como diz o ditado popular “mas
não desça do salto”. Gritos, alfinetadas, palavras feias e cha-
vões deselegantes só o farão ser ainda mais chato e indeseja-
vél. Se precisar ser duro, use como princípio a boa educação
e o bom senso.

Certa vez, uma bela moça estava no aeroporto, fazendo


um check-in, eu estava atrás dela encantada pela beleza da
moça, pela fineza ao conduzir sua mala até chegar sua vez,
pela educação com os demais da fila, pela elegância com a
qual se vestia, pela delicadeza com que ela tirava os docu-
mentos da sua bolsa... Logo pensei comigo: que dama! Que
elegância! Que fineza! Quase cheguei a dizer: queria que
minhas filhas fossem tão elegantes assim! De repente, deu
um probleminha, já no embarque, suas malas deram um
considerável excesso de bagagem e ela precisava pagar pelo
excedente ou deixar de levar parte de sua bagagem.

Foi aí que ela perdeu a calma e disse ao pessoal responsá-


vel pelo embarque: essas empresas aéreas são uma chatice.
Atrasam e a gente nem pode reclamar. Eu não tenho balança
em casa para pesar minhas bagagens. Esses filhos de uma
égua! Acabou a graça. Saí de perto dela para embarcar, de-
cepcionada com a moça! Pensei: graças a Deus pelas minhas
filhas, nunca as ouvi falar essa palavra “filho da esposa do
cavalo”... Deus as conserve assim!

A Bíblia nos dá muitos conselhos maravilhosos com res-


peito ao que devemos e não devemos falar. Em Efésios 4:29

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está escrito: “Não saia da vossa boca nenhuma palavra tor-


pe, mas só a que seja boa para a necessária edificação, a fim
de que ministre graça aos que a ouvem”. Ou seja, palavras
que sirvam para crescimento na vida dos outros.

INCIDENTES NA CONVERSAÇÃO
Como agir, se durante uma conversa ocorrer um espirro,
uma tosse, um bocejo ou a necessidade de nos assoarmos?
Veja só.

ESPIRROS
Se você perceber que vai espirrar, o melhor é procurar ra-
pidamente o lenço e evitar, se possível, fazer muito barulho.
Algumas pessoas afirmam que basta colocar levemente um
dedo sob as narinas para interromper o espirro. Mas nem
sempre funciona. O recurso mais seguro ainda é o lenço.

Se alguém espirra a seu lado, evite as palavras como:


“saúde” ou “Deus te ajude”. O mais simpático e eficiente será
fechar a janela em caso de haver corrente de ar no local. Di-
zer saúde, por quê? Espirro não é doença, e “Deus te ajude”
se torna um chavão sem sentido.

ASSOAR
Se for necessário assoar, conserve-se tranquilamente em seu
lugar e use o lenço. Se estiver muito gripado, repita a ação delica-
damente até aliviar-se e guarde rapidamente o lenço. Prefira lenço

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de papel, por ser descartável. Mas se seu nariz estiver bastante car-
regado e só se aliviar com aquela assoada bem barulhenta, o mais
correto é procurar um banheiro e limpar bem as narinas.

TOSSE
O correto é tossir usando a mão esquerda como prote-
ção, pois geralmente usamos a mão direita para o cumpri-
mento. Tossir não é um gesto anticonvencional. Mas limpar
a garganta, como se tentasse expelir todo o muco, é de total
mau gosto. No caso de ser acometido por uma crise de tosse
durante a conversação, ou mesmo à mesa, nada mais na-
tural do que desculpar-se e pedir um copo d’água ou pedir
licença e procurar um toalete. Se você estiver em uma reu-
nião, o melhor é tentar abafar a tosse com o lenço ou, se for
necessário, é melhor sair para não atrapalhar. Entretanto, a
movimentação para sair costuma incomodar quase tanto
quanto a tosse. Nesse caso, a melhor solução é nos prevenir-
mos com algumas pastilhas calmantes se estamos com um
resfriado prolongado e sujeitos à crises de tosse.

BOCEJOS
O bocejo é associado ao tédio e ao aborrecimento da
companhia. Embora todos nós saibamos que ele pode ser
atribuído a outras causas, como, por exemplo, um cansaço
acumulado, ele é, antes de tudo, atribuído ao desinteresse.

Se não puder evitar o bocejo, procure proceder discre-


tamente, colocando a mão diante da boca, embora o gesto
não passe despercebido ao interlocutor. Nesse caso, procure
desculpar-se alegando o motivo do seu bocejo.

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CAPÍTULO 6

CONSIDERAÇÕES E
GENTILEZAS

A  consideração é regra áurea para um bom rela-


cionamento familiar, social e profissional. Ela é
expressamente necessária entre pessoas que, por força da
amizade, de suas atividades ou de suas profissões, venham
a ter contato com outras pessoas. Isso deve acontecer até
mesmo entre vizinhos, seja para aqueles que moram em
casas ou em prédio... Isso faz parte do bom convívio em
sociedade. A boa educação vem de berço, nunca é demais
agradecer um favor recebido, pedir licença à alguém, pedir
por favor, tratar as pessoas pelo nome, com respeito e con-
sideração pela função que a pessoa ocupa. Seja essa pessoa
um guarda de trânsito, um gari que cuida da limpeza das
ruas, seja um doutor. Podemos observar que quando che-
gamos a algum lugar em que esteja alguém com um crachá
e dissermos: “moça, onde é a sala do Dr. Jorge?”, a resposta

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é uma. Mas, se, ao chegarmos e olharmos o nome em seu


crachá, e dissermos: “Rosana, bom dia! Por gentileza, onde
é a sala do Dr. Jorge?” o tratamento será outro. Essa atitude
gera na pessoa, que foi chamada pelo nome, uma admira-
ção e simpatia para conosco.

SOLIDARIEDADE TAMBÉM É SINÔNIMO DE EDUCAÇÃO


Com a modernidade, os bons costumes e as boas ma-
neiras têm sido esquecidos, como, por exemplo, oferecer-se
para segurar os pacotes de quem está com as mãos cheias,
seja no ônibus, no elevador, seja ao atravessar uma rua. Ser
solidário também é ser elegante. E, na maioria das vezes,
custa pouco, vale a pena e faz muito bem. Portanto:

• Ao ver uma gestante, um idoso ou deficiente físico,


não espere que um mais jovem, um homem ou qual-
quer outra pessoa reaja, mas tome para si a respon-
sabilidade de ser educado e ceda o seu lugar para a
pessoa se sentar ou ainda ajude a carregar sacolas.

• Ao embarcar em um avião, táxi ou ônibus, cumpri-


mente as pessoas responsáveis pela sua recepção. Ao
descer, faça um gesto simpático, com a cabeça ou ain-
da diga: obrigado, bom trabalho! É uma forma de se
mostrar grato pelo serviço prestado, isso faz com que
um trabalhador estressado se sinta mais recompen-
sado pelo trabalho realizado naquele dia.

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• Ao desembarcar em algum lugar, deixe que as pesso-


as que estão em pé saiam primeiro.

• Num ambiente coletivo, fale com voz baixa, os outros


também têm direito de conversar.

• Zele pela conservação e pela limpeza do que é públi-


co. Não jogue papéis no chão, se não tiver lixo pró-
ximo, guarde em seu bolso até encontrar um lugar
adequado para colocar.

• Se você estiver em um lugar público que esteja sujo,


ou com um cheiro forte, não fique reclamando, isso
não vai resolver o problema e você se tornará chato
para com os demais. Da mesma forma, não reclame
nem faça escândalo se o avião atrasou o voo.

• Se você recebe uma visita em sua casa ou no seu tra-


balho, deve parar imediatamente o que está fazendo
e dar atenção a quem chega, ainda que você esteja
ocupado com outra visita. Se for uma mulher, o ho-
mem tem o dever social de se levantar para recebê-la
e oferecer-lhe uma cadeira para assento.

A ARTE DE SER VIZINHO


Já lemos anteriormente: “Não seja frequente na casa do
seu vizinho para que ele não se enfade de ti e te aborreça”
(Provérbios 25:17). Não é conveniente ficar visitando a resi-

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dência das pessoas repetidamente, ainda mais quando não


se é convidado, tomando tempo ou pedindo favores, isso
nos torna inconvenientes. A visita deve tomar o tempo ne-
cessário a assuntos abordados com bom senso, e como já
mencionamos acima, nada de falar mal das pessoas, fazen-
do fofocas nem entrar em assuntos particulares. Ainda que
a visita seja íntima da pessoa visitada, deve entender que
todos precisam de tempo para a família, para o descanso
físico, para as atividades pessoais e para o trabalho. Por isso,
não seja muito frequente à casa das pessoas, se você não for
convidado. E mesmo sendo convidado, mantenha a porta
aberta para outros convites, portando-se com elegância e
respeitando o tempo da família.

Quando eu estava de resguardo do meu filho caçula, era


tanta visita, e todos demoravam tanto! Imagine só minha
situação: eu dormia pouco, pois o bebezinho chorava de-
mais e mamava de hora em hora. Quando ele estava dor-
mindo, a casa estava cheia de visitas e eu não podia dormir.
O motivo de tantas visitas foi, em primeiro lugar, porque
tínhamos mudado para uma casa nova, e segundo, ele nas-
ceu nas férias de janeiro. Então, a visita era para ver a casa
nova e o Júnior que havia nascido. As visitas ainda levaram
seus filhos para brincar com minhas duas filhas no parque
que temos em casa. Para completar, eu, cansada, fraca da ce-
sariana, com muito sono, ainda precisava controlar minha
paciência com os gritos de crianças brincando e pulando
por toda parte da casa.

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Se você visitar pessoas que passaram por qualquer tipo


de cirurgia, seu tempo deve ser o mais rápido e o mais ob-
jetivo possível.

Não deseje o mal para o seu vizinho, mesmo se ele for


chato, como por exemplo: se ele colocar o som muito alto
em casa ou se seus filhos gritarem demais. Mantenha um
bom relacionamento, leve um pratinho de pão de queijo,
um pirex de doce, uma fruta de estação. Ore por eles, fale
do amor de Deus a eles e seja agradável.

Conta-se que, certa vez, duas vizinhas que viviam em pé


de guerra não podiam se encontrar na rua que era briga na
certa. Depois de um tempo, dona Maria descobriu o ver-
dadeiro valor da amizade e resolveu que iria fazer as pazes
com dona Clotilde.

Ao se encontrarem na rua, muito humildemente, disse


dona Maria.

– Minha querida Clotilde, já estamos nessa desavença


há anos e sem nenhum motivo aparente! Estou propondo
a você que façamos as pazes e vivamos como duas boas e
velhas amigas.

Dona Clotilde, na hora, estranhou a atitude da velha ri-


val e disse que iria pensar no caso. Pelo caminho foi ma-
tutando... Essa dona Maria não me engana, está querendo
me aprontar alguma coisa e eu não vou deixar barato. Vou

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me antecipar e mandar um presente para ver sua reação.


Chegando em casa, preparou uma bela cesta de presentes,
cobrindo-a com um lindo papel, mas encheu-a de esterco
de vaca. E disse consigo mesma: “eu adoraria ver a cara da
dona Maria ao receber esse maravilhoso presente. Vamos
ver se ela vai gostar dessa”. Mandou a empregada levar o
presente na casa da rival, com um bilhete: “aceito sua pro-
posta de paz e para selarmos nosso compromisso, envio esse
lindo presente”.

Dona Maria estranhou o presente, mas não se exaltou.

“O que ela está propondo com isso? Não estamos fazen-


do as pazes? Bem, deixa pra lá”.

Algum tempo depois, dona Clotilde atende à porta e


recebe uma linda cesta de presentes coberta com um belo
papel. “É a vingança daquela asquerosa da Maria. O quê
será que ela me aprontou?” E qual não foi sua surpresa ao
abrir a cesta e ver um lindo arranjo das mais belas flores
que podiam existir num jardim e um cartão, com seguinte
mensagem: “Estas flores são o que lhe ofereço em prova da
minha amizade. Foram cultivadas com o esterco que você
me enviou e que proporcionou excelente adubo para meu
jardim. Afinal, querida vizinha... cada um dá o que tem em
abundância em sua vida”.

Seja um vizinho agradável.

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AO TELEFONE
Ao chamarmos ao telefone uma pessoa desconhecida com a
qual temos necessidade de falar, devemos nos identificar falan-
do nosso nome e o assunto que nos leva a telefonar.

O correto é atender ao telefone dizendo o nome acres-


centando um bom dia, o nome da família ou do casal, por
exemplo: Ângela, bom dia! Ou: Olá, residência da família
Sirino, boa tarde. Muitos preferem dar apenas o número do
telefone, quando a ligação é na residência, o que não é er-
rado. O mesmo se deve fazer no local de trabalho, exemplo:
Sirino Veículos, bom dia.

Não se esqueça de ser breve, a menos que a pessoa com


que você fala seja tão íntima que possa interrompê-la em
caso de necessidade de sair.

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CAPÍTULO 7

APRESENTAÇÃO
SOCIAL
HIGIENE

T alvez pensemos que este seja um assunto sem impor-


tância. Porém é comum encontrarmos pessoas que
passam a semana sem lavar a cabeça, com os pelos do nariz
saindo, com mau hálito, com unhas sujas, com mau cheiro, por
falta de banho durante o dia, principalmente em dias de calor,
ou ainda pelo uso de absorventes passados da hora de troca.
Devemos tomar cuidado com alguns erros que costumamos pra-
ticar, ainda que despercebidamente, tais como limpar o nariz em
público, limpar a orelha com grampo ou tampa de caneta.

PERFUME
A palavra perfume significa “fumaça”. O perfume não
deve ser forte, se usado durante a manhã. À tarde deve ser
mais suave e discreto ainda.

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POSTURA PARA AS MULHERES


Postura para se fazer bonito em qualquer ocasião:

• Uma regrinha que vale sempre: quanto mais formal for


o ambiente, mais fechados devem ser os movimentos.

• A posição dos pés observa os mesmos princípios


do balé, ou seja, a primeira posição, o pé direito um
pouco à frente.

• Joelhos de mulher foram feitos para ficarem juntos,


pernas fechadas, tanto estando sentados ou em pé.

• Ombros eretos, além de fazer bem à coluna, é mais elegante.

• Sentadas, joelhos juntos, colados um no outro, se você


não sabe como se sentar corretamente com os joelhos
juntos ou não consegue se policiar, dê preferência às
saias longas ou à calça, evite assim, críticas.

• Sente-se com o corpo ligeiramente de lado, é mais


elegante.

• Enroscar os pés nos pés da cadeira ou dar um nó nas


próprias pernas são jeitos deselegantes de se acomo-
dar, evite fazer isso.

• Cruzando ou não as pernas, lembre-se de apoiar todo


o corpo na parte interna das coxas; joelhos e pés sem-

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pre juntos. Lembre-se que em lugares mais formais


não se cruzam as pernas. Quando se está à frente de
uma plateia também não.

• Não se apoiam os braços, cada um, nos braços da ca-


deira. Um braço se apoia no corpo, outro na cadeira
e assim sucessivamente, isto em lugares formais. Em
outros lugares mais comuns, a única regra é manter
tudo com muita calma e o corpo sempre com os mo-
vimentos mais juntos.

• Tenha sempre a noção de espaço. Isso evita gestos de-


sastrosos. Cuidado com gestos marcantes, já mencio-
nados neste livro. Lembre-se de ser discreta, graciosa
e harmoniosa.

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CAPÍTULO 8

O QUE É ELEGANTE
AO CONVERSAR?

P rocure manter o rosto calmo, olhar expressivo e se-


reno, voz clara e positiva, gestos moderados, tudo
com muita elegância. Lembre-se que a palavra falada é um
dos fatores primordiais da comunicação. Um bom vocabu-
lário é de suma importância. Por isso, leia, reflita, discuta
sobre os textos, analisando-os. Isso nos torna mais cultos.
Seguem algumas observações importantes:

• Não fale alto demais, fique atento quando começar a fa-


lar e procure moderar sua voz ao percebê-la em desta-
que. Também não fale baixo demais, de forma que seu
interlocutor precise fazê-lo repetir várias vezes.

• Tenha o máximo cuidado com o seu procedimento em


público. Lembre-se que nem sempre somos cercados de

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amigos e que nossas atitudes depõem a nosso favor ou


contra nós. Cuidado com exageros, atitudes escandalo-
sas, gritaria, assuntos desa- gradáveis, pois estas e outras
atitudes nos fazem cair no ridículo.

• Seja cordial, amigo, conhecido de todos. Ninguém


tem culpa de seus problemas, por isso, não agrida
ninguém com grosserias. A boa educação e a cortesia
caracterizam a pessoa fina. Em Goiânia, por volta de
1999, um guarda de trânsito que trabalhava no cen-
tro da cidade se destacou por sua cordialidade a pon-
to de se tornar destaque nos jornais. Pois ele não fazia
simplesmente o que lhe era determinado pela profis-
são, fazia mais, ajudava os velhinhos a atravessar a
rua, auxiliava o pedestre na travessia da faixa. Quan-
do alguém estava com excesso de pacotes nas mãos,
ele carregava as compras, era admirado e querido por
todos até mesmo pelas crianças; nas pesquisas que
lhe deram o destaque, ele foi reconhecido pela popu-
lação como o guarda que sempre trazia no rosto um
alegre sorriso e tinha gestos constantes de gentileza e
boa educação. Sem sombra de dúvida, quanto mais
cordial e gentil o ser humano for, encontrará não
apenas mais amigos nesta vida, como será uma pes-
soa de sucesso e destaque por onde passar.

• Quando conversar, procure ouvir com atenção o que


os outros falam e perguntam, para que você possa
responder com exatidão. “A conversação deverá ser

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mantida de acordo com o nível social, doméstico ou


profissional de cada ouvinte.” Ou seja, de acordo com
os assuntos peculiares do seu dia a dia.

• Saber escutar é uma arte. É tão importante quanto


falar. Pratique com sabedoria a arte da comunicação
com seus amigos e com sua família. Minha vida co-
tidiana é muito corrida, para fortalecer os laços de
amizade e confiança com meus filhos tenho o costu-
me de lhes perguntar coisas simples, tais como: meus
filhos, como foi a manhã, o que vocês lancharam na
escola, o que aprenderam na aula de hoje? Brincaram
de quê? E continuo perguntando o dia todo sobre
alguma coisa, mas participo das respostas dizendo:
mesmo! Que lindo! É verdade? Como você conse-
guiu? Parabéns! Você me ensina? É tão bom! Percebo
que as crianças já entram no carro quando as busco
na escola ansiosos para contar as novidades da ma-
nhã, e isso acontece durante o dia todo.

• O interessante é que passamos a observar que meus


filhos se tornaram mais amigos, mais próximas de
nós e começaram a se interessar em saber como foi
o nosso dia, o que aconteceu nas viagens e como foi
o expediente de trabalho do papai. Comunicação efi-
caz nos desperta um senso de valor. Sabemos que al-
guém se preocupa conosco.

• Faça das refeições familiares um elo de união entre sua


família. Aproveite os momentos diários para reunir

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sua família e fortificar os vínculos que a unem e não


se esqueça de agradecer pelo pão de cada dia. As re-
feições são um presente de Deus para a gente parar,
sentar, comer e conversar junto. Aproveite esse tempo.

• Chegar atrasado a qualquer evento é deselegante. O


tolerável é de apenas 15 minutos.

• Desligue o celular ou o coloque no silencioso ou no


vibratório em reuniões, festas, solenidades, eventos
religiosos, congressos ou velórios.

O QUE É DESELEGANTE AO CONVERSAR


• Gesticular nervosamente sem controle sobre mãos e bra-
ços. Algumas pessoas têm o costume de torcer as mãos.

• Brincar com as joias.

• Roer as unhas.

• Arrumar as roupas dos outros.

• Bater no ombro da pessoa para chamar- lhe a atenção


sobre algo. Segurar o queixo ou o rosto da pessoa que
está em nossa companhia, além de ser deselegante, é
falta de educação.

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CAPÍTULO 9

ALGUNS CUIDADOS
IMPORTANTES

TELEFONEMAS

É desagradável, para quem fala ao telefone, o fato de


estar sendo ouvido por uma pessoa ao seu redor. Se
o telefone não se encontra em lugar privado, aqueles que
se acharem no ambiente deverão, por educação, afastar-se.
Quando isso não for possível em virtude de o aparelho estar
instalado numa sala onde várias pessoas estejam reunidas,
manda a boa educação que se diminua o tom de voz, evitan-
do barulho a fim de não perturbar a comunicação.

Todo aquele que ocupar o telefone, principalmente o


alheio, deve evitar ficar em conversa interminável, impedin-
do, talvez, outros chamados importantes.

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Se fizer uma ligação interurbana em telefone alheio, co-


munique ao seu dono antes de fazê-lo e não se esqueça de
perguntar o custo da ligação, para reembolsar sem demora
o dono do aparelho. Eu me lembro que, certa vez, hospedei
uns amigos em minha casa por uma semana, mas para mi-
nha decepção, ao chegar a conta telefônica, tomei o maior
susto. Selecionei os números de ligações feitas para o estado
onde eles moravam, o valor foi equivalente a quase um salá-
rio mínimo. Para evitar que o fato se repetisse, nas próximas
visitas deles em minha casa, eu guardei o aparelho telefôni-
co, e nós da família usávamos apenas o celular.

PORTAS FECHADAS
Uma porta fechada é sempre indício de que quem se en-
contra do outro lado deseja estar só. Por isso, ao se deparar
com uma, deve ter o cuidado de bater levemente antes de
entrar, como que anunciando a sua presença. Todavia, a de-
licadeza não se restringe ao simples ato de bater; o ideal será
esperar uma resposta, se você pode entrar ou não.

COMO PARTICIPANTE DE UMA SOLENIDADE


Devemos nos assentar no derradeiro lugar para que
quem nos convidou nos coloque em um lugar melhor. No
livro de Provérbios 25:6-7 e Lucas 14:8-10 fala-se sobre isso:
“Não aconteça que, assentando-te no primeiro lugar, chegue
outro mais digno que tu e o amigo te diga: dá lugar a este, e
então com vergonha tenhas de tomar o derradeiro lugar”.

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É bem melhor voltar para casa sem ser visto do que ten-
tar ser visto de modo antiético e passar por algum constran-
gimento, pois isso denigre muito mais a nossa imagem.

EM SEPULTAMENTOS
É comum, porém extremamente errado e deve ser evitado
a qualquer custo, pessoas sorrindo, contando casos engraçados
e até mesmo piadas no momento em que o morto está sendo
velado. Quando alguém compartilha conosco suas dores e so-
frimentos, devemos ajudar em oração e não cantar ou sorrir.
Em Romanos 12:15 a Bíblia nos manda alegrar com os que se
alegram e chorar com os que choram e não sorrir quando eles
estiverem sofrendo. Em Provérbios 25:20 está escrito: “O que
entoa canções junto ao coração do aflito é como aquele que se
despe num dia de frio, é como vinagre sobre ferida”. O correto é
dar os pêsames à família, e se eles permitirem, a comunidade
cristã entoará hinos a Deus (edificantes, porém melancólicos).

Antigamente era usada roupa preta para ir ao velório,


hoje não se usa mais. Devem-se usar cores sóbrias, de tons
pastéis e nunca devemos ir a um velório com roupas com
cores e modelos alegres, por exemplo, roupa vermelha, ver-
de vivo, amarelo bem forte.

NUMA AGLOMERAÇÃO
Numa aglomeração, devemos proceder da seguinte maneira:

a) acompanhar os movimentos das pessoas (evitando


acotovelar quem quer que seja);

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b) não empurrar as pessoas nem furar as filas (é mais


elegante afastar-se ou pedir licença);

c) não gritar pelo nome de alguém que se avista à distân-


cia, usar a forma mais discreta possível.

ELEVADORES
Num elevador, por mais simples e impessoais que sejam
as conversas, devem ser guardadas para depois. Se o assun-
to for de extrema urgência, a ponto de não poder ficar para
mais tarde, que se faça, porém em voz baixa e tão discreta-
mente quanto possível, para que estranhos não participem
dos seus assuntos particulares. Não se esqueça de dar um
leve cumprimento cordial aos que se encontram dentro
do elevador, isto ao entrar e ao sair. Você pode dizer, por
exemplo, bom dia ou até logo.

ESCADAS
Não pare no meio de uma escada para cumprimen-
tar pessoa alguma. Nessa situação, um leve movimento de
cabeça é o suficiente. Já ao subir num ônibus ou avião, a
mulher vai à frente do homem. Ao descer cabe ao homem
fazê-lo primeiro, oferecendo a mão à senhora como auxílio.

Quando à mulher for oferecido um lugar por um ho-


mem, seja em algum evento, seja dentro de um coletivo, é
bom aceitá-lo após breve agradecimento. Quando um ho-

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mem oferecer o seu lugar a uma mulher que esteja acompa-


nhada, cabe ao companheiro fazer o agradecimento.

LOJAS
Quando você entrar numa loja, a fim de adquirir o que
quer seja, deve pedir “por favor”, e ainda, de preferência,
chame a pessoa pelo nome que se encontra no seu crachá.
Você até será mais bem atendido! Tenha uma ideia do seu
orçamento para orientar o vendedor. Exemplo: desejo um
vestido de no máximo R$ 120,00.

Qualquer reclamação em uma loja deve ser feita dire-


tamente ao gerente, e cuidado com as reclamações, lem-
bre-se que discutir com as pessoas revela falta de “classe”.
Podemos pedir nossos direitos, não podemos, porém,
perder a classe e a boa educação. E se você não tiver a
intenção de comprar e está apenas passeando nas lojas,
olhe apenas! E não se esqueça que o vendedor trabalha,
muitas vezes ou geralmente, à base de comissão. O tempo
que ele perde com caprichos alheios poderá ser para ele
um grande problema no final do mês.

RESTAURANTES
Entrando num restaurante, a mulher vai sempre antes do
homem que a acompanha. Quando a mulher estiver com
algum agasalho, poderá deixá-lo no vestiário (se tiver) ou
colocá-lo no espaldar da cadeira.

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É ao maitre, chefe dos garçons do restaurante, que cabe


a tarefa de conduzir as pessoas às mesas. Em restaurantes
mais comuns, vamos para as mesas desocupadas. Sempre
que se oferece um almoço para um grupo de amigos, a mesa
deve ser reservada de antemão, e cabe ao ofertante indicar
aos seus convidados os lugares onde devem sentar-se. Ge-
ralmente as mulheres tomam lugar uma diante da outra.

a) Ordenação à refeição

O convidado nunca dá suas ordens ao garçom. Quem o


convidou faz a consulta e o pedido ao garçom responsável.

b) Comportamento adequado

Uma mulher não coloca sobre a mesa sua bolsa, pacotes


ou outros objetos. Se não puder conservá-la ao colo, pedirá
ao garçom uma cadeira para tal fim. Quem convida paga a
conta. Pode conferir se está correta desde que o faça de ma-
neira discreta. Constatando algum engano, aja com discri-
ção e educação, chamando a atenção do garçom de maneira
discreta e educada. O correto é que todo homem se levante
quando uma mulher deixa a mesa ou dele se aproxima; as
mulheres, porém, não necessitarão erguer-se nem mesmo
em caso de apresentação, a menos que a pessoa introduzida
seja uma senhora muito idosa ou uma autoridade. Quan-
do avistamos amigos em um restaurante, devemos cumpri-
mentá-los de passagem e acenar com a cabeça aos demais
conhecidos que se encontrem à mesa, depois devemos afas-

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tar-nos o mais rápido possível, a fim de evitar tumultos. É


errado cumprimentar com beijos quem está sentado à mesa.
O correto é apenas dar as mãos.

c) Posso comer “com a mão”? Muitas pessoas perguntam!

Alguns alimentos podem ser ingeridos com as mãos! São


eles: pastéis, frango à passarinho ou salgadinhos, o correto é
comê-los “com a mão” e depois use o guardanapo, mas não
para servir-se e sim para limpar a ponta dos dedos todas as
vezes que for manusear copos ou talheres. O melhor e mais
confortável é comer primeiro tais alimentos (considerados pe-
quena entrada), depois usar o guardanapo ou a lavanda para
limpar a ponta dos dedos e então passar a utilizar os talheres.
Tudo o que você levar à boca com um talher, você deverá de-
volver ao prato com o talher; tudo o que você levar à boca com
a mão, deverá retirar da boca com a mão. Exemplo: azeitona,
posso usar o garfo para comer e colocar a semente no garfo e
serví-la na boca, ou fazer o mesmo com os dedos.

d) Alimento fujão. O que é isso?

A primeira coisa a fazer quando, ao cortar um alimento


duro ou escorregadio, ele pula do prato é se desculpar com
quem está na mesa com você. Só recolha o alimento “fujão”,
se estiver em cima da mesa, e coloque-o num canto do seu
prato e siga comendo. Se cair no chão, discretamente avise
ao garçom. Essa é a melhor forma de lidar com as gafes, de-
sagradáveis, mas humanas e inevitáveis a todos nós.

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CAPÍTULO 10

REGRAS BÁSICAS DE
COMPORTAMENTO SOCIAL

Q uando recebemos um “CONVITE”, significa que


fomos escolhidos, privilegiados por fazer parte do
grupo de pessoas desejadas de quem nos convidou. Porém,
faça jus ao momento. Apareça e faça que sua presença ali
seja satisfatória e agradável.

Lembro-me de um dia em que convidamos um casal de


amigos para almoçar em nossa casa. Eles levaram suas duas
belas filhas para o almoço, as meninas, simplesmente lin-
das, colocaram, cada uma, seu minúsculo biquíni e apro-
veitaram a piscina ao lado dos demais convidados. Todos
foram convidados para um almoço e não para um lazer na
piscina. Foi algo constrangedor! Imagine os olhares dos ho-
mens para aquelas duas moças esculturais e deslumbrantes.
Alguns colocaram suas cadeiras viradas de costas para a
piscina porque era inevitável conter os olhares, e as esposas

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ficaram todas com a cara fechada. Depois desse aconteci-


mento, nunca mais os convidei para outro evento, preferi
não correr riscos. Infelizmente, os pais das meninas esque-
ceram que foram almoçar na casa de um casal amigo e que
lá havia uma piscina, mas não era um clube nem um local
apropriado para tal atitude.

É importante não sermos naturais demais. Em outra


oportunidade, a filha de uma amiga, que estava na festa de
aniversário de uma de minhas filhas, saiu de mesa em mesa
pegando as lembrancinhas das mesas. Era uma bonequinha.
Imagine que constrangedor. Enquanto a mãe fazia festa pela
quantidade de bonequinhas que a filha já havia juntado para
levar para casa, a fim de renovar a decoração do seu quar-
tinho, eu tive que pedir ajuda ao mestre de cerimônias que
procurou a mãe e pediu gentilmente para ela pedir à sua
filha para devolver nas mesas as demais bonequinhas e levar
só a que estava reservada para a mesa deles.

Diante da negativa que a mulher deu, ele calmamente


disse: senhora, os demais convidados são tão importantes
e especiais como sua família e também desejam levar uma
recordação dessa noite. Por favor, senhora, me devolva as
bonequinhas! Depois as pessoas não entendem por que não
são convidados para eventos sociais. FAÇA BONITO EM
QUALQUER LUGAR ONDE VOCÊ ESTIVER, HONRE O
CONVITE QUE FOI FEITO A VOCÊ E À SUA FAMÍLIA!

NA RESIDÊNCIA DE AMIGOS
• Há pessoas que têm o péssimo hábito de, sem per-
missão, servir de objetos que não lhes pertencem ou

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de se comportar como se a casa fosse deles, coisas


como abrir a geladeira, deitar no sofá, ir à cozinha e
de qualquer maneira utilizar panelas, abrir as portas
e explorar a casa, roupas, sapatos etc. E por tocar nes-
se assunto, lembre-se que um objeto que se toma em-
prestado precisa ser cercado do maior cuidado, e ao
devolvê-lo, convém verificar se está como o recebeu.
Não se esqueça de limpar, consertar ou substituir em
caso de estrago ou perda. E jamais empreste objetos
que lhe tenham sido emprestados.

• Em uma visita domiciliar, cumprimente primeira-


mente os donos da casa bem como sua família, em
seguida cumprimente todos os outros convidados
de forma geral. Estando presente algum amigo espe-
cial, você deverá cumprimentá-lo individualmente, o
mesmo deve ser feito se a reunião for em comemora-
ção de um aniversariante ou homenageado.

• Não se retire do local logo após ser servida a sobre-


mesa. É muito deselegante. Se houver necessidade
imediata de sair, desculpe-se com os anfitriões expli-
cando a situação. Se forem muitos convidados, reti-
re-se o mais discretamente possível.

• Não se intimide em recusar algo que não aprecie.


Basta responder, de modo agradável, com um “não,
obrigada!” Simples, não é? Não é necessário dizer:
“não gosto de café”, “não gosto de peixe.”

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• Assim que se anunciar que o jantar está pronto, o convi-


dado deve esperar que o dono da casa o mande entrar.
Nunca deve tomar a iniciativa, levantando-se precipita-
damente. E primeiro servem-se as mulheres, principal-
mente as que estão com crianças ou autoridades.

CONVITE DE ÚLTIMA HORA, SÓ ENTRE AMIGOS


Mesmo para eventos informais, só se convidam na última
hora pessoas muito íntimas. Caso contrário, isso denota pouca
consideração. Se você receber um convite assim, leve isso em
conta: se for de um grande amigo, não há motivo para recusar!

CUMPRIMENTO NO TRABALHO
Ao encontrar com os colegas pela primeira vez no dia,
o cumprimento é obrigatório. Depois disso, um sorriso é
sinônimo de saudação ao longo do dia.

DOENÇA NO AMBIENTE DE TRABALHO


Se você souber de alguém doente no local de trabalho,
o que deve determinar sua atitude é o grau de intimidade
com a pessoa e a gravidade da doença. Se houver intimida-
de, assim que estiverem a sós diga a ela que está à sua inteira
disposição para o que for necessário. Mas não pergunte so-
bre exames, risco de vida, isso é constrangedor. Contenha a
curiosidade. Quando a pessoa quiser desabafar, ela vai pro-
curá-lo e falar.

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ANIVERSÁRIO ESQUECIDO
Esquecer aniversário de amigo ou parente acontece. Nes-
se caso, diga a verdade. Telefone para a pessoa e diga que
você esqueceu, justifique e se desculpe, mesmo atrasado, ce-
lebre o aniversário. “Antes tarde do que nunca”.

ELOGIOS CONSTRANGEDORES
Ao receber elogios, mostre-se grata. Se estiver acompanha-
da do seu marido e for elogiada por outro homem, agradeça da
mesma forma. Se você considerar o elogio um exagero e per-
ceber uma pontinha de malícia que a deixe constrangida, diga
“muito obrigada”, e não se esqueça de acrescentar a extensão da
gratidão em nome de seu marido. Isso fará a pessoa perceber
imediatamente que tipo de mulher você é. Um dia eu estava fa-
zendo compras e, de repente, um amigo do meu marido me viu
e, ao cruzar por mim, me cumprimentou dizendo: olá, Ângela!
Aonde você vai bonita deste tanto?

É claro que essa não é a forma correta de um homem se


dirigir a uma mulher casada e ainda esposa de um amigo.
Então eu disse: obrigada pelo elogio, meu marido, certamen-
te, ao tomar conhecimento, também agradecerá! Aí continuei
dizendo: bom, vou ao supermercado e gosto de andar sempre
arrumada, pois, desde que me casei, meu marido me fez um
pedido, “que eu andasse bem vestida, arrumada e sempre ele-
gante para ele nunca olhar e nem elogiar mulher de outro!”
Então levo a sério o pedido dele! Que marido, não é? Como
Deus foi generoso para comigo. Aquele homem ficou tão sem
graça que nunca mais me fez elogio constrangedor.

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Seja sábio(a) ao receber elogios constrangedores, eles po-


dem ser uma flecha do inimigo maligno de nossa vida para
trazer um mal para nós.

ELOGIO
Se uma pessoa elogia muito uma roupa ou um objeto que
nos pertence, devemos agradecer o elogio, afinal, seu bom
gosto está sendo apreciado. Se não a incomodar, ofereça à
pessoa o endereço em que você comprou a roupa ou o obje-
to, caso ela queira muito ter uma similar. E se é alguém mui-
to próximo, registre o elogio e, quando chegar uma ocasião
em que você tenha que presenteá-la, faça-o com o objeto
que tanto foi elogiado.

CHÁ DE COZINHA, DESPEDIDA DE SOLTEIRO OU CHÁ DE BEBÊ


Quando formos convidados, mas não for possível com-
parecer, a atitude mais elegante é desculpar-se a quem foi ofe-
recida a reunião. No entanto, mesmo não tendo comparecido,
não deixe de fazer a sua parte e providencie o presente que lhe
coube na lista preparada pelas organizadoras, entregando- o
diretamente a quem foi oferecido o chá, a menos que você te-
nha recebido o convite de uma pessoa que mal a conhece e está
sendo oportunista para ganhar muitos presentes. Nesse caso,
você está desobrigado de comprar o presente.

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CAPÍTULO 11

COMO SE COMPORTAR
EM VIAGENS?

• Nas viagens nunca devemos ser importunos ou incô-


modos. Devemos sempre ser educados e compreen-
sivos com todos.

• Devemos sempre evitar procurar a própria comodida-


de, dando assim, prejuízo ao próximo, como, por exem-
plo, deixando em pé uma grávida, uma senhora idosa
ou um senhor idoso. Devemos oferecer lugar aos nos-
sos superiores, às gestantes ou aos mais idosos.

• Nunca devemos entrar precipitadamente no ônibus


ou avião, atropelando os que estão na frente.

• Não devemos estirar as pernas, colocando os pés so-


bre o assento fronteiro. Isso prova má educação.

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• Devemos fazer a viagem em silêncio, sem cantar,


assobiar, ou incomodar o vizinho com nossas con-
versas ou com perguntas pretensiosas, a não ser que
tenhamos um assunto de grande importância.

• Devemos respeitar os avisos colocados pelos funcio-


nários de empresas rodoviárias ou aéreas.

• Nunca devemos, em ônibus ou avião, ocupar mais do


que o necessário.

• Se você estiver com alguém e encontrar um amigo


no caminho e seu companheiro precisar falar algo a
esse outro, afaste-se um pouco para mostrar que não
é curioso.

• Todas as vezes que duas pessoas do sexo oposto an-


darem em qualquer lugar público, o homem sempre
deve colocar-se do lado de fora.

• É de boa educação o homem ser atencioso para com


qualquer senhora ou senhorita, em ocasiões, tais
como (principalmente com a esposa)

a) Abrir a porta dos veículos para ela embarcar;


b) Carregar a criança do colo para ela;
c) Carregar pacotes;
d) Facilitar a cadeira para ela assentar-se à mesa.

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CAPÍTULO 12

ALGUMAS DÚVIDAS SOBRE


CERIMÔNIAS DE CASAMENTO

• Não se envia convite de casamento com apenas quin-


ze dias; convida-se com trinta dias de antecedência
para que os convidados possam se preparar.

• Convidar para um casamento apenas o casal, sem os


filhos, pode não ser muito simpático, mas é comum.

• Se alguém perguntar ao casal de nubentes o que de-


sejam ganhar, os mesmos poderão sugerir o que ain-
da falta. E por mais que seja indelicado anexar lista
de presentes sugeridos, hoje em dia é normal.

• O presente de casamento deve ser entregue o quanto


mais cedo, pois é mais elegante.

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• Presentes não são pedidos, são recebidos. Não é cor-


reto que os noivos peçam dinheiro, entretanto, se
alguém o oferecer como presente, não é deselegante
pegar, errado é pedir! E no caso do aperto financeiro
ser grande, os noivos devem ter o bom senso de par-
ticipar isso somente à pessoas bem próximas.

• Presenteie os nubentes com algo prático, que será


usado para o início desta nova fase de suas vidas,
nada pessoal.

• Fazer seleção prévia dos convidados para a festa é


falta de educação. Se não puder levar todos, faça ape-
nas aos parentes e padrinhos “já avisados” ou, então,
convide para a cerimônia somente aqueles que você
planeja para a recepção.

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CAPÍTULO 13

ALGUNS PONTOS IMPORTANTES


A SEREM OBSERVADOS EM NOSSA
CONDUTA DIÁRIA

• Quando um homem estiver falando com uma senho-


ra e ela levantar-se e ficar de pé, ele também deve le-
vantar-se; a única exceção nesse caso é se o homem
for muito idoso ou doente.

• Quando conversarmos com uma autoridade, deve-


mos ficar de pé até sermos convidados a sentar.

• Quando entrarmos num evento ou numa sala de


aula, devemos entrar silenciosamente e sem chamar
a atenção para nossa presença.

• Tenha cuidado com atitudes que geralmente fazemos


em público e que denotam falta de educação:

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a) Pentear o cabelo;

b) Ajustar a roupa de baixo;

c) Conversar e cochichar com amigos durante uma


conferência ou palestra,

d) Limpar unhas, ouvidos, dentes etc.;

e) Ler revistas, livros e até mesmo a Bíblia quando alguém


está palestrando. Demonstra falta de interesse e descaso.

f) Bocejar abertamente;

g) Sair fora do recinto no meio de uma palestra, a não


ser quando absolutamente necessário.

• Use todo cuidado possível em seu contato com o sexo


oposto. Muitos líderes têm tido as suas ações criti-
cadas e o seu ministério prejudicado por não terem
agido cuidadosamente nesse assunto. “Lembre-se: é
muito mais fácil cuidar e preservar um bom nome e
uma boa reputação do que reconstruí-los!”

• Trate com respeito e amor cristão a todos com os


quais você convive. Aprenda quatro palavras indis-
pensáveis para um bom relacionamento em família,
na igreja, no trabalho ou em sociedade: “Desculpe”,
“Por favor”, “Muito Obrigado” e “Com Licença.”

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PEQUENAS ATITUDES ERRADAS


Determinadas atitudes podem tornar uma pessoa antis-
social e deselegante. Como, por exemplo, quando inaugura-
mos uma de nossas lojas de veículos há alguns anos, passei
um convite a uma pessoa muito especial. Na ocasião ela se
desculpou dizendo que não podia ir e não hesitou em dizer
que passaria o convite a seu primo, que eu nem sabia quem
era! Não podemos nos esquecer que quem convidou quer
nossa presença e não a de um desconhecido! Já no caso de
convites feitos à autoridades eclesiásticas e políticas, bem
como convites feitos à empresa, é necessário mandar um re-
presentante. Lembre-se de que convites são intransferíveis,
somente ingressos podem ser transferidos.

• Recebendo um convite, confirme ou não a sua pre-


sença dentro do prazo solicitado.

• A pontualidade deve ser observada. É uma qualidade


pessoal e um dever tanto para quem convida como
para quem é convidado.

• Quando chega em uma festividade o convidado de


honra, todos se levantarão para recebê-lo com pal-
mas. Somente depois que o convidado especial fizer
a saudação de cortesia com a cabeça e se sentar é que
os presentes deverão ocupar seus lugares.

• Quando houver discursos, estes poderão ser feitos


durante a sobremesa, não sendo necessário que os

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convidados a interrompam. Terminados os discur-


sos e aplausos, após pequena pausa, o convidado de
honra levanta-se e agradece as homenagens que lhe
foram prestadas, devendo, nessa ocasião, receber pal-
mas dos presentes.

• Quando convidados por alguém para uma refeição ou


um lanche e estivermos com ele, devemos escolher um
prato que não seja o mais caro nem o mais barato, pois
o mais caro dá impressão de que estamos nos aprovei-
tando do anfitrião e o mais barato dá a impressão de
que talvez fique caro demais para ele pagar.

CUMPRIMENTOS
• O cumprimento na rua consta de uma leve saudação,
sem palavras. Um gesto simples, um leve sorriso, isso
demonstra elegância e distinção.

• Não é conveniente interromper um passeio para


cumprimentar um conhecido. Entretanto a boa edu-
cação manda fazê-lo, porém seja o mais breve possí-
vel e evite apresentar as pessoas que te acompanham
por causa do tempo das pessoas em seus afazeres,
pode ser que ambos estejam com pressa. O correto é
o desconhecido afastar-se um pouco para não forçar
apresentações.

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• Se um homem se encontra com outros amigos acom-


panhados de uma mulher a qual não é sua conheci-
da, o correto é limitar-se a um ligeiro cumprimento
e jamais force uma apresentação, pois pode parecer
galanteio de sua parte.

APRESENTAÇÕES
No convívio com as pessoas em nosso dia a dia, a nossa
apresentação é de um valor incalculável. Por meio dela, po-
demos ampliar nosso círculo de amizades e conhecimentos.
A etiqueta tem normas estabelecidas das quais não devemos
fugir, essas normas são apenas boas maneiras e bons costumes
que devem ser preservados de geração a geração, pois são essas
normas que nos dizem modos corretos de nos portarmos, a
fim de termos aceitação e sucesso no convívio com o próximo.

• Geralmente se apresenta primeiro o mais velho; o


solteiro ao casado, o inferior ao superior hierárquico
e, sempre, o homem à mulher.

• A maneira de fazer apresentações é muito importan-


te. Use de simplicidade: Ex: “Conhece fulana de tal?”
(errada), “Esta é Valéria, minha amiga” (correta).

• O marido apresenta sua esposa da seguinte forma:


“Esta é Ana Maria, minha esposa”, ou “esta é minha
mulher, Ana Maria” e nunca “esta é minha senhora”,
pois este dizer dá impressão de superioridade.

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• Se uma mulher apresenta o marido, o correto é dizer:


“Este é Paulo, meu marido”.

• Lembrar os nomes é uma qualidade encantadora,


porém não é nada fácil. Se ocorrer uma falha de me-
mória, o correto é confessar dizendo: “Perdão, não
ouvi bem o seu nome” ou “me esqueci do seu nome”,
e nunca chamar de Dona Maria, Sr. José, Sr. João, o
que era muito comum há anos, sempre que não sabí-
amos o nome de alguém.

• Devemos apresentar uma pessoa isolada a um grupo.

• Se por algum motivo justo tivermos que pedir um


convite extra para uma pessoa amiga, ou informar
a quem nos convidou que precisamos levar alguém
conosco em alguma festividade, é nosso dever apre-
sentá-la à dona da casa assim que chegarmos à festa.
Pode ser que você tenha em casa uma visita de outra
cidade, e isso é considerado um motivo justo.

• Nunca devemos apresentar nossos filhos assim: “este


é meu filho.” E sim: “este é Mateus, meu filho”. Além
de ser o correto, aumenta a autoimagem do filho de
ser uma pessoa e não apenas o filho do João.

APERTO DE MÃO
• Na antiguidade, o aperto de mão significava um pacto
de paz e de amizade. Com a evolução dos tempos e o

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modificar dos costumes, o gesto de apertar a mão pas-


sou a ser meramente uma questão de boa educação.

• É regra geral o superior oferecer a mão ao inferior, o


mais velho ao mais moço, uma mulher a um homem,
a casada à solteira.

• As meninas devem evitar estender a mão em primei-


ro lugar aos homens e às senhoras, a menos que sua
família seja hospedeira de algum evento.

• A dona da casa nunca deixa de apertar a mão de to-


dos os convidados em sua casa.

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CAPÍTULO 14

BONS MODOS
À MESA

• Quando houver um guardanapo de tecido à mesa, o


correto é desdobrá-lo e colocá- lo sobre o joelho com
as pontas para fora. Pega-se o guardanapo no cen-
tro e dobra levemente levando-o à boca após ingerir
bebidas. Caso o guardanapo caia no chão, não o apa-
nhe, deixe que o garçom se incumbirá de substituí-lo.
O guardanapo deve permanecer no colo até o final
da refeição, no término deverá ser dobrado ao meio
e colocado ao lado do prato. Se for de papel, deixe
encostado na lateral abaixo do prato.

• Coma discretamente, mastigue de boca fechada, não


fale de boca cheia.

• Vale a pena lembrar que não é elegante comentar o


que você gosta ou não de comer, antes ou depois de

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tomar uma refeição para a qual foi convidada. Evite,


assim, má interpretação e a impressão de que o al-
moço ou o jantar não a satisfazem, coma o que foi
colocado à mesa.

• É errado deixar excesso de comida no prato.

• Não se incline sobre o prato, nem baixe a cabeça


para comer.

• Não se corta pão com a faca. O pão é comido em pe-


dacinhos, partido com as mãos. Nunca morda um
pedaço grande, evite que farelos caiam, e raspar o
prato com o pão é errado e feio.

• Observe com cuidado se você for a algum almoço ou


jantar que não tenha talheres adequados. Não per-
gunte por eles, coma com os que tem. E faça como
o dono da casa, se ele comer um bife com as mãos,
na casa dele você pode fazê-lo. Mandam as boas ma-
neiras que devemos aceitar as pessoas como elas são,
nesse caso a autoridade máxima é o dono da casa.

• Ao pegar o garfo e a faca, suas extremidades devem


ficar na palma das mãos e não espetadas no ar. Ao
usar somente o garfo, este passa para a mão direita
com os dentes para baixo.

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• Não descanse a faca e o garfo sobre a mesa. No caso


de usar apenas o garfo, a faca descansará sobre a par-
te superior do prato, com as abas cortantes voltadas
para dentro do prato.

• Ao terminar a refeição, é correto deixar os talheres


em paralelo sobre o prato, jamais cruzados. Dessa
forma, o garçom, ao passar por sua mesa, recolherá
o seu prato.

• Não cruze os talheres quando terminada a refeição;


coloque o garfo e a faca unidos paralelamente com os
cabos voltados para a direção da pessoa. Essa posição
informa que você já acabou de se alimentar.

• No caso de deixar cair a faca, o garfo ou a colher, não


se mostre embaraçada e não procure apanhá-los. A
copeira ou garçom encarregar-se-ão de substituí-los,
nunca se abaixe para pegá-los.

• Não devemos deixar os dedos levantados, ao usar-


mos o copo ou a xícara. Todos os dedos da mão de-
vem abraçar o objeto usado.

• Em sua residência, a dona da casa só começa a comer


depois de todos convidados já servidos, isso vale para
qualquer prato.

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• Não esqueça de conversar com seus vizinhos de mesa


ao seu lado, porém cuidado com os assuntos. Não
fale sobre doenças e acidentes.

Não se deve fazer brinquedos com alimentos que estejam


à mesa (bolinhas de miolo de pão etc.).

• Não tenha manifestações gulosas, ainda que o prato


esteja delicioso.

• É errado comer salgadinhos com guardanapo em


coquetéis. O correto é pegar o guardanapo, colocar
em uma das mãos e com a outra mão pegar o sal-
gadinho e após levá-los à boca devemos limpar os
dedos no guardanapo.

• É errado colocar os cotovelos sobre a mesa. O que se


apoia na mesa são os punhos e as mãos.

• É feio e deselegante palitar os dentes em público, se


for preciso usar o palito, vá ao banheiro. Embora seja
costume, colocar palitos na mesa é deselegante.

• Tenha sempre gestos discretos, evitando desastres,


como derramar água, sucos, refrigerantes, derrubar
talheres ou ainda qualquer alimento sobre o vizinho.

• Devemos comer lentamente, em bocados pequenos.

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• Não devemos tomar a iniciativa de nos sentar à von-


tade, em qualquer lugar. Geralmente, em jantares de
convidados, os lugares são reservados, devemos to-
mar o lugar que nos está indicado.

• Não se deve cheirar os alimentos colocados sobre a


mesa, como para verificar se são bons ou gostosos.

• Não devemos misturar no prato diversas comidas.


Isso é falta de educação. Devemos sempre comer um
pouco de cada espécie de cada vez.

• Nunca devemos mostrar ao vizinho que encontra-


mos alguma coisa, como, por exemplo, um fio de ca-
belo na comida. Devemos tirá-lo discretamente, sem
chamar a atenção dos outros.

• É muita falta de educação limpar os dentes com as


unhas ou com a ponta do garfo. Também não deve-
mos enxaguar a boca com água ou refrigerante, en-
golindo-a depois. Usar fio dental só no banheiro!

Me lembro de uma vez em que fomos convidados para


um churrasco entre amigos. A família que nos recebeu era
muito gentil, entre os convidados estava uma família só de
médicos, pai, mãe e filhos... Depois do almoço, nos reuni-
mos na varanda da casa para conversar, quando, de repente,
o pai da família, um médico renomado em nossa capital,
pegou em seu bolso um fio dental, cortou um pedaço bem

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grande, enrolou uma parte em um de seus dedos e a outra


segurou forte em sua mão e sem nenhum constrangimento
começou a passar o fio dental nos dentes! De repente, saía
um pedacinho de carne, que ele cuspia fora! Que nojo! Que
deselegância! Esse tipo de limpeza nos dentes deve ser feito
dentro do banheiro, acompanhado de uma boa escovação
nos dentes, e não na companhia de outras pessoas. Essas
atitudes são feias, antissociais e deselegantes.

• Se a sopa estiver quente demais, não devemos soprá-la fu-


riosamente. Devemos apenas esperar que esfrie um
pouco, mexendo-a lentamente com uma colher.

• À mesa, jamais devemos levantar a voz ou falar mui-


to alto. A conversa deve ser dirigida sempre ao vizi-
nho ao lado, àqueles que estão a nossa mesa. Nunca
devemos falar muito alto, pretendendo que todos os
presentes nos ouçam.

• Nunca se pode tirar a comida da travessa principal,


que se encontra na mesa ou no aparador, usando o
próprio garfo ou colher, mas, sim, com o que estiver
no prato, e se não houver, pede-se um.

• É ofensa ao dono da casa limpar os talheres ou


copo com o guardanapo. Esse hábito é adquirido
em restaurantes, mas não deve ser levado para as
casas dos amigos. Dá impressão que achamos a
casa sem higiene.

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REGRAS DE COMPORTAMENTO
• Quanto à comida, no caso dela lhe ser servida pelo
garçom, nunca escolha um pedaço especial, aceite
aquele que lhe está sendo oferecido.

• Caso o garçom apenas lhe apresente a travessa, fican-


do a seu encargo se servir, não escorregue os alimen-
tos para o seu prato e sim apanhe-os com os talheres
colocados sobre eles.

• Só corte com faca os alimentos sólidos, pois os mais


macios devem ser cortados com o garfo, a batata, a
cenoura, o chuchu, o ovo cozido etc. A alface deve ser
dobrada com o auxílio do garfo para comer.

• Os alimentos devem ser cortados à medida que for-


mos comendo.

SERVIÇOS DE MESA
Entende-se por serviço de mesa, não só o conjunto de
objetos, toalhas, copos e talheres, mas também os serviços à
francesa, à americana, o familiar e outros, que se referem à
maneira de serem servidas as refeições. Vamos citar apenas
dois, que são os mais comuns: serviços à americana e servi-
ço à brasileira. Veja abaixo como são práticos.

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SERVIÇOS À AMERICANA
Foi originário da América e tem como característica fun-
damental a praticidade.

Num buffet são arrumadas as travessas com as iguarias, e


os próprios convidados é que se servem, os garçons servem as
bebidas e recolhem os pratos usados. Os pratos e talheres, no
caso de existirem mesas para os convidados, estarão dispos-
tos à frente de cada lugar; quando não houverem mesas, os
pratos e talheres serão encontrados nas extremidades do bu-
ffet. E cabe a cada convidado, na ocasião oportuna, se dirigir
ao buffet para servir-se das iguarias. Após os garçons terem
recolhido os pratos usados, os convidados devem aguardar a
sobremesa que é servida da mesma forma que o jantar.

SERVIÇO À BRASILEIRA
Nosso país fez adaptações das diversas maneiras de ser-
vir em nosso dia a dia, usamos um serviço que se caracteriza
pela simplicidade e liberdade, servindo-se cada convidado
do que desejar e quanto desejar. É também conhecido como
serviço familiar. As travessas com iguarias são colocadas
nas mesas e cabe à dona da casa autorizar os convidados a
se servirem e eventualmente, fazer o prato de um ou outro
convidado. Da mesma forma se faz com a sobremesa.

COMO SE SERVIR DE DETERMINADOS ALIMENTOS?


Vejamos aqui alguns exemplos de alimentos que têm
uma forma peculiar de serem saboreados e, para alguns,
existe até um talher especial.

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• Pão. Parte-se o pão com as mãos, em pedaços que pos-


sam ser levados à boca. Passa-se a manteiga no pedaço
que se vai levar à boca enquanto os demais ficam no
prato. Não se corta o pão com a faca e nem se morde
para partir. E a manteiga deve ser colocada em peque-
nas porções, à medida que vamos comendo.

• Camarão. Quando frio – à paulista – deve ser descas-


cado com o garfo e faca e comido com garfo. Porém,
é permitido usar as mãos para descascar e depois
limpam-se os dedos no guardanapo.

• Peixe. Quando inteiro, devemos separar o filé supe-


rior com o garfo e faca próprio para peixe, e em se-
guida retirar a espinha dorsal que deverá ser coloca-
da na borda do prato ou em suporte especial.

• Frango à passarinho. Deve ser levado à boca com os


dedos, que seguram o pedaço de forma delicada. Ja-
mais chupar os ossinhos. Depois limpam-se os dedos
no guardanapo.

• Os caldos. Quando servidos em xícaras especiais, de-


vem ser tomados inicialmente com a colher, beben-
do-se depois o caldo na própria xícara à porção em
que esfria. Nesse caso devemos segurar nas asas da
xícara com os dedos.

• Melancia. Corta-se a melancia em pedaços e separa-


-se a polpa da casca. Cortam-se pequenos pedaços

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que se comem com o garfo. As sementes devem ser


cuspidas em uma das mãos, tampando a boca com a
outra mão e colocadas no prato.

• Uvas. Devem ser apresentadas em cacho. Cada pes-


soa corta o que deseja e come as uvas uma a uma.
Caso não engula as cascas, estas devem ser devolvi-
das ao prato, usando-se a mão fechada.

• Pinha. Deve ser partida com as mãos, ao meio, no sen-


tido longitudinal e comida com colher. Os caroços de-
vem ser devolvidos à colher e colocados no prato.

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CAPÍTULO 15

O SIGNIFICADO
DAS FLORES

N a etiqueta elas representam um símbolo, através


de nossa pessoa, da presença em sociedade. Elas
falam por nós em quaisquer circunstâncias e em qualquer
momento. Vejamos sua linguagem universal:

ROSA VERMELHA
Oferece-se à pessoa amada, pois significa “amor profun-
do” e sincero.

ROSA AMARELA
Significa amizade sincera. Oferta-se à futura sogra ou à
senhora do chefe, na ocasião de seu aniversário.

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ROSA COR-DE-ROSA
Significa tranquilidade, segurança, personalidade, femi-
nilidade. Oferece-se à irmã do namorado ou noivo, à profes-
sora ou à mãe ou irmã.

ROSA MESCLADA
Significa sentimento, ausência da pessoa estimada. Ofer-
ta-se à pessoa que há muito tempo não encontramos, prin-
cipalmente se deixamos de ir à casa dela ou ela à nossa. É
lógico que oferecemos isso à pessoa do sexo feminino, pois
rosas só se oferecem às mulheres.

ROSA BRANCA
Significa pureza, felicidade. Oferta-se por ocasião do ani-
versário de uma amiga ou senhora amiga da família.

CRAVO BRANCO
Oferta-se a jovens homens em ocasiões especiais,
como numa cerimônia de formatura, inauguração de al-
gum estabelecimento comercial ou mesmo na abertura
de seu novo escritório.

CRAVO VERMELHO
Significa classe, distinção, respeito. Oferta-se a um se-
nhor, um chefe de serviço ou à pessoa que tenha um certo
destaque social.

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ORQUÍDEA
É a flor social. Oferta-se a pessoas que se destacam por
ter raras qualidades. Geralmente é ofertada a primeiras da-
mas, diretoras de escolas, palestrantes, líderes eclesiásticos ou
de estado, mostrando assim à pessoa homenageada que ela é
alguém de destaque especial. Pode-se ofertar à futura sogra.

HORTÊNSIA
Significa “seja bem-vindo”, hospitalidade, alegria, sere-
nidade. Oferta-se quando recebemos alguém em casa pela
primeira vez ou quando não o vemos por muito tempo. Sig-
nifica, também, união.

MARGARIDA
Oferta-se a senhora de idade. Significa vivência, fineza
e lembra que, embora já sem perfume, conserva a beleza, a
alegria, a vida.

VIOLETA
Significa timidez, acanhamento, retração. Oferta-se quando
nos desentendemos com alguém (homem ou mulher) e dese-
jamos fazer as pazes, reconhecendo em nós mesmos os nossos
erros e as nossas falhas. É símbolo de boa educação.

LÍRIO
Significa força, comando, fibra. Oferta-se em inaugura-
ções e para ambos os sexos. Significa o valor que a pessoa
tem, as qualidades tanto morais quanto sociais, intelectuais,
espirituais etc. Oferta-se a alguém merecedor desses títulos.

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GÉRBERA
É a flor aristocrata, ou seja, simboliza nobreza, grandeza,
superioridade e distinção. Oferta-se às pessoas religiosas ou
de pouca aproximação. Significa prazer em conhecê- lo(a).

GERÂNIO
Significa felicidade completa. É considerada a flor da felicidade.

AMOR PERFEITO
O nome já indica. Oferta-se ao namorado ou então, um
só, no dia do noivado.

JASMIM
Oferta-se à jovem (neste caso é o rapaz que o faz). Significa:
“eu quero me casar com você”. É a flor da mulher escolhida.

Observação: envie flores com cartão apenas se você man-


dar entregar em casa ou em outro local. Caso contrário, você
mesmo leva e entrega com cartão. Não se levam ou ofertam
flores a pessoas no dia em que falecem. As flores não repre-
sentam neste caso a nossa presença e sim a nossa ausência.
E, no caso de sua ausência, que seja margarida ou qualquer
outra flor que não tenha perfume.

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CAPÍTULO 16

CURIOSIDADES CULTURAIS
DE OUTROS PAÍSES

E m certos países, alguns comportamentos absoluta-


mente normais para nós, brasileiros, podem virar
grosseria se feitas em público. Por exemplo, na Coréia do
Sul, ninguém assoa o nariz na rua e, no Japão, as pessoas
não espirram diante das outras. Em lugares como a Suíça,
os pedestres que cruzam a rua fora da faixa ou com sinal
vermelho são advertidos. No Japão, pega mal falar alto ou
gargalhar de uma piada, principalmente se forem mulheres.

Na Indonésia e Tailândia, casais de namorados não


devem se beijar ou trocar carícias na frente dos outros.
Na Índia, ser encarado por estranhos é uma forma de hu-
milhação. Em cidades grandes como Nova York e Paris,
os inevitáveis esbarrões devem ser todos acompanhados
de Excuse me e Pardon.

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Já os gestos e sinais tradicionais podem não ser univer-


sais, mudam de acordo com a cultura de cada pais. Veja só:

O círculo feito com o polegar e o dedo indicador, que


para nós é gesto obsceno, para os americanos significa ok.
No Japão, quer dizer dinheiro; na França, algo sem valor; na
Alemanha, equivale a chamar alguém de idiota e, na Tuní-
sia, é uma ameaça de morte. Na Tailândia e na Bulgária, os
movimentos de sim e não feitos com a cabeça são invertidos
aos nossos. Na Austrália, fazer o “V” da vitória ou o conhe-
cido gesto positivo com a mão fechada e o polegar para cima
quer dizer que você está mandando alguém para aquele lu-
gar indevido. Nos países árabes, mostrar a sola do sapato ao
cruzar as pernas é grosseiro, pois esta é considerada a parte
mais suja. Exibir a palma da mão para um grego, com os de-
dos esticados e abertos, é a pior ofensa. Provém do costume
bizantino de esfregar sujeira no rosto dos inimigos. Colocar
as mãos nos quadris e encarar um mexicano dá a entender
que você o está chamando para uma briga. Na Bélgica e na
França, não pega bem para um homem ficar em pé, com as
mãos nos bolsos, enquanto conversa com alguém. Na Itália,
não apalpe as frutas para ver se estão maduras, a menos que
queira aprender palavrões.

No Japão, esqueça algumas recomendações da sua mãe.


Coma o macarrão colocando uma extremidade na boca e
sugando o resto; tome sopa direto da tigela, sem colher. Co-
reanos e chineses dividem o mesmo prato central. Tomar a
sopa ruidosamente na China é um elogio aos anfitriões. O

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mesmo vale, nos países árabes, para um arroto após as refei-


ções. Na Índia, Malásia, Egito, Marrocos, Arábia Saudita e
Tailândia, use só a mão direita. A esquerda é para a higiene
íntima. Na Inglaterra, não “enxugue” o molho com o pão. É
deselegante! Era costumes de “bárbaros”. O mesmo pensa-
rão os franceses se você usar palito de dentes.

Fonte: Revista Turismo. Matéria: Como Evitar Gafes no


Exterior, Reportagem de Márcia Medeiros.

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