Mecanizacao Agricola

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Mecanização Agrícola

Centro Educacional Evolução


Credenciado pela Portaria nº. 264/2009 SEDF

C-1 Lote 1/12 Sobreloja 1 Edifício TTC Taguatinga


Brasília-DF
Tel: (61) 3046 2090
www.grupoevolucao.com
MECANIZAÇÃO AGRÍCOLA

Aula 1 – Histórico e Conceitos.....................................................................................

Aula 2 - Efeitos da Mecanização...................................................................................

Aula 3 - Agricultura de Precisão...................................................................................

Aula 4 - Seguranca do Trabalho na Mecanização............................................................

Aula 5 - Máquinas e Implementos................................................................................

Aula 6 - Norma Regulamentadora 12...........................................................................

Aula 7 - Segurança e Orgonomia do Operador.............................................................

Aula 8 - Fatores Ambientais.......................................................................................

Estudo Dirigido......................................................................................................

A reprodução não-autorizada desta publicação, no todo ou em parte, constitui violação


dos direitos autorais. (Lei no 9.610).
Grupo Evolução - Todos os direitos reservados
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MECANIZAÇÃO AGRÍCOLA

A elaboração do material didático é disponibilizada como forma de apoio durante os


estudos e elaborada com a �nalidade de viabilizar a melhor absorção de conhecimento
pelos estudantes durante a sua formação, no eixo tecnológico Recursos Naturais, no
qual, o aluno será habilitado à junção de duas atividades: agricultura (cultivo de
plantas) e pecuária (criação de animais).

Dessa forma, esse material foi estruturado de forma sucinta e objetiva, com a intenção
de facilitar o acesso a todo o conteúdo sobre Mecanização Agrícolas.

O objetivo é promover conceitos e conhecimentos básicos da mecanização agrícola,


visto que é uma ferramenta para a otimização da produção rural desde pequenas a
grandes propriedades, visando o menor desgaste de máquinas e do solo, bem como a
melhoria da produtividade. 

Com isso, a partir desse primeiro material e os posteriores desejo a todos boa leitura e
bons estudos!

Conteúdo Programático

1. Mecanização agrícola – histórico e conceitos; re exão sobre a mecanização e


seus efeitos; o aumento da produção agrícola após a mecanização; os efeitos
no   campo a partir da inserção das máquinas agrícolas; a exigência de
conhecimento para trabalhar no campo.

2. Segurança do trabalho com máquinas e equipamentos; instalações e


dispositivos elétricos; riscos que dizem respeito ao ambiente de trabalho; riscos

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referentes ao trator; riscos   relacionados aos fatores humanos; ações


preventivas.

3. Máquinas e implementos; tratores   agrícolas e manutenção; regulagem e


acoplamento; sistema de direcionamento; tração animal e   implementos;
sistema de gerenciamento eletrônico e controle remoto.

4. Tração mecânica –   conceitos e fundamentos; a tração mecânica como


alternativa no trabalho agrícola; manutenção,   inspeção, ajustes e reparos;
sinalização conforme a NR 12; dispositivo de partida, acionamento e parada.

5. Operações agrícolas – rendimento operacional e custos; treinamento do


operador;   aspecto ergonômico; os cuidados antes do uso das máquinas;
mecanismo de acesso às máquinas. 

6. Ferramentas e equipamentos tipos de ferramentas e equipamentos; peças


básicas de reposição; uso de EPI's; manual de instruções; processo evolutivo das
máquinas e dos equipamentos.

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INTRODUÇÃO

Agricultura é uma palavra relacionado ao cultivo dos campos, onde o pre�xo “agro” do
latim signi�ca “terra cultivada ou cultivável”.

Entende-se Mecanização Agrícola como a utilização racional de máquinas projetadas


para realizar uma prática agrícola relacionada direta ou indiretamente com a execução
da produção agropecuária.

A mecanização é uma das Operações Agrícolas realizadas na produção agropecuária,


podemos outras: irrigação, colheita, armazenamento, comercialização. etc.

Além da mecanização agrícola, o uso da biotecnologia, de sistemas de estocagem e


escoamento da produção   tornaram a agropecuária mais produtiva e competitiva,
demandando maiores investimentos e controle da produção por empresas cada mais
maiores e organizadas. 

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Nesse cenário, o Brasil encontra-se entre os dez maiores exportadores agrícolas


mundiais, com uma agricultura moderna e de qualidade

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HISTÓRICO E CONCEITOS

Conceito

Animais silvestres são todos os animais “pertencentes às espécies nativas, migratória e


quaisquer outras, aquáticas ou terrestres, que tenham seu ciclo de vida ocorrendo
dentro dos limites do Território Brasileiro ou águas jurisdicionais brasileiras”. (BRASIL,
1998)

Com o intuito de otimizar as práticas agrícolas, o ser humano realizou avanços e


melhorias ao longo dos séculos.

Inicialmente todo o trabalho envolvido na agricultura era proveniente da força humana


e animal, com práticas voltadas para subsistências e, posteriormente, dando lugar ao
emprego de maquinário agrícola e suas tecnologias.

Nesse contexto histórico as queimadas tem destaca sendo a principal alternativa que o
homem buscava ampliar os campos cultiváveis, bem como aumentar a produção das
áreas agrícolas.

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Contudo, ao passar do tempo, essa atividade foi reduzindo tanto os macronutrientes (N,
P, K, Ca, Mg, S), quanto os micronutrientes (B, Fe, Zn, Mn, Cu, Mo, Cl). Ao mesmo passo, a
microfauna também foi sendo reduzida ao ponto que gerava a necessidade de procura
outra área de cultivo.

Com a população aumentando, veio a necessidade de aumentar a produção, por meio


de mecanismos como o uso da tração animal, ainda trezentos anos antes de Cristo na
Mesopotâmia.

Somente após a revolução industrial, milênios de anos depois, que surgiram os


primeiros arados mecanizados, vistos até hoje como um marco que revolucionou a
produção no campo.

A evolução das máquinas e o êxodo rural, trouxeram a demanda por mão de obra
quali�cada. Assim, quem permaneceu no campo se viu obrigado a buscar quali�cação.
Além disso, a instrumentação eletrônica tornou as práticas agrícolas mais detalhadas e
a aplicação de insumos de maneira mais e�ciente, enquanto o melhoramento genético
permitiu desenvolver plantas mais resistentes.

Esses fatores deram condições para o aumento da produção agrícola a nível nacional e
mundial.

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No Brasil, as décadas de 80 e 90 foram determinantes para o segmento agrícola, tendo


em vista que a mesma área correspondeu a quase o dobro de produção entre o início
da década 80 e o �m dos anos 90. Sobretudo por questões como mecanização, novas
linhagens de sementes, defensivos, fertilizantes, novas práticas e �nanciamentos
públicos.

Na última década o Brasil foi um dos maiores exportadores de produtos agrícolas no


mundo, sendo a soja o principal produto.

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Entende-se que a agricultura caminha para uma especialização cada vez maior,
sobretudo no contexto de agricultura de precisão, permitindo identi�car área plantada,
falha na adubação ou mesmo incidência de pragas.

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EFEITOS DA MECANIZAÇÃO

Embora existam marcos históricos na evolução agrícola, pode-se dizer que a mesma
ocorreu de forma gradativa, sendo que os primeiros mecanismos eram de pedra e
madeira, ou seja, robustos e de pouca duração.

Ao passo que a tração humana foi sendo substituída pela tração animal, também
houve o aumento do interesse na criação de animais. Além disso, com a Idade do Ferro
o arado �cou mais e�ciente, assim como o advento dosa sistemas de posicionamento
global que deram suporta para o surgimento da agricultura de precisão.

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Assim, o ser humano passou a produzir com mais e�ciência de modo que a agricultura
passou de subsistência para comercial, haja vista que o crescimento populacional
demandou mais alimentos.

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AGRICULTURA DE PRECISÃO

Conceito

A Agricultura de precisão permitiu a aplicação e�ciente de insumos, em temos de


locais e aplicação.

Com a e�ciência vem a redução de cuscos bem como a preservação dos recursos
naturais , minimizando os impactos.

Um conjunto de tecnologias que vão desde sistemas de posicionamento, sistemas de


informações geográ�cas e sensores remotos permitem realizar uma agricultura que
visa aplicação de insumos em taxa variável, dependendo das necessidades da planta e
do solo.

Além dos benefícios supracitados oriundos da agricultura de precisão, pode-se


destacar também:

• Redução de riscos;
• Rápida tomada de decisão e controle da situação;
• Melhor produtividade;
• Melhor relação com o meio ambiente;
• Aviação rural (aplicação de fertilizantes, combate a incêndios, repovoamento
vegetal, semeadura); e
• Retorno de pessoas para área rural, agora como mão de obra quali�cada, tendo
em vista que hoje o campo é provido de tecnologia e informatização.

Mesmo assim, é sugerido a mobilização mínima do solo, bem como a semeadura direta.

Nos anos 90 iniciou-se a revolução no campo, a partir da introdução e incorporação


da tecnologia na agricultura. Isso fez com que se revertesse um pouco dos problemas
gerados em função do êxodo rural, sobretudo pelo oferecimento de oportunidade de

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emprego, moradia com boa estrutura, aquisição de bens para produção nas zonas
rurais.

Nesse contexto destaca-se o desa�o de quali�car a mão de obra no manuseio de


máquinas so�sticadas, principalmente por cursos pro�ssionalizantes. Assim, houve a
grande demanda por pro�ssionais quali�cados.

A expansão do campo trouxe os problemas das grandes cidades para a zona rural. Em
contrapartida o desenvolvimento de muitas cidades se deu em função da produção de
grãos e produtos animais.

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MÁQUINAS E IMPLEMENTOS

Conceito

A Máquina Agrícola é projetada para executar um objetivo especí�co, de forma motora


ou não, transformando as várias fontes de energia em força motriz, tais como trator,
que transforma a energia combustível em força de tração.

O uso de animais como fonte de tração é uma prática antiga no Brasil, sendo que
atualmente sua aplicação se dá de maneira e�ciente em áreas pequenas ou
acidentadas.

Dentre as �nalidades da tração animal, destacam-se:

• a montaria,
• movimentação de máquias,
• tracionamento de implementos; e
• transporte de mercadorias.

Já de acordo com os animais, comumente são empregados:

• cavalos;
• burros;
• mulas;
• jumentos;
• bois; e
• búfalos.

Utilizado como máquina de potência, o trator agrícola é composto pode diversos


elementos, cada qual com sua função especí�ca.

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Dentre as funções, pode-se destacar a transformação e transferência de energia para


movimentação, bem como destinadas aos ativos de máquinas e implementos que
podem ser acoplados.

O componente responsável pela geração de energia é o motor, cuja sua potência é


medida em quilowatts (kW), horse power (hp) ou em cavalo-vapor (cv).

Os implementos agrícolas são as máquinas não motoras, ou seja, simplesmente


transmitem o efeito de força, geralmente acoplados no trator.

Podemos citar podemos citar o arado, a grade, o subsolador, o perfurador de solo etc,
acoplados ao trator como fonte principal para a realização do trabalho agrícola, tanto
pelos três pontos hidráulicos e de arrasto, bem como na barra de tração.

No caso dos três pontos, as regulagens envolvem os componentes externos de braços


estabilizadores, braços intermediários, braço de terceiro ponto e barra de levante
inferior.

No caso dos braços estabilizadores laterais das barras inferiores, sua função é regular
a centralização do implemento, ou seja, sua posição central em relação ao trator.

Os braços intermediários, por sua vez, tem a função de proporcionar a regulagem

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transversal do implemento, ou seja, o nivelamento entre os dois lados. Alguns tratores


mais antigos possuem somente o ajuste do lado direito.

Já a regulagem do braço do terceiro ponto tem a função de nivelar ou desnivelar o


implemento em termos longitudinais, isto é, ao longo do comprimento. Por exemplo, o
nível entre a dianteira e traseira. A medida que o terceiro ponto �ca mais comprido, a
traseira do implemento �ca mais baixa.

Finalmente, a regulagem dos furos da barra de levante inferior possui dois ou três furos
para �xação e permite o ajuste da altura e da capacidade de carga do sistema
hidráulica.

O sistema hidráulico de controle remoto tem a função de acionar cilindros e motores


do implemento acoplado ao trator.

Dentre os itens de manutenção diária que devem ser veri�cados antes de operar o
trator, pode-se citar:

• nível de combustível;
• nível do óleo;
• nível do líquido de arrefecimento do motor;
• nível de óleo de transmissão;
• tela e comélia do radiador;
• tensão e estado da correia do motor;
• bateria;
• �ltros de combustível;
• curso dos pedais;
• lanternas;
• indicadores do painel.

Além disso, deve-se engraxar regularmente as articulações.

Em termos de regulagem, ainda pode-se citar a regulagem do banco e a coluna de


direção.

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Atenção

É importante ressaltar que os itens de manutenção estão especi�cados no manual do


operador.

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SEGURANÇA DO TRABALHO COM MÁQUINAS E


EQUIPAMENTOS

Conceito

A Norma NR-12 regulamenta a segurança no trabalho em máquinas e equipamentos,


de modo que sua aplicação garante a saúde e a integridade física dos trabalhadores,
uma vez que estabelece os requisitos mínimos para prevenção de acidentes e doenças
do trabalho frente ao uso de máquinas e equipamentos.

Ainda, a norma traz as diretrizes e requisitos para instalações e dispositivos elétricos,


abordando questões que vão desde o aterramento, requisitos mínimos de segurança
para condutores e baterias, por exemplo.

É muito comum a ocorrência de acidentes no ambiente de trabalho, de tal forma que


existem normas e leis com o intuito de assegurar a vida e a saúde do trabalhador. No
meio rural não é diferente, as atividades que envolvem máquinas e equipamentos
agrícolas são as que oferecem um maior risco ao trabalhador.

Considera-se acidente de trabalho quando a realização de um serviço é interrompida


sem programação gerando perdas, danos materiais ou lesões corporais. No caso do
meio rural as consequências variam conforme a fase do cultivo.

De modo geral as perdas podem decorrer do prejuízo ao maquinário ou mesmo ao


trabalhador, sendo no �m das contas tudo se resumo a redução da produtividade ou
da e�ciência.

Pode-se a�rmar que os atos inseguros são responsáveis pela maior parcela dos
acidentes, principalmente os associados à negligência e imprudência.

No caso dos acidentes envolvendo tratores, as principais causas são a operação do


tratos em condições extremas, perda do controle em aclives e declives, ingestão de

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bebidas alcoólicas, presença de pessoas junto ao posto do operador, falta de proteção


nas partes móveis do tratos e do implemento, engate inadequado do implemento.

Dessa forma, a prevenção de acidentes se faz necessária. Indicações de trajes como


tipo de roupas são fundamentais para que o trabalhador esteja a um risco menor. Além
disso, os equipamentos de proteção individual (EPI's) são de uso obrigatório, como
máscaras, óculos e protetores auriculares.

Ao utilizar tratores, podem ocorrer dois tipos de capotamentos, o lateral e o


longitudinal, sendo o segundo mais grave e letal devido à velocidade. Nesse sentido é
imprescindível a Estrutura de Proteção na Capotagem somada ao uso do cinto de
segurança.

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Contudo, caso não haja a estrutura, recomenda-se que o operador não utilize o cinto
para que possa pular do trator caso ocorra algum acidente.

As causas do capotamento são casos particulares das causas dos acidentes


mencionados anteriormente.

Além do capotamento, também podem ocorrer quedas e atropelamentos ou mesmo


contato com tomada de potência

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SINALIZAÇÃO DE SEGURANÇA

Conceito

A NR 12 tem aplicação na segurança do trabalho em máquinas e equipamentos.

Nesse contexto, as máquinas e equipamentos devem possuir sinalização de segurança


no intuito de alertar sobre os riscos que os trabalhadores estão expostos, bem como
instruções de operação e manutenção de modo a garantir a integridade física e a
saúde dos operadores e de terceiros.

Desse modo, a sinalização compreende ao uso de cores, símbolos, inscrições sinais


luminosos ou sonoros, por exemplo.

• A sinalização deve estar destacada na máquina ou equipamento em uma


localização visível, bem como deve ser de fácil compreensão.
• Sempre em língua portuguesa e bem legível.
• As inscrições devem ser indicadoras do risco e sobre qual parte do mecanismo se
referem, não somente a escrita “Perigo”.
• Além disso, devem indicar as especi�cações e limitações técnicas.

Já os símbolos, inscrições, sinais luminosos e sonoros devem estar de acordo com as


normas técnicas nacionais vigentes ou, quando necessário, de acordo com as normas
internacionais.

Os sinais devem ser emitidos sempre antes da ocorrência do evento, de modo que não
sejam ambíguos mas sejam nitidamente compreendidos e distintos de outros sinais.

A menos que outra norma seja prevista, as cores seguem Portaria MTPS n.º 211, de 09
de dezembro de 2015, revogado pela Portaria MTb n.º 1.110, de 21 de setembro de 2016.

A chave de ignição dos tratores permite dar a partida, desligar, bem como ligar os
medidores e indicadores do painel. Em alguns apresentam dispositivos de ignição que

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só funcionam quando satisfeitas as seguintes condições:

• O operador deve estar posicionado no banco;


• A tomada de potência desligada;
• Freio de estacionamento acionado;
• Pedal de embreagem acionado;
• Alavanca reversora do câmbio no neutro;
• Alavanca do câmbio no neutro ou em Park.

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ERGONOMIA E SEGURANÇA

Conceito

Na agricultura as condições de trabalho oferecem muitos riscos a ponto de ser


considera de mesmo risco que atividades de mineração e construção civil.

Em toda operação agrícola há a presença de três componentes fundamentais:


a máquina, o meio e o operador.

Este ultimo, o operador, tem in uência determinante sobre a produtividade da máquina


e qualidade do trabalho realizado.

Dada essa importância, na medida que estas máquinas foram se tornando mais
complexas, houve a necessidade de mão de obra mais quali�cada e aprimoramento
destes operadores.

A preocupação com a condição de trabalho decorreu da revolução industrial e tem


maior força durante a segunda guerra mundial.

Assim, com a quanti�cação do impacto de cada equipamento utilizado e condição de


trabalho deu-se origem a um estudo que hoje conhecemos como Ergonomia,
relacionada com a manutenção da qualidade do trabalho, da integridade física e
saúde do trabalhador.

No meio agrícola há uma preocupação no aspecto da ergonomia, pois é uma atividade


que oferece riscos elevados e exposição a fatores externos (temperatura, umidade,
poeira, etc.), sendo uma considerada uma das atividades mais perigosas com inúmeros
acidentes registrados, alguns fatais e outros com sequelas permanentes, agravado
principalmente com a utilização de uma máquina agrícola.

Por este motivo, existe uma legislação rígida que regulamenta as condições do
trabalho, tanto o uso de maquinário como os itens de segurança que estes devem

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prover.

Entende-se a ergonomia como a disciplina que estuda as interações do homem com


elementos do sistema, fazendo aplicações da teoria, princípios e métodos de projeto,
com o objetivo de melhorar o bem-estar humano e o desempenho global do sistema,
particularmente com a aplicação dos conhecimentos de anatomia, �siologia e
psicologia na solução de problemas surgidos desse relacionamento,

Sendo assim, a ergonomia é uma ciência que estuda o relacionamento entre o homem,
o equipamento e o trabalho no ambiente que circunda esse contexto, visando adaptar
o trabalho ao homem e não adaptar o homem ao trabalho.

A ergonomia pode ser classi�cada em função da aplicação ou mesmo da área de


especialização.

Em função do momento de aplicação:

• Ergonomia de Concepção - como desenvolver produtos e adaptá-los ao uso a


prática de desenhá-los, levando em consideração a interação entre eles e as
pessoas possam utilizá-los;
• Ergonomia de Correção - acontece quando existe uma situação que precisar
resolver, como a fadiga, segurança, doenças relacionadas ao trabalho; 
• Ergonomia de Conscientização - é capacitação dos recursos humanos em
relação as imposições ergonômicas presentes.

Em função área de especialização:

• Ergonomia Física - relacionada às características da anatomia humana,


antropometria (medição do corpo humano), da �siologia, da biomecânica e a
relação com atividade física em si;
• Ergonomia Cognitiva - relacionada aos processos mentais, como memória,
raciocínio e resposta motora conforme os estímulos;
• Ergonomia Organizacional - é otimização dos sistemas sociotécnicos incluindo
suas estruturas organizacionais, políticas e processos, ou seja, o uxo de produção
de uma empresa.

Esses conceitos podem ser aplicados no ambiente agrícola, como   na utilização de


ferramentas manuais, na elevação da produtividade do trabalhador e preservar a sua

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saúde

Então deve ser observado desde a postura adequada, a quantidade de horas


trabalhadas, os itens de conforto, a acessibilidade de botões e controles até a idade das
máquinas que são utilizadas. 

Os tratores são os maquinários onde os princípios da ergonomias vendo sendo


utilizados com maior maior intensidade e frequência, desde o projeto até a utilização
dele.

Sob a ótica da ergonomia, o trabalhador executa suas atividades num local chamado
posto de trabalho, que deve ser projetado e concebido de modo a evitar o máximo o
desgaste e a fadiga, visando desempenhar o maior conforto, condição física e mental

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FATORES AMBIENTAIS

Conceito

Os fatores ambientais podem gerar efeitos nos operadores de máquinas agrícolas.

VIBRAÇÃO

Máquinas motoras, como o trator, apresentam uma vibração, podendo ser transferida
para os operadores e ser prejudicial à saúde.

A vibração vai depender do tamanho do máquina agrícola,   o tipo de terreno, a


característica do acento, sistema de amortecimento.

Vibrações muito baixas podem gerar náuseas.

Já vibrações muito altas podem interferir na visão, além de possíveis problemas de


coluna. Para reduzir este tipo de problema, deve-se dispor acentos que permitam o
efetivo amortecimento dessas vibrações, com amortecedores pneumáticos ou
hidráulicos, onde permitem reduzir mais de 50% essa vibração.

Então, o posto de trabalho ele tem que ser elaborado, pensado para evitar esse tipo de
interferência, de preferência devem ser utilizadas plataformas que isolem não só o
assento, mas todo posto de trabalho, isolando essa plataforma do chassi da máquina
para que a vibração não seja passada para o posto de trabalho.

RUÍDO

Outro fator extremamente perceptível é o ruído, que é de�nido como qualquer mistura


de som que causa desconforto conforme a intensidade e o tempo de exposição,

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podendo chegar a perda audição irreversível.

Esses danos muitas vezes não chega a esse ponto porque os ruídos são os primeiros
fatores a serem percebidos e facilmente eveitados por meio de equipamentos de
proteção.

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O som da onda mecânica precisa do meio para se propagar

A utilização de protetor auricular, que pode ser interno, ou abafador durante a


operação de um trator sem cabine e com escape próximo operador, por exemplo, é
altamente recomendado e de uso obrigatório, pois permitirá uma tolerância maior e
não tão prejudicial á saúde do trabalhador. O ideal é que o próprio operador faça uso
do seu benefício, sem a necessidade de supervisão.

TEMPERATURA

O corpo humano possui uma temperatura em torno de 36 graus, pois realiza processos
térmicos o tempo inteiro e precisa liberar esse calor. 

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Desta forma, a regulação da temperatura deve ser um item importante na integridade


física do operador: cabines fechadas com climatização e o intervalo entre 19 e 24 graus
é o ideal para o organismo, podendo oscilar de modo que não exponha o operador a
diferentes temperaturas, muito altas ou mesmo muito baixas por longos períodos.

UMIDADE

A umidade relativa do ar entre 40 e 70% é satisfatório, pois umidades baixas causam


desidratação e acentuam problemas respiratórios. Já umidades altas geram
di�culdades na transpiração e desconforto térmico, in uenciando a sensação térmica.

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3176547/

ELEMENTOS SUSPENSOS NO AR

Elementos como poeira, nevoa e fumaça prejudicam a respiração e podem provocar


irritação na mucosa do trabalhador.

O uso de mascara é recomendado e pode solucionar esse problema, com a diminuição


do desconforto.

Em máquinas com cabines o problema é atenuado obviamente, mas deve-se observar


a existência da manutenção e troca o �ltro do ar condicionado.

Para aplicação de agrotóxico é obrigatório o uso desse EPI, não só a máscara, mas a
proteção de todo o corpo e deve possuir �ltro adequado, com a manutenção em dia e
trocado periodicamente.

ILUMINAÇÃO E VISIBILIDADE

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Quando a iluminação não é adequada, o operador se desloca continuamente no posto


de trabalho em busca de tentar enxergar melhor, sendo um fator de veri�cação
periódica.

Operações em algumas circunstâncias durante o dia podem ofuscar a visão do


trabalhador, principalmente na penumbra, quando o sol está nascendo ou quando o sol
está se pondo, podendo causar dano ao olho.

Para evitar esses efeitos deve-se usar o equipamento de proteção individual, tais como
óculos escuros com proteção ultravioleta.

O uso de cabine com vidro também a alternativa. Durante a noite, é necessário que os
tratores estejam equipados com faróis dianteiros e traseiros,  permitindo uma boa
visualização em todo o seu entorno, não só para frente.

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O tempo de resposta está associado a visibilidade, já que um tempo de resposta menor


pode gerar um acidente grave. E a iluminação noturna reduz o desgaste do operador e
permite que este enxergue distâncias mais longas e adequadas e evite a ocorrência de
acidentes.

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RESUMO

REGRAS BÁSICAS

• De�nir um bom alvo para o projeto;

• Determinar os objetivos do projeto;

• De�nir as avaliações, as atividades, as relações e as estimativas em termos de


tempo;

• Pouca despesa com pessoal;

• Relações favoráveis com os fornecedores;

• Aperfeiçoamento do pessoal;

• Bons registros.

• Fazer um esboço do calendário do projeto;

• Orientar as pessoas individualmente e enquanto equipa de projetos;

• Reforçar o empenhamento e o entusiasmo da equipa de projetos;

• Manter informadas todas as pessoas que estão ligadas ao projeto;

• Criar acordos que vitalizem os membros da equipa;

• Atribuir poderes a si próprio e aos outros membros da equipa de projetos;

• Encorajar as pessoas a correrem riscos e a serem criativos.

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ESTUDO DIRIGIDO

RESPONDA EM SEU CADERNO

1)      Quais fatores externos podem in uenciar no operador de uma máquina agrícola?

2)      Comente sobre a evolução da mecanização agrícola.

3)      Do se trata ergonomia e qual seu objeto de estudo?

4)      Comente sobre as regulagens do trator e suas funções.

5)      Quais as principais causas dos acidentes com máquinas agrícolas?

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GLOSSÁRIO

Carpidora -   Máquina   agrícola   utilizada para cortar a massa   vegetal   localizada na


entrelinha de uma cultura. 

Carroça - Carro grosseiro de tração animal muito usado em pequenas propriedades


para transportar insumos, pequenos animais e produtos agrícolas, muitas vezes
também como meio de transporte de pessoas.

Charrete - Veículo em geral de duas rodas puxado por um ou mais animais geralmente
equinos e utilizado principalmente para o transporte de pessoas.

Plantadora -   Máquina agrícola que, quando acoplada a um trator agrícola, pode


introduzir no solo partes vegetativas de plantas, como toletes (ex.cana-de açúcar),
manivas (ex. mandioca) tubérculos (ex. batata).

Pulverizador - Máquina agrícola onde os líquidos são bombeados sob pressão através
de orifícios (bicos) e explodem ao serem lançados contra o ar, por descompressão.

Semeadora - Máquina agrícola que, quando acoplada a um trator agrícola, pode


introduzir no solo de sementes pequenas.

Transplantadora - Máquina agrícola que, quando acoplada a um trator agrícola, pode


introduzir no solo de plantas no estágio inicial (mudas). Ex: café, eucalipto e outras que
utilizam mudas.

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MECANIZAÇÃO AGRÍCOLA

REFERÊNCIAS

COSTA, Diógenes da Silva; COSTA, Denis da Silva; SOUSA, Rosa Maria de Deus
de.Mecanização agrícola. 1. ed. Brasília: NT Editora, 2017.

REIS, A. V. dos; MACHADO, R. L. T., MACHADO, A. L. T. Acidentes com Máquinas


Agrícolas: cartilha para agricultores. Pelotas-RS: Ed. Universitária UFPEL, 2010. 48p.
Disponível em: http://wp.ufpel.edu.br/nimeq/�les/2011/04
/CartilhaAgricultoresInternet.pdf. Acesso em: 27 nov. 2021.

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