TD 3ºANO SOCRATES Platao ARISTO

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TD – 3º ANO (Prof.

Fernando Luiz) homem que possui conhecimentos


consideráveis em qualquer ramo do saber,
Platão, Aristóteles e Epicuro
nomeadamente gramática, astronomia,
Alun_: ______________________________ geometria, música, entre outras. O sofista era
alguém a que hoje chamaríamos de sábio.
Ensinavam tudo o que se podia ensinar, "tinham
01. Platão (428 a.C – 347 a.C) foi um filósofo a pretensão de formar homens completos,
grego, discípulo de Sócrates e mestre de habituados a todas as sutilezas do pensamento
Aristóteles. Muitas de suas ideias ainda hoje são refletido, hábeis em manejar a palavra,
muito estudadas. Destacam-se a sua teoria do corajosos e fortes na ação, dignos de todos os
mundo das ideias e o mito da caverna. triunfos, de todas as felicidades". Landormy
O mito da caverna, escrito por Platão para (1985:13).
explicar uma de suas principais teorias pode ser Texto retirado e adaptado de
encontrado no http://www.educ.fc.ul.pt/docentes/opombo/hfe/prota
goras/links/opos.htm em 05 de março de 2020.
A) livro Fedro.
Embora o texto traga uma visão positiva
B) livro Teeteto. sobre os sofistas em Atenas, Sócrates era um
C) livro Banquete. exímio crítico destes, pois

D) livro Fédon. A) não eram cidadãos atenienses como ele,


portanto, não deveriam ter o direito de ensinar.
E) livro A República.
B) acreditava que a mercantilização do saber
era imoral, além dos sofistas relativizarem a
02. (ENEM-2015) Trasímaco estava impaciente verdade.
porque Sócrates e os seus amigos presumiam C) rivalizavam no atendimento da demanda da
que a justiça era algo real e importante. educação dos filhos dos importantes e ricos
Trasímaco negava isso. Em seu entender, as cidadãos.
pessoas acreditavam no certo e no errado
apenas por terem sido ensinadas a obedecer às D) ele sabia que era o mais sábio da cidade,
regras da sua sociedade. No entanto, essas tendo, portanto, uma rixa com os falsos sábios.
regras não passavam de invenções humanas. E) entendia a complexidade da multiplicidade
RACHELS, J. Problemas da filosofia. Lisboa: Gradiva, das ideias diante da unidade das coisas,
2009 enquanto que os sofistas não.
O sofista Trasímaco, personagem
imortalizado no diálogo A República, de Platão,
04. (ENEM 2016) – Estamos, pois, de acordo
sustentava que a correlação entre justiça e ética
quando, ao ver algum objeto, dizemos: “Este
é resultado de:
objeto que estou vendo agora tem tendência
A) determinações biológicas impregnadas na para assemelhar-se a um outro ser, mas, por ter
natureza humana defeitos, não consegue ser tal como o ser em
questão, e lhe é, pelo contrário, inferior”. Assim,
B) verdades objetivas com fundamento
para podermos fazer estas reflexões, é
anterior aos interesses sociais
necessário que antes tenhamos tido ocasião de
C) mandamentos divinos inquestionáveis conhecer esse ser de que se aproxima o dito
legados das tradições antigas objeto, ainda que imperfeitamente.
D) convenções sociais resultantes de PLATÃO. Fédon. São Paulo: Abril Cultural, 1972
interesses humanos contingentes Na epistemologia platônica, conhecer um
E) sentimentos experimentados diante de determinado objeto implica:
determinadas atitudes humanas A) estabelecer semelhanças entre o que é
observado em momentos distintos
03. (FLDJ-2020) Em Atenas, Sócrates não era B) comparar o objeto observado com uma
o único a filosofar. A cidade, com o seu descrição detalhada dele
esplendor cultural e regime democrático, atraía C) descrever corretamente as características do
a si estrangeiros que se davam pelo nome de objeto observado
sofistas.
D) fazer correspondência entre o objeto
A palavra sofista (em grego sophistes) observado e seu ser
deriva de sophia «sabedoria», e designa todo o
E) identificar outro exemplar idêntico ao decidem puni-los da forma mais cruel: dividem-
observado nos em dois. Por exemplo, é como se
pegássemos um ovo cozido e, com uma linha,
dividíssemos ao meio. Desta forma, até hoje as
05. (UECE-2019.1) “Talvez [...] a verdade nada metades separadas buscam reunir-se. Cada um
mais seja do que uma certa purificação das com saudade de sua metade, tenta juntar-se
paixões e seja, portanto, a temperança, a novamente a ela, abraçando-se, enlaçando-se
justiça, a coragem; e a própria sabedoria não um ao outro, desejando formar um único ser.
seja outra coisa do que esse meio de PLATÃO. O banquete. São Paulo: Nova Cultural,
purificação.” 1987.
PLATÃO. Fédon, 69b-c, adaptado. No trecho da obra O banquete, Platão
Nessa fala de Sócrates, a “purificação” das explicita, por meio de uma alegoria, o:
paixões ocorre na medida em que a alma se A) bem supremo como fim do homem.
afasta do corpo pela “força” da sabedoria. Com
base nisso, assinale a afirmação FALSA. B) prazer perene como fundamento da
felicidade.
A) As virtudes são a eliminação das paixões
através da sabedoria. C) ideal inteligível como transcendência
desejada.
B) Temperança, justiça e coragem resultam da
purificação das paixões. D) amor como falta constituinte do ser humano.
C) A sabedoria é a potência da alma pela qual E) autoconhecimento como caminho da
as virtudes se constituem. verdade.
D) A alma atinge a verdade através da virtude da
sabedoria. 08. (UECE-2019-2) Leia, abaixo, uma
passagem do diálogo de Platão, intitulado
Fédon, em que Sócrates expõe a Símias sua
06. (FLDJ-2020) Os andróginos tentaram teoria da verdade:
escalar o céu para combater os deuses. No
entanto, os deuses em um primeiro momento “SÓCRATES – Quando é que a alma atinge
pensam em matá-los de forma sumária. Depois a verdade? Temos de um lado que, quando ela
decidem puni-los da forma mais cruel: dividem- deseja investigar com a ajuda do corpo qualquer
nos em dois. questão que seja, o corpo, é claro, a engana
radicalmente.
Por exemplo, é como se pegássemos um
ovo cozido e, com uma linha, dividíssemos ao SÍMIAS – Dizes uma verdade.
meio. Desta forma, até hoje as metades SÓCRATES – Não é, pois, no ato de
separadas buscam reunir-se. Cada um com raciocinar, e não de outro modo, que a alma
saudade de sua metade, tenta juntar-se apreende, em parte, a realidade de um ser?
novamente a ela, abraçando-se, enlaçando-se
um ao outro, desejando formar um único ser. SÍMIAS – Sim”.
PLATÃO. O banquete. São Paulo: Nova Cultural, PLATÃO. Fédon, 65b-c. Tradução de Jorge
1987. Paleikat e João da Cruz Costa. São Paulo: Abril
Cultural, 1972. Coleção Os Pensadores.
No trecho citado acima:
Com base nessa passagem do diálogo, é
A) Sócrates, n’O Banquete, explica a natureza correto afirmar que
do Amor.
A) o que é verdadeiro para o pensamento é
B) Aristófanes, n’O Banquete, explica a verdadeiro para a sensibilidade.
natureza do Desejo.
B) o que é verdadeiro para a sensibilidade é
C) Pode-se perceber que o Ódio e a Ganância verdadeiro no real, no ser.
têm naturezas iguais.
C) o que é verdadeiro para o pensamento é
D) Pausânias explica a origem da verdadeiro no real, no ser.
homoafetividade.
D) sensibilidade e pensamento atingem ambos
a verdade do ser, do real.
07. (ENEM-2016) Os andróginos tentaram
escalar o céu para combater os deuses. No
entanto, os deuses em um primeiro momento 09. (UEPA-2015) Platão: A massa popular é
pensam em matá-los de forma sumária. Depois assimilável por natureza a um animal escravo de
suas paixões e de seus interesses passageiros, completo, as quais, no seu entender, esgotam o
sensível à lisonja, inconstante em seus amores conhecimento acerca do mundo.
e seus ódios; confiar-lhe o poder é aceitar a
D) O discurso platônico tem a mesma natureza
tirania de um ser incapaz da menor reflexão e do
do discurso religioso, pois o conhecimento
menor rigor.
filosófico modifica-se segundo as habilidades e
Quanto às pretensas discussões na a argúcia dos filósofos.
Assembleia, são apenas disputas contrapondo
E) A poesia rimada é o veículo de difusão das
opiniões subjetivas, inconsistentes, cujas
ideias platônicas, sendo a filosofia uma
contradições e lacunas traduzem bastante bem
sabedoria alcançada na velhice e ensinada
o seu caráter insuficiente.
pelos mestres aos discípulos.
CHATELET, F. História das Ideias Políticas. Rio de
Janeiro: Zahar, 1997, p. 17

Os argumentos de Platão, filósofo grego da 11. (FLDJ-2020) Somos seres sociais por
antiguidade, evidenciam uma forte crítica à: natureza, precisamos viver em sociedade para
nos desenvolver, sendo assim, essa sociedade
A) oligarquia precisa nos mostrar bons exemplos, para termos
B) república no que nos espelhar, já que um bom caráter se
faz com a aprendizagem de bons valores
C) democracia (virtudes) para que nos habituemos ao que é
D) monarquia correto e possamos buscar a felicidade.
E) plutocracia Esse pensamento está corretamente ligado
à:
A) Platão
10. (UNESP-2009) O que é terrível na escrita é
sua semelhança com a pintura. As produções da B) Heráclito
pintura apresentam-se como seres vivos, mas C) Parmênides
se lhes perguntarmos algo, mantêm o mais
solene silêncio. D) Aristóteles
O mesmo ocorre com os escritos: E) Diógenes Laércio
poderíamos imaginar que falam como se
pensassem, mas se os interrogarmos sobre o
que dizem (…) dão a entender somente uma 12. (Enem-2013) A felicidade é, portanto, a
coisa, sempre a mesma (…) E quando são melhor, a mais nobre e a mais aprazível coisa do
maltratados e insultados, injustamente, têm mundo, e esses atributos não devem estar
sempre a necessidade do auxílio de seu autor separados como na inscrição existente em
porque são incapazes de se defenderem, de Delfos “das coisas, a mais nobre é a mais justa,
assistirem a si mesmos. e a melhor é a saúde; porém a mais doce é ter o
que amamos”. Todos estes atributos estão
Platão, Fedro ou Da beleza. São Paulo; Guimarães,
1998 presentes nas mais excelentes atividades, e
entre essas a melhor, nós a identificamos como
Nesse fragmento, Platão compara o texto felicidade.
escrito com a pintura, contrapondo-os à sua
ARISTÓTELES. A Política. São Paulo: Cia. das
concepção de filosofia. Letras, 2010.
Assinale a alternativa que permite concluir, Ao reconhecer na felicidade a reunião dos
com apoio do fragmento apresentado, uma das mais excelentes atributos, Aristóteles a identifica
principais características do platonismo. como:
A) A forma de exposição da filosofia platônica A) plenitude espiritual e ascese pessoal.
é o diálogo, e o conhecimento funda-se no rigor
interno das argumentações, produzido e B) busca por bens materiais e títulos de nobreza.
comprovado pela confrontação dos discursos. C) finalidade das ações e condutas humanas.
B) O platonismo se vale da oratória política, sem D) conhecimento de verdades imutáveis e
compromisso filosófico com a busca da verdade, perfeitas.
mas dirigida ao convencimento dos governantes
das Cidades. E) expressão do sucesso individual e
reconhecimento público.
C) Platão constrói o conhecimento filosófico por
meio de pequenas sentenças com sentido
13. (UECE-2019.1) Se na Ética a Nicômaco ser vivo político (zoon politikon). [...] Além disso,
Aristóteles visa encaminhar o indivíduo à a polis é anterior à família e a cada um de nós,
felicidade, na Política ele tem por finalidade individualmente considerado; é que o todo é,
alcançar o bem comum, o bem-viver. Por isso, necessariamente, anterior à parte. [...] É
ele compreende que a origem da polis está na evidente que a polis é, por natureza, anterior ao
necessidade natural do homem em buscar a indivíduo; como um indivíduo separado não é
felicidade. A comunidade natural mais incipiente autossuficiente, ele permanece em relação à
é a família, na qual seus membros se unem para cidade como uma parte em relação ao todo.
facilitar as atividades básicas de sobrevivência. Quem for incapaz de ser em comunidade ou que
E várias famílias se ligam para formar a aldeia. não sente essa necessidade por causa de sua
E as aldeias se juntam para instituir a polis. autossuficiência será um bicho ou um deus; e
não faz parte de qualquer polis”.
Sobre isso, é correto afirmar que
ARISTÓTELES. Política, 1252a1; 1253a5-30 –
A) o homem não é naturalmente um animal Texto adaptado.
político, mas é, por natureza, um membro da
família. Com base na citação acima, é correto
afirmar que, para Aristóteles,
B) a polis não é uma noção artificial, mas natural,
pois é o lugar do homem desenvolver as suas A) a satisfação dos interesses individuais e
potencialidades em vista ao bem-viver. familiares constituem o fundamento e a
finalidade da polis.
C) a felicidade do homem está nas condições
que permitem sua sobrevivência no âmbito da B) a comunidade política tem como fim último
família. impedir a autossuficiência dos indivíduos e das
famílias.
D) a polis se constitui independente das famílias
e das aldeias, pois é a única comunidade natural C) a vida comum é o fundamento da vida
a que o homem pertence. individual e familiar e só ela pode ser
autossuficiente.
D) embora seja um ser vivo político, o homem
14. (UECE-2019.1) “Chamo de princípio de pode viver sozinho como os deuses e os bichos.
demonstração às convicções comuns das quais
todos partem para demonstrar: por exemplo,
que todas as coisas devem ser afirmadas ou 16. (UECE-2019.2) “O homem é no sentido
negadas e que é impossível ser e não ser ao mais literal do termo um zoon politikon, não só
mesmo tempo.” um animal social, mas animal que só pode
ARISTÓTELES. Metafísica, 996b27-30. isolar-se em sociedade. A produção do indivíduo
isolado fora da sociedade [...] é uma coisa tão
Em sua Metafísica, Aristóteles apresenta absurda como o desenvolvimento da linguagem
um conjunto de princípios lógico-metafísicos que sem indivíduos que vivam juntos e falem entre
ordenam a realidade e nosso conhecimento si.”
acerca dela. Dentre eles está o princípio de não
contradição, o qual MARX, Karl. Introdução à crítica da economia
política. Trad. Edgard Malagodi et al. São Paulo:
A) indica que afirmações contraditórias são Abril Cultural, 1982, p. 3-4. Texto modificado.
lógica e metafisicamente aceitáveis, pois a Com base nessa passagem, é correto
contradição faz parte da realidade. afirmar que, para Marx,
B) estabelece que é possível que as coisas que A) o isolamento individual do homem se torna
tenham tais e tais características não as tenham impossível, pois significaria ele ser e viver fora
ao mesmo tempo sob as mesmas de sociedade.
circunstâncias.
B) é nas relações sociais dos homens entre si
C) afirma que é impossível que as coisas que que estes se individualizam e unicamente nelas
tenham tais e tais características não as tenham podem isolar-se.
ao mesmo tempo sob as mesmas
circunstâncias. C) a vida social se estabelece a partir de
indivíduos isolados; por isso, eles permanecem,
D) é normativo, ou moral; portanto, deve ser nela, isolados.
rejeitado como antimetafísico, ou seja, não
caracteriza a realidade. D) só há linguagem porque os homens deixaram
de ser indivíduos isolados em natureza e se
pactuaram entre si.
15. (UECE-2019.2) Toda polis é uma forma de
comunidade. [...] O homem é, por natureza, um
17. (UEL-2011) Aristóteles, no Livro IV da Aristóteles, de fato, chama o ser da potência até
Metafísica, defende o sentido epistêmico do mesmo de não-ser, no sentido de que, com
princípio de não contradição como o princípio relação ao ser-em-ato, o ser-em-potência é não-
primário, incondicionado e absolutamente ser-em-ato.
verdadeiro da “ciência das causas primeiras”, ou REALE, Giovanni. História da Filosofia Antiga.
melhor, o princípio que se apresenta como Vol. II. Trad. de Henrique Cláudio de Lima Vaz e
fundamento último (ou primeiro) de justificação Marcelo Perine. São Paulo: Loyola, 1994, p. 349.
para qualquer enunciado declarativo em sua A partir da leitura do trecho acima e em
pretensão de verdade. “É impossível que o conformidade com a Teoria do Ato e Potência de
mesmo atributo pertença e não pertença ao Aristóteles, assinale a alternativa correta.
mesmo tempo ao mesmo sujeito, e na mesma
relação. […] Não é possível, com efeito, A) Para Aristóteles, ser-em-ato é o ser em sua
conceber alguma vez que a mesma coisa seja e capacidade de se transformar em algo diferente
não seja, como alguns acreditam que Heráclito dele mesmo, como, por exemplo, o mármore
disse […]. É por esta razão que toda (ser-em-ato) em relação à estátua (ser-em-
demonstração se remete a esse princípio como potência).
a uma última verdade, pois ela é, por natureza, B) Segundo Aristóteles, a teoria do ato e
um ponto de partida, a mesma para os demais potência explica o movimento percebido no
axiomas.” mundo sensível. Tudo o que possui matéria
(ARISTÓTELES. Metafísica. Livro IV, 3, 1005b apud possui potencialidade (capacidade de assumir
FARIA, Maria do Carmo B. de. Aristóteles: a ou receber uma forma diferente de si), que tende
plenitude como horizonte do ser. São Paulo:
a se atualizar (assumindo ou recebendo aquela
Moderna, 1994. p. 93.)
forma).
C) Para Aristóteles, a bem da verdade, existe
Com base nos textos e nos conhecimentos apenas o ser-em-ato. Isto ocorre porque o
sobre Aristóteles, é correto afirmar: movimento verificado no mundo material é
A) Com o princípio de não contradição, torna- apenas ilusório, e o que existe é sempre
se possível conceber que, se existem duas imutável e imóvel.
coisas não idênticas, qualquer predicado que se D) Segundo Aristóteles, o ato é próprio do
aplicar a uma delas também poderá ser aplicado mundo sensível (das coisas materiais) e a
necessariamente à outra. potência se encontra tão-somente no mundo
B) Nas demonstrações sobre as realidades inteligível, apreendido apenas com o intelecto.
suprassensíveis, é possível conceber que
propriedades contrárias subsistam
simultaneamente no mesmo sujeito, sem que 19. (UEL-2015) É pois manifesto que a ciência
isso incorra em contradição lógica, ontológica e a adquirir é a das causas primeiras (pois
epistêmica. dizemos que conhecemos cada coisa somente
quando julgamos conhecer a sua primeira
C) Para que se possa fundamentar o estatuto causa); ora, causa diz-se em quatro sentidos: no
axiomático do princípio de não contradição, primeiro, entendemos por causa a substância e
exige-se que sua evidência, enquanto princípio a essência (o “porquê” reconduz-se pois à noção
primário, seja submetida à demonstração. última, e o primeiro “porquê” é causa e princípio);
D) Pelo princípio de não contradição, sustenta- a segunda causa é a matéria e o sujeito; a
se a tese heracliteana de que, numa enunciação terceira é a de onde vem o início do movimento;
verdadeira, se possa simultaneamente afirmar e a quarta causa, que se opõe à precedente, é o
negar um mesmo predicado de um mesmo “fim para que” e o bem (porque este é, com
sujeito, em um mesmo sentido. efeito, o fim de toda a geração e movimento).
Adaptado de: ARISTÓTELES. Metafísica. Trad. De
E) Aqueles que sustentam, com Heráclito, Vincenzo Cocco. São Paulo: Abril S. A. Cultural,
conceber verdadeiramente que propriedades 1984. p.16. (Coleção Os Pensadores.)
contrárias podem subsistir e não subsistir no
mesmo sujeito opõem-se ao princípio de não Com base no texto e nos conhecimentos
contradição. sobre o tema, assinale a alternativa que indica,
corretamente, a ordem em que Aristóteles
apresentou as causas primeiras.
18. (UFU-2012) Em primeiro lugar, é claro que, A) Causa final, causa eficiente, causa material
com a expressão “ser segundo a potência e o e causa formal.
ato”, indicam-se dois modos de ser muito
diferentes e, em certo sentido, opostos. B) Causa formal, causa material, causa final e
causa eficiente.
C) Causa formal, causa material, causa mas que não se extinguem, pois são eternos,
eficiente e causa final. podendo reagrupar-se infinitamente.
D) Causa material, causa formal, causa II) Para Epicuro, a amizade se expressa,
eficiente e causa final. sobretudo, por meio do engajamento político
como forma de amar todos os homens
E) Causa material, causa formal, causa final e
representados pela pátria.
causa eficiente.
III) Epicuro, como seu mestre Demócrito, foi
ateu, considera que a crença nos deuses é o
20. (ENEM-2017-2ªap) Dado que, dos hábitos resultado da fantasia humana produzida pelo
racionais com os quais captamos a verdade, medo da morte.
alguns são sempre verdadeiros, enquanto
IV) Epicuro critica os filósofos que ficavam
outros admitem o falso, como a opinião e o
reclusos no jardim das suas academias e
cálculo, enquanto o conhecimento científico e a
ensinavam apenas para um grupo restrito de
intuição são sempre verdadeiros, e dado que
discípulos. Acredita que a filosofia deve ser
nenhum outro gênero de conhecimento é mais
ensinada nas praças públicas.
exato que o conhecimento científico, exceto a
intuição, e, por outro lado, os princípios são mais V) Para Epicuro, não devemos temer a morte,
conhecidos que as demonstrações, e dado que pois, enquanto vivemos, a morte está ausente e
todo conhecimento científico constitui-se de quando ela for presente nós não seremos mais;
maneira argumentativa, não pode haver portanto, a vida e a morte não podem encontrar-
conhecimento científico dos princípios, e dado se. Devemos exorcizar todo temor da morte e
que não pode haver nada mais verdadeiro que o sermos capazes de gozar a finitude da nossa
conhecimento científico, exceto a intuição, a vida.
intuição deve ter por objeto os princípios.
ARISTÓTELES. Segundos analíticos. In: REALE,
G. História da Filosofia Antiga. São Paulo: Loyola, 22. (ENEM-2014) Alguns dos desejos são
1994. naturais e necessários; outros, naturais e não
necessários; outros, nem naturais nem
Os princípios, base da epistemologia
necessários, mas nascidos de vã opinião. Os
aristotélica, pertencem ao domínio do(a)
desejos que não nos trazem dor se não
A) opinião, pois fazem parte da formação da satisfeitos não são necessários, mas o seu
pessoa. impulso pode ser facilmente desfeito, quando é
B) cálculo, pois são demonstrados por difícil obter sua satisfação ou parecem
argumento. geradores de dano.
EPICURO DE SAMOS. “Doutrinas principais”. In:
C) conhecimento científico, pois admitem SANSON, V. F. Textos de filosofia. Rio de Janeiro:
provas empíricas. Eduff, 1974.
D) intuição, pois ela é mais exata que o No fragmento da obra filosófica de Epicuro,
conhecimento científico. o homem tem como fim
E) prática de hábitos racionais, pois com ela se A) alcançar o prazer moderado e a felicidade.
capta a verdade.
B) valorizar os deveres e as obrigações sociais.
C) aceitar o sofrimento e o rigorismo da vida com
21. (UEM-2010) A filosofia de Epicuro (341 a resignação.
240 a.c.) pode ser caracterizada por uma
D) refletir sobre os valores e as normas dadas
filosofia da natureza e uma antropologia
pela divindade.
materialista; por uma ética fundamentada na
amizade e a busca da felicidade nos princípios E) defender a indiferença e a impossibilidade de
de autarquia (autonomia e independência do se atingir o saber.
sujeito) e de ataraxia (serenidade, ausência de
perturbação, de inquietação da mente).

Sobre a filosofia de Epicuro, assinale o que


for correto.
I) A filosofia de Epicuro fundamenta-se no
atomismo de Demócrito. Epicuro acredita que a
alma humana é formada de um agrupamento de
átomos que se desagregam depois da morte,

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