Faculdade Internacional de Teologia Evangélica
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APOSTILA DE SOCIOLOGIA
INTRODUÇÃO A SOCIOLOGIA
Para alguns, a Sociologia representa uma poderosa arma a serviço dos interesses dominantes;
para outros, é a expressão teórica dos movimentos revolucionários. Mas afinal, o que é
Sociologia ?
A Sociologia é uma ciência que estuda as sociedades humanas e os processos que interligam os
indivíduos em associações, grupos e instituições.
Dilthey estabeleceu uma distinção que fez fortuna: entre explicação (erklären) e compreensão
(verstehen). O modo explicativo seria característico das ciências naturais, que procuram o
relacionamento causal entre os fenômenos. A compreensão seria o modo típico de proceder
das ciências humanas, que não estudam fatos que possam ser explicados propriamente, mas
visam aos processos permanentemente vivos da experiência humana e procuram extrair deles
seu sentido. Os sentidos (ou significados) são dados, segundo Dilthey, na própria experiência
do investigador, e poderiam ser empaticamente apreendidospor outros em interação com
eleconforme a vivência de cada um. Dilthey (como Windelband e Rickert), contudo, foi
sobretudo filósofo e historiador e não, propriamente, cientista social, no sentido que a
expressão ganharia no século XX. Outros levaram o método da compreensão ao estudo de
fatos humanos particulares, constituindo diversas disciplinas compreensivas. Na sociologia, a
tarefa ficaria reservada a Max Weber.
Levando-se em conta os esforços realizados por tantos pensadores, desde a Antigüidade, para
entender a sociedade e o seu desenvolvimento, a Sociologia poderia ser considerada a mais
velha de todas as ciências, e a mais acolhedora. Tanto que hoje em dia praticamente todo
mundo é “sociólogo” — “porque todos estamos sempre analisando os nossos
comportamentos e as nossas experiências interpessoais”1 —, pois, até por razões emocionais,
de alguma forma nos acostumamos a contemplar e a dar palpite sobre os movimentos da
sociedade, as forças que conduzem os seres humanos, as razões dos conflitos sociais, as
origens da família, as relações entre Estado e Direito, o funcionamento dos sistemas políticos,
a função das ideologias e das religiões etc. Segundo esse raciocínio, podem ter sido sociólogos
os veneráveis santos Agostinho (Tagasta, Numídia ao norte da África, 354 – 430 ) e Tomás de
Aquino ( Campânia no sul da Itália, 1225 – 1274 ) e padre Antônio Vieira(Portugal em Lisboa,
1608 - 1697), que interpretavam a realidade social de acordo com os dogmas e interesses da
Igreja Católica, bem como os notáveis lbn Khaldun, historiador islâmico ( Tunísia, 1332 – 1406 )
e Maquiavel, que criticavam toda interpretação teológica da sociedade. Ibn Khaldun, é um
precursor das ciências sociais e é reconhecido como o historiador principal do mundo árabeem
seu tempo. Mas, o mundo árabe de então dominava também o Mediterrâneo, Espanha e
metade de Europa do leste. Éconsideradocomo hispânico-árabe pois sua família foi uma das
principais e mais antigas de Sevilha, embora tivesse nascido na Tunísia e morrido no Cairo. Era
diplomata e estadista, professor nas instituições precursoras do que hoje associamos a idéia
de universidade e magistratura. Sua obra mestra é “Muqaddimah” ou “introdução à história”,
que trata do mundo árabe e muçulmano. Entretanto, julgou necessário conformar uma teoria
da história e do seu método, e ao o fazê-lo, produziu um tratado que segundo alguns, como
Arnold Toynbee ( Inglaterra, 1889 – 1975 ) , «desarrolla una filosofía de la historia que es sin
duda lo más grandioso de su tipo jamás escrito, en cualquier tiempo o lugar».Mais do que um
tratado da história ou da sua filosofia, é um exemplo de um enfoque analíticosobre o
fenômeno social que hoje em dia nós chamamos Sociologia. O livro I de sua história é um
tratado geral da Sociologia; o II e o III são sobre a sociologia da política (o que hoje chamamos
de Ciência Política); o IV é sobre economia política e o V versa sobre educação e
conhecimento. Toda a obra está estruturada em torno de um conceito que chamou
“asabiyah”, ou coesão social. Este é o elemento ordenador do fenômeno social que surge
espontaneamente das relações entre as pessoas e os grupos, que pode ser conformado e
institucionalizado pela cultura e a religião, mas que também pode ser destruído ou debilitado
pela decadência. Ibn Khaldun é um precursor das ciências sociais modernas ao anunciar a
existência de determinada ordem social subjacente ao fenômeno político, econômico, legal e
moral. Em suas palavras, ao definir, o que viu como a ciência nova que chamou “im al umran”,
ou ciência da cultura: “Esta ciência tem seu próprio objeto de estudo, ou seja, a sociedade
humana, com seus
1 TURNER, 2000
problemas e suas mudanças que se sucedem conforme essa natureza própria da sociedade”.(
traduzido do artigo original em espanhol )
Revolução
Século / Ano
Iluminismo
Industrial
econômica
Francesa
política
O termo Sociologie foi cunhado por Auguste Comte, que esperava unificar todos os estudos
relativos ao homem — inclusive a História, a Psicologia e a Economia. Seu esquema sociológico
era tipicamente positivista, (corrente que teve grande força no século XIX), e ele acreditava
que toda a vida humana tinha atravessado as mesmas fases históricas distintas e que, se a
pessoa pudesse compreender este progresso, poderia prescrever os remédios para os
problemas de ordem social.
A Sociologia foi o resultado da união de inúmeros pensadores, nas diversas partes do mundo.
Alguns se conheciam, muitos outros nunca se viram. Uns complementando outros, até formar
o que conhecemos como ciência sociológica ou ciência da sociedade ou Sociologia. Destes
tantos, quatro pensadores foram responsáveis por estruturar os fundamentos da Sociologia
possibilitando criar três linhas mestras explicativas, fundadas por eles e aos quais iremos
estudar com mais profundidade:
2) a Sociologia Compreensiva iniciada por Max Weber( Alemanha, 1864 – 1920 ), de matriz
teórico-metodológica hermenêutico-compreensiva; e
3) a Sociologia dialética, iniciada por Karl Marx( Inglaterra, 1818 – 1883 ) que mesmo não
sendo um sociológo e sequer se pretendendo a tal, deu início a uma profícua linha de
explicação sociológica.
TEÓRICO
PRINCÍPIOS TEÓRICOS
AUGUSTE COMTE
Positivismo
ÉMILE DURKHEIM
MAX WEBER
Ação Social
KARL MARX
AUGUSTE COMTE
Ex: a explicação da queda de um objeto ou corpo: o primitivo explicaria a queda como uma
ação dos deuses; o metafísico Aristóteles explicaria a queda pela essência dos corpos pesados,
cuja natureza os faz tender para baixo, onde seria seu lugar natural; Galileu, espírito positivo,
não indagaria o porquê, não procuraria as causas primeiras e últimas, mas se contentaria em
descrever como o fenômeno da queda ocorre.
Não era apenas quanto ao método de investigação que a filosofia positivista se aproximava das
ciências da natureza. A própria sociedade foi concebida como um organismo constituído de
partes integradas e coesas que funcionavam harmonicamente, segundo um modelo físico ou
mecânico. Por isso o positivismo foi chamado também de organicismo.
CARACTERÍSTICAS DO POSITIVISMO
A realidade é formada por partes isoladas, de fatos atômicos; a explicação dos fenômenos se
dá através da relação entre eles; não se interessa pelas causas, mas pelas relações entre os
fenômenos; rejeição ao conhecimento metafísico; há somente um método para a investigação
dos dados naturais e sociais. Tanto um quanto outro são regidos por leis invariáveis.
Em sua Lei dos três estados ou estágios do desenvolvimento intelectual, Comte teoriza que o
desenvolvimento intelectual humano havia passado historicamente primeiro por um estágio
teológico, em que o mundo e a humanidade foram explicados nos termos dos deuses e dos
espíritos; depois através de um estágio metafísico transitório, em que as explanações estavam
nos termos das essências, de causas finais, e de outras abstrações; e finalmente para o estágio
positivo moderno. Este último estágio se distinguia por uma consciência das limitações do
conhecimento humano.
Estado Teológico
Estado Metafísico
Estado Positivo
- tudo tem origem no sobrenatural - época dos sacerdotes e militares - domínio da organização
militar
- tudo tem origem na razão, na natureza e em forças misteriosas| - época jurídica - prevalece a
organização jurídica
Comte tentou também uma classificação das ciências; baseada na hipótese que as ciências
tinham se desenvolvido a partir da compreensão de princípios simples e abstratos, para daí
chegarem à compreensão de fenômenos complexos e concretos.
Embora não fosse dele o conceito de sociologia ou da sua área de estudo, Comte ampliou seu
campo e sistematizou seu conteúdo. Dividiu a Sociologia em dois campos principais: Estática
social, ou o estudo das forças que mantêm unida a sociedade; e Dinâmica social, ou o estudo
das causas das mudanças sociais.
O estudo da estática social deve ser iniciado com o entendimento do Consenso Social, que é a
interdependência social ou interpenetração dos fenômenos sociais. Segundo Comte os
fenômenos sociais só podem ser estudados em conjunto porque eles são fundamentalmente
conexos. E é pelo Consenso Social que pode existir a Harmonia Social.
A sociedade é composta de unidades chamadas de células sociais. Essas células são famílias e
não indivíduos. A família, portanto, é a verdadeira unidade social por ser a associação mais
espontânea que existe. Ela é a fonte espontânea da educação moral e constitui a base natural
da organização política.
A sociedade deve ser organizada com base no "organismo doméstico", que tem como
características principais:
Toda sociedade deve possuir uma ordem, proveniente dos instintos sociais do indivíduo e que
se manifesta através da família. Essa ordem exige, para sua sobrevivência, de uma autoridade.
Na família essa autoridade é o marido e na sociedade é o governo. Não há sociedade sem
governo, nem governo sem sociedade.
As forças sociais que determinam as estruturas sociais são a material, a intelectual e a moral. A
organização social baseia-se na divisão do trabalho social e na combinação de esforços.
Todo estado social é uma conseqüência do passado e uma preparação para o futuro. Não há
espaço para quaisquer vontades superiores. As leis que regem o estado social são leis análogas
às leis biológicas. E exatamente por essa analogia conclui-se que a humanidade caminha para a
completa autonomia, o que ocorrerá quando for ultrapassada a sua etapa metafísica.
Mas nada é eterno! A evolução da sociedade, da mesma forma que no indivíduo, leva-a para o
inevitável caminho da decadência final.
No início a humanidade assumiu a fase teológica ou fictícia, que foi uma fase provisória, mas o
ponto de partida necessário para todo o processo cultural.
A segunda fase é a metafísica ou abstrata, que é transitória, onde os agentes sobrenaturais são
substituídos por força abstratas, entendidas como seres do mundo.
A terceira fase é a positiva, científica ou real, que é a fase definitiva da humanidade, quando o
homem descobre a impossibilidade de obter conhecimentos absolutos e desiste de indagar
sobre a origem e a finalidade do universo, assim como sobre as causas íntimas dos fenômenos.
O homem passa a se preocupar apenas em descobrir as leis efetivas que estabelecem as
relações invariáveis de sucessão e semelhança. Estuda-se as leis a abandona-se a pesquisa das
causas.
ÉMILE DURKHEIM
Durkheim viveu numa época de grandesconflitos sociais entre a classe dos empresários e a
classe dostrabalhadores. É também uma época em que surgem novos problemassociais como
favelas, suicídios, poluição, desemprego etc.No entanto, o crescente desenvolvimento da
indústria e tecnologiafez com que Durkheim tivesse uma visão otimista sobreo futuro cio
capitalismo. Ele pensava que todo o progresso desencadeadopelo capitalismo traria um
aumento generalizado dadivisão do trabalho social e, por conseqüência, da
solidariedadeorgânica, a ponto do fazer com que a sociedade chegasse a umestágio sem
conflitos e problemas-sociais.
Tal forma de pensar o progresso de um jeito positivo fezcom que Durkheim concluísse que os
problemas sociais entreempresários e trabalhadores não se resolveriam dentro de umaLUTA
POLÍTICA, e, sim, através da CIENCIA, ou melhor, daSOCIOLOGIA. Esta seria, então, a tarefa da
SOCIOLOGIA:compreender o funcionamento da sociedadecapitalista de modo objetivo para
observar,compreender e classificar as leis sociais, descobriras que são falhas e corrigi-las por
outras mais eficientes.
Ao refletir sobre a sociedade, Durkheim começou a elaborar algumas questões que orientaram
seu trabalho:
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Uma outra preocupação de Durkheim, assim como outros pensadores, era aformação de uma
ciência social desvinculada das Ciências Naturais. Além disso na emergência do proletariado,
era preciso encontrar formas de controle de tal forma que o indivíduo se integre à ordem. Este
princípio será aplicado na educação. A contribuição de Durkheim foi de importância
fundamental para que a Sociologia adquirisse o status de ciência, pois ele estuda a sociedade e
separa os fenômenos sociais da Psicologia, construindo um Objeto e um Método. Na obra ‘As
regras do Método Sociológico’ publicada em 1895, definiu o método a ser usado pela
Sociologia e as definições e parâmetros para a Sociologia tornar-se uma ciência, separada da
Psicologia e Filosofia. Ele formulou o tipo de acontecimentos sobre os quais o sociólogo
deveria se debruçar : os fatos sociais. Estes constituiriam o objeto da Sociologia. MÉTODO
SOCIOLÓGICO DE ÉMILE DURKHEIM 1º Regra do Método : tratar o FATO SOCIAL como Coisa.
Para Émile Durkheim, fatos sociais são maneiras de agir, pensar e sentir exteriores ao
indivíduo, dotadas de um poder coercitivo e compartilhadas coletivamente. Variam de cultura
para cultura e tem como base a moral social, estabelecendo um conjunto de regras e
determinando o que é certo ou errado, permitido ou proibido. Não podem ser confundidos
com os fenômenos orgânicos nem com os psíquicos, constituem uma espécie nova de fatos.
Trés são as características que Durkheim distingue nos Fatos Sociais :
e do
Individual / Emocional
Fato Individual
Determinação biológica
Fato Orgânico
FATO SOCIAL
É coletivo
É representação
Representação
Coletiva
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Os fatos sociais deveriam ser encarados como coisas, isto é, objetos que, lhe sendo exteriores,
poderiam ser medidos, observados e comparados independentemente do que os indivíduos
pensassem ou declarassem a seu respeito. Para se apoderar dos fatos sociais, o cientista deve
identificar, dentre os acontecimentos gerais e repetitivos, aqueles que apresentam
características exteriores comuns.
Por que considerar o Fato Social como coisa ? Para afastar os pré-conceitos, as pré-noções e o
individualismo ou seja, seus valores e sentimentos pessoais em relação ao acontecimento a ser
estudado. Como se reconhece um fato social? Pelo poder de coerção que exerce ou que pode
exercer sobre os indivíduos, identificado pelas sanções ou resistências a alguma atitude
individual contrária e quando é exterior a ele. Ex: se um aluno chega no colégio de roupa de
praia, ele estará em desacordo com a regra e sofrerá sanção por isso, seja voltar para casa ou
uma advertência por escrito. O social é o entre nós. Onde se dá a interação, troca.
As transformações que se produzem no meio social, sejam quais forem as causas repercutem
em todas as direções do organismo social e não podem deixar de afetar mais ou menos, todas
as suas funções.
Durkheim não aceita a idéia que diz ser o social formado de processos psíquicos. Durkheim
afirma que o social não pertence a nenhum indivíduo mas ao grupo que sofre pressões e
sansões sendo obrigado a aceitá-lo.
Partindo do princípio de que o objetivo máximo da vida social é promover a harmonia da
sociedade consigo mesma e com as demais sociedades, e que essa harmonia é conseguida
através do consenso social, a ‘saúde’ do organismo social se confunde com a generalidade dos
acontecimentos e com a função destes na preservação dessa harmonia, desse acordo coletivo
que se expressa sob a forma de sanções sociais.
Portanto, normal é aquele fato que não extrapola os limites dos acontecimentos mais gerais
de uma determinada sociedade e que reflete os valores e as condutas aceitas pela maior parte
da população. Patológico é aquele que se encontra fora dos limites permitidos pela ordem
social e pela moral vigente.
Fato Social
existe ANTES
Indivíduo
Fato Social
existe DEPOIS
Indivíduo
entre
social
Indivíduo
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-conceber significa antecipar uma idéia, sem saber ao certo o que é. Ex: naquela escola,
dizem, o ensino é fraco; escola pública é sinônimo de má qualidade no ensino; todo político é
corrupto, acho que Roberto gosta de vinho suave.
2º) Os fatos sociais devem ser explorados de acordo com os seus aspectos gerais e comuns,
evitando suas manifestações individuais.Ex: Aspectos gerais da dengue: A dengue é uma
doença febril aguda, causada por vírus, de evolução benigna, na forma clássica, e, grave,
quando se apresenta na forma hemorrágica. A manifestação individual da dengue varia de
pessoa para pessoa. Uma pessoa pode ter dengue hemorrágica enquanto outra pode ter
dengue simples. 3º) Para explicar um fenômeno social devemos separar dois estudos: o da sua
causa e o da sua função.Ex: qual a função do professor na escola? Qual é a causa do
desinteresse do aluno pelo conteúdo oferecido na escola? 4º) A pesquisa da causa que
determina o fato social deve ser feita entre os fatos sociais anteriores e nunca entre os estados
de consciência individual. Ex: em dada comunidade, há histórico de violência doméstica. Os
relatos anteriores e atuais, determinaram ser a violência doméstica um fato social naquela
comunidade e não somente um caso isolado ou individual. 5º) Devemos buscar a origem
primeira de todo processo social de alguma importância na constituição do meio social
interno. Meio social interno é a família, grupo da escola, o ambiente em que a pessoa se
desenvolve. A interação entre a pessoa e o meio ambiente representa a dinâmica da vida. É
um processo de ação e reação a estímulos positivos ou não e que serão responsáveis pelo
despertar ou bloqueio das potencialidades da pessoa. Processo social é qualquer mudança ou
interação social em que é possível destacar uma qualidade ou direção contínua ou constante.
Produz aproximação( cooperação, acomodação, assimilação ) ou afastamento ( competição,
conflito ). O Todo se manifesta numa parte. O Todo é mais do que a soma das partes, porque a
consciência coletiva passa pela individualidade mas vai além desta individualidade. Em seu
livro ‘Da divisão do trabalho social’ de 1893, Durkheim reconhecia a existência de duas
consciências. Segundo ele : "...em cada uma de nossas consciências há duas consciências: uma,
que é conhecida por todo o nosso grupo e que, por isso, não se confunde com a nossa, mas
sim com a sociedade que vive e atua em nós; a outra, que reflete somente o que temos de
pessoal e de distinto, e que faz de nós um indivíduo. Há aqui duas forças contrárias, uma
centrípeta e outra centrífuga, que não podem crescer ao mesmo tempo".
Para Durkheim, osocial é modelado pela Consciência Coletiva3, que é uma realidade social
resultante do contato social. Essa consciência difere da consciência individual4, pertencendo a
todos
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Para Durkheim, a Sociologia deveria ter ainda por objetivo comparar as diversas sociedades.
Constituiu assim o campo da morfologia social ou seja, a classificação das espécies sociais.
Basta uma rápida observação do contexto histórico do século XIX, para se perceber que as
instituições sociais se encontravam enfraquecidas, havia muito questionamento, valores
tradicionais eram rompidos e novos surgiam, muita gente vivendo em condições miseráveis,
desempregados, doentes e marginalizados.
Ora, numa sociedade integrada essa gente não podia ser ignorada, de uma forma ou de outra,
toda a sociedade estava ou iria sofrer as consequências.
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Frente a patologia social (regras sociais falhas), cabeà Sociologia captar suas causas,
procurando evitar a anomia(crise total), através da criação de uma nova moral social que
supere a velha moral deficiente.
Na tentativa de “curar” a sociedade da anomia, Durkheim escreve em seu livro “Da divisão do
trabalho social”, sobre a necessidade de se estabelecer uma solidariedade orgânica entre os
membros da sociedade. A solução estaria em, seguindo o exemplo de um organismo biológico,
onde cada orgão tem uma função e depende dos outros para sobreviver, cada membro da
sociedade exercer uma função na divisão do trabalho.
Quando a consciência coletiva é abalada, a punição deve ser aplicada. O indivíduo deve seguir
a consciência coletiva, as regras.
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Os membros da sociedade em que domina a Solidariedade Mecânica estão unidos por laços de
parentesco.
O meio natural e necessário a essa sociedade é o meio natal, onde o lugar de cada um é
estabelecido pela consangüinidade e a estrutura dessa sociedade é simples.
Na solidariedade mecânica, o direito é repressivo ( Penal ). Crime é tudo aquilo que diz
respeito a consciência coletiva, ao consenso. O crime é, o rompimento de uma solidariedade
social. Todo ato criminoso é criminoso porque fere a consciência comum, que determina as
formas de solidariedade necessárias ao grupo social.
Não reprovamos uma coisa porque é crime, mas sim é crime porque a reprovamos. A
solidariedade social representada pelo Direito Penal é a mais elementar, espontânea e forte.
É fruto das diferenças sociais, já que são essas diferenças que unem os indivíduos pela
necessidade de troca de serviços e pela sua interdependência. Os membros da sociedade onde
predomina a Solidariedade Orgânica estão unidos em virtude da divisão do trabalho social.
O meio natural e necessário a essa sociedade é o meio profissional, onde o lugar de cada um é
estabelecido pela função que desempenha e a estrutura dessa sociedade é complexa. O
indivíduo, nessa sociedade é socializado porque, embora tenha sua individualidade
profissional, depende dos demais e por conseguinte, da sociedade resultante dessa união.
Os costumes são a fonte do direito, mas tudo aquilo que é mais importante para a consicência
coletiva, torna-se direito, regra.
Podemos tornar estes conceitos mais fáceis de serem entendidosa partir de um exemplo:
imaginemos um professor quenecessite formar grupos para desenvolver o tema da aula. O
professorpode querer a formação dos grupos a partir de doiscritérios: ele pode pedir nos
alunos que formem grupos
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livremente,a partir da amizade existente entre eles. Uma segundaopção é pedir aos alunos
para formarem grupos de forma queem cada um dos grupos fique uma pessoa que saiba
datilografia,uma outra que saiba desenhar, outra que tenhaexperiência de redação, e, por fim,
uma que domine bem oconteúdo das aulas que seja o coordenador do grupo.
No primeiro caso, o que uniu os alunos no grupo foi umsentimento, a amizade, de onde
teríamos a solidariedade mecânica.No segundo caso, o que uniu os alunos emgrupo foi a
dependência que cada um tinha da atividade dooutro: a união foi dada pela especialização das
funções, de ondeteríamos a solidariedade orgânica.
No grupo formado por amigos, podeacontecer que um elemento discorde muito das opiniões
deoutro; este fato pode trazer um conflito que põe em risco aexistência do grupo. Nesse caso,
os elementos devem agir doacordo com as idéias comuns do grupo, e não a partir das
suaspróprias idéias. Já no grupo onde a união dá-se pela atividadeespecializada, a
individualidade é ressaltada, pois, dentro da suaatividade, cada um age como bem entende, e
aí a divergênciade opiniões não põe em causa a existência do grupo.
MAX WEBER
Max Weber nasceu e teve sua formação intelectual no período em que as primeiras disputas
sobre a metodologia das ciências sociais começavam a surgir na Europa, sobretudo em seu
país, a Alemanha. Filho de uma família da alta classe média, Weber encontrou em sua casa
uma atmosfera intelectualmente estimulante. Seu pai era um conhecido advogado e desde
cedo orientou-o no sentido das humanidades. Weber recebeu excelente educação secundária
em línguas, história e literatura clássica. Em 1882, começou os estudos superiores em
Heidelberg; continuando-os em Göttingen e Berlim, em cujas universidades dedicou-se
simultaneamente à economia, à história, à filosofia e ao direito.
AÇÃO
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Para Weber a sociedade não seria algo exterior e superior aos indivíduos, como em Durkheim.
Para ele, a sociedade pode ser compreendida a partir do conjunto das ações individuais
reciprocamente referidas. Por isso, Weber define como objeto da sociologia a ação social. O
que é ação social? Para Weber ação social é qualquer ação que o indivíduo faz orientando-se
pela ação de outros. Por exemplo um eleitor. Ele define seu voto orientando-se pela ação dos
demais eleitores. Ou seja, temos a ação de um indivíduo, mas essa ação só é compreensível se
percebemos que a escolha feita por ele tem como referência o conjunto dos demais eleitores.
Assim, Weber dirá que toda vez que se estabelecer uma relação significativa, isto é, algum tipo
de sentido entre várias ações sociais, teremos então relações sociais. Aação social, é a conduta
humana dotada de sentido. O sentido motiva a ação individual. Para Weber, cada sujeito age
levado por um motivo que se orienta pela tradição, por interesses racionais ou pela
emotividade. O objetivo que transparece na ação social permite desvendar o seu sentido, que
é social na medida em que cada indivíduo age levando em conta a resposta ou reação de
outros indivíduos. A ação social gera efeitos sobre a realidade em que ocorre.
É o indivíduo que através dos valores sociais5 e de sua motivação, produz o sentido da ação
social. A transmissão destes valores comuns de uma geração para outra é chamada
socialização, que é uma forma inconsciente de coerção social.Ex. de valores sociais: respeito,
virgindade, honestidade, solidariedade, etc Só existe ação social quando o indivíduo tenta
estabelecer algum tipo de comunicação, a partir de suas ações, com os demais. A partir dessa
definição, Weber afirmará que podemos pensar em diferentes tipos de ação social,
agrupando-as de acordo com o modo pelo qual os indivíduos orientam suas ações. Assim, ele
estabelece tipos de ação social:
2. Ação carismática: inova e inobserva tradições. Funda-se na crença de ser seu autor dotado
de poderes sobre-humanos e sobrenaturais que agem, livremente, sem fazer caso de normas
estabelecidas ou de tradições, estabelecendo novas normas e criando tradições.
4. Ação social racional:determinada pelo cálculo racional que coloca fins e organiza os meios
necessários.
5Valores : níveis de preferência estabelecidos pelo ser humano para objetos, conhecimentos,
comportamentos ou sentimentos, tenham eles origem individual ou coletiva. Mas todos eles
geram algum tipo de conduta, isto é, servem de referência para a ação. É o valor moral,
ético.Os valores sociais são aqueles gerados por um grupo e que contribuem para sua
manutenção. Durkheim atribuiu aos valores a caracteristica de coerção social, ou seja, o poder
de induzir pessoas a um determinado comportamento.
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Weber afirma que a Ciência Social que ele pretende exercitar é uma “Ciência da Realidade”,
voltada para a compreensão da significação cultural atual dos fenômenos e para o
entendimento de sua origem histórica. O método compreensivo, defendido por Weber,
consiste em entender o sentido que as ações de um indivíduo contêm e não apenas o aspecto
exterior dessas mesmas ações.
Se, por exemplo, uma pessoa dá a outra um pedaço de papel, esse fato, em si mesmo, é
irrelevante para o cientista social. Somente quando se sabe que a primeira pessoa deu o papel
para a outra como forma de saldar uma dívida (o pedaço de papel é um cheque) é que se está
diante de um fato propriamente humano, ou seja, de uma ação carregada de sentido. O fato
em questão não se esgota em si mesmo e aponta para todo um complexo de significações
sociais, na medida em que as duas pessoas envolvidas atribuem ao pedaço de papel a função
do servir como meio de troca ou pagamento; além disso, essa função é reconhecida por uma
comunidade maior de pessoas.
CONHECIMENTO
O que é conhecimento?
gerações.
Ex: Tive a idéia de fazer um bolo. Não qualquer bolo. Escolhi fazer um bolo de chocolate. A
massa que saiu do forno é o produto da idéia que tive. Meus colegas Clóvis e Andréia, que
comeram o bolo, não pensaram, não tiveram a idéia, não racionalizaram criando a receita.
concreto: sujeito estabelece relação com objeto individual. Ex: conhecimento que temos de
alguém em particular.
abstrato: relação estabelecida com um objeto geral, universal. Ex: conhecimento que temos do
ser humano, como gênero.
portuguesa ).
TIPO IDEAL
O tipo ideal é uma construção do pensamento e sua característica principal é não existir na
realidade, mas servir de modelo para a análise de casos concretos, realmente existentes.
As construções de tipo ideal fazem parte do método tipológico criado por Max Weber. Ao
comparar fenómenos sociais complexos o pesquisador cria tipos ou modelos ideais,
construídos a partir de aspectos essenciais dos fenómenos.
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- Dominação legal: legitimada pelas leis a partir dos costumes e tornado possível pela
burocracia, trazendo a especialização e a organização racional e legal das funções.
BUROCRACIA
O estado moderno, com suas inúmeras atribuições, reclama a existência de uma ampla
estrutura organizacional, constituída por funcionários sujeitos à hierarquia e a regulamentos.
Nas ciências sociais, entretanto, a noção de burocracia define, por um lado, a estrutura
organizativa e administrativa das atividades coletivas, no campo público e privado, e, por
outro, o grupo social constituído pelos indivíduos dedicados ao trabalho administrativo,
organizado hierarquicamente, de forma que seu funcionamento seja estritamente regido por
rigorosas regras de caráter interno, emanadas da legislação administrativa geral.
Foi no século XVIII, com a crescente importância assumida pelos organismos administrativos,
que Jean-Claude Marie Vincent, senhor de Gournay, criou a palavra burocracia, a partir do
francês bureau, "escritório", e do grego kratia, "poder". Somente em fins do século XIX, o tema
passou a ser estudado dentro de uma perspectiva geral.
A divisão do trabalho em áreas especializadas é obtida pela definição precisa dos deveres e
responsabilidades de cada pessoa, considerada não individualmente, mas como um "cargo".
Essa definição de cargo delimita determinadas áreas de competência, que não podem ser
desrespeitadas em nenhuma hipótese, de acordo com os regulamentos pertinentes. Em
situações extremas ou anômalas, recorre-se à consulta "por via hierárquica", ao órgão
imediatamente superior.
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O respeito e a obediência são devidos não à pessoa, nem sequer à instituição, mas sim ao
ordenamento estabelecido.
KARL MARX
As revoluções burguesas do séc. XVIII se encontravam, no início do séc. XIX, ameaçadas pelas
forças conservadoras do feudalismo em decomposição, representadas pela nobreza e pelo
clero desejosas de restituir o absolutismo e excluir a burguesia do poder político.
Em 1848, Marx e Engels ( 1820 – 1895 ) escrevem o Manifesto Comunista, formulando suas
idéias a partir da realidade social por eles observada: de um lado o avanço técnico, o aumento
do poder do homem sobre a natureza, o enriquecimento e o progresso; de outro e
contraditoriamente, a escravização crescente da classe operária, cada vez mais empobrecida.
O objetivo de Marx não era apenas contribuir para o desenvolvimento da ciência, mas propor
uma ampla transformação política, econômica e social.
Para Hegel, o mundo é a manifestação da idéia. Marx e Engels ao contrário, diz que a matéria é
a fonte da consciência e esta é um reflexo da matéria. Marx diz que:
Marx contraria também a Declaração Universal dos Direitos Humanos elaborada no período
iluminista que diz que todos os homens são iguais política e juridicamente e que a liberdade e
justiça eram direitos inalienáveis de todo cidadão. Ele proclama que não existe tal igualdade
natural e observa que o Liberalismo vê os homens como átomos, como se estivessem livres
das evidentes desigualdades estabelecidas pela sociedade. Ele discordará de Durkheim sobre o
consenso, dizendo que não existe consenso, mas sim uma eterna luta de classes. MANIFESTO
COMUNISTA MARX, Karl e ENGELS, Friedrich, Manifesto do Partido Comunista –
1848http://www.culturabrasil.pro.br/manifestocomunista.htm )
O Manifesto sugere um curso de ação para uma revolução socialista através da tomada do
poder pelos proletários.
O Manifesto Comunista faz uma dura crítica ao modo de produção capitalista e na forma como
a sociedade se estruturou através desse modo. Busca organizar o proletário como classe social
capaz de reverter sua precária situação e descreve os vários tipos de pensamento comunista,
assim como define o objetivo e os princípios do socialismo científico.
Marx e Engels partem de uma análise histórica, distinguindo as várias formas de opressão
social durante os séculos e situa a burguesia moderna como nova classe opressora. Não deixa,
porém, de citar seu grande papel revolucionário, tendo destruído o poder monárquico e
religioso valorizando a liberdade econômica extremamente competitiva e um aspecto
monetário frio em detrimento das relações pessoais e sociais, assim tratando o operário como
uma simples peça de trabalho. Este aspecto juntamente com os recursos de aceleração de
produção (tecnologia e divisão do trabalho) destrói todo atrativo para o trabalhador,
deixando-o completamente desmotivado e contribuindo para a sua miserabilidade e
coisificação. Além disso, analisa o desenvolvimento de novas necessidades tecnológicas na
indústria e de novas necessidades de consumo impostas ao mercado consumidor.
Afirmam sobre o proletariado: "Sua luta contra a burguesia começa com sua própria
existência". O operariado tomando consciência de sua situação tende a se organizar e lutar
contra a opressão e ao tomar conhecimento do contexto social e histórico onde está inserido,
especifica seu objetivo de luta. Sua organização é ainda maior pois toma um caráter
transnacional, já que a subjugação ao capital despojou-o de qualquer nacionalismo. Outro
ponto que legitima a justiça na vitória do proletariado seria de que este, após vencida a luta de
classes, não poderia legitimar seu poder sob forma de opressão, pois defende exatamente o
interesse da grande maioria: a abolição da propriedade(“Os proletários nada têm de seu para
salvaguardar”). A exclusividade entre os proletários conscientes, portanto comunistas,
segundo Marx e Engels, é de que visam a abolição da propriedade privada e lutam embasados
num conhecimento histórico da organização social, são portanto revolucionários. Além disso,
destaca que o comunismo não priva o poder de apropriação dos produtos sociais; apenas
elimina o poder de subjugar o trabalho alheio por meio dessa apropriação. Com o
desenvolvimento do socialismo a divisão em classes sociais desapareceriam e o poder público
perderia seu caráter opressor, enfim seria instaurada uma sociedade comunista.
Analisam e criticam três tipos de socialismo. O socialismo reacionário, que seria uma forma de
a elite conquistar a simpatia do povo, e mesmo tendo analisado as grandes contradições da
sociedade, olhava-as do ponto de vista burguês e procurava manter as relações de produção e
de troca; o socialismo conservador, com seu caráter reformador e anti-revolucionário; e o
socialismo utópico, que apesar de fazer uma análise crítica da situação operária não se apóia
em luta política, tornando a sociedade comunista inatingível. E fecham com as principais idéias
do Manifesto, com destaque na questão da propriedade privada e motivando a união entre os
operários. Acentua a união transnacional, em detrimento do nacionalismo esbanjado pelas
nações, como manifestado na célebre frase: “Proletários de todo o mundo, uni-vos!”
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A mudança da base econômica, gerada pela transformação material das condições econômicas
de produção, provocam revoluções jurídicas, políticas, religiosas, artísticas e filosóficas, que
são as formas ideológicas que servem aos homens não só para tomar consciência deste
conflito, como também para explicá-lo.
Por outro lado jamais aparecem novas relações de produção superiores às antigas antes que as
condições materiais de sua existência se tenham desenvolvido completamente no seio da
velha sociedade.
Marx diz que as desigualdades sociais são provocadas pelas relações de produção do sistema
capitalista, as quais dividem os homens em proprietários e não-proprietários dos meios de
produção. As desigualdades são a base da formação das classes sociais.
Ele não acreditava no consenso de Durkheim, mas sim que a história do homem é a história da
luta de classes, uma luta constante entre interesses opostos. Por outro lado, as relações entre
as classes são complementares, pois uma só existe em relação à outra. Só existem
proprietários porque há uma massa de despossuídos cuja única propriedade é sua força de
trabalho, que precisam vender para assegurar a sobrevivência. As classes sociais são, pois,
complementares e interdependentes.
Fixando conceitos
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como na Antiguidade européia ou período colonial brasileiro ), servis ( como na Europa feudal )
ou capitalistas ( como na indústria moderna ). são constituídas pela propriedade econômica
das forças produtivas. Na condição de escravos, servos ou assalariados, os trabalhadores
participam da produção somente com sua força de trabalho. Na condição de senhores, nobres
ou empresários, os proprietários participam do processo produtivo como donos dos meios de
produção.
CLASSE SOCIAL:O conceito cientifico das classes sociais exige análise dos seguintes níveis:
modo de produção, estrutura social, situação social e a conjuntura. Em uma explicação mais
simples, classe social é um grupo de pessoas que tem status social similar segundo critérios
diversos, especialmente o econômico. Segundo a ótica marxista, em praticamente toda
sociedade, seja ela pré-capitalista ou caracterizada por um capitalismo desenvolvido, existe a
classe dominante, que controla direta ou indiretamente o Estado, e as classes dominadas por
ela, reproduzida inexoravelmente por uma estrutura social implantada pela classe dominante.
Segundo a mesma visão de mundo, a história da humanidade é a sucessão das lutas de classes,
de forma que sempre que uma classe dominada passa a assumir o papel de classe dominante,
surge em seu lugar uma nova classe dominada, e aquela impõe a sua estrutura social mais
adequada para a perpetuação da exploração.
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA
OLIVEIRA, Pérsio Santos de. Introdução à Sociologia: série Brasil. SP: Ática, 2004
COSTA, Maria C. Castilho. Sociologia: introdução à ciência da sociedade. SP: Moderna, 1998
FONTES NA INTERNET
http://www.iupe.org.br/ass/sociologia/soc-durkheim-escola_sociologica.htm
http://www.prof2000.pt/users/dicsoc/soc_p.html
http://www.direitonet.com.br/artigos/x/14/48/1448/
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http://redebonja.cbj.g12.br/ielusc/turismo/disciplinas/admin1/grupos/burocrac.htm
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http://www.dominiopublico.gov.br/pesquisa/PesquisaObraForm.do?select_action=&co_autor
=8260
http://www.infonet.com.br/marcosmonteiro/sociologiajuridica/objetodasociologia.doc