Benedito Antonio Luciano - Dissertação Ppgee 1984.

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BENEDITO ANTONIO LUCIANO

SISTEMAS DE EXCITACAO E REGULACAO

DE TENSAO DE GERADORES SlNCRONOS

D i s s e r t a c a o apresentada a Coordenagao dos

Cursos de Pos-Graduacao em Engenharia E l e

t r i c a da U n i v e r s i d a d e F e d e r a l da P a r a i b a ,

em cumprimento as e x i g e n c i a s para obten

gao do Grau de Mestre em Engenharia Ele

trica.

AREA DE CONCENTRACAO: Processamento da Energia

ORIENTADORES: EDISON ROBERTO CABRAL DA SILVA

WELLINGTON SANTOS MOTA


SISTEMAS DE EXCITACAO E REGULACAO

DE TENSAO DE GERADORES SlNCRONOS

BENEDITO ANTONIO LUCIANO

D i s s e r t a g a o aprovada em 16/05/84

EDISON ROBERTO CABRAL DA $ILVA

Orientador

WELLINGTON SANTOS MOTA

Orientador

GOSE CALAZANSy/ DE CASTRO

Componente da Banca

Stir A F O N S O J D E ^ C A R V A L H O JUNIOR

Componente da Banca

CAMPINA GRANDE

MAIO - 1984
A FRANCISCA FERNANDES LUCIANO

( I n Memorian)
AGRADECIMENTOS

AOS p r o f e s s o r e s EDISON ROBERTO CABRAL DA SILVA e


WELLINGTON SANTOS MOTA, p e l a o r i e n t a g a o e i n c e n t i v o na e l a
boragao deste t r a b a l h o .

AOS p r o f e s s o r e s JOSE CALAZANS DE CASTRO e MANOEL A


FONSO DE CARVALHO JUNIOR, p e l a s c r i t i c a s e a p o i o .

Aos colegas que, a t r a v e s de discussoes sobre o t r a b a

l h o , c o n t r i b u i r a m no seu d e s e n v o l v i m e n t o , entre eles: MA

RIA DA GUIA DA SILVA, ANTONIO DO NASCIMENTO EPAMINONDAS e

ANGELA MARIA DA SILVEIRA.

A ROSEANA BEZERRA LUCIANO, ERIKA e PABLO p e l a s ho

r a s s u b t r a i d a s do c o n v i v i o a f e t i v o .
RESUMO

Neste t r a b a l h o e aoresentado urn estudo sobre sistemas


de e x c i t a c a o de geradores s i n c r o n o s . P a r t i n d o - s e de urn esque

ma g e r a l de urn sistema de c o n t r o l e da e x c i t a c a o de urn gera

dor s i n c r o n o , apresentado em diagrama de b l o c o , d i s c u t e - s e o

desempenho de cada p a r t e que o c o n s t i t u i . Apos una a n a l i s e i n

d i v i d u a l de cada b l o c o , apresenta-se o modelo completo do

s i s t e m a , com o o b j e t i v o de e s t a b e l e c e r e comoarar os modelos

basicos u t i l i z a d o s , c l a s s i c a m e n t e , oara r e p r e s e n t a r sistemas

de e x c i t a c a o em estudos de e s t a b i l i d a d e de sistema de ooteri

c i a . Baseando-se na t e o r i a de c o n t r o l e c l a s s i c o , urn s i n a l es

t a b i l i z a d o r d e r i v a d o de v e l o c i d a d e de maquina e p r o j e t a d o pa

r a melhorar o desenroenho dinamico de um sistema de potencia

v i a r e g u l a d o r de tensao/sistema de e x c i t a c a o . 0 p r o j e t o e ba

seado em um modelo l i n e a r i z a d o de um sistema de o o t e n c i a , ca

r a c t e r i z a d o por uma maquina, com sistema de e x c i t a c a o estat:L

co, l i g a d o a uma b a r r a i n f i n i t a a t r a v e s de uma imoedancia e

quivalente.
ABSTRACT

I n t h i s d i s s e r t a t i o n a s t u d y on e x c i t a t i o n systems o f
synchronous g e n e r a t o r s i s p r e s e n t e d , s t a r t i n g w i t h t h e

d i s c r i p t i o n o f a g e n e r a l e x c i t a t i o n c o n t r o l system scheme

and i t s major c o n s t i t u e n t p a r t s . A f t e r an a n a l y s i s o f

i n d i v i d u a l blocks t h e whole system i n c l u d i n g t h e synchronous

g e n e r a t o r i s analysed i n o r d e r t o e s t a b l i s h and compare t h e

existent c l a s s i c a l models, used t o r e p r e s e n t e x c i t a t i o n

systems i n t h e power system s t a b i l i t y studies. A stabilizing

s i g n a l , d e r i v e d from t h e machine v e l o c i t y , i s designed t o

improve t h e dynamic performance o f t h e power system, employing

a voltage regulator and an e x c i t a t i o n system. T h i s d e s i g n i s

done by s i m u l a t i o n on a d i g i t a l computer, u s i n g c l a s s i c a l

c o n t r o l t h e o r y concepts and i s based on l i n e a r i z e d model o f

the power system made o f a machine and a s t a t i c e x c i t a t i o n

system connected t o an i n f i n i t e bus t h r o u g h an e q u i v a l e n t

impedance.
LISTA DE SlMBOLOS

Constante i n t r o d u z i d a na r e p r e s e n t a c a o exponen
c i a l da s a t u r a c a o magnetica da maquina sincro
na

Constante que r e l a c b n a as c o n s t a n t e s de tempo


do compensador dinamico

Constante i n t r o d u z i d a na r e p r e s e n t a c a o exponen •

c i a l da s a t u r a c a o magnetica da maquina sincro

na

E i x o de r e f e r e n d a

Eixo direto

Tensao de e n t r a d a do a m p l i f i c a d o r

Tensao de campo da maquina s i n c r o n a

Tensao p r o p o r c i o n a l a c o r r e n t e de campo em pu

Fasor da tensao a t r a s da r e a t a n c i a transito


Tensao de campo da maquina s i n c r o n a em pu

Componente no e i x o de q u a d r a t u r a da tensao a

t r a s da r e a t a n c i a t r a n s i t o r i a

Tensao de s a i d a do b l o c o de e s t a b i l i z a g a o tran
sit5ria

F a t o r de carga do r e t i f i c a d o r

Frequencia

Aceleraeao da g r a v i d a d e

Constante de i n e r c i a da maquina s i n c r o n a

C o r r e n t e de campo do gerador

C o r r e n t e de carga da e x c i t a t r i z n o r m a l i z a d a

Componente do e i x o d i r e t o da c o r r e n t e t e r m i n a l

Componente do e i x o de q u a d r a t u r a da corrente

terminal

Corrente t e r m i n a l
Ganho e s t a t i c o do a m o l i f i c a d o r

Kg Ganho e s t a t i c o do r e g u l a d o r

K £ F a t o r de carga do r e t i f i c a d o r relativo a rea

t a n c i a de comutacao

K D F a t o r desmagnetizante, funcao das reatancias


da e x c i t a t r i z do g e r a d o r

F a t o r de amortecimento

K„ Ganho e s t a t i c o da e x c i t a t r i z rotativa
E

Kp, Ganhos do e s t a b i l i z a d o r do s i s t e m a de contro

l e da e x c i t a c a o

K Ganho da c o r r e n t e l i m i t e do campo da excita


Li

triz

K „ Ganho do s i n a l l i m i t e de b a i x a tensao da exci

K C o e f i c i e n t e do ganho do c i r c u i t o de p o t e n c i a
P

K Constante de p r o p o r c i o n a l i d a d e
R

K Ganho do ESP
Constante de a j u s t e do c o n t a t o s u p e r i o r / infe
r i o r do r e o s t a t o

Numero de p o l o s da maquina s i n c r o n a

Potencia acelerante

P o t e n c i a a t i v a do gerador

P o t e n c i a mecanica

Potencia eletrica

P o t e n c i a r e a t i v a do gerador

R e s i s t e n c i a e q u i v a l e n t e do s i s t e m a de p o t e n c i a

Potencia aparente

Funcao s a t u r a c a o de e x c i t a t r i z , S E = f(Efd)

Torque l x q u i d o no r o t o r da maquina s i n c r o n a

Constante de tempo do r e g u l a d o r de tensao

Constante de tempo da e x c i t a t r i z rotativa


Constante de tempo t r a n s i t 5 r i a de e i x o direto
em c i r c u i t o aberto

Torque eletromagnetico

Constante de tempo r e f e r e n t e a realimentacao


t r a n s i t o r i a do r e g u l a d o r de tensao do sistema
de e x c i t a c a o t i p o CCl

Torque mecanico

Constante de temoo do b l o c o "wash-out" do ESP

Constante de tempo do b l o c o retificador/filtro

Tempo de atuagao do r e o s t a t o

Constante de tempo do f i l t r o na medicao

Tensao i n t e r n a do r e g u l a d o r

Tensao da b a r r a i n f i n i t a

Tensao de s a i d a do comoensador

Tensao de c o n t r o l e
Componente da tensao do e s t a t o r no e i x o direto

(pu)

Tensao da e x c i t a t r i z a t r a s da r e a t a n c i a de co
mutacao

S i n a i de e r r o da tensao

Tensao do campo da e x c i t a t r i z

S i n a i e s t a b i l i z a n t e do s i s t e m a de. e x c i t a c a o

Sinai proporcional a corrente de campo da e x c i


tatriz

Realimentacao da tensao no l a g o i n t e r n o

S i n a i s de r e a l i m e n t a c a o da c o r r e n t e de campo
da excitatriz

S i n a i i n t e r n o do r e g u l a d o r de tensao

L i m i t e de r e f e r e n d a de b a i x a tensao da e x c i t a

triz

Componente da tensao do e s t a t o r no e i x o de qua

dratura
Tensao de s a i d a do r e g u l a d o r

Tensao de r e f e r e n d a do r e g u l a d o r de tensao

Tensao t e r m i n a l do gerador

A j u s t e do r e o s t a t o do campo

Tensao de s a i d a do e s t a b i l i z a d o r do sistema
potencia

Reatancia s i n c r o n a de e i x o d i r e t o

Reatancia t r a n s i t o r i a de e i x o d i r e t o

Reatancia s a t u r a d a da maquina

Velocidade angular nominal

Impedancia e q u i v a l e n t e

Angulo de g a t i l h a m e n t o

Correcao de devido a saturacao (pu)

Angulo de t o r q u e ou angulo do r o t o r

Angulo e l e t r i c o
Angulo mecanico

Angulo de fase do c i r c u i t o de p o t e n c i a

F a t o r de p o t e n c i a

A c e l e r a c a o a n g u l a r mecanica
INDICE DE FIGORAS

PAGINA

FIGURA I I . 1 - E x c i t a t r i z CC 10

FIGURA I I . 2 - E x c i t a t r i z CA com r e t i f i c a d o r e s nao

controlados 11

FIGURA I I . 3 - E x c i t a t r i z CA com r e t i f i c a d o r e s nao

controlados r o t a t i v o s (sem e s c o v a s ) . . . 12

FIGURA I I . 4 - E x c i t a t r i z CA com r e t i f i c a d o r e s c o n t r o

lados (com escovas) 13

FIGURA I I . 5 - E x c i t a t r i z CA com r e t i f i c a d o r e s contro

lados r o t a t i v o s (sem escovas) 14

FIGURA I I . 6 - Auto-excitagao direta a tiristores.... 15

FIGURA I I . 7 - Auto-excitacao d i r e t a com "compound".. 16

FIGURA I I . R - "Compound em p a r a l e l o " 17

FIGURA I I . 9 - "Compound s e r i e " 19

FIGURA 11.10 - Componentes de um sistema de excita


cio 20
PAGINA

FIGURA 11.11 - E x c i t a t r i z CC e x c i t a d a separadamente. . 2 l

FIGURA 11.12 - Curva de s a t u r a c a o da e x c i t a t r i z em


carga 22

FIGURA 11.13 - E x c i t a t r i z CC e x c i t a d a separadamente

(modelo) 24

FIGURA 11.14 - Diagrama de b l o c o s da e x c i t a t r i z CC.. . 24

FIGURA 11.15 - Relacao tensao r e t i f i c a d a e angulo de


disparo 29

FIGURA 11.16 - Relacao tensao r e t i f i c a d a e tensao de


controle 29

FIGURA I I . 1 7 - C i r c u i t o de d e s e x c i t a c a o a t r a v e s de

um r e s i s t o r 33

FIGURA 11.18 - C i r c u i t o de d e s e x c i t a c a o a t r a v e s de um

d i o d o em s e r i e com um r e s i s t o r 33

FIGURA 11.19 - C i r c u i t o de d e s e x c i t a c a o a t r a v e s de um

t i r i s t o r em s e r i e com um r e s i s t o r 34

FIGURA 11.20 - C i r c u i t o s u p r e s s o r de sobretensoes a


t r a v e s dos t i r i s t o r e s T. e T 35
PAGINA

FIGURA 1 1 . 2 1 - Diagrama de blocos do sistema de con

t r o l e da e x c i t a c a o . . . '37

FIGURA 1 1 . 2 2 - A m p l i f i c a d o r magnetico 40

FIGURA 1 1 . 2 3 - C o n t r o l e do g a t i l h o com r e l a c a o linear


entre V e '41
c
FIGURA 1 1 . 2 4 - C o n t r o l e do g a t i l h o com r e l a c a o linear

entre V e V 42
e c

FIGURA 1 1 . 2 5 - Diagrama de p r i n c i p i o do r e g u l a d o r de

uma e x c i t a t r i z CA 43

FIGURA 1 1 . 2 6 - Diagrama do elemento d e t e t o r ( T P ) , pon

te r e t i f i c a d o r a e f i l t r o 44

FIGURA 1 1 . 2 7 - C i r c u i t o a m p l i f i c a d o r 45

FIGURA 1 1 . 2 8 - Compensacao de c o r r e n t e a t i v a e reati_

va 47

FIGURA 1 1 . 2 9 - Compensador de c o r r e n t e r e a t i v a 49

FIGURA 1 1 . 3 0 - Compensador de c o r r e n t e r e a t i v a com


medicao nas t r e s fases 49
FIGURA 1 1 . 3 1 - Compensador em avanco i 50
PAGINA

FIGURA 11.32 - Compensador em avanco-atraso 50

FIGURA 11.33 - Diagrama de p o t e n c i a e c o r r e n t e de um


turbo-gerador 52

FIGURA 11.34 - Diagrama de b l o c o s do c i r c u i t o do s i s

tema de r e g u l a c a o de tensao de um ge

r a d o r s i n c r o n o a d i c i o n a d o dos limita

dores 57

FIGURA. 11.35 - Diagrama de b l o c o s de um E S P t i p i c o . . . 57

FIGURA 11.36 - Diagrama de b l o c o s do sistema de con

t r o l e da e x c i t a t r i z (CA) 60

FIGURA 11.37 - Diagrama de b l o c o s de um s i s t e m a de


excitacao incluindo o ESP 62

FIGURA I I I . l - Sistemas de e x c i t a c a o t i p o 1 , regula


dor de acao c o n t i n u a e e x c i t a t r i z . . . . 68

FIGURA I I I . 2 - Sistema de e x c i t a c a o t i p o 2, sistema


de r e t i f i c a d o r r o t a t i v o 70

FIGURA I I I . 3 - Sistema de e x c i t a c a o t i p o 3, sistema


e s t a t i c o com a l i m e n t a g a o de tensao e
corrente terminals "7 2
PAGINA

FIGURA I I I . 4 - Sistema de e x c i t a c a o t i p o 4, regula

dor de acao n a o - c o n t i n u a 74

FIGURA I I I . 5 - Sistema de e x c i t a c a o e s t a t i c o HITACHI 75

FIGURA I I I . 6 - Sistema de e x c i t a c a o e s t a t i c o BBC t i


po UNITROL 76

FIGURA I I I . 7 - C a r a c t e r i s t i c a s dinamicas do sistema


de e x c i t a c a o ^0
a

FIGURA I I I . 8 - Representacao do sistema t i p o 1-IEEE. 80

FIGURA I I I . 9 - Sistema de e x c i t a c a o a t i r i s t o r ASEA. 81

FIGURA I I I . 1 0 - Diagrama de b l o c o s do modelo do s i s t e


ma de e x c i t a c a o t i p o CC1. E x c i t a t r i z
CC com comutador 83

FIGURA I I I . 1 1 - T i p o CC2 - E x c i t a t r i z CC com comuta


dor 84

FIGURA I I I . 1 2 - T i p o CC3 - E x c i t a t r i z r o t a t i v a com

r e g u l a d o r e s de acao n a o - c o n t i n u a 85

FIGURA I I I . 1 3 - T i p o CAl - Sistema de e x c i t a c a o a l t e r

nador-retificador com retificadores

nao-controlaveis e realimentacao a

p a r t i r de c o r r e n t e de campo da e x c i t a
8 7
triz
PAGINA

FIGURA I I I . 1 4 - Tipo CA2 - Sistema de e x c i t a c a o al

ternador-retificador, de a l t a respos

ta i n i c i a l com r e t i f i c a d o r e s nao- con

trolaveis e r e a l i m e n t a c a o a p a r t i r da

c o r r e n t e de campo da e x c i t a t r i z 88

FIGURA I I I . 1 5 - T i p o CA3 - E x c i t a t r i z alternador-reti

f icador ' 90

FIGURA I I I . 1 6 - T i p o CA4 - E x c i t a t r i z alternador-reti

ficador controlado 90

FIGURA I I I . 1 7 - T i p o ST1 - E x c i t a t r i z estatica com

retificador c o n t r o l a d o como f o n t e de

potencia 92

FIGURA I I I . 1 8 - T i p o ST2 - Alimentacao "compound" da

e x c i t a t r i z a t r a v e s de r e t i f i c a d o r e s . . 93

FIGURA I I I . 1 9 - T i p o ST3 - E x c i t a t r i z com f o n t e de a

l i m e n t a c a o "compound" a t r a v e s de r e t i
cadores c o n t r o l a d o s 95

FIGURA I V . 1 - Diagrama de b l o c o s de um s i s t e m a de

e x c i t a c a o com e x c i t a t r i z r o t a t i v a . . . . 104

FIGURA I V . 2 - Diagrama de b l o c o s de um .sistema de

e x c i t a c a o com e x c i t a t r i z e s t a t i c a . . . . 106
PAGINA

FIGURA IV.3 - Diagrama v e t o r i a l em regime permancn


te 109

FIGURA IV.4 - Diagrama de b l o c o s do s i n a l estabili

zador d e r i v a d o da v e l o c i d a d e da maqu_i

quina 114

FIGURA IV.5 - Representacao aproximada da maquina/

sistema de e x c i t a c a o 114

FIGURA IV.6 - Diagrama u n i f i l a r do sistema utiliza


do para a simulacao digital. 117

FIGURA IV.7 - Diagrama de b l o c o s i m p l i f i c a d o do


sistema de e x c i t a c a o e s t a t i c o 120

FIGURA IV.8 - Sistema g e n e r i c o de duas b a r r a s liga


das a t r a v e s de uma impedancia Z .... 120
c
eq

FIGURA IV.9 - Maquina ligada a uma b a r r a infini

t a a t r a v e s de uma impedancia equiva

lente 121

FIGURA IV.10 - Curto-circuito trifasico equilibrado

na b a r r a 1 d u r a n t e 0,1s, sem nenhum


sinal e s t a b i l i z a d o r implementado (an

g u l o de t o r q u e ) •. 124
PAGINA

FIGURA I V . 1 1 - C u r t o - c i r c u i t o t r i f a s i c o equilibrado

na b a r r a 1 d u r a n t e 0,1 s, com sinal

e s t a b i l i z a d o r i m p l a n t a d o na maquina 1

(angulo de t o r q u e ) 125

FIGURA IV.12 - C u r t o - c i r c u i t o t r i f a s i c o equilibrado

na b a r r a 1 d u r a n t e 0,1 s, sem nenhum


s i n a l e s t a b i l i z a d o r implementado ( t e n

sao de campo) 126

FIGURA IV.13 - C u r t o - c i r c u i t o t r i f a s i c o equilibrado

na b a r r a 1 d u r a n t e 0,1 s, com sinal

e s t a b i l i z a d o r i m p l a n t a d o na maquina 1

(tensao de campo) 127

FIGURA A . l - D e f i n i g i o da razao de r e s p o s t a da

tensao 131

FIGURA C . l - Posicao a n g u l a r do r o t o r com rela

gao ao e i x o r o t a t i v o em s i n c r o n i s m o . 136
COINTEIQDO

I PAGINA

INTRODUCAO 01

1.1 CONSIDERACOES PRELIMINARES 01

1.2 RFVISAO DE TRABALHO? ANTERIORES 03

1.3 OBJETIVOS DO TRABALHO 06

II

0 8
COWTROLE DA EXCITACAO DE GERADORES SlMCRONOS

I I . 1 INTRODUCAO 03

11.2 SISTEMAS DE CONTROLE DA EXCITACAO 09

I I . 2 . 1 COM EXCITATRIZ ROTATIVA 09

I I . 2 . 2 COM EXCITATRIZ ESTATICA 09

11.3 COMPONENTES DO SISTEMA DE EXCITACAO 19

I I . 3.1 A EXCITATRIZ 20

I I . 3. 2 P O N T E S RETIFICADORAS 27

II.3.3 SISTEMA AUXILIAR DE PARTIDA E CONTROLE MA

NUAL 30

I I . 3. 4 S I S T E M A S DE PROTECAO 31

I I . 3. 5 R E G U L A D O R DA MAQUINA SINCRONA 35
PAGINA

I I . 3. 5 . 1 A M P L I F I C A D O R DE POTENCIA 3 9

I I . 3. 5. 2 0 REGULADOR PRIMARIO 43

I I . 3. 5 . 3 E L E M E N T O S A D I C I O N A I S 46

II.4 D I A G R A M A DE BLOCOS DE UM S I S T E M A DE EXCI

TACAO 62

I I . 5 CONCLUSAO 64

III

MDDELOS DE SISTEMAS DE EXCITAQAO DE GERADORES SlN


CRONOS 65

111.1 INTRODUCAO 6 5

111.2 TIPOS BASICOS DE S I S T E M A S DE E X C I T A C A O . . 66

III.2.1 S I S T E M A DE E X C I T A C A O TIPO 1 67

I I I . 2 . 2 S I S T E M A DE E X C I T A C A O TIPO 2 70

111.2.3 S I S T E M A DE E X C I T A C A O TIPO 3 71

111.2.4 S I S T E M A DE E X C I T A C A O TIPO 4 73

I I I . 2.5 CONSIDERACOES 74

111.3 NOVOS MODELOS DE SISTEMAS DE E X C I T A C A O . . 81

III.3.1 TIPO CC - SISTEMAS COM EXCITATRIZES ROTA .

TIVAS DE C O R R E N T E CONTINUA COM

COMUTADOR .' P.?


PAGINA

I I I . 3 . 2 TIPO CA - SISTEMAS DE EXCITACAO COM A L I

MENTACAO ATRAVES DE ALTERNA

DOR E RETIFICADOR 86

I I I . 3 . 3 TIPO ST - SISTEMAS DE EXCITACAO ESTATI

COS 91

I I I . 4 CONCLUSAO 95

IV

EFEITO DO SISTEMA DE EXCITACAO SOBRE O COMPORTA

MENTO DINAMICO DO GERADOR SlNCRONO-ESTUDO DA ES


TABILIDADE 97

IV. 1 INTRODUCAO 97

IV.2 CONSIDERACOES SOBRE A ^STAPILIDADE DE

SISTEMAS DE POTENCIA 98

IV. 3 O ESTUDO DA ESTABILIDADE 99

IV. 4 COMPORTAMENTO DINAMICO DO SISTEMA 100

IV.4.1 SIMULACAO DINAMICA DO MODELO DO SISTEMA


DE POTENCIA-MODELO DA MAQUINA 101

IV.4.2 MODELOS PARA SIMULACAO DINAMICA DE REGU

LADORES DE TENSAO E SISTEMAS DE EXCITA

CAO.. ; 103

IV.4.3 CONDICOES I N I C I A I S PARA A SIMULACSo 108


PAGINA

I V . 4. 4 EFEITOS DOS SINAIS ESTABILIZADOPJES 110

IV.5 PROJETO DE UM SINAL ESTABILIZADOR CONVEN

CIONAL DERIVADO DA VELOCIDADE DA MAOUINV

BARRA INFINITA 112

IV. 6 SISTEMA UTILIZADO NA SIMULACAO 116

IV.7 IMPLEMENTACAO DO SINAL ESTABILIZADOR 121

IV. 8 CONCLUSAO. 122

COMCLOSOES 128

APENDICE A - RAZAO DE RESPOSTA DA TENSAO DO SIS

TEMA DE EXCITACAO 131

APENDICE B - GRANDEZAS E PONTOS TfiCNICOS QUE DE

VEM SER CONSIDERADOS NO PROJETO DE

UM SISTEMA DE EXCITACAO E REGULA


1 3
CAO 3

APENDICE C - EOUACAO DE OSCILACAO 135

APENDICE D - DETERMINACAO DA IMPEDANCIA EQUIVA

LENTE PARA UM SISTEMA DE DUAS BAR

RAS 141
CAPlTULO I

INTRODUCAO

1.1 CONSIDERACOES PRELIMINARES

A c r e s c e n t e necessidade de blocos cada vez maiores

de en'ergj.a e l e t r i c a , l e v o u ao c r e s c i m e n t o das p o t e n c i a s i n

d i v i d u a i s dos geradores s i n c r o n o s e consequentemente maio

r e s p o t e n c i a s de e x c i t a c a o tornaram-se n e c e s s a r i a s . Com i s

so, sistemas e l e t r i c o s c l a s s i c o s de e x c i t a c a o (excitatrizes

r o t a t i v a s ) tornaram-se o b s o l e t o s , dando l u g a r a sistemas de

e x c i t a c a o e s t a t i c o de a l t a v e l o c i d a d e de r e s p o s t a . Tamberr.

os r e g u l a d o r e s de tensao passaram a s e r de acao r a p i d a d i m i

nunindo o tempo de d e s e q u i l i b r i o e n t r e a carga e a geragao.

I n f e l i z m e n t e esses r e g u l a d o r e s r a p i d o s de a l t o s ganhos p r e

judicam o amortecimento n a t u r a l das maquinas podendo ocor

r e r i n s t a b i l i d a d e em o s c i l a c o e s s e g u i n t e s a p r i m e i r a [ 0 6 ] •

Nesta s i t u a c a o e m u i t o i m p o r t a n t e o uso de s i n a i s estabiM

zadores a t r a v e s dos r e g u l a d o r e s de tensao [ o i ]

0 desenvolvimento de r e g u l a d o r e s de tensao automati

cos t o r n o u p o s s i v e l o aumento das r e a t a n c i a s dos geradores,

boa r e g u l a c a o de tensao l o c a l e reducao da p o t e n c i a de s i n

cronismo [ l 5 j . Com o aumento da capacidade de p o t e n c i a da


-02-

maquina s i n c r c n a e o uso de a l t a s tensoes de t r a n s m i s s a o a

longa d i s t a n c i a em sistemas de p o t e n c i a , o aspecto da esta

b i l i d a d e passou a assumir i m p o r t a n c i a r e l e v a n t e e seu • con

t r o l e a t r a v e s do s i s t e m a de e x c i t a c a o das maquinas sincro

nas uma necessidade.

0 desempenho dos geradores e seus sistemas de e x c i t a

cao d i a n t e de pequenas p e r t u r b a c o e s ( E s t a b i l i d a d e Dinamica)

ou grandes p e r t u r b a c o e s ( E s t a b i l i d a d e T r a n s i t 5 r i a ) pode ser


v e r i f i c a d o a t r a v e s de e n s a i o s ou simulacao a t r a v e s de pro-

gramas em comoutador d i g i t a l , que permitam r e p r e s e n t a r a ma

q u i n a e seu s i s t e m a de c o n t r o l e .

Ultimamente, s i n a i s e s t a b i l i z a d o r e s c o n v e n c i o n a i s de
r i v a d o s da v e l o c i d a d e ou da p o t e n c i a da maquina, tern s i d o u
sados para m e l h o r a r o comportamento t r a n s i t o r i o e dinamico
de sistemas de p o t e n c i a a t r a v e s do c o n t r o l e da e x c i t a c a o .

0 C a p i t u l o I I a p r e s e n t a um estudo sobre os regulado-

res de tensao e sistemas de c o n t r o l e da e x c i t a c a o de gerado

res s i n c r o n o s , desde os p r i m i t i v o s de acao d i r e t a e respos

t a l e n t a , a t e os a t u a i s r e g u l a d o r e s a u t o m a t i c o s de tensao e

sistemas de c o n t r o l e de e x c i t a c a o e s t a t i c o s de a l t a velocJL

dade de r e s p o s t a .

O C a p i t u l o I I I a p r e s e n t a , a p a r t i r do estudo f e i t o no

Capitulo I I , modelos de s i s t e m a s de e x c i t a c a o de geradores

s i n c r o n o s c l a s s i f i c a d o s de acordo com a f o n t e de alimenta

cao da e x c i t a t r i z . Esses modelos sao b a s t a n t e u t e i s no e s t u

do da e s t a b i l i d a d e dos s i s t e m a s de p o t e n c i a .
-03-

No C a p i t u l o IV o p r o j e t o de um sinal estabilizador e

seu e f e i t o sobre o angulo de carga e tensao de campo de um

gerador s i n c r o n o e a o r e s e n t a d o . O modelo u t i l i z a d o no estu

do c o n s i s t e de uma maquina conectada a uma barra i n f i n i t a a

t r a v e s de uma impedancia e q u i v a l e n t e .

1.2 REVISAO DE TRABALHOS ANTERIORES

Dependendo do t i p o de e x c i t a t r i z , o sistema de exci

tagao de geradores s i n c r o n o s pode ser c l a s s i f i c a d o como: e

letromecanico ou e l e t r o n i c o [05J . 0 gerador de c o r r e n t e con

t i n u a no sistema de e x c i t a c a o e l e t r o m e c a n i c o pode ser auto-

e x c i t a d o ou e x c i t a d o em separado. O p r o j e t o de excitatrizes

de c o r r e n t e c o n t i n u a de grande capacidade a p r e s e n t o u s e r i o s

problemas de comutacao, e a e x p e r i e n c i a mostrou que a manu

tencao de comutadores e escovas apresentavam s e r i o s proble

mas quando essas e x c i t a t r i z e s entravam em s e r v i c o [ l 7 j . Ul

timamente sistemas de e x c i t a c a o de r a p i d a r e s p o s t a inicial


tern s i d o u t i l i z a d o s , p r i n c i p a l m e n t e em h i d r o g e r a d o r e s , onde

a vantagem da ausencia de comutadores, c o l e t o r e s e escovas

e observada, alem do f a t o de a v e l o c i d a d e de r e s p o s t a ser

t a o r a p i d a quanto a de uma e x c i t a t r i z e l e t r o n i c a [20J . Na

p r a t i c a , tem-se v e r i f i c a d o que sinais estabilizantes deri

vados da v e l o c i d a d e da maquina em c o n j u n t o com o sistema de

e x c i t a g a o e s t a t i c a de a l t a v e l o c i d a d e de r e s p o s t a , aumentam

os l i m i t e s de e s t a b i l i d a d e do g e r a d o r [ o i , 06, 14J .
-04-

0 r e g u l a d o r de tensao e o " c e r e b r o " do sistema de

e x c i t a c a o . C o n t r o l a a s a i d a da e x c i t a t r i z , de modo que a

tensao e a p o t e n c i a r e a t i v a na s a i d a do gerador estejam na

f a i x a desejada. Nos sistemas p r i m i t i v o s os r e g u l a d o r e s de

tensao erara i n t e i r a m e n t e manuais. Nos a t u a i s sistemas, o re

g u l a d o r de tensao e um c o n t r o l a d o r que d e t e c t a a tensao de

s a i d a do gerador (e algumas vezes a c o r r e n t e ) e entao ini

c i a a acao c o r r e t i v a a t r a v e s de mudangas nos c o n t r o l e s da

e x c i t a g a o . A v e l o c i d a d e de r e s p o s t a desse d i s p o s i t i v o e de

grande i m p o r t a n c i a no e s t u d o da e s t a b i l i d a d e da maquina s i n

crona [ o i , 02, 04, l l ] .

Reguladores a u t o m a t i c o s de tensao tem s i d o largamen

te u t i l i z a d o s , em grandes a l t e r n a d o r e s , onde a potencia

e n v o l v i d a pode ser de centenas de megawatts, e em pequenos

geradores u t i l i z a d o s para f o r n e c e r apenas poucos w a t t s £o4j.

Estudos d e t a l h a d o s do e f e i t o do r e g u l a d o r de tensao

sobre a e s t a b i l i d a d e de um a l t e r n a d o r conectado a t r a v e s de

uma r e a t a n c i a a uma b a r r a i n f i n i t a tern s i d o r e a l i z a d o s . Na

r e a l i z a g a o desses e s t u d o s , modelos matematicos do sistema

de c o n t r o l e da e x c i t a g a o da maquina s i n c r o n a sao desenvolvi

dos, com o o b j e t i v o de se t o r n a r e m adequados para represen

t a r o processo em e s t u d o [ o i , 06, 10, 1 1 J . Dependendo do

problema a ser r e s o l v i d o , o modelo pode ser l i n e a r (analise,

p r o j e t o ) ou nao linear (simulagao d i n a m i c a ) . Por o u t r o lado,

os metodos de solugoes podem s e r a t r a v e s de: variaveis de

estado, fungoes de t r a n s f e r e n c i a , diagrama de b l o c o s , e t c .

[ 01, 03, 05 ] .
-05-

V a r i o s estudos foram r e a l i z a d o s sobrc a i n t e r a g a o da

maquina s i n c r o n a e seu s i s t e m a de e x c i t a c a o , e uma das con

c l u s o e s o b t i d a s a t r a v e s desses estudos f o i que essa intera

cao a f e t a d i r e t a m e n t e as s i m p l i f i c a c o e s que possam ser fei

t a s na r e p r e s e n t a c a o da maquina s i n c r o n a [22] . Baseado nos

t i p o s de sistemas de e x c i t a g a o que prevaleceram d u r a n t e certo

p e r i o d o , uma representagao c l a s s i c a para a maquina s i n c r o n a

f o i desenvolvida [ o i ] . Ultimamente, mudangas marcantes tern

o c o r r i d o t a n t a na n a t u r e z a quanto nas c a r a c t e r i s t i c a dos

sistemas de e x c i t a g a o a p l i c a d o s as maquinas s i n c r o n a s [ 0 7 j .

0 r e s u l t a d o e que a representagao c l a s s i c a da maquina nao

mais se adecruaa a n a l i s e de e s t a b i l i d a d e e novos modelos, al

guns s i m p l i f i c a d o s , tern s i d o apresentados [22J .

A m a i o r i a dos problemas que envolvem o comportamen

t o dos sistemas de e x c i t a c a o , r e q u e r o uso de computadores


d i g i t a l s . Logo, modelos adequados para r e p r e s e n t a r esses
8
sistemas tornou-se necessario L^ ] '

Sistemas de e x c i t a g a o de r e s p o s t a r a p i d a tern melhora

do os l i m i t e s de e s t a b i l i d a d e t r a n s i t 5 r i a na p r i m e i r a o s c i -

lagao do angulo do r o t o r das maquinas s i n c r o n a s ; e n t r e t a n t o ,

e x c i t a t r i z e s r a p i d a s geralmente i n t r o d u z e m um t o r q u e de a

mortecimento negativo [06J . Entao, v a r i o s metodos tern s i d o

p r o p o s t o s para m e l h o r a r a e s t a b i l i d a d e da maquina sincrona

\_06, 10, 11 v a r i a s aproximagoes usando t e o r i a de contro

l e c l a s s i c o tem s i d o s u g e r i d a s oara a n a l i s a r o e f e i t o do re

g u l a d o r de tensao na e s t a b i l i d a d e do sistema de p o t e n c i a [28

S i n a i s e s t a b i l i z a d o r e s t e r n s i d o u t i l i z a d o s para me
-06-

l h o r a r o desempenho dinamico de sistemas de p o t e n c i a ^25, 26j.

Um s i n a l e s t a b i l i z a d o r o r i u n d o do d e s v i o de v e l o c i d a d e do e i

xo da maquina tern o f e r e c i d o e f e t i v o aumento no amortecimento

das o s c i l a c o e s da maquina e melhorado a e s t a b i l i d a d e de s i s

temas de p o t e n c i a apos o p e r i o d o t r a n s i t o r i o i n i c i a l a uma

p e r t u r b a g a o . Esse f a t o tem s i d o observado a t r a v e s de estudos

em computador d i g i t a l para sistemas de p o t e n c i a m u l t i - maqui_

na r e a i s em operagao, t a n t o p e l a a p l i c a g a o de c o n t r o l e clas

sico,quanto a t r a v e s de uma e s t r a t e g i a de c o n t r o l e o t i m o [24,

25] .

1.3 OBJETIVOS DO TRABALHO

O p r e s e n t e t r a b a l h o o b j e t i v a a p r e s e n t a r um estudo so
bre sistemas de c o n t r o l e da e x c i t a g a o de geradores sincronos,
desde os mais a n t i g o s a t e os a t u a i s sistemas de e x c i t a g a o a
estado s 5 l i d o , considerando os equipamentos e dispositivos
que o« c o n s t i t u e m . A p a r t i r da a n a l i s e f u n c i o n a l de cada com
ponente de um s i s t e m a de c o n t r o l e de e x c i t a g a o g e n e r i c o , e
do conhecimento de sua fungao de t r a n s f e r e n c i a , pretende -se
m o s t r a r como e s t a b e l e c e r um modelo l i n e a r i z a d o do mesmo e
comparar modelos apresentados na l i t e r a t u r a e n t r e s i e com
r e l a g a o a alguns o u t r o s d e s e n v o l v i d o s por f a b r i c a n t e s .

O b j e t i v a , tambem, i l u s t r a r os a j u s t e s dos parametros

de um e s t a b i l i z a d o r do s i s t e m a de p o t e n c i a , sua simulagio

em computador d i g i t a l , assim como o e f e i t o de um s i n a l esta

b i l i z a d o r , d e r i v a d o da v e l o c i d a d e , no amortecimento da res
-07-

p o s t a a n g u l a r da maquina, a t r a v e s de um sistema de e x c i t a g a o
estatico.
CAPITULO I I

CONTROLE DA EXCITACAO DE GERADORES SINCRONOS

I I . 1 INTRODUCAO

Dentre os p r i n c i p a l s c o n t r o l e s que afetam um gerador

s i n c r o n o e s t a o c o n t r o l e de sua e x c i t a g a o , onde t r e s compo

nentes p r i n c i p a l s podem s e r destacados: a e x c i t a t r i z , o con

t r o l e a u x i l i a r e o r e g u l a d o r de tensao.

Em v a r i o s sistemas de e x c i t a g a o , ainda h o j e em uso, a


e x c i t a t r i z e um gerador de c o r r e n t e c o n t i n u a . No e n t a n t o , es
se t i p o de e x c i t a t r i z e s t a obsolete

Com o advento da t e c n o l o g i a do e s t a d o - s 5 l i d o e a pos

s i b i l i d a d e de r e a l i z a g a o de r e t i f i c a d o r e s de a l t a s corren

t e s , sistemas com r e t i f i c a d o r e s , c o n t r o l a d o s ou nao, torna

ram-se p o s s i v e i s e a e x c i t a t r i z CC tem dado l u g a r as excita

t r i z e s CA com r e t i f i c a d o r e s ou a e x c i t a t r i z e s t o t a l m e n t e es

t a t i c a s alimentadas a p a r t i r dos t e r m i n a l s do gerador sincro

no, com a vantagem da u t i l i z a g a o de a l t a s c o r r e n t e s p a r a a l i

mentar o campo do gerador e p r a t i c a m e n t e eliminar o atraso

causado p e l a c o n s t a n t e de tempo r e f e r e n t e a e x c i t a t r i z rota

tiva.
-09-

A r e g u l a c a o de tensao a t r a v e s do sistema de controle

de e x c i t a g a o do gerador s l n c r o n o e de fundamental importan

c i a para o desempenho desse g e r a d o r , quando i n t e r l i g a d o ao

sistema de p o t e n c i a .

Este C a p i t u l o a p r e s e n t a e d i s c u t e um sistema de con


t r o l e da e x c i t a g a o de um gerador s i n c r o n o , a p a r t i r de suas
p a r t e s c o n s t i t u i n t e s , formando a base para o e s t a b e l e c i m e n t o
de modelos de sistemas de e x c i t a g a o .

I I . 2 SISTEMAS DE CONTROLE DA EXCITACAO

Por d e f i n i g a o , o s i s t e m a de c o n t r o l e da e x c i t a g a o e
um s i s t e m a de c o n t r o l e com r e a l i m e n t a g a o que i n c l u i , alem da
maquina s i n c r o n a , seu sistema de e x c i t a g a o [ 0 9 J .

De uma forma g e r a l os sistemas de e x c i t a c a o podem s e r

c l a s s i f i c a d o s , quanto a e x c i t a t r i z , da s e g u i n t e forma [_14J :

11.2.1 - Com E x c i t a t r i z R o t a t i v a

a) C o r r e n t e c o n t i n u a (CC)

b) C o r r e n t e a l t e r n a d a (CA)

11.2.2 - Com E x c i t a t r i z E s t a t i c a

a) E x c i t a t r i z a t i r i s t o r e s : alimentagao d i r e t a dos

t e r m i n a l s do gerador

b) E x c i t a t r i z "Compound" (diodo ou t i r i s t o r e s ) : in

dependente, p a r a l e l o e s e r i e .
-10-

As f i g u r a s II.1, I I . 2 , I I . 3 , I I . 4 e I I . 5 mostram os

c i r c u i t o s b a s i c o s de e x c i t a t r i z e s r o t a t i v a s , apresentados em

diagrams s i m p l i f i c a d o s , enquanto que as f i g u r a s I I . 6, I I . 7 ,

I I . 3 e I I . 9 mostram e x c i t a t r i z e s a e s t a d o solido.

l a ) Com e x c i t a t r i z r o t a t i v a CC

1
FONT E

AMPLIFICADOR
; AUXIUAR

DE
P O T E N C IA

REGU L A D O R

F i g . I I . 1 - E x c i t a t r i z CC

A e x c i t a t r i z de c o r r e n t e c o n t l n u a geralmente e s t a di_

retamente acoplada ao e i x o do g e r a d o r s l n c r o n o , podendo s e r

a u t o - e x c i t a d a , e x c i t a d a em separado ou do t i p o "Shunt" com

d o i s enrolamentos a u x i l i a r e s c o n s t i t u i n d o um c o n j u n t o "shunt-

separado". Esses enrolamentos a u x i l i a r e s denominados, "boost"

e "buck" tern d u p l a f i n a l i d a d e , que sao: manter e s t a v e l a t e n

sao de s a i d a da e x c i t a t r i z , quando em regime permanente, e

d e s l o c a r o ponto de operacao p a r a um novo v a l o r , quando as

sim f o r imposto p e l o r e g u l a d o r de t e n s a o . A n a l i s e do desempe

nho desses t i p o s de e x c i t a t r i z e s sao apresentadas na l i t e r a t u


-li-

ra [01 , or].

l b ) Com e x c i t a t r i z r o t a t i v a CA

A e x c i t a t r i z de c o r r e n t e a l t e r n a d a , a exemplo da e x c i

t a t r i z de c o r r e n t e c o n t i n u a , tambem e s t a geralmente acopla

da ao p r 5 o r i o e i x o do gerador. Como o campo do gerador sin

cron o r e c i s a s e r alimentado oor corrente continua, a tensao

CA da e x c i t a t r i z p r e c i s a s e r r e t i f i c a d a . Essa r e t i f i c a g a o po
de s e r f e i t a a t r a v e s de diodos ( r e t i f i c a d o r e s nao controla

dos) ou t i r i s t o r e s (retificadores controlados.

EXC.
.C A -0-t
C FONTE
AUXILIAR
AMPLIFICADOR

POTENCIA

REGULADOR

Fig. I I . 2 - E x c i t a t r i z CA com r e t i f i c a d o r e s nao c o n t r o l a d o s

A f i g u r a I I . 2 mostra o diagrama de um sistema de exci_

tacao com e x c i t a t r i z CA com r e t i f i c a d o r e s a diodo estaciona

r i o s . No e n t a n t o , a e x c i t a t r i z CA e os r e t i f i c a d o r e s podem

f a z e r p a r t e de um u n i c o c o n j u n t o de elementos r o t a t i v o s , ca

r a c t e r i z a n d o um sistema sem escovas, i s t o e, o uso de aneis

c o l e t o r e s e d i s p e n s a v e l desde que g e r a d o r - e x c i t a t r i z e dio

dos r e t i f i c a d o r e s girem no mesmo e i x o . 0 sistema i n c o r p o r a um

gerador de ima permanente (GIP) com um campo magnetico per


-12-
t

manente para a l i m e n t a r o campo ( e s t a c i o n a r i o ) da excitatriz

CA ( r o t a t i v a ) . P o r t a n t o , sendo todo acoplamento e n t r e os com

ponentes e s t a c i o n a r i o s e r o t a t i v o de n a t u r e z a eletromagneti

ca, t o r n a - s e i m p o s s i v e l medir d i r e t a m e n t e q u a l q u e r quantida

de de campo do gerador, desde que todos os componentes estao

se movendo juntamente com o r o t o r e nenhum a n e l c o l e t o r e u

t i l i z a d o . A F i g . I I . 3 m o s t r a em diagrama de b l o c o s um siste

ma com e x c i t a t r i z CA e r e t i f i c a d o r e s rotativos.

r -"jj 1

© | D-(§H-J | 0
1
AMPLIFICADOR

REGULADOR

Fig. I I . 3 - E x c i t a t r i z CA com r e t i f i c a d o r e s nao controlados

rotativos (sem escovas)

Conforme f o i d i t o a n t e r i o r m e n t e , a r e t i f i c a c a o da t e n

sao a l t e r n a d a da e x c i t a t r i z CA pode s e r f e i t a tambem a t r a v e s

de r e t i f i c a d o r e s c o n t r o l a d o s . A F i g . I I . 4 mostra e s t e tipo

de sistema de e x c i t a c a o , onde a s a i d a da e x c i t a t r i z e d i r e t a

mente c o n t r o l a d a p o r um r e t i f i c a d o r a t i r i s t o r e s e aplicada

ao campo do g e r a d o r . A e x c i t a t r i z pode ser a u t o - e x c i t a d a , co

mo mostrada na f i g u r a a n t e r i o r [ 2 3 ] , ou por uma e x c i t a t r i z

p i l o t o a u x i l i a r . No caso de a u t o - e x c i t a c a o o campo da e x c i t a

t r i z e alimentado a p a r t i r de duas f o n t e s , r e d u n d a n t e s , para


AMPLIFICADOR
JDE
POTENCIA
FONTE
AUXILIAR
-
/ CONTROLE
MANUAL

REGULADOR REGULADOR
DA
DO
EXCITATRIZ. RETIFICADOR

Fig. I I . 4 - E x c i t a t r i z CA com r e t i f i c a d o r e s c o n t r o l a d o s (com

escovas)

l e l a s , cada uma i n c l u i n d o uma ponte t r i f a s i c a a t i r i s t o r e s .

0 r e g u l a d o r da e x c i t a t r i z CA normalmente e s t a em ope

racao para manter uma tensao c o n s t a n t e para as pontes a t i _

r i s t o r e s do gerador. 0 r e g u l a d o r do r e t i f i c a d o r c o n t r o l a a

tensao de campo do gerador e o c o n t r o l e manual, que mantern a

tensao do campo do g e r a d o r , e u t i l i z a d o d u r a n t e a p a r t i d a ou

quando o r e g u l a d o r p r i n c i p a l nao e s t a em operacao.

A exemplo da e x c i t a t r i z CA com r e t i f i c a d o r e s nao con

trolados rotativos, existe tambem a e x c i t a t r i z CA com reti

ficadores controlados rotativos (sem e s c o v a s ) . Um esquema des

se t i p o de e x c i t a t r i z e apresentado na F i g . I I . 5 , onde a p a r

te girante do sistema e apresentada e n v o l v i d a p o r l i n h a s pon

tilhadas. A e x c i t a t r i z e a ponte r e t i f i c a d o r a a tiristores

e s t a o d i r e t a m e n t e conectadas ao e i x o do gerador. 0 sistema e

p r a t i c a m e n t e sem i n e r c i a e p r o p o r c i o n a um meio para uma rapi_


-14-
*

da supressao do campo do g e r a d o r , a t r a v e s da operagao como

inversor. 0 r e t i f i c a d o r do campo do gerador pode tambem s e r

d u a l , ou s e j a , capaz de i n v e r t e r a p o l a r i d a d e para r e d u z i r a

c o r r e n t e de campo do g e r a d o r .

| © 1
J

LADOR

F i g . I I . 5 - E x c i t a t r i z CA com r e t i f i c a d o r e s c o n t r o l a d o s r o t a

tivos (sem escovas) [l7j.

2a) E x c i t a t r i z e s t a t i c a : a l i m e n t a c a o d i r e t a dos t e r m i n a l s do

gerador

Nos sistemas de e x c i t a g a o com e x c i t a t r i z e s estaticas,

a e n e r g i a de e x c i t a g a o do campo do gerador e t i r a d a dos t e r

m i n a i s desse g e r a d o r , r e t i f i c a d a em um r e g u l a d o r a tiristo

res e enviada ao campo. A F i g . I I . 6 mostra em diagrama fun

c i o n a l , um desses t i p o s de e x c i t a g a o . 0 bloco r e f e r e n t e a

ponte r e t i f i c a d o r a pode r e p r e s e n t a r uma ponte a t i r i s t o r e s do

t i p o m i s t o ou do t i p o completo (so t i r i s t o r e s ) . Sendo que es

sa u l t i m a tende, u l t i m a m e n t e , a s e r mais usada, t a n t o pela

razao do c u s t o c o m p a r a t i v o e n t r e as duas quanto p e l a possib.1

lidade de o s i s t e m a do t i p o ponte completa p o s s i b i l i t a r a

vantagem de s e r capaz de i n v e r t e r a tensao de e x c i t a g a o redu


-15-

z i n d o , p o r t a n t o , s u r t o s do tensao quando f u n c i o n a com cargas

fortemente i n d u t i v a s .

Um problema i m p o r t a n t e que surge em sistema de e x c i t a

cao que u t i l i z a m d i r e t a m e n t e a tensao t e r m i n a l do gerador

para sua a u t o - e x c i t a g a o , e o que se r e f e r e ao c u r t o - c i r c u i t o

na rede, porque a a l i m e n t a g a o da e x c i t a g a o c a i ou desaparece

quase que completamente, dependendo da impedancia e n t r e o ge


-
r a d o r e o l c c l da f a l h a . A questao da v a l i d a d e ou nao do em

prego da a u t o - e x c i t a c a o e s t a l i g a d a a c o n f i g u r a g a c do siste

ma e dos equipamentcs de p r o t e c a o . Sistemas a u t o - e x c i t a d o s d i

•retamente nao sao adequados para sistemas complexos, como 5

o caso da m a i o r i a dos sistemas i n d u s t r i a l s [ l 5 ] . No que se r e

f e r e a p r o t e g a o , essa deve a t u a r prontamente, antes que ocor

r a o colapso da tensao de e x c i t a c a o .

CONTROLE

MANUAL

Fig. I I . 6 - Auto-excitagao d i r e t a a t i r i s t o r e s

2b) E x c i t a t r i z "compound"

Conforme f o i d i t o no i t e m a n t e r i o r , um problema impor


-16-
«

t a n t e no c i r c u i t o da e x c i t a t r i z auto-excitada, e a possibili

d a d e de c a i r o u mesmo d e s a p a r e c e r a alimentacao da excita

triz em c a s o de c u r t o - c i r c u i t o na rede. P o r t a n t o , urn sistema

de e x c i t a c a o compound torna-se n e c e s s a r i o para enfrentar tais

situagoes.

Varias configuragoes de a u t o - e x c i t a g a o direta p a r a ge

radores sincronos sao apresentadas na r e f e r e n d a [50J , a

qual apresenta suficientes detalhes comparativos entre elas.

Dentre os t i p o s de e x c i t a g a o "compound", uma d i s t i n g a o

entre eles pode s e r f e i t a : "compound" independente,"compound'

paralelo e "compound" serie.

A F i g . I I . 7 m o s t r a urn s i s t e m a em q u e a e x c i t a g a o se

da a t r a v e s de d o i s carapos de e x c i t a g a o i n d e p e n d e n t e s [ 0 9 ] . Um

exemplo de um s i s t e m a de e x c i t a g a o que u t i l i z a esse tipo de

excitagao e o SCTP (General Electric).


REATOR
LINEAR

Fig. I I . 7- Auto-excitagao direta com "compound"


-17-

A F i g . I I . 8 mostra um e x e m p l o de um s i s t e m a "Compound"

em p a r a l e l o (WTA-PCV, Westinghouse) [09 J , oncic o transfor

m a d o r de c o r r e n t e fornece, a t r a v e s de uma p o n t e retificadora

a diodos, uma c o r r e n t e de e x c i t a c a o c o r r e s p o n d e n t e a caracte

rlstica de c u r t o - c i r c u i t o do g e r a d o r e atraves do regulador

uma e x c i t a g a o a d i c i o n a l e f o r n e c i d a . Em o n e r a g a o subexcitada,

com uma carga capacitiva, a comoosigio atua no s e n t i d o opos

to ao da a d i c a o a r i t m e t i c a . Portanto, com uma c a r g a caoaciti

va so e p o s s i v e l operar acima de a p r o x i m a d a m e n t e 20% da cor

rente nominal, quando a e x c i t a c a o s o l i c i t a d a pelo gerador

tende para a componente de e x c i t a g a o fornecida pela composi

gao. Para uma d a d a c a r g a capacitiva, e possivel curto-circui

tar o secundario do TC a t r a v e s , p o r e x e m p l o , de um r e l e dire

cional de e n e r g i a reativa, para neutralizar a composigao

[»]

Fig. I I . 8 - "Compound em p a r a l e l o "


-18-

A F i g . I I . 9 a p r e s e n t a um d i a g r a m a simnlificado de um

sistema de e x c i t a g a o q u e n o d e s e r c a r a c t e r i z a d o come "compound

serie". Neste sistema a tensao do r e g u l a d o r e a c r e s c i d a por

uma ponte a diodos, alimentada a partir de um transformador

de corrente a nucleo de a r . A c o r r e n t e do g e r a d o r flui atra

ves do l a d o p r i m a r i o do t r a n s f o r m a d o r e uma t e n s a o oroporcio

nal a esta corrente e produzida no l a d o s e c u n d a r i o do mesmo.

Essa tensao e retificada e somada aritmeticamente a tensao

de saida da ponte a tiristores. Como e x i s t e uma c o n e x a o em

serie d a s duas pontes retificadoras, justifica-se a denomina

gao "compound serie".

0 valor d a c o r r e n t e de c u r t o - c i r c u i t o continua e de

terminada pela saturagao do t r a n s f o r m a d o r a nucleo de a r e

e. no m i n i m o duas v e z e s a c o r r e n t e nominal.

Como a c o m p o n e n t e de c o r r e n t e e a d i c i o n a d a a r i t m e t i c a

m e n t e e n a o v e t o r i a l m e n t e , h a um s o b r e c o m p o s i g a o q u a n d o o f a

tor de p o t e n c i a e u n i t a r i o e mais a i n d a quando a o p e r a g a o e

capacitiva. Por essa razao, a ponte c c n t r o l a d a e sempre o u l t i

mo e s t a g i o , p o i s e l a p e r m i t e a geragao de t e n s o e s negativas

permitindo a c o m p e n s a g a o do e x c e s s o de t e n s a o no e q u i p a m e n t o

"compound" [l5, 5o].


-19-

r! &
ronn

REGULADOR

Fig. I I . 9 - "Compound Serie"

II.3 COMPONENTES DO S I S T E M A DE E X C I T A C A O

Embora exista um g r a n d e n u m e r o de s i s t e m a s de excita

cao, o principio de o p e r a g a o e comum. T o d o s o s s i s t e m a s de

excitagao s a o compostos, basicamente, de uma e x c i t a t r i z , um

regulador de t e n s a o , um a m p l i f i c a d o r , um s i s t e m a auxiliar de

partida, um s i s t e m a de p r o t e g a o e um s i s t e m a de c o n t r o l e ma

n u a l . A F i g . 1 1 . 1 0 n o s t r a em d i a g r a m a de b l o c o s , o arranjo

destes componentes e a seguir sao feitas considerago^s sobre

essas partes.
-20-

TENSAO E CORRENTE DE
EXCITATRIZ GERADOR
r ~ ~L
L_ _ 5AIDA

AMPLIFICADOR SIST. AUXILIAR S'lSTEMA DE Pf?0tECA


DE PQTENCIA DE PARTI DA E DESEXCITACAO
3
nr—
CONTROLE
MANUAL REGULADOR DE
TENSAO

Fig. 11.10 - Componentes de um S i s t e m a de E x c i t a g a o

II.3.1 A excitatriz

A fungao da e x c i t a t r i z e fornecer a corrente continua

necessaria a alimentacao do campo g e r a d o r sincrono.

Conforme f o i visto no i t e m II.2, a excitatriz do s i s

tema de e x c i t a g a o pode s e r r o t a t i v a ou e s t a t i c a . No c a s o de

ser rotativa, dois tipos d e m a q u i n a s podem s e r u s a d a s : uma

maquina de c o r r e n t e continua com c o m u t a d o r o u uma m a q u i n a de

corrente a l t e r n a d a . Nessa u l t i m a alternativa, a excitagao

do camDO do g e r a d o r principal e f e i t a a p a r t i r da tensao CAgerada

pela excitatriz, apos s u a r e t i f i c a g a o atraves'de retificado

res controlados ( a t i r i s t o r e s ) o u n a o ( a d i o d o s ) . No c a s o de

a excitatriz s e re s t a t i c a , a alimentagao da ponte controlada

provem d o s t e r m i n a l s do p r o p r i o gerador.
-21-

a) Excitatriz CC

A F i g . 11.11 m o s t r a um diagrama esquematico de uma ex

citatriz CC, e x c i t a d a em seoarado, que s e r v i r a de b a s e para

o estabelecimento do m o d e l o m a t e m a t i c o dessa excitatriz.

R
f
0 VW* i , o

* k JL +

Fig. 11.11 - E x c i t a t r i z CC e x c i t a d a separadamente

E q u a c a o do campo:

E = x R + L
s f f f ^dT

Conforme j a f o i dito anteriormente, a excitatriz pode

ser a c i o n a ^ a mecanicamente a t r a v e s do e i x o do p r o p r i o gera

dor, o u pode s e r a c i o n a d a separadamente; contudo, os efeitos

da variagao da v e l o c i d a d e sao d e s o r e z i v e i s e consequentemente

a velocidade pode s e r considerada constante em cada caso.

E e uma funcaoT
nao l i n e a r de 1^, c o n f o r m e pode s e ob—
x f

servar da c u r v a de s a t u r a c a o d a e x c i t a t r i z em carga, mostra

da na figura 1 1 . 1 2 e e s s a r e l a c a o pode s e r expressa como:

i £ = ! i + A i £ tir.2)
g
-22-

-x o

Fig. 11.12 - Curva de saturacao de excitatriz em carga

AI representa a corrente a d i c i o n a l n e c e s s a r i a devido

a saturacao e esta relacionada com a fungao saturacao S (em


E
A/V) da seguinte forma:

AI = S E ( I I . 3!
f e x

Substituindo a equar-ao ( I I . 3) n a (II. 2),

I-. = —^ + S E (II.4)
f R e x
g

Com o o b j e t i v o de expressar as equacoes em por unida_

de, as seguintes quantidades base sao definidas:

T e n s a o de b a s e da excitatriz E , = tensao da excita


xb —

triz correspondente a tensao de circuito aberto do • gerador

na linha de entreferro.
-23-

Resistencia de b a s e d a e x c i t a t r i z R ,- R
gb g

C o r r e n t e de b a s e d a e x c i t a t r i z I „ = E , /R ,
fb xb gb

Portanto, a equacao (II.e) em p.u f i c a sendo

I_ = E + R ,S E (II.5)
f x gb E x

e a equacao (II.1) torna-se

R
f +
L
f d I
f (II.6)
E
s = Z
f "R R . dt
gb gb

o n d e E , e a b a s e de E .
xb s

A funcao saturacao S pode s e r d e f i n i d a em p.u p o r :


E

A I
f ( I I . 7!
S R S
E " E " gb e

dl d l f
dE
(II.8)
dt dE * dt
x

Substituindo as equagoes (II.5), (II.7) e (II.8) na

equacao (II.6),

dl dE
Rf Lf (II.9)
E +S^E
E
s =
x E x dt
gb gb dE
x J
seia

'dl' (11.10)
L_ = L f
fu f dE E = E
X x xo

-24-

Onde E e o v a l o r de E no p o n t o de o p e r a c a o , entao
xo x

Lc dE
fu x (11.11)
E = E +S„E
s R
U1 x E x P. , dt
gb
gb.J

Em f o r m a de d i a g r a m a de b l o c o s a equacao a n t e r i o r po

de s e r representada p e l a F i g . I I . 1 3 , p o d e n d o s e r tambem repre

sentada, ainda em d i a g r a m a de b l o c o s , mas de f o r m a reduzida,

pela figura 11.14.

Fig. 11.13 - E x c i t a t r i z CC e x c i t a d a s e p a r a d a m e n t e (mo

delo)

Fig. 11.14 - Diagrama de b l o c o s de e x c i t a t r i z CC


-25-

onde K - R /R ,
L f gh

T„ = L - /R ,
E fu gb

S = R R
E f V qb

V = E
R s

fd x

Negligenciando a saturacao e considerando pequenas va

riagoes,

E
f d (s) _ 1 (11.12)
V ST
R(S) ~ V E

b) Excitatriz CA

Nas excitatrizes CA, d e s d e que se despreze a satura

gao, pode-se afirmar que sua tensao terminal e proporcional

a corrente de campo. A f o r m a como i r a v a r i a r a corrente de

campo d e p e n d e r a em m u i t o da impedancia externa do circuito de

estator ou da impedancia da carga. Mas, usando a definigao

de razao de resposta ( v e r A p e n d i c e A) pode-se considerar a

excitatriz CA em circuito aberto. Nesse caso a corrente de

campo n a excitatriz varia de acordo com a "constante de tem

po transitoria de eixo direto em circuito aberto", onde

T = r ( I I 1 3 )
do V f '

De forma analoga a da excitatriz CC, a funcao de

transferencia da excitatriz CA pode s e r e s c r i t a , no dominio


-26-

de Laplace por,

E = K / ( 1 + S T ) V
fd( ) S dO R(S)

E
onde f ( j ( ) eatransformada
s de Laplace da tensao de campo em

circuito aberto e , . e a transformada da tensao do requla


J
R(s) —
dor [ O l ] .

c ) As vantagens das excitatrizes estaticas sobre as excita

trizes rotativas

Atualmente,para geradores de grande p o r t e , o que se

tem utilizado sao sistemas de excitacao estatico de resposta

rapida, no sentid^ de melhorar a e s t a b i l i d a d e dinamica do

sistema de potencia. Atraves desses sistemas de excitacao, a

corrente de campo do gerador sincrono pode s e r v a r i a d a , mini

tempo e x t r e m a m e n t e pequeno, com r e l a c a o as mudangas n a s con

digoes de operagao do sistema. Dent.re a s vantagens das exci

tatrizes estaticas sobre as e x c i t a t r i z e s convencionais CC e

CA, podem s e r d e s t a c a d a s as seguintes [43J :

a) Reduzido custo operacional, devido as baixas per

das e reduzida manutengao;

b) Maior c o n f i a b i l i d a d e ;

c) Maior velocidade de resposta, devido a ausencia da

constante de tempo d a maquina - excitatriz;

d) P o s s i b i l i d a d e de plena faixa de excitagao de posi

tiva a negativa, q u a s e que instantaneamente ;

e) Menor c o m p r i m e n t o do eixo da maquina, com conse

q u e n t e menor c u s t o de obras civis;


-27-

f) 0 e q u i p a m e n t o de e x c i t a c a o pode s e r i n s t a l a d o em

separado do gerador;

g) Menor n i v e l de ruido.

Como i n d i c a d o anteriormente os retificadores a estado

solido sao parte integrante das excitatrizes mais modernas.

Por e s s a razao e s s e s equipamentos sao examinados a seguir.

II.3.2 Pontes R e t i f i c a d o r a s

a) Pontes a diodos

As pontes a diodos de maior potencia sao utilizadas

nos sistemas de e x i c t a c a o com excitatriz CA - retificador a

diodos, g i r a n t e ou e s t a c i o n a r i o . Os pontos e s p e c i f i c a d o s pa

ra t a l retificador s a o Q15 J :

- 0 retificador deve s e r calculado para uma tensao e

uma corrente nao inferior a 110% das e s p e c i f i c a g o e s dos gera

dores q u a n d o o p e r a n d o em valores nominais;

- No e s q u e m a do retificador estatico, a chave de cam

po e o circuito de supressao devem s e r m a n t i d o s p a r a seus ob

jetivos normais;

- Pelo menos 20% dos diodos devem p o d e r ser removidos

ou danificados sem a f e t a r a operagao do sistema como um to

do;

- 0 retificador deve s e r capaz de suoortar quaisquer

surtos de tensao ou corrente que a p a r e g a m no circuito duran

te f a l h a s do sistema.
-28-

No caso de ponte girante, os diodos sao colocados no

lado o n d e o r o t o r nao e acionado mecanicamente.

b) Pontes a tiristores

As pontes a tiristores podem s e r g i r a n t e s ou e s t a c i o n a

rias. As pontes sao normalmente e s c o l h i d a s oorque sao os c i r

cuitos retificadores que imooema menor tensao reversa ou dire

ta sobre os tiristores. Os retificadores trifasicos de m e i a on

da sao, por exemplo, l i m i t a d o s a a p l i c a g o e s em que a t e n s a o do

teto nao ultrapasse 350V, a l e m de necessitarem transformado

res. E n t r e as pontes pode-se utilizar as mistas (semi- contro

ladas - 3 tiristores e 3 diodos) ou as totalmente controladas.

A principal d i f e r e n c a e que as pontes m i s t a s nao podem inver

ter a p o l a r i d a d e da tensao. A descarga da energia armazenada

em uma carga indutiva e governada p e l a constante de tempo na

tural da c a r g a . Uma ponte totalmente controlada permite inver

ter a p o l a r i d a d e de sua tensao, eliminando os circuitos de

s u p r e s s a o de campo. As figuras 11.15 e 11.16, mostram as rela

g o e s da tensao retificada com o angulo de d i s p a r o e com a

tensao de controle, respectivamente.

Um e x e m p l o , e uma ponte r e t i f i c a d o r a g i r a n t e da GE de

um s i s t e m a de e x c i t a g a o de 500 KW, 375V, 90rpm [ 2 0 ] , consti

tuida de 4 tiristores em paralelo, cada um com uma tensao re

versa nominal de 2.5 vezes a tensao rms da excitatriz.

Quando a p o n t e e g i r a n t e , o conjunto de tiristores e

m o n t a d o em um disco solido, de material isolante, em uma con

figuragao tipo ventilador, para permitir a refrigeragao dos


-29-

Fig. 11.15 - Relacao tensao retificada e angulo de d i s p a r o

C
» 0
T E N S A O DE

TETO POSIT I VA

TENSAO
TENSAO DE TETO RETI F\ CADA
NEGATI VA TENSAO DE
CON TROLE

Fig. 11.16 - Relacao tensao retificada e tensao de c o n t r o l e


-30-

semicondutores com a r forcado.

Os sistemas de d i s p a r o dos t i r i s t o r e s devem e n v i a r p u l

sos simultaneos quando h o u v e r conexao de t i r i s t o r e s em para

lelo o u em serie.

II.3.3. Sistema Auxiliar de P a r t i d a e C o n t r o l e Manual

Os geradores cuja energia n e c e s s a r i a para a excitagao

e obtida diretamente dos seus terminals, necessitam de um s i s

tema a u x i l i a r para iniciar a excitagao, p o i s , mesmo nossuindo

uma tensao residual, em v a z i o , e s t a node nao s e r s u f i c i e n t e pa

ra p o r em f u n c i o n a m e n t o o r e g u l a d o r portanto, a excitacao de

partida deve s e r obtida a partir da r e t i f i c a c a o da alimenta

gao auxiliar.

Exemplos de s i s t e m a s de e x c i t a g a o que u t i l i z a m siste

ma a u x i l i a r de p a r t i d a f o r a m m o s t r a d o s n a s f i g u r a s I I . 3, I I . 4

e I I . 5 com e x c i t a t r i z CA e de f o r m a n a o e x p l i c i t a nos siste

mas d e e x c i t a g a o com e x c i t a t r i z estatica, no i t e m II.2.2.

0 c o n t r o l e m a n u a l pode s e r d e f i n i d o como s e n d o o s e l e

m e n t o s do s i s t e m a de c o n t r o l e d a e x c i t a g a o , que oroporcionam

o a j u s t e manual da t e n s a o terminal da maquina sincrona, atra

ves do c o n t r o l e de m a l h a aberta [09] . A f u n g a o do controle

manual e p e r m i t i r que 6 g e r a d o r opere, sob c o n d i g o e s limita

das, caso ocorra uma falta no r e g u l a d o r e o mesmo s e j a retira

do do s i s t e m a . Portanto, o c o n t r o l e manual deve s e r considera

do como uma m e d i d a d e e m e r g e n c i a . O c o n t r o l e manual preventi


-31-

vo envolve nao somente a u n i d a d e de r e g u l a c a o manual efetiva,

como tambem o s e q u i n a m e n t o s n e c e s s a r i o s de t r a n s f e r e n c i a (au

tomatico/manual) e balanceamentor incorrendo naturalmente em

custos extras. Por e s s a s razoes geralmente e mais economico,

especialmente onde s 5 s e p r e c i s a de um p e n u e n o regulador, f i

car sem o c o n t r o l e m a n u a l e m a n t e r uma unidade de r e s e r v a d i s

ponivel para q u e no c a s o de d e f e i t o , a unidade d e ^ e i t u o s a pos

sa ser substituida p o r uma nova unidade modulada [_50J.-

Deve-se o b s e r v a r tambem, q u e e x l s t e m sistemas de exci

t a c a o onde e i m n o s s i v e l u s a r um simples c o n t r o l e manual. Um

caso particular e o s i s t e m a de e x c i t a c a o ''compound s e r i e " mos

trado na F i g . I I . 9 .

II.3.4 Sistemas de Protecao

Os geradores sao os mais caros equioamentos no s i s t e m a

de potencia CA. A p r o t e c a o desses geradores e de s e u sistema

de controle, envolve consideracoes das mais variadas condi

g o e s de o n e r a g o e s anormais possiveis, que q u a l q u e r outro ele

m e n t o do s i s t e m a .

Dentre os v a r i o s asoectos de p r o t e c a o do g e r a d o r (fa

lhas internas, sobreaquecimento, sobretensoes , perda de sin

cronismo, vibracoes, motorizacao, sobrevelocidade, etc..) se

rao destacados, neste Capitulo, aspectos de p r o t e c a o do gera

dor r e f e r e n t e s ao c i r c u i t o s u p r e s s o r d e campo (ou desexcita

gao) e ao c i r c u i t o s u p r e s s o r de tensao.
-31-

a) Circuito supressor de canroo ( o u de desexcitacao)

Se ocorrer una f a l h a nos t e r m i n a l s do g e r a d o r ou no

sistema de d e s e x c i t a c a o , o campo d e v e s e r sunrimido o mais r a

pido p o s s i v e l e de f o r m a c o m p l e t a , com a f i n a l i d a d e de limi

tar o s danos d e c o r r e n t e s da falha.

Por essa razao, normalmente, o r e t i f i c a d o r e conecta

do a o campo d a m a q u i n a sincrona a t r a v e s de um d i s j u n t o r esoe

cial de c o r r e n t e continua. Este d i s j u n t o r possui dois conta

tos de o p e r a c a o e um de r e p o u s o , que s e f e c h a antes dos ou

tros abrirem, conectando as r e s i s t e n c i a s de d e s e x c i t a c a o em

paralelo com o s t e r m i n a l s do r o t o r ( F i g . 11.17). Estas resis

tencias tern s e u v a l o r a d a o t a d o a. r e s i s t e n c i a do r o t o r e po

dem tercaracteristica linear o u nao l i n e a r . 0 circuito e pro.

tegido por f u s i v e i s [ 1 5 ] .

Uma outra possibilidade e a utilizacao de um d i o d o em

serie com o r e s i s t o r ( F i g . 11.18) . Nesse c a s o , a desexcitacao

e obtida, antes de t u d o , suprimindo os s i n a i s de d i s p a r o dos

tiristores. 0 bloqueio da p o n t e so ocorre quando o v a l o r ins

tantaneo da t e n s a o de a l i m e n t a g a o e x c e d e a tensao resultante

do v a l o r da r e s i s t e n c i a de d e s c a r g a multiolicada pela corren

te de e x c i t a g a o . A resistencia deve s e r t a l q u e mesmo condu

zindo a maxima c o r r e n t e de e x c i t a g a o , a q u e d a de t e n s a o nao

ultrapasse o v a l o r de p i c o da f o n t e de a l i m e n t a g a o . Uma des

vantagem d e s s a solugao e que, durante a operacao n o r m a l de e x

citagao, i n t e r v a l o s na condugao da r e s i s t e n c i a de d e s c a r g a q

correm nos i n s t a n t e s a tensao de s a i d a d a p o n t e se torna nega


-33-

X
I 1
Or
O-
Cr

Fig. 11.17 - C i r c u i t o de d e s e x c i t a c a o a t r a v e s d e um resistor

o
o
o-

Fig. 11.18 - C i r c u i t o de d e s e x c i t a c a o a t r a v e s d e um d i o d o em

serie com um resistor

tiva ( t o d a v e z que o a n g u l o de d i s o a r o excede 6 0°, como por

exemplo, durante a operacao en v a z i o da maquina sincrona). I s

t o a c a r r e t a d i s s i n a c a o de e n e r g i a e efeitos indesejaveis de

aquecimento; ainda m a i s , o desemnenho da e x c i t a t r i z em condi

g o e s de t e t o n e g a t i v o torna-se dependente do v a l o r d a corren

te d e campo o q u e e i n d e s e j a v e l no c a s o de uma m a q u i n a ope

r a n d o com b a i x a c o r r e n t e d e campo no c a s o de c a r g a capacitiva.


-34-

Uma solucao melhor e prooorcionada pelo u s o d e um t i

ristor em v e z de um d i o d o d e s e x c i t a c a o por t i r i s t o r - resis

tencia). A desexcitacao se r e a l i z a oela supressao dos o u l s o s

de d i s p a r o da ponte, d i s o a r o do t i r i s t o r de d e s c a r g a e aber

tura da c h a v e C ( F i g . 11.19).

t i i
0
Fig. 11.19 - C i r c u i t o d e d e s e x c i t a c a o a t r a v e s de um tiristor

em s e r i e com um resistor

b) Circuito de s u p r e s s a o de sobretensao

0 campo e o s t i r i s t o r e s s a o p r o t e g i d o s contra sobre

tensoes a t r a v e s de d i v e r s o r e s , que c o n s i s t e m de d i s c o s de

selenio, fabricados especialmente nara esse f i m , com c a r a c t e

risiticas tensao X c o r r e n t e semelhante a s dosdiodos Zener

[is].

As sobretensoes no campo d e um g e r a d o r podem o c o r r e r

pelas seguintes causas:


-35-
I

- Abertura ou c o m u t a c a o a c i d e n t a l na fori t o de alimen

tacao CA d a e x c i t a t r i z , acarretando uma sobretensao oposta

a e x c i t a c a o normal;

- S a i d a de s i n c r o n i s m o acidental, no c a s o de falha

na rede, p o r exemplo, quando a c o r r e n t e de e x c i t a c a o t e n d e r a

uma r e v e r s a o q u e a c a r r e t a uma s o b r e t e n s a o do mesmo s i n a l que

a excitagao normal.

A F i g . 1 1 . 2 0 , a o r e s e n t a um e s q u e m a onde as sobreten

soes do p r i m e i r o caso oodem s e r e l i m i n a d a s pelo disparo do

tiristor T l e a s do segundo c a s o nelo d i s p a r o do tiristor

T2.

Fig. 11.20 - C i r c u i t o s u n r e s s o r de s o b r e t e n s o e s a t r a v e s dos

tiristores T l e T2

II.3.5 Regulador d a Maquina Sincrona

O regulador de t e n s a o d e uma m a q u i n a sincrona aconla

as variaveis de s a i d a da maquina a entrada da e x c i t a t r i z , a


-36-

traves de e l e m e n t o s de controle diretos e dc rea1imentacao ,

com o o b j e t i v o de r e g u l a r as v a r i a v e i s de saida da maquina

sincrona [ o i , 06].

Os primeiros reguladores de tensao eram totalmente

manuais, do tioo eletromecanico de agio direta e caracteriza

dos por possuirem resposta lenta, alem de apresentarem gran

de d i s s i p a c a o de potencia nas resistencias comutaveis, atra

ves das quais a c o r r e n t e de e x c i t a c a o da excitatriz era regu

lada. Esses reguladores portanto, tinham s e u uso limitado a

geradores de pequeno e medio oorte.

Com o aumento das dimensoes dos geradores e as inter

ligagoes dos s i s t e m a s de potencia comecaram a a p a r e c e r regu

ladores reostaticos de acao indireta, que embora tendo maior

capacidade de c o n t r o l a r a c o r r e n t e de excitatrizes de maior

p o r t e sao l i m i t a d o s n a s u a v e l o c i d a d e de r e s p o s t a devido a va

rios a t r a s o s mecanicos [oij.

No s e n t i d o de substituir o r e o s t a t o do campo, foram

desenvolvidos reguladores de tensao eletrSnicos. Esses regu

ladores controlavam o a n g u l o de d i s p a r o das valvulas (tubos

ignitono) para controlar a tensao de saida do retificador

que a l i m e n t a o e n r o l a m e n t o do campo d a excitatriz principal.

No entanto, apesar de operarem de forma satisfatoria, nao fq

ram u s a d o s em larga escala devido a dois fatores: custo ini

cial e de m a n u t e n g a o que comparativamente aos outros tioos

de reguladores eram muito altos [02].

Pode-se d i z e r que o regulador da maquina sincrona e


-37-

constituido dos elementos do uma m a l h a n r i n c i p a l do regula

cao e de e l e m e n t o s a d i c i o n a i s .

A F i g . 11.21 mostra o diagrama de b l o c o s generaliza

do, do p o n t o d e v i s t a de c o n t r o l e , d e um s i s t e m a de excitacao,

situando a s funcoes de c a d a comoonente d e n t r o do mesmo. Os

tracos cheios indicam a malha p r i n c i p a l do s i s t e m a de c o n t r q

le cuja realimentacao e constitulda pelos elementos de dete

cao p r i m a r i a , ou s e j a , pelos elementos que o r i m e i r o utilizam

ou transformam e n e r g i a para produzir um s i n a l q u e e uma f u n

PRE +
MAQUIN A
REF. AMPUFICA- EXCITATRIZ
t ? ^ DOR •9* Sl'NCRO NA SISTMA
DE
I POTENCIA

ELEMENTO
J I
DET.
PRIM. CONTRO-
LE
MANUAL

A ~A

E S P LIMIT.

T I T
REGULADOR C0NTROLE^<_ EXCITATRIZ—J< MAQUINA
MANUAL SINCRONA
SISTEMA DE E X C I T A C A O _

SIST. DE CONTROLE DA EXCITACAO.

Fig. 11.21 - Diagrama de b l o c o s do s i s t e m a de c o n t r o l e de e x

citacao

cao do v a l o r d a v a r i a v e l controlada (atensao d e s a i d a do g e

r a d o r ) . Comnarando e s s e sinal a um s i n a l de r e f e r e n d a ob

t e m - s e um s i n a l de e r r o , q u e , a m p l i f i c a d o , fara a excitatriz

atuar no s e n t i d o de c o r r i g i r quaisquer variacoesda variavel

controlada. No c a s o d e um s i s t e m a de e x c i t a c a o s o oossuir

essa malha p r i m a r i a , como n a r e g u l a c a o da e x c i t a t r i z da F i g .


-38-

II.2, o regulador sera definido como "regulador primario".

Em p o n t i l h a d o sao indicados outros elementos, adicionais,

que produzem sinais com a f i n a l i d a d e de m e l h o r a r o desempe

nho do s i s t e m a : compensadores, limitadores, estabilizador de

sistema de p o t e n c i a (ESP), e s t a b i l i z a d o r da e x c i t a c a o . poden

do ainda serem introduzidos outros sinais auxiliares.

Nas Figs. I I . 2 a I I . 5 foram mostrados diferentes t i

pos de r e g u l a c a o de s i s t e m a s de e x c i t a g a o . Na F i g . I I . 2 a r e

gulagao e obtida a t r a v e s de um a m o l i f i c a d o r de p o t e n c i a , que

alimenta o campo d a e x c i t a t r i z e seu regulador. No sistema

mostrado na F i g . I I . 4 sao f e i t a s duas regulagoes: uma do am

plificador da e x c i t a t r i z e outra da ponte retificadora da ex

citatriz. Finalmente, no s i s t e m a mostrado na F i g . I I . 5 a re

gulagao e f e i t a a t r a v e s da ponte a tiristores que s e consti

tui na p r o p r i a e x c i t a t r i z estatica. Nos t r e s casos, os regu

ladores do a m p l i f i c a d o r de p o t e n c i a das Figs. II.2 e II.3 ,

da ponte retificadora da e x c i t a t r i z da F i g . I I . 4 e da e x c i t a

triz estatica da F i g . I I . 5 , possuem, b a s i c a m e n t e , os mesmos

componentes: d e t e t o r de e r r o , p r e - a m p l i f i c a d o r e s , estabiliza

dores, limitadores e outras entradas auxiliares. 0 regulador

do amplificador da e x c i t a t r i z da F i g . I I . 4 e mais simples e

s e compoe a p e n a s do d e t e t o r de e r r o e p r e - a m p l i f i c a d o r , par

tes i n t e g r a n t e s dos outros reguladores, constituindo-se, em

um r e g u l a d o r primario.

De um modo g e r a l o r e g u l a d o r do s i s t e m a de excitagao

pode s e r d e f i n i d o como c o m p o s t o d e um a m p l i f i c a d o r . d e poten

cia, d e um r e g u l a d o r desse amplificador (regulador primario)

e de s i n a i s adicionais.
-39-

II.3.5.1 Amplificador de Potencia

0 primeiro passo no s e n t i d o da s o f i s t i c a g a o dos s i s

t e m a s de e x c i t a c a o n r i m i t i v o s f o i a introdugao de um amplifi

c a d o r n a m a l h a de r e a l i m e n t a g a o do s i s t e m a de r e g u l a c a o . Em

alguns sistemas o amplificador utilizado foio amplificador

rotativo ou a m o l i d l n a m o , enquanto noutros foram utilizados

amplificadores magneticos, sendo u t i l i z a d o s mais modernamen

te pre-amplificadores e amplificadores a estado solido £09].

a) Amplificadores rotativos

Os a m p l i f i c a d o r e s rotativos s a o m a q u i n a s de corrente

continua especiais, utilizadas para f o r g a r o campo d a excita

triz na d i r e c a o d e s e j a d a , no s e n t i d o de s e o b t e r uma respos

t a mais r a p i d a do s i s t e m a de excitagao.

b) Amplificadores magneticos

Os a m p l i f i c a d o r e s magneticos consistem basicamente

de um r e a t o r de n u c l e o saturavel e um retificador. Uma vanta

gem desse tipo de a m p l i f i c a d o r sobre o rotativo e a ausencia

de partes rotativas. A F i g . 1 1 . 2 2 m o s t r a um e s q u e m a basico

de um a m p l i f i c a d o r magnetico.
1

-40-

CARGA

Fig.'11.22 - Amplificador magnetico

c) A m p l i f i c a d o r e s a estado solido

Os a m p l i f i c a d o r e s a t i r i s t o r e s , n a f o r m a de pontes

retificadoras, sao os mais utilizados, atualmente. Em a l

guns c a s o s sao u t i l i z a d o s em c o n j u n t o com p o n t e s a diodos

formando s i s t e m a s "compound", como i n d i c a d o no I t e m I I . 2 . Os

tipos de p o n t e s utilizados s a o o s mesmos j a d i s c u t i d o s no

item II.3.2.

Nos c i r c u i t o s retificadores a tiristores o v a l o r me

dio da t e n s a o de s a i d a V e controlado a nartir de uma ten


e
sao de c o n t r o l e V oriunda do s i n a l de e r r o do regulador.
c

Uma tecnica utilizada para a determinacao do i n s t a n t e de

disparo dos t i r i s t o r e s e a comparacao e n t r e um d e n t e de s e r

ra, s i n c r o n i z a d o com a r e d e , e a tensao de c o n t r o l e , Fig.

1 1 . 1 4 . No e n t a n t o , nesse caso, a relacao entre V e V e


T
e c
nao linear. Para se obter uma r e l a c a o l i n e a r , a tensao de
-41-

controle node s e r c o m n a r a d a com uma cosenoidc. A F i g . 11.23

aoresenta o princiDio basico dessa linearizaeao.

cot

Fig. 11.23 - C o n t r o l e do g a t i l h o com relacao linear entre V

e a

Nas p o n t e s simetricas retificadoras a tiristores, a

limentando carga resistiva ou c a r g a indutiva (campo d a exci

triz) com diodo de c i r c u l a c a o , o v a l o r medio da t e n s a o de

saida retificada e dada p e l a e x p r e s s a o 46J:

V = K(l+cosa) (11.15)
e

No caso da r e l a c a o l i n e a r entre V c e a n g u l o de dis

paro, sao v a l i d a s as seguintes exnressoes:

V = act (11.16)
c

V = K(1+cos(V/a) (11.17)
e c
-42-

Para obter-se uma relacao entre V e V , de acordo


e c
com a equacao I I . 6 , necessita-se fazer:

V = K„ ( l + C O S 0 i ) (11.18)
C 2.

ou seja V = K-. V (11.19)


e 3 c

Se o i n s t a n t e de d i s p a r o f o r determinado p e l a in

tersegao de uma f o r m a de o n d a K_(l+cosOi) com uma tensao de

controle V , como i n d i c a d o n a F i g . 1 1 , 2 4 , a expressao sera

satisfeita [.45].

(a )

v
ref A

( b )

(c )
*- CO t

Fig. 11.24 - Controle do g a t i l h o com relacao linear entre

V e V .
e c
-43-

I I . 3 . 5 . 2 O Requlador Primario

A F i q . 11.25 mostra um d i a q r m a de p r i n c i p i o desse re

gulador primario. A tensao de s a i d a da e x c i t a t r i z e detec

tada a t r a v e s de um t r a n s f o r m a d o r de p o t e n c i a (TP), r e t i f i c a

da e filtrada Essa tensao prooorcional representa a tensao

de saida real da e x c i t a t r i z . 0 somador compara V com uma


• DC

t-ensao de r e f e r e n d a fixa, V , fornecendo ama t e n s a o de er

ro atuante, proporcional a. d i f e r e n g a de t e n s a o , dando o r i

gem a chamada tensao de c o n t r o l e V_ q u e m o d i f i c a o a n g u l o de

disparo dos t i r i s t o r e s e, c o n s e q u e n t e m e n t e , a tensao do cam

0
po d a e x c i t a t r i z , V .

K <
O Jjl

<I LU

.. o CIRCUITO DE
DISPARO
<

Vde
AM P L I F I C A D O R SOMADOR Fl L T R 0 <
I —1

' UJ
SINAL DE
REFE RENCIA
s

Fig. 11.25 - Diagrama de p r i n c i n i o do r e g u l a d o r de uma ex

citatriz C A
-44-

Uma possivel conexao p a r a os blocos referentes ao

detetor, retificador e filtro e apresentada na F i g . 11.11 ,

onde o s s e c u n d a r i o s do t r a n s f o r m a d o r de p o t e n c i a l s a o c o n e c

tados as pontes retificadoras l i g a d a s em s e r i e . 0 filtro ca

pacitivo elimina as oscilacoes da tensao antes de compara-

la com a r e f e r e n d a . Nesse caso,

V
dC K
" R V
/< 1 + T
R S ) (ii.20:

Onde K e uma c o n s t a n t e de p r o p o r c i o n a l i d a d e e a
R
c o n s t a n t e de tempo de f i l t r a g e m T s i t u a - s e normalmente na
~ R
f a i x a : C U T ^0,06 s [ o i ]
R

'dc

Fig. 1 1 . 2 6 - D i a g r a m a do e l e m e n t o d e t e t o r ( T P ) , ponte reti

ficadora e filtro

A s a i d a do a m p l i f i c a d o r f o r n e c e uma tensao propor

cional a d i f e r e n c a entre a tensao de r e f e r e n d a , V r e f e a

tensao V, .
dc

E = K(V .-V,^) (11.21)


a r e f dc
Existem varias maneiras de se obtcr essa fungao, uma

delas seria um circuito usando a m p l i f i c a d o r operacional con

forme a figura 11.12.

Fig. 11.27 - Circuito amplificador

( V V }
(11.22)
R7 ref " dc

0 amplificador pode s e r a transistor ou a amplifica

dor operacional. No caso do amplificador operacional, e s t e pq

de ser incorporado ao somador. Neste caso, a tensao de con

trole V = E . Entretanto, pode ser necessario usar um ampli —


c a

ficador em separado, e nesse caso, assumindo a amplificacao

de tensao linear:

V = K,.E / ( l + sT,) (II.23)


c A a A

onde e a constante de tempo do amplificador.

Em qualquer amplificador um valor de saturacao deve

ser especificado:

V . < V < V
cmin c cmax
-46-

I I . 3 . 5.3 Elementos Adicionais

No diagrma da F i g . I I nota-se perfeitamente a introdu

cao de sinais adicionais ao regulador b a s i c o ; uma malha de

realimentagao para estabilizar a excitacao (EST.), comoensa

dores (COMP.), l i m i t a d o r e s ( L I M . ) e estabilizadores de siste

ma de potencia (ESP).

a) Compensadores

a.l) Compensador de Corrente Ativa e Reativa

Em algumas a p l i c a c o e s , d e s e j a - s e manter constante a

tensao em algum ponto remoto da rede, e nao nos terminals do

gerador ou transformador. Portanto, deve-se u s a r algum dispq

sitivo que i n t r o d u z a uma queda de tensao e q u i v a l e n t e na uni

d a d e de medigao. E s s e d i s p o s i t i v o e o compensador de corren

te a t i v a e reativa. A Fig. II.28.a, indica um metodo de com

sagao para um circuito trifasico da s a l d o do gerador [ 20 J. Um

transformador de potencial e colocado e n t r e as linhas A e B

e um transformador de c o r r e n t e na linha B. 0 transformador de

corrente a l i m e n t a uma resistencia R, de modo que a queda de

tensao em R, e somada a t e n s a o V" . 0 diagrama vetorial pa


AB —

ra o conjunto e i n d i c a d o na Fig. II.28.b, onde se verifica

que a tensao a p l i c a d a a unidade de medigao e r e d u z i d a pela

q u e d a de t e n s a o R I e , p o r t a n t o , d e s d e q u e o r e g u l a d o r tende
a m a n t e r V,„ c o n s t a n t e , h a v e r a um a u m e n t o n a t e n s a o do
TT gera —
MU
dor para permitir a q u e d a de tensao na linha. A variagao da
-47-

tensao e proporcional a corrente da l i n h a , mas v a r i a com o

fator de p o t e n c i a ( p a r a uma c o r r e n t e fixa), como i n d i c a a

Fig. I I . 2 8 . d . Como a l i n h a possui reatancia e resistencia ,

a s q u e d a s de t e n s a o devido a esses parametros sao indicadas

na F i g . II.28.C, dando uma q u e d a n a i m p e d a n c i a total, TZ. Es_

s e metodo e correto oara uma linha que tenha a relacao X/R

de 0,577 [ 0 4 ] . £ c l a r o q u e nem todas as linhas possuem essa

relacao, mas o m e t o d o e suficientemente p r e c i s o para linhas

normais, particularmente se o fator de p o t e n c i a nao varia'r

muito.

o
TC
'B B
TIT
/ > -o
c
TP

>•
V
AB

- R +

( 0 )

( b ) (c )

TENSAO

( MU)
V COMPENSACAO DE
10 •/.

NENHUMS
COMPENSACAO

0.9

0 0.2 0.4 0.6 0.8 1.0 OA 0.6 0.4 0.2 0

AVANCO t FATOR DE POTENCIA »• ATRASO

(d )

Fig. 11.28 - Compensacao de c o r r e n t e ativa e reativa [04]


-48-

a.2) Compensador de C o r r e n t e R e a t i v a

0 compensador de c o r r e n t e r e a t i v a p r o p o r c i o n a um s i

nal p a r a m o d i f i c a r a tensao do gerador a f i m de que se te

nha boa condicao de se e f e t u a r o p a r a l e l o do gerador a rede.

Provalvemente, o a r r a n j o mais comum e o da F i g . I I . 2 9 a [ 2 0 ] .

Um TP mede a tensao e n t r e as l i n h a s A e B e um TC, na l i n h a

C, produz uma queda de tensao nos t e r m i n a i s do r e s i s t o r R,

em f a s e com a c o r r e n t e i . A tensao de s a i d a , V , e a so'


c MU -
ma da tensao V com a queda de tensao RI„. Para um fator
Ad " C
de p o t e n c i a u n i t a r i o ( F i g . I I . 2 9 . b ) a queda em R e s t a defa
sada de 90° da tensao V, _ e tem pouco e f e i t o (V „ - V ).Pa rT

AB * AB MU —
ra f a t o r de p o t e n c i a zero em avanco ( F i g . I I . 2 9 . c ) RI e so
mado d i r e t a m e n t e a V e, o o r t a n t o , aumenta a tensao de s a l
AB —

da. Entao o r e g u l a d o r a t u a r a em uma d i r e g i o t a l que reduzi_

ra a tensao e t e n d e r a a r e s t a b e l e c e r o f a t o r de p o t e n c i a nor
mal. Se o f a t o r de p o t e n c i a se t o r n a n u l o em avango (Fig.

I I . 2 9 . d ) R I ^ reduz a tensao de s a i d a , o que a c a r r e t a um au

mento da e x c i t a c a o e da tensao do g e r a d o r , r e s t a b e l e c e n d o o

f a t o r de p o t e n c i a da carga. Esse c i r c u i t o e e f i c i e n t e , p°r

m i t i n d o uma compensagao da ordem de 5%. Para d i m i n u i r a on

dulagao e p e r m i t i r um f i l t r o menor, pode-se usar uma liga

cao como da F i g . 11.30, medindo a tensao das t r e s mas com

uma u n i c a fase de c o r r e n t e [ 3 4 J .

Em geradores de grande p o r t e j u s t i f i c a - s e o uso de um

compensador t r i f a s i c o . Pode-se tambem usar um retificador

com maior numero de f a s e s para d i m i n u i r o f i l t r o .


-49-

F i g . 11.30 - Compensador de c o r r e n t e r e a t i v a com medicao nas


tres fases
-50

F i g . 11.32 - Compensador em avanco-atraso


-51-

a.3) E s t a b i l i z a d o r do Sistema de C o n t r o l e da E x c i t a g a o

Normalmente as r e s p o s t a s do r e g u l a d o r c do amplifica

dor sao m u i t o r a p i d a s e provavelmente sobreamortecidas. Ares

p o s t a do sistema de e x c i t a g a o depende grandemente das cons

t a n t e s de tempo do gerador e da e x c i t a t r i z , que sao grandes.

Mesmo para pequenos v a l o r e s do ganho podem t o r n a r o sistema

i n s t a v e l . I s t o pode ser melhorado p e l a adigao de algum tipo

de compensagao que melhore o desempenho dinamico do sistema

de c o n t r o l e da e x c i t a g a o . Essa m e l h o r i a pode s e r conseguida

a t r a v e s de um compensador avango ou avango-atraso, como mos

trado nas f i g u r a s 11.31 e 11.32.

b) L i m i t a d o r e s

Mesmo sob condigoes extremas, um gerador em paralelo

com a rede deve permanecer em s i n c r o n i s m o , sem que a carga

maxima p e r m i s s i v e l na maquina s e j a u l t r a p a s s a d a e sem que a

p r o t e g a o do s i s t e m a a t u e . I s s o nao pode ser g a r a n t i d o p e l a r e

gulagao a u t o m a t i c a de tensao i s o l a d a m e n t e . A u t i l i z a g a o o t i

ma do gerador pode s e r o b t i d a somente se o r e g u l a d o r e in

f l u e n c i a d o a d i c i o n a l m e n t e p o r meios adequados de limitagao

de s o b r e e x c i t a g a o e s u b e x c i t a g a o [ 3 2 ] . 0 o b j e t i v o desses l i

m i t a d o r e s nao e s u b s t i t u i r a p r o t e g a o do s i s t e m a . Apenas per

mitem um melhor uso da maquina s l n c r o n a d e n t r o dos seus l i m i

t e s p e r m i s s i v e i s de operagao. Esses l i m i t e s podem s e r d i s t i n

guidos na c u r v a de c a p a b i l i d a d e de um t u r b o - g e r a d o r (Fig.

11.33) [ 3 5 ] .
-52-

0 l i m i t e de p o t e n c i a a t i v a ( l i n h a CE) nao e determi

nadc p e l o gerador em s i , mas p e l a maquina que o a c i o n a e por

i s s o nao e n t r a em consideragoes no que se r e f e r e a limitado

r e s de s i s t e m a de e x c i t a g a o .

Um f a t o r l i g a d o d i r e t a m e n t e com a c o r r e n t e de excita

gao e o aumento p e r m i s s i v e l de t e m p e r a t u r a nos enrolamentos

do r o t o r , que e r e p r e s e n t a d o p e l o arco C e D com c e n t r o em

A, c o r r e s p o n d e n t e a condigao de n a o - e x c i t a g a o . Este limite


t e r m i c o e d e f i n i d o p e l o e n v e l h e c i m e n t o do i s o l a m e n t o .

1 - Q -*— 05 _U_ 10 05 »-+ Q 1


h— <) —H
x

F i g . 11.33 - Diagrama de p o t e n c i a e c o r r e n t e de um t u r b o - ge

rador

U = U, 1 p .u.
k
X, = X 2 p. u.
d q
cosij) n 0.8

I Subexcitagao

II Sobreexcitagao

AB L i m i t e p r a t i c o de e s t a b i l i d a d e

AB' L i m i t e de e s t a b i l i d a d e de regime permanente

BC L i m i t e de aumento de t e m p e r a t u r a do e s t a t o r

CD L i m i t e de aumento de t e m p e r a t u r a do r o t o r
-53-

CE = L i m i t e de p o t e n c i a a t i v a
E = F.E.M. do rotor

h = Corrente reativa
I = Corrente de excitagao
c
I Corrente ativa
w
p = Potencia ativa

Q = Potencia reativa

U
k - Tensao t e r m i n a l

X
= Reatancia de e i x o d i r e t o
d
X = Reatancia de e i x o de qua
q
6 = Angulo de carga

ijj n - Angulo de fase nominal

No modo de operagao s u b e x c i t a d o , a operagao da maqui

na s i n c r o n a e l i m i t a d a p e l o conjugado de e n t r e f e r r o necessa

r i o a t r a n s f e r e n c i a de p o t e n c i a a t i v a ; a condigao estaciona
r i a e d e f i n i d a por um angulo de deslocamento do r o t o r defini

do e p e r m i s s l v e l ( l i n h a A - E ) . Este l i m i t e p o s s u i caracte

r i s t i c a s mecancias e dinamicas e requer intervengao instan

tanea tao l o g o s e j a e x c e d i d o , p a r a e v i t a r a s a i d a de sincro

nismo da maquina.

Outra condigao i m p o r t a n t e que governa os l i m i t e s a se

rem i n t r o d u z i d o s e a nao i n t e r f e r e n c i a destes na operagao nor

mal do r e g u l a d o r de tensao.

Em resumo, os f a t o r e s que l i m i t a m o campo de operagao

dos geradores s i n c r o n o s sao os s e g u i n t e s :

1 ~ Tensao t e r m i n a l ;
-54-
I

2 - C o r r e n t e de armadura ( C o r r e n t e de e s t a t o r ) ;

3 - C o r r e n t e de campo ( C o r r e n t e de r o t o r ) ;

4 - Angulo de carga (Angulo do r o t o r ) ;

5 - Capacidade da maquina p r i m a r i a .

Controladores do l i m i t e da e x c i t a g a o sao utilizados

em geradores s i n c r o n o s que operam em p a r a l e l o com a rede de

alimentagao ou com o u t r o s g e r a d o r e s . Atuando em conjungao com

o r e g u l a d o r de tensao, esses c o n t r o l a d o r e s asseguram a u t i l i

zagao o t i m a do gerador e melhorana c o n f i a b i l i d a d e da opera

gao em p a r a l e l o . Uma c a r a c t e r i s t i c a comum de todos os c o n t r o

l a d o r e s de l i m i t e e que quando e l e s i n t e r v e m , i n f l u e n c i a m o

r e g u l a d o r de tensao e assim causam uma mudanga corresponden

t e na e x c i t a g a o [_ 32] .

A l i m i t a g a o das c o r r e n t e s de r o t o r e e s t a t o r tern o e

f e i t o de r e d u z i r a e x c i t a g a o na operagao s o b r e e x c i t a d a , en

quanto que a l i m i t a g a o do angulo de r o t o r e da c o r r e n t e de es

t a t o r aumentam a e x c i t a g a o na operagao s u b e x c i t a d a . As velo

cidades com as q u a i s e l a s sao a p l i c a d a s devem v a r i a r de f o r

ma adequada.

Nas condigoes de s o b r e e x c i t a g a o , a l i m i t a g a o das c o r

r e n t e s de e s t a t o r e r o t o r devem i n t e r v i r apos um c e r t o atra

so com o o b j e t i v o de p e r m i t i r sobreexcitagao temporaria.

I s t o nao p i o r a o comportamento do c o n t r o l e nos e v e n t u a i s s u r

t o s de carga ou a e s t a b i l i d a d e t r a n s i t o r i a da maquina quando

ocorrem f a l h a s na r e d e .

No modo s u b e x c i t a d o , a l i m i t a g a o do angulo do r o t o r e

da c o r r e n t e do e s t a t o r devem o c o r r e r instantaneamente e as
I
-55-

sim , p e l o aumento i m e d i a t o da e x c i t a g a o , e v i t a m um aumento


maior no angulo do r o t o r o que p o d e r i a causar perda do sin
cronismo do gerador.

0 l i m i t a d o r do angulo do r o t o r e n t r a em acao quando


a carga se t o r n a acentuadamente c a p a c i t i v a . I s t o o c o r r e , por
exemplo, d u r a n t e periodos f o r a do p i c o em grandes redes urba
nas, quando do carregamento l e v e das l i n h a s de a l t a tensao.
A l i n h a AB na F i g . 11.33, r e p r e s e n t a a f a i x a de influencia
do c o n t r o l a d o r do angulo do rotor.

A l i m i t a g a o da c o r r e n t e do e s t a t o r no modo de operagao

subexcitado e v i r t u a l m e n t e usada somente com capacitores s i n

cronos m u l t i p o l o s que operam com e x c i t a g a o n e g a t i v a para au

mentar a capacidade de absorgao c a p a c i t i v a .

0 l i m i t a d o r da c o r r e n t e do e s t a t o r atua em duas re
g i o e s de operagao do gerador: na r e g i a o " s o b r e e x c i t a d o " o va
l o r t e 5 r i c o l i m i t e e d e f i n i d o por um p o t e n c i o m e t r o e o seu
v a l o r corresponde ao ponto C da c u r v a de c a p a b i l i d a d e da
F i g . 11.33. Os v a l o r e s r e a l e t e o r i c o sao comparados e o si
n a l de d i f e r e n g a e n t r e e l e s e a m p l i f i c a d o . A t r a v e s de um po
t e n c i o m e t r o , e dado um v a l o r de c o r r e n t e r e a t i v a , a partir
do q u a l a l i m i t a g a o pode e n t r a r em agao.

Se o gerador e s t i v e r subexcitado e trabalhando pr5xi_

mo ao f a t o r de p o t e n c i a u n i t a r i o , entao a saida do a m p l i f i c a

dor e n e g a t i v a e o i n t e g r a d o r nao e n t r a em operagao.

Se o gerador e s t i v e r s o b r e e x c i t a d o , a tensao e entao

p o s i t i v a e seu v a l o r depende da d i f e r e n g a e n t r e o v a l o r r e a l
/

-56-

e o v a l o r l i m i t e de c o r r e n t e , bem como da c o r r e n t e reativa,


descontando-se o v a l o r , no q u a l o p o t e n c i o m e t r o estiver a
tuando.

Para a l i m i t a g a o na r e g i a o "subexcitado", da mesma

forma que f o i d e s c r i t o anteriormente, sao comparados os v a l o

r e s r e a l e t e 5 r i c o (este corresponde no caso, ao ponto B da

c u r v a de c a p a b i l i d a d e da F i g . 11.33).

. A s a i d a do i n t e g r a d o r sera p o s i t i v a , quando a corren


t e do gerador f o r maior do que a corrente l i m i t e definida, e
o f a t o r de p o t e n c i a , por exemplo, f o r menor do que 0,9 subex
c i t a d o . 0 s i n a l atuante t e r a entao, a funcao de e l e v a r a t e n
sao.

0 l i m i t a d o r da c o r r e n t e do r o t o r , ou l i m i t a d o r da cor

r e n t e de e x c i t a g a o atua a t r a v e s da comparagao dos valores

r e a l e t e o r i c o da c o r r e n t e de e x c i t a g a o . O v a l o r da corrente

de e x c i t a g a o e o b t i d o a t r a v e s de um transdutor.

0 l i m i t a d o r V/f tern por f i n a l i d a d e l i m i t a r a c o r r e n t e

no t r a n s f o r m a d o r (no caso de s o b r e e x c i t a g a o ) , p a r t i n d o - s e do

p r i n c i p i o que num transformador a corrente e proporcional

a razao e n t r e tensao e f r e q u e n c i a . A atuagao desse l i m i t a d o r

se da da s e g u i n t e forma: a tensao s e n o i d a l do gerador e redu

z i d a , a t r a v e s de um TP, v a l o r que e conduzido a um conversor

tensao/frequencia, c u j a s a i d a e uma tensao c o n t i n u a propor

c i o n a l a f r e q u e n c i a . Este v a l o r e comparado com uma tensao

c o n t i n u a que e p r o p o r c i o n a l a tensao do gerador. Quando e s t a

f o r s u p e r i o r a tensao p r o p o r c i o n a l a f r e q u e n c i a , o l i m i t a d o r
-57-

V/f a t u a r a sobre o r e g u l a d o r de tensao v i a um r o q u l a d o r P I ,

havendo, t o d a v i a , i n d i c a c a o [ l 4 J .

A F i g . 11.34 a p r e s e n t a em diagrama de b l o c o s um regu

l a d o r de tensao de um gerador s i n c r o n o a d i c i o n a d o dos l i m i t a

dores.

LIMITADOR DO ANGULO
DO
ROTOR o
o cc
l<
in z
o in
o u
LIMITADOR DA CORRENTE
m
o o
6 -
DO O O
ESTATOR

(E
o s
O O
a
<
<
LIMITADOR DA CORRENTE a. 3
©
O
DO
<3 £O U.
K
ROTOR

i I
-CD-

Fig. 11.34 - Diagrama de b l o c o s do c i r c u i t o do s i s t e m a de r e

gulacao de tensao de um gerador s i n c r o n o a d i c i o

nado dos l i m i t a d o r e s [32J•


-58-

c) E s t a b i l i z a d o r e s de Sistema de P o t e n c i a (ESP)

A funcao dos e s t a b i l i z a d o r e s de sistema de p o t e n c i a ,

e f o r n e c e r um s i n a l de c o n t r o l e suplementar a e n t r a d a do re

g u l a d o r de tensao da maquina s i n c r o n a , o b j e t i v a n d o melhorar

o desempenho dinamico do s i s t e m a [09].

A t e n d e n c i a de aumento das r e a t a n c i a s dos geradores

s i n c r o n o s e de maior carregamento dos sistemas tern levado a

necessidade de u t i l i z a g a o de sistemas de excitagao de ganhos reJ.a

t i v a m e n t e mais a l t o s e de c o n s t a n t e s de tempo b a s t a n t e redu

z i d a s , v i s a n d o aumentar os l i m i t e s de t r a n s f e r e n c i a de p o t e n

c i a das u s i n a s e l e t r i c a s , sob oponto de v i s t a de estabilida

de t r a n s i t o r i a . Estas c a r a c t e r i s t i c a s de ganho elevado e ra

p i d e z de r e s p o s t a sao e n c o n t r a d a s nos sistemas de excitagao

e s t a t i c o s , a t u a l m e n t e de uso g e n e r a l i z a d o , e sao n e c e s s a r i a s

para o aumento dos t o r q u e s s i n c r o n i z a n t e s . P o r t a n t o , a u t i l i


zagao dos sistemas de e x c i t a g a o e s t a t i c o s em s u b s t i t u i g a o aos

sistemas c o n v e n c i o n a i s , empregando a m p l i f i c a d o r e s r o t a t i v o s ,

vem p e r m i t i r um aumento s i g n i f i c a t i v o nos l i m i t e s de estabi

l i d a d e dos geradores s i n c r o n o s , estendendo os e f e i t o s dos

t o r q u e s s i n c r o n i z a n t e s , t a n t o sob operagao normal quanto du

r a n t e os t r a n s i t o r i o s r e s u l t a n t e s de c u r t o - c i r c u i t o , abertu

r a de l i n h a s , e t c . . . [ 4 8 ] .

Observa-se, e n t r e t a n t o , que o uso de sistemas de exci_

tagao e s t a t i c o s tem apresentado tambem, um decrescimo no amor

t e c i m e n t o dos geradores nos s i s t e m a s de p o t e n c i a , podendo i n

e l u s i v e , l e v a - l o s a i n s t a b i l i d a d e . Neste caso a u t i l i z a g a o de
s i n a i s e s t a b i l i z a d o r e s v i s a melhorar a e s t a b i l i d a d e dinamica,
a t r a v e s de um aumento e f e t i v o das componentes de amortecimen
t o dos t o r q u e s e l e t r o m a g n e t i c o s d e s e n v o l v i d o s pelos gerado-
res sincronos.

V a r i a s v a r i a v e i s podem s e r usadas para se o b t e r o s i

n a l e s t a b i l i z a d o r : a v e l o c i d a d e do r o t o r [ 2 8 ] , a potencia a

c e l e r a n t e [ 2 6 ] , a f r e q u e n c i a [ 2 5 ] e o u t r a s . As vantangens e

desvantagens dos d i v e r s o s t i p o s de e s t a b i l i z a d o r e s estao re


l a c i o n a d o s com o s i n a l de e n t r a d a e s c o l h i d o e aos problemas

de sua s i n t e t i z a c a o , aos problemas de geracao de r u i d o na

obtengao do s i n a l de e n t r a d a , aos problemas de amplificacao

das o s c i l a c o e s t o r c i o n a i s e das f r e q u e n c i a s subsincronas

[ 2 3 , 4 8 ] . Qualquer dos t i p o s de s i n a l de e n t r a d a da funcao

de t r a n s f e r e n c i a do e s t a b i l i z a d o r deve compensar as caracte

r l s t i c a s de ganho e de f a s e do s i s t e m a de e x c i t a g a o , gerador

e sistema de p o t e n c i a , os q u a i s determinam o s i n a l de saida

para a componente do t o r q u e e l e t r i c o que pode s e r modulado a

t r a v e s do c o n t r o l e da e x c i t a g a o f 3 8 J .

- Dentre os t i p o s de s i n a i s mais usados, destacam-se

a v e l o c i d a d e do e i x o do gerador (w), a p o t e n c i a acelerante

( P ) e a v a r i a g a o de f r e q u e n c i a (Af) [ 23 ].
a c

0 ESP que u t i l i z a a v e l o c i d a d e do e i x o no gerador co-

mo e n t r a d a deve compensar o a t r a s o no GEP( Gerador, Excita

cao, Sistema de P o t e n c i a ) e p r o d u z i r uma componente de tor

que em f a s e com as mudangas de v e l o c i d a d e , assim como aumen

t a r o amortecimento das o s c i l a g o e s do r o t o r . As t e c n i c a s usa

das para se o b t e r um s i n a l e s t a b i l i z a d o r a p a r t i r da veloci


-60-

dade do e i x o de um gerador h i d r a u l i c o sao d e s c r i t a s na refe


rencia [5l].

0 ESP que u t i l i z a a p o t e n c i a a c e l e r a n t e como entrada

a p r e s e n t a uma l i m i t a g a o com r e l a c a o a p o t e n c i a mecanica de

e n t r a d a da maquina, que deve s e r considerada c o n s t a n t e . Quart

do uma mudanca na carga da maquina e e x i g i d a , as vezes tor

na-se n e c e s s a r i o desconcetar o ESP para e v i t a r i n c u r s o e s ex

c e s s i v a s da c o r r e n t e de campo e da o o t e n c i a r e a t i v a do gera

d o r , o que pode r e s u l t a r na perda de e s t a b i l i d a d e da maquina

[26].

0 uso da f r e q u e n c i a t e r m i n a l da maquina s i n c r o n a , ao

i n v e s da v e l o c i d a d e do e i x o do g e r a d o r , como s i n a l de entra

da do ESP tem a vantagem de r e d u z i r a dependencia do ruido

e l e t r i c o e p e r m i t e que o s i n a l e s t a b i l i z a d o r s e j a o b t i d o com

todos os componentes e s t a t i c o s Q 25 J.

A F i g . 11.35 mostra um diagrama de b l o c o s t i p i c o de

um ESP com q u a l q u e r das e n t r a d a s , P ac , w ou f .

2
( 1+ A 5 S+ A 6 S )

2 2
(1+ A,S+ A 2 S ) ( 1+ A S S + A S )
4

K„ ST q 1+ STj 1+ STj
r
1+ ST q
1 + ST 2 1+ ST 4
IT
0LOCO "•mln
•WASH-OUT •• BLOCOS AVANSO/ATRASO

L
F i g . 11.35 - Diagrama de b l o c o s de ESP tipico
-61-

0 b l o c o r e f e r e n t e aos f i l t r o s , r e p r e s e n t a uma funcao

de t r a n s f e r e n c i a que i n c l u i os e f e i t o s do s i n a l do ontrada

do t r a n s d u t o r e q u a l q u e r o u t r o f i l t r o usado para a t e n u a r o

ganho do e s t a b i l i z a d o r das f r e q u e n c i a s t o r c i o n a i s no e i x o t u r

b i n a - g e r a d o r . Em estudos de e s t a b i l i d a d e en computador digi

tal, os f i l t r o s oara a l t a f r e q u e n c i a s (acima de 3,0 Hz) nao

precisam s e r r e p r e s e n t a d o s £ o 7 ] .

0 ganho do s i n a l e s t a b i l i z a d o r e r e p r e s e n t a d o pelo
termo K .
q

O b l o c o "wash-out", c a r a c t e r i z a d o p e l a c o n s t a n t e de

tempo T , tern como funcao b a s i c a nao p e r m i t i r que as varia

coes do s i n a l de e n t r a d a venham i n f l u e n c i a r no c o n t r o l e da

tensao t e r m i n a l da maquina s i n c r o n a em regime permanente.

Os b l o c o s avanco/atraso apresentam q u a t r o constantes

de tempo a j u s t a v e i s independentemente. As c o n s t a n t e s d e temno

em avango servem para conroensar o a t r a s o de tempo inerente

aos sistemas de c o n t r o l e da e x c i t a c a o . As c o n s t a n t e s de tern

po em a t r a s o servem para r e p r e s e n t a r o f i l t r o referente ao

r u i d o . Em g e r a l a c o n s t a n t e de tempo de a t r a s o e cerca de

1/10 da c o n s t a n t e de tempo de avango [ 2 5 J .

A fungao de t r a n s f e r e n c i a , r e l a c i o n a n d o o s i n a l de

s a i d a e o s i n a l de e n t r a d a do ESP, apos os f i l t r o s , e dada

por :

k sT 1+sT, 1+sT
z ( ) =
S g q . L_. L - (n.24)
1+sT l+sT„ 1+sT.
q 2 4
-62-

II.4 DIAGRAMA DE BLOCOS DE UM SISTEMA DE EXCITACAO

0 conhecimento da funcao de t r a n s f e r e n c i a de cada com

ponente do r e g u l a d o r do s i s t e m a de e x c i t a g a o , e a maneira pe

l a q u a l sao conectados, p e r m i t e sua r e p r e s e n t a g a o , com base

na F i g . 11.10. Por exemplo, um s i s t e m a que u t i l i z a um r e g u l a

dor p r i m a r i o pode s e r r e p r e s e n t a d o a t r a v e s do diagrama da

Fig. 11.3 6, c u j a fungao de t r a n s f e r e n c i a e n t r e E


fd ref
mostra s e r e s t e um s i s t e m a de t e r c e i r a ordem.
SAT.

AMP

Vref KA v c
r
Iv..
1+ . T A

emln

(TRASF./RET/FILTRO)

KR

1+ $T,

Fig. 11.36 - Diagrama de b l o c o s do s i s t e m a de c o n t r o l e da ex

c i t a t r i z (CA)

Fungao de t r a n s f e r e n c i a

K (1 ST )
A + R
(11.15)
'fd
(1+S (1+S
V
ref V V ( K
E + s T
R J + K K
A R

A r e p r e s e n t a g a o do r e g u l a d o r completo e o b t i d a pela

adigao de e s t a b i l i z a d o r e s e s i n a i s a d i c i o n a i s a tensao de r e

r e f e r e n d a e apresentada na f i g u r a 11.37.
-63-

FUNCAO
SATURACAO

S "-f (Efd)
Vref E

FILTR 0 AM P L I F I C A D O R E X C I T A T R IZ

1
K A

+ ST
r -4
1 Efd

I + S T R
A

J K E + ST E

ESTABILIZADOR

S K f

I +- S T C

SINAL ESTABILIZADOR

Kg STq, + ST,

I + STq ST 2
I 4 ST,

VS min

A Poc,
2
( 1 + A 5 S +• A 6 S A Lo

11+A,S + A S 2
) ( 1+A 3 S+ A S )
4
2 A f
2

FILTRO PARA ALTAS FREQUENCIAS

F i g . 11.37 - Diagrama de b l o c o s de um sistema de e x c i t a g a o

i n c l u i n d o o ESP
-64-

I I . 5 CONCLUSAO

Este C a p i t u l o a p r e s e n t a os d i f e r e n t e s t i p o s de siste

mas de e x c i t a c a o , d i s c u t i n d o os elementos componentes dos

mesmos de uma maneira s i s t e m a t i c a . I n d i c a , a i n d a , como e pos_

s i v e l se o b t e r um modelo r e p r e s e n t a t i v e de um dado sistema

a p a r t i r das funcoes de t r a n s f e r e n c i a de cada elemento compo

nente do mesmo e do conhecimento das conexoes e n t r e os mes

mos. T a i s modelos podem s e r u t i l i z a d o s para a simulacao e a


n a l i s e do s i s t e m a .

No proximo C a p i t u l o sao apresentados modelos existen

t e s para os d i f e r e n t e s t i p o s de s i s t e m a s de excitagao.
CAPITULO III

MODELOS DE SISTEMAS DE E X C I T A C A O DE GERADORES SINCRONOS

III.l INTRODUGAO

Ate os anos 60, os estudos de e s t a b i l i d a d e de siste

mas de p o t e n c i a g e r a l m e n t e nao levavam em consideracao qual_

quer c o n t r o l e da e x c i t a c a o e os geradores s i n c r o n o s eram r e

presentados por uma tensao c o n s t a n t e a t r a s de uma reatancia

t r a n s i t o r i a , conhecido como modelo c l a s s i c o ; no e n t a n t o , quan

do se d e s e j a uma a n a l i s e mais d e t a l h a d a da r e s p o s t a do s i s t e

ma ou o p e r i o d o de i n v e s t i g a c a o se estende alem de um segun

do, t o r n a - s e i m p o r t a n t e i n c l u i r os e f e i t o s da e x c i t a t r i z e

do r e g u l a d o r do s i s t e m a [o3j . P o r t a n t o , tornando-se inadequa

do o modelo c l a s s i c o , uma r e p r e s e n t a g a o mais r e a l i s t i c a da

maquina e do sistema de e x c i t a c a o deve s e r f e i t a .

No C a p i t u l o a n t e r i o r , foram v i s t o s os d i f e r e n t e s t i

pos de sistemas de e x c i t a c a o , tendo s i d o examinadas as p a r

t e s c o n s t i t u i n t e s dos mesmos e i n d i c a d o como se p o d e r i a , a

t r a v e s do conhecimento das funcoes de t r a n s f e r e n c i a de cada

p a r t e componente, o b t e r um modelo adequado a representacao

dos mesmos. Um o u t r o caminho m u i t o empregado n e l a s empresas

e p e s q u i s a d o r e s , na determinacao dessas funcoes de transfe


-66-

r e n c i a , e o b t e r t a l modelo a p a r t i r de t e s t e s experimentais

das r e s p o s t a s t r a n s i t o r i a s em f r e q u e n c i a , t a n t o da excita

t r i z como de cada elemento do r e g u l a d o r [ 5 2 , 5 3 ] .

A f i m de f o r n e c e r uma r e f e r e n d a para f a b r i c a n t e s , u

s u a r i o s e a n a l i s t a s de s i s t e m a s , um Comite do IEEE estabele

ceu, em 1968, uma nomenclatura comum para os sistemas de ex

c i t a g a o , a p r e s e n t o u modelos matematicos b a s i c o s e definiu

parametros para esses modelos [ 0 8 ] .

Embora esses modelos ainda sejam adequados para o es

tudo de e s t a b i l i d a d e de v a r i o s t i p o s de s i s t e m a s , muitos

dos novos equipamentcs d e s e n v o l v i d o s passaram a nao mais se

enquadrar naqueles modelos. P o r t a n t o , a necessidade de se r e

p r e s e n t a r adequadamente esses equipamentos, l e v o u o IEEE, em

1981, a p r o p o r modelos que os representassem com d e t a l h e s su

ficientes [07].

Este C a D i t u l o a p r e s e n t a e d i s c u t e t a i s modelos.

I I I . 2 TIPOS BASICOS DE SISTEMAS DE EXCITAHAO

A classificagao i n i c i a l do IEEE agrupou os seguintes

t i p o s de sistemas de e x c i t a g a o :

Tipo 1 - Sistema com e x c i t a t r i z r o t a t i v a e regulador

de agao c o n t i n u a .

Tipo 2 - Sistema com r e t i f i c a d o r rotative


-67-

Tipo 3 - Sistema e s t a t i c o com a l i m e n t a c a o de tensao

e corrente terminals.

Tipo 4 - Sistema com r e q u l a d o r de acao nao c o n t i n u a .

Nos modelos desses t i p o s de sistemas e empregado, por

c o n v e n i e n c i a , o s i s t e m a por unidade: a tensao nominal do ge

r a d o r e d e f i n i d a como 1 pu de tensao do gerador e 1 pu de

tensao de s a i d a da e x c i t a t r i z corresoonde a tensao necessa

r i a para p r o d u z i r a tensao nominal do gerador na l i n h a de


entreferro.

III.2.1 SISTEMA DE EXCITACAO TIPO 1

a) Caso b a s i c o : Sistema com r e g u l a d o r de acao c o n t i n u a e ex

citatriz

Este t i p o r e p r e s e n t a a m a i o r i a dos sistemas de exci

tacao de acao c o n t i n u a com excitatrizes rotativas, incluin

do os sistemas com e x c i t a t r i z e s CC e CA com r e t i f i c a d o r e s t a

t i c o nao c o n t r o l a d o , c u j o s diagramas f u n c i o n a i s foram i n d i c a

dos nas f i g u r a s I I . l a , b e e . Alguns desses s i s t e m a s , fabri

cados i n d u s t r i a l m e n t e , sao:

Brown B o v e r i - Regulador Unitrol

A l l i s Chalmer - Regulador Regulex

General E l e c t r i c - Regulador Alterrex


Alterrex-Tiristor
-68-

Westinghouse - Regulador WJ'A Mag-A-Stat

Rototrol

Regulador Silverstat
Regulador TRA

A figura III.l mostra em diagramas de b l o c o s um mode


lo que s e r v e para r e p r e s e n t a g a o c o m p u t a c i o n a l de sistemas de
e x c i t a c a o que se enquadram no t i p o 1.

Sr sf(Efd)

Fig. III.l - Sistemas de e x c i t a g a o t i p o 1, r e g u l a d o r de agao

continua e e x c i t a t r i z

A fungao de t r a n s f e r e n c i a do sistema de e x c i t a g a o t i

po 1 pode s e r determinada a p a r t i r das s e g u i n t e s informa

goes: A tensao t e r m i n a l do gerador v" e a p l i c a d a a


T entrada

do r e g u l a d o r a t r a v e s de um f i l t r o , representado pela cons

t a n t e de tempo T . Para a m a i o r i a dos s i s t e m a s , T e bastan


R K
t e pequena e pode s e r c o n s i d e r a d a zero.
0 p r i m e i r o s o m a t o r i o compara a r e f e r e n d a do regula
-69-

dor com a s a i d a do f i l t r o , que juntamente com o u t r o s s i n a i s ,


e s t a b e l e c e um s i n a l de e r r o de tensao na e n t r a d a do regula
dor.

0 segundo s o m a t o r i o combina o s i n a l de e n t r a d a de er

r o de tensao com o s i n a l o r o v i n i e n t e da malha e x t e r n a de

realimentacao.

A funcao de t r a n s f e r e n c i a do r e g u l a d o r D r i n c i p a l e r e

presentada o e l o ganho K. e a c o n s t a n t e de tempo T,. Segue-se


• A A *
a esse b l o c o , um l i m i t a d o r de maximo e m i n i mo imposto ao r e

g u l a d o r de modo a e v i t a r que v a l o r e s elevados de s i n a l de e r

r o possam p r o d u z i r uma s a i d a do r e g u l a d o r que excede os l i n i i

tes p r a t i c o s .

0 t e r c e i r o s o m a t o r i o s u b t r a i um s i n a l que r e p r e s e n t a
a funcao de s a t u r a g a o ,
v v S , ,_ . , . _ ,,
' = f ( E _ , ) , da e x c i t a t r i z . 0 r e s u l t a
b r a —
do e a p l i c a d o a fungao de t r a n s f e r e n c i a da e x c i t a t r i z : 1/

(K E + ST ). E

A malha e x t e r n a de r e a l i m e n t a c a o e r e p r e s e n t a d a pela
funcao de t r a n s f e r e n c i a SF / ( l + ST ) , c u j a e n t r a d a e E , e
F h. rp
c u j a s a i d a e s t a no s o m a t o r i o .

b) Caso e s p e c i a l ( t i p o I s ) : Sistemas com r e t i f i c a d o r e s con

t r o l a d o s e com a l i m e n t a g a o a p a r t i r da tensao t e r m i n a l

Nesse t i p o estao i n c l u i d o s os sistemas com excitacao

e s t a t i c a s como por exemplo:

General E l e c t r i c - A l t h y r e x , e o u t r o s
-70-

Westinghouse - W T A . T r i n i s t a t

Brown B o v e r i - V a r i o s u t i l i z a n d o o r e g u l a d o r UNITROL
[50]

Siemens Thyripol [ l 4 ]

Nesses s i s t e m a s , a tensao maxima do r e g u l a d o r nao e

mais uma c o n s t a n t e , mas passa a s e r p r o p o r c i o n a l a tensao


V. , i s t o e: V„ ,„ = K V .
t RMAXw
p t

Em g e r a l , as c o n s t a n t e s para o sistema de excitagao

tipo I s , referindo-se a Fig. I I I . l , sao t a i s que: K„ = 1 ,

T - 0 e S
E E = 0.

I I I . 2 . 2 SISTEMAS DE EXCITACAO TIPO 2

O s i s t e m a de e x c i t a g a o t i p o 2 ( F i g . I I I . 2) <§ um sis_
tema com r e t i f i c a d o r e s g i r a n t e s . Nesse t i p o , e n t r e o u t r o s ,
podem s e r i n c l u i d o s : o s i s t e m a " B r u s h l e s s " da Westhinghouse
e o s i s t e m a WBT da Brown B o v e r i .

F i g . I I I . 2 - Sistema de e x c i t a g a o t i p o 2, sistema de r e t i f i

cador r o t a t i v o
-71-

Como o sistema 5 sem escovas, a tensao do excitagao

E _ j nao se p r e s t a mais a r e a l i m e n t a c a o e, p o r t a n t o , a fun

cao de t r a n s f e r e n c i a sera a c r e s c i d a de uma c o n s t a n t e de tern

d o T , na malha de r e a l i m e n t a c a o , nara comnensar a


p 2 ausen

c i a do amortecimento da e x c i t a t r i z . Observe-se tambem que es

sa malha de r e a l i m e n t a c a o t e r a sua e n t r a d a a n a r t i r da s a l

da do r e g u l a d o r . As demais c a r a c t e r i s t i c a s do sistema t i p o 2

sao i d e n t i c a s as do t i p o 1.

I I I . 2 . 3 SISTEMA DE EXCITACAO TIPO 3

Alguns sistemas de e x c i t a g a o usam uma combinagao de

tensao e c o r r e n t e t e r m i n a l como s i n a i s de r e a l i m e n t a c a o a

serem comparadas com o s i n a l de r e f e r e n d a , como p o r exem

p l o : s i s t e m a de e x c i t a g a o e s t a t i c o SCPT (General E l e c t r i c e

sistema de e x c i t a g a o e s t a t i c o WTA-PCV (Viestinqhouse) [ o i ] ;

esses sistemas nao podem s e r r e p r e s e n t a d o s de forma adequa

da p e l o s t i p o s 1 ou I s . Para r e p r e s e n t a r esses sistema um

diagrama de b l o c o s e apresentado na F i g . I I I . 3 .
-72-

REF
RMAX V B M A x

V
E F J

l+-ST n K E +ST E

Outros
sinais V R M I N

sKF

I + sTf:

" THEVl
Z
V K
THEV=| P TV + K
J T j \
' »
KI F D A =/-7fi?< L FD I SE;A>l,Vo=0
TH E V

"FD
\/l - A -

Fig. I I I . 3 - Sistema de e x c i t a c a o t i p o 3, sistema estatico

com a l i m e n t a c a o de tensao e c o r r e n t e t e r m i n a l s

A fungao de t r a n s f e r e n c i a do r e g u l a d o r e semelhante a.

do t i p o 1. E n t r e t a n t o , seu s i n a l de s a i d a i n c o r p o r a informa

goes p r o v e n i e n t e s de V , 1 ^ e representadas pelo sinal

V . Logo, V" r e p r e s e n t a a a u t o - e x c i t a g a o dos t e r m i n a l s do ge


c

r a d o r . As c o n s t a n t e K e K sao f a t o r e s de p r o p o r c i o n a l i d a d e
v
p i
das componentes da "tensao de Thevenin", V_„, v i s t a dos t e r
in —
m i n a i s da maquina que r e l a c i o n a as informagoes de tensao e

corrente. 0 multiplicador (MULT) m u l t i o l i c a o s i n a l V" TH pelo

s i n a l K I , p o r p o r c i o n a l a c o r r e n t e de camno 1,-,^? os q u a i s l e

vam em conta a v a r i a g a o da a u t o - e x c i t a g a o com a mudanga na


a
r e l a g a o a n g u l a r da c o r r e n t e de camno d F D ) e tensao de au

t o - e x c i t a g a o (V ) I 0 1 , 08J . A r e a t a n c i a X e a r e a t a n c i a de
-73-

comutaeao do t r a n s f o r m a d o r e e s t a r e l a c i o n a d a com o desemne

nho dos c i r c u i t o s retificadores.

0 limitador V f a z a s a i d a do sistema de e x c i t a c a o
3 Hi a. X '
i g u a l a zero quando A > 1, ou s e j a , quando a c o r r e n t e de cam

po excede a c o r r e n t e de s a i d a de e x c i t a c a o . Nesse caso, o ex

cesso de c o r r e n t e de campo do gerador e desviado da f o n t e de

e x c i t a c a o a t r a v e s da s a i d a do r e t i f i c a d o r [o8J .

I I I . 2 . 4 SISTEMA DE EXCITACAO TIPO 4

Os sistemas d e s c r i t o s nos i t e n s a n t e r i o r e s oossuem

duas c o i s a s em comum: ganhos r e l a t i v a m e n t e a l t o s e rapida

v e l o c i d a d e de r e s p o s t a . 0 sistema de e x c i t a c a o t i p o 4 (Fig.

I I I . 4) e r e p r e s e n t a d o dos sistemas mais a n t i g o s , em parti

c u l a r daqueles em que os sistemas regulacao de tensao eram

de a g i o n a o - c o n t i n u a . Alguns desses sistemas sao empregados

ainda h o j e , como por exemplo:

Westinghouse - Regulador BJ30

General E l e c t r i c - Regulador GFA4


-74-
6

S E ='(Etd>
'Ref Se
A V T > Kv , V R :
V R M A X

A V T A V T ^ Kv , VR = VRMIN 1
I A V T 1 <Kv ,
VR= V R H K + T
—»
E S E

A V T > o , VR

A V T < o , V R

Fig. I I I . 4 - Sistema de e x c i t a c a o t i p o 4, r e g u l a d o r de acao


nao-continua

Nota: e l i m i t a d a e n t r e V„„_„ e V „ , . ; a
RH RMIN RT1A.X v

c o n s t a n t e de tempo do r e o s t a t o e T
RH

I I I I . 2 . 5 CONSIDERACOES

Como j a mencionado, f a b r i c a n t e s e a n a l i s t a s de siste

mas de p o t e n c i a desenvolveram modelos de sistemas de excita

gao a p a r t i r de t e s t e s e x p e r i m e n t a i s . Alguns desses modelos

o b t i d o s se enquadram imediatamente nos t i p o s do IEEE, o u t r o s

n e c e s s i t a m s i m p l i f i c a c o e s ou alguma manipulagao matematica pa

r a poderem s e r enquadrados, o u t r o s nao se enquadram m u i t o bem

e o u t r o s , mais modernos, simplesmente nao se enquadram. A.1

guns desses casos sao d i s c u t i d o s a s e g u i r .

1 - Modelos p e r f e i t a m e n t e enquadraveis

A F i g . I I I . 5 mostra a fungao de t r a n s f e r e n c i a de um

s i s t e m a de e x c i t a g a o e s t a t i c o H i t a c h i , a l i m e n t a d o a partir

da tensao t e r m i n a l do g e r a d o r , que se adapta ao modelo tipo

I s do IEEE [43] . Onde V r m a x = K V p t e V r m i n = KV- p t


-75-

A exemplo do s i s t e m a H i t a c h i , o u t r o s s i s t e m a s , de ou

t r o s f a b r i c a n t e s nodcm s e r i n d i c a d o s [09J .

KP

V
T 1

I
I 4 - S T R

Fig. I I I . 5 - Sistema de e x c i t a c a o e s t a t i c o HITACHI

2. Modelos com enquadramento nao imediato

A figura I I I . 6 mostra a fungao de t r a n s f e r e n c i a do

s i s t e m a de e x c i t a g a o e s t a t i c o Bov/n B o v e r i , t i p o UNITROL, e

quipado com um c o n t r o l a d o r PID ( P r o n o r c i o n a l , Integral, Dife

r e n c i a l ) . A fungao de t r a n s f e r e n c i a i n d i c a d a nessa f i g u r a pos

sui uma e s t r u t u r a v e r s a t i l , podendo se a d a p t a r a diferentes

exigencias. Uma comparagao e n t r e e s t e sistema de e x c i t a c a o e

o modelo t i p o 1 do IEEE pode s e r f e i t a :

A fungao de t r a n s f e r e n c i a do modelo t i p o 1 do IEEE,

r e t i r a d a a e x c i t a t r i z , i s t o e, K,,, = 1 e T„ = 0 ( f o n t e de e x c i
E E —
tagao a p a r t i r dos t e r m i n a l s do g e r a d o r ) e dada p o r :
-76-

K A (l+ST ) p

F(s) = (III.l)
( l + s T _ ) • ( l + s T _ ) + K SK
A r A r

Considerando a c o n s t a n t e de tempo do r e g u l a d o r de t e n

sao d e s p r e z i v e l , = 0

Vl+sT ) F

F(s) =
1+S(T +K K ) F A F

LIMITADOR DA
CORRENTE DO
CAMPO
E1D
<l+ STQ) ( I +-STb)
Vo i
(l + S T a Y b ) (I -t-STbVp-)
v
Vp <»

CONTROLADOR
ESTABILIZADOR LIMITADOR DO
ANGULO DE
CARGA

(a 1

F i g . I I I . 6 - Sistema de e x c i t a c a o e s t a t i c o BBC t i p o UNITROL

(a) Diagrama de b l o c o s (b) Diagrama de Bode


-77-

Ap5s as c o n s i d e r a c o e s f e i t a s , o diagrama de bode do


modelo t i o o 1 m o d i f i c a d o f i c a sendo:

ganho

t
1 \
1
1
ii
1
1
f
1 1

T +K K
F A F

Fazendo-se a comparacao e n t r e esse diagrama e aquele

da BBC (Fig. I I I . 6 b ) , tem-se:

(III.3)
A o
T = T (III.4)
F a
V V _V
T„ + K.K T (III.5)
F A F a
K
F = T (
a V o
7v P 2 t )

V
P
A funcao de t r a n s f e r e n c i a do modelo t i p o 2 (IEEE) sem
s —
a excitatriz:

I + ST A

SKF

(I t ST |)(
F I 4-ST F 2 )

—K (l+sT_. ) (l+sT 2) <r


A Fl f (III.6)
F(S) -
(1+sT ) (l+sT ) F l (l+sT )K .sKF F 2 A

(1+sT )
-7 8-
0

A c o n s t a n t e de temno do r e g u l a d o r de tensao e despre


zivel, T = 0. Com PC = K T_. :
A F Fl
-K (l sTA + F l ) (1-sT )
F(s) = ( I I I .7)
(1+sT 1) (1+sT 2)+K K* T S
F F A Fn ±

Com boa aproximacao, pode s e r e s c r i t a como:

K ( I S T ) ( I T :
A + F 1 + S F 2
(III.8)
F(s.
1 + ST„, (1+K K*) 1+sT
Fl A F2 1+K K*
A

ganho

X-,(I+-K K^ A

F I F2 M

Comparando a funcao de t r a n s f e r e n c i a a n t e r i o r com a

q u e l a do sistema UNITROL, tem-se:

K = V ( I I I .9)
A o

(III.10)
"Fl = T

(III.11)
F2
V
(1+K K A ) (III.12)
V

V (III.13)
o
1+K„K V
c
A
-79-
*

Resolvendo as equacocs ( I I I . 1 2 ) o (III.13):

V V
_2 . _oo (in.14)
V V o oo
p P

e substituindo K = K_/T_. = K_/T na equacao 1 1 . 1 2 , tem-se


r rX r a

V -V
Q

K = T ( )
F a V-T\T (III.15)
o p

Uma observacao i m p o r t a n t e e que a representagao para

o r e g u l a d o r de tensao UNITROL e a D l i c a v e l em estudos de e s t a

b i l i d a d e para o s c i l a g o e s de p o t e n c i a na f a i x a de f r e q u e n c i a

de :

1+K K (1/T )
w = 0 ate w = rad/s
m
*f 2

A t i t u l o de exemplo, com v a l o r e s numericos, a figura

I I I . 7 mostra as c a r a c t e r l s t i c a s dinamicas de um sistema de

e x c i t a g a o com r e s p o s t a i n i c i a l r a p i d a e a sua adaptagao ao

modelo t i p o 1 do IEEE ( F i g . I I I . 8 ) . No caso, a t r a v e s da a d i

gao de uma r e a l i m e n t a g a o e reducao da c o n s t a n t e de tempo e f e

t i v a da e x c i t a t r i z , um sistema c o n v e n c i o n a l de e x c i t a g a o sem

escovas, com r e t i f i c a d o r e s c o n t r o l a d o s , f o i t r a n s f o r m a d o em

um sistema de r e s p o s t a r a p i d a [~2o] •
-80-

S=f(Efd)
DETETOR DE
R ERRO AMPLIFICAOORES
EXCITATRIZ

4>* 5,27

40,001 s
I

I+0,I33 S

ESTABILIZADOR DA
I -hO.OOIs
EXCITATRIZ TRANSDUTOR

1,57
0,0127

I 4- Is (1 + 0 , 0 0 5 s S =flEW
E

F i g . I I I . 7 - C a r a c t e r i s t i c a s dinamicas do sistema de excita

gao

S E =f (Efd)

REF

•fd

P. u 'i
T 1
+ 0,0 2 S •
(PU)

outros
sinois 0,0 2s

I + is

F i g . I I I . 8 - Representagao do s i s t e m a t i p o 1 - IEEE

3) Modelos nao enquadraveis

A F i g . I I I . 9 mostra o diagrama de b l o c o s de um siste

ma de e x c i t a g a o a t i r i s t o r ASEA u t i l i z a v e l como representa

gao para estudos com coranutador. I n f e l i z m e n t e , e s t e sistema

e s t a t i c o nao se enquadra m u i t o em nenhum dos 4 t i p o s b a s i c o s

recomendados p e l o IEEE [4 3] ; sendo observado no diagrama a


-81-

presenca de compensador p r o p o r c i o n a l i n t e g r a l .

14 pu

-I4p u

Fig. III.9 - Sistema de e x c i t a c a o a t i r i s t o r ASEA

Um o u t r o exemplo de nao enquadramento, e do sistema

de e x c i t a c a o e s t a t i c o t i p o UNITROL (BBC) com circuito

"Compound", que apesar de usar tensao e c o r r e n t e do t e r m i n a l

do gerador nao se enquadra no modelo t i p o 3 do IEEE f~54J .

I I I . 3 NOVOS MODELOS DE SISTEMAS DE EXCITACAO

Conforme i n d i c a d o , a n t e r i o r m e n t e , v a r i o s sistemas de

e x c i t a c a o , nao podem ser adequadamente representados pelos

modelos b a s i c o s do IEEE [ o s ] , Essa necessidade de melhor r e

p r e s e n t a r os sistemas de e x c i t a c a o l e v o u o IEEE, a t r a v e s de

um novo Comite, a a p r e s e n t a r modelos para os novos t i p o s de

equipamentos de e x c i t a c a o , nao i n c l u i d o s a n t e r i o r m e n t e , as

sim como modelos melhorados .para equipamentos a n t i g o s , r e f l e

t i n d o o conhecimento a t u a l e p r a t i c o s de modelagem. 0 r e l a t o

r i o desse estudo i d e n t i f i c a t r e s t i o o s d i s t i n t o s de sistemas


de e x c i t a g a o com base na f o n t e de n o t e n c i a da e x c i t a g a o : t i
po CC, t i p o CA e t i p o ST.

I I I . 3 . 1 TIPO CC - SISTEMAS COM EXCITATRIZES ROTATIVAS DE COR

RENTE CONTINUA COM COMUTADOR

Sistemas j a u l t r a p a s s a d o s que tern dado l u g a r aos s i s

temas de e x c i t a g a o com e x c i t a t r i z e s CA e e s t a t i c a s , m u i t o em
bora e x i s t a m atualmente m u i t o desses sistemas ainda em s e r v i

go.

a) T i p o CC1

A F i g . I I I . 1 0 apresenta o modelo r e p r e s e n t a t i v e de
sistemas de e x c i t a g a o com e x c i t a t r i z e s de c o r r e n t e c o n t i n u a ,
c o n t r o l a d a s p e l o campo n o r r e g u l a d o r e s de a g i o c o n t i n u a (es
p e c i a l m e n t e r e o s t a t o s de acao d i r e t a , a m p l i f i c a d o r e s magneti
cos e a m p l i f i c a d o r e s r o t a t i v o s ) .

A e n t r a d a p r i n c i p a l desse modelo e o s i n a l de erro

V , do t e r m i n a l do t r a n s d u t o r da tensao t e r m i n a l do gera
ERR
dor e do compensador de c a r g a .

No p r i m e i r o somador, o s i n a l e s t a b i l i z a d o r da excita

t r i z e s u b t r a i d o , enquanto que o s i n a l do e s t a b i l i z a d o r do

sistema de p o t e n c i a e a d i c i o n a d o oa s i n a l de e r r o V___. Em
ERR
regime permanente os d o i s o r i m e i r o s s i n a i s sao z e r o .
-83-

SK F

I + ST.

Fig. I I I . 10 - Diagrama de b l o c o s do modelo do s i s t e m a de ex

c i t a g a o t i p o CCl. E x c i t a t r i z CC com comutador

Comparando o diagrama de b l o c o s da F i g . I I I . 1 0 , do mo

d e l o de sistema de e x c i t a c a o t i p o CCl, com o diagrama de

b l o c o s da F i g . I I I . l , do modelo de sistema de e x c i t a c a o t i

po 1, v e r i f i c a - s e uma semelhanca quase que p e r f e i t a , a menos

do b l o c o que contem as c o n s t a n t e s de tempo T e T , na figu


B C —
ra I I I . 1 0 . Na r e a l i d a d e essas c o n s t a n t e , u t i l i z a d a s no mode
l o e q u i v a l e n t e do sistema t i n o CCl, sao c o n s t a n t e s ineren
t e s ao r e g u l a d o r de tensao e frequentemente sao b a s t a n t e pe
quenas a ponto de poderem s e r c o n s i d e r a d a s , como dados de en
t r a d a , i g u a l a zero.

A tensao de s a i d a do r e g u l a d o r , V R e usada para con

t r o l a r a e x c i t a t r i z , que node s e r a u t o - e x c i t a d a ou excitada

em separado conforme f o i d i s c u t i d o no C a p t i t u l o anterior.


-84-

b) Tioo CC2

A F i g . I I I . 1 1 , mostra o diagrama de b l o c o s do modelo

de s i s t e m a de e x c i t a c a o t i n o CC2. Esse modelo d i f e r e do tir>o

CCl somente no que se r e f e r e ao r e g u l a d o r de tensao, com re

lagao aos l i m i t e s , que agora sao n r o p o r c i o n a i s a V . T Caracte

rizando a substituicao, cor r e t i f i c a d o r e s controlaveis, de

a n t i g o s equipamentos mecanicos ou a m p l i f i c a d o r e s rotativos.

SKF
I +- ST F

Fia. I I I . 1 1 - Tipo CC2 - E x c i t a t r i z CC com comutador

c) Tipo CC3

A F i g . I I I . 1 2 mostra o diagrama de b l o c o s do modelo

de s i s t e m a de e x c i t a g a o t i p o CC3, que e usado para represen

t a r v e l h o s sistemas de e x c i t a g a o , em p a r t i c u l a r aqueles com

e x c i t a t r i z e s r o t a t i v a s CC com comutador e r e g u l a d o r e s de agao

nao-continua.

Nesses sistemas a tensao de e n t r a d a da excitatriz ,

V , v a i depender da magnitude do s i n a l de e r r o de tensao

V , conforme i n d i c a o bloco logico a n t e r i o r ao ponto de so


-85-

m a t 5 r i o da e x c i t a t r i z .

Comparando o diagrama de b l o c o s do sistema t i p o CC3,

com a c l a s s i f i c a c a o a n t e r i o r do IEEE, v e r i f i c a - s e quo o mes

mo e uma nova r e p r e s e n t a g a o do sistema de e x c i t a c a o t i p o 4,

mostrado na F i g . I I I . 4 .

V
RMAX

VERR

SE VERR >Kv , v R:
VRMAX V R +
-td
S E l V
E R R |<Kv,V R
=VRH
ST E

S E VERR < - K V , VR ;
V R M IN
FE

S E + K E

F i g . I I I . 1 2 - Tipo CC3 - E x c i t a t r i z r o t a t i v a com r e g u l a d o r e s

de acao n a o - c o n t i n u a

No modelo do sistema t i p o CC3, a r e p r e s e n t a g a o da ex

c i t a t r i z e a mesma dos t i n o s CCl e CC2, no e n t a n t o , verifi_

ca-se que nenhum e s t a b i l i z a d o r do sistema de e x c i t a c a o e re

presentado.

Um v a l o r t i p i c o de K e 5%.
-86-

I I I . 3. 2 TIPO CA - SISTEMAS DE EXCITACAO COM ALIMENTAOAO ATRA

VfiS DE ALTERMADOR E RETIFICADOR

Esses sistemas usam um a l t e r n a d o r CA e retificadores

para f o r n e c e r a c o r r e n t e c o n t i n u a n e c e s s a r i a a excitacao do

campo do gerador. Os r e t i f i c a d o r e s podem ser c o n t r o l a d o s ou

nao-controlados; e s t a c i o n a r i o s ou r o t a t i v o s com relacao ao

e i x o do a l t e r n a d o r . Ja o a l t e r n a d o r , node ser acionado por

um motor em separado ou p e l o p r o o r i o e i x o da maquina sincro


na.

a) Tipo CA1

A F i g . I I I . 1 3 anresenta o diagrama de blocos do siste


ma de e x c i t a c a o t i p o CAl, que c o n s i s t e de um a l t e r n a d o r como
e x c i t a t r i z p r i n c i p a l com retificadores nao-controlaveis. A
caracteristica do diodo na s a i d a da e x c i t a t r i z impoe um limi_
te i n f e r i o r igual a zero na saida de tensao da e x c i t a t r i z . Es
se modelo e a p l i c a v e l a simulagao do desempenho de sistemas
de e x c i t a g a o sem escovas da Westinghouse [07, 1 2 ] .

0 e f e i t o desmagnetizante da c o r r e n t e de carga ^ F D ^
sobre a tensao de s a i d a da e x c i t a t r i z (V_) e levado em con
E —
t a a t r a v e s do ramo de r e a l i m e n t a g a o que inclui a constante

Kp. Essa c o n s t a n t e e uma fungao das excitatrizes e reatan

cias t r a n s i t o r i a s [ l 2 , 20] .
-87-
0

Fig. I I I . 1 3 - Tipo CAl - Sistema de e x c i t a g a o alternador-re

t i f i c a d o r com r e t i f i c a d o r e s nao-controlaveis e

realimentacao a p a r t i r da c o r r e n t e de campo da

excitatriz

b) Tipo CA2

A F i g . I I I . 14 mostra o diagramade blocos para o modelo

do sistema de e x c i t a c a o t i p o CA2, que r e p r e s e n t a um Sistema

de A l t a Resposta I n i c i a l com o campo do a l t e r n a d o r alimenta

do por r e t i f i c a d o r e s c o n t r o l a d o s . 0 t i p o CA2 e i g u a l ao tipo

CAl, exceto p e l a i n c l u s a o de d o i s ramos a d i c i o n a i s de corren

t e de .campo da e x c i t a t r i z , simulando a compensagao da cons

t a n t e de tempo da e x c i t a t r i z e os elementos l i m i t a d o r e s de

sua c o r r e n t e de campo. Esse modelo e a p l i c a v e l a simulagoes

do desempenho de Sistemas de E x c i t a g a o sem Escovas de Alta

Resposta I n i c i a l da Westinghouse [ 2 0 ] .

Para se o b t e r a l t a r e s p o s t a i n i c i a l com esse sistema,

uma tensao b a s t a n t e a l t a (V_ M A Y ) e a p l i c a d a ao campo da ex


-83-

c i t a t r i z . A t r a v e s do l i m i t a d o r da c o r r e n t e de campo da exci

t a t r i z , a tensao de s a i d a da e x c i t a t r i z (\/ ) e l i m i t a d o a um
E
valor (V ) que e geralmente determinado p e l a razao de res

p o s t a e s p e c i f i c a d a do sistema da e x c i t a c a o . Os s i n a i s do re

g u l a d o r de tensao (V ) e os elementos de compensacao da cons

t a n t e de tempo (V ) sao comparados com o s i n a l da s a i d a (V )


do l i m i t a d o r no c i r c u i t o l o g i c o de c o n t r o l e .

V
S VAMAX V R M A X

I 4-STF

F i g . I I I . 1 4 - Tipo CA2 - s i s t e m a de e x c i t a g a o a l t e r n a d o r - r e t i

f i c a d o r , de a l t a r e s p o s t a i n i c i a l com r e t i f i c a

dores n a o - c o n t r o l a v e i s e r e a l i m e n t a c a o a par
t i r da c o r r e n t e de campo da e x c i t a t r i z

c) Tipo CA3

A F i g . I I I . 1 5 mostra o diagrama de b l o c o s para o mode


l o do s i s t e m a de e x c i t a g a o t i p o CA3, que r e p r e s e n t a um s i s t e
ma de e x c i t a g a o c u j o campo do a l t e r n a d o r e a l i m e n t a d o p o r um
r e t i f i c a d o r c o n t r o l a v e l . Esse s i s t e m a de e x c i t a g a o i n c l u i um
-89-

a l t e r n a d o r como e x c i t a t r i z p r i n c i p a l com r e t i f i c a d o r e s nao-

c o n t r o l a v e i s . A e x c i t a t r i z emnrega a u t o - e x c i t a e a o e a noten

c i a do r e g u l a d o r de tensao e o b t i d a da tensao de s a i d a da ex

citatriz. P o r t a n t o , esses sistema tern uma n a o - l i n c a r i d a d e a

dicional, simulada n e l o uso de um m u l t i p l i c a d o r c u j a s entra

das sao o s i n a l de comando do r e g u l a d o r de tensao, V , e A a

tensao de s a i d a da e x c i t a t r i z , E ^ , vezes K . Esse modelo e

a p l i c a v e l a sistemas t a i s como os sistemas de excitacao

ALTERREX da General E l e c t r i c , que empregam r e g u l a d o r e s de

tensao e s t a t i c o s [ l 6 ] .

. Comparando-se com os sistemas t i o o CAl e CA2 , verifi_

ca-se que a r e a l i m e n t a c a o t r a n s i t o r i a do sistema de excita

gao tem tambem uma c a r a c t e r i s t i c a nao l i n e a r . Onde o ganho

assume o v a l o r para tensao de s a i d a da e x c i t a t r i z menor

que e quando a tensao da e x c i t a t r i z excede seu valor

n o m i n a l , o ganho assume o v a l o r K^.


-90-

q
>1
+

HV T

G A T E V
V
L V
A M A X

ZL.

-I V _/o ex

A M IN
Fex= f ( I N )

T" IN
K E + S E

IN V E

kD — < -

Fig. I I I . 15 - Tipo CA3 - E x c i t a t r i z a l t e r n a d o r r e t i f i c a d o r

a) Tipo CA4

A F i g . I I I . 1 6 a p r e s e n t a o diagrama de b l o c o s do s i s

tema de e x c i t a c a o t i p o CA4, que e c a r a c t e r i z a d o como Sistema

de E x c i t a g a o com A l t e r n a d o r Alimentado a t r a v e s de R e t i f i c a d o r

Controlavel.

( V
R M A X - kcif d )

V
I M I N
( V R M |N " K CJ t d )

Fig. I I I . 1 6 - Tipo CA4 - E x c i t a t r i z a l t e r n a d o r retificador

controlado
-91-

Esse sistema d i f e r e dos o u t r o s t i p o s de sistemas CA,

p r i n c i p a l m e n t e , p e l a sua a l t a r e s p o s t a i n i c i a l e n o l o uso de

uma ponte t o t a l m e n t e c o n t r o l a d a a t i r i s t o r e s no c i r c u i t o de

s a i d a da e x c i t a t r i z . Os o u l s o s de g a t i l h a m e n t o dos t i r i s t o r e s

da ponte sao c o n t r o l a d o s n e l o r e q u l a d o r de tensao. 0 alterna

dor que serve de e x c i t a t r i z usa um r e q u l a d o r de tensao inde

pendente para manter sua tensao de s a i d a num v a l o r constante.'

As c o n s t a n t e s de tempo T e T , mostradas no diagrama de bio


B C —
cos da f i g u r a I I I . 1 6 , representam a funcao do compensador a

vango-atraso que assumem no modelo r e p r e s e n t a d o o panel equi

v a l e n t e aos oarametros e no ramo de e s t a b i l i z a c a o da ex

c i t a t r i z n o u t r o s modelos. 0 ganho e a c o n s t a n t e de tempo as

sociados ao r e g u l a d o r e/ou ao g a t i l h a m e n t o dos t i r i s t o r e s sao

simulados, no sistema de e x c i t a g a o t i p o CA4, nor e res

pectivamente.

E n t r e os sistemas de e x c i t a c a o que u t i l i z a m o modelo

CA4 para simulacao podem ser destacados o sistema de excita

gao ALTHYREX [ 2 3 ] e os sistemas de e x c i t a g a o com tiristores

rotativo.

I I I . 3.3- TIPO ST - SISTEMAS DE EXCITACAO ESTATICOS

Esses sistemas de e x c i t a g a o u t i l i z a m a p r o p r i a tensao

t e r m i n a l do gerador que an5s s e r c o n v e r t i d a a um n i v e l adequa

do, a t r a v e s de t r a n s f o r m a d o r e s , e r e t i f i c a d a a t r a v e s de reti

f i c a d o r e s , c o n t r o l a d o s ou nao, passando a s u p r i r com c o r r e n t e

c o n t i n u a o campo desse g e r a d o r .
-92-

a) T i p o ST1

A F i g . I I I . 1 7 , anresenta em diagramas de b l o c o s um mo

d e l o para os sistemas de e x c i t a g a o t i p o ST1, que v i s a repre

s e n t a r todos os sistemas nos q u a i s a p o t e n c i a de e x c i t a g a o e

s u p r i d a a t r a v e s de um t r a n s f o r m a d o r l i g a d o aos t e r m i n a l s do

gerador (ou as unidades dos barramentos a u x i l i a r e s ) e e regu

l a d a por um r e t i f i c a d o r controlavel.

SKF
I +-STF

Fig. I I I . 1 7 - Tipo ST1 - E x c i t a t r i z e s t a t i c a com r e t i f i c a d o r


c o n t r o l a d o como f o n t e de p o t e n c i a

Nesse t i p o de s i s t e m a , as c o n s t a n t e s de tempo ineren

t e s a e x c i t a t r i z sao m u i t o pequenas e a e s t a b i l i z a g a o da ex

c i t a t r i z em t a i s casos nao e n e c e s s a r i o . 0 modelo mostrado e

s u f i c i e n t e m e n t e v e r s a t i l para r e p r e s e n t a r a "Reducao do Ga

nho T r a n s i t o r i o " implementado t a n t o a t r a v e s das constantes

T_ e T_ (neste caso K„ s e r i a normalmente assumido como zero) ,


B (_ r

ou a t r a v e s da e s c o l h a adequada da r e l a g a o e n t r e os parametros
de r e a l i m e n t a g a o K e T . 0 ganho do r e g u l a d o r de tensao e
-9 3-

qualquer c o n s t a n t e do tempo i n e r e n t e ao s i s t e m a de excitacao

sao representados nor K e T .


A A

A menos do ramo de r e a l i m e n t a c a o e da d e p e n d e n c i a de
E C O m a t e n s
fd ^° terminal do g e r a d o r , o m o d e l o do s i s t e m a S T l

e i d e n t i c o ao m o d e l o do s i s t e m a de e x c i t a c a o t i p o CA4, apre

sentado no i t e m anterior.

Um e x e m p l o de urn s i s t e m a de e x c i t a c a o que se e n q u a d r a

no m o d e l o S T l e o s i s t e m a de e x c i t a c a o e s t a t i c o da Westinghouse

t i p o WTA ou WHS.

b) T i p o ST2

A F i g . I I I . 1 8 a o r e s e n t a o d i a g r a m a de b l o c o s do Siste

ma de E x c i t a c a o t i p o ST2, que e q u i v a l e na c l a s s i f i c a c a o ante

rior do IEEE ao s i s t e m a de e x c i t a c a o tino 3.

RM AX EfdMAX

KA Jtd
; r
1 +STA STE
ERR '

RMIN

SKF
l-t-STF

V = I KpV +JKi!
E T T |

IN= Kc -^ 1
F
E X = f (IN )
Ifd VE T
N F

Fig. 111,18 - T i p o ST2 - A l i m e n t a c a o "Compound" da e x c i t a t r i z

a t r a v e s de r e t i f i c a d o r e s
-94-
«

Alguns sistemas estaticos utilizam ambas, a corrente

e tensao ( s a i d a s do g e r a d o r ) como f o n t e de p o t e n c i a da exci

tatriz, a t r a v e s de c o m b i n a c a o fasorial e n t r e tensao terminal

V_ e c o r r e n t e t e r m i n a l I _ . E„_.,_„ r e p r e s e n t a o l i m i t e da t e n
T T FDMAX - —
sao da e x c i t a t r i z d e v i d o a saturacao dos comnonentes m a g n e t i

cos. 0 regulador c o n t r o l a a s a i d a da e x c i t a t r i z a t r a v e s da

saturacao c o n t r o l a d a dos t r a n s f o r m a d o r e s de p o t e n c i a . T re
E —

presenta a r e l a c a o de i n t e g r a c a o a s s o c i a d a com a indutancia

dos e n r o l a m e n t o s de c o n t r o l e .

Urn e x e m p l o desse s i s t e m a de e x c i t a c a o e s t a t i c o e o

SCT-PPT o u SCPT da G e n e r a l Electric.

c) T i p o ST3

Alguns sistemas de e x c i t a c a o e s t a t i c o s u t i l i z a m quan

t i d a d e s i n t e r n a s do g e r a d o r (as quais podem s e r e x p r e s s a s c o

mo c o m b i n a c o e s f a s o r i a i s da t e n s a o e de c o r r e n t e t e r m i n a l do

gerador) p a r a s e r v i r e m de f o n t e de p o t e n c i a a e x c i t a c a o . T a i s

sistemas de e x c i t a c a o sao d e s i g n a d o s como t i p o ST3 e s a o r e

p r e s e n t a d o s p e l o d i a g r a m a de b l o c o s m o s t r a d o na F i g . I I I . 1 9 .
-95-

F
EX K ^ K «
IN = K c 0
p p
i £

V
E

Fig. III.19 - T i p o ST3 - E x c i t a t r i z com f o n t e de alimenta

cao "Compound" a t r a v e s de r e t i f i c a d o r e s con

trolados

A r e p r e s e n t a c a o d e s s e t i p o de s i s t e m a de excitacao

difere do t i p o ST2 s o b a l g u n s a s p e c t o s : a i n c l u s a o do ganho

K no e l e m e n t o a v a n g o - a t r a s o s e r i e , o ganho K no ramo i n t e r
u G —
no de r e a l i m e n t a c a o do r e g u l a d o r de t e n s a o , a l e m do limite
E ,„„ estabelecido pelo n i v e l de s a t u r a c a o d o s comoonentes
fdMAX
r j
- " •
de p o t e n c i a .

Urn e x e m p l o d e s s e t i p o de s i s t e m a e o s i s t e m a de exci

t a c a o GENERREX ( G e n e r a l E l e c t r i c ) [47] .

III.4 CONCLUSAO

Os m o d e l o s a n r e s e n t a d o s neste C a p i t u l o representam,
*
-96-

inclusive, novos e q u i p a m e n t o s de e x c i t a c a o . A i n c l u s a o das

f u n c o e s de t r a n s f e r e n c i a de a l q u n s s i s t e m a de e x c i t a c a o em

c o m p a r a c a o com os m o d e l o s o r o p o s t o s o e l o IEEE, s u q e r e uma

s i s t e m a t i c a de e n f o q u e que n e r m i t e o e n q u a d r a m e n t o , ou nao,

d e s s e s s i s t e m a s d e n t r o de m o d e l o s c l a s s i c a m e n t e u t i l i z a d o no

e s t u d o de e s t a b i l i d a d e de s i s t e m a s de p o t e n c i a . A inclusao

das f u n c o e s de t r a n s f e r e n c i a s de e s t a b i l i z a d o r e s de sistemas

de p o t e n c i a , l i m i t a d o r e s e o u t r o s s i n a i s d e s e j a d o s oermite

a s i m u l a c a o d i n a m i c a do s i s t e m a completo.

A titulo de e x e m p l o , no C a p i t u l o IV e apresentado urn

e s t u d o de e s t a b i l i d a d e no q u a l urn s i n a l e s t a b i l i z a d o r e pro

j e t a d o p a r a m e l h o r a r o desempenho de urn s i s t e m a de p o t e n c i a ,

r e p r e s e n t a d o por t r e s maquinas s i n c r o n a s , equipadas com sis

tema de e x c i t a c a o e s t a t i c o e i n t e r l i g a d o s a urn b a r r a m e n t o in

finite
CAPlTULO I V

EFEITO DO SISTEMA DE EXCITACAO SOBRE O COMPORTAMENTO DINAMI

CO DO GERADOR SINCRONO - ESTUDO DA ESTABILIDADE

IV.1 INTRODUCAO

Num s i s t e m a de p o t e n c i a , as m a q u i n a s devem m a n t e r - s e

em s i n c r o n i s m o d u r a n t e c o n d i c o e s de o p e r a e a o , t a n t o normal

quanto anormal. A p r o o r i e d a d e do s i s t e m a de p o t e n c i a ' que

assegura e s s a o p e r a e a o de e q u i l i b r i o sob t a i s condicoes e

conhecida como e s t a b i l i d a d e de s i s t e m a de p o t e n c i a . Depen

dendo do g r a u do d i s t u r b i o o c o r r i d o d u r a n t e a operaeao do

s i s t e m a , a e s t a b i l i d a d e pode s e r c l a s s i f i c a d a como: transi

t o r i a ou dinamica. 0 estudo da e s t a b i l i d a d e transitoria diz

r e s p e i t o a capacidade do s i s t e m a de p o t e n c i a p e r m a n e c e r em

s i n c r o n i s m o durante grandes perturbaeoes que r e s u l t e m t a n t o

de f a l h a s de g e r a c a o e t r a n s m i s s a o q u a n t o de mudancas subi

t a s de c a r g a s ligadas ao s i s t e m a , a s s i m como de f a l h a s mo

mentaneas. Ja o e s t u d o da e s t a b i l i d a d e dinamica trata do

c o m p o r t a m e n t o do s i s t e m a de p o t e n c i a quando o mesmo e subme

tido a pequenas p e r t u r b a e o e s . P o r e x e m p l o : p e q u e n a s mudan

cas n o c a r r e g a m e n t o d o s s i s t e m a s , pequenas v a r i a c o e ' s na

t e n s a o de r e f e r e n d a d a s m a q u i n a s , e t c .
-98-

Os e f e i t o s d o s c o n t r o l e s d a e x c i t a c a o sobrc a estabi

l i d a d e e o u s o de s i n a i s e s t a b i l i z a d o r e s s u p l e m e n t a r e s a

tuando sobre os sistemas de e x c i t a c a o tern s i d o investigadcs

em v a r i o s t r a b a l h o s t e 5 r i c o s e p r a t i c o s [ 0 1 , 0 2 , 06, 10J .

Neste c a p i t u l o , a s p e c t o s r e f e r e n t e s a estabilidade

do g e r a d o r s i n c r o n o c o n e c t a d o ao s i s t e m a de p o t e n c i a serao

a p r e s e n t a d o s , a s s i m como o e f e i t o do s i s t e m a de excitacao

no seu comportamento dinamico. Como e x e m p l o , urn s i s t e m a de

p o t e n c i a de t r e s m a q u i n a s que e p a r t e de urn q r a n d e sistema

representado p o r uma b a r r a i n f i n i t a e estudado atraves de

p r o g r a m a em c o m p u t a d o r d i g i t a l , destacando-se o p r o j e t o de

urn s i n a l e s t a b i l i z a d o r e sua i n f l u e n c i a n o s l i m i t e s de e s t a

bilidade do g e r a d o r s i n c r o n o e q u i p a d o com urn s i s t e m a estati

co de e x c i t a c a o . 0 p r o j e t o ESP e baseado no m o d e l o do gera

d o r c o n e c t a d o a uma b a r r a i n f i n i t a atraves de uma impedan

cia equivalente.

IV.2 CONSIDERACOES SOBRE A ESTABILIDADE DE SISTEMAS DE PO

TENCIA

Grandes s i s t e m a s de g e r a c a o e t r a n s m i s s a o interliga

dos, tern s i d o c o n s t r u i d o s e p r o j e t a d o s p a r a a t e n d e r a cres

cente demanda de e n e r g i a eletrica.

Idealmente, as c a r g a s d e v e r i a m s e r a l i m e n t a d a s , em

qualquer momento, com t e n s o e s e f r e q u e n c i a c o n s t a n t e s , ou

em t e r m o s p r a t i c o s , d e n t r o de c e r t a f a i x a de t o l e r a n c i a que
-99-

v i e s s e s a t i s f a z c r as e x i g e n c i a s dos c o n s u m i d o r c s . Para que

isto se v e r i f i q u e , a estabilidade dos s i s t e m a s de potencia

se t o r n a i n d i s p e n s a v e l .

Como um s i s t e m a de p o t e n c i a e c o m p o s t o de maquinas

sincronas i n t e r l i g a d a s , a e s t a b i l i d a d e desse s i s t e m a esta

l i g a d a ao c o m p o r t a m e n t o d i n a m i c o d e s s a s m a q u i n a s , apos a g

c o r r e n c i a de alguma p e r t u r b a g a o . Se a p e r t u r b a c a o nao afe

tar a c o n f i g u r a g a o do s i s t e m a , as m a q u i n a s d e v e r a o v o l t a r ao

mesmo e s t a d o inicial em um tempo f i n i t o ap5s a e x t i n c a o da

p e r t u r b a c a o . Pode-se d i z e r q u e , p a r a uma dada c o n d i c a o de

o p e r a e a o o s i s t e m a e e s t a v e l s e , apos uma p e r t u r b a c a o , a mu

danga n a s v a r i a v e i s (tensao t e r m i n a l , angulo de t o r q u e , fre

quencia, e t c . ) permanece finita [lOj.

I V . 3 0 ESTUDO DA ESTABILIDADE

0 p r i m e i r o p a s s o no e s t u d o da e s t a b i l i d a d e e estabe

l e c e r um m o d e l o m a t e m a t i c o do s i s t e m a de D o t e n c i a durante

o transitorio. Os e l e m e n t o s i n c l u x d o s n e s s e m o d e l o sao a

q u e l e s que a f e t a m a a c e l e r a g a o (ou desaceleracao) dos roto

res das m a q u i n a s . A c o m p l e x i d a d e do m o d e l o depende do tipo

de t r a n s i t o r i o e do s i s t e m a a s e r i n v e s t i g a d o . Geralmente,

o s c o m p o n e n t e s do s i s t e m a de p o t e n c i a que i n f l u e n c i a m os

t o r q u e s e l e t r i c o s e m e c a n i c o s d a s m a q u i n a s sao o s seguin

tes (.OlJ :

1. 0 sistema i n t e r l i g a d o antes, durante e depois do


- 1 0 0 -

transitorio.

2. As c a r g a s e suas caracteristicas.

3. Os p a r a m e t r o s das maquinas s i n c r o n a s .

4. Os s i s t e m a s dp e x c i t a c a o d a s m a q u i n a s sincronas.

5. A t u r b i n a mecani ca P O r e g u l a d o r de v e l o c i d a d e .

6. O u t r o s c o m p o n e n t e s i m p o r t a n t e s da g e r a c a o que i n

f l u e n c i e m no t o r q u e mecanico.

7. O u t r o s c o n t r o l e s suolementares.

0 e s t u d o do c o m o o r t a m e n t o d i n a m i c o do s i s t e m a deoen

de da n a t u r e z a d a s e q u a c o e s d i f e r e n c i a i s que d e s c r e v e m os

varios componentes.

I V . 4 COMPORTAMENTO DINAMICO DO SISTEMA

Se a s e q u a c o e s do s i s t e m a s a o l i n e a r e s (ou aodem s e r

linearizadas), t e c n i c a s de a n a l i s e de s i s t e m a s l i n e a r e s po

dem s e r u t i l i z a d a s p a r a o e s t u d o do c o m p o r t a m e n t o dinamico

do s i s t e m a , c u j o desempenho pode e n t a o s e r a n a l i s a d o atra

v e s de a l a u n s m e t o d o s , t a i s como:

1 . Baseado na t e o r i a de c o n t r o l e classico.

1.1 Root-locus

1.2 A n a l i s e no d o m i n i o da f r e q u e n c i a ( c r i t e r i o de

Nyquist).

1.3 C r i t e r i o de R o u t h .

1.4.Diagrama de Bode.
-101-

2. Baseado na t e o r i a de c o n t r o l e m o d c r n o .

2.1 P o s i c i o n a m e n t o de autovalores

2.2 R e a l i m e n t a g a o de e s t a d o s a t r a v e s de controle

otimo.

3. S i m u l a c a o do m o d u l o dinamir-o do s i s t e m a (metodo

indireto) cue node ser f e i t o a t r a v e s de simulacao

a n a l 5 g i c a ou digital.

IV.4.1 Simulacao dinamica do m o d e l o do sistema de o o t e n c i a -

m o d e l o da m a q u i n a

O comportamento dinamico das m a q u i n a s s i n c r o n a s ' no

sistema de p o t e n c i a e d e s c r i t o p e l a s suas caracteristicas

m e c a n i c a s e e l e t r i c a s i n c l u i n d o os r e s p e c t i v o s s i s t e m a s de

c o n t r o l e da e x c i t a c a o .

O m o d e l o de macruina u t i l i z a d o no p r e s e n t e trabalho

e o m o d e l o de t e r c e i r a ordem f 223 • Esse modelo e o mais

s i m p l i f i c a d o que l e v a em c o n t a a agao do r e q u l a d o r de ten

sao [ 29~\ . As e q u a g o e s que d e s c r e v e m o c o m p o r t a m e n t o dina

m i c o da m a q u i n a s i n c r o n a sao m o s t r a d a s a s e g u i r , onde todas

as q u a n t i d a d e s sao m e d i d a s no e i x o de r e f e r e n d a individual

da m a q u i n a .

Equagoes Eletricas:

e = 4- (e f d - E )
T (IV.1)
T
do
-102-

onde, E = e + ( X . - X.) i .
I q d d d

Equacoes M e c a n i c a s

2
onde, = V,i, + V i + r I 1
e d d q q I tI

Esse m o d e l o r e p r e s e n t a o g e r a d o r , c o n e c t a d o a redp,
i

p o r uma f o n t e de t e n s a o e a t r a s da r e a t a n c i a transit5ria

Nesse m o d e l o o m o d u l o e o a n g u l o de e sao f u n c a o de
duas c o n d i c o e s da m a q u i n a , c o n d i c o e s i n t e r n a e e x t e r n a s , r e s
p e c t i v a m e n t e . P o r t a n t o , e n e c e s s a r i o um p r o c e s s o interativo
i

p a r a se e n c o n t r a r um v a l o r c o n s i s t e n t e de e , o q u a l satis_

f a c a as e q u a g o e s da r e d e e da m a q u i n a s i m u l t a n e a m e n t e [ 2 8 j .

Os e f e i t o s da s a t u r a c a o m a g n e t i c a sao representados

p e l o v a l o r m o d i f i c a d o de E na equagao (IV.1) onde:

E^ = E^ + A E^ (IV.3)

A 'A TP » Bs (A -0.8)
onde, A E = A e g
I s

e A v. + I . ( r + x ;
t t p
g
-103-

IV.4.2 Modelos para Simulacao Dinamica de R e g u l a d o r e s de Ten

sao e S i s t e m a s de E x c i t a c a o

0 p r i n c i p a l c o n t r o l e de um q e r a d o r e a t r a v e s de ten
E
sao de e x c i t a c a o f d > E x i s t e m v a r i o s t i p o s de e x c i t a t r i z e s u

sados em s i m u l a c a o . De uma f o r m a g e r a l , e n t r e t a n t o , d o i s t i

pos podem s e r d i s t i n g u i d o s , c o n f o r m e f o i v i s t o no Capitulo

II:

1. E x c i t a t r i z rotativa, que pode u s a r uma m a q u i n a de

corrente continua ou a l t e r n a d a , com r e t i f i c a d o r ,

p a r a e x c i t a r o campo do g e r a d o r p r i n c i p a l (tipo

CC, t i p o CA).

2. E x c i t a t r i z e s t a t i c a , que usa t e n s a o DC o b t i d a a

t r a v e s de r e t i f i c a d o r e s , c o n t r o l a v e i s ou nao, pa

ra s u p r i r a corrente continua n e c e s s a r i a ao campo

do g e r a d o r ( t i p o TR).

Para o p r i m e i r o t i p o , pode-se s i m u l a r seu comporta

mento d i n a m i c o c o n f o r m e o diagrama de b l o c o s da f i g . I V . 1 .

Para a s i m u l a c a o d i n a m i c a d e s t e m o d e l o , tem-sc as se

g u i n t e s ecruacoes de e s t a d o [29] :

•i 1 i
v. = ~ — ( v . - v ) t
c
t Tsen t

* _ F e F = F
F
/ s f d " Tse
FILTRONA v,
Vmax
MEDIC A"O EXCITATRIZ
COMPENSADOR AMPLIFICADOR

1+ ST, v
ax K A
VQX/

/
1 t ST 2
l+-ST A
1

Vmin

ESTABIUZACAO

TRANSI TORIA

/4s T
se S

I + ST
se

Fig. I V . 1 - Diagrama de b l o c o s de um s i s t e m a de e x c i t a c a o com e x c i t a t r i z rotativa

o
i
-105-

V = V + 1\V
ax ax 1 ax

V = 1 ( e V e e V V F
ax T: " ax> = r e f " t "

1
1
v = ==- (K,V - V )
ax T A ax ax

B
E f d = f (X 2 - K E f d - R Ae Efd;
f

X- = m i n (max (Vnax, Vmin) , Vmax)

As c o n d i c o e s i n i c i a i s d o s e s t a d o s sao d e r i v a d a s do r e

gime p e r m a n e n t e com V fc e E c a l c u l a d a s das c o n d i c o e s i n i

c i a i s do g e r a d o r .

to fd

V. = V, , F = v T E _,
to to o s se f d o

V = K E_, + Rj-Ae^E^fi
axo e fdo r

V = V = V /K.
axo axo axo A

V , = V,_ + V /K,.
ref to axo *

P a r a o s e g u n d o t i p o , f i g . I V . 2 , tem-se as seguintes
AM PLIFICADOR/ V m 0 X

SIN AL ESTABILIZADOR COMPENSADOR REF EXCITATRIZ


(leod
• 1 4- S T
Efd
K
L D |

*Q2 I4ST
1 +- S T
Q

L D 2

BLOCO mi n

"WAS H -OUT" FILTRO NA


ESTABIUZACAO
MEDICAO TRANSITORIA

I
I 4-ST. I 4- ST
sen se

F i g . I V . 2 - D i a g r a m a de b l o c o s de um s i s t e m a de e x c i t a c a o com e x c i t a t r i z estatica
-107

equagoes de e s t a d o :

V = ( V
t f^erl t" V

Etd F' Etd


/*s se ST
/M-s se T

4- ST,
s 1 + ST S E

se

*
F' = /AS E f d - — F* F = F"

Qs K
Q?S Qs Qs

S
I + S T , 1 4- S T Q


Q* -- 0 s '
Q

I + ST, 1
LDI
14 S T L D ,
I + ST 1 +-ST
LD2 L D 2

° ^ r-^ (Q„ - Q ) , Q ~ Q. + T Q * x
'L TLD:
T
"i LDl^i T n l

=k (
V - cd E )
' c
= e
- F

e = v V + Q
ref ~ t L

C o n d i g o e s i n i c i a s com V fco e E f d Q v i n d a s do g e r a d o r

V V
to " t o

F = U T
o s seE-,
fdo
-108-

Q = 0
s

Q. - 0

Vref = V + Efd/KA

IV.4.3 C o n d i c o e s i n i c i a i s p a r a a s i m u l a g ao

A s i m u l a c a o sempre comeca com o s i s t e m a de potencia

num p o n t o de o p e r a e a o em r e g i m e p e r m a n e n t e . Os v a l o r e s i n i

ciais podem s e r d e t e r m i n a d o s p a r a o s i s t e m a da s e g u i n t e for

ma:

0 diagrama vetorial de r e g i m e p e r m a n e n t e [ 0 2 J e mos

t r a d o na fig.IV.3.

I n i c i a l m e n t e , a c o r r e n t e t e r m i n a l no s i s t e m a de ei

xos de r e f e r e n d a pode s e r d e t e r m i n a d a a p a r t i r dos dados de

um f l u x o de c a r g a s [28] .

: t " (P g - jQ )/CONJ (V )
g t ( I V . 4)

Onde P e 0 sao r e s o e c t i v a m e n t e as p o t e n c i a s ativa


g -g

e r e a t i v a dos t e r m i n a l s do g e r a d o r . A t e n s a o a t r a s da r e a t a n

cia transitoria do g e r a d o r e:

e = V + I . (r + j x ' )
J
(IV.5)
t t .. d
\ D (SISTEMA DE REFERENCIA)
\

D i a g r a m a v e t o r i a l em r e g i m e p e r m a n e n t e [02]
-110-

A p o t e n c i a mecanica e

P
m = P
g + Jl r
(IV,6

e o a n g u l o de p o t e n c i a i n i c i a l e:

6 = 1 ( I V 7 )
S [ V V ' V V ] '

onde a t e n s a o V , e a q u e l a que d e t e r m i n a a p o s i c a o do eixo

q, d e f i n i d a no d i a g r a m a vetorial como:

V x = V t + I t (r + jX ) (IV.8)

Os v a l o r e s i n i c i a i s d o s e s t a d o s do s i s t e m a de excita

gao podem s e r d e r i v a d o s da c o n d i g a o de r e g i m e p e r m a n e n t e , on

de o v a l o r i n i c i a l de V Q ( s a i d a da e x c i t a g a o ) e a s s u m i d o co-

mo o v a l o r i n i c i a l de n a s e q u a g o e s do g e r a d o r .

Com t o d o s os a s p e c t o s d i n a m i c o s e e s t a t i c o s do siste

ma m o d e l a d o , e os e s t a d o s i n i c i a i s do s i s t e m a d e f i n i d o , a s i

mulagao d i g i t a l pode s e r f e i t a p a r a se o b t e r a r e s p o s t a t r a n

sitoria do s i s t e m a s .

IV.-4.4 EFEITO DOS SINAIS ESTABILIZADORES

0 u s o de s i s t e m a s de e x c i t a g a o de a l t o ganho e r e s p o s

ta r a p i d a em g e r a l causam p r o b l e m a s de e s t a b i l i d a d e d i n a m i c a ,

d e v i d o a redugao do a m o r t e c i m e n t o do g e r a d o r no s i s t e m a de
-111-

p o t e n c i a ap5s a o c o r r o n c i a de uma p e r t u r b a c a o .

A f i m de m e l h o r a r o a m o r t e c i m e n t o e a m p l i a r os limi

tes de e s t a b i l i d a d e , um s i n a l adicional pode s e r i n t r o d u z i d o

ao c o n t r o l e da e x c i t a c a o [ 2 4 ] .

Os r e g u l a d o r e s de t e n s a o podem m e l h o r a r o s torques

s i n c r o n i z a n t e s , no e n t a n t o seus e f e i t o s s o b r e os t o r q u e s de

amortecimento sao p e q u e n o s . E em c a s o s onde o s i s t e m a apre

senta c a r a c t e r i s t i c a de a m o r t e c i m e n t o n e g a t i v o , os regulado-

res de t e n s a o g e r a l m e n t e a g r a v a m a s i t u a g a o a t r a v e s do aumen

to desse a m o r t e c i m e n t o . S i n a i s s u p l e m e n t a r e s p a r a introduzir

t o r q u e s de a m o r t e c i m e n t o s a r t i f i c i a l s e reduzir as oscila

goes e n t r e g e r a d o r e s e s i s t e m a s tern s i d o u t i l i z a d o s com g r a n

de s u c e s s o [Ol] .

sistema de

atraso de

acima da

f r e q u e n c i a n a t u r a l do s i s t e m a de e x c i t a g a o .

0 e s t u d o de s i n a i s e s t a b i l i z a d o r e s pode s e r f e i t o de

duas m a n e i r a s : u s a n d o a t e o r i a de c o n t r o l e c l a s s i c o o u a t e o

ria de c o n t r o l e moderno. Nessa u l t i m a , sinais derivados de

v a r i o s e s t a d o s do s i s t e m a s a o r e a l i m e n t a d o s a t r a v e s de ga

nhos c o n s t a n t e s o b t i d o s a t r a v e s de uma e s t a r a t e g i a de c o n t r o

l e o t i m o [28] .

N e s t e C a p i t u l o o e s t u d o e a i m p l e m e n t a g a o do s i n a l es

tabilizador e feito usando a t e o r i a de c o n t r o l e classico.


-112-
*

I V . 5 PROJETO DE UM SINAL ESTABILIZADOR CONVENCIONAL DERIVADO

DA VELOCIDADE DA MAQUINA BASEADO NO MODELO MAQUINA/ BAR

RA I N F I N I T A

Um compensador a v a n g o - a t r a s o em s e r i e com o s i n a l de

v e l o c i d a d e t o r n a - s e n e c e s s a r i o , p a r a compensar o a t r a s o ca

r a c t e r i s t i c o i n t r o d u z i d o p e l o c o n j u n t o maquina/sistema de

e x c i t a g a o na f r e q u e n c i a d o m i n a n t e do s i s t e m a [24] . Um dia

grama de b l o c o s , m o s t r a d o n a f i g . I V . 5 , s e r v e p a r a represen

tar um m o d e l o a p r o x i m a d o de s e g u n d a ordem do r e f e r i d o conjun

to. A p a r t i r do d i a g r a m a de b l o c o s , u t i l i z a n d o - s e a analise

de pequenas p e r t u r b a g o e s e as e q u a g o e s f u n d a m e n t a l s da ma

quina [06J sua f u n g a o de t r a n s f e r e n c i a pode s e r d e t e r m i n a d a :

(IV.9)
G(s)=-
2
S + (T + K T , ' ) / K T , T 1
S + K,K /T.'T
e 3 do 0
3 do e 0
be do e

onde,

K 3 = 1 / [ 1 + K . (X , - x ' ) (X + X ) )
]

d d q eq

K = 1 K X ( X +
6 'V^tO* I " I d q ^qS-^do^tO^lVe

com, K j = l/(R 2 e + (X + Xq e g ) (X d
-11 3-

onde o s u b s c r i t o (o) s i g n i f i c a p o n t o do o p e r a e a o i n i c i a l . De

forma mais compacta, a funcao de t r a n s f e r e n c i a pode s e r cs

crita como:

K^K /T 'T
2
q ( ) S = e do e ( I V . 1 0)
S" + 26 w S + w ^
xx x

ou

r _ 2 e' do e ( I V . 11)
G (s)
aisi—~~

onde, 6 =(T 1
+ KT 0 ' ) / ( 2 w K_T,'T )
x e 3 do x 3 do e

w = / K^K /T 'T "


x 6 e do e

Para q u a l q u e r f r e q u e n c i a de o s c i l a c a o , d ( j u ) ) fornece

a f a s e do c o n j u n t o m a q u i n a / s i s t e m a de e x c i t a c a o .

Estudos e ensaios tern m o s t r a d o que um sinal derivado

da v e l o c i d a d e da m a q u i n a r e a l i m e n t a d o a t r a v e s de um compensa

dor avango-atraso, melhora o amortecimento da resposta angu

lar da m a q u i n a [ 0 6 , 26] . A f i g . IV.4 mostra o diagrama de

b l o c o s do e s t a b i l i z a d o r . A f u n c a o de t r a n s f e r e n c i a considera

da p a r a o s i n a l e s t a b i l i z a d o r a p l i c a d o ao s i s t e m a de excita

cao e que r e p r e s e n t a a r e l a g a o e n t r e as v a r i a c o e s de veloci

dade de m a q u i n a e o s i n a l de s a i d a AV , e dada por:


-114-

STq I -f- ST,


Kg
I -(-STq I + ST 2

f
SISTEMA DE
^ 6 1 *
EXCITAp AO

ref

Fig. I V . 4 - D i a g r a m a de b l o c o s do s i n a l estabilizador deri_


vado d a v e l o c i d a d e da maquina

A tref
v

A Te
Ke
I -t-STe

6x(S)

F i g . I V . 5 - R e p r e s e n t a g a o a p r o x i m a d a da m a q u i n a / s i s t e m a de

excitagao
-115-

K ST 1 + ST,
H ( ) = _2_3_
S • 1 ( I V . 12)
1+ST 1 + ST.

onde e o ganho do s i n a l e s t a b i l i z a d o r , que n o r m a l m e n t e ne

c e s s i t a de a j u s t a m e n t o no campo em a p l i c a c o e s r e a i s [24] . 0

t e r m o em a v a n c o do compensador d i n a m i c o e r e p r e s e n t a d o por

(1 + ST ) / ( l + S T _ ) . 0 t e r m o ST / ( l + ST
1 2 q q ) assume a f u nv c a o

de f i l t r o passa f a i x a , no s e n t i d o de i m o e d i r que o regula

d o r de t e n s a o a t u e de f o r m a i n d e v i d a em v i r t u d e de e r r o s p r o

l o n g a d o s na f r e q u e n c i a . 0 v a l o r de T f i c a na f a i x a de 1,0 a
q
60,0s o u 4,0 a 30,0s [ 2s] .

Em b a i x a s f r e q u e n c i a s de o s c i l a g o e s , i n d i c a t i v o de

fracos torques s i n c r o n i z a n t e s , a funcao maquina/regulador a

p r e s e n t a um pequeno a n g u l o de a t r a s o de f a s e . Nesses cases,

o compensador d i n a m i c o deve compensar e s s e e f e i t o fornecendo

um pequeno a v a n c o [ 0 6 , 2 7 j

Em a l t a s f r e q u e n c i a s de o s c i l a c a o , o a n g u l o de fase

da m a q u i n a t o r n a - s e c a d a v e z m a i s a t r a s a d o ; e n t a o nao ha pe

r i g o de aumento de compensacao [29] .

•Assim como o ganho K , as c o n s t a n t e s de tempo T^ e T^

devem s e r a j u s t a d a s p a r a o f e r e c e r um bom a m o r t e c i m e n t o no mo-

do de o p e r a e a o d o m i n a n t e a s s o c i a d o as i n c u r s o e s do a n g u l o de

c a r g a do g e r a d o r .

No p r o j e t o do c o m p e n s a d o r d i n a m i c o , a f r e q u e n c i a de

o s c i l a c a o dominante da m a q u i n a c o n t r o l a d a deve s e r conheci

da. P a r a d e t e r m i n a r e s s a f r e q u e n c i a , da-se uma pequena va


-116-

r i a c a o na c a r g a do s i s t e m a e v e r i f i c a - s e as o s c i l a g o e s da

p o t e n c i a t e r m i n a l . A p a r t i r dessa i n f o r m a c a o , o valor dessa

f r e q u e n c i a pode s e r estimado.

Para q u a l q u e r f r e q u e n c i a de interesse (u> ) , d ( s ) da


m
equacao ( I V . 1 1 ) f o r n e c e a f a s e do g e r a d o r / s i s t e m a de e x c i t a

cao
Y (0 ) .
m

As c o n s t a n t e s de tempo do compensador d i n a m i c o sao

c a l c u l a d a s como se segue [ o i , 3 3 ] .

-
T, - — /a (IV.13)
um

onde, a = ( 1 + senO ) / ( 1 - senG ) o a r a uma compensacao de


m m . . .
0 graus.
m

T- = aT ? (IV.14)

I V . 5 SISTEMA UTILIZADO NA SIMULACAO

0 s i s t e m a u t i l i z a d o e um s i s t e m a de p o t e n c i a de tres

m a q u i n a s que e p a r t e de um sistema maior representado por

uma barra infinita.

A fig. IV.6, mostra o diagrama u n i f i l a r do sistema.

Cada m a q u i n a tem e x c i t a t r i z e s t a t i c a de resposta rapida com

realimentagao a p a r t i r da t e n s a o terminal. 0 efeito do regu

l a d o r de v e l o c i d a d e nao e l e v a d o em consideracao.
-117-

Fia. IV.6 - Diagrama u n i f i l a r do s i s t e m a u t i l d z a d o pa


ra a simulacao digital

Na s i m u l a c a o os s e g u i n t e s dados do s i s t e m a foram u

tilizados:

- Dados das l i n h a s de t r a n s m i s s a o ( P I e q u i v a l e n t e , ba

se de 100 MVA e t e n s a o do s i s t e m a ) : V a l o r e s em p . u .
-118-

BARRA BARRA R X Y

1 6 0.0101 0.0615 0.8000

3 6 0.0057 0.0460 0.0980

3 5 0.0836 0.2360 0.1856

3 4 0.0628 0.1100 0.3654

4 5 0.0033 . 0.0313 1.1440

2 5 0.0255 0.1720 0.6500

1 2 0.0856 0.2360 0.1856

- Dados da c a r g a (em p . u . de 100MVA).

BARRA ATIVA REATIVA

1 4.28 2.14

6 0.99 0.45

- Dados do g e r a d o r (em p . u . - b a s e s 100MVA e tensao

n o m i n a l da m a q u i n a ) .

MAQUINA X^ X g X d H

1 0.093 0.900 0.950 8.2 6.2

2 0.179 1.680 1.750 4.3 5.2

3 0.114 0.800 0.825 6.3 4.8


-119-
0

- Dados do s i s t e m a de e x c i t a c a o (em p . u . , base do r q

tor). Ver f i g . IV.6

MAOUINA KA TA V V
max min

1 200 0.05 5.0 -5.0

2 50 0.04 5.0 -5.0

3 100 0.02 5.0 -5.0

Para i n i c i a l i z a c a o da s i m u l a c a o dinamica do s i s t e m a ,

f a z - s e n e c e s s a r i o a s o l u c a o p r e v i a de um f l u x o de c a r g a com

o o b j e t i v o de d e t e r m i n a r as c o n d i c o e s iniciais e algumas va

r i a v e i s n e c e s s a r i a s a l i n e a r i z a c a o do s i s t e m a . Segue-se os

r e s u l t a d o s do f l u x o de c a r g a :

MAQUINA TENSAO POTENCIA GERADA

Barra M5dulo Angulo Ativa Reativa

1 1.0100 12.6455 1.7000 -0.6413

2 1.0000 7.1693 0.7200 -0.1784

3 1.0100 7.1742 1.3500 -0.6913

4. 1.0200 0.0000 1.4327 1.3815

E s c o l h e u - s e a m a q u i n a da b a r r a 1 p a r a a implementa

cao do ESP. A p a r t i r dos r e s u l t a d o s o b t i d o s no f l u x o de c a r

ga, a impedancia e q u i v a l e n t e com r e l a c a o a b a r r a infinita

e determinada ( v e r APENDICE D ) .
-120-

Vmax

tref KA
)
1 1 ¥ S T A
A efd

Vmin

Fig. I V . 7 - D i a g r a m a de b l o c o s i m p l i f i c a d o do s i s t e m a de

excitagao estatico

A e q u a c a o que c a l c u l a o v a l o r da i m p e d a n c i a equiva

l e n t e , pode s e r d e d u z i d a a p a r t i r de um s i s t e m a generico

de duas b a r r a s ligadas atraves de uma impedancia Z f311 .


eg.

_Wtf-Vt*VB
V Zeq- 1
SD
Z eq

Sij

Fig. IV.8 - Sistema generico de duas b a r r a s ligadas atraves


de uma i m p e d a n c i a Z eq

No p r o j e t o do comoensador d i n a m i c o , a frequencia do

m i n a n t e de o s c i l a g a o do g e r a d o r c o n t r o l a d o deve s e r d e t e r m i

nada. Para d e t e r m i n a r e s s a f r e q u e n c i a , a c a r g a da b a r r a 6

(fig. IV.6) f o i l i g e i r a m e n t e variada e a p a r t i r da oscila

gao de p o t e n c i a o v a l o r d e s s a f r e q u e n c i a f o i determinado:

w = 7.38 r a d / s p a r a a maquina 1 .

O p r o j e t o c o m p l e t o do s i n a l e s t a b i l i z a d o r com os va
- 1 2 1 -

l o r e s de K , T q a j u s t a d o s p e l o m e t o d o de t c n t a t i v a de o r

ro (0 = 6 0 ° ) , e a p r e s e n t a d o a sequir:

MAOUINA K
q q i 2

1 1.5 0.1 0.5043 0.0362

Xeq
Req Req + jXeq

N AAA— p
g-jQg

F i g . I V . 9 - Maquina l i g a d a a uma b a r r a i n f i n i t a a t r a v e s de

uma i m p e d a n c i a equivalente

IV.7 IMPLEMENTACAO DO SINAL ESTABILIZADOR

A simulacao do s i s t e m a r e p r e s e n t a d o na F i g . I V . 6 f o i

feita u s a n d o - s e um p r o g r a m a de e s t a b i l i d a d e disponivel no

DEE 30 .

P a r a o b s e r v a r a r e s o o s t a a n g u l a r do g e r a d o r 1, simu

l o u - s e um c u r t o - c i r c u i t o trifasico e q u i l i b r a d o n o s seus t e r

minais, durante 0 . 1 s, nos s e g u i n t e s casos:

- Sem nenhum e s t a b i l i z a d o r i m p l e m e n t a d o , F i g . I V . 1 0 e

Fig. I V . 1 2

- Com s i n a l e s t a b i l i z a d o r c o n v e n c i o n a l implementado,

Fig. I V . 1 1 e Fig. IV.13.


-122-
0

I V . 8 CONCLUSOES

Das s i m u l a g o e s f e i t a s com e sem s i n a l e s t a b i l i z a d o r ,

observa-se o seguinte:

- Quando nenhum s i n a l a d i c i o n a l e aplicado ao siste

ma de e x c i t a g a o da m a q u i n a , as o s c i l a g o e s do a n g u l o de tor
0
que d a m a q u i n a sao f r a c a m e n t amortecidas, evidenciando a ca

r a c t e r i s t i c a do s i s t e m a de e x c i t a g a o e s t a t i c o de r a p i d a res

p o s t a u t i l i z a d o na m a q u i n a , F i g . I V . 7 .

Observa-se a i n d a que:

~ A aplicagao do s i n a l e s t a b i l i z a d o r no s i s t e m a de ex

c i t a g a o e s t a t i c o de a l t o ganho da m a q u i n a 1 , r e d u z sensivel_

mente as o s c i l a g o e s do a n g u l o de t o r q u e da r e f e r i d a m a q u i n a ,

F i g . IV.10 e F i g . I V . 1 1 .

- O s i n a l e s t a b i l i z a d o r pode s e r p r o j e t a d o e imple

mentado p a r a c a d a uma d a s t r e s m a q u i n a s do s i s t e m a da Fig.

I V . 6 , sob d o i s aspectos:

a) Sem c o n s i d e r a r o a c o p l a m e n t o mutuo e n t r e as maqui

nas.

b) C o n s i d e r a n d o o a c o p l a m e n t o m u t u o e n t r e as m a q u i n a s ,

usando c o n t r o l e classico 24 ou c o n t r o l e otimo

2P, .

- 0 sinal estabilizador r e q u e r um ganho c o n s t a n t e em

serie (K ) o q u a l n e c e s s i t a a j u s t a m e n t o por t e n t a t i v a . Seu

valor e s t a na f a i x a de 0,1 a 1 0 0 , 0 . No p r e s e n t e t r a b a l h o o
-123-

v a l o r dc K utilizado foi 0,1.


I

CM

0 0 0.5 10 1.9 2.0

TEMPO!s)

F i g . IV.10 - C u r t o - c i r c u i t o t r i f a s i c o equilibrado na b a r r a 1 d u r a n t e 0,1 s, sem nenhum si

nal estabilizador implementado ( a n g u l o de t o r q u e )


in
CM

0.5 1.0 1.5

TEMPO ( S )

Fig. IV.11 - Curto-circuito t r i f a s i c o equilibrado na b a r r a 1 d u r a n t e 0,1 s, com sinal estabi

l i z a d o r implantado na m a q u i n a 1 ( a n g u l o de torque)
I
o
CM

TEMPO I S )

F i g . IV.12 - C u r t o - c i r c u i t o t r i f a s i c o e q u i l i b r a d o na b a r r a 1 d u r a n t e 0,1 s, sera nenhura s i n a l

e s t a b i l i z a d o r implementado ( t e n s a o de campo)
I
C\i

420
t

2.51 ...
: ! •

j
0 84 ::::::::
1 t

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f
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.........
-0.84.
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1 | • r i !
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i 1
"1 " 1 *
-4.20 u ! • ! 1

0 0
0.5 1.0 1.5 2.0

;
TEMPO (S)

Fig. IV.13 - C u r t o - c i r c u i t o trifasico equilibrado na b a r r a 1 d u r a n t e 0,1 s, com s i n a l estabi

lizador implantado na m a a u i n a 1 ( t e n s a o de campo)


CAPlTULO V

CONCLUSOES

A grande i n f l u e n c i a dos s i s t e m a s de e x c i t a g a o das ma

q u i n a s s i n c r o n a s s o b r e a e s t a b i l i d a d e dos s i s t e m a s de poten

cia f e z com que, ao l o n g o dos anos, e s t e s sistemas fossem a

perfeigoados ate a t i n g i r , nos d i a s a t u a i s , um a l t o grau de

desempenho e confiabilidade.

Como a m a i o r i a dos p r o b l e m a s que envolvem o comporta

mento dos s i s t e m a s de e x c i t a g a o r e q u e r o uso de computadores

digitals, t o r n o u - s e n e c e s s a r i o o e s t a b e l e c i m e n t o de modelos

adequados a r e p r e s e n t a g a o d e s t e s sistemas.

A principal contribuigao deste t r a b a l h o , foi apresen

tar uma v i s a o g e r a l dos s i s t e m a s de e x c i t a g a o de geradores

s i n c r o n o s , c o l e t a r e d e t a l h a r de forma sistematizada o que

se e n c o n t r a v a d i s p e r s o na literatura, no que se r e f e r e as

partes c o n s t i t u i n t e s destes sistemas (excitatriz, amplifica

d o r e s de p o t e n c i a , c o m p e n s a d o r e s , l i m i t a d o r e s , e t c . ) e suge

rir uma s i s t e m a t i c a de e n f o q u e que permite o estabelecimento

de m o d e l o s p a r a e s t e s s i s t e m a s , a p a r t i r do p a p e l de cada

uma d e s t a s p a r t e s d e n t r o do s i s t e m a , a t r a v e s da o b t e n g a o de

suas f u n g o e s de t r a n s f e r e n c i a , para f i n a l m e n t e chegar-se ao

modelo desejado.
-129-

M o d c l o s r o p r c s e n t a t i v o s p a r a os d i f o r c n t c s sistemas

de e x c i t a g a o e x i s t e n t e s , foram apresentados p e l o IEEE em

1 9 6 8 [ O B ] . Como a l g u n s sistemas de e x c i t a g a o (de diferentes

f a b r i c a n t e s ) nao se e n q u a d r a v a m adequadamente a e s s e s mode

l o s , e l e s f o r a m a t u a l i z a d o s p o s t e r i o r m e n t e em 1981 [07j. Es

te t r a b a l h o tece consideragoes e c o m p a r a g o e s e n t r e os dois

enfoques e apresentou c a s o s de sistemas nao enquadraveis nos

a n t i g o s m o d e l o s do IEEE.

N e s t e t r a b a l h o f o i a n a l i s a d o , tambem, o e f e i t o de um

s i n a l e s t a b i l i z a d o r , d e r i v a d o da v e l o c i d a d e de m a q u i n a , so

b r e o desempenho de um s i s t e m a e s t a t i c o de e x c i t a g a o repre

sentado a t r a v e s de um m o d e l o s i n p l i f i c a d o . A t e c n i c a u t i l i z a

da f o i de c o n t r o l e c l a s s i c o , mas p o d e r i a tambem t e r s i d o a

p l i c a d o o p r i n c i p i o de c o n t r o l e 5 t i m o , onde v a r i o s sinais,

d e r i v a d o s de v a r i o s e s t a d o s do sistema, seriam utilizados

na r e a l i m e n t a g a o com d i f e r e n t e s ganhos, p a r a o t i m i z a r o de

sempenbo do s i s t e m a de p o t e n c i a .

S u g e r e - s e p a r a a c o n t i n u i d a d e dos estudos sobre o as

sunto f o c a l i z a d o neste t r a b a l h o , a u t i l i z a g a o de controle

a d a p t a t i v o no r e g u l a d o r de tensao, com ou sem sinal estabi

l i z a d o r , para o t i m i z a r o amortecimento das o s c i l a g o e s ele

tromecanicas, sob d i v e r s a s c o n d i g o e s de o p e r a g o e s do sistema

de p o t e n c i a .
A P E N D I C E
-131-

APENDICE A

RAZAO DE RESPOSTA DA TENSAO DO SISTEMA DE EXCITACAO

0 IEEE [ 9 ] d e f i n e a r a z a o de r e s p o s t a da t e n s a o do

s i s t e m a de e x c i t a c a o como sendo o v a l o r n u m e r i c o que 5 o b t i

do quando a r e s p o s t a de t e n s a o do s i s t e m a em v o l t s p o r sc

gundo, m e d i d a s o b r e o p r i m e i r o m e i o segundo de i n t e r v a l o , a

.menos de o u t r a e s p e c i f i c a c a o , e d i v i d i d a p e l a t e n s a o de cam

po da m a q u i n a s l n c r o n a a c a r g a n o m i n a l .

A c u r v a da r e s p o s t a t e n s a o do s i s t e m a de excitagao

v e r s u s teirvoo e m o s t r a d a n a F i g . A. 1 .
-132-

A r e s p o s t a em t e n s a o do s i s t e m a de e x c i t a c a o e dada,

p o r t a n t o , p e l o a c r e s c i m o o u d e c r e s c i m e n t o da t e n s a o de s a l

da do s i s t e m a de e x c i t a g a o , i s t o e, a i n c l i n a g a o determina

da p o r :

R R = C ( A X )
(OA) (0,5) -

O tempo em. s e g u n d o s o a r a a t e n s a o de e x c i t a g a o atin

gir 95% da t e n s a o de t e t o e conhecido como o tempos de res

p o s t a de t e n s a o do s i s t e m a de e x c i t a g a o .

0 tempo de 0,5 S f o i e s c o l h i d o p a r a s i s t e m a s de e x c i

t a g a o p r o v i d o s de a n t i g o s e l e n t o s r e g u l a d o r e s de tensao .

Um s i s t e m a de e x c i t a g a o que o o s s u a um temoo de r e s p o s t a de

t e n s a o de 0,1 S o u menos e c a r a c t e r i z a d o como sendo um s i s

tema de e x c i t a g a o de a l t a r e s p o s t a i n i c i a l [ 03} .
- ] 33-
APENDTCE B

TABELA B.1 GRANDEZAS E PONTOS TECNICOS QUE DEVEM SER CONSIDERADOS NO PROJETO DE
UM SISTEMA DE EXCITACAO E REGLTLACAO [ 14]

DADOS CARACTERlSTI CONDIQOES DE OPERA OBSERVAQOES ESPECTAIS OUIRAS GRANDE


COS DO GERADOR CAO NO LADC DA RE- DO LADO DOS ACIONAMEN ZAS DE INFLU-
DE NA ITSISTALACAO TOS ENCIA

Dados de placa: Tipo de Operaeao: Tipo de Acionamento: Seguranca na 0-


peracao

Potencia, cos 0 Operaeao em i l h a Turbina.hidraulica Garantia na ene.


ou p a r a l e l a g i a de excitacac

Tensao Operaeao i n t e r l i Turbina a vapor Garantia na ene.


gada Motor Sincrono gia a u x i l i a r

Frequencia Operaeao Gerador, Motor Assincrono Autarquia do b l i


Motor, Compensa 00 maquina supe
dor Sincrono visao

Velocidade Operaeao Reversi


vel

Dados de e x c i t a Operaeao Inversor


gao (Acoplamento na
Rede)

Reatancias Cons- Alimentacao a par- Usina H i d r a u l i c a : Custos


tantes de Tempo, t i r de:
etc:

Reatancias Sin Barramento i n f i n i Aumento de tensao Equipamentos


cronas X,,X , to atraves de uma des Arranjo
d q Dimensionamentc
transmissao l o n - carga imediata.
Reatancia Tran Variagao de v e l o
gas d i s t a n c i a s
s i t o r i a X'd, Xq cidade
transmissao a va
zio
Constantes de Operaqao em Con- Golpe de a r i e t e no Economia
Tempo a vazio e j u n t o com: sistema h i d r a u l i c o Preco
em c u r t o - c i r c u i Rendimento
to Compensador s i n Gomunicadores v i z i
crono nhos
Caracteristica Pontos Tecnioo£
Banco de Conden Garantia no d e s l i
estacionaria Sobre a Regulac;
sadores gamento
Amortecimento
Compensadores Es Alimentagao. Auxi
Saturacao Dinamica de Rec
taticos liar lagao Suplemenl
Aquecimento
Transformador Re Regulacao Otirrt
Caracteristicas
gulador
a Vazio e c u r t o -
c i r c u i to
Tempo de p a r t i d a
-134-

DADOS CARAClERlSTI CONDIQOES DE OPERA OBSERVACOES ESPECTAIS OUTRAS GRANDE


COS DO GERADOR CAO NO LADO DA RE DO LADO DOS ACIONAMEN ZAS DE INFLU-
DE NA INSTALACAO TOS CIA

Forma Construtiva Alimentado: Usina Termica (Nuclear)

Eixo h o r i z o n t a l ou Grandes consumido Variacao de Frequencia


vertical res Sistema de Alimentacao
Sistema de R e t i f i c a Auxiliar
Quantidade e dispo cao Usina de base
sicao dos mancais Carta R e s i s t i v a Caldeira (Reator)
Mo tores

Exigencias do C l i -
ente

Operaeao sem i n -
terrupgao
Tipo de alimenta
gao
Constancia na t e n
sao
Contrato de f o m e
cimento de Energia
-135-

APENDICE C

EQUACAO DE OSCILAQAO

A f i m de d e t e r m i n a r o d e s l o c a m e n t o a n g u l a r e n t r e as

m a q u i n a s de um s i s t e m a de p o t e n c i a d u r a n t e um t r a n s i t 5 r i o ,

e n e c e s s a r i o r e s o l v e r a e q u a c a o d i f e r e n c i a l que d e s c r e v e o

m o v i m e n t o do r o t o r de cada m a q u i n a [29J .

0 t o r q u e l i q u i d o que a t u a no r o t o r baseado nas leis

de m e c a n i c a r e l a c i o n a d a s com massas g i r a n t e s e:

T--JSL.1I (C.l

onde,

2
g = Aceleracao da g r a v i d a d e , igual a 32,2 f t / s e g

T = Soma a l g e b r i c a de t o d o s os t o r q u e s em f t - b

2 - 2
WR / g = Momento de i n e r c i a em l b - f t (dado f o r n e c i d o
pelos fabricantes)

2
w = Aceleracao angular mecancia, rad/seg

Da t e o r i a de m a q u i n a s s i n c r o n a s , o a n g u l o eletrico 0

e r e l a c i o n a d o com o a n g u l o m e c a n i c o do r o t o r p o r :

0 ( C 2 )
0e = 4-
2 m '
-136-

m e d i d o s com r e l a g a o a uma r e f e r e n d a fixa. Onde P e o nume

ro de p o l o s da m a q u i n a e a f r e q u e n c i a em H e r t z e dada p o r :

f = rpm (C.3)
60

Das e q u a g o e s (C.2) e (C.3) o a n g u l o em r a d i a n o s e:

60f
(C.4)
rpm m

£ mais c o n v e n i e n t e medir a posigao angular com rela

gao a um e i x o r o t a t i v o em s i n c r o n i s m o , do que com r e l a g a o a

um e i x o estacionario.

Referenda rototivo

W t 0

6 e
i I
Referencio fixo

Fig. C.I - Posiqao ongulor do rotor com relogoo oo eixo rototivo em

sincronismo
-137-

Considcre

8 = 6 + Wo t .(C.5)

ou

6 = 9 - Wo t (C.6)

onde

6 = posigao angular do r o t o r em r a d i a n o s com re

l a c a o ao e i x o r o t a t i v o em sincronismo.

Wo = v e l o c i d a d e a n g u l a r n o m i n a l em rad/seg.

A velocidade angular nesta r e f e r e n d a e:

d 9
do e Wo (C.7)
dt dt

e a aceleracao angular e:

2
2 d
d 6 . °e (C.8)
, 2 2
d f dt

Tomando a d e r i v a d a s e g u n d a em (C.4) e substituindo

em (C.8) :
-133-

2
d6 60f d"o
m (C.9)
2 2
dt rpm dt

onde

2
d o.
m
2
at

substituindo as duas u l t i m a s e q u a g o e s em (C.l) o torque l i

quido e dado o o r :

2 2
WR rpm d 5 lb.ft (C.10)
T
2
q 60f d t

Para f i n s de s i m u l a c a o e usual a representacao do

t o r q u e em p . u . 0 t o r q u e b a s e e d e f i n i d o como o t o r q u e neces

s a r i o para p r o d u z i r a p o t e n c i a nominal da m a q u i n a na veloci_

dade n o m i n a l , que e:

Pbase (KVA)550
Potencia base ^ p.746 (C.ll)
T,
base co 2TT rpm
60

0 t o r q u e em p.u e:

2 2
WR 2TT rpm 0.746
2
f 60 550 d& (C.12)
T = 2
Base KVA dt
-139-

Uma constantc muito conhccida c usada na equagao do

o s c i l a g a o da m a q u i n a , e a c o n s t a n t e de i n e r c i a 11, que e de

finida como a e n e r g i a c i n c t i c a a velocidade nominal armazc

nada nas p a r t e s g i r a n t e s em KW. seg p o r KVA.

N o t e que H e x p r i m e uma e n e r g i a armazenada em p . u . de

p o t e n c i a . Este v a l o r nao v a r i a m u i t o de uma maquina para ou

t r a quando e x p r e s s a nos v a l o r e s n o m i n a i s da m a q u i n a .

C a l c u l o de H:

A e n e r g i a c i n e t i c a e dada p o r :

2 2
1 WR u) (C.13)
o
2 g

onde w = 2TT
o 60

portanto,

1 WR 2
(2fr) 2
rpm 2
0.746
_ _ 2 g 60 550 (C.14
H —
Base KVA

S u b s t i t u i n d o em (C.12)

T - _ i L _ -Ah (C.15)
2
nf d t

O t o r q u e l i q u i d o a t u a n d o no r o t o r de um g e r a d o r sin

crono e dado p e l a d i f e r e n g a e n t r e o t o r q u e m e c a n i c o vindo

da t u r b i n a e o t o r q u e e l e t r i c o fornecido pelo gerador:


-140-
I

T = T - T (C.16)
m e

Por convengao, p o s i t i v o a c e l e r a a maquina e pq

sitivo d e s a c e l e r a a maquina.

A equagao (C.15) torna-se

2
H d <5 = T - T (C.17)
m e
2
irf d t

Em p . u . , t o r q u e e p o t e n c i a sao i g u a i s p a r a pequenas

variagoes na v e l o c i d a d e angular.

= JLl ( p _ p ) ( c.i8)
2 m e
dt H
-141-

APENDICE D

D l - DETERMINACAO DA IMPEDANCIA EQUIVALENTE PARA UM SISTEMA

DE DUAS BARRAS

* *
Sejam: S.. = V. I 1
e S.. = V. (-1) , as p o t e n c i a s
1
a
ID D D
p a r e n t e s e n t r e g u e s n a s b a r r a s i e j r e s p e c t i v a m e n t e . Da f i g .

I V . 8.

* ~
S. . = V . I onde V^ = t e n s a o da b a r r a i
2.J t t

V V
t ~ B
t s onde V B
= t e n s a o da b a r r a j
Z
eq

chamado S.. de SG, p o t e n c i a a p a r e n t e e n t r e g u e na b a r r a i


c
ij

* * *
V
t " VB "l .. V
t - VB
= V t
E C V
- ^ 7 Z *
eq ' eq

i . 2 *
v -V v
* I t l t B
Z SG
eq
-142-
0

entao

*
onde SG = P - jQ
J
g g

e P = P o t e n c i a a t i v a n o s t e r m i n a l s do g e r a d o r
g

Q = P o t e n c i a r e a t i v a nos t e r m i n a l s do g e r a d o r
g

A fig. I V . 9 m o s t r a o m o d e l o da m a q u i n a ligada a

uma b a r r a i n f i n i t a a t r a v e s de uma i m p e d a n c i a equivalente ,

e s t u d a d o no C a o i t u l o I V .

Um p r o g r a m a c o m p u t a c i o n a l (D.2) d e t e r m i n a o v a l o r a

impedancia equivalente, " v i s t a " p e l a maquina 1 :

Z = 0.0083 + j 0.1327
eq
- J 4 3-

D.2. PROGRAMA QUE CALCULA A IMPEDANCIA EQUIVALENTE

Cc P L E X Z , V T , V J , z V T , s :-
IKT£ 3E 5 L, :
0FrKCUNlT*l,Nft'=s"iE:-34T- TYP=a t

Of:N(tMT-:,',^^':E;.LST',Tr-£r
L=l

, 1 )V ", CV T , Vi , S 5
,' Z Z * . >
Z=CCAE 5 C VT ) * « : - V i * C V T ) / S s
AL C Z )
X E « = A I A ( _^
v

" r . fr ( I» I t :

= C S ,v a T C i 0 X , ' ? £ 5 T E
* r :I _ V - » — > **»»- j J %J t
=
- • / • 1 G x , *V r - * , 2 r 1 C . -
?C5KAT(10X,'V7=',2 1 ' » X U. A |

ri r C=
>FiC»Af**»X» X z », ; i r 1 C . *• )

PARTE 3 EA L PARTE INAG


VT = 0 -5 3 5 5 3.2211
V3 = 1 . 0 2OC 0.0000
SS = 1 . 70 0C 0.0000
I HP EC A U C I ..UlVALEr. TE
= 0 .0 05 5 XE C =
BIBLIOGRAFIA

0 1 . ANDERSON, P.M. & FOUAD, A., Power System C o n t r o l and

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